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Língua Portuguesa:

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figuras de estilo; tipos e gêneros textuais; intertextualidade. Conhecimentos linguísticos:
ortografia: emprego das letras, divisão silábica, acentuação gráfica, encontros vocálicos e
consonantais, dígrafos; classes de palavras: substantivos, adjetivos, artigos, numerais,
pronomes, verbos, advérbios, preposições, conjunções, interjeições: conceituações,
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Gerenciamento de serviços – ITIL V2/V3. Conceitos básicos, estrutura e objetivos.
Implementação do gerenciamento de serviços de TI.

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE FEIRA DE SANTANA/BA.

TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º O Município de Feira de Santana, pessoa jurídica de direito público interno,


dotado de autonomia política, administrativa e financeira, nos termos da Constituição
Federal e da Constituição do Estado da Bahia integra a República Federativa do Brasil e
se organiza e rege por esta Lei Orgânica e demais leis que adotar, observadas as regras e
princípios das Constituições Federal e Estadual e as leis federais e estaduais aplicáveis
em cada caso.
Art. 2º Todo o poder do Município emana do povo, que o exerce diretamente ou por
meio de representantes eleitos, nos termos da Constituição Federal e desta Lei Orgânica.

§ 1º O exercício direto do poder pelo povo no Município se dá, na forma desta Lei
Orgânica, mediante:
I - plebiscito;

II - referendo;

III - iniciativa popular no processo legislativo;

IV - ação fiscalizadora sobre a Administração Pública.

§ 2º O exercício indireto de poder pelo povo no Município se dá por representantes


eleitos pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com igual valor para todos,
na forma da legislação federal.

§ 3º Será assegurada à participação da sociedade civil nas ações e políticas


desenvolvidas pela Administração Pública nos termos da lei.

Art. 3º O Município exerce sua autonomia, especialmente, pela:

I - elaboração e promulgação da Lei Orgânica;

II - elaboração e promulgação das leis municipais e edição dos correspondentes atos


normativos;

III - eleição do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores;

IV - organização de seu Governo e Administração;

V - recebimento e aplicação das suas rendas.

Art. 4º O Município concorrerá, nos limites da sua competência, para a consecução dos
objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil e daqueles prioritários do
Estado da Bahia.

Parágrafo Único - São considerados objetivos prioritários do Município:

I - observar, cumprir e buscar os meios necessários para dar efetividade aos direitos e
garantias fundamentais, bem como os sociais instituídos pela Constituição Federal;

II - garantir a todos o exercício dos direitos públicos subjetivos;

III - preservar a identidade local, adequando-a as exigências do desenvolvimento à


preservação da memória, tradição e peculiaridades locais;

IV - assegurar aos munícipes o exercício dos mecanismos de controle de legalidade e


legitimidade dos atos da Administração Pública, e de eficiência dos serviços públicos;

Art. 5º O Município de Feira de Santana tem por sede o Distrito que lhe dá o nome.

Art. 6º São símbolos do Município o brasão, a bandeira e o hino.

Parágrafo Único - Os símbolos municipais serão criados por lei.

Art. 7º O dia 18 de setembro, em que o Município foi elevado à condição de ente da


Federação, será comemorado como data cívica.
TÍTULO II
DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO

Art. 8º Compete ao Município prover tudo quanto respeite ao interesse local, tendo
como objetivos o pleno desenvolvimento das suas funções sociais e a garantia do bem-
estar de seus habitantes.

Art. 9º Observando o interesse local e legislação aplicável em cada caso, compete ao


Município, dentre outras atribuições:

I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar
o patrimônio público;

II - manter relações com a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

III - criar, organizar, alterar e suprimir os sub-distritos e distritos municipais, inclusive


industriais, observada a legislação estadual;

IV - organizar a Administração Pública municipal;

V - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem como aplicar suas rendas,
sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar balancetes nos prazos
fixados em lei;

VI - cuidar da saúde e assistência pública, dando especial atenção à proteção e da


garantia das pessoas portadoras de deficiência;

VII - instituir rede pública de ensino infantil e fundamental, sem prejuízo de atuar em
outras áreas da formação estudantil;

VIII - organizar e assegurar, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, a


prestação dos serviços públicos municipais, inclusive os de:

a) transporte coletivo municipal. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº


43/2014)
b) abastecimento de água e esgotamento sanitário;
c) cemitérios e serviços funerários;
d) limpeza pública, coleta domiciliar e destinação final do lixo;
e) iluminação pública;
f) mercados, feiras e matadouros;
g) manutenção de vias públicas.

IX - fixar preços públicos, pela utilização de bens ou serviços municipais;

X - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas,


preservando a fauna e a flora;

XI - promover, no que couber, adequado aproveitamento territorial, mediante


planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano,
cumprindo especialmente:

a) zelar pelo bem-estar dos habitantes, pelas funções sociais da cidade;


b) assegurar a boa qualidade e a acessibilidade dos espaços públicos para uso de todos;
c) controlar:

1. a fixação de cartazes, anúncios, emblemas e quaisquer outros meios de publicidade e


propaganda nas vias públicas, inclusive em fachadas de prédios públicos ou privados;

2. as construções, empreendimentos e atividades, especialmente no tocante aos aspectos


urbanísticos, ambientais e de saúde pública;

3. o comércio ambulante ou eventual;


d) fixar condições de funcionamento dos estabelecimentos industriais, comerciais ou de
prestação de serviços;
e) interditar as obras e o uso dos imóveis em desacordo com a legislação aplicável e,
quando for o caso, fazer demolir as construções irregulares ou que ameacem ruir;

XII - disciplinar o trânsito e transporte de veículos de modo integrado ao


desenvolvimento urbano e ambiental, especialmente quanto a:

a) organizar e sinalizar o trânsito pelas vias urbanas e rurais e estradas municipais, bem
como definir as zonas de silêncio e de tráfego em condições especiais;
b) controlar os serviços de carga e descarga, fixando a área de estacionamento e a
tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em vias públicas municipais;

XIII - estabelecer e implantar política de educação para segurança do trânsito e noções


básicas de informática;

XIV - proteger os documentos, as obras de arte e outros bens de valor histórico, artístico
e cultural, os monumentos e as paisagens;

XV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros


bens de valor histórico, artístico ou cultural;

XVI - combater as causas de pobreza e fatores de marginalização, promovendo a


integração social dos setores desfavorecidos;

XVII - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições


habitacionais e de saneamento básico;

XVIII - realizar atividades de cooperação com a defesa civil, e acidentes, naturais ou


não, em coordenação com a União e o Estado;

XIX - difundir a seguridade social, a consciência ambiental, a cultura, o desporto, a


ciência e a tecnologia;

XX - fomentar as atividades econômicas, especialmente a produção agropecuária,


estimulando o melhor aproveitamento da terra e organizando o abastecimento alimentar;

XXI - dispor sobre a administração, utilização e alienação dos bens públicos;

XXII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação, por necessidade ou utilidade


pública, ou por interesse social;

XXIII - estabelecer servidão administrativa ou ocupação temporária, quando necessárias


à realização dos serviços públicos municipais ou à concessão ou utilização de bens
públicos, inclusive os prestados mediante delegação, assegurada ao proprietário ou
possuidor à devida indenização, na forma da lei;

XXIV - utilizar a propriedade particular em caso de iminente perigo, assegurada ao


proprietário ulterior indenização, na forma da lei;

XXV - promover o tombamento ou qualquer outra forma de proteção aos bens julgados
relevantes ao patrimônio histórico ou cultural do Município;

XXVI - instituir unidades de conservação ambiental;

XXVII - promover qualquer outra forma de restrição municipal ao direito à propriedade;

XXVIII - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e


exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

XXIX - controlar os jogos esportivos, os espetáculos e os divertimentos públicos;

XXX - denominar prédios, vias e logradouros públicos municipais;

XXXI - estabelecer o regime jurídico dos servidores públicos e organizar os respectivos


planos de carreira e remuneração;

XXXII - associar-se a outros municípios, do mesmo complexo geoeconômico e social,


para a gestão de funções públicas ou serviços de interesse comum, de forma permanente
ou transitória;

XXXIII - cooperar com a União e o Estado para a gestão de funções públicas, serviços
ou obras de interesse para o desenvolvimento local;

XXXIV - firmar acordos, convênios, ajustes e instrumentos congêneres com entidades


da sociedade civil, objetivando fomentar atividades de interesse público;

XXXV - constituir Guarda Municipal destinada à proteção de seus bens, serviços,


instalações e atividades públicas municipais;

XXXVI - estabelecer condições de segurança na movimentação, estocagem, transporte e


venda de produtos explosivos e artigos pirotécnicos, provendo o afastamento entre os
estabelecimentos e destes em relação às vias públicas e às áreas habitacionais, na forma
da lei;

XXXVII - fiscalizar a produção, conservação, armazenamento, comércio e transporte de


gêneros alimentícios, produtos farmacêuticos, destinados ao abastecimento público,
bem como substâncias e produtos potencialmente nocivos ao meio ambiente, à saúde e
ao bem estar da população;

XXXVIII - estabelecer o sistema de previdência social dos servidores públicos


municipais, observada a legislação federal sobre a matéria.

Art. 10 Ao Município compete legislar sobre assuntos de interesse local, inclusive para
suplementar a legislação federal e a estadual no que couber.
TITULO III
DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 11 A administração pública direta e indireta dos poderes Executivo e Legislativo do


Município obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,
publicidade, eficiência e razoabilidade.

Art. 12 A administração pública direta é a que compete aos órgãos estatais de qualquer
dos Poderes do Município.

Art. 13 São entidades da administração pública indireta:

I - autarquia;

II - fundação;

III - empresa pública;

IV - sociedade de economia mista.

§ 1º Somente por lei específica poderá ser criada e extinta a autarquia e autorizada à
instituição e extinção de empresa pública, de sociedade de economia mista e de
fundação, observadas, neste último caso, as áreas de atuação definidas em legislação
federal.

§ 2º Depende de autorização legislativa a criação de subsidiárias das entidades previstas


no § 1º, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada, salvo
consórcios intermunicipais.

§ 3º É facultada a delegação de poderes ao Executivo para, por ato próprio, dispor sobre
criação, extinção ou transformação de entidade da Administração indireta.

Art. 14 A lei disciplinará as formas de participação do cidadão na Administração direta


e indireta, respeitadas as garantias instituídas pela Constituição Federal.

Art. 15 O Poder Público municipal poderá na forma da lei local conferir título de
agência executiva aos órgãos e entidades da administração direta e indireta, nos termos
da Constituição Federal.

Art. 16 A celebração de contratos pelas entidades integrantes da Administração Pública


Municipal observará a legislação aplicável, especialmente quanto à licitação.

Art. 17 As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de


serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa.

Art. 18 A publicidade de ato, programa, projeto, obra, serviço e campanha de órgão ou


entidade pública somente pode ter caráter informativo, educativo ou de orientação social
e dela não poderão constar nomes, símbolos e imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.

Parágrafo Único - Fica também vedada à utilização de símbolos que combinados sejam
associados a partido político brasileiro, estendendo-se a proibição à manutenção do
mobiliário urbano e dos demais bens públicos.

Art. 19 É obrigatória a publicação dos seguintes atos municipais no Diário Oficial


Eletrônico de Feira de Santana (DOFS) e em jornal diário de grande circulação,
em observância ao princípio constitucional da publicidade, disposto no caput do
art. 37 da Constituição Federal:

I - Licitação:

a) dispensa de licitação (exceto ao disposto nos incisos I e II do art. 24 da Lei


Federal nº 8.666/93);
b) inexigibilidade de licitação;
c) avisos de licitação;
d) aditivos de valor.

II - Orçamento:

a) matéria fiscal e tributária;


b) relatórios e balancetes;
c) abertura de crédito;
d) Plano Plurianual (PPA);
e) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e
f) Lei Orçamentária Anual (LOA).

III - Meio Ambiente:

a) licenças ambientais.

IV - Legislação:

a) alterações na Lei Orgânica do Município;


b) planos municipais, estatutos, códigos e/ou suas alterações;
c) leis que tratem sobre políticas públicas. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 49/2016)

Parágrafo Único - SUPRIMIDO (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 49/2016)

Art. 20 A competência para realização dos atos administrativos será definida em lei ou,
quando a lei admitir expressamente, em ato normativo.

§ 1º Em casos de interesse público relevante a competência poderá ser delegada ao


subordinado imediato.

§ 2º A autoridade superior poderá avocar a competência dos agentes subordinados,


independentemente da expressa previsão legal, exceto nos casos onde deva promover de
ofício ou por provocação a homologação ou qualquer tipo de reapreciação do ato
administrativo.
Art. 21 A forma do ato administrativo será aquela designada em lei.

Parágrafo Único - Na falta de designação legal, deverá ser adotada forma compatível
com a natureza do ato e a competência para praticá-lo.

Art. 22 O prazo prescricional para revisão do ato administrativo é de 5 (cinco) anos,


contado do conhecimento do fato.

Art. 23 O Município manterá livros necessários para o registro de seus serviços.

Parágrafo Único - Os livros de que trata o caput deste artigo poderão ser substituídos
por fichas ou sistema informatizado, que garanta o armazenamento, autenticidade e
inviolabilidade das informações.

Art. 24 Os agentes políticos e administrativos no Município, bem como os seus


cônjuges ficarão impedidos de contratar com o Município nas esferas dos poderes
Executivo e Legislativo. Nas demais hipóteses, observar-se-á as exigências da
Legislação Federal sobre Licitações e Contratos. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 43/2014)

Capítulo II
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS

Art. 25 Compete ao Município legislar sobre o regime jurídico de seus servidores,


observados os princípios e regras gerais da Constituição Federal sobre a matéria.

Parágrafo único - Revogado. (Revogado pela Emenda à Lei Orgânica nº 46/2015)

Capítulo III
DO DOMÍNIO PÚBLICO

Art. 26 Constituem bens municipais todas as coisas moveis e imóveis, direitos e ações
que, a qualquer título, pertençam ao Município, bem como os recursos hídricos de seu
território.

Art. 27 Cabe ao Prefeito Municipal a administração dos bens municipais, respeitada a


competência da Câmara Municipal quanto àqueles utilizados em seu serviço.

Art. 28 A aquisição e a alienação de bens pelas entidades da Administração Pública


Municipal observará os requisitos previstos na legislação aplicável.

Parágrafo Único - Nos termos da legislação federal sobre licitações e contratos, o uso
contratual por terceiros e a alienação de imóvel público municipal dependerão de prévia
autorização legislativa.

Art. 29 Os bens municipais poderão ser utilizados em caráter privativo por particulares
mediante prévia autorização, permissão ou concessão.

§ 1º A autorização constitui-se por ato administrativo unilateral e precário, voltado para


o aproveitamento do bem no interesse do autorizado.
§ 2º A permissão constitui-se por ato administrativo unilateral e precário, voltado para o
aproveitamento do bem que enseje, diretamente, o desenvolvimento de atividade
prestada à comunidade.

§ 3º A concessão constitui-se por contrato administrativo, por prazo determinado,


voltado para o aproveitamento do bem de acordo com a destinação definida pela
Administração Pública.

§ 4º A Administração Pública excepcionalmente poderá recorrer a contratos de Direito


Privado para instrumentalizar a utilização de bem público por particular, devendo
motivar a opção nesse sentido.

§ 5º Os imóveis municipais edificados, de valor histórico, arquitetônico ou artístico


somente podem ser utilizados por particulares na forma da lei.

Art. 30 A utilização de bem municipal por particular deverá ser a título oneroso, salvo
nos casos em que o interesse público justifique a gratuidade, exigindo-se, nesse caso, a
devida motivação.

Art. 31 Os bens do patrimônio municipal devem ser registrados, cadastrados, zelados e


tecnicamente identificados, especialmente as edificações de interesse administrativo, as
terras públicas e a documentação dos serviços públicos.

§ 1º O cadastramento e a identificação técnica dos imóveis do Município devem ser


periodicamente atualizados, garantindo-se o acesso a essas informações.

§ 2º Os imóveis não edificados deverão ser identificados com placas indicadoras da


propriedade municipal.

Art. 32 É vedada a edificação, descaracterização ou abertura de vias públicas em:

I - praças;

II - unidades de conservação de proteção integral e áreas de proteção ambiental;

III - conjuntos arquitetônicos tombados pelo Município.

Parágrafo Único - A vedação prevista no caput deste artigo perdurará enquanto se


mantiver a destinação ou restrição imposta ao imóvel, ressalvadas apenas as medidas
estritamente necessárias à preservação e ao aperfeiçoamento das mencionadas áreas.

Art. 33 Fica vedada a utilização de nome de pessoas vivas para denominar ruas ou
logradouros públicos municipais, salvo casos de relevantes serviços prestados à
comunidade, desde que não caracterizada promoção pessoal.

Art. 34 O disposto nos artigos 28 a 31 desta Lei Orgânica aplica-se às autarquias e


fundações de Direito Público e, no que couber, às demais entidades da Administração
Pública municipal.

Capítulo IV
DOS SERVIÇOS E OBRAS PÚBLICOS
Art. 35 No exercício de sua competência para organizar os serviços públicos de
interesse local, o Município zelará por sua continuidade, generalidade, eficiência e
modicidade das tarifas.

Art. 36 Lei municipal específica disporá sobre a organização, funcionamento,


fiscalização e segurança dos serviços públicos e de utilidade pública, prestados sobre
regime de concessão, permissão ou autorização, incumbindo, aos que os executarem,
sua permanente atualização e adequação às necessidades do usuário.

Art. 37 Qualquer entidade legalmente constituída, partido político com representação na


Câmara ou cidadão residente no Município, pode denunciar ao concedente ato lesivo
aos usuários, cabendo ao Poder Público apurar a veracidade dos fatos e aplicar as
sanções cabíveis.

Art. 38 A execução de serviços públicos poderá ser realizada:

I - diretamente, através de órgão da Prefeitura Municipal;

II - através de entidade da Administração indireta;

III - por concessionária ou permissionária de serviço público;

IV - por empresa contratada para tal fim.

§ 1º A contratação de terceiros para auxiliar a Prefeitura Municipal ou entidade da


Administração indireta na execução de serviço público não descaracteriza as hipóteses
previstas nos incisos I e II deste artigo.

§ 2º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 3º As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixadas pelo Executivo, tendo em vista
a justa remuneração.

Art. 39 É de responsabilidade do Município, em conformidade com os interesses e as


necessidades da população, a realização de obras públicas, podendo contratá-las com
particulares, na forma da lei, observadas as normas de licitação pública.

Art. 40 O projeto de obra pública respeitará as normas urbanísticas e ambientais


aplicáveis, observando ainda a legislação financeira municipal.

§ 1º No projeto de obra deverá constar:

I - o orçamento do seu custo;

II - a indicação da dotação orçamentária para atendimento das respectivas despesas;

III - cronograma de execução, indicando os prazos para seu início e conclusão.

§ 2º As exigências dispostas no inciso III do § 1º deste artigo poderão ser excluídas em


caso de urgência na realização da obra.

§ 3º A construção de edifícios públicos obedecerá às exigências e limitações constantes


no Código de Obras, aos princípios de economicidade e adequação ao espaço
circunvizinho e ao meio ambiente, assegurando-se, após a conclusão, a acessibilidade a
todas as pessoas, de acordo com as normas técnicas brasileiras.

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES

Capítulo I
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 41 São Poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo e


o Executivo.

Capítulo II
DO PODER LEGISLATIVO

SEÇÃO I
DA COMPOSIÇÃO E DA ORGANIZAÇÃO DA

CÂMARA MUNICIPAL

Art. 42 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, composta por um total
de 21 (vinte e um) Vereadores.

Art. 43 A Mesa Diretora será constituída através de eleição realizada pelos membros da
Câmara Municipal nos termos do seu Regimento Interno, cumprindo-lhe dirigir os
trabalhos legislativos e as funções administrativas do Poder Legislativo Municipal.

Art. 44 Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

Art. 45 A Câmara Municipal terá comissões permanentes e temporárias, com


atribuições e composição previstas no seu Regimento Interno ou conforme o ato de sua
criação.

Parágrafo Único - Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe, entre


outras coisas:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do Regimento Interno, a


deliberação do Plenário, salvo se houver recurso de 1/3 (um terço) dos membros da
Câmara;

II - realizar audiência pública com entidades da sociedade civil;

III - realizar audiência pública em regiões do Município para subsidiar os trabalhos


legislativos;

IV - convocar as autoridades, a que se refere o art. 58 desta Lei Orgânica, para


prestar informações sobre inerentes às atribuições, constituindo infrações
administrativas. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)
V - receber petição, reclamação, representação ou queixa de qualquer pessoa contra ato
ou omissão de autoridade ou entidade pública;

VI - apreciar programas de obras e planos de desenvolvimento do Município e sobre


eles emitir parecer;

VII - acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso anterior e
exercer a fiscalização dos recursos municipais neles investidos;

VIII - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

Art. 46 As comissões parlamentares de inquérito (CPI) serão criadas a requerimento de


1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal, para apuração de fato determinado e
por prazo certo.

§ 1º As comissões parlamentares de inquérito, observada a legislação específica, no que


couber, terão poderes de investigação própria das autoridades judiciárias, além de outros
previstos no Regimento Interno da Câmara.

§ 2º As conclusões da CPI, se for o caso, serão encaminhadas ao Ministério Público, ou


a outra entidade competente, para que se promova a responsabilidade do infrator.

Art. 47 Na constituição da Mesa Diretora e das Comissões é assegurada, tanto quanto


possível, a participação proporcional dos partidos políticos ou de blocos parlamentares
representados na Câmara Municipal.

Art. 48 Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

SEÇÃO II
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 49 A Câmara Municipal reunir-se-á, em sessão legislativa anual, na sede do


Município, de 1º (primeiro) de Fevereiro à 30 (trinta) de Junho e de 1º (primeiro)
de Agosto a 15 (quinze) de Dezembro, no horário regimental. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 52/2017)

§ 1º Ressalvado dia 1º de janeiro, as reuniões marcadas para as datas estabelecidas no


caput serão transferidas para o primeiro dia útil subsequente quando recaírem em
sábados, domingos ou feriados.

§ 2º A Câmara Municipal reunir-se-á em sessões ordinárias, extraordinárias ou solenes,


e reuniões extraordinárias, conforme dispuser o seu Regimento Interno.

§ 3º A sessão legislativa ordinária não será interrompida sem a aprovação do projeto de


lei de diretrizes orçamentárias ou da lei orçamentária anual, apresentados antes do início
do recesso parlamentar.

Art. 50 No primeiro ano de cada legislatura, a Câmara Municipal, composta pelos


membros eleitos na última eleição, reunir-se-á no dia 1º de Janeiro, às 15h00 para
dar posse aos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito e eleger sua Mesa Diretora para
o mandato de 2 (dois) anos, podendo ser reconduzidos para os mesmos cargos na
eleição subsequente para mais um mandato. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 51/2017)

Art. 51 A convocação de sessão extraordinária da Câmara Municipal será feita:

I - pelo Prefeito Municipal, em caso de urgência ou de interesse público relevante;

II - por seu Presidente, de ofício, de forma fundamentada nos seguintes casos:

a) para o compromisso e posse do Prefeito Municipal e Vice-Prefeito;


b) por motivo de intervenção no Município;

III - por requerimento da maioria absoluta da Câmara Municipal nos casos de urgência
ou de interesse público relevante;

IV - de ofício, em caso de vacância do cargo do Prefeito, no 1º dia subsequente à


ocorrência.

Parágrafo Único - Na sessão extraordinária, a Câmara Municipal deliberará,


obrigatoriamente, sobre a matéria objeto da convocação.

Art. 52 As reuniões da Câmara Municipal são públicas, e somente nos casos previstos
no Regimento Interno o voto é secreto.

Parágrafo Único - É assegurado o uso da palavra por representantes populares na


tribuna da Câmara Municipal durante as reuniões, observado o disposto no Regimento
Interno.

Art. 53 As reuniões da Câmara Municipal somente poderão ser realizadas na sala de


sessões destinada ao seu funcionamento, considerando-se nulas as que se realizarem em
outro local.

Parágrafo Único - Excepcionalmente, por proposição da maioria absoluta e aprovação


de 2/3 (dois terços) dos seus membros, a Câmara Municipal poderá deliberar em outro
local do Município nos casos de:

I - calamidade pública e de grave ocorrência que impossibilitem o funcionamento


normal em seu edifício próprio;

II - sessões solenes de entrega de homenagens.

III - sessões itinerantes nos bairros e distritos do município. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 47/2015)

Art. 54 Salvo disposição em contrário desta Lei Orgânica, as deliberações da Câmara


Municipal e de suas Comissões serão tomadas por maioria de votos, presente a maioria
absoluta de seus membros.

Parágrafo Único - O Presidente da Câmara Municipal participará das votações,


quando houver empate, e daqueles que exigem quórum qualificado. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

Art. 55 A representação judicial da Câmara Municipal é exercida por sua Procuradoria


Geral, à qual cabe também a consultoria do Poder Legislativo.
Parágrafo Único - Em situações de maior complexidade, a Câmara Municipal, em nome
do Município de Feira de Santana, poderá contratar pessoas físicas ou jurídicas para
exercer ou auxiliar nas funções previstas no caput deste artigo, observando a legislação
aplicável.

SEÇÃO III
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL

Art. 56 Compete à Câmara Municipal deliberar sobre toda matéria que requeira lei
municipal, observadas as regras do processo legislativo.

Art. 57 Compete exclusivamente à Câmara Municipal:

I - aprovar e promulgar emenda à Lei Orgânica Municipal;

II - convocar plebiscito e autorizar referendo;

III - elaborar seu Regimento Interno;

IV - eleger a Mesa Diretora e constituir as Comissões, bem como destituí-las na forma


do seu Regimento Interno;

V - dispor sobre sua organização, funcionamento e polícia;

VI - dispor sobre a criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de


seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados
os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

VII - dar posse ao Prefeito Municipal e ao Vice-Prefeito;

VIII - conhecer da renúncia do Prefeito Municipal, do Vice-Prefeito e do Vereador;

IX - autorizar o Prefeito Municipal a ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze)


dias ou para viagem ao exterior;

X - julgar e declarar a perda de mandato de Vereador nos termos previstos nesta Lei
Orgânica;

XI - exercer o controle externo administrativo do Poder Executivo, e da administração


pública indireta, cumprindo-lhe, entre outras coisas:

a) proceder à tomada de contas do Prefeito quando não apresentadas dentro de 60


(sessenta) dias da abertura da sessão legislativa;
b) O parecer prévio, emitido pelo órgão competente, sobre as contas que Prefeito
deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de dois terços dos
membros da Câmara Municipal, sendo que as contas da Câmara não serão
apreciadas pelo próprio poder Legislativo. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 43/2014)
c) apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo;
d) verificar a adequação dos gastos aos limites impostos pela legislação aplicável,
especialmente pelas normas que regem a gestão fiscal, a partir dos relatórios e das
audiências realizadas ou a qualquer tempo, mediante indícios de irregularidade;
e) convocar Secretários Municipais ou autoridades da Administração Indireta, na
estrutura administrativa adotada pelo Poder Executivo, solicitar-lhes informações
por escrito nos termos dos artigos 58 e 59 desta Lei Orgânica. (Redação dada pela
Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)
f) autorizar os atos e contratos celebrados por autoridades do Poder Executivo que
dependam da anuência prévia do Poder Legislativo, conforme previsto nesta Lei
Orgânica e nas demais leis aplicáveis ao Município;
g) sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar;
h) suspender, no todo ou em parte, a execução de qualquer ato normativo municipal,
declarado infringente das Constituições ou desta Lei Orgânica, por decisão definitiva do
Poder Judiciário;
i) receber denúncia, processar e julgar o Prefeito Municipal e o Vice-Prefeito,
individualmente, nas infrações político-administrativas;
j) destituir do cargo o Prefeito e o Vice-Prefeito, individualmente, após condenação que
acarrete a perda do mandato.
l) requerer intervenção estadual, quando presentes os pressupostos previstos na
Constituição Federal.

XII - determinar a mudança temporária ou em definitivo de sua sede.

XIII - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

XIV - conceder títulos honoríficos às pessoas que tenham reconhecidamente prestado


serviço relevante ao Município.

XV - representar ao Procurador- Geral de Justiça contra atos praticados pelo Prefeito,


Vice-Prefeito, Secretários Municipais e Vereadores que configurem crimes;

Parágrafo Único - Dependem e autorização legislativa, entre outros:

I - a desafetação de bem público de uso comum do povo;

II - a redução ou extinção de unidade de conservação ambiental.

Art. 58 A Câmara Municipal ou qualquer uma de suas Comissões, cada qual por
requerimento da maioria de seus membros, pode convocar, para prestarem
informações sobre assunto previamente determinado, Secretários Municipais ou
autoridades da Administração Indireta, na estrutura administrativa adotada pelo
Poder Executivo e os dirigentes de entidades de utilidade pública que recebam
recursos públicos municipais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 1º O não comparecimento sem adequada justificativa importará na responsabilidade


do ausente.

§ 2º As autoridades arroladas no caput poderão comparecer à Câmara Municipal


ou qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos
prévios, para expor assunto de relevância de sua área de atuação. (Redação dada
pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 3º Sempre que o Prefeito Municipal manifestar propósito de expor assuntos de


interesse público, a Câmara Municipal o receberá em reunião previamente designada.

Art. 59 A Mesa Diretora da Câmara Municipal pode, de ofício ou a requerimento do


Plenário, nos termos do Regimento Interno, encaminhar pedido de informação por
escrito às autoridades arroladas nos incisos I a III do artigo 58 desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - As autoridades ficarão sujeitas à responsabilidade em caso de:

I - recusa ou não atendimento no prazo de 30 (trinta) dias sem adequada justificativa;

II - prestação de informação falsa.

Art. 60 À Câmara Municipal cabe exercer as demais atribuições pertinentes à sua


missão institucional, ainda que não expressamente previstas nesta Lei Orgânica,
observando sempre a legislação aplicável.

SEÇÃO IV
DOS VEREADORES

Art. 61 O Vereador goza de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos


proferidos no exercício do mandato e na circunscrição deste Município.

Art. 62 É defeso ao Vereador:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, empresas públicas,


sociedades de economia mista, fundações ou empresas concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo ou função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja
demissível ad nutum nas entidades indicadas na alínea à deste inciso.

II - desde a posse:

a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público integrante da administração pública
deste Município, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum nas entidades a que se refere
o inciso I, alínea a deste artigo;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I, alínea a deste artigo;
e) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, salvo os casos
autorizados na Constituição Federal.

Art. 63 Cumpre à Mesa Diretora da Câmara Municipal declarar a perda do mandato de


Vereador:

I - que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;

II - quando o decretar a Justiça Eleitoral;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das reuniões
ordinárias da Câmara Municipal, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que deixar de tomar posse, sem motivo justo, nos prazos determinados pelo
Regimento Interno.

