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Problemática Ambiental PDF
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encontrados nos modos de regulação dos culturais. Seu enfrentam ento efetivo depen
processos de crescimento econômico, que derá, a nosso ver, das chances de êxito de ini
desconsideram a contabilidade de seus cus ciativas que vão além dos limites impostos
tos sociais e ambientais efetivos. Os estilos por políticas setoriais de orientação “conser-
de modernização dom inantes nas sociedades vacionista” e remediai. O desafio central pa
contemporâneas (capitalistas ou socialistas) rece consistir na adoção de um a diretriz deci
não estariam, assim, favorecendo um a inter- didamente preventiva e capaz de balizar a
nalizaçâo efetiva do meio am biente enquan concepção e viabilização de estratégias de
to: (1) fornecedor de recursos naturais e re harmonização dos objetivos simultaneamen
ceptor de dejetos oriundos das atividades hu te sócio-econômicos, político-institucionais,
manas; (2) espaço onde se dão as interações culturais e ligados à sustentabilidade ecológi
entre processos naturais e socíoculturais; e (3) ca das sociedades modernas.
habitat em sentido amplo, correspondendo à Esta exigência de renovação da teoria e
infra-estrutura física e institucional que in das práticas de modernização vem sendo de
fluencia as condições gerais de vida das po fendida nos últimos anos por inúmeros gru
pulações (habitação, trabalho, recreação, au- pos de pesquisadores associados ao enfoque
to-realização) e a própria sustentabilidade de ecodesenvolvimento. D o ponto de vista
ecológica dos sistemas sociais. aqui representado, o enfoque de ecodesen
Conforme a observação de Godard e volvimento decorre de uma concepção sistê
Sachs (1975, p. 213), para os adeptos da ra mica da estrutura e dinâmica sociais, tendo
cionalidade economiãsta, os recursos não são sido concebido num clima intelectual m arca
vistos “senão sob o ângulo de sua disponibili do pela confluência das primeiras análises
dade no mercado e de seu preço; o mesmo sobre os “limites do crescimento material”
pode ser dito do espaço, do qual o caráter de feitas no Massachusetts Institute of Techno-
meio vivo e dotado de um a estrutura com logy — M IT e dos trabalhos de preparação
plexa e diferenciada é ignorado; e quanto à da Conferência de Estocolmo de 1972. Nes
qualidade do meio, ela é considerada apenas te contexto, as concepções dominantes acer
na medida em que sua degradação prejudica ca das finalidades básicas, estratégias de pla
as condições de produção, seja em termos nejam ento e critérios globais de avaliação da
dos recursos utilizados, seja deslocando a eficácia dos processos de desenvolvimento
atenção, direta ou indiretamente, para a pro induzidos pela ação governamental foram
dutividade da força de trabalho”. confrontadas com um a nova perspectiva. No
Escapa, assim, ao campo de visão dos plano das finalidades, foram destacadas as li
analistas o reconhecim ento de que as inter mitações de um a concepção que orienta a
dependências criadas entre processos natu evolução social no sentido de um esforço
rais e socíoculturais afetam retroativam ente contínuo e virtualmente ilimitado de eleva
as condições de reprodução da vida social, a ção de taxas de crescimento material. No
busca de satisfação de necessidades básicas plano das estratégias de planejamento, des-
para as populações sistematicam ente segre mistificou-se a persistência de um a visão tec-
gadas dos benefícios do crescimento e, num nocrática que não assume de maneira con
certo sentido, a própria garantia de qualida vincente a participação da sociedade civil or
de de vida para todos os segmentos sociais ganizada no processo. Finalmente, no plano
envolvidos. dos critérios globais de avaliação, tornou-se
Acreditamos que a análise adequada do mais nítida a ênfase concedida a indicadores
fenômeno transcende a preocupação por extraídos unilateralmente da análise econô
suas repercussões no plano biofísico, exigin mica quantitativa. Como já é hoje do co
do um tratam ento paciente e rigoroso das nhecimento geral, tais indicadores tendem a
características de um longo processo de in desconsiderar certos efeitos externos ao
tercâmbio entre fatores geobiofísicos e socio- processo desenvolvimentista, geradores de
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elevados custos sócio-ambientais, como: a ca dc base incluía os princípios de solidarie
degradação do meio am biente biofísico e dade sincrônica e diacrônica entre gerações,
construído, a gestão predatória de recursos, bem como o dc prioridade à busca de satisfa
a perda do controle social dos rum os da evo ção de necessidades básicas. Combinados à
lução tecnológica e a marginalização de am tomada de consciência dos limites e da vul
plos segmentos da população. nerabilidade da base de recursos naturais,
No contexto da Conferência de Estocol esses princípios permitem o resgate da di
mo e da criação e implementação do Progra mensão ecológica para o fortalecimento da
ma das Nações Unidas para o M eio A mbien tese relativa à necessidade de uma luta con
te, coube a Maurice Strong introduzir, em tra a desigualdade social e a dependência no
1973, o conceito de ecodesenvolvimento pa e sobre o Terceiro Mundo.
ra caracterizar um a concepção alternativa A Declaração de Cocoyoc, de 1974, e o
potencialmente fértil para direcionar ações Relatório Que Faire, apresentado no final de
em zonas rurais dos países em desenvolvi 1975 pela Fundação Dag Hammarskjold,
m ento e sensível à preocupação ambiental. por ocasião da 7a. Conferência Extraordiná
Esta concepção antitecnocrática (ou “de bai ria das Nações Unidas, reatualizaram os
xo para cima”) preconizava um a gestão mais princípios evocados por Sachs, mas sem que
racional dos ecossistemas locais e a valoriza o term o ecodesenvolvimento fosse utilizado
ção do know-how e da criatividade das popu de forma explícita. “Um outro desenvolvi
lações envolvidas. m ento” e “desenvolvimento sustentado”
Esta versão inicial do conceito foi reela- eram denominações preferidas no contexto
borada no ano seguinte num texto, atual das organizações internacionais nesta época,
mente considerado clássico, de Ignacy Sachs possivelmente em função das conotações
(1974). Segundo essa nova versão, “ecode ideológicas supostamente menos radicais e
senvolvimento” designa, num primeiro mo mais coerentes com um a fase de experimen
mento, um estilo de desenvolvimento aplicá tação da idéia de um a nova ordem econômi
vel a projetos não só rurais, mas também ca internacional.
acionados em área urbana, oposto à diretriz As atividades de pesquisa desenvolvidas
mimético-dependente tradicionalmente ado de 1973 a 1986 por Sachs e sua equipe pluri-
tada nos países pobres e orientado para a disciplinar, sediada no Centre International
busca de autonom ia (ou self-reliance) e a sa de Recherche sur L ’Environnement et le
tisfação prioritária de necessidades básicas Développement - CIRED , ampliaram e di
das populações. A integração da dimensão versificaram o horizonte de reflexão. Através
do meio am biente é pensada não apenas co do refinamento de uma estrutura conceituai
mo uma espécie de coação suplementar, mas consistente, caracterizaram-se com mais pre
como um amplo potencial de recursos a ser cisão e rigor as diretrizes para uma dinâmica
corretam ente identificado com o auxílio da standard de harmonização das múltiplas di
pesquisa científica de ponta e valorizado se mensões do processo de desenvolvimento.
gundo critérios de “prudência ecológica”. O Ao mesmo tempo, a equipe definiu e explo
uso do term o “estilo” faz ressaltar, segundo rou analiticamente as variáveis estratégicas
Sachs, a problemática do controle dem ocrá por meio das quais pode ser captado o “con
tico das opções que se situam no plano das teúdo material” de um estilo de desenvolvi
finalidades e instrumentalidades do processo. mento.
