Você está na página 1de 8
A TOMADA DE DECISAO NOS JOGOS DESPORTIVOS COLETIVOS one ree eee errr rrr erer ne EDITC RA, copnitiva dos ales durante o decurso da ago propelamente dita (ic. ir st), mantendo 0 cariter continuo specifica das sequéncias das tetas apresentadas nas diferentes modalidades (Padiha & Casanova, 2019. Assim, parece-nos imperuivo identifcar as accessidades dos stlets no terreno de jogo, ecorrendo & utlizacio de métodos € reios de avaiagio que propoaham dentificar a sua performance ‘no contexto de jogo vs) (© desempenho decisional nos jogos desportivos: reflexdes e aplicagées 4 José Afonso, Rui Arasjo!, Patricia Coutinho!, Pedro Moura Pinheieo? © Cento de Investigaro, Forma, Iomag ¢ Interensdo em Desporto (GD), Paaldade de Besos da Univers do Pore Bowral Cube (Os jogos desportvos (]D) enderesam um forte apelo a capacidade decisional, que se configura como nuclear na exceusio de acces ajustadas aos constrangimentos situacionas emergentes (Afonso, (Gaxganta, & Mesquita, 20123; Arajo et al, 2015; Snchez-Garcia, ‘Villaroya-Gil,& Blri‘Lépez, 2016). A eapacidade decisional nio 6, todavia, algo de abstrato, antes conforma uma adaptacio expect fica aos contextos do prdprio jogo (Arasjo, Davide, & Hristovski, 2006; Garganta, 2009; Casenova, 2012), Neste sentido tomar me Inozes decisoes em futebol nio significa, necessariamente, que me Jhores decides serio tomadas no téns, No basquetebol, tomar de~ ‘sdes mais sjustadas enquanto poste no significa que se saberd tomar decisbesjustas enquanto base. No andebol, a mesma decisio ppode ser adequads no primeiro minuto de jogo e inaproprada ‘quando tomada no lino minuto de jogo, De igual modo, tomar smethotes decisdes perante contextos de anise de vdeo no equi- vale a tomar melhores decisSes perante contextos teas de priticn esportiva (Travassos et ab, 2013; Afonso, Garganta, MeRobert, Williams, 8 Mesquit, 2014). Ademais, dois atlets com distnts espcifcidades ehist6ticos po- derdo ter de tomar decides ditintas perante um mesmo cenitio, remetendo para 0 cariter especitico e funcional das «fondant ° (Cole, Chan, Vereen, & Adolph, 2013; Gibson, 1979). Bm sua, ‘veapacidade de tomar decisessustadas (e, simultaneamente ade- ‘qucas aos problemas emengents eexecutadas ern tempo il) es- pociica da modalidad, da posgio ¢ fungio em campo, do ata € {do contexto (aborstoral vst aa) (Gréhaigne, Godbout, & Bouthier, 2001; Okamra, Kijima, & Yamamoto, 2017) 42 | Bepecificidade dos acoplamentos percegiio-agio ACID aio ocorte num vicuo. Na reaidade, uma TD implica que ‘pessoa estabelera uma liao com significado entre distintos es timulos e posibildades de esposta correspondentes. Est liggio intitula-se“acaplamento percecio-acio’ (Gibson, 1979; Muraskin, ‘Sherwin, & Sejda, 2015; Vickets, 2009) O seu desenvolvimento € sltamente espeifico, na medida em que énecessirio: ) aber quais ‘os estimulosrelevantes € 0s ielevantes; (i) dentro dos estimulos relevantes, ierarquiza®a sua importinca e/ou ungéacia de anise; (i) relacionar 0 gal percecionado dos estimulos com as possi Jldades de agio (que, por sua vez, condicionam os estimulos que percecionamot¢ 0 modo como aos eelacionamos com eles) (v)efe- ‘var uma ago que compatilizepercecio com objetivo a aleanpar. 1 Gd Une eps gu peti cm ms do wad sae aren Seno pa ue lesen genom (One gu Oke Di ‘tr pe enone co ei ea coos +26 de 3h sen. so 7 TG ® ae ig. 7. Acoplamento perp aio Percebemos indicadores proximais (Le, temporalmente prinimos ‘01 imediatos)e, com base nesses indieadores, inferimos indicado- res distas (Le, eventos que iti, com maior ou menor probabil- dad, ocorrer no futuro) Brunswvik, 1955, 1955b). Todavi, rara- ‘mente, se € que alguma vez, um indicados proximal (03 eonjunto de indieadores proximais) teré uma correspondéncia de 1:1 com. lum indicador (ou conjunto de indicadores) distal (Magnani & Bardone, 2008). Conforme se depreende, isto apelaa uma elevada cespecificidade das sieuagdes de aprendizapem ¢ treino propostas (Mas ainda, itroduza tio necesséria nogzo de que o resultado dma tomada de decisio no pode ser prevsto com total preciso ante padamente, pelo que a anise dum ceniio seri sempre probabil Sica (Afonso etal, 20124; Lafing &e Cafal-Bruland, 2017), ‘Una outraimplicagio fundamental —um coroliso, na realidade — consiste no entendimento de que a velocdade de reago seri sem- pre especitica (Darbutas, Juodibaliene, Skurvydas,& Krléiunss, 2013; Helm, Reiser, & Mnzert, 2016) Treinatvelociade de re ‘elo num vacuo contextual em nada contribui para a velocdade de ‘teagio em sitagGes especificas da modalidade. Com efeito, 8 ve- locidade de reagio nada mais & do que a sipida identificagio dos «stimulos rlevantes(proximais) e a elaboragio de planos de agio st tendo em vista determinados efeitos (dst). Enfatizando esta dels, epeadade& nuclear se pretendemos desenvolver a veloci- dade de resgio. Takeo mag 0 acoplamentos peresio so especies, implicando a cons de stuagies de apeendzagen que teapetem a ecologia dos ends de competigi. [Neste set, o teino da velocidad de regio far-esecorendo a sinugdesespeifies, Alisa veloidade de reagio & csp dl ‘lagi &especitcidade dos acoplamentos perecconagi, 43 | A técnica como fatorinerente a tomada de decisi0 ATTD poders constinie we elemento nuclear para sucesso nos JD, mas precisa de ser eesvada numa ago conerets, on se € una eis oi Light, Harve, &e Movchet, 2014 Wi, Lkensuge, & Wickens, 2016) B tal apenas & posivel com recurso 4 ténic, ‘AT ultpassalargamente 0 mero conheimiento declarative, Neste setdo, quanto maior o leque de agdestéenicas dominades pelos exceusnts, mus vasa gama de decisbies pais Inver ‘ments, um leguerestito de agbes tenis disponteis, e/oxs uma reduzida protcénca na exccusio de certs agSes tenis, re tringe consideravelment o desempenho decisional. De forma sim- ples, aio podemos (ou nao deveremos) decidir por um exeso de cdo quando no tems capacidade deo efeivar mum determinade contexto (Barsingeshorn,Zaal, De Poel, & Pepping, 20 Johnston & Morison, 2016). Tito convida a uma abordagem rca a teino desportvo, explo- sando, de ides proves, mips abordagens tecnias. Tal pro- cede de és nie todos eavolvendo a colocagio de wma alagada ama de siuagdesproblema tis que eximalem 0 deseavolvi- tento de: ma vata gama de ages ences; una goalmente so | vasta gama de vaiagdes de cada apo técnica ¢ (ji) a aplicagio de cada técnica suas variagées em coatextos divessificados € com dlisitas implicagdes¢ significados funcionaistiticos. Em slim anise, um alet com poucos recursos, ou Com recursos que seam pouco estives, seri sempre mais previsvel para o adverstio. Na realidad, ainda que o alta seja proficuo na execugio desses re- cursos, torna-re mais fill consti uma oposigio cabal as suas siteagdes, caso 0 leque disponivel de agées Sea reduzido, Adicio- ralmente, eta corporizacio da TD convida & adogio de adapia- ses mplaens, ges cel # mea pot ‘por exagero preconizadas pelo Tearing Gamez or Un- arteaing CIT) (Gain & Butler 2005) Tlustremos esta necesidade de alargamento da base técnica com uum exemplo do voleibok © paste de frente costuma ser bastante teabalhado ns idades mais novas, mas usualmente fca-s por aqul- ‘Pasa comecar, o jogo produ cendtios que exigem, desde os nivis| mais baixos de 2v2, outros tpos de passes: passe para as costas, passe sobre o ombro, passe de frente para a rede (pe, quando tiletachega atasado ¢ bola esta muito préxima da rede), pasee de costas para a rede, passes a uma milo (recursos), passes em mance, centre outas possblidades, Mesmo dentro do passe de frente, de- ‘vemos considerse diferentes poribildades:() jogs com maior ou ‘menor agto dos membros superiores,dependendo da distincia que se pretende imprimir bola e da relasao do primero toque com 0 corpo do distribsidor i) © mesmo em relagio aos membros infe- sore; (i) realizar passe de frente no local versus apts diferentes tipos de deslocamentose para distintasloclizagbes (v) realizar passe de frente para diferentes colegas de equip, com caratersicas siversas Tate oe meg [AS deisdes sto tomadas em aclo, pelo que a eéaica se configura ‘como fator basilar de sustenasao j ampli de opgdes dedsionais eis 0 ale 444 | Constrangimentos decisionais colocados pelo movlelo de jogo e pela organizagio tatica coletiva (Os problemas emergentes num JD ito sio independentes das or ‘anizagées coletvas das equipas ou atlews em confronto (irs, Garganta, Araijo, Davids, & Aguiar, 2013; Passos, Arusjo, & Davids, 2016). Como tal, organizacio coletiva informa a decisio individual, O modelo de jogo (M) consti, desde logo, uma fooma de condicionar as tomadas de decisio (Garganta, 1997; Casarin, Reverdito, Geeboggy, Afonso, & Seagls, 2011). As TD. serio sempre inflaenciada e informadas pelo M). Desta forma, a sulequagio ow ajstamento duma deciso telo de ser avaliados por primetros quantitativos e qualitativos, tendo por referencia o MJ. Quulquer TD individual deveri, neste sentido, coneribue para om projetocoleivo (Bossard & Kermarrec, 2011) Se ura equipa iver ‘como plano de jogo sobrecarregar um determinado adversicio (para, porventura, conseguir que 0 melhor alta adverséco vacile € seja substituido, condicionando a confianca e moral da equips ‘oponente), qualquer TD individual devers ser efeivada recor dando que & necesscio sobrecarepar esse adverssio. Assim, em= bora possa ser tentador tomar uma decsio divers, a mesma po ‘era chocar com um plano mais wasto de jogo. Obviamente, havers contextos nos quai a fonteira seré téaue, produszindo events confltos entre os diferentes agentes envolvidos. Na realidad, a propria tipologa de jogo dos adversitios condliio- nari. 2 TD individual. Por exemplo, 20 volebol, a decsio dum blocadar em esperar, companhar ou queimar com um adverécio 6 fz sentido se 0 adversirio apresentaralguma forma de jogo tipido. Caso 0 jogo sea lento, esperar coastiiei a decsio por defeito. Em suma, as estruturscoletivas afetam profundamente o Ambito das decisdesindividoni. Mas esta tlagio é, na realdade, ‘mais complexe do que aparenta, na medida em que o imbito dis Aecisdes individuals poderéalargar ou resting 0 imbito das es truturas coletivas. E, por vezes, uma decisio individual & manger se do projeto coletivo podesi promover um desequilforio favonivel ‘0 jogo. Ent, quando pensar e atua ‘dentro cl cin’, quando 0 fazer fora da casa”? Impossivel determinar de amtemc Tat one mage [AS decisosinividusi ever ter enquadada sponta por un ‘modelo de prestag desefernci. Nos despotos cots, a dcisio individual deveri sr orginal 10 context dum projet de equip, 45 | Eficdcia, grau de (im)previsibilidade e antecipagio Por vezes, tomar uma decisio corseta ou ajustada no significa tr sucesso nt acio! FE possvel que aja um pequenissimo ero de exe ‘eugio,invalidand a decsio tomads, Ou o adversiro poder ter antecipado essa decislo, contpondo-se a esta de modo efcaz,B, ‘como a maioria dos eeniios de agonismo admitem miliplas so- ugBes ~e tomnadas em condligdes de informagio incompleta~ 0 Inaveri certezas quanto 20 resultado final da agio (van den Heuvel, Alison, & Power, 2014; Maitland & Sammariao, 2015). Mais ainda, todas as decsdes que tomamos na vida como no desporto, podem produsie consequéncias nio-intencionais, que fogem 201 nosso controle (Taleb, 2014) Bvidentemente, quate mai content for 0 thc escent, mio 2 probabildade de ma dade TD sr givada com ‘css9 Royal et a, 2006; Lopes, Magalhtes, Diniz, Moreira, & Albuquesque, 2016) [Existem sitagdes de jogo nas quais uma ago imprevsivel pode ‘gear uma rotura no fluxo da competgio e, por vezes, mesmo in- verter 0 sumo duma competigio (Ferrtira, Volocsovitch, & Sampaio, 2014; Lozano, Foguet, 8 Hileno, 2016). E, em teoria, ‘eros imprevisves dificult uma agio sjstada por parte do ad- versitio. Ratio, deveremos buscar sempre simprevisiilidade, cot eto? Bom, tlver nio sempre! Ne relidade, a eficicia precisa de musica 2 consistncia