Parágrafo Único - A perda de mandato prevista neste artigo será declarada pela Mesa
Diretora da Câmara Municipal, de ofício ou por provocação de qualquer de seus
membros ou de seu partido político representado no Plenário.

Art. 64 Cabe à Câmara Municipal julgar a perda de mandato de Vereador quando:

I - infringir proibição prevista no art. 63 desta Lei Orgânica;

II - sofrer condenação criminal privativa de liberdade em sentença transitada em


julgado;

III - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014, renumerando-se


os incisos subsequentes)

III - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade


administrativa;

IV - que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o


decoro parlamentar na sua conduta pública;

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no Código de


Ética e Decoro Parlamentar e no Regimento Interno da Câmara Municipal, o abuso de
prerrogativa assegurada ao Vereador ou a percepção de vantagem indevida.

§ 2º Nos casos previstos neste artigo, a decisão se dará pela Câmara Municipal, por
voto aberto e de maioria dos seus membros, mediante provocação da Mesa ou do
partido político representado no Plenário, observado o devido processo legal.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 41/2013)

Art. 65 O processo de cassação da perda do mandato pelo Vereador, nos casos previstos
no artigo anterior, observará o seguinte rito:

I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita pela Mesa Diretora ou partido político
com representação na Câmara, com a exposição dos fatos e a indicação das provas.

II - se o denunciado for Vereador, ficará impedido de integrar a Comissão de


Investigação e Processante, podendo todavia, praticar todos os atos de acusação.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

III - se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto


legal, para os atos do processo, e só votará se necessário para completar o quorum de
julgamento.

IV - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014, renumerando-se


os incisos subsequentes)

IV - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, determinará sua


leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento.

V - decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos presentes, na mesma sessão será
constituída a Comissão de Investigação e Processante, com três Vereadores sorteados
entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator.
VI - recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de 5
(cinco) dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e
documentos que a instruírem, para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente defesa
prévia, por escrito, indique as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o
máximo de 10 (dez).

VII - se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por edital, publicado duas
vezes, com intervalo de 3 (três) dias, pelo menos, contado o prazo da primeira
publicação.

VIII - decorrido o prazo de defesa, a Comissão de Investigação e Processante emitirá


parecer dentro de 5 (cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da
denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário.

IX - se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará desde logo, o


início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem
necessários, para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.

X - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou na


pessoa de seu procurador, com a antecedência, pelo menos, de 24 (vinte e quatro) horas,
sendo lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como formular perguntas e
reperguntas as testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa.

XI - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões


escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e após, a Comissão de Investigação e Processante
emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao
Presidente da Câmara, a convocação de sessão para julgamento.

XII - na sessão de julgamento, o processo será lido, integralmente, e, a seguir, os


Vereadores que desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo
máximo de 15 (quinze) minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu
procurador, terá o prazo máximo de 2 (duas) horas, para produzir sua defesa oral.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

XIII - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações quantas forem às infrações


articuladas na denúncia.

XIV - a votação a que se refere o inciso anterior será feita por chamada nominal,
momento em que o Vereador depositará o seu voto em urna indevassável.

XV - considerar-se-á afastado, definitivamente. Do cargo, o denunciado que for


declarado pelo voto da maioria absoluta dos membros da Câmara, incurso em
qualquer das infrações específicas na denúncia. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 43/2014)

XVI - concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o


resultado e fará lavrar ata que consigne o resultado da votação sobre cada infração, e, se
houver condenação, expedirá o competente decreto legislativo de cassação do mandato
de Vereador.

XVII - se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará o


arquivamento do processo.
XVIII - em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o
resultado.

XIX - o processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro em 90
(noventa) dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado.

XX - transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de


nova denúncia ainda que sobre os mesmos fatos.

Art. 66 A renúncia de parlamentar terá seus efeitos suspensos caso já tenham sido
iniciados os procedimentos administrativos para apreciar a perda de mandato nos termos
do arts. 63 e 64 desta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - A suspensão durará até a conclusão do procedimento, podendo o


Vereador, sem prejuízo de outras penalidades, vir a perder o mandato antes que sua
renúncia surta efeito.

Art. 67 Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido em cargo de Ministro de Estado, Secretário de Estado, do Distrito


Federal, Secretário de Município, Chefe de Missão Diplomática, Diretor,
Presidente, Superintendente e Gerente de órgãos públicos municipais, estaduais e
federais. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 39/2012)

II - licenciado para tratamento de saúde;

III - em gozo de licença- maternidade;

IV - Licenciado, sem remuneração, para tratar de assuntos de interesse particular,


neste caso, o afastamento mínimo de 60 (sessenta) dias e máximo de 120 (cento e
vinte) dias. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 42/2013)

§ 1º O suplente será convocado imediatamente nos casos de:

I - vaga;

II - de investidura em funções previstas no inciso I deste artigo;

III - de licença superior a 60 (sessenta) dias.

§ 2º Excetua-se a convocação imediata do suplente, se as hipóteses descritas no § 1º


ocorrerem no período de recesso parlamentar, devendo nesses casos o exercício da
vereança pelo suplente verificar-se a partir:

I - do início da próxima sessão legislativa;

II - da primeira sessão extraordinária que ocorrer durante o recesso.

§ 3º Para fins do disposto no inciso III do § 1º deste artigo, considera-se superior a 60


(sessenta) dias a licença por motivo de tratamento de saúde, quando não for possível
dimensionar o tempo máximo de afastamento necessário.

§ 4º Se ocorrer vaga e não houver suplente, far-se-á a eleição para preenchê-la, se


faltarem mais de 15 (quinze) meses para o término do mandato.
§ 5º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o Vereador não poderá optar
pelo subsídio do mandato parlamentar. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica
nº 37/2011)

§ 6º Na hipótese do inciso II e III do caput deste artigo, será observada a legislação


previdenciária aplicável aos Vereadores, inclusive para fins de pagamento dos
subsídios.

Art. 68 O subsídio de Vereador será fixado em parcela única de uma legislatura para a
subseqüente, vedada à concessão de qualquer outra vantagem, observando o disposto na
Constituição Federal.

§ 1º O subsídio será fixado em valor consignado em moeda corrente do país, vedada


qualquer forma de vinculação.

§ 2º Na fixação dos subsídios, poderá ser determinado o pagamento em uma mesma e


única parcela da importância correspondente a um doze avos do subsídio mensal do
Vereador por cada mês no exercício da vereança.

§ 3º O suplente convocado para assumir por um período inferior a um ano terá seus
subsídios calculados proporcionalmente aos meses de efetivo exercício.

§ 4º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 5º Na hipótese de a Câmara Municipal deixar de exercer a competência de que trata


este artigo, ficarão mantidos, na legislatura subseqüente, os valores da remuneração
vigente em dezembro do último exercício da legislatura anterior, admitida apenas à
revisão geral e anual.

§ 6º Havendo reajuste dos subsídios dos Deputados Estaduais e/ou aumento


populacional será observado o disposto no art. 29,inc. VI da Constituição Federal.

Art. 69 A remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do


art. 39, da Constituição Federal somente poderão ser fixados ou alterados por lei
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices. (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

Art. 70 O servidor público eleito vereador somente poderá exercer o mandato nos
termos admitidos na Constituição Federal, aplicando-se a regra nela prevista sobre a
remuneração.

§ 1º Suprimido (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 2º Suprimido (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

SEÇÃO V
DO PROCESSO LEGISLATIVO

Art. 71 O Processo Legislativo compreende a elaboração de:


I - emenda à Lei Orgânica;

II - lei complementar;

III - lei ordinária;

IV - decreto legislativo;

V - resolução;

VI - indicação;

VII - requerimento.

Parágrafo Único - O Município adotará a lei complementar federal que disponha sobre a
elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

Art. 72 A Lei Orgânica pode ser emendada mediante proposta:

I - de, no mínimo, 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal;

II - do Prefeito Municipal;

III - de, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.

§ 1º A Lei Orgânica não pode ser emendada na vigência de estado de sítio ou estado de
defesa, nem quando o Município estiver sob intervenção estadual.

§ 2º A proposta será discutida e votada em dois (2) turnos com o interstício mínimo de
10 (dez) dias e considerada aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois terços) dos votos
dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º A iniciativa popular prevista neste artigo observará o disposto no artigo 74 desta


Lei Orgânica.

§ 4º A emenda à Lei Orgânica será promulgada pela Mesa Diretora da Câmara


Municipal, com o respectivo número de ordem.

§ 5º O referendo à emenda será realizado se for requerido, no prazo mínimo de 90


(noventa) dias da promulgação:

I - pela maioria absoluta da Câmara Municipal;

II - pelo Prefeito;

III - por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município.

§ 6º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não


pode ser reapresentada na mesma sessão legislativa.

Art. 73 Serão objeto de lei complementar as matérias previstas nesta Lei Orgânica.

Parágrafo Único - As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal.
Art. 74 Excetuados os casos previstos nesta Lei Orgânica, a iniciativa para apresentação
de projeto de lei complementar ou ordinária cabe:

I - a qualquer membro ou comissão da Câmara Municipal;

II - ao Prefeito Municipal;

III - aos cidadãos nos termos previstos nesta Lei Orgânica e especificados no Regimento
Interno da Câmara Municipal.

§ 1º São de iniciativa privativa do Prefeito Municipal as leis que disponham sobre:

I - criação, alteração, extinção e definição das atribuições de cargos, funções ou


empregos públicos do Poder Executivo e das autarquias e fundações públicas
municipais;

II - fixação do vencimento, salário de referência ou gratificação e seus aumentos quanto


aos cargos, empregos e funções previstos no inciso I deste parágrafo;

III - revisão geral e anual dos vencimentos dos servidores públicos;

IV - servidores públicos, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e


aposentadoria;

V - criação, organização, alteração, extinção e definição das atribuições dos órgãos do


Poder Executivo, das autarquias e das fundações públicas municipais;

VI - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 2º Compete à Câmara Municipal a iniciativa privativa das leis que disponham sobre:

I - a fixação dos subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e Secretários Municipais ou seus


correspondentes na estrutura administrativa adotada pelo Poder Executivo;

II - fixação dos subsídios dos Vereadores;

III - fixação da remuneração dos cargos, empregos e funções de seus serviços.

Art. 75 Salvo nas hipóteses previstas no art. 74, §§ 1º e 2º desta Lei Orgânica, a
iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara Municipal de projeto
de lei subscrito por, no mínimo, 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município, em
lista organizada por entidade associativa legalmente constituída, que se responsabilizará
pela idoneidade das assinaturas.

§ 1º Na discussão do projeto de iniciativa popular, é assegurada a sua defesa, em


comissão e em Plenário, por um dos signatários.

§ 2º O disposto no caput deste artigo e no seu § 1º aplicar-se-á à iniciativa popular de


emenda a projeto de lei em tramitação na Câmara, respeitadas as vedações do art. 76
desta Lei Orgânica.

§ 3º Os projetos apresentados em conformidade com o disposto neste artigo, serão


submetidos ao mesmo trâmite das demais proposições.
Art. 76 Não será admitido aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa privativa do Prefeito Municipal, ressalvado o disposto no


art. 117, §§ 2º e 3º desta Lei Orgânica;

II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Art. 77 O Prefeito Municipal pode solicitar urgência para a apreciação de projeto de sua
iniciativa.

§ 1º Se a Câmara Municipal não se manifestar em até 45 (quarenta e cinco) dias sobre o


projeto, será ele incluído na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos
demais assuntos, para que se ultime a votação.

§ 2º O prazo do § 1º deste artigo não corre em período de recesso da Câmara Municipal,


nem se aplica a projeto que estabeleça:

I - código de qualquer natureza;

II - lei de uso e ocupação do solo;

III - lei de parcelamento do solo.

Art. 78 O projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal será enviado, pelo seu
Presidente, ao Prefeito Municipal que, no prazo de 15 (quinze) dias úteis, contados da
data de seu recebimento:

I - se aquiescer, sancioná-lo-á; ou

II - se considerá-lo, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse


público, vetá-lo-á, total ou parcialmente.

§ 1º O silêncio do Prefeito Municipal, decorrido o prazo previsto no caput deste artigo,


importará sanção.

§ 2º Em caso de veto total ou parcial, o Prefeito Municipal deverá comunicar, dentro de


48 (quarenta e oito) horas, os motivos de sua decisão.

§ 3º O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de inciso ou de alínea.

§ 4º A Câmara Municipal, dentro de 30 (trinta) dias contados do recebimento da


comunicação do veto, sobre ele decidirá e sua rejeição só ocorrerá pelo voto da
maioria absoluta. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 5º Esgotado o prazo estabelecido no § 4º deste artigo, sem deliberação, o veto será


incluído na ordem do dia da reunião, sobrestadas as demais proposições, até sua votação
final, ressalvada a hipótese contemplada no art. 77, § 1º desta Lei Orgânica.

§ 6º Se o veto não for mantido, será a proposição de lei enviada ao Prefeito para
promulgação.

§ 7º Se, nos casos dos §§ 1º e 6º deste artigo, a lei não for, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, promulgada pelo Prefeito Municipal, o Presidente da Câmara Municipal a
promulgará, e, se este não o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente fazê-lo.

Art. 79 A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de maioria absoluta
dos membros da Câmara Municipal.

§ 1º A reapresentação de projeto de lei de iniciativa privativa do Prefeito Municipal, na


mesma sessão legislativa, condicionar-se-á à aceitação prévia pela maioria absoluta da
Câmara Municipal.

§ 2º A aceitação prévia para nova apreciação não vinculará, de modo algum, a votação
para aprovação do projeto de lei.

Art. 80 O Regimento Interno da Câmara Municipal estabelecerá a iniciativa privativa da


Mesa Diretora para propositura de projeto de lei, resolução ou decreto legislativo,
quando relacionados à:

I - organização administrativa, inclusive aos cargos, empregos e funções da Câmara


Municipal;

II - fixação de vencimentos dos servidores públicos da Câmara Municipal;

III - fixação dos subsídios de agentes políticos.

Capítulo II
DO PODER EXECUTIVO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 81 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, auxiliado pelos


Secretários Municipais ou por seus correspondentes na estrutura administrativa adotada.

Art. 82 A eleição do Prefeito Municipal e do Vice-Prefeito e a duração dos mandatos


dar-se-ão nos termos previstos na legislação federal.

Art. 83 O Prefeito Municipal e o Vice-Prefeito tomarão posse em reunião da Câmara,


prestando o seguinte compromisso: "Prometo manter, defender e cumprir a Lei
Orgânica do Município, as Constituições Federal e do Estado, observar as leis,
promover o bem geral do povo feirense e exercer o meu cargo sob a inspiração do
interesse público, da lealdade e da honra".

Parágrafo Único - No ato da posse e no término do mandato, bem como nas demais
condições exigidas na legislação federal, o Prefeito Municipal e o Vice-Prefeito farão
declaração de seus bens.

Art. 84 O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pela
legislação local, auxiliará o Prefeito Municipal, sempre que por ele convocado para
missões especiais, substituindo-o nos casos de licença e impedimento, e sucedendo-o,
no caso de vaga.
Art. 85 No caso de impedimento do Prefeito Municipal e do Vice-Prefeito ou no caso de
vaga dos respectivos cargos, o Presidente da Câmara será chamado ao exercício da
Chefia do Poder Executivo.

§ 1º Vagando os cargos de Prefeito Municipal e do Vice-Prefeito, far-se-á eleição 90


(noventa) dias depois de aberta a última vaga.

§ 2º Ocorrendo à vacância nos últimos 2 (dois) anos do mandato governamental, a


eleição para ambos os cargos será feita 30 (trinta) dias depois da última vaga, pela
Câmara Municipal, na forma da lei complementar.

§ 3º Nas hipóteses dos §§ 1º e 2º deste artigo, os eleitos deverão completar o período de


seus antecessores.

§ 4º Na recusa do Presidente serão chamados para assumir os cargos subsequentes na


ordem estabelecida na composição da Mesa Diretora da Câmara Municipal.

Art. 86 Se decorridos 10 (dez) dias da data fixada para a posse, o Prefeito Municipal ou
o Vice-Prefeito não tiver assumido o cargo, este será declarado vago, salvo motivo de
força maior, comprovado pela Câmara Municipal.

SEÇÃO II
DAS VEDAÇÕES E DAS INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS DO
PREFEITO DO VICE-PREFEITO MUNICIPAL

Art. 87 É vedado ao Prefeito e ao Vice-Prefeito desde a posse:

I - firmar ou manter contrato com o Município, suas autarquias, fundações públicas,


empresas públicas e sociedades de economia mista, ou com concessionárias ou
permissionárias de serviços públicos municipais, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;

II - ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de


contrato com pessoa jurídica de direito público municipal, ou nela exerça função
remunerada;

III - patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I deste artigo;

IV - ser titular de mais de um mandato público eletivo;

V - aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que seja


demissível ad nutum, na Administração Pública direta ou indireta, ressalvada a posse
em virtude de concurso público, aplicando-se, nesta hipótese, o disposto na Constituição
Federal;

VI - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

VII - ausentar-se do Município sem autorização da Câmara, por mais de 15 (quinze)


dias consecutivos ou em viagem ao exterior.

Art. 88 São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos na Constituição Federal


e na legislação federal aplicável.

Art. 89 São infrações político-administrativas do Prefeito Municipal, sujeitas ao


julgamento da Câmara Municipal e sancionadas com perda de mandato:

I - impedir o funcionamento regular da Câmara Municipal;

II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam


constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços
municipais, por comissão de investigação da Câmara Municipal;

III - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa


formalidade;

IV - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta


orçamentária;

V - descumprir o orçamento aprovado para exercício financeiro;

VI - praticar ato administrativo contra expressa disposição de lei ou omitir-se na prática


de ato por ela exigido;

VII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesse do


Município sujeitos à administração da Prefeitura Municipal;

VIII - ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido nesta Lei Orgânica ou
afastar-se da Prefeitura Municipal sem autorização da Câmara;

IX - infringir proibição prevista no art. 88 desta Lei Orgânica;

X - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo;

XI - desatender, sem motivo justo, os pedidos de informações da Câmara Municipal,


quando feitos a tempo e em forma regular.

Art. 90 O processo de cassação do mandato do Prefeito Municipal pela Câmara


Municipal, por infrações definidas no art. 89 desta Lei Orgânica, obedecerá ao seguinte
rito:

I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a exposição
dos fatos e a indicação das provas;

II - se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de


integrar a Comissão de Investigação e Processante, podendo, todavia, praticar todos os
atos de acusação;

III - se o denunciante for o Presidente da Câmara Municipal, passará a Presidência ao


substituto legal, para os atos do processo, e só votará se necessário para completar o
quorum de julgamento;

IV - Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

V - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara Municipal, na primeira sessão,


determinará sua leitura e consultará a Câmara Municipal sobre o seu recebimento;
VI - decidido o recebimento, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos Vereadores, na mesma
sessão será constituída a Comissão de Investigação e Processante, com três Vereadores
sorteados entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o
Relator;

VII - recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de 5


(cinco) dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e
documentos que a instruírem, para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente defesa
prévia, por escrito, indique as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o
máximo de 10 (dez);

VIII - se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por edital, publicado duas
vezes, com intervalo de 3 (três) dias, pelo menos, contado o prazo da primeira
publicação;

IX - decorrido o prazo de defesa, a Comissão de Investigação e Processante emitirá


parecer dentro de 5 (cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da
denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário;

X - se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará desde logo, o


início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem
necessários, para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas;

XI - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou


na pessoa de seu procurador, com a antecedência, pelo menos, de 24 (vinte e quatro)
horas, sendo lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como formular
perguntas e reperguntas as testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa;

XII - concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões
escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e após, a Comissão de Investigação e Processante
emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao
Presidente da Câmara Municipal, a convocação de sessão para julgamento;

XIII - na sessão de julgamento, o processo será lido, integralmente, e, a seguir, os


Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de
15 (quinze) minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu procurador, terá o prazo
máximo de 2 (duas) horas, para produzir sua defesa oral;

XIV - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais, quantas forem às


infrações articuladas na denúncia;

XV - considerar-se-á afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for


declarado pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara Municipal,
incurso em qualquer das infrações especificadas na denúncia;

XVI - concluído o julgamento, o Presidente da Câmara Municipal proclamará


imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada
infração, e, se houver condenação, expedirá o competente decreto legislativo de
cassação do mandato de Prefeito;

XVII - se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará o


arquivamento do processo;
XVIII - em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara Municipal comunicará à Justiça
Eleitoral o resultado;

XIX - o processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro em 90
(noventa) dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado;

XX - transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo de


nova denúncia ainda que sobre os mesmos fatos.

Art. 91 Sobre o Vice-Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito Municipal, incidem


as infrações político-administrativas de que trata o artigo anterior, sendo-lhe aplicável o
processo pertinente, ainda que cessada a substituição.

SEÇÃO III
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DO MANDATO DO PREFEITO

Art. 92 Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infrações político-


administrativas, a Câmara Municipal poderá, uma vez recebida à denúncia pela
autoridade competente, suspender o mandato do Prefeito, pelo voto de 2/3 (dois terços)
dos seus membros, resguardado o devido processo legal.

Art. 93 O Prefeito perderá o mandato:

I - por extinção, quando:

a) perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;


b) houver neste sentido determinação da Justiça Eleitoral;
c) condenado por crime de responsabilidade em sentença definitiva;
d) assumir outro cargo ou função na Administração Pública direta, indireta ou
fundacional, ressalvada a posse em virtude de concurso público;

II - por cassação, quando:

a) condenado por crime comum em sentença definitiva;


b) incidir em infração político-administrativa, nos termos da lei.

SEÇÃO IV
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO MUNICIPAL

Art. 94 Compete exclusiva ou privativamente ao Prefeito Municipal:

I - exercer a direção superior da Administração Municipal, com o auxílio dos


Secretários Municipais ou dos seus correspondentes na estrutura administrativa adotada;

II - dispor, mediante decreto, sobre:

a) a organização e funcionamento da Prefeitura, quando não implicar aumento de


despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
b) extinguir cargos, empregos e funções, quando vagos;
III - prover os cargos públicos da Prefeitura, observando o disposto nesta Lei Orgânica;

IV - prover os cargos de direção ou administração superior das entidades da


Administração indireta;

V - demitir ou exonerar os servidores públicos da Prefeitura;

VI - aprovar os estatutos das entidades da Administração indireta;

VII - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Lei Orgânica;

VIII - fundamentar os projetos de lei que remeter à Câmara Municipal;

IX - vetar proposições de lei;

X - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis dentro dos prazos previstos nesta Lei
Orgânica, e, para sua fiel execução, expedir decretos e regulamentos;

XI - remeter mensagem e planos de governo à Câmara Municipal, quando da reunião


inaugural da sessão legislativa ordinária, expondo a situação do Município,
especialmente o estado das obras e dos serviços municipais;

XII - prestar, anualmente, as contas referentes ao exercício anterior;

XIII - fixar as tarifas dos serviços públicos, conforme critérios estabelecidos na


legislação municipal;

XIV - decretar calamidade pública quando ocorrerem fatos que o justifiquem;

XV - expedir os atos administrativos relacionados à intervenção na propriedade, nos


termos da legislação aplicável;

XVI - celebrar convênios, consórcios, contratos e quaisquer ajustes de interesse


municipal, exceto os relacionados à Câmara Municipal ou a entidades da Administração
indireta com terceiros;

XVII - contrair empréstimo externo ou interno e fazer operação ou acordo externo de


qualquer natureza, mediante prévia autorização da Câmara Municipal, observados a
Constituição Federal e os parâmetros de endividamento regulados em lei;

XVIII - solicitar à Câmara Municipal autorização para ausentar-se do Município por


mais de 15 (quinze) dias ou para viajar ao exterior;

XIX - representar o Município em juízo, através da Procuradoria Geral;

XX - remeter à Câmara Municipal, até o dia 20 (vinte) de cada mês, um doze avos da
dotação orçamentária destinada ao Poder Legislativo;

XXI - informar à Câmara Municipal anualmente entre os dias 15 a 28 de fevereiro, rol


de equipamentos, veículos e materiais em condições de uso imediato, bem como os que
se encontrem em reparos em cada Secretaria.

Parágrafo Único - O Prefeito Municipal poderá delegar as atribuições previstas nos


incisos IV, VI e XVI do caput deste artigo.
Art. 95 Cabe ao Prefeito Municipal exercer as demais atribuições pertinentes à missão
institucional do Poder Executivo, ainda que não expressamente previstas nesta Lei
Orgânica, observada a legislação aplicável.

SEÇÃO V
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 96 Os secretários Municipais são agentes políticos, nomeados pelo Prefeito


Municipal para provimento dos cargos correspondentes e escolhidos entre os
brasileiros com mais de 18 (dezoito) anos de idade, residentes no Município, e que
estejam no exercício dos direitos políticos. (Redação dada pela Emenda à Lei
Orgânica nº 43/2014)

§ 1º Os Secretários Municipais, auxiliares diretos e de confiança do Prefeito, serão


responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício do cargo.

§ 2º Os Secretários Municipais obrigam-se a declarar seus bens no ato da posse e no


término do mandato, bem como nas demais condições exigidas na legislação federal.

§ 3º Os Secretários Municipais estão sujeitos, no que couber, aos mesmos impedimentos


dirigidos ao Prefeito.

Art. 97 São direitos assegurados aos Secretários Municipais:

I - férias;

II - licença para tratamento de saúde;

III - licença-maternidade;

IV - gratificação natalina.

Parágrafo Único - Os direitos assegurados nesta Lei Orgânica aos Secretários


Municipais serão aplicados nos mesmos termos da legislação estatutária e
previdenciária, salvo quanto a acréscimos remuneratórios.

Art. 98 Os Secretários Municipais têm as atribuições que lhes forem delegadas pelo
Prefeito Municipal.

SEÇÃO VI
DOS CONSELHOS MUNICIPAIS

Art. 99 O Município criará, por lei específica, na medida da necessidade e


conveniência, Conselhos Municipais de gestões setoriais destinados a auxiliar a
administração direta no planejamento, monitoramento e acompanhamento das
políticas àqueles setores. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 53/2017)

§ 1º Os Conselhos Municipais terão composição paritária, exceto nos casos


específico que por força de lei, possui disposição em contrário, com representante
de instituições governamentais e de organizações da sociedade civil legalmente
constituída, com atribuições deliberativas no respectivo setor de atividade.
(Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 53/2017)

§ 2º Fica vedada a participação de pessoas físicas ou representantes de entidades


privadas ou públicas, da administração direta e indireta, em mais de 02 (dois)
Conselhos Municipais, em gestões concomitantes. (Redação acrescida pela Emenda à
Lei Orgânica nº 53/2017)

§ 3º Os órgãos ou entidades privadas ou públicas, a que se alude no parágrafo


anterior, que por força de lei integrar mais que 02 (dois) Conselhos Municipais,
ficam obrigadas, no ato da inscrição para eleição, apresentar o referido dispositivo
normativo. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº 53/2017)

§ 4º Os membros da diretoria e quem lhes houverem sucedido ou substituído no


curso do mandato, poderão ser reeleitos considerando a sua identificação civil ou
CNPJ para um único período subsequente. (Redação acrescida pela Emenda à Lei
Orgânica nº 53/2017)

SEÇÃO VII
DA PROCURADORIA MUNICIPAL

Art. 100 A Procuradoria Municipal é o órgão que o representa judicialmente, cabendo-


lhe, ainda, as atividades de consultoria e assessoramento jurídicos ao Poder Executivo,
e, privativamente, a execução de dívida ativa de natureza tributária.

§ 1º Para os fins desta Lei Orgânica, o Procurador - Geral do Município equipara-se ao


Secretário Municipal.

§ 2º A lei disciplinará sobre a estrutura e o provimento dos cargos da Procuradoria


Municipal, observando, no que couber, o disposto na Constituição Federal sobre a
advocacia pública.

§ 3º A Procuradoria do Município tem por chefe o Procurador Geral, de livre


designação pelo Prefeito, dentre advogados de reconhecido saber jurídico e reputação
ilibada, e aprovada por maioria da Câmara Municipal.

SEÇÃO VIII
DOS SUBSÍDIOS DOS AGENTES POLÍTICOS

DO PODER EXECUTIVO

Art. 101 Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 1º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 2º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)

§ 3º Suprimido. (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº 43/2014)


Capítulo III
DO CONTROLE CONTÁBIL, FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO

Art. 102 A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do


Município e das entidades da Administração indireta será exercida pela Câmara
Municipal, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno de cada poder e
entidade, quanto à legalidade, legitimidade, eficiência, aplicação de subvenção e
renúncia de receitas.

§ 1º O controle externo, a cargo da Câmara Municipal, será exercido com auxílio do


Tribunal de Contas dos Municípios.

§ 2º Os Poderes Legislativo e Executivo e as entidades da Administração indireta


manterão, de forma integrada, sistema de controle interno, com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas nos respectivos planos plurianuais ou na


lei de diretrizes orçamentárias e a execução dos programas de governo e orçamentos;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e a eficiência da


gestão orçamentária;

III - exercer o controle de operações de crédito, avais e garantias, e o de seus direitos e


haveres;

IV - acompanhar as despesas públicas, apreciando a adequação aos limites impostos ao


respectivo Poder;

V - indicar as medidas necessárias para a redução de despesas que ultrapassarem os


limites impostos ao respectivo Poder;

VI - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.

§ 3º Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer


irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas dos Municípios,
sob pena de responsabilidade solidária na instância administrativa.

Art. 103 Qualquer cidadão ou associação legalmente constituída ou sindicato é parte


legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidade ou ilegalidade de ato de agente
público.

Parágrafo Único - A denúncia poderá ser feita, em qualquer caso, à Câmara Municipal
e, sobre o assunto da respectiva competência, ao Ministério Público ou ao Tribunal de
Contas dos Municípios.

Art. 104 As contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, à


disposição de qualquer cidadão para exame e apreciação no Paço Municipal Maria
Quitéria.

§ 1º Qualquer cidadão poderá questionar a respectiva legalidade, nos termos da lei.

§ 2º Para efeitos deste artigo, instruem as contas toda a documentação contábil, fiscal,
incluindo-se balanços, demonstrativos, notas fiscais, recibos e outros documentos
comprobatórios de despesas.

§ 3º Findo o prazo de que trata o caput deste artigo, as sugestões e denuncias dos
cidadãos serão encaminhadas juntamente com as contas municipais para o Tribunal de
Contas dos Municípios.

Art. 105 O Prefeito enviará suas contas para a Câmara Municipal até o dia 31 (trinta e
um) de março, cabendo ao Presidente da Câmara Municipal, juntar no mesmo prazo, as
do Poder Legislativo.

Parágrafo Único - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e
pelo Estado serão prestadas na forma da legislação federal e estadual em vigor.