Num segundo mom ento, o conceito de Estas variáveis de um “jogo de harm o
signa também um enfoque de planejamento nização” incluem, relativamente ao contexto
de estratégias plurais de intervenção, adapta da dem anda social, a regulação dos padrões
das a contextos socioculturais e ambientais de consumo e dos estilos de vida, e, relativa
específicos em cada país. m ente ao contexto da oferta de bens e servi
Neste texto fundamental, a problem áti ços, a regulação de um conjunto de funções
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produtivas: fundam entalm ente, a gestão do Segundo a “lógica das necessidades bá
uso da tecnologia e da natureza dos produ sicas”, a preocupação por indicadores agre
tos gerados pelos sistemas produtivos, a or gados de crescimento econômico constitui
ganização espacial dos sistemas produtivos e um a condição sem dúvida necessária, mas
a gestão do uso de recursos naturais e do su claramente insuficiente para uma avaliação
primento energético. A extensa e diversifica multidimensional da eficácia do processo
da bibliografia gerada por este esforço de modernizador. Isto porque o fomento deste
pesquisa contribuiu para dem arcar os limites processo carrega em si uma dimensão ética e
de políticas am bientais que se constroem à qualitativa que se exprime em opções por
margem de um questionam ento efetivo dos projetos de sociedade, dimensão esta ausente
estilos de desenvolvimento vigentes no Oci da lista de indicadores macroeconômicos dis
dente desde o pós-guerra. Assinala também, poníveis e, especialmente, daqueles que me
com extrema acuidade, os impasses e riscos dem o volume e as taxas de crescimento do
decorrentes de um a transferência “miméti- PNB.
ca” desses estilos para os países em desenvol D este ponto de vista, um elevado índice
vimento. de crescimento material pode coexistir com
Numa fase posterior, o esforço de pes um a dinâmica perversa de "mal-desenvolvi
quisa do grupo deslocou-se para o tratam en m e n t o um tipo de crescimento construído
to da temática dos condicionantes sociais do através da desigualdade social e da destrui
“mal-desenvolvimento” e das instituições ca ção progressiva tanto do substrato biofísico
pazes de favorecer o surgimento de políticas da vida social quanto da capacidade de auto
alternativas. A problemática de base evoluiu, determinação e iniciativa criadora das popu
assim, para um a consideração mais atenta lações. Ao mesmo tempo, como nos mostra
das condições de viabilidade dessas alternati Sachs, a poluição gerada pela miséria expri
vas (C IR ED , 1986, pp. 8-17). m e uma manifestação particularmente viru
Aceitando os riscos de simplificação lenta de degradação do meio ambiente natu
excessiva, condensamos, a seguir, os elem en ral e construído (Sachs, 1979; 1980, pp. 30-5;
tos essenciais do enfoque de ecodesenvolvi- Sigal, 1977).
mento a partir da base normativa sugerida O segundo postulado (autonomia ou
por Sachs, a saber: (a) prioridade ao alcance self-reliance) pode ser entendido como busca
de finalidades sociais; (b) valorização da au de um maior grau de controle dos aspectos
tonomia (self-reliance); (c) busca de um a re cruciais do processo de desenvolvimento m e
lação de simbiose com a natureza; e (d) sus- diante a ação da sociedade civil organizada.
tentabilidade econômica. Atribui-se portanto às comunidades em âm
O primeiro postulado salienta, para fins bito local, microrregional ou regional um po
de planejamento, a necessidade de um redi- tencial a ser canalizado para maximizar a uti
recionamento do processo de crescimento lização de recursos disponíveis, num horizon
econômico visando ao alcance de objetivos te de respeito às suas tradições culturais e
sociais prioritários num contexto de crise sem incorrer com isso em auto-suficiência ou
mundial: redução e eliminação dos atuais ní isolacionismo. Ao nível internacional, ques
veis de miséria e das desigualdades no âm bi tiona-se o agravamento das assimetrias de
to de cada nação e entre nações, além da sa poder atualm ente sentidas nas relações Nor-
tisfação de necessidades básicas de segmen te-Sul (Sachs et a l, 1981, pp. 43-135).
tos sociais até então segregados dos benefí No setor específico do fomento ao de
cios da modernidade. O term o “neces senvolvimento científico-tecnológico, o com
sidades” é tom ado em um sentido amplo. ponente essencial de um a estratégia baseada
Contempla necessidades materiais e psicos na autonomia seria a instalação de um a ca
sociais (autodeterm inação, participação polí pacidade para gerar e colocar em ação os
tica, auto-realização). produtos científico-tecnológicos que um
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processo decisório participativo seleciona pa necessidade de se reavaliar o critério de efi
ra serem supridos com recursos (financeiros, ciência econômica com base numa internali-
institucionais e técnicos) tanto locais quanto zação lúcida da questão ligada aos custos só-
externos. Esta estratégia dem andaria um es cio-ambientais do processo modernizador.
forço de combinação de tecnologias as mais O tão discutido relatório “Nosso Futuro
diversas do ponto de vista da intensidade em Com um”, proposto pela Comissão Brunt-
capital e trabalho, de forma a permitir um land, em 1987, como mais um indicador da
padrão de uso multiforme e sinergético dos fragilidade política das tentativas de inflexão
recursos de cada ecossistema. das tendências “pesadas” do industrialismo,
O terceiro postulado (harm onia socieda- não acrescenta modificações substanciais a
de-natureza) pressupõe, finalmente, o aban esta conceituação. Teve, entretanto, o méri
dono do padrão arrogante de relacionamen to de reaquecer a discussão, em escala inter
to com o meio am biente biofísico instaurado nacional, sobre a caracterização precisa do
pela modernidade à luz do reducionismo critério de sustentabilidade (Sachs, 1980,
econômico. Sugere o aprendizado de um pa 1986a, 1986b, 1991; Sachs et a l, 1981; Go-
drão alternativo, pautado pela relação de dard e Sachs, 1975; Godard, 1981; Dag
simbiose com a natureza. A busca de respei Hammarskjold Foundation, 1975).
to à dinâmica de equilíbrio ecossistêmico e às III. Mapeamento da Produção
necessidades de sobrevivência e evolução das por Disciplina
gerações atuais e futuras alia-se, aqui, à con
sideração atenta e cientificamente com pe III. 1. Sociologia
tente dos imperativos de viabilidade econô A revisão das contribuições associadas
mica. ao campo da Sociologia permitiu identificar
O abandono de um a perspectiva econo- as seguintes áreas temáticas: análise do mo
micista-predatória implica a valorização de vimento ecologista; avaliação de impactos
um tipo de sensibilidade ecológica q ue incor sócio-ambientais de políticas, programas e
pora o interesse pela m anutenção de uma projetos de desenvolvimento; educação, par
produtividade sustentada dos ecossistemas. ticipação e meio ambiente e repercussões da
Isto encoraja a formulação de propostas problemática ambiental no campo teórico-
criativas de solução de problemas ligados à metodológico da Sociologia,
transformação de elementos do meio am a) Análise do movimento ecologista
biente em recursos econômicos efetivos, pre A natureza da crise sócio-ambiental no
servando-se ao mesmo tem po a diversidade Brasil, bem como a composição social, o per
biológica e cultural. D o ponto de vista de fil geral de atuação, os fundamentos político-
Sachs, a dinamização de sistemas produtivos ideológicos, os processos de institucionaliza
— a exemplo de unidades de exploração ção e as repercussões culturais e políticas do
agrícola, unidades industriais, aglomerações movimento ecologista enquanto expressão
urbanas, ou um a combinação das mesmas — dos chamados “novos movimentos sociais”
passa a ser concebida à imagem de ecos foram analisados, de sua gênese até 1986,
sistemas, ou seja, “fechando-se sem pre que por Viola (1987a), Pádua (1987), Mine
possível os circuitos de feedback e prom o (1985) e G abeira (1985 e 1986).
