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Ventilacao Geral
Ventilacao Geral
1 CONCEITUAÇÃO
Restabelece, para isso, as condições desejáveis para o ar, alteradas pela presença do homem;
pelo aquecimento devido a equipamentos ou a condições climatéricas; ou pelo resfriamento
do ar devido a certas instalações ou ao clima. É designado também como ventilação geral de
ambientes normais.
a) O fluxo de ar que penetra ou sai pelas aberturas de um prédio por ventilação natural
depende:
da diferença entre as pressões existentes no exterior e no interior do prédio ou
recinto;
da resistência oferecida à passagem do ar pelas aberturas.
- "A superfície iluminante natural dos locais de trabalho deve ser no mínimo de um sexto ou
um quinto do total da área do piso" (conforme o município).
- "A área de ventilação natural deve corresponder no mínimo a 2/3 da superfície iluminante
natural".
Quando não for possível adotar o sistema de ventilação natural, seja pelas características das
atividades, presença de poluentes, exigência de que o ambiente seja fechado, seja por
imposição arquitetônica, que não aceite lanternins, brise-soleil e outras aberturas, tem-se que
adotar a ventilação mecânica.
Observações:
- Qualquer que seja o sistema de ventilação que se aplique, deverá prever a remoção do ar
contaminado do recinto, mas de modo a não causar prejuízo à vizinhança.
- A diferença de elevação entre a altura média das tomadas e das saídas de ar (janelas) em
relação ao piso do prédio deve ser a máxima possível, para que o resultado obtido seja bom.
Para que se possa tirar partido da ação do vento devem-se projetar as aberturas de entrada do
vento voltadas evidentemente, para o lado dos ventos predominantes (zona de pressão
positiva).
As saídas de ar devem ser colocadas em regiões de baixa pressão exterior, como por exemplo:
Nas paredes laterais à fachada, que recebe a ação dos ventos predominantes;
Na parede oposta àquela que recebe a ação dos ventos predominantes.
As chaminés representam a solução para a saída de gases ou ar em temperatura tal que sua
densidade menor permita sua elevação até a atmosfera exterior.
Q=αxAxv
A grandeza α é um fator que depende das características das aberturas. Pode-se adotar:
Solução
A menor densidade do ar quente faz com que o mesmo se eleve e tenda a escapar por
aberturas colocadas, nas partes elevadas, em lanternins etc. Esse escoamento se realiza pelo
chamado efeito de chaminé e proporciona uma vazão dada por
sendo:
Assim, se a relação entre as áreas for 2, vemos que o acréscimo de vazão será de 27%,
considerando-se a área menor das janelas.
QT = Qv + Qt
EXERCÍCIO
O vento sopra perpendicularmente à fachada, com uma velocidade de 3 km/h (ou 50 m/min =
164 ft/min). Pergunta-se:
- A ação combinada do vento com a da variação de temperatura será suficiente para remover a
quantidade de calor produzida?
Solução
1 A vazão Q (pés3/min) necessária para remover o calor ambiente é dada por
𝐶𝑟
Q=
𝐶𝑝 .α .60 (𝑇𝑖−𝑇𝑒)
sendo
3.000 𝑥 60
Q=
0,24 𝑥 0,075 𝑥 60 (91−80)
= 15.151 cfm
Consideremos primeiramente os vãos das janelas de entrada e saída do ar como sendo iguais:
Qv = α A . v
V = 164 ft/min
h = é o desnível entre as aberturas de saída e de entrada (em pés). Na Fig. acima vemos que h
= 1 m = 3,28 pés.
4. Correção da vazão devida ao vento levando em conta que as aberturas de entrada e saída
são desiguais
Entrando com este valor no gráfico da Fig. 4.3, vemos que a percentagem de aumento é de
20%.
Teremos, portanto:
5. Vazão total (técnica Q,) devida à ação simultânea do vento e da diferença de temperaturas
QT = Qt + Qt = 8,153 + 4.253 = 12.406 cfm
𝑄𝑡
6. Relação entre
𝑄𝑇
𝑄𝑡 4.253
𝑄𝑇
= 12.406 = 0,34
Temos que fazer a correção levando em conta a simultaneidade dos efeitos da pressão do
𝑄𝑡
vento e das temperaturas. Para isto, entramos no gráfico da Fig. 4.4 com o valor = 0,34 e
𝑄𝑇
achamos 2,2 como o fator pelo qual deveremos multiplicar Qt para obtermos a vazão total real
QTr
Q = 15.151 cfm.
Mas a ação do vento e o efeito chaminé têm condições de remover apenas 9.357 cfm.
Logo, deverá ser estudada ventilação forçada no recinto, para atender à diferença