Art. 106 As contas do Prefeito Municipal, referentes à gestão financeira do ano anterior,
serão julgadas pela Câmara Municipal dentro de 45 (quarenta e cinco) dias após o
recebimento do parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios.

§ 1º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre as contas que o Prefeito
Municipal deve anualmente prestar, só deixará de prevalecer por decisão de 2/3 (dois
terços) dos membros da Câmara Municipal.

§ 2º Nos primeiros 30 (trinta) dias após o retorno do Tribunal de Contas dos


Municípios, as contas ficarão à disposição dos cidadãos.

TÍTULO V
DAS FINANÇAS PÚBLICAS

Capítulo I
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS

Art. 107 Observando as limitações do poder de tributar estabelecidas na Constituição


Federal e as normas gerais contidas na legislação federal, inclusive quanto à gestão
fiscal, ao Município compete instituir os seguintes tributos:

I - os impostos que lhe são atribuídos pela Constituição Federal;

II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou


potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou
postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas;

IV - demais contribuições que lhe sejam conferidas pela legislação aplicável.

§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo
a capacidade econômica do contribuinte.

§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

§ 3º O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o


custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social, observado o
prazo nonagesimal para a sua vigência.

Art. 108 A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca
dos impostos municipais incidentes sobre serviços.

Art. 109 O Código Tributário Municipal será estabelecido por lei complementar.

Capítulo II
DA PARTICIPAÇÃO DO MUNICÍPIO EM RECEITAS TRIBUTÁRIAS FEDERAIS
E ESTADUAIS

Art. 110 O Município participa da arrecadação das receitas federais e estaduais nos
termos previstos na Constituição Federal.

§ 1º O Município acompanhará o cálculo das quotas e a liberação dos recursos de sua


participação nas receitas tributárias a serem repartidas pela União e pelo Estado, nos
termos em que dispuser lei complementar federal.

§ 2º Ocorrendo à retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos


decorrentes da repartição das receitas tributarias, por parte da União e do Estado, o
Poder Executivo Municipal adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis.

Capítulo III
DAS OUTRAS RECEITAS MUNICIPAIS

Art. 111 No âmbito das respectivas competências, as entidades da Administração


Pública Municipal instituirão e promoverão a cobrança das seguintes receitas
municipais:

I - receitas contratuais por:

a) prestação de serviços públicos que ensejem taxas e que não devam ser prestados
gratuitamente;
b) utilização privativa onerosa de bens do patrimônio público por particulares;
c) alienação onerosa de bens do patrimônio público;
d) prestação de serviços ou alienação onerosa de bens produzidos no exercício de
atividade econômica.

II - sanções pecuniárias pelo descumprimento da legislação municipal;

III - outras receitas que lhe sejam admitidas pela legislação aplicável.

§ 1º Os valores das receitas previstas no caput deste artigo poderão ser fixados em razão
da capacidade econômica do usuário ou infrator.

§ 2º Lei municipal poderá, excepcionalmente, estabelecer a gratuidade nas hipóteses


previstas no inciso I do caput deste artigo, em casos de interesse público relevante.

§ 3º A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e


atividades municipais, será feita pelo Prefeito Municipal mediante edição do decreto.
Capítulo IV
DOS ORÇAMENTOS

Art. 112 Observando a legislação federal aplicável, leis de iniciativa do Prefeito


Municipal estabelecerão:

I - o plano plurianual;

II - as diretrizes orçamentárias;

III - os orçamentos anuais.

§ 1º O Prefeito Municipal e, quando for o caso, a Câmara Municipal, elaborarão todos


os anexos exigidos pelas normas gerais sobre gestão fiscal.

§ 2º Lei municipal disciplinará a participação popular na elaboração dos projetos


previstos no caput deste artigo, reservando percentual dos recursos orçamentários a ser
destinado, conforme deliberação dos fóruns de discussão organizados pelo Poder
Executivo.

Art. 113 A lei que instituir o plano plurianual de ação governamental estabelecerá as
diretrizes, objetivos e metas da Administração municipal, para as despesas de capital e
outras delas decorrentes e para as relativas a programas de duração continuada.

§ 1º O plano plurianual conterá obrigatoriamente as despesas de capital relacionadas à


implementação das políticas urbanísticas e setoriais mencionadas nesta Lei Orgânica, e
que representem programas de duração continuada.

§ 2º Em casos excepcionais, o Prefeito Municipal deverá justificar a impossibilidade de


cumprir o disposto no § 1º deste artigo, cabendo à Câmara Municipal deliberar sobre o
projeto apresentado.

Art. 114 A lei de diretrizes orçamentárias, compatível com o plano plurianual,


compreenderá as metas e prioridades da Administração Pública municipal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da
lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação tributária.

§ 1º A lei de diretrizes orçamentárias conterá obrigatoriamente as despesa de capital


relacionadas à implementação das políticas urbanísticas e setoriais mencionadas nesta
Lei Orgânica, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro.

§ 2º Em casos excepcionais, o Prefeito Municipal deverá justificar a impossibilidade de


cumprir o disposto no § 1º deste artigo, cabendo à Câmara Municipal deliberar sobre o
projeto apresentado.

Art. 115 A lei orçamentária anual compreenderá:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Município, seus fundos, órgãos e


entidades da Administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas
pelo Poder Público;

II - o orçamento de investimento das empresas em que o Município, direta ou


indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela


vinculados da Administração direta e indireta do Município, bem como os fundos e
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

§ 1º A lei orçamentária conterá obrigatoriamente a previsão de despesas de capital


necessárias para a implementação das políticas urbanísticas e setoriais mencionadas
nesta Lei Orgânica, garantindo a eficácia do plano plurianual e da lei de diretrizes
orçamentárias.

§ 2º Em casos excepcionais, o Prefeito Municipal deverá justificar a impossibilidade de


cumprir o disposto no § 1º deste artigo, cabendo à Câmara Municipal deliberar sobre o
projeto apresentado.

§ 3º Integrarão a lei orçamentária, demonstrativos específicos, com detalhamento das


ações governamentais, em nível mínimo de:

I - órgão ou entidade responsável pela execução de programa de trabalho;

II - objetivos e metas;

III - natureza da despesa;

IV - identificação dos investimentos por região do Município;

V - identificação dos efeitos sobre as receitas e as despesas, decorrentes de isenções,


remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

§ 4º O detalhamento mínimo previsto no § 3º deste artigo será ampliado caso a


legislação federal aplicável o exija.

§ 5º O orçamento será uno, incorporando-se obrigatoriamente, na receita, todos os


tributos, rendas e suprimentos de fundos, e incluindo-se, discriminadamente, na
despesa, as dotações necessárias ao custeio de todos os serviços municipais.

Art. 116 A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita
e à fixação da despesa, exceto:

I - previsão do percentual de repasse à Câmara Municipal;

II - autorização para abrir créditos suplementares;

III - contratar operações de crédito, ainda que por antecipação da receita, nos termos da
lei.

Art. 117 Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao


orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados por comissão da Câmara
Municipal, à qual caberá:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas
apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas, inclusive para garantir a


compatibilidade exigida nesta Lei Orgânica;

III - exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação


das demais comissões da Câmara Municipal.

§ 1º As emendas serão apresentadas à comissão, que sobre elas emitirá parecer, e


apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário.

§ 2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou a projeto que a modifique


somente podem ser aprovadas caso:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesa, excluídas as que incidam sobre:

a) dotações para pessoal e seus encargos;


b) serviço de dívidas; ou

III - sejam relacionadas:

a) com a correção de erros ou omissões; ou


b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 3º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas


quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 4º A reestimativa de receita por parte da Câmara Municipal só será admitida se


comprovado erro ou omissão de ordem técnica ou legal no projeto.

§ 5º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei


orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados,
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica
autorização legislativa.

§ 6º Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso orçamentário
disponível.

§ 7º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara Municipal para propor


modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na
comissão permanente, da parte cuja alteração é proposta.

§ 8º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento


anual serão enviados pelo Prefeito Municipal à Câmara Municipal, de acordo com os
seguintes prazos:

I - o plano plurianual até 31 de Agosto do primeiro ano de mandato do Prefeito


Municipal, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato do
Prefeito subsequente, devolvendo-se para sanção até o encerramento da sessão
legislativa;

II - o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado anualmente, até 15 de


Maio e devolvido para sanção até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa;
III - o projeto de lei orçamentária será encaminhado anualmente até o dia 30 de
Setembro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.

§ 9º Aplicam-se as demais normas relativas ao processo legislativo aos projetos


mencionados neste artigo, no que não contrariar o disposto neste capítulo.

Art. 118 São vedados:

I - o inicio de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os


créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com
finalidade precisa, aprovados, neste caso, pela maioria absoluta da Câmara Municipal;

IV - a vinculação de receita de imposto a órgãos, fundos ou despesa, ressalvadas aquelas


exigidas ou admitidas pela Constituição Federal;

V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos do orçamento


fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1º Nenhum investimento, cuja execução ultrapasse um exercício financeiro, poderá


ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão,
sob pena de responsabilidade.

§ 2º Os créditos extraordinários e especiais terão vigência no exercício financeiro em


que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4
(quatro) meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3º A abertura de crédito extraordinário será admitida por decreto, ad referendum da


Câmara Municipal, para atender as despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de
calamidade pública.

Art. 119 Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os


créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, ser-Ihe-ão
entregues até o dia vinte de cada mês.

Parágrafo Único - O repasse será feito de acordo com os valores e periodicidade


determinados na lei orçamentária.
Art. 120 As despesas com pessoal ativo e inativo do Município não poderá exceder os
limites estabelecidos em lei complementar federal.

§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de


cargos ou alterações de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos ou entidades da Administração direta ou indireta, inclusive
das fundações mantidas pelo Poder Público só poderão ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de


despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as


empresas públicas e sociedades de economia mista.

§ 2º Para cumprimento dos limites estabelecidos na lei complementar federal, o


Município adotará as medidas previstas na Constituição Federal e na própria lei
complementar federal.

Art. 121 Na elaboração do orçamento serão incluídos os valores destinados ao


pagamento de precatórios, consoante o disposto na Constituição Federal.

Art. 122 A Prefeitura Municipal e a Câmara Municipal divulgarão a execução


orçamentária nos termos previstos nas normas gerais sobre gestão fiscal.

TÍTULO VI
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 123 O Município, dentro de sua competência, atuará em relação à ordem


econômica e social, conciliando a liberdade de iniciativa com os superiores interesse da
coletividade, observando os princípios setoriais estabelecidos na Constituição Federal.

Parágrafo Único - É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade


econômica independentemente de autorização dos órgãos públicos municipais, salvo
nos casos previstos em lei.

Art. 124 Ao Município, no âmbito da política econômica, competirá especialmente:

I - fomentar a livre iniciativa para bem atender às necessidades da população;

II - formar ou incentivar a existência de infra-estrutura básica capaz de atrair, apoiar ou


incentivar as empresas do setor produtivo;

III - assistir aos trabalhadores e suas organizações legais, procurando proporcionar-lhes,


entre outros benefícios:

a) meios de produção e de trabalho;


b) apoio ao associativismo;
c) crédito fácil;
d) preço justo;
e) assistência à saúde;
f) aprendizado técnico e reciclagem;
g) bem-estar social.

IV - defender, promover e divulgar os direitos do consumidor;

V - fiscalizar a qualidade e os pesos e medidas dos bens e serviços produzidos ou


comercializados em seu território;

VI - prestar os serviços públicos e exercer as atividades econômicas em consonância


com o adequado desenvolvimento econômico e social;

VII - utilizar tributos e preços públicos em consonância com o adequado


desenvolvimento econômico e social.

VIII - formular programas de apoio e fomento às empresas de pequeno porte,


microempresas e cooperativas de todos os setores da economia, incentivando seu
fortalecimento através de tratamento fiscal diferenciado e outros mecanismos, na forma
da lei.

Art. 125 A exploração, pelo Município, de atividade econômica somente será permitida
quando motivada por relevante interesse coletivo.

Parágrafo Único - A empresa pública, a sociedade de economia mista e outras entidades


da Administração Pública que explorem atividades econômicas sujeitar-se-ão ao regime
jurídico próprio estabelecido na Constituição Federal.

Capítulo II
DA SEGURIDADE SOCIAL

SEÇÃO I
DA SAÚDE

Art. 126 O Município integra com a União e o Estado o sistema único de saúde, cujas
ações e serviços públicos, na sua circunscrição territorial, observarão as diretrizes
instituídas pela Constituição Federal.

Art. 127 As ações e serviços municipais de assistência à saúde integram o sistema único
de saúde, de âmbito nacional, observando suas normas gerais e estaduais.

Parágrafo Único - Compete ao Município, no âmbito do sistema único de saúde, além


de outras atribuições previstas na legislação aplicável:

I - a elaboração e atualização periódica do plano municipal de saúde, em consonância


com os planos federal e estadual e com a realidade epidemiológica;

II - a direção, gestão, controle e avaliação das ações de saúde a nível municipal;

III - a administração do fundo municipal de saúde e a elaboração de proposta


orçamentária;

IV - o controle da produção ou extração, armazenamento, transporte e distribuição de


substâncias, produtos, máquinas e equipamentos que possam apresentar riscos à saúde
da população;

V - o planejamento e execução das ações de vigilância epidemiológica e sanitária,


incluindo os relativos à saúde dos trabalhadores e ao meio ambiente, em articulação
com os demais órgãos e entidades governamentais;

VI - o oferecimento aos cidadãos, por meio de equipes multiprofissionais e de recursos


de apoio, de todas as formas de assistência e tratamento necessárias e adequadas,
incluindo práticas alternativas reconhecidas;

VII - a normatização suplementar e a padronização dos procedimentos relativos à saúde,


por meio de código sanitário municipal;

VIII - a formulação e implementação de política de recursos humanos na esfera


municipal;

IX - o controle dos serviços especializados em segurança e medicina do trabalho;

X - obrigar os hospitais a manterem reservatórios especiais para o lixo hospitalar;

XI - oferecer inspeção médica nos estabelecimentos de ensino municipal;

XII - adotar rígida política de fiscalização e controle de epidemias e de infecção


hospitalar;

XIII - atendimento com assistência psicológica em caso de vítimas da violência;

XIV - assegurar o direito à auto-regulação da fertilidade com livre decisão da mulher,


do homem ou do casal, vedada qualquer forma coercitiva de indução.

XV - assegurar à mulher:

a) assistência a pré-natal, parto e puerpério;


b) incentivo ao aleitamento;
c) assistência clínico-ginecológica;

XVI - criar condições para que o órgão ou entidade municipal competente participe dos
convênios propostos pelo Estado ou pela União.

Art. 128 A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, obedecidos aos requisitos da
lei e as diretrizes da política de saúde.

§ 1º As instituições privadas poderão participar, de forma complementar, do sistema


único de saúde, segundo diretrizes deste, mediante contrato ou convênio, tendo
preferências às entidades sem fins lucrativos.

§ 2º É vedada à transferência de recursos públicos municipais para instituições


particulares de saúde que tenham fins lucrativos.

Art. 129 O Município poderá contratar instituições privadas, quando houver


insuficiência de serviços públicos para assegurar a plena cobertura assistencial à
população, segundo a legislação aplicável.

Art. 130 O Município destinará os recursos necessários ao cumprimento de suas


obrigações na área de saúde, observando a vinculação de receitas existentes na
Constituição Federal.

Art. 131 No âmbito de sua competência, o Município cuidará para que as pessoas físicas
ou jurídicas que gerem riscos ou causem danos à saúde de pessoas ou grupos assumam
o ônus do controle e da reparação de seus atos.

SEÇÃO II
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Art. 132 O Município executará no seu território, com recursos da seguridade social,
consoante a legislação federal, os programas de ação governamental na área de
assistência social, sem prejuízo de programas locais.

§ 1º As entidades beneficentes e de assistência social sediadas no Município poderão


integrar os programas referidos no caput deste artigo.

§ 2º A comunidade, por meio de suas organizações representativas, participará na


formulação das políticas de assistência social e no controle das ações.

SEÇÃO III
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL

Art. 133 O Município mediante lei poderá instituir sistema de previdência social para os
servidores públicos nos termos da Constituição Federal, e da legislação federal
aplicável.

Parágrafo Único - Inclui-se no caput deste artigo a possibilidade de instituição de


regime de previdência em caráter complementar.

Capítulo III
DA EDUCAÇÃO

Art. 134 A educação, direito de todos e dever do Poder Público e da família, tem como
objetivo o pleno desenvolvimento da pessoa, inclusive para o exercício da cidadania,
tornando-a capaz de refletir criticamente sobre a realidade e qualificando-a para o
trabalho.

Parágrafo Único - É dever do Município promover, prioritariamente, o atendimento à


educação infantil e ao ensino fundamental, e, subsidiariamente, expandir o ensino
médio, com a participação da sociedade e a cooperação técnica da União e Estados.

Art. 135 O acesso à educação é direito público subjetivo e implica para o Município o
dever de garantir, no mínimo:
I - atendimento educacional especializado ao portador de deficiência, sem limite de
idade, preferencialmente na rede regular de ensino, com garantia de:

a) recursos humanos capacitados;


b) materiais e equipamentos públicos adequados;
c) vaga em escola próxima à sua residência.

II - preservação dos aspectos humanísticos e profissionalizantes do ensino médio;

III - expansão e manutenção da rede municipal de ensino, com a dotação de infra-


estrutura física e equipamento adequado;

IV - atendimento pedagógico obrigatório e gratuito em creche e pré-escola às crianças


de até 6 (seis) anos de idade, em horário integral, e com garantia de acesso ao ensino
fundamental;

V - programas específicos de atendimento à criança e ao adolescente superdotado;

VI - amparo ao menor infrator e sua formação em escola profissionalizante;

VII - supervisão e orientação educacional em todos os níveis e modalidades de ensino


nas escolas municipais, exercidas por profissionais habilitados;

VIII - programas especiais de alfabetização de jovens e adultos, no sentido de assegurar


a todos o direito a educação.

§ 1º A falta de oferecimento do ensino pelo Poder Público Municipal ou sua oferta


irregular importa em responsabilidade da autoridade competente.

§ 2º Sempre que possível, o Município promoverá a expansão do ensino médio, com a


participação da sociedade, buscando a cooperação técnica e financeira da União e do
Estado.

Art. 136 Para o atendimento pedagógico às crianças de até 06 (seis) anos de idade, o
Município deverá:

I - criar, implementar, orientar, supervisionar e fiscalizar as creches;

II - atender às necessidades de rede municipal de creches por meio de equipe


multidisciplinar, composta, no mínimo, por:

a) professor;
b) pedagogo;
c) psicólogo;
d) assistente social;
e) enfermeiro;
f) nutricionista.

III - propiciar cursos e programas de reciclagem, treinamento e gerenciamento


administrativo dos trabalhadores de creches;

IV - estabelecer normas de construção e reforma de logradouros e dos edifícios para o


funcionamento de creches, buscando soluções arquitetônicas adequadas à faixa etária
das crianças atendidas;

V - estabelecer política municipal de articulação junto às creches comunitárias e às


filantrópicas.

§ 1º O Município fornecerá instalações e equipamentos para creches e pré-escolas,


observados os seguintes critérios:

I - prioridade para as áreas de maior densidade demográfica e de menor faixa de renda;

II - escolha do local para funcionamento de creche e pré-escola, com participação da


comunidade;

III - integração de pré-escolas e creches.

§ 2º O Município promoverá o atendimento de criança portadora de deficiência,


preferencialmente, em creches comuns, oferecendo, sempre que necessários, recursos de
educação especial.

Art. 137 Na promoção da educação pré-escolar e do ensino fundamental e médio, o


Município observará os seguintes princípios, fundamentos e diretrizes:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e concepções filosóficas, políticas, estéticas, religiosas e


pedagógicas, que conduzam o educando a formação de uma postura ética e social
própria;

IV - preservação dos valores culturais locais;

V - estímulo à organização autônoma dos alunos e dos pais de alunos, no âmbito das
escolas municipais;

VI - valorização dos profissionais do ensino, com plano de carreira adequado para as


especificidades do magistério público;

VII - compromisso com a qualidade, mediante:

a) reciclagem periódica dos profissionais de educação;


b) avaliação cooperativa periódica por órgão próprio do sistema educacional, pelo corpo
docente, pelos alunos e seus responsáveis;
c) manutenção de bibliotecas, laboratórios, sala de multimeios, equipamentos
pedagógicos próprios e rede física adequada ao ensino ministrado.

VIII - propiciamento de acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da


criação artística, segundo a capacidade de cada um;

IX - implantação de modelo próprio de ensino profissionalizante no processo educativo


municipal;

X - gestão democrática do ensino público na educação básica, que preserve:


a) participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola;
b) participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.

Art. 138 Da receita resultante dos impostos, compreendida a proveniente de


transferências, anualmente, o Município aplicará na manutenção e expansão do ensino
público municipal, no mínimo o percentual estabelecido na Constituição Federal.

Art. 139 As unidades municipais de ensino adotarão livros didáticos não consumíveis,
favorecendo o reaproveitamento.

Parágrafo Único - É vedada a adoção de livro didático que dissemine qualquer forma de
discriminação ou preconceito.

Art. 140 O mobiliário escolar utilizado pelas escolas públicas municipais deverá estar
em conformidade com as recomendações científicas, para prevenção de doenças da
coluna.

Art. 141 O currículo escolar do ensino fundamental e médio das escolas públicas
municipais incluirá conteúdos programáticos sobre:

I - prevenção do uso de drogas;

II - educação para o trânsito;

III - educação ambiental;

IV - combate e prevenção de incêndios.

Art. 142 O Município elaborará plano bienal de educação, visando à ampliação e


melhoria do atendimento de sua obrigação para com a oferta de ensino público gratuito.

Parágrafo Único - A proposta de plano de que trata o caput deste artigo será elaborada
com a participação da sociedade civil.

Art. 143 Fica assegurada a cada unidade do sistema municipal de ensino o fornecimento
de recursos necessários à sua conservação, manutenção, aquisição de equipamentos e
materiais didático-pedagógicos, nos limites e conforme dispuser a lei orçamentária.

Capítulo IV
DA CIÊNCIA E DA TECNOLOGIA

Art. 144 O Município promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a


pesquisa, a difusão e a capacitação tecnológicas, voltados preponderantemente para a
solução de problemas locais.

§ 1º Sem prejuízo de convênios e contratos com entidades da iniciativa privada, o


Município buscará promover a integração intersetorial entre órgãos e entidades de
pesquisa estaduais e federais nele sediados, por meio da implantação de programas
integrados e em consonância com as necessidades das diversas demandas científicas,
tecnológicas e ambientais afetas às questões municipais.
§ 2º O Município poderá celebrar consórcio com os municípios da região para difundir a
ciência e tecnologia de interesse comum.

Art. 145 O Município criará núcleos descentralizados de treinamento e difusão de


tecnologias, de alcance comunitário, de forma a contribuir para a absorção efetiva da
população de baixa renda.

Art. 146 O Município criará e manterá entidade voltada para o ensino e pesquisa
científica, o conhecimento experimental e serviços técnicos - científicos relevantes para
o seu desenvolvimento social e econômico.

Parágrafo Único - Os recursos necessários à efetiva implementação da entidade de que


trata o caput deste artigo serão consignados no orçamento municipal, bem como obtidos
de órgãos e entidades de fomento federais e estaduais, mediante projeto de pesquisa.

Capítulo V
DA CULTURA

Art. 147 O Município protegerá as manifestações das culturas populares e dos grupos
étnicos participantes do processo civilizatório nacional e promoverá, em todos os níveis
das escolas municipais, a educação sobre a história local e a dos povos indígenas e de
origem africana.

§ 1º Todo cidadão é um agente cultural e a Administração Pública incentivará de forma


democrática os diferentes tipos de manifestação cultural existentes no Município.

§ 2º Lei municipal disporá sobre a fixação de datas comemorativas de fatos relevantes


da cultura municipal.

Art. 148 Constituem patrimônio cultural do Município os bens de natureza material e


imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, que contenham referência à
identidade, à ação e à memória dos diferentes grupos formadores do povo feirense, entre
os quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, agir e viver;

III - as criações tecnológicas, científicas e artísticas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados a


manifestações artísticas e culturais;

V - os sítios ou edificações de valor histórico, paisagístico, arqueológico, paleontólogo,


ecológico e científico.

§ 1º São consideradas manifestações culturais, entre outras:

I - o teatro, inclusive de rua;

II - a música, por suas múltiplas formas e instrumentos;


III - a dança;

IV - a expressão corporal;

V - o folclore;

VI - as artes plásticas;

VII - as cantigas de roda.

§ 2º Todas as áreas públicas, especialmente os parques, jardins e praças são abertas às


manifestações culturais, observadas as condições necessárias ao uso e conservação dos
espaços públicos.

Art. 149 O Município, com a colaboração da comunidade, promoverá e protegerá, por


meio de plano permanente, o patrimônio histórico e cultural municipal, por meio de:

I - inventários;

II - pesquisas;

III - registros;

IV - vigilância;

V - tombamento;

VI - desapropriação;

VII - outras formas de acautelamento e preservação.

Parágrafo Único - Compete ao Arquivo Público reunir, catalogar, preservar, restaurar,


microfilmar e registrar, pelos meios de expressão áudio-visual, os dados da tradição
histórico - cultural do Município e por à disposição do público, para consulta, através de
documentos, textos, publicações, vídeos, fotos e outros meios.

Art. 150 O Município elaborará e implementará, com a participação e cooperação da


sociedade civil, plano de instalação de bibliotecas públicas e centros culturais nos
bairros e nas diversas regiões locais.

§ 1º O Município poderá celebrar convênios com órgãos e entidades públicos,


sindicatos, associações de moradores e entidades da sociedade civil para viabilizar o
disposto neste artigo.

§ 2º Serão instalados nos centros culturais, além de bibliotecas e oficinas, cursos de


redação, artes plásticas, artesanato, música, dança e expressão corporal, fotografia,
cinema, teatro, literatura, filosofia, e estudos sobre a cultura afro-brasileira e indígena.

Art. 151 O Município apoiará e incentivará a valorização, a produção e difusão das


manifestações culturais, com prioridade para aquelas diretamente ligadas à sua história,
comunidade e aos seus bens, por meio de:

I - criação, manutenção e abertura de espaços culturais;


II - intercâmbio cultural e artístico com outros municípios e estados;

III - livre acesso aos acervos de bibliotecas, museus e arquivos;

IV - aperfeiçoamento e valorização dos profissionais de cultura;

Parágrafo Único - Serão assegurados recursos públicos aos projetos culturais,


especialmente aqueles ligados às artes plásticas e cênicas, que participem de eventos
oficiais estaduais, nacionais ou internacionais, conforme critérios especificados em lei.

Capítulo VI
DO DESPORTO E DO LAZER

Art. 152 O Município promoverá, estimulará, orientará e apoiará a prática desportiva e a


educação física, como um direito de todos, observando-se, além do disposto na
Constituição, o seguinte:

I - destinação de recursos públicos para a promoção do desporto educacional;

II - autonomia das entidades desportivas e associações, quanto à sua organização e


funcionamento no Município;

III - tratamento diferenciado entre desporto profissional e amador, sempre com


preferência para este.

Parágrafo Único - O Município garantirá ao portador de deficiência atendimento


especial no que se refere à educação física e à prática de atividade desportiva, sobretudo
no âmbito escolar.

Art. 153 O Município apoiará e incentivará o lazer e o reconhecerá como forma de


promoção e integração social.

Art. 154 O Município poderá assegurar recursos públicos para os atletas amadores e
organizações de esporte amador situado no seu território que venham a participar de
competições esportivas oficiais estaduais, nacionais e internacionais, conforme critérios
definidos em lei.

Capítulo VII
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO PORTADOR DE
DEFICIÊNCIA E DO IDOSO

Art. 155 O Município visará, nos limites de sua competência e em colaboração com a
União e o Estado, dar à família condições para a realização de suas relevantes funções
sociais.

Art. 156 O Município nos limites de sua competência protegerá a criança e o


adolescente de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão, com absoluta prioridade, de modo a preservar-lhes os direitos
previstos na Constituição Federal.
Art. 157 O Município promoverá o acolhimento e amparo da criança e do adolescente,
órfãos ou abandonados, em regime familiar, nos termos das Constituições Federal e
Estadual e da legislação em vigor.

Art. 158 Os recursos públicos, destinados às atividades voltadas para a infância e


adolescência, serão depositados no Fundo Municipal de Defesa da Criança e do
Adolescente, inclusive os das transferências estaduais e federais.

Art. 159 O Município disporá sobre a exigência de adaptação dos logradouros, dos
edifícios públicos e dos veículos de transporte coletivo, a fim de garantir acesso
adequado às pessoas portadoras de deficiência e aos idosos, observada a legislação
federal.

Art. 160 O Município assegurará os direitos e garantias endereçados às pessoas


portadoras de deficiência na Constituição Federal e nas legislações federal e estadual.

Parágrafo Único - Para os fins deste artigo, será considerado o disposto em legislação
federal sobre os critérios de identificação de pessoa portadora de deficiência.

Art. 161 O Município assegurará os direitos e as garantias endereçadas aos idosos na


Constituição Federal e nas legislações federal e estadual.

Capítulo VIII
DO MEIO AMBIENTE

Art. 162 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se à Administração
Pública municipal e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as gerações
presentes e futuras.

Parágrafo Único - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe à Administração


Pública municipal, além de observar as atribuições que lhe são conferidas pela
Constituição Federal, as seguintes:

I - criar e manter áreas verdes;

II - exigir reflorestamento, com utilização preferencial de espécies nativas, das áreas de


preservação permanente, principalmente das matas ciliares;

III - criar e manter viveiros de mudas destinadas à arborização de vias e logradouros


públicos;

IV - impedir que as áreas verdes, os largos e as praças sejam desafetados, enquanto


estiverem servindo às finalidades para que foram criados ou, em qualquer hipótese,
quando forem originários de projeto de loteamento;

V - assegurar o livre acesso às informações ambientais básicas e divulgar,


sistematicamente, os níveis de poluição e de qualidade do meio ambiente do Município;

Art. 163 Sem prejuízo das licenças ambientais federais e estaduais, o Município, no
âmbito de sua competência, deverá instituir procedimento de licença para obras e
atividades que possam causar danos ambientais.
§ 1º O exercício da competência municipal em matéria de meio ambiente será feito com
estrita observância das legislações federal e estadual aplicáveis.

§ 2º Os estudos ambientais já realizados pelas Administrações Públicas federal e


estadual, poderão ser aproveitados pelo Município, sem prejuízo de novas perícias e
audiências, assegurada à participação de todos os interessados.

Art. 164 Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado, desde o início da
atividade, a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica
previamente indicada pelo órgão municipal de controle e política ambiental.