vendo-se sistematicam ente a complementa- Mais recentemente, Viola (1988) e V io
riedade entre diferentes funções e tipos de la e Leis (1990) estenderam o escopo dessas
atividades” (Sachs, 1984, p. 19). O s ciclos análises ao contexto latino-americano e
ecológicos tornam -se, portanto, os verdadei mundial. No caso específico de Viola, sua
ros modelos para um padrão de planejamen tentativa de assinalar o desenvolvimento da
to alimentado pela pesquisa científico-tecno- fase “ambientalista-conservacionista” do
lógica de ponta. ecologismo brasileiro na direção de um a op
O quarto postulado, finalmente, situa a ção “ecopolítica”, a partir de 1986, levantou
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uma série de novas questões ligadas à consti A gênese e a dinâmica da reação popu
tuição de uma estrutura partidária. Este as lar ao program a de construção de b ar
pecto foi retom ado por Pádua (1989), ragens hidroelétricas na bacia do rio U ru
interessado em elucidar os condicionantes guai, reação esta consubstanciada na criação
histórico-sociológicos da gênese e as tendên da Comissão Regional dos Atingidos por
cias de evolução do Partido V erde do Brasil. Barragens - CRAB, foi tematizada por Sche-
Outros autores focalizam a dinâmica do rer-W arren e Reis (1986 e 1988) e por Sche
movimento ecologista em contextos regio rer-W arren (1988).
nais e urbanos. O papel do ecologismo en No domínio da Sociologia do Meio Am
quanto expressão de interesses de setores biente Rural, começam a se desenvolver, no
médios na transform ação do tecido social âm bito do Programa de M estrado em Socio
nos municípios de São Paulo, Florianópolis e logia Política da UFSC, novos eixos de pes
Rio de Janeiro, por exemplo, foi investigado quisa sobre percepções, valores e atitudes de
por Antuniassi (1989), Viola e Boeira (1990) trabalhadores rurais no que diz respeito ao
e Ribeiro (1989). uso de modernas tecnologias agrícolas (Gui-
Finalmente, como parte de um projeto vant, 1989). O papel das inovações sócio-ins-
de m apeam ento e avaliação crítica de movi titucionais do movimento cooperativista, vis
mentos sociais urbanos e rurais no Brasil, to no contexto das pesquisas sobre ecodesen
Scherer-W arren (1990) começa a tematizar volvimento, pode ser encontrado em Chon-
as articulações que se estabelecem entre or chol (1982). Por sua vez, Thiollent (1984)
ganizações ecologistas na Região Sul do país. critica, na ideologia da modernização agríco
b) Avaliação de Impactos Sócio-Ambientais la subjacente ao modelo difusionista, sua ca
de Políticas, Program as e Projetos de pacidade limitada de antecipação de efeitos
Desenvolvimento contra-intuitivos de natureza sócio-ambien-
Cardoso (1980) apresentou um a crítica tal. O autor explora ao mesmo tem po um
ao modelo brasileiro de desenvolvimento perfil alternativo de gestão tecnológica, com
concentrando-se em questões ligadas à natu patível, em princípio, com o enfoque de eco
reza da crise energética, ao fenômeno da u r desenvolvimento. Finalmente, Zahler (1988)
banização acelerada e à expansão das fron relaciona conservação ambiental e reforma
teiras agrícolas. O trabalho é im portante na agrária, dem onstrando a interdependência
medida em que aponta diretrizes para a vi profunda cnlrc as duas problemáticas e
sualização de um modelo alternativo. apontando direlri/.es para um a política alter
Um a crítica global do desenvolvimento nativa para o país.
brasileiro a partir da experiência com gran c) Educação, Participação e M eio A m
des projetos de engenharia na Região A m a biente
zônica aparece tam bém em Monosowski Os trabalhos recenseados sob esta ru
(1983), Costa (1987) e Salati et al. (1983). brica focalizam principalmente propostas de
Ainda desta perspectiva, mas assumindo internalização da problemática ambiental em
mais decididamente a ótica dos estudos de cursos de graduação e pós-graduação (Ho-
ecodesenvolvimento, vários trabalhos de gan, 1990a; Sobral, 1990; Viola e Boeira,
orientação sociológica foram dedicados à 1990), o papel da educação ambiental numa
compreensão da natureza dos impactos da política de reorientação do desenvolvimento
ocupação urbano-industrial sobre comunida microrregional e comunitário (Cunha, 1990;
des de pequenos produtores, pescadores ar- Demo, 1985; Vieira e Kleba, 1991;
tesanais e agricultores que habitam ecos Antuniassi, 1988), e implicações de diferen
sistemas litorâneos em várias regiões do país tes tipos de representação do conceito de
(Diegues, 1983, 1987 e 1990; Oliveira e R i meio ambiente nas práticas cotidianas de en
beiro Neto, 1989; Cunha, 1989; Ram alho Fi sino de ciências em escolas públicas de São
lho, 1983). Paulo (Reigota, 1990 e 1991). A contribui
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ção de Reigota torna-se especialmente ocupação agrícola e de urbanização na Ama
interessante na medida em que reconhece zônia produzidas por Sawyer (1987), Sawyer
que os programas oficiais para a iniciação el a l (1979 e 1990), M artine e Turchi (1990)
científica de crianças situadas na faixa etária e Torres (1988). Todos eles vinculam-se
de 10 a 12 anos focalizam em primeira linha atualm ente ao Instituto Sociedade, Popula
os aspectos biofísicos do meio ambiente. Se ção e Natureza, organismo de pesquisa e do
gundo este autor, a análise de repre cumentação independente, fundado em
sentações sociais da problemática ambiental 1990, em Brasília, como contribuição à pes
junto ao corpo docente constitui um pres quisa de estratégias de desenvolvimento sus
suposto indispensável à criação e institucio tentável no país.
nalização de program as de educação am No contexto da Região Sudeste, a reali
biental sensíveis à importância de variáveis dade do município de Cubatão (SP) vem
socioculturais e políticas, sendo focalizada em estudos de percepção
d) Repercussões da Problemática Ambien da qualidade sócio-ambiental realizados jun
tal no Campo Teórico-Metodológico da to ao Núcleo de Estudos de População da
Sociologia . Unicamp, sobretudo por Hogan (1988a,
Referências à necessidade de constitui' 1988b e 1990b) e Costa Ferreira (1988). Por
ção de um “paradigma inter e transdiscipli- sua vez, Guilherme (1982, 1987a e 1987b)
nar” para as Ciências Sociais, em face dos avalia os efeitos da implantação do pólo in
novos desafios criados pela problemática do dustrial de Cubatão nas condições gerais de
meio am biente, foram encontradas em auto organização urbana (saúde, transporte e h a
res que trabalham em sociologia política e bitação).
sociologia do desenvolvimento: Thiollent
(1982), Ramos (1981), Viola (1987b), Vieira III.3. Ciência Política
(1989a), Diegues (1988) e Diegues e Sales N este campo foram isoladas as seguin
(1988). tes áreas temáticas: avaliação de impactos
sócio-ambientais de políticas, programas e
III.2 Demografia projetos de desenvolvimento e de gestão am
N o conjunto das análises sócio-demo- biental; ecologia e relações internacionais;
gráficas, agrupadas numa única área tem áti educação, participação e meio ambiente; e,
ca intitulada desenvolvimento, dinâmica de finalmente, repercussões da problemática
mográfica e meio am biente, os trabalhos de ambiental no campo teórico-metodológico
Martine (1989) e de M artine e Magno de da Ciência Política.