pode desivar de algum grau de previsi- Dilidede (Corsea-Mesa & Alvarez Pefia, 2016). Com efeito, se um auleta ou equipa forem eximine na execuio de certs apie, pode- ‘io lograrelevadas taxas de efcicis, mmo quando adr je ‘eri antepado anaes. Devernos, assim, buscar um equlbioente ages previsiveis, mar seguras (nas quis o aletasdemonstram con- fianga na execugio), eagbes imprevisiveis, mas mais arciscadas Associada a estas questées emerge, naturlmente, o discurso sobre ‘anecessidade de os atetasantecipatem os ceniios de jogo. Porém, raramente se proved A tio necessitiae fundamental dstngao en tte antecipagio menal e anteipacio motora (Chwila & Brunia, 1991; Jamadar, Hughes, Fulham, Michie, & Karayaniis, 20105, Tavares & Casanova, 2013}, Por vezes, «antecipagio mental po era sugerc uma estratégia de eer isto &, agvarda pela ago do adverse apenas depois reagt. Paadoxalmente, a antecipacio ‘mental podera sugeri, como melhor eurso de ago, amie antao srotora (Fenenbasim, 2003; Afonso et aly 2012a; Casanova, 2012) Evidentemente especifcidade dos cenicios assume um papel de isivo, visto que noutras oeasides a antecipagio mental poderi con vida 4 uma eftiva antecipagio motor, ic, uma enteipacio tr dura numa agioem vex de numa nips Bsta diferencagi0 con- figura se como decsiva para 0 sucesso, na medida ez wana anec pgdo meneal que se tradusisse sempre em antecipagio motora re- Sulavia numa exposicdo excessva a far do adverssio (Mori & Shimada, 2013; Alshag & Wade, 201). Tate emg ‘Avadequagio dims TD nio encontea uma corespondénci ince com fica da apo execuada ‘Nimprevsbildade ea prevsbildade constnsem dois extremas dim ‘contin, rendo ua dinimica compleesedependene de malas fares ‘A oteciperio meal & poe, us etn snap doves rfondar cen anecpasio motors 46 | Aplicagdes priticas de treino decisional num JD: ‘o.caso do voleibol 1. TD do distrbuidor em faneo da ago do blocador central. Se «ste realizar algum pré-movimento pura aditeta, dsteibuidor passa para 22; se blocador eealizar pré-movimento para a esquerd, dis tsbuidor passa para Z4. O objedivo€o distribuidor jogar na invee Sio, colocando ao atzcante uma situacio de oposigio de Ix1 ou de 12 com bloce quebrade por ataso do blocador cent 2. Tomada de decisio do ponta (atacante de zona 4) em fungi do defensor de Zona | adversirio. Bloco procura spar visbilidade do. latacante e defensor opta por subir reto ou em diagonal (apenas apés ter ocorrdo a distibuigio); atacante deveri executar amnort para lido contririo ao ocupado pelo defensor.Variagaes: defensor ‘opt por subir para amort ou descer para staque na paalls, endo «que atacante deverijogar no contramovimento; tomar a decisio fem fangio de outro defensor, tomar a decisio em funcio de dois (0 mais defensores, 3. Tomada de decisio do blocador em fungio da linguagem cor- poral do atacante adverscio bloco‘eego’. Blocador esti de costas para langador da bola, olhando apenas o atacant. O langador irk Jancar bolas pura 0 atteante que esti do outta lado da rede, vari- ando altura, distincia 4 rede e local. Adicionalmente, 0 atacante pode executat maltiplostpos de sproximacio, com ou sem fits, Oblocados, azo vendo a bola eri de svalia local e tempo de salto cm fungio da observagio do atacante adversico, Tk 4. Tomada de deciio do blocador cent: acompanhar ou que ‘mar com atacante de bola sipida versus esperar e prepararbloco a exttemidade afastads do atacante central adverstio. Exemplo 8 conereto:centaladversirio chama cura a feente préximo do die- ‘wibuidor em zons 2-3; dstbuidor opta por servi central on abit jogo para zona 4 Blocador cental adversiio conquista ponto sempre que a sua decisio coincida com a tomada de decisio do dlstibuidor. 