Art. 165 É vedado no território do Município a aplicação de agrotóxicos em áreas de


preservação permanente e sua aplicação por aeronaves nas vizinhanças dos corpos
d`água.

Art. 166 É assegurado às associações que tenham por finalidade a defesa do meio
ambiente e do patrimônio histórico-cultural o acompanhamento do procedimento
relacionado às infrações ambientais, sendo-lhes permitido exigir o cumprimento das
sanções aplicáveis.

Art. 167 Na concessão de licença para obras e atividades situadas em zonas industriais,
de qualquer tipo, o Município deverá verificar se a unidade e o complexo industrial, ou
o novo processo de produção, irão acarretar ultrapassagem dos padrões de qualidade da
água, do ar e do solo, consideradas as emissões das demais fontes poluidoras já
existentes.

Parágrafo Único - As indústrias instaladas no Município, com potencial mínimo de


queima de óleo combustível ou similar, a ser definido em lei, deverão instalar sistema
adequado para controle da poluição atmosférica, de acordo com a determinação do
órgão competente, segundo orientação do órgão executor da política ambiental
municipal.

Art. 168 Serão enviadas para o Ministério Público cópias reprográficas das licenças
ambientais e dos autos de infrações administrativas relacionados ao meio ambiente e ao
patrimônio cultural e natural.

Art. 169 Lei municipal determinará o distanciamento mínimo entre:

I - indústrias e atividades potencialmente poluidoras das zonas residenciais ou de uso


múltiplo;

II - depósitos finais ou temporários de resíduos domésticos, industriais e hospitalares


das zonas dispostas no inciso anterior, sendo vedada à instalação desses depósitos,
quando houver perigo de contaminação dos mananciais de água ou de adutoras.

Parágrafo Único - O Município promoverá a recolocação das indústrias poluentes


situadas em zonas residências para outras áreas, a serem especificadas em lei.

Art. 170 O Município exigirá das edificações pluri-residenciais ligações a sistemas de


tratamento de esgotos domésticos, indeferindo as licenças para construções quando esse
tratamento não puder ser implantado sob o ponto de vista tecnológico.
Capítulo IX
DO SANEAMENTO BÁSICO

Art. 171 Cabe ao Município prover sua população dos serviços básicos de
abastecimento de água tratada, luz, coleta e disposição adequada dos esgotos e do lixo,
drenagem urbana de águas pluviais, observado o disposto nas Constituições Federal e
Estadual.

Parágrafo Único - A lei definirá mecanismo de controle e de gestão democrática dos


serviços de que trata o caput deste artigo, de forma que as entidades representativas da
comunidade acompanhem e avaliem as políticas e as ações dos órgãos ou empresas
responsáveis pelas prestações dos serviços, sobre este opinando.

Art. 172 É obrigatória a ligação dos esgotos domésticos à rede de esgoto sanitário.

Parágrafo Único - É vedado o lançamento, sem tratamento, de esgotos domésticos,


resíduos sólidos, líquidos e gasosos, nas captações de águas pluviais e mananciais.

Capítulo X
DO DESENVOLVIMENTO URBANO

SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 173 O pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e a garantia do bem-
estar de sua população são os objetivos principais da política de desenvolvimento
urbano a ser executada pelo Município.

§ 1º As funções sociais da cidade compreendem a concepção do espaço urbano como


local destinado à persecução dos objetivos fundamentais da República Federativa do
Brasil, propiciando a igualdade de oportunidades a todos.

§ 2º O Município é responsável pelo cumprimento da função social da cidade, sendo-lhe


exigidas ações públicas que assegurem os direitos da população:

I - à moradia digna;

II - à assistência à saúde;

III - à educação;

IV - à cultura;

V - ao lazer;

VI - ao transporte público;

VII - ao saneamento básico, inclusive limpeza urbana;


VIII - à drenagem das vias de circulação;

IX - à iluminação pública;

X - à preservação, proteção e recuperação do patrimônio ambiental e cultural;

XI - à disponibilidade de:

a) energia elétrica;
b) gás canalizado;

XII - arquitetura e engenharia pública; (Redação acrescida pela Emenda à Lei


Orgânica nº 31/2007)

XIII - meio ambiente saudável. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
33/2007)

Art. 174 O Município exercerá o controle do parcelamento, do uso e da ocupação do


solo através de sistema contínuo de planejamento, observando as legislações federal e
estadual aplicáveis e elaborando as normas apropriadas à sua realidade.

§ 1º A legislação municipal garantirá o acesso adequado ao portador de deficiência aos


bens e serviços coletivos, logradouros e edifícios públicos, bem como a edificações
privadas destinadas ao uso industrial, comercial, de serviços e residencial multi-
familiar.

§ 2º Lei municipal definirá as hipóteses em que o licenciamento urbanístico ficará


condicionado à apresentação de licença ambiental.

§ 3º Nos casos em que o licenciamento urbanístico não fique condicionado à existência


de licença ambiental, o Município avisará aos órgãos ou entidades estaduais e federais
competentes sobre o requerimento recebido, caso a atividade ou empreendimento exija
também licenciamento ambiental.

Art. 175 O Município adotará os procedimentos criminais e cíveis cabíveis contra


aquele que, proprietário ou não de áreas ou glebas urbanas, parcelar a terra, abrir ruas,
alienar lotes, com edificação ou não, sem submeter-se às normas municipais e ao
controle prévio.

Art. 176 Qualquer construção ou atividade de urbanização executada sem autorização


ou licença é sujeita à interdição, embargo ou demolição, nos termos da lei, exceto
quando for devida a regularização urbanística e fundiária.

Art. 177 A prestação de serviços públicos municipais à comunidade de baixa renda


independerá do reconhecimento da regularização urbanística ou fundiária das áreas e de
suas construções.

§ 1º Poderá ser excepcionada a aplicação do caput deste artigo apenas em caso de área
de risco, reconhecida por laudo pericial, ou submetida a regime jurídico que antes da
ocupação já impedisse, em caráter absoluto, a ocupação para fins residenciais.

§ 2º As condições de execução do serviço deverão ser adequadas às especificidades das


ocupações.
SEÇÃO II
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Art. 178 O Município garantirá formas de participação popular na discussão para


elaboração do projeto de lei que disponha sobre:

I - Plano Diretor;

II - uso e ocupação do solo;

III - parcelamento do solo;

IV - planos de desenvolvimento regional;

V - implementação de instrumentos que flexibilizem os parâmetros urbanísticos ou que


tenham maior influência sobre a vida dos habitantes, tais como:

a) zonas especiais de interesse social ou similares;


b) outorga onerosa do direito de construir;
c) transferência do direito de construir;
d) operações urbanas consorciadas;
e) estudo de impacto de vizinhança;
f) parcelamento, edificação ou utilização compulsórios e IPTU progressivo;

§ 1º O disposto no caput deste artigo aplica-se inclusive aos projetos de lei oriundos de
iniciativa popular.

§ 2º Entende-se como formas de participação popular a realização de debates,


audiências, consultas públicas e eventos congêneres, que deverão ser precedidas,
sempre que possível, por conferências sobre os assuntos contidos no projeto de lei.

§ 3º O Município poderá recorrer também ao plebiscito ou ao referendo como modo de


assegurar a participação popular.

§ 4º A apresentação do projeto de lei previsto no caput deste artigo conterá documentos


comprobatórios de suas discussões com os segmentos da sociedade.

Art. 179 Nos termos da lei municipal, será assegurada a possibilidade de participação
popular na elaboração dos projetos de grandes empreendimentos urbanísticos de
iniciativa pública ou na aprovação dos mesmos quando realizados pela iniciativa
privada.

Parágrafo Único - O disposto no caput deste artigo aplica-se, inclusive, a projetos de


implantação de infraestrutura urbana, através de equipamentos urbanos e comunitários.

SEÇÃO III
DO PLANO DIRETOR

Art. 180 O Plano Diretor é o instrumento básico da política de desenvolvimento urbano


e deverá privilegiar as condições econômicas, financeiras, sociais, culturais e
administrativas do Município.

§ 1º O Plano Diretor será instituído através de lei complementar e deverá conter, no


mínimo:

I - objetivos estratégicos, fixados com vistas à solução dos principais entraves ao


desenvolvimento social;

II - diretrizes econômicas, financeiras, administrativas, sociais, de uso e ocupação do


solo, de preservação do patrimônio ambiental e cultural, visando a atingir os objetivos
estratégicos e as respectivas metas;

III - ordem de prioridades, abrangendo objetivos e diretrizes;

IV - indicação dos instrumentos a serem utilizados na política de desenvolvimento


urbano, observando as exigências contidas na legislação federal e estadual;

V - sistema de planejamento e informações, objetivando a monitoração, a avaliação e o


controle das ações e diretrizes setoriais

§ 2º Os orçamentos anuais, as diretrizes orçamentárias e o plano plurianual serão


compatibilizados com as prioridades e metas estabelecidas no Plano Diretor.

§ 3º O disposto no § 2º deste artigo não exime a elaboração do Plano Diretor ou de


qualquer outra lei urbanística do dever de apresentar, quando for o caso, a estimativa de
impacto orçamentário financeiro nos termos da legislação federal sobre gestão fiscal.

Art. 181 A função social da propriedade urbana será definida em face de sua adequação
ao Plano Diretor e às demais normas relacionadas ao desenvolvimento urbano.

Art. 182 O Plano Diretor indicará os critérios para as distintas classificações das áreas
urbanas e rurais, conforme os interesses urbanísticos existentes.

Parágrafo Único - A implantação de equipamentos urbanos ou comunitários será


priorizada em áreas ocupadas por população de baixa renda.

Art. 183 Sem prejuízo de outras alterações que ocorram na sua vigência, o Plano Diretor
deverá ser revisto, no máximo, a cada 10 (dez) anos.

Capítulo XI
DA POLÍTICA RURAL

Art. 184 A política de desenvolvimento rural, estabelecida em conformidade com as


diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo orientar e direcionar a ação do poder
público municipal no planejamento e na execução das atividades de apoio à produção,
comercialização, armazenamento, agroindustrialização, transporte e abastecimento de
insumos e produtos.

Art. 185 O Município criará serviços e programas inclusive através de convênios com
entidades públicas e privadas, objetivando:

I - aumentar a produção e produtividade agrícola;


II - assegurar o abastecimento alimentar;

III - gerar empregos;

IV - melhorar as condições da infraestrutura econômica e social;

V - preservar o meio ambiente;

VI - elevar o bem-estar da população rural.

Art. 186 O Município, com recursos próprios ou em regime de co-participação com a


União e o Estado, dotará o meio rural de serviços públicos básicos nas áreas de:

I - saúde;

II - educação;

III - saneamento básico;

IV - habitação;

V - transporte;

VI - fornecimento de energia elétrica;

VII - comunicação;

VIII - prevenção da segurança pública;

IX - lazer;

X - assistência técnica e extensão rural. (Redação acrescida pela Emenda à Lei


Orgânica nº 30/2007)

XI - controle e inspeção dos produtos de origem agropecuária, seus derivados e


resíduos de valor econômico. (Redação acrescida pela Emenda à Lei Orgânica nº
40/2013)

Art. 187 É dever do Município apoiar e estimular:

I - o acesso dos produtores ao crédito e seguro rural;

II - a implantação de estruturas que facilitem a armazenagem, a comercialização e a


agroindústria, bem como o artesanato rural;

III - as cooperativas de produtores e outras formas de associativismo e organização


rural;

IV - a capacitação de mão-de-obra rural e preservação dos recursos naturais;

V - práticas de conservação do solo;

VI - a construção de unidades de armazenamento comunitário e de redes de apoio ao


abastecimento municipal;

VII - o escoamento da produção, sobretudo para o abastecimento alimentar;

VIII - a realização de exposições e outros eventos destinados a difundir tecnologias e


estimular os produtores rurais.

Art. 188 O Município deverá elaborar e implementar o Plano Municipal de


Desenvolvimento Rural, garantindo na sua elaboração e implementação a participação
popular.

Parágrafo Único - O plano deverá conter no mínimo:

I - objetivos e metas;

II - fixação de instrumentos a serem utilizados de modo coordenado;

III - criação de sistemas de controle de resultados graduais e finais das ações


implementadas.

Capítulo XII
DO TRANSPORTE PÚBLICO

Art. 189 Compete ao Município organizar e executar o serviço público de transporte


intramunicipal de passageiros.

§ 1º Os serviços a que se refere o caput deste artigo incluem o transporte escolar para a
rede municipal de ensino.

§ 2º Quando for conveniente à administração pública, os serviços de transporte público


serão prestados sem exclusividade sob regime de concessão ou permissão, nos termos
da legislação aplicável.

§ 3º É dever do Município proporcionar transporte coletivo a todos os cidadãos,


inclusive os da zona rural.

§ 4º É obrigatória à manutenção de linhas noturnas de transporte coletivo que, ao menos


em regime de sistema, atendam toda a área urbana do Município.

§ 5º É assegurado aos estudantes, na forma da lei, a meia-passagem, no transporte


coletivo urbano e rural.

§ 6º É assegurado, sem reajuste, na forma da lei, o vale-transporte e a meia-passagem


em posse dos usuários, após o aumento da tarifa.

Art. 190 As diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública nas atividades


setoriais de transporte coletivo serão estabelecidas em lei que instituir o plano
plurianual, de forma compatível com a política de desenvolvimento urbano, definida no
Plano Diretor.

Parágrafo Único - Os planos de transporte devem priorizar o atendimento à população


de baixa renda.
Capítulo XIII
DA HABITAÇÃO

Art. 191 Compete ao Administração Pública formular e executar política habitacional,


visando à ampliação da oferta de moradia destinada prioritariamente à população de
baixa renda, bem como a melhoria das condições habitacionais.

§ 1º Para os fins deste artigo, a Administração Pública atuará:

I - na oferta de habitações e de lotes urbanizados integrados à malha urbana existente;

II - na implantação de programas para a redução do custo de materiais de construção;

III - no desenvolvimento de técnicas para barateamento final da construção;

IV - no incentivo às cooperativas habitacionais;

V - na regularização fundiária e urbanização específica de ocupações ilegais, prestando,


inclusive, assessoria à população em matéria de usucapião urbana e de concessão de uso
especial para fins de moradia;

VI - em conjunto com os municípios da região metropolitana, visando ao


estabelecimento de estratégias comuns de atendimento da demanda regional de
habitação, bem como na viabilização de formas consorciadas de investimento no setor.

§ 2º A lei orçamentária anual destinará ao Fundo de Habitação Popular recursos


necessários à implantação da política habitacional.

§ 3º O Município reconhecerá a concessão de uso especial para fins de moradia nos


termos da legislação federal, podendo editar lei própria mais benéfica aos ocupantes de
imóvel público municipal, inclusive com adoção de outros instrumentos de
regularização fundiária.

§ 4º O Município realizará um mapeamento e manterá cadastro atualizado de habitação


em área de risco, efetuando trabalho permanente de preservação e relocação da
população.

§ 5º Na desapropriação da área habitacional, decorrente de obra pública, ou na


desocupação de áreas de risco, a Administração Pública deverá discutir com a
população os meios promover o reassentamento.

Art. 192 Na implantação de conjunto habitacional, incentivar-se-á a integração de


atividades econômicas que promovam a geração de empregos para a população
residente.

Parágrafo Único - Na implantação de conjuntos habitacionais, com número mínimo a


ser especificado em lei, é obrigatória a apresentação de relatório de impacto ambiental e
econômico- social, assegurada à discussão em audiência pública.

Capítulo XIV
DO ABASTECIMENTO
Art. 193 O Município, nos limites de sua competência e em cooperação com a União e
o Estado, atuará com vistas a melhorar as condições de acesso a alimentos pela
população, especialmente a de baixo poder aquisitivo.

Parágrafo Único - Para assegurar a efetividade do disposto no caput, cabe ao Município,


entre outras medidas:

I - planejar e executar os programas de abastecimento alimentar, de forma integrada


com os programas especiais de níveis federal, estadual e intermunicipal;

II - dimensionar a demanda, em quantidade de valor de alimentos básicos consumidos


pelas famílias de baixa renda;

III - incentivar a melhoria do sistema de distribuição varejista, em áreas de concentração


de consumidores de menor renda;

IV - articular-se com órgãos e entidades executores da política agrícola nacional e


regional, com vistas à distribuição de estoques governamentais, prioritariamente, aos
programas de abastecimento popular;

V - implantar e ampliar os equipamentos de mercado atacadista e varejista, como


galpões comunitários, feiras cobertas e feiras-livres, garantindo o acesso a eles de
produtores e de varejistas por intermédio de suas entidades associadas;

VI - criar central municipal de compras comunitárias, visando estabelecer relação direta


entre as entidades associativas dos produtores e dos consumidores;

VII - estimular a criação de cooperativas de consumo, organizadas e administradas por


entidades sindicais e populares.

VIII - controlar e incentivar a produção de bens de consumo popular, mediante


assistência técnica e incentivos financeiros aos produtores, com a fiscalização das
entidades previstas no inciso anterior.

Capítulo XV
DO TURISMO

Art. 194 O Município, colaborando com os segmentos do setor, apoiará e incentivará o


turismo como atividade econômica, reconhecendo-o como forma de promoção e
desenvolvimento social e cultural.

Art. 195 Cabe ao Município, obedecida à legislação federal e estadual, definir a política
municipal de turismo e as diretrizes e ações, devendo:

I - adotar, por meio de lei, plano integrado e permanente de desenvolvimento do turismo


em seu território;

II - desenvolver efetiva infraestrutura turística;

III - estimular e apoiar:


a) a produção artesanal local;
b) as feiras e exposições;
c) os eventos turísticos;
d) implementar medidas de fomento ao eco-turismo; (Redação acrescida pela
Emenda à Lei Orgânica nº 34/2007)

IV - realizar programas de orientação e divulgação de projetos municipais, bem como


elaborar o calendário de eventos;

V - regulamentar o uso, ocupação e fruição de bens naturais e culturais de interesse


turístico, protegendo o patrimônio ecológico e histórico-cultural e incentivando o
turismo social;

VI - promover a conscientização do público para preservação e difusão dos recursos


naturais e do turismo como atividade econômica e fator de desenvolvimento;

VII - incentivar a formação de pessoal especializado para atendimento das atividades


turísticas.

Parágrafo Único - Na micareta e em outras datas e eventos festivos, será, nos termos da
lei, autorizado o uso do maior número possível de praças, avenidas e ruas para que a
população livremente se manifeste.

TÍTULO VII
DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 196 Lei municipal disciplinará a participação do Município na gestão associada de


serviços públicos e destinação de recursos para tal finalidade.

Art. 2º A elaboração do projeto de lei que institui o plano plurianual será feita de modo
a suprir a eventual ausência das políticas urbanísticas e setoriais exigidas nesta Lei
Orgânica, assegurando-se a prática de planejamento no Município.

§ 1º Na hipótese prevista no caput deste artigo, o plano plurianual deverá apresentar


pelo menos:

I - objetivos e metas dos programas de governo de duração continuada;

II - coordenação do uso dos instrumentos existentes, objetivando as ações de governo


passíveis de planejamento;

III - formas de acompanhamento dos resultados das ações de governo passíveis de


planejamento.

§ 2º Em casos excepcionais, o Prefeito Municipal deverá justificar a impossibilidade de


cumprir o disposto no caput e § 1º deste artigo, cabendo à Câmara Municipal deliberar
sobre o projeto apresentado, sem prejuízo da possibilidade de emendá-lo.

Art. 3º A participação popular na elaboração da lei orçamentária anual deverá ser


observada, no máximo, a partir da elaboração do projeto de lei relativo ao exercício de
2005, sob pena de irregularidade da proposta.

Art. 4º O Plano Diretor e as leis urbanísticas do Município deverão ser revistas e


adequadas às regras da Constituição Federal, desta Lei Orgânica e da legislação federal
até 180 (cento e oitenta) dias após o início da vigência desta Emenda.

Parágrafo Único - A revisão de que trata o caput deste artigo, não exclui a revisão
decenal do Plano Diretor.

Art. 5º O Presidente da Câmara Municipal deverá iniciar o processo de adequação do


Regimento Interno da Câmara Municipal a esta Lei Orgânica até 90 (noventa) dias após
o início da vigência desta Emenda.

Art. 6º Ficam convalidados, até a entrada em vigor desta Emenda, os atos praticados,
mantidos os direitos adquiridos, com base nos artigos 1º a 27 das Disposições
Transitórias, e revogadas as Emendas nº 22, de 20 de novembro de 2000, nº 23, 05 de
setembro de 2001, nº 24, de 17 de dezembro de 2001, e nº 25, de 02 de abril de 2002.

Art. 7º Esta Emenda entra em vigor 30 (trinta) dias após a data da sua publicação.

RESOLUÇÃO Nº 393/2002.
(Resolução consolidad

DISPÕE SOBRE O REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL DE


FEIRA DE SANTANA.

A Câmara Municipal de Feira de Santana, Estado da Bahia, na conformidade do artigo


70, inciso VII, da Lei Municipal nº 37, de 05 de abril de 1990, e artigos 72, inciso III e,
138 § 2º, do Regimento Interno, promulga a seguinte Resolução:

TÍTULO I
DA CÂMARA MUNICIPAL

Capítulo I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Art. 1º A Câmara Municipal de Feira de Santana tem sua sede no prédio localizado na
Rua Visconde do Rio Branco n.º 122, Centro desta Cidade de Feira de Santana, do
Estado da Bahia.

§ 1º. Havendo motivo relevante ou de força maior, a Câmara poderá, por deliberação da
Mesa Diretora e mediante aprovação da maioria de votos dos seus Vereadores, reunir-se
em outra localidade. (Parágrafo Único transformado em § 1º pela Resolução nº
494/2014)
§ 2° Por aprovação do Plenário as Comissões Permanentes poderão realizar
Audiências Públicas em outras localidades. (Redação acrescida pela Resolução nº
494/2014)

Art. 2º No recinto de reuniões do Plenário não poderão ser afixados quaisquer símbolos,
quadros, faixas, cartazes ou fotografias que impliquem propaganda político partidária,
ideológica, religiosa ou promoção pessoal de quem quer que seja.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à colocação de brasão ou bandeira
do país, do Estado ou do Município, na forma da legislação aplicável, e obra artística de
autor consagrado.

Art. 3º Na sede da Câmara Municipal não se realizarão atos estranhos às suas funções.

Capítulo II
DA INSTALAÇÃO DA LEGISLATURA E DA POSSE DOS ELEITOS

Seção I
Da Instalação da Legislatura

Art. 4º A Câmara Municipal instalar-se à, em sessão solene, às 15 horas, do dia 1°


de janeiro, independente do número de vereadores presentes, para dar posse aos
vereadores eleitos, ao Prefeito e ao Vice-prefeito. (Redação dada pela Resolução nº
494/2014)
§ 1º A sessão será presidida por Vereador que tenha mais recentemente exercido cargo
na Mesa, ou inexistindo tal hipótese, pelo Vereador mais idoso entre os presentes.

§ 2º Aberta a sessão, o Presidente convidará um dos seus pares, de partido diferente,


para assumir o cargo de Secretário ad hoc.

Seção II
Da Posse dos Eleitos

Art. 5º O Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, entregarão os respectivos diplomas


e declaração de bens ao Secretário ad hoc e tomarão posse na sessão de instalação da
legislatura, perante o Presidente da Câmara, em exercício, o que será levado a termo, em
livro próprio, pelo Secretário ad hoc, declarando os presentes à sessão.

§ 1º O Presidente da Câmara, após convidar os Vereadores e os presentes a que se


ponham de pé, prestará o seguinte compromisso: Prometo exercer com dignidade e
dedicação o mandato popular que me foi confiado, observando as Constituições Federal
e Estadual e a Lei Orgânica Municipal, bem como as leis nacionais e municipais,
trabalhando para o engrandecimento e bem geral do povo.

§ 2º Prestado o compromisso pelo Presidente o Secretário ad hoc procederá a chamada


nominal dos demais Vereadores, em ordem alfabética, os quais, um a um, igualmente
pronunciarão: Assim o prometo.

§ 3º O Presidente declarará empossados os Vereadores que proferiram o compromisso.

§ 4º O Vereador que não tomar posse na sessão prevista neste artigo, deverá fazê-lo no
prazo de 15 (quinze) dias, salvo motivo justo aceito pela Câmara, prestando
compromisso individualmente.

§ 5º O compromisso mencionado no § 1º será igualmente prestado em sessão posterior,


junto à Presidência pelos Vereadores que não o tiverem feito na ocasião própria, assim
como pelos suplentes convocados na forma deste Regimento Interno, os quais serão
conduzidos ao recinto do Plenário por uma Comissão de 02 (dois) Vereadores, quando
apresentarão os diplomas à Mesa Diretora.

§ 6º Findo o prazo previsto no § 4º, não tendo o Vereador faltoso à sessão de instalação
e posse justificado a sua ausência deverá a Mesa Diretora oficiar a Justiça Eleitoral para
a posse de seu suplente.

§ 7º Uma vez compromissado, fica o Suplente de Vereador dispensado de fazê-lo


novamente em posteriores convocações.

§ 8º No ato da posse os Vereadores deverão desincompatibilizar-se sem prejuízo da


observância da exigência prevista no caput deste artigo, procedendo-se ao resumo em
ata e divulgação para conhecimento público.

§ 9º O Vereador que se encontrar em situação incompatível com o exercício do mandato


não poderá empossar-se sem prévia comprovação da desincompatibilização, o que dar-
se-á impreterivelmente, no prazo do § 4º deste artigo.

§ 10 Aplica-se o disposto no art. 83, § § 1º a 3º da Lei Orgânica de Feira de Santana ao


Prefeito e Vice- Prefeito, que não tomarem posse na sessão prevista no caput deste
artigo.

Art. 6º Após a posse dos Vereadores, o Prefeito, e, ato contínuo, o Vice-Prefeito


prestarão compromisso, nos seguintes termos: Prometo manter, defender e cumprir as
Constituições da República e do Estado, e a Lei Orgânica do Município, observar as
leis, promover o bem geral do povo feirense e exercer o meu cargo sob a inspiração do
interesse público, da legalidade e da honra.

§ 1º O Presidente declarará empossados o Prefeito e o Vice-Prefeito, que proferiram o


compromisso.

§ 2º Após as posses, farão uso da palavra um Vereador designado pelo Presidente e


o Prefeito. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

§ 3º Terminados os pronunciamentos, passar-se-á à eleição da Mesa Diretora.

TÍTULO II
DOS ÓRGÃOS DA CÂMARA
Capítulo I
DA MESA DIRETORA DA CÂMARA

Seção I
Da Composição da Mesa

Art. 7º A Mesa Diretora da Câmara compor-se-á do Presidente, do Primeiro,


Segundo e Terceiro VicePresidente e do Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários,
com mandatos de 2 (dois) anos podendo ser reconduzidos para os mesmos cargos
na eleição subsequente para mais um mandato. (Redação dada pela Resolução nº
507/2017)

§ 1º O Presidente da Sessão Plenária não deixará a Presidência sem passá-la a um


substituto.

§ 2º Na ausência ou impedimento de qualquer dos membros da Mesa, serão substituídos


obrigatória e imediatamente.

§ 3º O Presidente poderá convidar um dos Vereadores, desde que não seja do mesmo
partido, para fazer às vezes de Secretário ad hoc, na falta eventual dos titulares.

§ 4º Se, a hora regimental, não estiver presente o Presidente, abrirá os trabalhos o


Primeiro e Segundo Vice-Presidentes, respectivamente, ou, na falta destes, o
Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários, na sequência, ou ainda, casos estes não
estejam presentes, o Vereador mais votado nas eleições municipais. (Redação dada
pela Resolução nº 453/2008)

§ 5º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quanto possível, a representação


proporcional dos partidos ou blocos componentes da Câmara.

Art. 8º Os membros da Mesa Diretora poderão fazer parte das comissões


permanentes, executando-se o Presidente da Mesa, 1º Vice Presidente e o Primeiro
Secretário. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

Parágrafo único. A Mesa Diretora poderá ter representantes em comissão especial e em


comissão de representação.

Seção II
Da Eleição da Mesa

Art. 9º Reaberta a sessão de instalação prevista no art. 4º deste Regimento Interno,


os Vereadores, elegerão os componentes da Mesa Diretora, por voto aberto,
presente a maioria absoluta dos membros da Câmara sob a presidência: (Redação
dada pela Resolução nº 494/2014)

I - do Vereador que mais recentemente tenha exercido cargo na Mesa ou, na hipótese de
inexistir tal situação;

II - do Vereador mais idoso, presente à sessão.

§ 1º Na hipótese de não haver número suficiente para eleição da Mesa, o Presidente em


exercício permanecerá na Presidência e convocará sessões ordinárias continuamente, até
que seja atingido o quorum para realização da eleição.

§ 2º A eleição para renovação da Mesa (segundo biênio) será no dia 15 de


dezembro ou na última sessão que antecede o recesso. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)

§ 3º A posse dos membros da Mesa para o segundo biênio da legislatura, que trata
o § anterior, dar-se-á no primeiro dia útil do ano subsequente às 08:30h. (Redação
dada pela Resolução nº 494/2014)

Art. 10 A eleição da Mesa Diretora far-se-á por escrutínio aberto, mediante


maioria absoluta de votos, assegurada a participação dos candidatos, observadas
as seguintes formalidades e procedimentos: (Redação dada pela Resolução nº
494/2014)

I - as chapas serão inscritas até momentos antes da eleição e podem ser compostas por
qualquer Vereador, ainda que este tenha participado da Mesa da legislatura anterior;

II - a inscrição referida no inciso anterior deve ser acompanhada da declaração de


consentimento dos seus respectivos integrantes, não podendo um mesmo Vereador
integrar mais de uma chapa;

III - as cédulas oficiais, impressas ou datilografadas serão rubricadas pelo Presidente


temporário e Secretário ad hoc e conterão as chapas com os nomes dos concorrentes e
respectiva indicação dos cargos da Mesa;

IV - a votação será realizada num só ato para todos os cargos, procedendo-se pela
chamada, em ordem alfabética, dos nomes dos Vereadores, os quais depositarão as
cédulas nas mesmas.

§ 1º Em caso de empate, far-se-á nova eleição, observada as formalidades e


procedimentos do artigo anterior, e, não havendo desempate, o Vereador mais
idoso será empossado. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

§ 2° Definidas as chapas que concorrerão ao pleito, a votação se dará em circuito


eletrônico (painel). Na impossibilidade desta hipótese, cada vereador receberá uma
cédula identificada com seu nome, constando as chapas concorrentes para que
possa manifestar o seu voto. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

Art. 11 Os Líderes da Câmara e os representantes de agremiações partidárias que se


encontrem na Câmara podem assistir à apuração, feita pelo Secretário ad hoc.

Art. 12 Finda a apuração e proclamado o resultado, o Presidente em exercício


empossará os eleitos, mediante termo lavrado em ata.
Parágrafo único. Os Vereadores empossados entrarão imediatamente em exercício.