Carvalho (1989) destacam-se pelo fato de a) Avaliação de Impactos Sócio-Ambicntais
sugerirem as inconsistências e o reduzido po de Políticas, Programas e Projetos de
der explicativo de um a linha “neomalthusia- Desenvolvimento e de Gestão Ambiental
na” de argumentação, que trata a dinâmica O tem a da avaliação de políticas públi
população-meio am biente como um a sim cas de desenvolvimento regional e urbano
ples questão de impactos lineares do cresci em sen tid o am plo concentra, sem dúvi
mento demográfico sobre a utilização de re da, o m aior n ú m ero de contribuições na
cursos naturais não-renováveis. Os autores bibliografia consultada.
enfatizam que a problemática ligada à redis- Críticas ao desenvolvimento“modemizante”
tribuição da população sobre o espaço tor- da agricultura brasileira, aliadas a um e s fo r
nou-se atualm ente tão decisiva a ponto de ço de se re p e n sa r a d in âm ica do
constituir um a das prioridades no rol da p ro cesso segundo altern ativ as co m p atí
agenda sócio-ambiental brasileira para a dé veis com o enfoque do ecodesenvolvimento,
cada que se inicia. podem ser encontradas em Graziano N eto
Cabe também um a referência especial (1986) e em M artine e Garcia (1987). A po
às investigações focalizando o processo de lítica de gestão de recursos naturais é focali
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zada por Almeida Jr. (1986), Costa (1985), autores defendem a hipótese de que a solu
Costa et al. (1987), Leal (1982), Procópio ção de problemas de natureza sócio-ambien-
(1990b), Salati et al. (1983) e Sawyer et al. tal passa necessariamente pela modificação
(1979). Críticas à política energética que in das opções políticas, nos planos interno e ex
corporam o desenho de cenários alternativos terno, no sentido do questionamento do
baseados na “prudência ecológica” orientam atual modelo de desenvolvimento.
as contribuições de Bautista Vidal (1987), D ando continuidade a suas análises an
Boa Nova (1985 e 1987) e Girotti (1984). teriores sobre a efetividade das políticas de
Dowbor (1990) e N eder (1990b) levan saúde pública no município de Rio Claro
tam a questão da internalização da proble (SP), datadas de 1988, Ferreifa (1989) con
mática ambiental no campo do planejamen templa a emergência e a dinâmica de atu a
to do desenvolvimento urbano, acentuando ção das agências estatais de gestão do meio
o aspecto da participação comunitária. ambiente no Estado de São Paulo.
Pressupondo que os estudos sistemáti No campo específico da pesquisa de
cos de viabilidade (sócio-econômica, político- metodologias de avaliação de impactos só-
insiitucional e cultural) de estratégias alter cio-ambientais, a revisão bibliográfica permi
nativas de desenvolvimento regional capazes tiu a identificação das seguintes problemáti
de assegurar a internalização de variáveis só- cas: formação de indicadores de qualidade
cio-ambientais perm anecem incipientes na li ambiental em áreas urbanas (Guimarães,
teratura especializada, Vieira (1989a) identi 1984), desenvolvimento da técnica de simu
fica, de forma exploratória, o “mal-desenvol- lação por com putador como instrumento de
vimento” no Estado de Santa Catarina e ex pesquisa e de planejamento sistêmico de es
trapola daí considerações sobre o potencial tratégias de ecodesenvolvimento regional e
disponível, os obstáculos mais expressivos e urbano (Vieira, 1990) e avaliação de condi
as implicações prováveis de um a reorienta- ções de utilização de relatórios de impacto
ção do processo segundo as diretrizes básicas ambiental (Rimas) em países em desenvolvi
do enfoque de ecodesenvolvimento. O texto mento (Monosowski, 1986, 1989a e 1989b;
situa este enfoque como tributário de uma Sanchez, 1987).
visão sistêmica de sociedade e tenta m apear b) Ecologia e Relações Internacionais
os aportes em term os de recursos científico- Partindo de um diagnóstico sumário da
tecnológicos necessários à efetivação de um a crise do meio ambiente ao nível planetário,
política de ecodesenvolvimento regional con Viola e Leis (1990) concentraram-se na ava
sistente. liação do papel do ecologísmo na modifica
R attner (1989) enquadra a avaliação de ção das relações Norte-Sul, extrapolando,
impactos de políticas recentes de desenvolvi através de cenários prospectivos, as alternati
mento tecnológico no contexto dessa mesma vas de evolução para a década de 90. Q ues
preocupação em explicitar a natureza e as tões ligadas à preservação do estatuto de so
precondições de viabilidade de um novo pa berania da Antártida em face dos interesses
drão de desenvolvimento socialmente justo, estratégicos das grandes potências, bem co
economicamente viável, ecologicamente p ru mo à compreensão da natureza dos processos
dente e politicamente participativo. predatórios em curso na Amazônia, vêm sendo
Guimarães (1986) e Coelho et al. tratadas por Leis (1989 e 1990a). Os fatores
(1984) avaliam o processo de formulação e exógenos que influenciam o processo de “mal-
implementação de políticas ambientais, rela desenvolvimento” na Amazônia foram tam
cionando-o sistematicam ente aos reflexos bém enfatizados recentemente por Procópio
dos diversos planos de desenvolvimento só- (1990b) na Universidade de Brasília.
cio-econômico e de capacitação científico- Discussões preliminares sobre as pre
tecnológica implantados no país. Sintetizan condições de viabilidade política de um “par
do a experiência acum ulada até esta data, os lamento mundial” foram iniciadas por M au
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rício Andrés Ribeiro (1987) na Fundação lítica (Bio-politics), Vieira (1990) apresentou
João Pinheiro, em Belo Horizonte. D a pers um a tentativa de delimitação e fundamenta
pectiva deste “anteprojeto” de constituição ção do domínio da ecologia política. O autor
de um federalismo planetário, o auto r anali entende esta área de hibridização disciplinar
sa propostas de equacionam ento de uma sé como a derivação mais recente da ecologia
rie de questões ligadas à gestão ambiental, humana, atribuindo-lhe o potencial de inte
política econômica e segurança nacional. Sua grar as temáticas mais freqüentem ente
conceituação de “ecossegurança” encontra trabalhadas na literatura técnica sobre a di
ressonância no trabalho de M edeiros (1987). mensão política dos problemas ambientais
O tema da imposição, pelos países do hemis (estudos de percepção, atitudes e valores;
fério Norte, de um a “ordem ecológica inter análise do movimento ambientalista; avalia
nacional” desfavorável à dinâmica de evolu ção de políticas ambientais e estudos de ca
ção dos países em desenvolvimento está pre ráter epistemológico). N este trabalho, Vieira
sente em Pericás N eto (1989) e Silva (1987). defende a idéia de que o projeto de base da
De uma perspectiva que integra fatores polí ecologia política deve apontar no sentido de
tico-econômicos e jurídicos, os problemas li duas operações complementares de pesquisa
gados às condições de apropriação dos fun sistêmica: avaliação de impactos sócio-am-
dos marinhos foram investigados por Caubet bientais do processo de desenvolvimento e
(1979). Finalmente, os desafios colocados prospecção de alternativas de ecodesenvolvi-
aos sistemas de planejam ento pelas perspec mento.
