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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC

CENTO DE CIÊNCIA EXATAS E TECNOLÓGICA – CCET

CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

JOAB DA SILVA LIMA


ADEMILDE CHALUB
VITOR ONOFRE
PAULO HENRRIQUE

Gerador de função:
Quadrada e triangular.

Rio Branco /AC


2015
JOAB DA SILVA LIMA
ADEMILDE CHALUB
VITOR ONOFRE
PAULO HENRRIQUE

Gerador de função:
Quadrada e triangular.

Trabalho apresentado em resposta à


solicitação para obtenção de nota
parcial das disciplinas de Laboratório
de Eletrônica II, ministrada pelo
professor Dr. Omar Vilcanqui, da
Universidade Federal do Acre - UFAC

Rio Branco/Ac

2015

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1. Objetivos
- Construir um circuito que gere função triangular e quadrada, sendo
possível controlar a sua amplitude, frequência e off-set.

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2. Componentes utilizados
-Protoboard
- Osciloscópio Tektronix
- Fonte de alimentação CC regulável
- Fonte ATX
- 3 Amplificadores Operacionais 741
- 2 capacitores de 0.1µ
- 1 potenciômetro de 200 kΩ
- 1 potenciômetro de 100 kΩ
- 1 potenciômetro de 50 kΩ
- 2 diodos Zener 1N4728A
- 1 chave seletora 3T
- 2 resistências de 30 kΩ
- 1 resistência de 2 kΩ
- 4 resistências de 22 kΩ
- 1 resistência de 75 kΩ
- 2 resistências de 10 kΩ
- 1 resistência de 1 kΩ

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3. Procedimentos teóricos
O projeto foi concebido partindo de um bloco inicial e a partir do mesmo
construímos o projeto de maneira que outros circuitos fossem acoplados ao
bloco inicial gerando assim um circuito que atendesse aos requisitos do projeto.
O primeiro bloco a ser construído foi o bloco do gerador de onda
quadrada, o seu funcionamento não é complicado já que no laboratório de
eletrônica II, nós trabalhamos com circuitos deste tipo.

Figura 1 - Primeiro Bloco do circuito

Figura 2 – Saída no software de simulação

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O seu funcionamento se baseia justamente na operação do capacitor, o
tempo de comutação é gerado utilizando a realimentação negativa, pois por
teoria temos que nesta configuração o capacitor de carregará até atingir a sua
carga de referencia positiva e posteriormente se descarrega até atingir a sua
carga de referencia mínima.

Figura 3 – Forma de onda da saída do capacitor e do gerador de onda


Como percebemos pelo gráfico acima a carga e recarga do capacitor
está diretamente relacionada com a geração da onda quadrada, logo podemos
relacionar o capacitor com a onda quadrada da seguinte forma:
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜−𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑅2
𝑉𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚𝑎𝑥𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 = −
2 𝑅1 + 𝑅2
𝑉𝑝𝑖𝑐𝑜−𝑝𝑖𝑐𝑜 𝑑𝑎 𝑜𝑛𝑑𝑎 𝑞𝑢𝑎𝑑𝑟𝑎𝑑𝑎 𝑅2
𝑉𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑖𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑝𝑎𝑐𝑖𝑡𝑜𝑟 = +
2 𝑅1 + 𝑅2
Podemos também relacionar o período da onda quadrada com alguns
parâmetros do circuito:
𝑅1 + 2𝑅2
𝑇 = 2𝑅𝑓 𝐶𝐼𝑛
𝑅1
Esta relação é importante pois um dos requisitos deste projeto é variar a
frequência e como sabemos a frequência é dada por:
1
𝑓=
𝑇
Como percebemos o período depende da resistência R1 que é dada pela
associação em serie da impedância de 1KΩ com o impedância da resistência
variável que pode ser controlada utilizando o potenciômetro, esta alteração

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usando o potenciômetro possibilitará alterar a frequência gerando assim a
amplitude desejada.
O próximo bloco montado foi um circuito já trabalhado nas aulas de
laboratório, ele é simplesmente um circuito conhecido por integrar a função que
entra em seu terminal, desta forma trivialmente integramos a onda quadrada e
adquirimos na saída uma onda triangular tal qual requisitado pelo professor.

Figura 4 – Segundo bloco do circuito


Como podemos ver, temos acima um circuito idêntico ao integrador
montado em sala de aula, com portanto podemos deduzir a equação que
define o sinal de saída da mesma forma que deduzimos anteriormente:

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Acoplando os dois circuitos mostrados temos um circuito com as saídas
quadradas e triangulares, respectivamente.

Figura 5 – Circuito integrador em cascata com o gerador de onda quadrada

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Figura 6- Saida do circuito da figura 5

Neste caso como temos os dois circuitos em cascata, a equação do


período permanece a mesma, sendo possível alterar a frequência da forma que
for necessária através da resistência variável.

Figura 7 – Ultimo estagio do circuito

A última etapa do circuito é composto por um amplificador Somador, na


configuração inversora. É nesse estágio que são controlados: a variação da
amplitude do sinal de saída e o off-set. Há também no acoplamento à este
amplificador, uma chave seletora, para definir se a onda será quadrada ou
triangular na saída.

Note que por se tratar de um amplificador inversor, sua saída é dada


por:

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𝑅𝑓
𝑉𝑜𝑢𝑡 = − 𝑉
𝑅1 𝑖𝑛
Assim, dada a entrada (quadrada ou triangular), se variarmos a
resistência Rf (pot de 50K), será variada também a tensão de saída. Observe
que tem-se em serie com o potenciômetro existe uma resistência de referencia
de 2k. Basicamente, basta aumentar ou diminuir o ganho do somador (variando
Rf) para aumentar ou diminuir a tensão na saída.