Seção III
Da Vacância da Mesa

Art. 13 Considerar-se-á vago qualquer cargo da Mesa:

I - pela morte;

II - ao fim do mandato da Mesa Diretora;

III - pela renúncia apresentada por escrito;

IV - licenciar-se o membro da Mesa do mandato de Vereador por prazo superior a 120


(cento e vinte) dias na sessão legislativa;

V (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)

§ 1º Vagando qualquer cargo da Mesa, será realizada eleição, nos termos dos
artigos 9 e 10 deste Regimento Interno, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, após
declaração de vacância pelo Presidente, em Plenário. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)

§ 2º Enquanto não se realizar a eleição de que trata o parágrafo anterior, os substitutos


legais permanecerão no pleno exercício de suas funções.

Seção IV
Da Renúncia e Destituição da Mesa

Art. 14 A renúncia do Vereador ao cargo que ocupa na Mesa, dar-se-á por pedido a ela
dirigido e se efetivará independentemente de deliberação do Plenário, a partir do
momento em que for lido em sessão.

Parágrafo único. Na renúncia coletiva da Mesa, o pedido respectivo será levado ao


conhecimento do Plenário pelo Vereador mais idoso, e este exercerá as funções de
Presidente.

Art. 15 Os membros da Mesa, em conjunto ou isoladamente, poderão ser destituídos de


seus cargos, mediante Resolução aprovada por 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara, assegurado o devido processo legal.

Parágrafo único. A destituição do membro da Mesa dar-se-á quando comprovadamente


desidioso, omisso ou ineficiente no desempenho de suas atribuições regimentais, tenha
se prevalecido do cargo para fins ilícitos, ou exorbitado das atribuições a ele conferidas
por este Regimento Interno.
Art. 16 O processo de destituição terá início por representação subscrita pela maioria
absoluta dos membros da Câmara e lida em Plenário pelo seu autor, em qualquer fase da
Sessão, com ampla e circunstanciada fundamentação sobre as irregularidades
imputadas.

§ 1º Oferecida a representação, nos termos deste artigo, serão sorteados 3 (três)


Vereadores, entre os desimpedidos, para comporem a Comissão de Investigação e
Processamento, que se reunirá nas 48 (quarenta e oito) horas seguintes, sob a
presidência do mais idoso, a fim de apurar as irregularidades.

§ 2º Da comissão não poderão fazer parte o denunciante ou denunciado.

§ 3º Instalada a Comissão, o acusado será intimado, dentro de 3 (três) dias, abrindo-se-


lhe prazo de 10 (dez) dias para apresentar defesa escrita podendo, em caso de força
maior, ser representado por outro membro da Câmara indicado pela Comissão, que o
fará em 3 (três) dias.

§ 4º Findos os prazos do parágrafo anterior, a Comissão, de posse ou não da defesa


prévia, procederá às diligências que entender necessárias, emitindo, ao final, seu
parecer.

§ 5º O acusado ou os acusados poderão acompanhar todos os atos e diligências


necessárias da Comissão.

§ 6º A Comissão terá o prazo de 30 (trinta) dias para emitir e dar à publicação o parecer
a que alude o § 4º deste artigo, devendo concluir pela improcedência das acusações, se
julgá-las infundadas ou, em caso contrário, por projeto de resolução, propor a
destituição do acusado ou dos acusados.

Art. 17 O parecer da Comissão será apreciado, em discussão e votação únicas, na fase


da Ordem do Dia da primeira Sessão Ordinária subsequente à respectiva publicação.

§ 1º Se, por qualquer motivo, não se concluir, na fase da Ordem do Dia da primeira
Sessão Ordinária, a apreciação do parecer, as Sessões Ordinárias subseqüentes, ou as
Reuniões Extraordinárias para este fim convocadas, serão integral e exclusivamente
destinadas ao prosseguimento do exame dessa matéria, até sua definitiva deliberação
pelo Plenário.

§ 2º A votação do parecer far-se-á mediante voto nominal e aberto, em cédula


impressa ou circuito eletrônico. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

§ 3º A votação deverá ser efetuada em circuito eletrônico (painel). Na


impossibilidade desta hipótese cada vereador receberá cédulas identificadas com
seu nome contendo as opções " sim" e " não" para que possam manifestar o voto.
(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

Art. 18 O parecer da Comissão que concluir pela improcedência das acusações será
votado, por maioria simples, procedendo-se:

I - ao arquivamento do processo, se aprovado o parecer;


II - à remessa do processo para Comissão de Constituição, Justiça e Redação, se
rejeitado.

§ 1º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso II, deste artigo, a Comissão de


Constituição, Justiça e Redação elaborará, em 3 (três) dias contados da deliberação do
Plenário, parecer que conclua por projeto de resolução, propondo, ou não, a destituição
do acusado ou acusados.

§ 2º O projeto de resolução mencionado no parágrafo anterior será apreciado na forma


prevista neste artigo exigindo-se, para sua aprovação, o voto favorável de, no mínimo,
2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal.

§ 3º. Aprovado o projeto de resolução destituindo o acusado ou acusados, o fiel


translado dos autos será remetido ao Ministério Público, quando cabível.

Art. 19 Sem prejuízo do afastamento do Vereador, que se dará imediatamente, a


resolução respectiva será promulgada e enviada à publicação, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas da deliberação do Plenário:

I - pelo Presidente da Câmara, se a destituição não houver atingido todos os membros


da Mesa Diretora;

II -pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, se a destituição for de todos


membros da Mesa ou quando o Presidente da Câmara não o fizer dentro do prazo
estabelecido.

Art. 20 O membro da Mesa envolvido nas acusações não poderá presidir nem secretariar
os trabalhos enquanto estiver sendo apreciado o parecer ou o projeto de resolução
respectivo, estando igualmente impedido de participar de sua votação.

§ 1º O denunciante e o denunciado são impedidos de votar sobre a denúncia.

§ 2º Terão preferência, na ordem de inscrição, respectivamente, o relator do parecer e o


acusado ou acusados.

§ 3º Para discutir o parecer ou o projeto de resolução da Comissão de Investigação e


Processante ou da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, conforme o caso, cada
Vereador disporá de 15 (quinze) minutos, exceto o relator e o acusado ou os acusados,
que poderão falar por 60 (sessenta) minutos, sendo vedada a cessão de tempo.

Seção V
Das Atribuições da Mesa

Art. 21 À Mesa Diretora incumbe a direção dos trabalhos legislativos e administrativos


da Câmara.

§ 1º A Mesa se reunirá ordinariamente uma vez por mês, em dias e horários pré-
fixados, e extraordinariamente quando convocada pela maioria de seus membros ou
pelo seu Presidente.

§ 2º As decisões da Mesa serão tomadas pela maioria de seus membros e lavradas em


livro próprio.

§ 3º Qualquer ato da Mesa decorrente do exercício de suas atribuições, poderá ser


reapreciado por solicitação de Vereador, a quem a Mesa justificará por escrito a
manutenção ou revogação.

Art. 22 Compete, privativamente, à Mesa Diretora, além de outras atribuições


estabelecidas neste Regimento Interno ou resolução, notadamente:

I - propor representação de inconstitucionalidade, por iniciativa própria ou requerimento


de Vereador ou Comissão, de lei ou ato administrativo municipal em face da
Constituição Estadual, junto ao Tribunal do Estado da Bahia;

II - adotar as providências cabíveis, por solicitação do interessado, para defesa judicial


de Vereador contra ameaça ou a prática de ato atentatório ao livre exercício e
prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar;

III - apreciar os pedidos escritos de informações ao Poder Executivo Municipal;

IV - tomar, sob a orientação do Presidente, as providências necessárias à regularidade


dos trabalhos legislativos;

V - propor alteração, reforma ou substituição do Regimento Interno da Câmara


Municipal;

VI - proceder à redação final das resoluções e decretos legislativos;

VII - assinar, por todos os membros, as resoluções e decretos legislativos;

VIII - autografar os projetos de leis aprovados, para a sua remessa ao Executivo;

IX - determinar, no início da legislatura, o arquivamento das proposições não apreciadas


na legislatura anterior;

X - dispor sobre a mudança temporária da sede da Câmara, mediante aprovação da


maioria dos membros da Câmara Municipal;

XI - conferir aos seus membros atribuições ou encargos referentes aos serviços


administrativos da Casa;

XII - firmar, através da assinatura de todos membros da Mesa, pela Câmara Municipal,
contratos de qualquer natureza com terceiros;

XIII - propor ao Plenário projetos de resoluções, que criem, transformem e extingam


cargos, empregos ou funções da Câmara Municipal, bem como as leis que fixem as
correspondentes remunerações;
XIV - prover a polícia interna da Câmara;

XV - administrar bens móveis, imóveis do Município cedidos a Câmara, para utilização


em seus serviços;

XVI - permitir que sejam transmitidos, fotografados, filmados ou televisionados os


trabalhos da Câmara Municipal no Plenário ou nas comissões, sem ônus para os cofres
públicos;

XVII - elaborar e encaminhar ao Prefeito, até o dia 15 de agosto após a aprovação pelo
Plenário, a proposta parcial do orçamento da Câmara, para ser incluída na proposta
geral do Município, prevalecendo, na hipótese da não aprovação pelo Plenário, a
proposta elaborada pela Mesa;

XVIII - propor as leis que fixem ou atualizem os subsídios do Prefeito, Vice- Prefeito,
Secretários Municipais e Vereadores;

XIX - propor decretos legislativos e resoluções concessivos de licenças e afastamento


ao Prefeito, Vice- Prefeito e Vereadores;

XX - enviar ao Prefeito, até o primeiro dia de março, as contas do exercício anterior;

XXI - remeter ao Poder Executivo Municipal as solicitações de créditos adicionais


necessários ao funcionamento da Câmara e seus serviços;

XXII - organizar cronograma de desembolso das dotações da Câmara;

XXIII - enviar ao Prefeito até o dia 20 de cada mês, para fins de incorporação aos
balancetes do Município, os balancetes de sua execução orçamentária relativa ao mês
anterior;

XXIV - dar conhecimento a Câmara Municipal, na última Sessão Ordinária de cada ano,
da resenha dos trabalhos realizados durante a Sessão Legislativa;

XXV - declarar extintos os mandatos do Prefeito, Vice- Prefeito e de Vereadores, nos


casos previstos em lei, em decorrência de decisão judicial ou em face de deliberação do
Plenário;

XXVI - expedir decreto legislativo de perda de mandato;

Parágrafo único. O Presidente poderá decidir sobre qualquer assunto de competência da


Mesa, desde que previamente autorizado por esta, quando a matéria seja relevante e
demande urgência.

Art. 23 A Mesa reunir-se-á, independentemente do Plenário, para apreciação prévia de


assuntos que serão objeto de deliberação da Câmara que, por sua especial relevância,
demandem intenso acompanhamento e fiscalização do Legislativo.

Seção VI
Das Atribuições Específicas dos Membros da Mesa
Subseção I
Da Presidência

Art. 24 A Presidência da Mesa Diretora é exercida pelo Presidente.

Art. 25 Compete ao Presidente:

I - representar a Câmara Municipal, em juízo ou fora dele, quando ela houver de se


pronunciar coletivamente, atendendo, inclusive, às requisições judiciais;

II - representar a Câmara junto ao Prefeito, às autoridades federais, estaduais e distritais


e perante as entidades privadas em geral;

III - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara;

IV - interpretar e fazer cumprir este Regimento Interno;

V - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, bem como as leis que recebam


sanção tácita e as cujo veto tenha sido rejeitado pelo Plenário e não tenham sido
promulgadas pelo Prefeito Municipal;

VI - fazer publicar os atos da Mesa, bem como as resoluções, os decretos legislativos e


as leis por ele promulgadas;

VII - convocar reuniões e sessões extraordinárias, nos termos da Lei Orgânica e deste
Regimento Interno;

VIII - autorizar a despesa da Câmara Municipal e o seu pagamento, dentro dos limites
do orçamento e observadas as disposições legais;

IX - exercer, em substituição, a chefia do Executivo Municipal, nos casos previstos na


Lei Orgânica Municipal;

X - designar comissões especiais nos termos deste Regimento Interno, observadas as


indicações das Lideranças da Câmara;

XI - autorizar que sejam prestadas informações por escrito e expedidas certidões, nos
prazos de 48 horas e 15 (quinze) dias, respectivamente, requeridas para a defesa de
direitos e esclarecimentos de situações de interesse pessoal ou coletivo, como previsto
na Constituição Federal;

XII - encaminhar requerimentos de informações aos destinatários, no prazo máximo de


5 (cinco) dias;

XIII - responder aos requerimentos enviados à Mesa Diretora pelos Vereadores, no


prazo máximo de 10 (dez) dias, prorrogável somente uma vez pelo mesmo período;

XIV - despachar os requerimentos de audiências públicas com entidades civis ou


filantrópicas sem fins lucrativos;
XV - administrar os serviços da Câmara Municipal, fazendo lavrar os atos pertinentes a
sua gestão;

XVI - credenciar profissional de imprensa, rádio e televisão, para o acompanhamento


dos trabalhos legislativos;

XVII - fazer expedir convites para as sessões solenes da Câmara Municipal às pessoas
que, por qualquer título mereçam a honraria;

XVIII - requisitar força policial, quando necessária à preservação da regularidade de


funcionamento da Câmara;

XIX - empossar os Vereadores retardatários e suplentes e declarar empossados o


Prefeito e o Vice- Prefeito, após a investidura dos mesmos nos respectivos cargos
perante o Plenário;

XX - declarar destituído os membros da Mesa ou de Comissão Permanente ;

XXI - designar os membros das Comissões Especiais e os seus substitutos e preencher


vagas nas Comissões Permanentes.

XXII - convocar os membros da Mesa, para as reuniões previstas no art. 23 deste


Regimento Interno.

XXIII - justificar a ausência do Vereador às Sessões e às reuniões das comissões


permanentes, quando motivada pelo desempenho de suas funções em comissão especial,
externa ou parlamentar de inquérito, e em caso de doença, nojo ou gala, mediante
requerimento do interessado;

XXIV - executar as deliberações do Plenário;

XXV - rubricar os livros destinados aos serviços da Câmara Municipal, podendo


designar funcionário para tal fim;

XXVI - nomear e exonerar o Chefe e os auxiliares do Gabinete da Presidência;

XXVII - dar andamento legal aos recursos interpostos contra seus atos, de modo a
garantir o direito das partes;

XXVIII - despachar toda a matéria de expediente;

XXIX - quanto à administração da Câmara:

a) interpretar e fazer observar o ordenamento jurídico de pessoal e dos serviços


administrativos da Câmara;
b) administrar os servidores da Câmara fazendo lavrar e assinando os atos de nomeação,
promoção, reclassificação, exoneração, aposentadoria, concessão de férias e de licença,
atribuindo a eles vantagens legalmente autorizadas;
c) determinar a apuração de responsabilidades administrativas de servidores e aplicar-
lhes as penalidades cabíveis;
d) julgar os recursos hierárquicos de servidores da Câmara;
e) decidir recurso interposto contra o Diretor da Secretaria da Câmara;
f) ordenar as despesas da Câmara Municipal e assinar cheques nominativos ou ordem de
pagamento juntamente com o servidor encarregado do movimento financeiro;
g) determinar a licitação para contratações administrativas de competência da Câmara,
quando exigível;

Parágrafo único. O Presidente poderá delegar aos membros da Mesa competência que
lhe é privativa.

Art. 26 Compete, ainda, ao Presidente, na direção das atividades legislativas, em


conformidade com as normas legais e deste Regimento Interno, praticando todos os atos
que, explicitamente ou implicitamente, não caibam ao Plenário, à Mesa em conjunto, às
Comissões ou a qualquer integrante de tais órgãos, individualmente considerados, e
exercendo, especialmente, as seguintes atribuições:

I - quanto às sessões:

a) anunciar a convocação das sessões e reuniões extraordinárias nos termos deste


Regimento Interno;
b) abrir, presidir, encerrar e suspender as sessões;
c) manter a ordem dos trabalhos, interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno, para
aplicação às questões emergentes, sem prejuízo da competência do Plenário para
deliberar a respeito, se o requerer qualquer Vereador;
d) mandar proceder a chamada e a leitura das atas, pareceres, requerimentos e outras
peças escritas sobre as quais deva deliberar o Plenário, na conformidade do expediente
de cada sessão;
e) transmitir ao Plenário, a qualquer momento, as comunicações que julgar
convenientes;
f) cronometrar a duração do expediente e da ordem do dia e o tempo dos oradores
inscritos, anunciando o início e o término respectivos;
g) conceder ou negar a palavra aos Vereadores, nos termos deste Regimento Interno;
h) interromper o orador que se desviar da questão em debate ou falar sem o respeito
devido à Câmara Municipal ou a qualquer de seus membros, advertindo-o, chamando-o
à ordem e, em caso de insistência, cassando-lhe a palavra, podendo, ainda, suspender a
Sessão, quando não atendido e as circunstâncias o exigirem;
i) chamar a atenção do orador, quando se esgotar o tempo a que tem direito;
j) disciplinar os apartes e advertir aqueles que incidirem em excessos;
l) anunciar a Ordem do Dia e submeter à discussão e votação a matéria nela constante;
m) anunciar o resultado das votações quando lhe incumbir tal atribuição, nos termos
deste Regimento Interno
n) estabelecer o ponto da questão sobre a qual deve ser feita a votação;
o) determinar nos termos deste Regimento Interno, de ofício ou a requerimento de
qualquer Vereador, se proceda à verificação de presença;
p) determinar seja anotada em ata a decisão do Plenário;
q) resolver qualquer Questão de Ordem e, quando omisso o Regimento Interno,
estabelecer Precedentes Regimentais, que serão anotados para solução de casos
análogos;
r) organizar a Ordem do Dia, ouvidas as Lideranças da Câmara, atendendo a preceitos
legais e regimentais;
s) determinar o encaminhamento de processos e os expedientes às Comissões
Permanentes, para parecer;
t) controlar o prazo da emissão de parecer o qual, se esgotado, ensejará seja o parecer
proferido por relator ad hoc, nomeado para esse fim;
u) anunciar o término das sessões, convocando, antes, a sessão seguinte;
v) convocar sessões solenes e extraordinárias, observando, quanto a esta, a comunicação
pessoal e escrita aos Vereadores.

II - quanto às proposições:

a) aceitar ou recusar as proposições apresentadas;


b) determinar a distribuição de proposições, processos e documentos às comissões;
c) determinar, a requerimento do autor, a retirada de proposições, nos termos
regimentais;
d) declarar prejudicada a proposição em face da rejeição ou aprovação de outra com o
mesmo objetivo;
e) devolver ao autor, quando não atendidas as formalidades regimentais, proposições em
que seja pretendido o reexame da matéria anteriormente rejeitada ou vetada cujo veto
tenha sido mantido;
f) recusar substitutivos ou emendas que não sejam pertinentes à proposição inicial;
g) determinar o desarquivamento de proposição, nos termos deste Regimento Interno;
h) retirar da pauta da Ordem do Dia proposições em desacordo com exigências deste
Regimento Interno;
i) despachar requerimentos verbais ou escritos, processos e demais papéis submetidos à
sua apreciação;
j) observar e fazer observar os prazos deste Regimento Interno;
l) solicitar informações e colaborações técnicas para estudos de matéria sujeita à
apreciação da Câmara Municipal, quando o assunto assim o determinar, em razão de sua
complexidade, ou conforme seja requerido pelas Comissões;
m) determinar a entrega obrigatória de cópias de projetos de lei a todos os Vereadores
em exercício.

III - quanto às comissões:

a) Nomear membros, nos termos regimentais, observados as indicações dos Líderes


da Câmara; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)
b) convocar as comissões permanentes para eleições dos respectivos Presidente e Vice-
Presidente;
c) declarar a destituição de membros das comissões, quando deixarem de comparecer a
5 (cinco) reuniões ordinárias consecutivas, sem motivo justificado;
d) designar substitutos para os membros das comissões, em caso de vaga, licença ou
impedimento ocasional, observada a indicação da liderança;
e) convocar e presidir reuniões mensais dos Presidentes das Comissões Permanentes;
f) julgar recurso contra decisão de Presidentes das Comissões Permanentes, tratando-se
de questão de ordem.

IV - quanto à Mesa Diretora:

a) convocá-las e presidi-las;
b) tomar parte nas suas discussões e deliberações, com direito a voto, e assinar os
respectivos atos e decisões;
c) distribuir as matérias que dependerem de parecer da Mesa Diretora;
d) executar as decisões, quando tal incumbência não seja atribuída a outro membro.

V - quanto às publicações e à divulgação:

a) determinar a publicação de todos os atos da Câmara, de matéria do Pequeno e Grande


Expedientes, da Ordem do Dia e do inteiro teor dos debates;
b) divulgar as decisões do Plenário, das reuniões da Mesa Diretora, das comissões;
c) revisar os debates, não permitindo a publicação de expressões e conceitos anti-
regimentais ou ofensivos ao decoro da Câmara, bem como de pronunciamento que
envolver ofensas às instituições nacionais, propaganda de guerra, preconceito de raça,
credo ou de sexo, configurarem crime contra a honra ou contiverem incitamento à
prática de crime de qualquer natureza;
d) determinar a publicação de informações, notas e documentos que digam respeito às
atividades da Câmara e devam ser divulgados;
e) fazer publicar as portarias e os atos da Mesa, bem como as resoluções, decretos
legislativos e leis promulgadas;
f) fazer publicar, ao final de cada quadrimestre, Relatório de Gestão Fiscal, na forma da
legislação pertinente.

VI -quanto às atividades e relações externas da Câmara:

a) manter, em nome da Câmara Municipal, todos os contatos de direito com o Prefeito;


b) encaminhar ao Prefeito, por ofício, os projetos de leis aprovados e, comunicar-lhe os
projetos de leis aprovados e comunicar- lhe os projetos de sua iniciativa desaprovados,
bem como os vetos rejeitados e mantidos;
c) solicitar ao Prefeito as informações pretendidas pelo Plenário e convidar os seus
auxiliares para comparecerem à Câmara a fim de prestar explicações, na forma
regimental;
d) solicitar mensagem com propositura de autorização legislativa para suplementação
dos recursos da Câmara, quando necessário;
e) agir judicialmente, em nome da Câmara, referendado ou por deliberação do Plenário;
f) convidar autoridades e outras personalidades ilustres a visitarem a Câmara Municipal;
g) determinar lugar reservado aos representantes credenciados de imprensa de rádio,
jornal e televisão;
h) zelar pelo prestígio da Câmara Municipal e pelos direitos, garantias e respeito
devidos aos seus membros.

Art. 27 Será sempre computada, para efeito de quorum, a presença do Presidente da


Câmara.

Art. 28 O Presidente da Câmara poderá oferecer proposição ao Plenário, mas deverá


afastar-se da Presidência da Mesa Diretora, transmitindo a direção dos trabalhos àquele
que o substituir, quando estiverem às mesmas em discussão ou votação;

Art. 29 O Presidente da Câmara, ou quem o substituir na direção dos trabalhos, somente


manifestará seu voto nas seguintes hipóteses:
I - quando a matéria exigir, para sua aprovação, o voto favorável de 2/3 (dois terços) ou
da maioria absoluta dos membros da Câmara;

II - quando houver empate em qualquer votação no Plenário.

Art. 30 Quando o Presidente estiver com a palavra, no exercício de suas funções,


durante as Sessões, não poderá ser interrompido ou aparteado.

Art. 31 Nas faltas ou impedimento do Presidente, este será substituído em todas as


suas funções pelo Primeiro, Segundo e Terceiro Vice-Presidentes, respectivamente,
e, na ausência destes, pelo Primeiro, Segundo e Terceiro Secretários. (Redação
dada pela Resolução nº 494/2014)

Art. 32 Para ausentar-se do Município por mais de 15 (quinze) dias, o Presidente


deverá necessariamente licenciar-se na forma regimental. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)

Parágrafo único (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)

Art. 33 Compete, privativamente, ao 1º Vice- Presidente:

Parágrafo Único. O Primeiro Vice-Presidente será substituído em sua ausência, e


para o exercício pleno de suas atribuições, pelo Segundo Vice-Presidente. (Redação
dada pela Resolução nº 453/2008)

I - substituir o Presidente em suas faltas, ausências, impedimentos ou licenças,


ficando, nas duas últimas hipóteses, investido nas respectivas funções. (Redação
dada pela Resolução nº 494/2014)

II - assinar depois do Presidente, as resoluções da Mesa Diretora.

III - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as resoluções e os decretos


legislativos sempre que o Presidente, ainda que se ache em exercício, deixar de fazê-lo
no prazo legal;

IV - promulgar e fazer publicar, obrigatoriamente, as leis quando o Prefeito Municipal e


o Presidente da Câmara, sucessivamente, tenham deixado de fazê-lo.

Subseção II
Da Secretaria

Art. 34 A Secretaria da Mesa Diretora da Câmara é exercida pelo Primeiro Secretário.

Art. 35 Compete ao Primeiro Secretário:

I - no processo legislativo:

a) secretariar os trabalhos de reuniões e sessões;


b) fazer a inscrição dos oradores na pauta dos trabalhos;
c) fazer a chamada dos Vereadores, obedecendo a ordem da lista nominal e na forma
das normas regimentais e apurando as presenças, no caso de votação ou verificação de
quorum;
d) fazer a verificação de votação quando solicitado pela Presidência da Mesa;
e) acompanhar e supervisionar a redação da ata da Sessão e assiná-la depois do
Presidente e dos Vice-Presidentes; (Redação dada pela Resolução nº 453/2008)

II - na administração da Câmara Municipal:

a) fiscalizar as despesas e fazer cumprir normas regimentais;


b) manter a correspondência oficial da Câmara Municipal nos assuntos que lhe são
afetos;
c) assinar, depois do Presidente e dos Vice- Presidentes, os atos da Mesa Diretora;
(Redação dada pela Resolução nº 453/2008)
d) fazer anotações devidas nos documentos sob sua guarda, autenticando-os quando
necessário;
e) receber e responsabilizar-se por documentos, memoriais, convites, representações e
outros expedientes que sejam dirigidos à Câmara;
f) receber e elaborar a correspondência da Câmara Municipal, excluída a destinada ao
Presidente da República, aos Presidentes dos Tribunais federais e estaduais, Ministros e
Governadores de Estado, Presidentes do Senado, da Câmara dos Deputados, ao Prefeito
e, ainda a governos estrangeiros e autoridades eclesiásticas, que são atribuição do
Presidente da Câmara Municipal;
g) zelar pelos anais e livros da Câmara.

Parágrafo único. O Primeiro Secretário será substituído em suas faltas, ausências,


impedimentos ou licenças, havendo nas duas últimas hipóteses investidura na
plenitude das respectivas funções, pelo Segundo Secretário e pelo terceiro
Secretário. (Redação dada pela Resolução nº 453/2008)

Seção VII
Das Contas da Mesa

Art. 36 As contas da Mesa Diretora da Câmara Municipal compor-se-ão de :

I - balancetes mensais, com relação dos recursos recebidos e aplicados, que deverão ser
apresentados ao Plenário pela Mesa Diretora, até o dia 20 do mês seguinte ao mês
vencido;

II - balanço anual e geral, que deverá ser enviado até o dia 31 de março do exercício
seguinte, ao Tribunal de Contas dos Municípios.

Art. 37 Os balancetes, assinados pelo Presidente, e o balanço anual, assinado pela Mesa
Diretora, serão fixados no saguão da Câmara Municipal para conhecimento público.

Art. 38 (Suprimido pela Resolução 494/2014)

Art. 39 Para deliberação, a Câmara Municipal terá o prazo de 90 (noventa) dias


contados do dia do recebimento do parecer do Tribunal de Contas dos Municípios.
Capítulo II
DAS COMISSÕES

Seção I
Da Finalidade das Comissões e suas Modalidades

Art. 40 As Comissões são órgãos técnicos, constituídos pelos membros da Câmara


Municipal, destinados a proceder estudos e realizar investigações, cabendo-lhes, em
razão da matéria de sua competência:

I - apresentar proposições à Câmara Municipal;

II - discutir e dar parecer, através do voto da maioria dos seus membros, às proposições
a elas submetidas;

III - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra


atos ou omissões das autoridades;

V - colher depoimentos de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - realizar audiência pública em regiões do Município, para subsidiar o processo


legislativo;

VII - apreciar plano de desenvolvimento e programas de obras do Município;

VIII - acompanhar a implantação dos planos e programas de que trata o inciso VII, deste
artigo, e exercer a fiscalização dos recursos municipais investidos nos mesmos.

Art. 41 No exercício de suas atribuições, as Comissões poderão convidar pessoas


interessadas, tomar depoimentos, solicitar informações e documentos, bem como
proceder todas as diligências que julgarem necessárias.

Art. 42 As comissões poderão solicitar Secretários, por intermédio do Presidente da


Câmara e independentemente de deliberação do Plenário, todas as informações
que julgarem necessárias, ainda que não se refiram as proposições entregues à sua
apreciação, desde que o assunto seja de sua competência. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)

§ 1º Sempre que a Comissão solicitar informações dos Secretários, ou audiência


preliminar de outra Comissão, fica suspenso, por até 15 (quinze) dias, no máximo,
o prazo para exarar o seu parecer. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

§ 2º O prazo do parágrafo anterior não será suspenso quando se tratar de projeto com
prazo fatal para deliberação, caso em que a Comissão poderá completar o seu parecer
até 48 (quarenta e oito) horas após as respostas do Executivo, desde que o projeto ainda
se encontre em tramitação no Plenário, cabendo ao Presidente diligenciar no sentido de
que as informações sejam prestadas em menor espaço de tempo possível.

§ 3º As Comissões da Câmara diligenciarão junto às dependências, arquivos e


repartições municipais, as providências necessárias ao desempenho de suas atribuições
regimentais, mediante solicitação para tanto remetida pelo Presidente da Câmara ao
Prefeito.

Art. 43 Poderão participar dos trabalhos das Comissões, como membros credenciados e
sem direito a voto, técnicos de reconhecida competência ou representantes de entidades
idôneas, que tenham legítimo interesse no esclarecimento do assunto à apreciação
daquelas.

§ 1º O credenciamento será obtido mediante requerimento do interessado e será


outorgado pelo Presidente da Comissão ou, ainda, por iniciativa própria daquele ou por
deliberação da maioria dos seus membros.

§ 2º Por motivo justificado o Presidente da Comissão poderá determinar que a


contribuição dos membros credenciados seja efetuada por escrito.

Art. 44 As Comissões da Câmara são:

I - Permanentes, de caráter técnico-legislativo ou especializada, integrantes da


estrutura institucional da casa, capacitados do processo legiferante e tem por
finalidade apreciar os assuntos ou proposições submetidos ao seu exame e sobre
eles deliberar, assim como, exercer o acompanhamento dos Planos e Programas
Governamentais e a fiscalização orçamentária do município, no âmbito dos
respectivos campos temáticos e áreas de atuação, sem prejuízo de outras
atribuições previstas neste Regimento Interno e na Lei Orgânica Municipal.
(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

II - Temporárias, criadas para apreciar assunto específico, assim como apurar fatos e
irregularidades denunciados, e se extinguem quando atingida a sua finalidade ou
expirado o prazo de sua duração.