tivas de agravamento do “efeito estufa” ao Viola (1987a e 1988) e Pádua (1987 e
nível biosférico foram objeto das reflexões 1989), por outro lado, têm associado o de
de Maimon (1990) no Núcleo de Economia senvolvimento da ecologia política sobretudo
Agrícola e do Meio Am biente da U FR J. à busca de uma compreensão cada vez mais
c) Educação, P articipação e M eio A m profunda da dinâmica do ecologismo en
biente quanto movimento social. Através do estudo
da formação social brasileira, Guimarães
Os pressupostos e implicações de uma
(1988a) acentua, por sua vez, a hipótese de
política de educação am biental capaz de sub
que os modos de apropriação dos recursos
sidiar o esforço de planejam ento e imple
naturais e do habitat podem revelar as carac
mentação de estratégias de ecodesenvolvi-
terísticas mais estruturais do sistema político,
mento regional foram explicitados por Vieira
da mesma forma que o exame dos principais
e Kleba (1991). Os autores basearam-se, pa
componentes dos sistemas de dominação
ra tanto, num diagnóstico das limitações do
desvela o conteúdo real e as limitações de
atual modelo de educação ambiental conser-
políticas específicas nessas áreas.
vacionista predom inante no E stado de Santa
Catarina. III.4. Antropologia
Por outro lado, buscando uma com Na Antropologia as contribuições estão
preensão mais acurada de fenômenos de subsumidas num a única área temática: ava
participação política sob a crise do modelo liação de impactos sócio-ambientais de políti
convencional de desenvolvimento urbano-in- cas, programas e projetos de desenvolvimen
dustrial no país, N eder (1988 e 1990b) reali to. Os trabalhos contemplam avaliações de
zou estudos de caso em municípios do inte impacto ambiental de grandes projetos de
rior do Estado de São Paulo. engenharia, análises de estratégias alternati
d) Repercussões da Problem ática Ambien vas de desenvolvimento em ecossistemas li
tal no Campo Teórico-Metodológico da torâneos e estudos voltados para o tratam en
Ciência Política to de problemas de sobrevivência em com u
Com base num m apeam ento das princi nidades indígenas.
pais linhas de pesquisa que vêm sendo d e Impactos de natureza sócio-econômica,
senvolvidas na interface Biologia/Ciência Po social-psicológica e politico-cultural decor
12
rentes da construção de barragens hidroelé ração da sabedoria ecológica de grupos tra
tricas nas regiões Amazônica, N ordeste e dicionais no campo de planejamento de prá
Sul-Sudeste foram considerados por Sigaud ticas alternativas de desenvolvimento. Por
(1984 e 1990) no M useu Nacional; por San outro lado, enquanto prom otor de um movi
tos e Nacke (1988), W erner (1985 e 1988) e m ento de sistematização teórica e metodoló
Langdon e Nacke (1987) no Program a de gica dos progressos alcançados pela discipli
Mestrado em Antropologia Social da UFSC; na de Ecologia Hum ana, Morán (1981,
e por Pandolfí (1989). Efeitos mais específi 1982, 1983 e 1990) tem se concentrado num
cos como stress psicossociológico, desorgani padrão de análise da diversidade biológica e
zação de laços sociais, indenizações injustas cultural de ecossistemas amazônicos que res
de bens materiais apropriados e descapitali gata a importância da pesquisa etnobiológi-
zação ecológica junto a comunidades indíge ca. Finalmente, em Neves (1989) esta tem á
nas foram aprofundadas por Santos e An tica foi enfocada a partir de contribuições
drade (1988), Santos e Nacke (1988), Vidal apresentadas no seminário Biologia e Ecolo
(1983, 1986 e 1989) e W erner (1984). As gia H um ana na Amazônia: Avaliação e Pers
contribuições, a de W erner (1988) e W erner pectivas, promovido pelo Museu Paraense
et al. (1979), bem como as de Coimbra Jr. Emílio Goeldi em 1987.
(1985a e 1985b, 1987, 1988a e 1988b) e Silva No Programa de Pós-Graduação em
(1991), estão associadas a um padrão de pes Antropologia Social na UnB, Gustavo Lins
quisas ecológico-humanas voltadas para a Ribeiro (1982) examinou as repercussões só-
cio-ambientais da construção de Brasília e de
identificação de estratégias alternativas de
desenvolvimento regional. Cabe destacar, suas cidades satélites. Seus trabalhos mais
ainda, que as contribuições de Coimbra Jr. recentes contemplam a avaliação dos efeitos
de grandes projetos de engenharia numa
vêm estimulando uma melhor visualização
perspectiva analítica própria da antropologia
institucional da pesquisa epidemiológica ju n
econômica (Ribeiro, G.L., 1987).
to a grupos indígenas brasileiros.
Avaliações do impacto social de proje
No domínio das investigações em etno-
tos de mineração e de exploração agroindus
bioiogia, congregando subitens como etno-
trial estão incluídas nos trabalhos de M oura
pedologia, etnobotânica, etnozoologia e et-
e M aia (1990) e Tude (1990).
noecologia, a realidade dos complexos ecos
No campo dos diagnósticos de ecos
sistemas amazônicos tem sido investigada
sistemas litorâneos, as investigações de Beck
por Darrell A. Posey e Warwick Kerr, na
(1983), Loureiro (1985), Teixeira e Teixeira
Universidade Federal do M aranhão; Elaine
(1986), Cunha et al. (1989) e Lima (1984)
Elisabetsky, na Universidade Federal do P a
podem ser vistas com o importantes subsídios
rá; Janet M. Chernela, no IN PA em M a ao acervo que vem sendo acumulado no
naus; e por G eorge Z arur. Alguns dos traba processo de implementação do Projeto de
lhos desses autores foram reunidos, por ini Pesquisa e Conservação de Áreas Úmidas
ciativa de Darcy Ribeiro (1987) numa edição no Brasil (IOUSP/Fundação Ford/UICN),
atualizada de textos considerados clássicos na USP, sob a com petente coordenação do
integrantes do acervo d o H andbook o f South Prof. Antonio Carlos Diegues.
American Indians no período de 1945 a
1950. D este domínio de investigação ainda III.5. Geografia Humana
incipiente entre nós espera-se a geração de As contribuições associáveis a esta disci
conhecimentos sobre percepções e repre plina foram agrupadas em três áreas: avalia
sentações do meio am biente presentes nas ção de impactos sócio-ambientais de políti
estratégias d e sobrevivência de grupos indí cas, programas e projetos de desenvolvimen
genas atualm ente ameaçados de extinção. to; análise espacial e planejamento; e
Em Posey (1983a, 1983b, 1987 e 1988) dis repercussões da problemática ambiental no
pomos de valiosos subsídios para a incorpo campo teórico-metodológico da Geografia.