Para a implementação do Off-set, utilizou-se a função do somador.


Sabemos que a saída do mesmo é dada por:

𝑅𝑓 𝑅𝑓
𝑉0 = − ( 𝑉1 + 𝑉)
𝑅1 𝑅2 2
Para deslocar a onda, simplesmente foi somada uma tensão contínua vinda
diretamente das alimentações positiva e negativa do amp op (pois queríamos
que a onda fosse deslocada para ±5V)

Isso acontece porque, ao somarmos uma tensão contínua à uma alternada,


grampeamos o sinal alternado no valor de Vcc. Assim, somando igualmente
um valor de tensão positiva e negativa, e controlando a nível dessas tensões
disponibilizadas ao somador através de um potenciômetro, podemos deslocar o
sinal alternado variando o valor da tensão continua (variando a resistência). Os
dois resistores fixos de 30K, foram colocadas para que não seja aplicada uma
tensão de ± 12V diretamente no somador (pois excedia o limite de saturação
do amp op).

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3. Procedimentos Práticos
Esta é a ultima fase do projeto e consiste em colocar na pratica o que foi
feito nos softwares de simulação, neste caso usaremos a protoboard para
testar se realmente não existe nenhuma discrepância entre o projeto que
funciona na simulação e o projeto que será implementado na pratica, já que é
usual que os softwares de simulação como Proteus e Multisim, deixarem
passar alguns erro que impedem o funcionamento do projeto físico entretanto a
simulação funciona perfeitamente.
A primeira parte consiste em comprar os componentes, por motivos de
precaução foram comprados todos os componentes em quantia dobraa com o
objetivo de evitar que eventuais problemas nos componentes impeçam a
conclusão do projeto em tempo hábil para a apresentação.
O projeto ficou orçado em R$ 55,34 contando com o aporte de R$ 11,
por parte de cada integrante do grupo.

Figura 8 – Componentes para a montagem


Apos a compra dos componentes do projeto, partimos para a montagem
do mesmo na protoboard com o objetivo de encontrar possíveis erros que
passaram despercebidos, entretanto felizmente o circuito funcionou
perfeitamente tal qual a simulação.

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Figura 9 – Gerador de onda montado na protoboard

toboar

Figura 10 – Onda quadrada no osciloscópio

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Figura 11 – Circuito montado na protoboard com o osciloscópio

Figura 12 – Onda triangular no osciloscópio

Concluindo a etapa de montagem e testes na protoboard, seguimos para


a execução da montagem do mesmo em uma placa de circuito impresso, o
primeiro passo será utilizar o Proteus para gerar as trilhas que serviram para
“imprimir” as trilhas que serão utilizadas pelo projeto.

Agora "imprimimos” as trilhas utilizando o ferro de passar e uma folha


com as trilhas já construídas impressas de forma que ao colocar esta folha em
contato com a placa de fenolite virgem e utilizando o ferro conseguimos gerar
uma impressão que recobre as trilhas que serão, utilizadas evitando a sua

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corrosão quanto a placa for mergulhada no ácido que corroerá o cobre que não
será utilizado como trilha, evitando assim mal-contatos que são frequentes nas
protoboards.

Figura 13 – Placa já impressa mostrando as trilhas que serão utilizadas

A próxima etapa consiste em soldar os componentes em seus devidos


lugares de acordo com o que foi projetado no software, corrigindo os erros
encontrados.

Figura 14 – Furando a placa de circuito impresso

Figura 15 – Soldando os componentes na placa

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Agora vamos testar se o circuito realmente funcionou, e em seguida
faremos o armazenaremos de forma que ele possa permanecer no laboratório
e consiga contribuir para o aprendizado de outros alunos.

Na montagem que foi feita pelo grupo, apenas a onda quadrada


funcionou, na placa de circuito impresso, não sendo possível identificar o erro
que levou o integrador a não funcionar. Por falta de tempo hábil para identificar
esse erros, nos iremos completar a resolução do problema posteriormente a
apresentação do relatório, conseguindo assim o objetivo de deixar para o curso
de engenharia elétrica um gerador de ondas completo, que possa ser utilizado
nas aulas de laboratório.

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4. Conclusão
Todos os conhecimentos adquiridos até agora foram utilizados para
possibilitar a confecção deste projeto, de forma que percebemos na pratica o
quão importante é o estudo de Eletrônica e o quão útil pode ser os
conhecimentos a nós repassados pelos professores.
Este projeto foi importante não só pelo fato de nos aprofundar no
conteúdo das disciplinas mas, também contribui para o próprio laboratório, já
que tal qual as fontes de tensão regulável, este projeto também ficará como um
legado e será importante para as próximas turmas, já que alguns experimentos
poderão ser feitos de forma mais eficiente.
Considerando que nós tivemos algumas dificuldades em realizar alguns
experimentos , já que infelizmente não tínhamos os geradores de função
adequados para realizar o experimento, desta forma verificamos que o objetivo
de foi atingido, mesmo que a montagem na PCI seja posterior a apresentação
do relatório.

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5. Referencias Bibliográficas

BOYLESTAD, Robert, NASHELSKY, Louis. Dispositivos Eletrônicos e Teoria de


Circuitos. São Paulo: Prentice Hall do Brasil, 2006.

MALVINO, Albert Paul. Eletrônica. vol01. 4ªed. São Paulo: Editora Person Education
Mcgraw Hill

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