Art. 45 Na constituição das Comissões, assegurar-se-á, tanto quanto possível, a


representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares.

Seção II
Das Comissões Permanentes

Subseção I
Das Modalidades

Art. 46 As Comissões Permanentes, em número de 6 (seis) são as seguintes:


(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

I - Comissão de Constituição, Justiça e Redação;


II - Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização;

III - Comissão de Obras, Urbanismo, infraestrutura Municipal, Agricultura e


Meio Ambiente; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

IV - Comissão da Educação e Cultura; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

V - Comissão de Saúde e Desporto; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

VI - Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e Proteção


à mulher. (Redação acrescida pela Resolução nº 494/2014)

Subseção II
Da Composição e das Eleições

Art. 47 O número de membros efetivos das Comissões Permanentes será estabelecido


por ato da Mesa, ouvido os Líderes da Câmara, no início dos trabalhos do primeiro e
terceiro período da legislatura, prevalecendo o quantitativo fixado no período anterior,
quando este não for modificado.

§ 1º A fixação do número de membros da Comissão levará em conta o número de


Vereadores da Câmara em proporção ao número de Comissões.

§ 2º O número de vagas nas Comissões não excederá o da composição da Câmara, não


se computando os membros da Mesa Diretora.

§ 3º As modificações partidárias, que influam na proporcionalidade representativa da


constituição das Comissões, só prevalecerão a partir do período legislativo subsequente.

§ 4º Na constituição das Comissões Permanentes, para efeito de composição, figurará


sempre o nome do Vereador efetivo ainda que licenciado.

Art. 48 Os membros das Comissões Permanentes serão eleitos na sessão seguinte a


da eleição da Mesa Diretora, por um período de 2 ( dois) anos, permitida a
recondução, votando cada vereador em todos os membros de cada Comissão,
considerando-se eleitos os mais votados. (Redação dada pela Resolução nº
494/2014)

§ 1º Proceder-se-á a tantos escrutínios quantos forem necessários para completar o


preenchimento de todos os lugares de cada comissão.

§ 2º Havendo empate, haverá nova eleição. (Redação dada pela Resolução nº


494/2014)

§ 3º Se os empatados se encontrarem em igualdade de condições será considerado eleito


aquele mais votado nas eleições municipais.

Art. 49 A votação para constituição de cada uma das Comissões Permanentes far-se-á
mediante voto secreto, em cédula separada, impressa ou datilografada, com a indicação
do nome do votado.

Parágrafo único. Cada Vereador deverá participar, obrigatoriamente, da constituição de,


pelo menos, uma Comissão Permanente, não podendo, todavia, pertencer a mais de
duas.

Art. 50 Nenhuma comissão será composta de menos de 3 (três) Vereadores.

Art. 51 Constituídas as Comissões Permanentes, reunir-se-á cada uma delas, em 24


(vinte e quatro) horas, para, sob a presidência do mais idoso, proceder à eleição do
Presidente e do Vice- Presidente.

Parágrafo único. Enquanto não for possível a eleição prevista neste artigo, a Comissão
será presidida interinamente, pelo Vereador mais idoso.

Art. 52 Os membros das Comissões Permanentes serão destituídos caso não


compareçam a 5 (cinco) reuniões ordinárias consecutivas.

§ 1º A destituição dar-se-á por simples petição de qualquer Vereador dirigida ao


Presidente da Câmara Municipal, o qual, após comprovar a autenticidade das faltas,
declarará vago o cargo na comissão.

§ 2º Não se aplicará o disposto neste artigo ao Vereador que comunicar ao Presidente da


comissão as razões de sua ausência para posterior justificação das faltas perante o
Presidente da Câmara Municipal, nos termos do inciso XXIII, do artigo 25 deste
Regimento Interno, desde que deferido o pedido de justificação.

Art. 53 No caso de vaga, licença ou impedimento de qualquer membro das comissões


permanentes caberá ao Presidente da Câmara Municipal a designação do substituto,
mediante indicação de Líder de Partido a que pertença a vaga.

Parágrafo único. A substituição perdurará enquanto persistir a licença ou o


impedimento.

Subseção III
Da Competência

Art. 54 Compete às comissões permanentes, além das atribuições definidas no artigo 55


deste Regimento Interno:

I - estudar as proposições e outras matérias submetidas ao seu exame, dando-lhes


parecer e oferecendo-lhes substitutivos ou emendas, quando julgar oportuno;

II - promover estudos, pesquisas e investigações sobres questões de interesse público,


relativas à sua competência;

III - tomar a iniciativa da elaboração de proposições ligadas ao estudo de tais questões


ou decorrentes de indicação da Câmara Municipal ou de dispositivos regimentais.
Art. 55 É competência específica:

I - da Comissão de Constituição, Justiça e Redação:

a) opinar sobre o aspecto constitucional, legal e regimental das proposições e emendas,


as quais não poderão tramitar na Câmara Municipal sem seu parecer, salvo nos casos
expressamente previstos neste Regimento Interno;
b) redigir o vencido para segunda discussão e oferecer redação final aos projetos,
inclusive o da lei das diretrizes orçamentárias, exceto ao da lei orçamentária, bem como,
quando for o caso, propor a reabertura da discussão, nos termos regimentais;
c) manifestar-se, através de parecer, acerca do mérito das proposições legislativas que
versem sobre:

1 - uso de símbolos municipais;

2 - criação, supressão ou modificação de Distritos;

3 - transferência temporária das reuniões da Câmara Municipal para outro local;

4 - autorização para o Prefeito ou Vice- Prefeito se ausentarem do Município;

5 - regime jurídico e previdência dos servidores municipais;

6 - administração dos bens municipais;

7 - organização administrativa da Câmara e da Prefeitura Municipal;

8 - direitos e deveres dos Vereadores, cassações e suspensão de mandato;


d) manifestar-se, ainda, através de parecer, sobre:

1 - veto, exceto matéria orçamentária;

2 - recursos interpostos às decisões da Presidência;

3 - votos de censura, aplauso e semelhantes.

II - da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização:

a) opinar sobre proposições relativas a:

1 - matérias referentes à ordem econômica, sistema financeiro, dívida pública e sistema


tributário municipal e outras, que, direta ou indiretamente, alterem a despesa ou a
receita do Município, ou acarretem responsabilidades para o erário municipal;

2 - proposta orçamentária e das diretrizes orçamentárias do Município;

3 - fixação dos subsídios dos Vereadores, Prefeito, Vice- Prefeito e Secretários


Municipais;

4 - fixação da remuneração dos servidores;


5 - política e atividade industrial, comercial, agrícola e de serviços;

6 - política e sistema municipal de turismo.


b) elaborar a redação do vencido e a redação final do projeto da lei orçamentária;
c) opinar sobre o processo de tomada ou prestação de contas da Mesa Diretora da
Câmara Municipal e do Prefeito;
d) manifestar-se, ainda, sobre:

1 - fiscalização de execução orçamentária;

2 - licitação e contratos administrativos.

III - Da comissão de Obras, Infraestrutura Municipal, Agricultura e Meio


Ambiente:

a) Opinar sobre todas as proposições relativas as seguintes matérias:


1. Plano diretor;
2. Planos setoriais, regionais e locais;
3. Urbanismo;
4. Uso e ocupação do solo;
5. Habitação, infraestrutura urbana e saneamento urbano;
6. Trânsito e tráfego dentro da esfera municipal;
7. Sistema Municipal de transporte em geral e vias públicas;
8. Serviços públicos prestados pela Administração Municipal Direta e Indireta;
9. Defesa Civil;
10. Matérias no âmbito da competência municipal, que reflitam sobre energia,
telecomunicações e recursos hídricos;
11. Região Metropolitana;
12. Obras públicas desenvolvidas pela administração municipal
b) Colaborar no planejamento urbano do Município e fiscalizar a sua execução:
1. Ecologia e meio ambiente;
2. Preservação dos recursos naturais e renováveis, das áreas verdes e de áreas
necessárias ao lazer;
3. Flora, fauna e solo.
c) Estudar e promover debates e pesquisas sobre todas as formas de poluição e
demais agressões à natureza
d) Receber reclamações e encaminhá-las aos órgãos competentes;
e) Emitir pareceres e adotar medidas cabíveis na sua esfera de atribuição.
(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

IV - Comissão de Educação e Cultura:

a) Opinar sobre proposições relativas a:


1. Matérias relativas à educação, ao ensino, a convênios escolares, às artes, ao
patrimônio histórico e à comunicação;
2. Matérias referentes à cultura e às tradições municipais;
b) Participar das conferências municipais de educação; (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)
V - Comissão de Saúde e Desporto

a) Opinar sobre proposições relativas a:


1. higiene e saúde pública;
2. profilaxia sanitária, em todos os aspectos;
3. assistência social;
4. difundir os valores do desporto e lazer, especialmente os relacionados com a
preservação da saúde, a promoção do bem-estar e a elevação da qualidade de vida
da população;
5. estimular o direito à prática esportiva da população;
6. opinar sobre todas as proposições e matérias relativas ao esporte e lazer.
(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

VI - Da Comissão de Reparação, Direitos Humanos, Defesa do Consumidor e


Proteção a Mulher:

a) opinar sobre todas as proposições relativas as seguintes matérias


1. Políticas de promoção a reparação;
2. Políticas para inclusão econômica para a população afrodescendente;
b) Coordenar e avaliar políticas afirmativas de reparação e de proteção dos
direitos dos indivíduos e dos grupos raciais étnicos, com ênfase na população
negra;
c) Formular, coordenar a acompanhar políticas transversais do governo para a
reparação."
d) Emitir pareceres e adotar medidas cabíveis na sua esfera de atribuição.
e) Opinar sobre todas as proposições que digam respeito aos direitos humanos,
especialmente aquelas que envolvam matérias referentes à criança, adolescente e
idoso;
f) propor iniciativas e campanhas relacionadas a direitos humanos;
g) receber reclamações e encaminhá-las aos órgão competentes;
h) propor ações de combate ao racismo e discriminação de qualquer natureza, bem
como manter intercâmbio com órgãos públicos, entidades civis e filantrópicas sem
fins lucrativos para manter disposto na alínea anterior;
i) divulgar a legislação que trata dos direitos da mulher trabalhadora urbana e
rural;
j) propor ações de combate à violência e prostituição infanto-juvenil;
k) opinar sobre proposições que versem a respeito da saúde da mulher,
planejamento familiar e assistência social;
l) fiscalizar, em conjunto com a Delegacia Regional do Trabalho, a instalação e
manutenção de creches nas empresas e demais locais de trabalho, exigidos por lei;
m) opinar sobre proposições relativas a produtos, serviços e, quando cabível,
contratos que norteiam relação de consumo;
n) desenvolver ampla divulgação da legislação e dos programas de defesa do
consumidor;
o) propor a criação de políticas e instrumentos de defesa do consumidor, em
conjunto com os demais órgãos públicos e particulares;
p) fiscalizar os produtos de consumo e seu fornecimento, zelar pela sua qualidade;
q) receber reclamações e encaminhá-las ao órgão competente. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)
Art. 56 A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, diante de despesas não
autorizadas ainda que sob a forma de investimentos não programados ou de subsídios
não aprovados, poderá solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo
de 5 (cinco) dias, preste esclarecimentos.

§ 1º Não prestados os esclarecimentos, ou considerados estes insuficientes, a Comissão


solicitará ao Tribunal de Contas dos Municípios pronunciamento sobre a matéria.

§ 2º Entendendo o Tribunal de Contas dos Municípios irregular a despesa, a Comissão,


se julgar que o gasto possa causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública,
proporá à Câmara Municipal a sua sustação.

Art. 57 É vedado às Comissões Permanentes, ao apreciar proposições legislativas ou


matéria submetida ao seu exame, opinar sobre aspectos que não sejam de sua atribuição
específica.

Art. 58 As Comissões Permanentes, além das competências que lhes são atribuídas
neste Regimento Interno, estabelecerão, por maioria dos seus membros, regulamento
próprio quanto à sua finalidade.

Subseção IV
Dos Presidentes e Vice- Presidentes

Art. 59 Os Presidentes e Vice- Presidentes das Comissões Permanentes serão escolhidos


em eleição interna, na forma do disposto no artigo 51 deste Regimento Interno,
permitida a recondução.

Parágrafo único. O Presidente será substituído pelo Vice- Presidente, e este pelo terceiro
membro da Comissão.

Art. 60 Ao Presidente da comissão compete:

I - fixar, de comum acordo com os membros da comissão o horário das reuniões


ordinárias;

II - convocar reuniões extraordinárias de ofício ou a requerimento da maioria dos


membros da comissão;

III - presidir às reuniões e zelar pela ordem dos trabalhos;

IV - determinar a leitura das atas das reuniões e submetê-las a votos;

V - dar conhecimento à comissão da matéria recebida e distribuí-la aos relatores para


emitirem parecer;

VI - conceder a palavra durante as reuniões;

VII - advertir o orador que se exceder no decorrer dos debates ou faltar à consideração
para com seus pares;
VIII - interromper o orador que se desviar da matéria em debate;

IX - submeter a voto as questões em debate e proclamar o resultado das votações;

X - conceder vista dos projetos, fazendo observar os prazos regimentais, exceto quanto
às proposições com prazo final para apreciação;

XI - assinar em primeiro lugar, na qualidade de Presidente, os pareceres da comissão;

XII - enviar à Mesa Diretora toda a matéria da comissão destinada ao conhecimento do


Plenário;

XIII - promover a publicação das atas e dos pareceres;

XIV - solicitar ao Presidente da Câmara Municipal providências no sentido de serem


indicados substitutos para membros da comissão, em caso de vaga, licença ou
impedimento;

XV - representar a comissão nas suas relações com a Mesa Diretora, outras comissões e
o Plenário;

XVI - resolver, de acordo com o Regimento Interno, todas as Questões de Ordem


suscitadas nas reuniões da comissão;

XVII - apresentar ao Presidente da Câmara Municipal relatório mensal e anual dos


trabalhos da comissão;

XVIII - encaminhar ao Presidente da Câmara Municipal as solicitações de justificação


das faltas de membros da comissão às reuniões;

XIX - convocar audiências públicas, ouvida a comissão;

XX - zelar pela observância dos prazos concedidos à comissão;

XXI - avocar o expediente, para emissão do parecer, em 48 (quarenta e oito) horas,


quando não o tenha feito o relator no prazo;

Parágrafo único. O Presidente da comissão poderá funcionar como relator e terá direito
a voto, em caso de empate, em todas as deliberações internas.

Art. 61 Dos atos de deliberações do Presidente da comissão caberá recurso, a ser


apreciado em 3 (três) dias, de qualquer de seus membros para o Plenário da comissão.

Art. 62 Se, por qualquer razão, o Presidente ou Vice- Presidente, ou ambos, deixar de
fazer parte da comissão, ou renunciar à presidência da comissão, proceder-se-á a nova
eleição para escolha do seu sucessor.

Art. 63 Os Presidentes das Comissões Permanentes reunir-se-ão, mensalmente, sob a


presidência do Presidente da Câmara Municipal, para examinar assuntos de interesse
comum e assentar providências sobre o melhor e mais rápido andamento das
proposições.

Art. 64 Quando duas ou mais Comissões Permanentes apreciarem proposições ou


qualquer matéria em reunião conjunta, a direção dos trabalhos caberá ao Vereador mais
idoso, em exercício da presidência da Comissão, dentre os presentes.

Parágrafo único. Na ausência dos Presidentes, a direção dos trabalhos caberá aos Vice-
Presidentes, nos termos do caput deste artigo.

Subseção V
Das Reuniões

Art. 65 As Comissões Permanentes reunir-se-ão:

I - ordinariamente, na sede da Câmara Municipal;

II - extraordinariamente, sempre que necessário, mediante convocação escrita, quando


feita de ofício pelos respectivos Presidentes ou a requerimento dos membros da
comissão mencionando-se a matéria que deva ser apreciada em ambos os casos.

§ 1ºAs reuniões extraordinárias serão sempre convocadas com 24 (vinte e quatro) horas
de antecedência e designação do local, hora e objeto a ser discutido, salvo as
convocadas em reuniões, que independem de anúncio, mas serão comunicadas aos
membros ausentes.

§ 2º Estando a Câmara em recesso, as Comissões somente poderão se reunir em caráter


extraordinário para tratar de assunto relevante e inadiável.

§ 3º As reuniões ordinárias ou extraordinárias das comissões durarão o tempo


necessário a seus fins, salvo deliberação em contrário.

§ 4º Em nenhum caso, ainda que se trate de reunião extraordinária, o seu horário poderá
coincidir com a Ordem do Dia das sessões da Câmara Municipal.

Art. 66 Quando, por qualquer motivo, a reunião tiver que ser realizada em outro recinto
que não a sede da Câmara, é indispensável à comunicação, por escrito, com
antecedência de 24 (vinte e quatro) horas, a todos os membros da comissão.

Art. 67 As reuniões das comissões serão públicas, nos termos do art. 60 da Lei Orgânica
Municipal.

Subseção VI
Da Distribuição das Proposições

Art. 68 A distribuição das proposições às Comissões será feita pelo Presidente da


Câmara Municipal dentro de 3 (três) dias, depois de recebidas.
Parágrafo único. Os projetos de lei de iniciativa do Prefeito com solicitação de urgência
serão enviados às comissões no prazo de 3 (três) dias, contados da entrada na Divisão
Legislativa, após a leitura no Pequeno Expediente da Sessão Ordinária.

Art. 69 Quando qualquer proposição for distribuída a mais de uma comissão, cada qual
dará seu parecer separadamente, ouvindo-se em primeiro lugar a Comissão de
Constituição, Justiça e Redação.

Parágrafo único. O projeto sobre o qual deva pronunciar-se mais de uma comissão será
encaminhado diretamente de uma para outra, respeitados o prazo regimental.

Art. 70 Mediante comum acordo de seus Presidentes, em caso de urgência, poderão as


comissões realizar reuniões conjuntas para exame de proposições ou qualquer outra
matéria, facultando-se, neste caso, a apresentação de parecer conjunto.

Parágrafo único. A direção dos trabalhos da reunião conjunta das comissões se dará nos
termos do artigo 64 deste Regimento Interno.

Art. 71 A comissão que pretender a audiência de outra solicitá-la-á, no projeto, ao


Presidente da Câmara Municipal, que decidirá a respeito.

Subseção VII
Dos Trabalhos

Art. 72 Os trabalhos das comissões serão iniciados com a presença da maioria dos seus
membros.

Parágrafo único. O comparecimento dos membros da comissão quer nas reuniões


ordinárias, quer nas extraordinárias, será registrado em ata.

Art. 73 O Presidente da comissão tomará assento à mesa, à hora designada para o início
da reunião, e declarará abertos os trabalhos, que observarão a seguinte ordem:

I - leitura pelo Secretário da ata da reunião anterior;

II - leitura sumária do expediente;

III - comunicação pelo Presidente das matérias recebidas e distribuídas aos relatores;

IV - leitura dos pareceres cujas conclusões, votadas pela comissão em reunião anterior,
não tenham sido redigidas;

V - leitura, discussão e votação de requerimentos, relatórios e pareceres.

Parágrafo único. Essa ordem poderá ser alterada pela comissão para tratar de matéria em
regime de urgência ou de prioridade, a requerimento de qualquer dos seus membros.

Art. 74 As deliberações das comissões serão tomadas por maioria de votos.


Parágrafo único. Em caso de empate, o Presidente poderá usar da faculdade de proferir
o voto de desempate, ou adiar a votação da matéria até que venha a participar da
votação o Vereador cuja ausência ocasionou o empate.

Art. 75 Qualquer membro da comissão poderá levantar Questão de Ordem pertinente à


matéria em deliberação, competindo ao Presidente da Câmara decidi-la
conclusivamente.

Art. 76 A comissão que receber qualquer proposição ou documento enviado pelo


Presidente da Câmara Municipal poderá propor sua aprovação ou rejeição, total ou
parcial, e apresentar, caso admissível e assim o entenda, emendas.

Parágrafo único. Nenhuma alteração proposta pelas comissões poderá versar sobre
matéria estranha à sua competência.

Art. 77 A vista de proposições nas comissões respeitará os seguintes prazos:

I - de 1 (um) dia nos casos em regime de prioridade;

II - de 10 (dez) dias, nos casos em regime de tramitação ordinária.

§ 1º Não se concederá vista:

I - a quem já a tenha obtido;

§ 2º A vista será conjunta, quando ocorrer mais de um pedido.

Art. 78 Excetuados os casos em que este Regimento Interno determine de forma


diversa, as comissões emitirão pareceres sobre as proposições legislativas e emendas
oferecidas, nos seguintes prazos:

I - 5 (cinco) dias, para as matérias em regime de urgência;

II - 10 (dez) dias, para as matérias em regime de prioridade;

III - 15 (quinze) dias, para as matérias com regime de tramitação ordinária.

§ 1º Findos os prazos de que tratam os incisos deste artigo a matéria será incluída na
Ordem do Dia, a requerimento do autor do projeto ou de qualquer Vereador.

§ 2º Incluída a proposição na Ordem do Dia, sem parecer, o Presidente da Câmara


Municipal designará um relator dentre os membros da comissão e, na ausência deste,
um relator especial para dar parecer verbal, podendo conceder-lhe prazo não excedente
a 24 (vinte e quatro) horas para estudo da matéria.

Art. 79 Dependendo o parecer de exame de qualquer outro processo ainda não chegado
à Comissão, deverá seu Presidente requisitá-lo ao Presidente da Câmara sendo que, em
tal caso, os prazos respectivos ficarão sem fluência por 5 (cinco) dias, no máximo,
contados da requisição.
Parágrafo único. A entrada, na Comissão, do processo requisitado, mesmo antes de
decorridos os 5 (cinco) dias, dará continuidade à fluência do prazo suspenso.

Art. 80 Para as matérias submetidas às comissões, deverão ser designados relatores


dentro de 48 (quarenta e oito) horas, exceto para aquelas em regime de urgência e de
prioridade quando a designação será imediata.

Art. 81 O relator terá, para apresentação do seu parecer escrito, os seguintes prazos:

I - 5 (cinco) dias, nas matérias em regime de urgência;

II - 10 (dez) dias, nas matérias em regime de prioridade;

III - 15 (quinze) dias, nas matérias em regime de tramitação ordinária.

Art. 82 O relator solicitará ao Presidente da comissão reunião extraordinária, sempre


que necessário, para não ultrapassar os prazos referidos no artigo anterior.

Art. 83 Lido o parecer pelo relator ou, à sua falta, pelo Vereador designado pelo
Presidente da comissão, será ele imediatamente submetido à discussão.

§ 1º Durante a discussão, poderá usar da palavra:

I - qualquer membro da comissão, por 10 (dez) minutos improrrogáveis;

II - demais Vereadores presentes, que só falarão por 5 (cinco) minutos;

III - depois de todos oradores, o relator poderá replicar por prazo não superior a 15
(quinze) minutos.

§ 2º Encerrada a discussão, seguir-se-á imediatamente a votação do parecer, que, se


aprovado em todos os seus termos, será tido como da comissão, assinando-o os
membros presentes.

§ 3º Se o parecer sofrer alterações com as quais concorde o relator, a este será


concedido prazo até a reunião subseqüente para redigir o vencido; em caso contrário, o
Presidente da comissão designará novo relator para o mesmo fim, que para isso terá
prazo até a reunião seguinte.

Art. 84 Para facilidade de estudo das matérias, o Presidente poderá dividi-las,


distribuindo cada parte a um relator, mas designando relator- geral, de modo que se
forme parecer único.

Art. 85 É permitido a qualquer Vereador assistir às reuniões das comissões, tomar parte
nas discussões, apresentar exposições escritas ou sugerir emendas.

Parágrafo único. Será admitido, a qualquer tempo, o traslado de peças requeridas por
Vereador.
Art. 86 Quando algum membro da comissão retiver em seu poder, documentos após
requisição do Presidente, será o fato comunicado à Mesa Diretora, que deliberará a
respeito.

Art. 87 O recesso da Câmara Municipal interrompe todos os prazos consignados na


presente Subseção.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica aos projetos de lei de diretrizes
orçamentárias e de lei orçamentária.

Subseção VIII
Dos Pareceres

Art. 88 Parecer é o pronunciamento de comissão sobre matéria sujeita ao seu estudo,


emitido com observância das normas regimentais.

§ 1º O parecer será escrito e constará de três partes:

I - relatório em que se fará exposição da matéria em exame;

II - conclusão do relator em termos sintéticos, com a sua opinião sobre a conveniência


da aprovação ou rejeição, total ou parcial, da matéria, e quando for o caso, oferecendo-
lhe substitutivo ou emenda;

III - decisão da comissão, com a assinatura dos seus membros que votarem a favor ou
contra.

§ 2º O relatório somente será transformado em parecer, se aprovado pela maioria dos


membros da comissão.

§ 3º É dispensável os relatórios nos pareceres de substitutivos, emendas ou subemendas.

§ 4º O Presidente da Câmara Municipal devolverá à comissão o parecer escrito que não


atenda às exigências deste artigo, para o fim de ser devidamente redigido.

Art. 89 Os pareceres verbais dados em Plenário, bem como suas retificações, nos casos
expressos neste Regimento Interno, obedecerão às seguintes normas:

I - o Presidente da Câmara Municipal convidará o Presidente da comissão a relatar ou


designar relator para a proposição;

II - o Presidente da comissão ou o relator designado dará o parecer e, se não houver


qualquer manifestação contrária por parte dos demais membros da comissão presentes
no momento no Plenário, o parecer será tido como o parecer da comissão;

III - havendo manifestação contrária imediata de qualquer membro da comissão


presente no Plenário, o Presidente da Câmara Municipal tomará os votos dos membros
da comissão presentes, sendo considerado como parecer o resultado da maioria dos
votos obtidos;
IV - na hipótese do inciso anterior, será assegurado ao membro da comissão o tempo de
15 (quinze) minutos para prolatar seu voto em separado.

V- no caso de empate prevalecerá o voto do Presidente da comissão ou relator


designado.

Art. 90 Cada proposição terá parecer independente, salvo em se tratando de matérias


análogas que tenham sido anexadas.

Parágrafo único. É vedada a qualquer comissão manifestar-se sobre matéria estranha a


sua competência específica, cabendo recurso ao Presidente da Câmara Municipal, em
primeira instância, e ao Plenário, em segunda.

Art. 91 Nos casos em que a comissão concluir pela necessidade da matéria submetida a
seu exame ser consubstanciada em proposição, o parecer respectivo deverá contê-la
devidamente formulada.

Art. 92 Os membros das comissões emitirão seu juízo sobre a manifestação do relator,
mediante voto.

Art. 93 Para efeito da contagem de votos emitidos, serão considerados:

I - favoráveis, os que tragam ao lado da assinatura do votante a indicação do termo com


restrições, ou ainda, pelas conclusões;

II - contrários, os que tragam ao lado da assinatura do votante a indicação do termo em


contrário;

Parágrafo único. A simples aposição da assinatura, sem qualquer outra observação,


implicará na concordância total do signatário à manifestação do relator.

Art. 94 Poderá o membro da comissão exarar voto em separado, devidamente


fundamentado:

I - pelas conclusões, quando embora favorável às conclusões do relator, lhes dê outra e


diversa fundamentação;

II - aditivo, quando embora favorável às conclusões do relator, acrescente novos


argumentos à sua fundamentação;

III - contrário, quando se oponha frontalmente às conclusões do relator.

§ 1º O voto do relator não acolhido pela maioria da comissão constituirá voto vencido.

§ 2º O voto em separado, divergente ou não das conclusões do relator, desde que


acolhido pela maioria da comissão, passará a constituir seu relatório.

§ 3º Caso o voto do relator seja vencido e não havendo voto em separado, o Presidente
designará um dos membros da comissão que tenha votado contrariamente ao relator
para que redija, em 2 (dois) dias, o voto vencedor.

Art. 95 Sempre que o Presidente da Câmara Municipal julgar necessário ou for


solicitado a fazê-lo, convidará o relator ou outro membro da comissão a esclarecer, em
encaminhamento de votação, as razões do parecer.

Subseção IX
Das Atas

Art. 96 Das reuniões das comissões lavrar-se-ão atas, as quais serão enumeradas
anualmente, a partir do número 1 (um), com sumário do que durante elas houver
ocorrido, delas devendo constar, obrigatoriamente:

I - hora e local da reunião;

II - resumo do expediente;

III - relação da matéria distribuída, nomes dos respectivos relatores e nomes dos
autores;

IV - referências sucintas aos relatórios lidos e aos debates;

V - nomes dos membros que compareceram e dos que não se fizeram presentes, hajam
ou não apresentado justificativa;

VI - nomes dos Vereadores presentes que não integram comissão.

§ 1º A ata da reunião, uma vez lida, dar-se-á por aprovada independentemente de


discussão e votação, devendo o Presidente da comissão assiná-la e rubricar todas as
folhas.

§ 2º Se qualquer Vereador pretender retificar a ata, formulará o pedido por escrito,


cabendo ao Presidente da comissão acolhê-lo, ou não, fundamentando sua decisão.

Seção III
Das Comissões Temporárias

Subseção I
Das Modalidades

Art. 97 As Comissões Temporárias serão:

I - Comissões Especiais;

II - Comissões Externas;
III - Comissões Parlamentares de Inquérito;

IV - Comissão de Investigação e Processante.

Art. 98 Aplica-se às comissões temporárias, no que couber, a disposição regimental


relativas às comissões permanentes.

Subseção II
Das Comissões Especiais

Art. 99 As Comissões Especiais destinam-se à elaboração, apreciação e estudo de


questões de interesse do Município e à tomada de posição da Câmara Municipal em
outros assuntos de reconhecida relevância.

Parágrafo único. Não caberá constituição de Comissão Especial para tratar de assunto
de competência específica de qualquer das comissões permanentes.

Art. 100 As Comissões Especiais serão constituídas mediante requerimento subscrito


por 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câmara Municipal.

Parágrafo único. O requerimento disposto neste artigo será discutido e votado no


Grande Expediente, sem encaminhamento de votação, nem declaração de voto.

Art. 101 O requerimento propondo a constituição de Comissão Especial deverá indicar,


necessariamente:

I - a finalidade, devidamente fundamentada;

II - o número de membros;

III - o prazo de funcionamento;

Art. 102 Ao Presidente da Câmara Municipal caberá designar, mediante indicação das
Lideranças da Câmara, os Vereadores que comporão a comissão, assegurando-se, tanto
quanto possível, a representação proporcional dos partidos e blocos parlamentares.