13
a) Avaliação de Im pactos Sócio-Ambientais zam as tentativas de incorporação gradual da
de Políticas, Program as e Projetos de problemática ambiental nos planos nacionais
Desenvolvimento de desenvolvimento (inclusive aqueles liga
A maioria dos trabalhos tematiza a dos ao fomento do sistema científico-teeno-
questão da degradação sócio-ambiental em lógico).
curso na Amazônia. O processo de ocupação b) Análise Espacial e Planejamento
do território e as migrações internas, os p a O direcionamento da análise da organi
drões dominantes d e gestão de recursos n a zação espacial visando à formulação de polí
turais e a análise dos problem as ligados ao ticas alternativas de desenvolvimento foi te-
reassentamento de populações em face do matizado a partir de vários ângulos no perío
processo de construção de barragens na re do 1980-1990. Valverde (1979) ilustra o pa
gião foram considerados no âm bito do N ú drão de organização do espaço associado ao
cleo de Altos Estudos Amazônicos — processo de colonização na faixa da rodovia
NAEA, do D epartam ento de Geociências da Transamazônica, sugerindo ao mesmo tem
UFPa, sobretudo por M ougeot (1981, 1983 po medidas corretivas pertinentes. Pentea-
e 1986) e Aragon e M ougeot (1986). O utras do-Orellana (1981 e 1982) tenta reavaliar a
contribuições de peso podem ser encontra noção de cultura à luz dos fatores ligados à
das em Becker (1982), H ébette (1988), Oli organização espacial, sugerindo ao mesmo
veira (1984), Salati et al. (1983), Valverde e tem po um a ampla renovação conceitual-me-
Freitas (1980), Valverde (1981) e Piquet todológica da disciplina da Geografia.
(1990). N o domínio da metodologia de planeja
No Instituto Nacional de Pesquisas da mento, Negret (1982) oferece uma proposta
Amazônia (INPA), em M anaus, Fearnside de uso do ecossistema como unidade básica
(1982,1984, 1985,1989a e 1989b) vem reali para se traçar uma política alternativa de ocu
zando esforços substanciais visando um me pação do espaço regional. Segundo a proposta
lhor entendim ento das causas, dinâmica e de zoneamento defendida pelo autor, a susten-
conseqüências sõcio-econômicas dos proces tabilidade ecológica do proceí>so de desenvolvi
sos predatórios em andam ento na região, mento regional passa a se constituir na diretriz
agregando ao cerne de suas preocupações a central do trabalho de planejamento.
análise prospectiva (e sistemicamente orien Numa perspectiva de análise da variável
tada) de alternativas de desenvolvimento re espacial compatível com um a política de pes
gional e urbano. quisa integrada de estratégias regionais de
Sevá Filho (1989) conduziu um a pes- ecodesenvolvimento, foram considerados os
quisa-inventário dos grandes projetos de d e contextos do cerrado (M ourão, 1981) e da
senvolvimento energético na Região Amazô região litorânea do Estado de Alagoas
nica, acentuando a questão dos riscos tecno (Ramalho Filho, 1983). Por sua vez, Lago
lógicos inerentes ao processo de expansão (1986 e 1988) ilustra, a partir da experiência
capitalista mas sem aprofundar a delimitação do Estado de Santa Catarina, as pos
de alternativas. sibilidades de internalização da problemática
Impactos de atividades míncro-indus- ambiental no campo da Geografia Humana.
tríais e agropastoris foram avaliados por Leal Finalmente, Ogata (1983) e Rolando Berrios
(1982), H ebette (1986 e 1990) e Moura e (1986) concentraram-se nas interdependências
Maia (1990). Esses trabalhos focalizam prin criadas recentemente entre tratamento de resí
cipalmente o Projeto Albrás-Alunorte. duos, gestão do espaço e organização comuni
Como foi ressaltado anteriormente, tária no contexto do Estado de São Paulo.
Coelho et al. (1984) produziram um levanta c) Repercussões da Problemática Ambien
m ento dos problem as am bientais surgidos ao tal no Campo Teórico-Metodológico da
longo do processo m odernizador no país des Geografia
de a década de 60. N este inventário, focali N a qualidade de especialistas em Geo-
14
ciências, Moraes (1986), Gonçalves (1987 e brasileira constituem aspectos interligados
1990), Lago (1988) e Santos (1986) têm ofe de um padrão oficialmente sancionado de
recido subsídios para a visualização das limi “mal-desenvolvimento” sócio-econômico.
tações de uma excessiva com partimentação D o conjunto dos trabalhos de pesquisa
disciplinar do campo das ciências humanas e desenvolvidos na Coordenação dos Progra
sociais, num contexto de agudização dos pro mas de Pós-Graduação em Engenharia/Área
blemas de natureza estrutural da sociedade Interdisciplinar de Energia — COPPE/AIE
brasileira. desde 1981 cabe destacar, inicialmente, as
II 1.6. Economia avaliações do impacto sócio-ambiental da in
dústria de petróleo feitas por Barcelos
Os trabalhos neste campo foram agru
(1987). A análise do binômio energia/estilo
pados numa mesma área temática: avaliação
de desenvolvimento, com destaque para
de impactos sócio-ambientais de políticas,
programas e projetos de desenvolvimento e questões ligadas às condições de viabilidade
gestão ambiental. de sistemas integrados de produção de ali
Uma das primeiras incursões sistemáti mentos, energia e produtos agroindustriais,
cas na área da economia do meio ambiente está presente nos trabalhos de La Rovere
no Brasil, realizada com objetivos de asses- (1981 e 1989), La Rovere et al. (1985), La
soramento do processo de formulação de Rovere e Tolmasquim (1985), Oliveira e La
políticas, foi realizada por A raújo (1979). Rovere (1985), Rosa (1981a e 1984), COP
Mais recentemente, Ely (1988) produziu um PE/A IE (1986) e Finep/UNDP/Unesco
novo manual histórico sistemático, onde a (1984). Q uanto aos impactos sócio-ambien
realidade sócio-ambiental brasileira é focali tais de projetos hidroelétricos e usinas nu
zada no contexto da evolução da teoria eco cleares no Brasil, destacam-se as contribui
nômica e onde os desafios colocados ao con ções de Rosa (1981b, 1984, 1985 e 1986),
trole político do processo de degradação do Rosa e Mielnik (1988), Schaeffer (1987),
país são contrastados com algumas experiên Rosa e Cecchi (1984), Rosa e Hesles (1984)
cias em países do Primeiro Mundo. e Magrini (1986).
A incorporação gradual da Região Além dos trabalhos realizados na COP
Amazônica no m ercado capitalista interna PE/AIE, merecem atenção as contribuições
cional, implicando o surgimento de projetos de Maimon, Sachs e Tolmasquim (1987),
mínero-industriais e agropastoris de grande Arruda de Albuquerque (1985) e Bautista
vulto, vem sendo investigada por H ebette Vidal (1987) para a compreensão da dinâmi
(1986, 1987 e 1988). N o Nordeste, os custos
ca de implantação e desenvolvimento do
sócio-ambientais dos programas de irrigação
Programa Pró-Álcool e das perspectivas de
nos vales do baixo e médio São Francisco
fomento, no país, de um a política de valori
têm concentrado as atenções de Barros
zação econômica de recursos de biomassa
(1984, 1985a, 1985b e 1987) na Fundação
(bioindustrialização descentralizada).
