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IEMANJÁ – A MÃE DA GERAÇÃO

Ano-novo. Todos de branco, champanhe e rosas brancas à mão. Neste momento,


pessoas de crenças diferentes pedem à mãe das águas um ano com saúde, prosperidade, amor
etc.

Poucos sabem, mas esse costume começou quando os candomblecistas prestavam suas
homenagens à Iemanjá nas praias. Encantados, os espectadores começaram a imitar, e se
tornou uma tradição nas praias brasileiras.

Para nós, Umbandistas, Iemanjá é a Mãe da Geração e da Criatividade. A associação


com a maternidade é correta, mas o conceito geração, regido por ela, vai muito além.

Nós, enquanto consciências imortais, geramos o tempo todo. Nosso poder gerador é
imenso e infelizmente ignorado pela maioria de nós. O pensamento cria, gera e, perdidos no
ciclo encarnacional no qual nascemos, crescemos, trabalhamos e morremos - levando em
consideração que para a maioria da população mundial o lazer é um luxo – nos conformamos
com o fato de que as coisas são como são...sem nos darmos conta de que elas são exatamente
como nós criamos e acreditamos.

O fator geracionista de Iemanjá está presente e tudo o que criamos, sejam sentimentos,
projetos ou a própria vida.

O fato é que sentimentos de ódio, vingança, ira, inveja, egoísmo, ganância etc geram
coisas negativas como doenças, por exemplo.

E sentimentos de amor, compaixão, solidariedade, fraternidade, fé etc geram coisas


positivas.

Se os seres humanos tivessem a consciência de que o que se pensa, se cria, talvez


tivessem o cuidado de vigiar seus pensamentos e por consequência criar uma atmosfera de luz
em torno de si mesmos.

O mesmo princípio vale para o que dizemos. Palavras são vibrações e continuam
ressonando no universo depois que são ditas, e quando voltam trazem a mesma vibração de
quando foram geradas.

Resumindo, recebemos de volta exatamente o que geramos. Assim, sendo, devemos


pensar, vibrar, agir e criar o que queremos receber.

Assim como quem planta laranjas não vai colher abacaxis, quem gera negatividade
nunca colherá coisas positivas.

Quer um ano realmente diferente? Peça a esta grande mãe para gerar coisas boas na
sua vida, como prosperidade, saúde, amor, paz e tudo de bom que você quiser, e faça sua parte
para que aconteça.

Ofereça a ela champanhe branca, rosas brancas, velas brancas e azuis-claras, manjar de
côco, uvas brancas, agradeça pelo ano que se finda e também pelas bênçãos que estão a
caminho.

Se relacione com esta grande mãe que representa o sagrado feminino, a mãe da vida,
co-criando com ela tudo aquilo que você deseja.
Ao pisar na areia, não se esqueça de saudá-la e pedir licença para adentrar no seu campo
de força.

Tenha consciência. Não suje a casa de Iemanjá. Não jogue no mar elementos que
possam fazer mal aos peixes ou emporcalhar seu ponto de força.

É deprimente ver, no dia seguinte, a quantidade de lixo que é deixado nas praias depois
que a festa acaba.

Essa atitude é inaceitável aos devotos dos Orixás, que dizem cultuar a natureza.

Ofereça a champanhe e não a garrafa, as pétalas e não os espinhos.

Os umbandistas devem dar o exemplo de respeito à natureza, e não fazer dela depósito
de detritos.

Que Mãe Iemanjá abençoe a todos, e crie nas pessoas uma nova consciência. A
consciência de se relacionar com as divindades a partir do íntimo de cada um, em pensamentos,
sentimentos e ações.

Que suas águas sagradas lavem nossas dores e mágoas, e nos renovem como espíritos
mais conscientes e despertos.

E que seu axé sagrado gere em nossas vidas fé, amor, conhecimento, justiça, lei e
evolução, Odoya!!!

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