Parágrafo único. Será Presidente da Comissão Especial o primeiro signatário de


requerimento que a propôs.

Art. 103 Concluídos os trabalhos, a Comissão Especial elaborará parecer sobre a


matéria, enviando-o à publicação.

§ 1º Deverá o Presidente da comissão comunicar ao Plenário a conclusão de seus


trabalhos, mencionando a data em que o respectivo parecer foi publicado.

§ 2º Sempre que a Comissão Especial julgar necessário consubstanciar o resultado de


seu trabalho numa proposição, deverá apresentá-lo em separado, constituindo seu
parecer a respectiva justificação, respeitada a iniciativa privativa do Prefeito, Mesa
Diretora e maioria dos Vereadores, quanto a projetos de lei, caso em que oferecerá
apenas a proposição na forma de sugestão.

Art. 104 Se a Comissão Especial não se instalar dentro de 5 (cinco) dias úteis após a
designação de seus membros ou deixar de concluir seus trabalhos dentro do prazo
estabelecido de 90 (noventa) dias, ficará automaticamente extinta, salvo se o Plenário
houver aprovado, antes do término do prazo, requerimento com assinatura da maioria
dos membros da comissão, prorrogando seu prazo de funcionamento, que não excederá
a metade do inicialmente fixado para conclusão dos trabalhos.

§ 1º Constar- se- á como início do prazo para prorrogação o dia subseqüente à data do
término do prazo inicial.

§ 2º Não será concedida mais de uma prorrogação a cada comissão.

Subseção III
Das Comissões Externas

Art. 105 As Comissões Externas têm por finalidade representar a Câmara Municipal em
atos externos, de caráter social, e serão constituídas por deliberação do Plenário.

§ 1º Os membros da comissão externa serão designados de imediato pelo Presidente da


Câmara.

§ 2º A prestação de contas pelos custos da representatividade será realizada até 30


(trinta) dias do término do evento.

Subseção IV
Das Comissões Parlamentares de Inquérito

Art. 106 As comissões parlamentares de inquérito destinam-se a apurar, por prazo certo,
denúncia ou fato determinado, em matéria de interesse do Município, e serão
constituídas, independentemente de votação, sempre que o requerer pelo menos 1/3 (um
terço) dos membros da Câmara Municipal, com poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais.

Parágrafo único. Considera-se fato determinado o acontecimento ou situação de


relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica e
social do Município, que estiver devidamente caracterizado no requerimento de
constituição da comissão.

Art. 107 Recebido o requerimento para constituição da comissão, o Presidente da


Câmara o mandará à publicação, desde que satisfeitos os requisitos regimentais.

Parágrafo único. Não satisfeitos os requisitos regimentais, o Presidente da Câmara


devolverá o requerimento ao autor, cabendo desta decisão recurso para o Plenário, no
prazo de 5 (cinco) sessões, ouvindo-se a Comissão de Constituição, Justiça e Redação.
Art. 108 A Comissão Parlamentar de Inquérito será composta de 3 (três) membros,
sorteados entre os desimpedidos, admitidos 2 (dois) suplentes, nomeados pelo
Presidente da Câmara Municipal.

Art. 109 A comissão, que poderá atuar também durante o recesso parlamentar, terá o
prazo de 120 (cento e vinte) dias, prorrogável por 60 (sessenta) dias, mediante
deliberação do Plenário, para conclusão de seus trabalhos, sob pena de ser
automaticamente extinta.

Parágrafo único. A comissão que não se instalar e iniciar seus trabalhos em 15 (quinze)
dias da data da sua constituição estará automaticamente extinta.

Art. 110 Não se constituirá Comissão Parlamentar de Inquérito enquanto estiver em


funcionamento na Câmara Municipal outra comissão apurando denúncias ou fatos
idênticos.

Art. 111 No exercício de suas atribuições, a Comissão Parlamentar de Inquérito poderá:

I - determinar diligências, perícias e sindicâncias;

II - proceder a verificações contábeis em livros, papéis e documentos de órgãos da


Administração direta, indireta e fundacional;

III - solicitar audiências de Vereadores e convocar Secretários Municipais;

IV - tomar depoimento de autoridade municipal, intimar testemunha e inquiri-las sob


compromisso;

V - requerer ao Tribunal de Contas dos Municípios a realização de inspeções e


auditorias que entender necessária;

VI - requerer a intimação ao juízo competente, quando do não comparecimento do


intimado pela comissão, por duas convocações consecutivas.

Parágrafo único. Do requerimento de constituição da Comissão Parlamentar de


Inquérito deverão constar os meios e recursos administrativos, condições
organizacionais e assessoramento técnico necessários para o desempenho das atividades
da comissão, incumbido à Mesa Diretora e à administração da Câmara Municipal o
atendimento prioritário das solicitações realizadas.

Art. 112 Os trabalhos das comissões parlamentares de inquérito obedecerão ao disposto


neste Regimento Interno, observado o devido processo legal.

Art. 113 Ao término dos trabalhos, a comissão encaminhará ao Presidente da Câmara


Municipal seu relatório e conclusões que serão, imediatamente, publicados, para
conhecimento dos Vereadores.

§ 1º A comissão poderá concluir seu relatório, apresentando proposições legislativas, se


a Câmara Municipal de Feira de Santana for competente para deliberar a respeito da
matéria.
§ 2º Na hipótese prevista no parágrafo anterior, o Presidente incluirá a proposição na
Ordem do Dia da sessão ordinária seguinte ao da apresentação desta.

§ 3º A Comissão Parlamentar de Inquérito encaminhará seu relatório com as


conclusões, se for o caso:

I - à Mesa Diretora, para tomar as providências necessárias de alçada desta;

II - ao Ministério Público, com a cópia da documentação, para que promova a


responsabilidade civil ou criminal por infrações apuradas e adote outras medidas
decorrentes de suas funções institucionais;

III - ao Poder Executivo, para adotar as providências de caráter disciplinar e


administrativas de sua alçada;

IV - à comissão permanente que tenha maior pertinência com a matéria, à qual


incumbirá fiscalizar o atendimento do prescrito no inciso anterior;

V - ao Tribunal de Contas dos Municípios para realizar as providências cabíveis.

§ 4º O Presidente da Câmara Municipal, nos casos previstos nos incisos II, III, IV e V,
do parágrafo anterior encaminhará o relatório com as conclusões da comissão no prazo
de 5 (cinco) dias.

Subseção V
Das Comissões de Investigação e Processante

Art. 114 As Comissões de Investigação e Processante serão constituídas para apurar:

I - representação oferecida contra membro ou membros da Mesa Diretora;

II - infrações político- administrativas cometidas por:

a) Prefeito;
b) Vice- Prefeito, Presidente da Câmara Municipal e Interventor estadual, no exercício
da chefia do Executivo Municipal.

Parágrafo único. Na constituição da Comissão e exercício de suas atribuições, esta


deverá observar, em cada caso, as normas deste Regimento Interno.

Capítulo III
DO PLENÁRIO

Art. 115 O Plenário é órgão deliberativo e soberano da Câmara Municipal, constituído


pela reunião dos Vereadores em exercício, em local, forma e quorum legal estabelecidos
neste Regimento.
§ 1º O local é o recinto da sede da Câmara, exceto motivo de força maior quando o
Plenário se reunirá, por deliberação da Mesa Diretora, em outro local.

§ 2º A forma legal para deliberar é a sessão.

§ 3º Quorum é o número determinado na Lei Orgânica Municipal ou neste Regimento


Interno para a realização das sessões e deliberações.

§ 4º Integra o Plenário o suplente de Vereador regularmente convocado, enquanto durar


a convocação.

§ 5º Não integra o Plenário o Presidente da Câmara Municipal, quando estiver


substituindo o Prefeito.

Art. 116 As deliberações do Plenário serão tomadas:

I - por maioria simples de votos;

II - por maioria absoluta de votos;

III - por maioria qualificada;

§ 1º Maioria simples é a que representa o maior resultado de votação, dentre os


presentes.

§ 2º Maioria absoluta é a que corresponde ao número inteiro imediatamente superior à


metade do número de Vereadores que compõe a Câmara.

§ 3º Maioria qualificada é a que atinge ou ultrapassa a 2/3 (dois terços) dos membros da
Câmara.

§ 4º As deliberações do Plenário serão tomadas por maioria simples, ressalvadas as


disposições em contrário.

Art. 117 O Plenário, sem prejuízo de outras disposições constantes neste Regimento
Interno, deliberará:

I - por maioria absoluta, sobre:

a) Regimento Interno da Câmara Municipal;


b) Código Tributário Municipal e suas alterações;
c) criação de cargos, funções e empregos da Câmara Municipal, por resolução, e fixação
da remuneração respectiva, por lei;
d) aprovação de projeto de lei complementar;
e) aprovação de leis delegadas;
f) rejeição do veto, aposto pelo Prefeito em projeto de lei;
g) realização de plebiscito;
h) perda do mandato do Vereador
II - por maioria qualificada, sobre:

a) outorga de concessão, permissão de serviços públicos;


b) outorga do direito real de concessão de uso de bens imóveis do Município;
c) alienação de bens imóveis do Município;
d) aquisição de bens imóveis pelo Município com encargos;
e) autorização de empréstimo e concessão de privilégios a particular, inclusive para
autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público;
f) destituição de membros da Mesa Diretora da Câmara Municipal;
g) concessão de títulos honoríficos, comendas e medalhas de mérito;
h) rejeição do Parecer Prévio do Tribunal de Contas dos Municípios sobre as Contas do
Prefeito e da Mesa Diretora da Câmara Municipal;
i) emendas à Lei Orgânica do Município;
j) revisão da Lei Orgânica do Município.
l) associação do Município a outros, para criação de regiões metropolitanas.
m) suspensão de inviolabilidade de Vereador na vigência de estado de sítio

Art.118 São atribuições do Plenário, entre outras, as seguintes:

I - elaborar as leis municipais sobre matérias de competência do Município, observada a


competência reservada;

II - discutir e votar o orçamento anual, o plano plurianual e as diretrizes orçamentárias;

III - apreciar os vetos, rejeitando-os ou mantendo-os;

IV - autorizar, sob a forma de lei, observadas as restrições constantes da Constituição e


da legislação incidente, os seguintes atos e negócios administrativos:

a) abertura de créditos adicionais;


b) operações de créditos;
c) aquisição onerosa de bens imóveis;
d) alienação bens imóveis municipais;
e) concessão e permissão de serviço público;
f) concessão de direito real de uso de bens municipais;
g) participação em consórcios;
h) participação do Município em regiões metropolitanas;
i) alteração da denominação de próprios, vias e logradouros públicos.

V - expedir decretos legislativos quanto a assuntos de sua competência privativa,


notadamente nos casos de:

a) aprovação ou rejeição das contas do Prefeito e da Mesa Diretora;


b) concessão de licença ao Prefeito e Vice- Prefeito nos casos previstos em lei;
c) consentimento para o Prefeito e Vice- Prefeito se ausentarem do Município por prazo
superior a 15 (quinze) dias;
d) concessão de título honorífico, comendas e medalhas de mérito;
e) delegação ao Prefeito para a elaboração legislativa;

VI - expedir resoluções sobre assuntos de sua economia interna, mormente quanto aos
seguintes:

a) elaboração, alteração e reforma do Regimento Interno;


b) destituição de membros da Mesa Diretora;
c) concessão de licença a Vereador, nos casos permitidos em lei;
d) julgamento de recursos de sua competência, nos casos previstos na Lei Orgânica
Municipal ou neste Regimento;

VII - processar e julgar o Vereador, nos limites da Lei Orgânica Municipal;

VIII - processar e julgar o Prefeito ou quem o haja substituído pela prática de infração
político- administrativa;

IX - convocar os auxiliares diretos do Prefeito para explicações perante o Plenário ou


Comissões sobre matérias sujeitas à fiscalização da Câmara, sempre que assim o exigir
o interesse público;

X - eleger os membros da Mesa Diretora e Comissões Permanentes na forma e nos


casos previstos neste Regimento;

XI - propor a realização de consulta popular, na forma da lei.

XII - dispor sobre a criação, transformação ou extinção de cargo, emprego ou função


dos serviços da Câmara Municipal, e fixar e modificar, através de lei, a remuneração
dos seus servidores;

XIII - fixar, para viger na legislatura subseqüente, os subsídios dos Vereadores,


Prefeito, Vice- Prefeito e Secretário Municipal, observada a Constituição Federal e a Lei
Orgânica Municipal;

XIV - zelar pela preservação de sua competência legislativa, sustando os atos


normativos que exorbitem do poder regulamentar;

XV - aprovar crédito suplementar ao orçamento da Secretaria de Administração da


Câmara Municipal, nos termos da Lei Orgânica do Município de Feira de Santana;

XVI - aprovar as diretrizes gerais do desenvolvimento urbano, o Plano Diretor, a


legislação de controle de uso, de parcelamento e de ocupação do solo;

XVII - delimitar o perímetro urbano e o de expansão urbana.

TÍTULO III
DOS VEREADORES

Capítulo I
DA POSSE
Art. 119 A posse dos Vereadores é dada na sessão solene de Instalação da Legislatura,
nos termos da Seção II, Capítulo II, Título I deste Regimento Interno.

Capítulo II
DO EXERCÍCIO DO MANDATO

Seção I
Das Garantias e Prerrogativas

Art. 120 Os Vereadores gozam de inviolabilidade por suas opiniões, palavras e votos no
exercício do mandato, na circunscrição do Município.

§ 1° Os Vereadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou


prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que Ihes confiaram
ou deles receberam informações.

§ 2° A inviolabilidade dos Vereadores subsistirá durante estado de sítio, só podendo ser


suspensas mediante o voto de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal, no
caso de atos praticados fora de seu recinto que sejam incompatíveis com a execução da
medida.

Art. 121 No exercício do mandato, o Vereador terá livre acesso às repartições públicas
municipais e a áreas de circunscrição municipal onde se registre conflito ou o interesse
público esteja ameaçado.

Parágrafo único. O Vereador poderá diligenciar, inclusive com acesso a documentos,


junto a órgãos da administração pública direta, indireta e fundacionais devendo ser
atendido pelos respectivos responsáveis, na forma da lei.

Seção II
Dos Impedimentos e Incompatibilidades

Art. 122 O Vereador não poderá:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoas jurídicas de direito público, autarquia,


fundação pública, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa
concessionária de serviço público municipal, salvo quando o contrato obedecer a
cláusulas uniformes;
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os demais de que
seja demissível ad nutum, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor decorrente de
contrato com pessoas jurídicas de direito público, ou nela exercer função remunerada;
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível ad nutum, nas entidades referidas no
inciso I, alínea a deste artigo;
c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o
inciso I, alínea a deste artigo;
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo.

Art. 123 As incompatibilidades de Vereador são aquelas previstas na Lei Orgânica


Municipal e neste Regimento Interno.

Seção III
Dos Direitos e Deveres

Art. 124 São deveres do Vereador:

I - ter domicílio no Município;

II - comparecer à hora regimental nos dias designados para a abertura das Sessões, nelas
permanecendo até o seu término;

III - arcar com os encargos que Ihe forem cometidos, salvo motivo justo alegado ao
Presidente, Mesa Diretora ou Plenário, conforme o caso;

IV - comparecer às reuniões das comissões, das quais seja integrante, prestando


informações e emitindo pareceres nos projetos a ele distribuídos, com a observância dos
prazos regimentais;

V - desempenhar missões temporárias de caráter diplomático ou cultural, mediante


licença da Mesa Diretora;

VI - comunicar sua falta ou ausência quando tiver motivo justo para deixar de
comparecer às sessões ou às reuniões de comissão;

VII - apresentar declaração de bens incluídos os do cônjuge, 60 (sessenta) dias antes das
eleições da legislatura seguinte, para transcrição em livro próprio, resumido em ata, e
divulgação para conhecimento público;

VIII - obedecer às disposições regimentais;

IX - apresentar de próprio punho renúncia ao mandato quando se configurar a hipótese


prevista no inciso II, alínea d do artigo 122.

Art. 125 São direitos do Vereador:

I - oferecer proposições, discutir e deliberar sobre qualquer matéria em apreciação na


Câmara Municipal;

II - votar na eleição da Mesa e das Comissões;


III - concorrer aos cargos da Mesa e das Comissões, salvo impedimento legal ou
regimental;

IV - usar da palavra em defesa das proposições apresentadas que visem o interesse do


Município ou em oposição às que julgar prejudiciais ao interesse público, sujeitando-se
às limitações deste Regimento;

V - propor à Câmara Municipal todas as medidas que julgar convenientes aos interesses
do Município e à segurança e bem-estar da população bem como impugnar as que Ihe
pareçam contrárias ao interesse público;

Art. 126 O comparecimento efetivo do Vereador às Sessões será registrado:

I - pela Mesa Diretora no Pequeno e Grande Expedientes e Ordem do Dia por lista de
presença;

II - pelas Comissões através do controle de presença às reuniões.

Seção IV
Das Faltas e das Licenças

Art. 127 Será atribuída falta ao Vereador que não comparecer às sessões ou às reuniões
das comissões, salvo motivo justo.

§ 1° Para efeito de justificação das faltas, consideram-se motivos justos o desempenho


de missões oficiais da Câmara Municipal, doença e nojo ou gala.

§ 2° A justificação das faltas far-se-á por ofício fundamentado ao Presidente da Câmara


Municipal.

Art. 128 O Vereador poderá licenciar-se para:

I - tratar de assuntos particulares, sem receber subsídios, por prazo nunca superior a 60
(sessenta) dias por sessão legislativa;

II - tratamento de saúde por até 15 (quinze) dias;

III - licença maternidade até 60 (sessenta) dias com o pagamento dos subsídios;
(Redação acrescida pelo Resolução nº 443/2006)

§ 1° A licença dar-se-á mediante comunicação subscrita pelo Vereador e dirigida ao


Presidente, que dela dará conhecimento imediato ao Plenário.

§ 2º A licença efetivar-se-á a partir da leitura da comunicação em Plenário, ressalvada a


hipótese de ocorrer durante o recesso parlamentar, quando se dará a partir da
publicação, na forma regimental.

§ 3º Não se concederá a licença referida no inciso I, deste artigo durante o recesso


parlamentar, exceto quando houver prorrogação da sessão legislativa ordinária ou
convocação de sessões extraordinárias.

§ 4º No caso do inciso II, deste artigo a comunicação de licença será instruída com
atestado médico.

§ 5° Encontrando-se o Vereador impossibilitado física ou mentalmente de subscrever a


comunicação de licença para tratamento de saúde, caberá ao Presidente da Câmara
Municipal declará-lo licenciado mediante comunicação com atestado médico.

§ 6° No caso do inciso I, deste artigo é facultado ao Vereador prorrogar, por período


igual e único, o seu tempo de licença, por meio de nova comunicação, observado o
disposto no § 2°.

§ 7º No caso do inciso II, deste artigo a prorrogação será feita mediante laudo de
inspeção de saúde, exarado por junta de 3 (três) médicos indicados pela Câmara
Municipal, que ateste a debilidade da saúde do Vereador.

Art. 129 O Vereador que se licenciar, na forma do inciso I, do artigo anterior, para
afastar-se do território nacional deverá fazer comunicação escrita à Mesa Diretora, por
intermédio do Presidente.

Capítulo III
DAS VAGAS

Art. 130 As vagas na Câmara dar-se-ão por extinção ou perda do mandato.

Art. 131 A extinção verificar-se-á por:

I - falecimento;

II - renúncia;

III - falta de posse no prazo regimental.

Parágrafo único. A renúncia do Vereador far-se-á por ofício dirigido à Mesa Diretora,
reputando-se aberta a vaga a partir da sua protocolização.

Art. 132 A extinção do mandato tornar-se-á efetiva pela declaração do ato ou fato
extintivo pelo Presidente;

Art. 133 Perderá o mandato o Vereador:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo 122 deste Regimento
Interno;

II - que se utilizar do mandato para a prática de atos de corrupção ou de improbidade


administrativa;
III - que proceder de modo incompatível com a dignidade da Câmara ou faltar com o
decoro parlamentar na sua conduta pública;

IV - que perder ou tiver suspensos seus direitos políticos;

V-quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição da


República;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado;

VII - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa à terça parte das sessões
ordinárias da Câmara, salvo licença ou missão por esta autorizada;

VIII - que fixar residência fora do Município.

§ 1° Nos casos dos incisos I, II, III, VI, VIII deste artigo a perda do mandato será
decidida pela Câmara Municipal, pelo voto secreto da maioria absoluta dos seus
membros, mediante provocação da Mesa Diretora, de partido político com
representação na Câmara Municipal ou de 1/3 (um terço) dos Vereadores, assegurada
ampla defesa.

§ 2° Nos casos previstos nos incisos V e VII, deste artigo a perda será declarada pela
Mesa Diretora, de ofício ou mediante provocação de qualquer dos Vereadores ou de
partido político representado na Câmara Municipal, assegurada ampla defesa.

Art. 134 A representação, nos casos dos incisos I, II, III, VI e VIII, deste artigo será
encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, observadas as seguintes
normas:

I - recebida e processada na Comissão, será fornecida cópia da representação ao


Vereador, que terá prazo de 5 (cinco) sessões para apresentar defesa escrita e indicar
provas;

II - se a defesa não for apresentada, o Presidente da Comissão nomeará defensor dativo


para oferecê-la no mesmo prazo;

III - apresentada a defesa, a Comissão procederá às diligências necessárias à instrução


probatória que entender necessárias, findas as quais proferirá parecer no prazo de 5
(cinco) sessões, concluindo pela procedência da representação ou pelo seu
arquivamento;

IV - o Vereador poderá assistir, pessoalmente ou por procurador, a todos os atos e


diligências, e requerer o que julgar conveniente aos interesses da defesa;

V - concluindo-se pela procedência da representação, a Comissão oferecerá também o


projeto de resolução no sentido da perda do mandato;

VI - o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, uma vez lido no


Pequeno Expediente, será incluído na Ordem do Dia da Sessão Ordinária seguinte,
sendo submetido à votação pelo voto secreto.
Art. 135 Não perderá o mandato o Vereador:

I - investido no cargo de Ministro da República, Secretário de Estado, Secretário de


Município;

II - licenciado por motivo de doença, maternidade, ou ainda, para tratar, sem


remuneração, de assunto de interesse particular, desde que, neste caso, o
afastamento não ultrapasse 60 (sessenta) dias por sessão legislativa; (Redação dada
pela Resolução nº 443/2006)

III - no exercício de missão de caráter de interesse do Município.

Parágrafo único. Na hipótese do inciso I, deste artigo o Vereador pode optar pela
remuneração do mandato.

Art. 136 O Vereador licenciado, para exercício dos cargos dispostos no artigo 135,
inciso I deste Regimento Interno deverá comunicar à Mesa Diretora por escrito a
investidura e reassumir o mandato tão logo cesse.

Capítulo IV
DO DECORO PARLAMENTAR

Art. 137 O Vereador que descumprir os deveres inerentes a seu mandato ou praticar ato
que afeta a sua dignidade, está sujeito ao processo e às medidas disciplinares previstas
neste Regimento Interno e no Código de Ética Parlamentar, que pode definir outras
infrações e penalidades, além das seguintes:

I - censura;

II - perda do mandato.

§ 1º Considera-se atentatório ao decoro parlamentar usar, em discurso ou proposição, de


expressões que configurem crimes contra a honra e contenham incitamento a pratica de
crimes.

§ 2º É incompatível com o decoro parlamentar:

I - o abuso das prerrogativas legais asseguradas a membros da Câmara Municipal;

II - a percepção de vantagens indevidas;

Art. 138 A censura será escrita ou verbal.

§ 1º A censura verbal será aplicada em sessão pelo Presidente da Câmara, ou por quem
o substituir, ou de Comissão, no âmbito desta, quando não caiba penalidade mais grave,
ao Vereador que:

I - inobservar, salvo motivo justificado, os deveres inerentes ao mandato ou os preceitos


do Regimento Interno;

II - praticar atos que infrinjam as regras de boa conduta nas demais dependências da
Câmara;

III - perturbar a ordem das sessões da Câmara ou das reuniões de Comissão.

§ 2º A censura escrita será imposta pela Mesa Diretora, se outra cominação mais grave
não couber, ao Vereador que:

I - usar em discurso ou proposição, de expressões atentatórias ao decoro parlamentar;

II - praticar ofensas físicas ou morais no edifício da Câmara ou desacatar, por atos ou


palavras, outro parlamentar, a Mesa Diretora ou Comissão, ou os respectivos
Presidentes.

Art. 139 Considerar-se-á incurso na sanção de perda temporária do exercício do


mandato, por falta de decoro parlamentar, o Vereador que:

I - reincidir nas hipóteses previstas nos parágrafos do artigo anterior;

II - praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos do Regimento Interno ou


Código de Ética e Decoro Parlamentar;

III - revelar conteúdo de debates ou deliberações que por decisão da Câmara ou


Comissão devem ficar secretos;

IV - revelar informações e documentos oficiais de caráter reservado de que tenha tido


conhecimento na forma regimental;

V - faltar, sem justo motivo, a terça parte das sessões ordinárias realizadas no período
legislativo.

§ 1º Nos casos dos incisos I a IV, deste artigo a penalidade será aplicada pelo Plenário,
em escrutínio secreto e por maioria simples, assegurada ao infrator o direito de ampla
defesa.

§ 2º Na hipótese do inciso V, deste artigo a Mesa Diretora aplicará, de início, o máximo


de penalidade, resguardado o princípio da ampla defesa.

Art. 140 A perda do mandato aplicar-se-á nos casos e na forma previstos no artigo 134 e
seus incisos deste Regimento Interno.

Art. 141 Quando, no curso de uma discussão, um Vereador for acusado de ato que
ofenda a sua honorabilidade, pode pedir ao Presidente da Câmara ou de Comissão que
mande apurar a veracidade da argüição e a aplicação de censura ao ofensor, no caso de
improcedência da acusação.

Capítulo V
DOS SUPLENTES
Art. 142 A Mesa Diretora convocará o suplente de Vereador, de imediato, nos casos de:

I - ocorrência de vaga;

I - investidura do titular nas funções definidas no artigo 135, inciso I deste Regimento
Interno;

II - licença superior a 60 (sessenta) dias por sessão legislativa;

§ 1º Assiste ao suplente que for convocado o direito de se declarar impossibilitado de


assumir o exercício do mandato, dando ciência por escrito à Mesa Diretora, que
convocará o Suplente imediato.

§ 2º Ressalvadas as hipóteses que trata o parágrafo anterior, de doença comprovada na


forma do artigo 128, § 7º deste Regimento Interno ou no caso de desinvestidura de que
trata o artigo 135, incisos I e II deste Regimento Interno o suplente que, convocado, não
assumir o mandato no prazo de 10 (dez) dias perde o direito à suplência, sendo
convocado o suplente imediato.

§ 3° Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se


faltarem mais de 15 (quinze) meses para o término do mandato, na forma da lei.

Capítulo VI
DOS SUBSÍDIOS

Art. 143 Os subsídios dos Vereadores serão fixados, através de Decreto Legislativo
pela Câmara Municipal, em cada legislatura para a subsequente, observado o
disposto na Constituição Federal , art. 29, VI. (Redação dada pela Resolução nº
494/2014)

§ 1º Os subsídios serão fixados em parcela única, vedada acréscimo de qualquer


natureza.

§ 2º A fixação dos subsídios far-se-á no primeiro período da última sessão legislativa.

§ 3º A regra estampada no parágrafo anterior não se aplicará no período de eleições


municipais, quando os subsídios deverão ser fixados até 30 (trinta) dias antes do pleito.

Art. 144 Não fixados os subsídios dos Vereadores até as datas previstas nos § § 2º e 3º
do artigo anterior serão mantidos para a legislatura subseqüente, os subsídios vigentes
na legislatura anterior, admitida apenas a respectiva revisão anual.

Art. 145 Os subsídios dos Vereadores terão como limite remuneratório máximo aquele
previsto no artigo 39, § 4º da Constituição da República Federativa do Brasil.

§ 1º O valor dos subsídios dos Vereadores será determinado em moeda corrente no país.

§ 2º Incide sobre os subsídios o imposto de renda e a contribuição previdenciária, na


forma da lei.

Art. 146 Aos subsídios dos Vereadores é assegurada revisão geral anual, na mesma data
e sem distinção de índices da remuneração dos servidores da Câmara Municipal.

Art. 147 No recesso parlamentar, os Vereadores receberão subsídios de forma integral.

§ 1º As sessões legislativas extraordinárias, realizadas no recesso parlamentar, poderão


ser indenizadas, desde que não superem o valor do subsídio mensal.

§ 2º As reuniões extraordinárias, realizadas depois das sessões ordinárias, não serão


indenizadas.

Art. 148 Ao Vereador residente em distrito longínquo do Município, que tenha especial
dificuldade de acesso à sede da Câmara Municipal para o comparecimento às sessões,
obrigado a pernoitar na sede do Município, será concedida ajuda de custo por resolução.

Art. 149 Ao Vereador em viagem a serviço da Câmara Municipal para fora do


Município é assegurado o ressarcimento, na forma de resolução, das despesas com
locomoção, alojamento e alimentação, cumprindo-lhe comprová-las.

Art. 150 O Vereador que é servidor ou empregado público da administração direta,


autárquica e fundacional, receberá subsídios, sem prejuízo da remuneração que percebe
pelo exercício do cargo ou emprego público, desde que haja compatibilidade de horário.

Parágrafo único. Não havendo compatibilidade de horário, o Vereador deverá afastar-se


do cargo ou emprego público, sendo-lhe facultado optar entre a remuneração e o
subsídio.

Art. 151 É facultado ao Vereador declinar de seu subsídio, permitindo-se-lhe, inclusive,


destiná-lo a qualquer entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que julgue merecedora.

Parágrafo único. A entidade mencionada no caput deste artigo não poderá ter vinculação
de qualquer natureza com o Vereador que declinou de seu subsídio.

Art. 152 O Suplente convocado para assumir o cargo titular por período inferior a um
ano, terá seu subsídio calculado proporcionalmente aos meses de efetivo exercício da
vereança.

Capítulo VII
DAS LIDERANÇAS

Art. 153 Líder é o Vereador que fala autorizadamente em nome do seu partido, sendo o
seu porta-voz oficial, em relação a todos os órgãos da Câmara Municipal.

Art. 154 O Líder e o Vice- Líder serão escolhido conforme o estatuto de cada partido
político e art. 13 da Lei n.º 9.096/95.

Art.155 No início de cada sessão legislativa, os partidos comunicarão à Mesa Diretora a


escolha de seus Líderes e Vice- Líderes.

Art. 156 São atribuições do Líder:

I-fazer comunicação de caráter inadiável à Câmara Municipal por 5 (cinco) minutos,


vedados os apartes;

II-indicar o orador do partido nas solenidades;

III-fazer o encaminhamento de votação ou indicar Vereador para substituí-lo nesta


função.