5.Jogo 6x6 em mini-sets até 15 pots, iiclado eom bola C.Joga- das desenrolam-se normalmeats, com pontussio normal. Quando, porém, uma equipa tier bola A, conguista um ponto automatics mente Se distibuidor conseguie cia situagdes de oposigio de Ix (Objetivo ¢ distrbuidor buscar a criaco de desequilbrios no bloco sdversrio, inibindo situapdes de 1x2 ‘Assim, a expacidade decisional do atleta revela-se de extrema i portincia, porquanto determina a execugio de ages sjustadas 208, ‘onstrangimentos situacionais emesgentes,aeibuto basilar 0 im- Dito dos JD. Com este capitulo, foi possivel compreender que & ‘apucidade de tomar deciséesajastadas€alamente espeifcs, pelo {que todo o processo de aprendizagem e de treino ve deve baseat neste pressuposto nuclear Considerando que a TD € uma die (oj, o desenvolvimento de um leque de recursos técnicosele- vvado toma-se imperil, nunca esqueceado que a deisio individual esti simultaneamente dependente da organizacio titica eoletiva (Ge, do modelo de jogo). Deste modo, as estraturascoleivas ae tam profindamente o ambito das decises individais, mas o im bito das decsGesindividoas podesd, por seu turno, alargat ou re. trngiro Ambito das estrututsscoletivas, No que conceme a efiicis da tomada de decisio, ste revel se uum constructo de definigio complexa uma vez que, por um lado, a maiosa dos cenirios admirem mips solugdes, e, Pr outro, ‘perante uma tomada de decisio favorivel 0 adversirio poder sn tecipar-see contsapor-se com sucesso i respetiva. No seguimento desea perspetiva, a nogio de que ainprevisibildade dae ages esta associada 4 eficicia na superagio do adverstio poder alo estat totalmente correts, Para se ser efcas & necesscio existe consitén cia, © est poderd derivar de algum gra de previsibldade dis ages. Deste modo, importa aleangat um equillrio entre agbes previsiveis, mas segura, eagdesimprevisiveis, mas mais ariseadas. Finalmente, inerente 20 conceito de'TD encontr-se a nogio de ntecipaco, da qual se toma cura dstinguit«antecipagio mental ‘emotora. Fm funcio da especifcidade dos cenivis, x antecipagio ‘mental poders sugerr uma estratégia de espera (interpreta i= ‘meito 4 agio do adversirio para s6 depois reagn), ove poder resltar, parsdoxalmente, numa ado anteipai motors, determi- ‘nando, assim, o sucesso da TD. Considerando 0 papel decisive que a eapacidade decisional possui no Ambico dos JD, « coreta com- preensio einterpretaczo dos concetos teéicos supramencionados por pare dos trinadores toma-se, deste modo, fundamental pars ‘que estes possam preserever priticas sustentadas e vocacionadas para potenti este stibuto, Consideragées priticas Femando Tavares, Filipe Casanova Cenuo de Investing, Formapi, Iaoragio ¢ Imereasio em Despor (GD), Faaldade de Despoo da Unive do Poo ‘As carateristcas da modaldade, em que a alestoriedade eimpevi siblidade bem como as variades nas condigdes em que se desen- rola agio sio determinantes e impiem, assim, que as habiidades tieco-téenieas ejam do tipo aberto, Quer isto dizer, que o #0 © execugio desta hublidadessio reulados pelos constrangimentos dos fatores exteriors (posigio do adcta edo adversirio no tereno, trsjetérits e velocidade da bola, zona do terreno oa adversicio a defender ou atcar, tempo disponivel para atua). O problema da selesio das respostas (que incu escolha da habilidade téenica) € da sua efcca (que resulta da adaptagdo ou oportunidade da esco- Tha bem como do seu resultado) & um dominio da tities. Mas © problema da competéncia na execusio motors de wma habilidade téenien pode-se, também, eoloear do ponto de vista da sua ef ia, isto €, a execucio correta da habildade do ponto de vista es- sencialmente biomecinico, e neste exso estamos no dominio da Assim, importa alertae que para otreino da TD nos JDC: 1) A dinimica relacionalcoletiva do jogo assenta na exstenca si- ‘multinea de cooperigio e de oposigio, 0 que origina de acordo ‘com Grébaigne e colaboradores (1999) “orem eden que emerge jag cd momento onde as ea dt aa even para evar cond (es pans tami entre configures de jy, que ai transforma 0 ‘rip jog”. Ito &, a dindrica relacional assenta na cooedenacio ie ages entre os ales. Para que esta dinimicasejaefciente & a

Você também pode gostar