Joaquim Nabuco, bem como de Pimentel Fi
Reflexões sobre o processo de desenvol
lho (1988). E ste último dedica-se à avaliação
dos impasses criados pelo projeto de reas- vimento tecnológico brasileiro no contexto
sentamento das populações atingidas pela das transformações por que passa a econo
construção da usina de Itaparica. mia internacional nas últimas décadas, onde
No campo do planejamento agrícola, se tenta explicitar ao mesmo tem po as gran
Romeiro (1981 e 1982), Rom eiro e Abran- des orientações de um novo padrão de cres
tes (1981) e Graziano N eto (1986) buscaram cimento e de um novo projeto de sociedade
corroborar a hipótese de que a degradação capazes de responder também aos desafios
do meio am biente natural, a gestão inade suscitados pela eclosão da problemática am
quada dos recursos energéticos e o fraco biental, podem ser encontradas, finalmente,
desempenho da produtividade da agricultura em Furtado (1980 e 1987), R attner (1980,
15
1987 e 1989), Boa Nova (1985 e 1987) e Be- concedida pelos pesquisadores consultados a
nakouche 1982 e 1984). estudos de diagnóstico de impactos destruti
vos contrasta com a escassez de estudos de
IV. Lacunas de Conhecimento e viabilidade de estratégias alternativas de de
Subsídios para o Fomento da senvolvimento. Apesar das referências fre
Pesquisa Sócio-ambiental
qüentes à necessidade de se incorporar a
E sta sistem atização p relim in ar da problemática ambiental na elaboração de
bibliografia revela a concentração do esfor planos de desenvolvimento em cada área se
ço de pesquisa num a área temática domi torial específica, a avaliação das condições
nante: a avaliação de impactos sócio-ambien- sócio-econômicas, político-institucionais e mes
tais da dinâmica de desenvolvimento sócio- mo culturais, a partir das quais propostas de
econômico em várias regiões do país. A an á ação alternativas poderiam se tornar realidade,
lise dos custos sócio-ambientais da acumula absorve apenas uma parcela minoritária da
ção capitalista permeia o trabalho desenvol atividade de pesquisa no país. A avaliação do
vido em todas as disciplinas no período con
conteúdo dos trabalhos revela também uma
siderado. Do conjunto das regiões investiga
defasagem considerável na recepção crítica
das, a Amazônia tem polarizado sensivel
da bibliografia de ponta produzida interna
mente o interesse dos pesquisadores.
cionalmente desde meados de 70 no campo
O tratam ento teoricam ente consistente
da teoria do desenvolvimento ecossustentável
de questões ligadas ao fortalecimento da ca
e de suas estruturas de planejamento.
pacidade de barganha política de setores or
U m dos principais desafios à organiza
ganizados da sociedade civil em erge na lite
ção de um campo de pesquisa sócio-ambien
ratura praticam ente apenas a partir de 1986.
tal integrado e capaz de evolução cumulativa
Nos últimos anos, entretanto, começam a
consistiria, a meu ver, em se identificar, ini
proliferar trabalhos sobre as oportunidades e
cialmente, as principais lacunas de co
impasses do ecologismo, o papel ambíguo
nhecimento teórico e metodológico existen
desempenhado pelas agências estaduais de
tes para se definir, em seguida, as orienta
controle da degradação ambiental e a inter-
ções gerais pertinentes a um a política de lon
nalização das preocupações com o meio am
go prazo. Em face das limitações do texto
biente nas práticas educacionais.
A consciência da necessidade de reorde- aqui apresentado, as considerações que se
nam ento interdisciplinar das Ciências Sociais seguem terão um caráter necessariamente
visando um enfoque não-reducionista da esquemático e exploratório.
problemática ambiental encontra-se também 1) Na área da pesquisa teórico-metodo-
bastante disseminada entre os vários grupos lógica, uma das lacunas mais significativas
de pesquisadores. A análise da produção re estaria ligada ao uso incipiente da aborda
vela, entretanto, que o nível da reflexão epis- gem sistêmica, vista sobretudo como uma
temológica perm anece ainda muito ensaísti- metodologia de tratam ento anti-reducionista
co e nitidamente aquém das necessidades dos fenômenos sócio-ambientais. As implica
prementes de operacionalizaçáo efetiva de ções mais interessantes do sistemismo vincu
enfoques interdisciplinares, tanto no plano lam-se, aqui, aos impulsos que ele gera para
do conhecimento teórico quanto no da inter a maturação de um a abordagem integrada
venção social e política. São escassos os das diversas subdisciplinas isoladas que com
trabalhos que tematizam o paradigma sistê põem atualm ente o campo da Ecologia H u
mico como um recurso indispensável à inte mana. E m termos de impulsos metodológi
gração teórica do campo da ecologia hum a cos, o sistemismo resgata a análise prospecti
na e à viabilização de um a política ambiental va como recurso virtualmente indispensável
orientada por um a visão antecipativa-pre- à pesquisa de formas alternativas de regula
ventiva e não simplesmente remediai. ção político-institucional, baseadas na consi
Cabe ressaltar, finalmente, que a ênfase deração dos custos sócio-ambientais de lon
16
go prazo da atividade de modernização só- manente para o nível ex ante que cor
cio-econômica. Nesse sentido, perm ite pres responde à criação de um novo estilo de de
supor que o trabalho de planejamento corre senvolvimento de sistemas sócio-econômicos
o risco de se tornar disfuncional se não esti e tecnológicos.
ver apoiado sim ultaneam ente em estimativas 2) Uma segunda área deficitária na pes
confiáveis da eclosão de impactos destrutivos quisa sócio-ambiental brasileira diz respeito
e de repercussões prováveis da introdução à abordagem da natureza das relações entre
de cursos alternativos de ação sobre o meio processos de percepção da problemática am
ambiente e a qualidade de vida. biental e processos de aprendizagem social
Q uanto aos impulsos de natureza teóri que implicam modificações efetivas de com
ca, o enfoque sistêmico pode contribuir para portamento. D ada a urgência de um redire-
melhorar nossa com preensão dos processos cionamento das políticas ambientais num
de transformação de sistemas ecossociais ca sentido antecipativo-preventivo, seria de es
pazes de engendrar prejuízos sócio-ambien- pecial importância conhecer melhor como se
tais mais ou menos irreversíveis. E sta com dão as percepções da problemática ambien
preensão mais abrangente envolveria um a tal em diferentes segmentos sociais e como
maior lucidez na identificação de pontos de os atuais estilos de consumo, interação social
estrangulamento estruturais e na considera e participação política poderiam ser inflexio-
ção do leque de opções que se abrem à ação de nados no sentido da criação de hábitos con
grupos sociais portadores de um potencial de ino sistentes com um novo projeto de civilização.
vação. A importância concedida à ação transfor 3) A evolução da pesquisa sócio-am
madora de grupos sociais dinâmicos corresponde, biental no Brasil está exigindo, finalmente,
nesse caso, a uma visão não-determinista desse ti um tipo especial de análise integrada de siste
po de sistema e ao reconhecimento da importân mas regionais que possa subsidiar a criação
cia das variáveis sódo-políticas e culturais sobre de estratégias consistentes de ecodesenvolvi-
sua dinâmica evolutiva. mento. Acredito que o desafio de articular
Além da necessidade de um a incursão os pesquisadores em torno de projetos co
mais conseqüente no campo da análise sistê muns, no contexto de uma rede nacional de
mica, a pesquisa em preendida perm ite iden intercâmbio de informações e experiências,
tificar a necessidade de se estimular a pes poderia ser confrontado principalmente atra
quisa de indicadores de qualidade sócio-am vés da consolidação desse padrão de análise
biental que possam ser considerados com pa interdisciplinar articulado à ação experimental.
