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NOV 1989 NBR 10786


Concreto endurecido - Determinação
do coeficiente de permeabilidade à
ABNT-Associação
Brasileira de
água
Normas Técnicas

Sede:
Rio de Janeiro
Av. Treze de Maio, 13 - 28º andar
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Rio de Janeiro - RJ
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Telex: (021) 34333 ABNT - BR
EndereçoTelegráfico:
NORMATÉCNICA
Método de ensaio

Origem: Projeto 18:004.07-001/1988


CB-18 - Comitê Brasileiro de Cimento, Concreto e Agregados
CE-18:004.07 - Comissão de Estudo de Concreto Endurecido
NBR 10786 - Hardened concrete - Determination of the water permeability coefficient -
Method of test
Copyright © 1990, Descriptor: Concrete
ABNT–Associação Brasileira Reimpressão da MB-3057, de MAIO 1989
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/
Impresso no Brasil Palavra-chave: Concreto 4 páginas
Todos os direitos reservados

SUMÁRIO cável a fluxos de fluido viscoso, em meio poroso, em


1 Objetivo regime laminar e permanente com a vazão de água numa
2 Documentos complementares direção, submetida a um gradiente de pressão, que atra-
3 Definição vessa uma seção do concreto.
4 Aparelhagem
5 Execução do ensaio 4 Aparelhagem
6 Resultados
4.1 A finalidade do aparelho de permeabilidade é forçar
a água através do corpo-de-prova e medir a velocidade
1 Objetivo de percolação a uma determinada pressão que pode ser
facilmente controlada e regulada.
Esta Norma prescreve o método para a determinação do
coeficiente de permeabilidade do concreto endurecido, 4.2 Os aparelhos são projetados para permitir que sejam
através de percolação de água sob pressão. medidas as vazões de entrada e saída de água. A vazão
de entrada é medida na escala presa ao reservatório de
2 Documentos complementares água e a vazão de saída, pela água coletada.
Na aplicação desta Norma é necessário consultar: 4.3 Um esquema do aparelho é mostrado na figura e
consiste basicamente de:
NBR 5738 - Moldagem e cura de corpos-de-prova de
concreto, cilíndricos ou prismáticos - Procedimento a) fonte de pressão

NBR 7680 - Extração, preparo, ensaio e análise de - a pressão deve ser fornecida por uma garrafa de
testemunhos de estruturas de concreto - Proce- ar comprimido ou nitrogênio gasoso, de manei-
dimento ra que a pressão da linha principal seja 4MPa;
a linha principal é ligada ao reservatório pelos
3 Definição reguladores individuais capazes de transmitir
pressões de 0 (zero) a 3,5 MPa, para a linha de
Para os efeitos desta Norma é adotada a definição de 3.1. cada bujão;

3.1 Coeficiente de permeabilidade à água - este tipo de regulador torna a operação flexível,
posto que a pressão no aparelho pode ser va-
Coeficiente que expressa a velocidade de percolação de riada individualmente para alimentar qualquer
água no concreto, definido a partir da Lei de Darcy, apli- pressão desejada até, no máximo, 3MPa;
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b) reservatório de água - a saliência na base fixa o cilindro de ensaio no


lugar e previne o vazamento do composto selante
- podem ser utilizados dois reservatórios de ta- quando sob pressão; o topo deve ser seguro
manhos diferentes, sendo que o maior deve ser contra uma gaxeta da ordem de 2 mm de
usado para corpos-de-prova mais porosos, espessura;
porquanto deve ter capacidade para alimentar
água suficiente durante a noite; d) acessórios
c) bujões
- manômetro com capacidade máxima de 3,5 MPa;
- os bujões que irão conter os corpos-de-prova
devem ser projetados a fim de que a água, en- - válvulas e tubulações resistentes a pressões de
trando no topo da tampa do bujão sobre a 3,5 MPa no corpo-de-prova;
superfície superior dos corpos-de-prova, passe
através do concreto até a base, sem vazão late- - jateador de areia para limpar as superfícies do
ral; esses bujões devem resistir a uma pressão corpo-de-prova ou outro equipamento de efeito
de 4MPa; equivalente.

- o diâmetro interno dos bujões deve ser suficien- Nota: Caso seja utilizado piche como material selante,
te para deixar espaço de 12,5 mm em volta do deve-se dispor de fonte de aquecimento para
corpo-de-prova para o composto de vedação; aquecer o composto selante.

Figura - Esquema do aparelho de permeabilidade


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5 Execução do ensaio 5.2.7 A vazão de entrada deve ser verificada freqüente-


mente durante o primeiro dia, e uma a duas vezes por dia
5.1 Corpos-de-prova no restante do ensaio, de acordo com as suas neces-
sidades.
5.1.1 Os corpos-de-prova devem ser cilíndricos, molda-
dos segundo a NBR 5738 ou extraídos segundo a 5.2.8 Deve ser também determinado o tempo decorrido
NBR 7680, com as características constantes na Tabela. até o início da vazão de saída.