tíveis com um a abordagem estrutural das A gestão da complexidade constitui, en
causas da problemática ambiental. O contro tretanto, o principal obstáculo a ser enfrenta
le das readaptações sociais que se fazem do pelos analistas e planejadores de novas
necessárias à confrontação da problemática estratégias socialmente justas, economica
ambiental dependerá não só de diagnósticos mente viáveis, ecologicamente prudentes e
precisos sobre a natureza e a magnitude dos politicamente emancipadoras de desenvolvi
impactos atualm ente sentidos, mas também m ento regional. As formas através das quais
de parâm etros que configurem um novo pa projetos de intervenção afetam o meio am
tamar de funcionamento dos sistemas ecos- biente biofísico e construído são de captação
sociais, onde sejam minimizados os focos es difícil, na medida em que ao elevado número
truturais de problem as sócio-ambientais. D o de fatores envolvidos somam-se o caráter
refinamento desses indicadores dependerá, não-linear de suas inter-relações e os efeitos
acredito, o surgimento de respostas políticas contra-intuitivos decorrentes da busca de in
nipazes de transcender a ideologia conserva- tegração e auto-regulação do conjunto assim
i-umista e evoluir do nível ex post das medi criado. Modificações no funcionamento de
das paliativas de controle de índices de polui- um fator acabam acarretando reações em
«,no e criação de áreas de preservação per cadeia que conferem à dinâmica do sistema
17
tendências inesperadas: surgimento de novos gias específicas de intervenção corretiva (Ro-
problemas em outros setores, criação de dese pohl, 1978; Vieira, 1990). Por outro lado, ca
quilíbrios irreversíveis ou ampliação de tendên be acentuar que a natureza e o potencial de
cias destrutivas em sistemas situados em outros uma teoria sistêmica da sociedade têm sido
contextos geográficos. Esta condição faz do re interpretados de forma polêmica e muitas
curso a formas mais rigorosas de análise menos vezes contraditória mesmo no âm bito da
uma questão de preferências pessoais das pes teoria social contemporânea. As contribui
quisadores e mais um pré-requisito de eficácia ções oriundas da Pesquisa de Sistemas per
das intervenções pretendidas. fazem, infelizmente, um conjunto extrem a
Os teóricos do enfoque de ecodesenvol- m ente diversificado e ainda pouco integra
vimento parecem conscientes deste desafio, do, dificultando a superação do estereótipo
na medida em que reconhecem na aborda (típico dos meios acadêmicos brasileiros)
gem sistêmica um a matriz de organização do que as associa às propostas estrutural-fun-
conhecimento interdisciplinar necessário ao cionalistas e a um a ideologia sócio-política
trabalho de planejam ento. N a revisão da conservadora e tecnocrática.
bibliografia pertinente podem ser encon A credibilidade do enfoque de ecode-
trados vários indicadores desta ab e rtu ra ao senvolvimento junto à opinião pública pare
sistemismo: utilização freq ü en te de m ode ce depender também, 15 anos após sua gê
los multifatoriais qualitativos, envolvendo a nese, de um manejo mais lúcido e analitica
exploração criteriosa de interdependências e mente rigoroso de fatores ligados às precondi-
esquemas de auto-regulação baseados em ções de viabilidade política das estratégias su
circuitos de feedback (Sachs, 1986a e geridas.
1986b); propostas de um a teoria sistêmica Num certo sentido, as coações próprias
do planejamento fundada no conceito de sis às estruturas de poder e à cultura política de
tema ecossocial (G odard e Sachs, 1975 e um a região parecem definir as margens de li
1978); críticas à teoria neoclássica do meio berdade para iniciativas de inovação social.
ambiente, inspirada na teoria dos sistemas U m a análise mais rigorosa de obstáculos de
autônomos (Godard, 1981); e o refinamento natureza política, com ênfase na elucidação
do conceito-chave de “sistemas integrados de fatores ligados à dinâmica institucional
de produção” (Sachs et a i, 1981; L a Rovere que condicionam a viabilização dos projetos,
e Tolmasquim, 1985). deveria ser incorporada como elemento in
Apesar desta tendência, carecemos ain dispensável do trabalho de concepção e im
da de um trabalho de fundam entação sistê plementação de estratégias regionalizadas.
mica desse enfoque que esteja à altura das U m ponto de estrangulamento impor
exigências colocadas pela pesquisa epistemo- tante na dinamização do enfoque de ecode-
lógica contemporânea. Isto explica, provavel senvolvimento no Brasil parece residir, final
mente, a persistência de um a certa ambigüi m ente, na ênfase excessiva concedida a pro
dade na recepção da metodologia sistêmica jetos de desenvolvimento de nível local, onde
standard e a inexistência de um a explicitação predominam os esforços de introdução de
clara e convincente da imagem-da-sociedade tecnologias alternativas. U m a insistência exa
que lhe é subjacente. E m term os mais con gerada nesta escala de ação pode contribuir
cretos, a análise prospectiva não tem sido as para veicular uma imagem deturpada das
sociada com a nitidez necessária ao procedi potencialidades da proposta. Apesar de ex
mento metodológico padrão adotado pela periências positivas que acabam por gerar
Pesquisa de Sistemas. E ste perfaz quatro fa efeitos demonstrativos não negligenciáveis,
ses interdependentes de análise, modelização, esta orientação tende a menosprezar a per
simulação e síntese, possibilitando, a partir cepção lúcida dos efeitos inibidores exercidos
da base de informações então gerada, a reali pelos contextos microrregional e regional so
zação de estudos de viabilidade de estraté bre as condições de sustentação dos proje
18
tos. Justifica-se, assim, a legitimidade de um a Trata-se, em síntese, da construção de
orientação da política de pesquisa no sentido um a estratégia de networking com objetivos
da adoção de um a escala regional. simultaneamente acadêmicos e políticos. O
A cobertura dessas lacunas pressupõe, efeito de sinergia a ser obtido com a implan
certamente, um a série de iniciativas ligadas tação de um efetivo “sistema” de pesquisa
ao ordenam ento do potencial de pesquisa na básica e aplicada nas Ciências Sociais do
área. Trata-se, antes de mais nada, de criar, Meio Ambiente poderá condicionar, na m e
mediante um a política global de fomento, lhor das hipóteses, uma ampliação estratégi
um efeito de sinergia que conduza à form a ca dos fluxos de comunicação entre os diver
ção de redes de intercâmbio com instituições sos grupos sediados nas comunidades cientí
que, direta ou indiretamente, alocam recur ficas, bem como entre grupos de pesquisa,
sos na formação e capacitação de equipes in- agências de planejamento governamental,
terdisciplinares, bem como no desenvolvi representantes do setor produtivo e grupos
mento da infra-estrutura de conhecimentos organizados da sociedade civil. Da participa
sobre o meio am biente e sobre a dinâmica ção de novos interlocutores na formulação e
de sistemas regionais. im plem entação de estratégias de desenvol
Levando em consideração a natureza
vim ento regional e urbano em basadas na
interdependente das ações desenvolvidas em
pesquisa sócio-ambiental de ponta espera-
diferentes níveis territoriais, do nível nacional
se, portanto, um avanço expressivo na di
ao local, passando pelos níveis regional e
nâmica de reorganização institucional do
microrregional, necessitamos amadurecer,
Sistema de Ciência e Tecnologia com vis
de forma participativa, um conjunto de re
tas à confrontação da problem ática am
gras gerais para a fixação de prioridades, a
biental no Brasil.
captação conjunta de recursos financeiros e
materiais, o apoio a grupos em ergentes com
reconhecida potencialidade e a ampliação
dos processos de transferência efetiva dos re Recebido para publicação
sultados das pesquisas para a comunidade. em março de 1992
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