5.1.2 Os corpos-de-prova devem ser em número de três, 5.2.9 Todas as leituras devem ser registradas.
no mínimo.
5.2.10 O ensaio deve ser contínuo e por período, de aproxi-
5.1.3 Os corpos-de-prova moldados, de dimensões
madamente, 500 horas.
150 mm x 150 mm, devem ser obtidos a partir dos corpos-
de-prova de 150 mm x 300 mm, serrando-se 75 mm de Nota: Se for usada vedação com piche de estearina, devem ser
cada extremidade e aproveitando-se para ensaios os adotados os seguintes procedimentos:
150 mm centrais.
a) assentar a base do corpo-de-prova na flange do bujão
Nota: Recomenda-se que a idade do corpo-de-prova para início
por meio de gesso;
do ensaio seja de 28 dias ou 91 dias, contados após a
moldagem. Podem ser realizados ensaios em outras idades,
desde que haja interesse das partes envolvidas. b) aquecer o piche de estearina até, aproximadamente,
230°C e derramá-lo entre o corpo-de-prova e o bujão,
5.2 Procedimento de ensaio previamente aquecido, até preencher totalmente o es-
paço, em tantas camadas quantas necessárias;
5.2.1 Deve ser retirada a nata de todas as superfícies dos
corpos-de-prova, preferencialmente com jato de areia. c) após o término do ensaio, o bujão deve ser retirado do
Em seguida, suas superfícies laterais devem receber aparelho e aquecido, de modo a facilitar a retirada do
camada de material de vedação. corpo-de-prova.

5.2.2 O bujão apropriado para o corpo-de-prova deve ser 6 Resultados


cuidadosamente limpo, para remover qualquer sujeira
existente, antes da amostra ser usada para ensaio, e, no 6.1 Coeficiente de permeabilidade
espaço existente entre o corpo-de-prova e o bujão, deve
ser colocado material que garanta perfeita vedação. O coeficiente de permeabilidade deve ser calculado pe-
la expressão:
5.2.3 O corpo-de-prova deve ser colocado no bujão na
mesma posição relativa de moldagem.
Q.L
K =
5.2.4 A água utilizada no ensaio deve ser obrigatoria- A. H
mente destilada.
Onde:
5.2.5 Antes de começar o ensaio, a tampa deve estar se-
guramente fixada ao bujão, o qual deve ser, então, co- K = coeficiente de permeabilidade (cm/s)
nectado no lugar, e o reservatório, totalmente cheio de
água. Após todas as conexões terem sido fechadas, o ar Q = vazão de entrada (cm3/s)
é admitido, e a pressão de 2 MPa deve ser gradualmen-
te aplicada na razão de 0,4 MPa a cada 30 minutos. L = altura do corpo-de-prova (cm)

5.2.6 O desnível inicial no indicador do reservatório, du- A = área da seção transversal do CP (cm2)
rante o período de incremento de pressão, deve ser dis-
pensado nos cálculos, por ter sido causado pela reação H = altura da coluna d’água correspondente à pres-
elástica do sistema. são utilizada (cm)

Tabela - Características dos corpos-de-prova

Dimensão máxima Dimensões mínimas Método de obtenção


características do do corpo-de-prova do corpo-de-prova
agregado (mm) (mm)

Diâmetro Altura

D máx. < 38 150 150 Moldado ou extraído

38 < D máx. < 76 250 250 Moldado

76 < D máx. < 152 450 450 Moldado


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6.2 Procedimento de cálculos T1 = tempo que pode ser adotado como início de flu-
xo uniforme, sendo, no mínimo 250 horas mais
6.2.1 O volume de água que penetra no corpo-de-prova metade do tempo requerido para início da va-
(em cm3) é determinado multiplicando-se a diferença de zão de saída (s)
leitura no tubo medidor de água (em cm) pelo fator tanque
(em cm3/cm). O referido fator, característico de cada re- T2 = tempo de duração do ensaio, da ordem de
servatório de água, deve ser determinado previamente e 500 horas.
expressa o volume do reservatório correspondente a
0,1 cm, lido na escala.
6.3 Relatório de ensaio
6.2.2 No decorrer do ensaio, traça-se a curva “tempo x
volume acumulado de água medido na entrada”, na qual O relatório de ensaio deve conter todas as informações
é verificada a variação de vazão “Q” ao longo do tempo. que, de alguma forma, contribuem para a interpretação
dos resultados, a saber:
6.2.3 A vazão “Q” utilizada nos cálculos deve ser deter-
minada traçando-se uma tangente à curva no trecho de a) identificação do concreto;
fluxo uniforme e calculando-se:
b) características de dosagem;
V2 − V1
Q=
T2 − T1 c) dimensões dos corpos-de-prova;

Onde: d) método de obtenção dos corpos-de-prova;

Q = vazão de entrada (cm3/s)


e) idade do concreto no início do ensaio;
V1 = volume acumulado de água medido na entra-
da, no início do fluxo uniforme (cm3) f) curva “tempo x volume acumulado de água me-
dido na entrada”;
V2 = volume acumulado de água medido na entra-
da, após o período de fluxo uniforme (cm3) g) coeficiente de permeabilidade.

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