IV - indicar os membros de seu partido nas Comissões Permanentes e Temporárias,


dentro do prazo de 48 (quarenta e oito) horas da solicitação do Presidente da Câmara
Municipal.

Art. 157 O Líder e o Vice-Líder podem fazer parte de Comissões Permanentes e


Temporárias, exceto o Líder e Vice-Líder do Governo.

Art. 158 O Líder e o Vice- Líder do Governo serão indicados de ofício pelo Chefe do
Poder Executivo.

Art. 159 Os partidos com representação na Câmara Municipal poderão agrupar-se em


blocos, sendo-lhes permitido formar suas Lideranças.

Art. 160 Aplicam-se, no que couber, as disposições deste Capítulo às lideranças de


blocos parlamentares de que trata o artigo anterior.

TÍTULO IV
DAS SESSÕES

Capítulo I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Seção I
Das Espécies de Sessão e de sua Abertura

Art. 161 As sessões da Câmara Municipal serão:

I-quanto à natureza:

a) ordinárias;
b) extraordinárias;
c) solenes;
d) especiais;

II-quanto ao caráter deverão ser pública.


Art. 162 As sessões ordinárias serão em dias úteis, com início às 8 (oito) horas e 30
(trinta) minutos, com tolerância de 15 (quinze) minutos para formação de quorum,
realizadas de segunda a quarta- feira.

Parágrafo único. É facultado à Câmara Municipal por ofício do Presidente ou mediante


deliberação do Plenário, motivada por requerimento de, pelo menos, 1/3 (um terço) dos
Vereadores, realizar reuniões extraordinárias, depois das sessões ordinárias, destinadas à
discussão e votação de matérias constantes do ato de convocação.

Art. 163 As sessões extraordinárias ocorrerão no recesso parlamentar, nos termos do ato
de convocação, observada a Lei Orgânica do Município e este Regimento Interno.

Art. 164 Nos 2 (dois) últimos dias úteis da Sessão Legislativa, a Câmara Municipal
aprovará apenas redações finais.

Art. 165 No recinto do Plenário, durante as sessões, só serão admitidos os Vereadores,


funcionários da Câmara Municipal em serviço e profissionais de comunicação
credenciados.

Parágrafo único. Ao público será franqueado o acesso às galerias circundantes.

Art. 166 O ingresso daquelas pessoas tratadas no art. 165, no recinto do Plenário,
durante as sessões, só será admitido, se observadas as normas fixadas pela Mesa
Diretora, relativas aos respectivos trajes.

Seção II
Do Uso da Palavra

Art. 167 Durante as sessões, o Vereador usará da palavra para:

I -versar assunto de sua livre escolha no Grande Expediente;

II - apresentar proposições;

III - discutir matéria em debate;

IV - apartear;

V - encaminhar a votação;

Vl - declarar voto;

Vll - apresentar ou retirar requerimento;

VIII - levantar questão de ordem;

IX - manifestar-se pela ordem;


X - dar explicação pessoal;

XI - replicar acusações pessoais que lhe são imputadas;

XII - fazer reclamação;

XIII - solicitar adiamento de votação.

Art. 168 O uso da palavra será regulado pelas normas seguintes:

I - qualquer Vereador, com exceção do Presidente, no exercício da Presidência, falará de


pé e só quando enfermo poderá obter permissão para falar sentado;

II -o orador deverá falar da tribuna nos horários dos líderes e oradores, durante as
discussões e ao levantar questão de ordem, a menos que o Presidente permita o
contrário;

III - nenhum Vereador poderá falar sem pedir a palavra e sem que o Presidente a
conceda, e somente após a concessão será iniciado o registro e acompanhamento do
discurso;

IV - a não ser através de aparte, permitido pelo orador, nenhum Vereador poderá
interromper o orador que estiver na tribuna, assim considerado o Vereador ao qual o
Presidente já tenha dado a palavra;

V - o Vereador se manifestará pela ordem, duas vezes em cada fase da Sessão


Ordinária, por 2 (dois) minutos, somente para:

a) indagar sobre o andamento dos trabalhos;


b) reclamar quanto à observância do Regimento Interno;
c) indicar falha ou equívoco em relação à matéria da Ordem do Dia.

VI - se o Vereador pretender falar sem que Ihe tenha sido dada a palavra, ou permanecer
na tribuna além do tempo que Ihe é concedido, o Presidente adverti-lo-á, convidando-o
a sentar-se;

VlI - se, apesar da advertência e do convite, o Vereador insistir em falar, o Presidente


dará seu discurso por terminado;

VIII - encerrado o discurso do Vereador, pelo Presidente, nos termos do inciso anterior,
este não será mais anotado;

IX - se o Vereador ainda insistir, o Presidente convidá-lo-á a retirar-se do recinto e


aplicará as sanções previstas neste Regimento Interno;

X - qualquer Vereador, ao falar, dirigirá a palavra ao Presidente ou aos Vereadores em


geral e só poderá falar voltado para a Mesa Diretora, salvo quando responder a aparte;

XI - referindo-se em discurso a outro Vereador, o orador deverá preceder seu nome de


tratamento de Senhor ou Vereador;
XII - dirigindo-se a qualquer de seus pares, o Vereador dar-lhe-á o tratamento de
Excelência, nobre colega ou nobre Vereador;

XIII - nenhum Vereador poderá referir-se a seus pares e, de modo geral, a qualquer
representante do Poder Publico de forma descortês ou injuriosa;

XIV - não será admitida conversa paralela dos Vereadores na leitura de documentos,
chamada para votações, comunicações da Mesa Diretora, discursos e debates.

Seção III
Da Suspensão e do Encerramento da Sessão

Art. 169 A sessão poderá ser suspensa:

I - para preservação da ordem;

II - para permitir, quando for o caso, que uma comissão possa apresentar parecer verbal
ou escrito;

III - para recepcionar visitantes ilustres;

IV - para realização dos trabalhos da Comissão Geral;

V - por deliberação do Plenário.

Parágrafo único. A suspensão da sessão, no caso do inciso II, não poderá exceder 15
(quinze) minutos.

Art. 170 O tempo durante o qual a Sessão ficar suspensa não será deduzido do prazo
normal de sua duração.

Art. 171 A Sessão será encerrada antes da hora regimental nos seguintes casos:

I -por falta de quorum regimental para o prosseguimento dos trabalhos;

II - em caráter excepcional, por motivo de luto municipal, pelo falecimento de


autoridade pública ou por grande calamidade pública, em qualquer fase dos trabalhos,
mediante deliberação do Plenário, em requerimento subscrito, no mínimo, por 1/3 (um
terço) dos Vereadores presentes;

III - tumulto grave.

Seção IV
Da Prorrogação das Sessões

Art. 172 As sessões poderão ser prorrogadas por requerimento escrito de qualquer
Vereador ou Líder da Câmara, pelo prazo máximo de 1 (uma) hora, para dar
continuidade a discussão e votação de matéria constante da Ordem do Dia.

§ 1° O requerimento de prorrogação deverá ser apresentado à Mesa Diretora até 15


(quinze) minutos antes do término da sessão.

§ 2° O requerimento de prorrogação não terá encaminhamento de votação nem será


discutido e será votado pelo processo simbólico.

Art. 173 O Presidente, ao receber o requerimento, dará conhecimento imediato ao


Plenário e o colocará em votação, interrompendo, se for o caso, o orador que estiver na
tribuna.

Parágrafo único. O orador interrompido por força do disposto no caput deste artigo,
mesmo que ausente à votação do requerimento de prorrogação, não perderá sua vez de
falar, desde que presente, quando chamado a continuar seu discurso.

Art. 174 O requerimento de prorrogação será considerado prejudicado pela ausência de


seu autor no momento da votação.

Art. 175 Se forem apresentados 2 (dois) ou mais requerimentos de prorrogação da


sessão, serão os mesmos votados em ordem cronológica de apresentação.

Parágrafo único. Aprovado qualquer dos requerimentos referidos no parágrafo anterior


considerar-se-ão prejudicados os demais.

Art. 176 É facultado ao autor do requerimento da prorrogação solicitar sua retirada,


desde que o faça antes de sua votação.

Art. 177 A prorrogação destinada à votação da matéria da Ordem do Dia só poderá ser
concedida com a presença da maioria absoluta dos Vereadores.

Art. 178 Antes de encerrada uma prorrogação, outra poderá ser requerida, obedecidas às
condições dessa Seção.

Seção V
Da Ata

Art. 179 Lavrar-se-á a ata, com o resumo dos trabalhos de cada sessão, cuja redação
obedecerá ao padrão uniforme adotado pela Mesa Diretora.

Parágrafo único. Da ata constará a lista nominal de presença e de ausência dos


Vereadores às sessões.

Art. 180 As atas serão organizadas em anais, por ordem cronológica, por período
legislativo e recolhidas ao Arquivo da Câmara.

Art. 181 Os Vereadores só poderão falar sobre a ata para impugná-la, ou retificá-la no
todo ou em parte, logo após a leitura da mesma.
§ 1° A discussão sobre a impugnação ou retificação da ata não poderá exceder o tempo
destinado ao Grande Expediente, que nesta hipótese, ficará prejudicado.

§ 2° Encerrada a discussão, passar-se-á à votação.

§ 3° Se não houver quorum para deliberação, os trabalhos terão prosseguimento e a


votação se fará em qualquer fase da sessão, assim que se comprovar a existência de
número regimental para deliberação.

§ 4° Se o Plenário, por falta de quorum, não deliberar sobre a ata até o encerramento da
sessão, a votação se transferirá para o início da Sessão Ordinária seguinte.

Art. 182 A ata da última sessão de cada legislatura será redigida em resumo e submetida
à aprovação, presente qualquer número de Vereadores.

Capítulo II
DAS SESSÕES ORDINÁRIAS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 183 As Sessões Ordinárias compor-se-ão das seguintes partes:

I - Pequeno Expediente;

II - Grande Expediente;

III - Ordem do Dia;

Art. 184 A hora do início das sessões, os membros da Mesa Diretora e os Vereadores
ocuparão os seus lugares para a verificação de quorum necessário à abertura da Sessão.

Parágrafo único. O Presidente declarará aberta a Sessão, afirmando que: Sob a proteção
de Deus e em nome da Comunidade, serão iniciados os trabalhos da Câmara Municipal
de Feira de Santana.

Art. 185 As sessões da Câmara Municipal serão abertas após a constatação, através da
chamada necessária, da presença de 1/3 (um terço) dos Vereadores e terão a duração de
3 (três) horas e 50 (cinqüenta) minutos.

§ 1° Inexistindo número legal na primeira chamada, proceder-se-á dentro de 15 (quinze)


minutos a nova chamada, computando-se esse tempo no prazo de duração da sessão.

§ 2° Se persistir a falta de número legal, o Presidente determinará ao redator de debates


a lavratura da ocorrência, na qual constará o nome dos Vereadores presentes, e declarará
que não haverá Sessão Ordinária.
Seção II
Do Pequeno Expediente

Art. 186 O Pequeno Expediente, com duração de 30 (trinta) minutos improrrogáveis, se


destinará às deliberações de expediente.

Art. 187 Aberta a Sessão, o Segundo Secretário fará a leitura da ata da Sessão anterior,
que o Presidente submeterá à apreciação do Plenário.

Parágrafo único. As retificações da ata serão encaminhadas ao Presidente que, achando-


as procedentes, mandará republicar as partes retificadas.

Art. 188 Após a leitura da ata, o Primeiro Secretário procederá a leitura de:

I - comunicações enviadas à Mesa Diretora pelos Vereadores;

II - correspondências, petições e demais documentos recebidos pelo Presidente ou Mesa


Diretora, de interesse do Plenário;

III - proposições, observadas as hipóteses cabíveis previstas neste Regimento Interno.

Seção III
Do Grande Expediente

Art. 189 Findo o Pequeno Expediente, por esgotado o tempo regimental, será iniciado o
Grande Expediente, com duração improrrogável de 1 (uma) hora e 30 (trinta) minutos,
destinado a comunicações e debates sobre assuntos de relevância para o Plenário.

Art. 190 O Grande Expediente será composto das seguintes partes:

I - Horário das Lideranças;

II - Horário dos Oradores.


Art. 191 No Horário das Lideranças, os Líderes da Câmara exporão a posição daqueles
que representam por 40 (quarenta) minutos, divididos de forma igualitária.

Parágrafo Único. O Presidente concederá a palavra aos Líderes, mediante prévia


inscrição feita em livro próprio, que serão chamados de forma alternada por partido ou
bloco.

Art. 192 Passado o Horário das Lideranças, iniciar-se-á o Horário dos Oradores, onde o
Vereador inscrito ou, na falta deste, o que solicitar a palavra, se pronunciará.

§ 1º A inscrição do Vereador no Grande Expediente será feita de próprio punho, em


lista, que permanecerá na Mesa Diretora.

§ 2º A chamada dos Vereadores inscritos na lista obedecerá à ordem de inscrição.


§ 3° O Vereador inscrito, se não estiver presente quando chamado, perderá sua
inscrição, e não poderá refazê-la.

§ 4° O Vereador só poderá falar no Horário dos Oradores pelo prazo de 15 (quinze)


minutos, incluído nesse tempo os apartes.

§ 5° Caso o orador não utilize todo o tempo disponível, poderá ceder o restante a outro
orador; se não o quiser, poderá ser franqueada a palavra a quem desejar utilizá-la.

§ 6º Não restando tempo para os Vereadores inscritos se pronunciarem, ficarão


automaticamente inscritos para usar da palavra na próxima sessão, no Horário dos
Oradores.

Art. 193 O Vereador chamado a falar em qualquer parte do Grande Expediente poderá,
se o desejar, encaminhar à Mesa Diretora seu discurso, não excedente de 5 (cinco)
laudas datilografadas, para ser publicado.

Art. 194 O Grande Expediente poderá ser destinado para comemorações de alta
significação nacional ou interromperem-se os trabalhos em andamento para recepção,
na Câmara Municipal, de altas personalidades, desde que assim determine o Presidente
da Câmara ou mediante deliberação do Plenário.

Seção IV
Da Ordem do Dia

Art. 195 Findo o Grande Expediente, por esgotado o tempo regimental, será iniciada a
Ordem do Dia, com duração de 1 (uma) hora e 50 (cinqüenta) minutos, prorrogável em
virtude de requerimento escrito de Vereador ou Líder de Governo, partido ou bloco.

§ 1° É lícito a qualquer Vereador requerer a verificação de quorum tão logo seja lida a
Ordem do Dia.

§ 2° Não havendo oradores, o Presidente declarará encerrada a discussão sobre as


matérias.

§ 3° A inscrição para discussão da matéria na Ordem do Dia far-se-á junto à Mesa


Diretora, em lista, após a abertura da Sessão.

§ 4° Durante a Ordem do Dia só poderá ser levantada Questão de Ordem referente à


matéria que esteja sendo apreciada na ocasião.

§ 5° Presente um terço dos Vereadores, as matérias constantes da Ordem do Dia


poderão ser discutidas, procedendo-se, porém, necessariamente, a uma verificação de
presença antes da votação.

§ 6° Constatada, na verificação, a presença aludida no parágrafo anterior e a existência


de número regimental para deliberação, as matérias com discussão encerrada serão
votadas rigorosamente pela ordem do encerramento da discussão, passando-se, em
seguida, à discussão e votação dos demais itens.

§ 7º Após a segunda constatação de quorum qualificado de 2/3 (dois terços), mas


estando presente a maioria absoluta dos Vereadores, o Presidente passará imediatamente
às matérias que necessitam de maioria simples ou absoluta de votos.

§ 8° Após nova constatação de presença, havendo quorum qualificado de 2/3 (dois


terços), voltar-se-á, então, à discussão e votação das matérias que necessitem do
referido quorum.

§ 9º Quando a pauta das sessões constar apenas de vetos, a constatação de falta de


quorum será efetivada através de chamada nominal para a votação.

§ 10 Constatando-se durante a Ordem do Dia, através de 3 (três) verificações de


presença, persistir a falta de quorum para deliberação ou inexistir de matéria para
votação, o Presidente encerrará a Sessão.

Art. 196 A Ordem do Dia será organizada pelo Presidente da Câmara, ouvidas as
Lideranças, que explicitará o número do projeto, o autor, a ementa respectiva e o prazo
final para aprovação de vetos.

Parágrafo único. Ao Presidente caberá, ainda, fazer menção ao desarquivamento de


projeto e quem solicitou.

Art. 197 A matéria constante da Ordem do Dia será distribuída pelo Presidente da
seguinte forma:

I - vetos;

II - projetos do Executivo em regime de urgência;

III - parecer de redação final ou de reabertura de discussão;

IV - primeira e segunda discussões;

V - contas do Prefeito e da Mesa Diretora.

§ 1º No caso do inciso IV desse artigo, observar-se-á o art. 262 deste Regimento


Interno.

§ 2° Na fase de discussão, será obedecida na elaboração da pauta a seguinte ordem


distributiva:

I - projetos de emendas à Lei Orgânica do Município;

II - projetos de lei complementar;

III - projetos de lei ordinária;

IV - projetos de lei delegada;


V - projetos de decreto legislativo:

Vl - projetos de resolução.

§ 3° Quanto ao estágio de tramitação das proposições será a seguinte a ordem


distributiva a ser obedecida na elaboração da pauta:

I - votação adiada;

II - votação;

III - continuação de discussão;

IV - discussão adiada.

§ 4° Respeitados a fase de discussão e o estágio de tramitação, os projetos de lei com


prazos de apreciação estabelecidos por lei figurarão em pauta na ordem crescente dos
respectivos prazos.

§ 5° As pautas das Sessões Ordinárias e Extraordinárias só poderão ser organizadas com


proposições que já contenham pareceres das Comissões Permanentes, excetuados os
casos previstos no artigo 78, § 2º deste Regimento Interno.

§ 6° Os projetos de lei com prazo de apreciação estabelecido em lei, assim como os


vetos, independentemente de parecer das comissões constarão obrigatoriamente da
Ordem do Dia, pelo menos nas 3 (três) últimas sessões antes do término do prazo.

§ 7° Nas hipóteses do parágrafo anterior, as proposições não poderão sofrer adiamento


da discussão ou votação.

Art. 198 A Ordem do Dia estabelecida nos termos do artigo anterior só poderá ser
interrompida ou alterada:

I-para comunicação de licença de Vereador;

II-para posse de Vereador ou Suplente;

III-em caso de inclusão de projeto na pauta em regime de urgência;

IV - em caso de inclusão de proposição na pauta em regime de prioridade;

V-em caso de inversão de pauta;

VI-em caso de retirada de proposição da pauta.

Art. 199 Os projetos cuja urgência tenha sido concedida pelo Plenário figurarão na
pauta da Ordem do Dia da mesma sessão como itens preferenciais, pela ordem de
votação dos respectivos requerimentos, observado o disposto no artigo 197, § 3° deste
Regimento Interno.
§ 1° Se o projeto para o qual tenha sido concedida urgência não se encontrar na Câmara
Municipal no momento de ser apreciado, o Presidente determinará a sua imediata
reconstituição.

§ 2° A urgência só prevalecerá para a sessão em que tenha sido concedida, salvo se a


sessão for encerrada com o projeto ainda em debate, caso em que o mesmo figurará
como primeiro item na Ordem do Dia da Sessão Ordinária seguinte, após os vetos que
eventualmente sejam nela incluídos ficando prejudicadas as demais inclusões.

§ 3° Se o projeto incluído na pauta em regime de urgência depender de parecer de


comissão, este poderá ser verbal e só será emitido no caso de se encontrar no Plenário a
maioria dos membros da respectiva comissão.

§ 4° Se não se encontrar presente à maioria da comissão, o parecer será dispensado


desde que o Plenário assim delibere, mediante consulta do Presidente, submetida à
votação, sem discussão, encaminhamento de votação ou declaração de voto.

§ 5° O procedimento descrito no § 3°, deste artigo, é extensivo às emendas apresentadas


em Plenário e não extensivo a substitutivo.

§ 6° A dispensa do parecer a que alude o § 4°, deste artigo, não impede o adiamento da
discussão para audiência da comissão cujo parecer foi dispensado, se assim o deliberar o
Plenário, a requerimento verbal ou escrito de qualquer Vereador.

§ 7º Na discussão e no encaminhamento de votação da proposição em regime de


urgência, só o autor do requerimento, o relator da comissão e os Vereadores inscritos
poderão usar da palavra;

§ 8º O prazo de pronunciamentos na discussão e no encaminhamento de votação será


metade do previsto para as proposições sujeitas à tramitação ordinária, alterando-se
sempre que possível os oradores favoráveis e contrários ao requerimento.

§ 9º As proposições urgentes ou as que se tornam urgentes só receberão emendas de


Comissão Permanente ou a requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores ou Líderes
da Câmara, desde que apresentadas em Plenário até o início da primeira votação sobre a
matéria.

Art. 200 Pode ser incluída automaticamente na Ordem do Dia para discussão e votação
imediata, ainda que iniciada a sessão em que foi apresentada, proposição que verse
sobre matéria inadiável e de relevante interesse público, mediante requerimento da
maioria absoluta dos Vereadores ou Líderes da Câmara, desde que aprovado pela
maioria absoluta dos membros da Câmara Municipal.

Art. 201 A realização de diligência para as proposições que tramitam em regime de


urgência não implica em dilação dos prazos para a sua apreciação.

Art. 202 As proposições, incluídas na Ordem do Dia, observado os artigos 260 e 261
deste Regimento Interno, após a sessão em que foi solicitada urgência para projeto, será
concedida prioridade.
Parágrafo único. Somente poderá ser admitida a prioridade para a proposição numerada
e com parecer de todas as comissões.

Art. 203 A inversão da pauta da Ordem do Dia somente se dará mediante requerimento
escrito, que será votado sem discussão, não se admitindo encaminhamento de votação
nem declaração de voto.

Paragrafo único. Concederá a palavra aos Líderes, mediante prévia inscrição feita
em livro próprio, que serão chamados de forma alternada por partido ou bloco.
(Redação dada pela Resolução nº 432/2004)

§ 1° Figurando na pauta da Ordem do Dia vetos, projetos incluídos em regime de


urgência ou proposição já em regime de inversão, só serão aceitos novos pedidos de
inversão para os itens subsequentes.

§ 2° Admite-se requerimento que vise a manter qualquer item da pauta em sua posição
cronológica original.

§ 3° Se ocorrer o encerramento da Sessão com o projeto a que se tenha concedido


inversão ainda em debate, figurará ele como primeiro item da Ordem do Dia da Sessão
Ordinária seguinte, após os vetos que eventualmente sejam incluídos e as proposições
referidas no § 2º deste artigo e no artigo 197, § 2°, incisos I e II.

Art. 204 As proposições constantes da Ordem do Dia poderão ser objeto de:

I-preferência;

II-adiamento;

III-retirada da pauta;

Art. 205 Possuem preferência sobre as demais proposições, as propostas apresentadas


pelo Poder Executivo, pela Mesa Diretora ou por qualquer das Comissões Permanentes.

§ 1° Se houver uma ou mais proposições constituindo processos distintos, anexadas à


proposição que se encontra em pauta, a proposição cronologicamente mais antiga terá
preferência sobre as demais para discussão e votação, obedecido primeiramente o
critério fixado no caput deste artigo.

§ 2º As proposições em regime de tramitação ordinária que tiveram pedido de


preferência concedido gozam de primazia àquelas que têm pareceres favoráveis de todas
as comissões a que foram distribuídas.
Art. 206 Votada uma proposição, todas as demais que tratem do mesmo assunto, ainda
que a ela não anexadas, serão consideradas prejudicadas e remetidas ao arquivo.

Art. 207 O Presidente da Câmara ou de comissão, de ofício, declarará prejudicada


proposição pendente de deliberação por ter perdido o objeto ou em virtude de
prejulgamento pelo Plenário ou comissão, em deliberação passada.
Parágrafo único. Da declaração de prejudicialidade poderá o autor da proposição, até a
sessão seguinte, interpor recurso ao Plenário, que deliberará, depois de ouvida a
Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Art. 208 O adiamento da discussão ou votação de proposição poderá, ressalvado o


disposto no § 4º deste artigo, ser formulado em qualquer fase de sua apreciação em
Plenário, através de requerimento verbal de qualquer Vereador, devendo especificar a
finalidade e o número de sessões do adiamento proposto.

§ 1° O requerimento de adiamento é prejudicial à continuação da discussão ou votação


da matéria a que se refira, até que o Plenário sobre o mesmo delibere.

§ 2° Apresentado um requerimento de adiamento, outros poderão ser formulados, antes


de se proceder à votação, que se fará rigorosamente pela ordem de apresentação dos
requerimentos, não se admitindo, nesse caso, pedido de preferência.

§ 3° O adiamento da votação de qualquer matéria será admitido, desde que não tenha
sido ainda votada nenhuma peça do projeto.

§ 4° A aprovação de um requerimento de adiamento prejudica os demais.

§ 5° Rejeitados todos os requerimentos formulados nos termos do § 2° deste artigo, não


se admitirão novos pedidos de adiamento com a mesma finalidade.

§ 6° O adiamento da discussão ou da votação por determinado número de sessões


importará sempre no adiamento da discussão ou da votação de matéria por igual número
de Sessões Ordinárias, mesmo quando aprovado em Sessão Extraordinária.

§ 7° Não serão admitidos pedidos de adiamento da votação de requerimentos de


adiamento.

§ 8° Os requerimentos de adiamento não comportarão discussão, encaminhamento de


votação ou declaração de voto.

Art. 209 A retirada em definitivo de proposição constante da Ordem do Dia dar-se-á:

I-por solicitação de seu autor, quando o parecer da Comissão de Justiça e Redação tenha
concluído pela inconstitucionalidade, ilegalidade ou anti- regimentalidade, ou quando a
proposição não tenha parecer favorável de Comissão Permanente;

II-por requerimento do autor, sujeito à deliberação do Plenário sem discussão,


encaminhamento de votação e declaração de voto quando a proposição tenha parecer
favorável, mesmo que de uma só das Comissões Permanentes sobre a mesma se
manifestaram.

Parágrafo único. As proposições de autoria da Mesa Diretora ou de Comissão


Permanente só poderão ser retiradas mediante requerimento subscrito pela maioria dos
respectivos membros.

Art. 210 Esgotada a Ordem do Dia e se nenhum Vereador solicitar a palavra para
explicação pessoal, ou findo o tempo destinado a Sessão, o Presidente dará por
encerrado os trabalhos, depois de anunciar a publicação da Ordem do Dia da Sessão
seguinte.

Parágrafo único. Não será designada Ordem Dia para a primeira sessão ordinária de
cada período legislativo.

Seção V
Das Reuniões Extraordinárias

Art. 211 É facultado à Câmara Municipal realizar reuniões extraordinárias, depois das
sessões ordinárias, destinadas à discussão e votação das matérias constantes do ato de
convocação.

Art. 212 As reuniões extraordinárias serão convocadas:

I- de ofício pelo Presidente da Câmara Municipal;

II- por deliberação do Plenário mediante requerimento subscrito por um terço dos
Vereadores.

Art. 213 As reuniões extraordinárias serão realizadas no dia e hora determinados pelo
ato de convocação.

Parágrafo único. As reuniões convocadas no decorrer da sessão ordinária deverão ser


feitas até 1 (uma) hora antes do seu término.

Seção VI
Da Comissão Geral

Art. 214 A Sessão Ordinária poderá ser transformada em Comissão Geral, sob a direção
do Presidente da Câmara Municipal, para:

I - debater matérias relevantes de interesse público, por proposta conjunta dos Líderes
ou a requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores;

II - discutir projeto de lei de iniciativa popular, desde que presente o seu autor para
defendê-lo;

III - comparecimento de Secretário Municipal.

§ 1º Na hipótese do inciso I, deste artigo usarão da palavra, pelo período de 60


(sessenta) minutos, dividido de forma proporcional entre:

I - o autor do requerimento;

II - os Líderes da Câmara;
III - os Vereadores inscritos junto à Mesa Diretora.

§ 2º Na hipótese do inciso II, deste artigo, poderão usar da palavra, por 20 (vinte)
minutos, o autor do projeto de lei ou Vereador indicado por este, sem apartes, observado
no que couber as disposições do Título IV, do Capítulo I, Seção II deste Regimento
Interno.

§ 3º Terminados os trabalhos da Comissão Geral, a sessão ordinária continuará do


instante em que foi suspensa.

Capítulo III
DAS SESSÕES EXTRAORDINÁRIAS

Art. 215 Nos períodos de recesso da Câmara Municipal, esta poderá reunir-se em sessão
extraordinária, por iniciativa:

I-do Prefeito, em caso de urgência e de interesse público relevante;


II-do Presidente da Câmara Municipal, de ofício, de forma fundamentada, nos seguintes
casos:

a) para posse e compromisso do Prefeito e Vice- Prefeito;


b) por motivo de intervenção estadual no Município;

III - da maioria absoluta dos Vereadores, em caso de urgência ou de interesse público


relevante;

Parágrafo único. A convocação deverá ser feita até 72 (setenta e duas) horas antes do
recesso da Câmara.

Art. 216 O Presidente da Câmara convocará os Vereadores com antecedência mínima


de 5 (cinco) dias, por telegrama ou fax.

Parágrafo único. A convocação deverá especificar o dia, a hora e a Ordem do Dia.

Art. 217 As sessões extraordinárias, com duração máxima de 4 (quatro) horas, só serão
iniciadas com a presença de, no mínimo, um terço dos membros da Câmara Municipal.

Art. 218 Na Sessão Extraordinária haverá apenas Ordem do Dia e nela não se poderá
tratar de matéria estranha à que houver determinado a convocação.

Art. 219 Havendo número apenas para discussão, no decorrer das sessões
extraordinárias, as matérias constantes da Ordem do Dia poderão ser debatidas e sua
discussão encerrada, seguindo-se as normas estipuladas nos parágrafos do artigo 207
deste Regimento Interno.

Parágrafo único. Quando houver número regimental para deliberação, as matérias com
discussão encerrada serão votadas rigorosamente pela ordem do encerramento da
discussão, passando-se, em seguida, à discussão e votação dos demais itens.
Art. 220 Nas sessões extraordinárias, a Ordem do Dia só poderá ser alterada ou
interrompida:

I-para comunicação de licença de Vereador:

II-para posse de Vereador ou Suplente;

III-em caso de inversão de pauta;

IV-no caso de retirada de proposição da pauta ou de seu adiamento;

Art. 221 Aplicar-se-ão às sessões extraordinárias, no que couber, a disposição atinente


às sessões ordinárias.

Capítulo IV
DAS SESSÕES SOLENES

Art. 222 Comemorações ou homenagens, de qualquer espécie, só poderão ser realizadas


ou prestadas pela Câmara Municipal, a juízo do Presidente, por deliberação do Plenário
e a requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores.

§ 1º. As sessões solenes serão comunicadas durante as sessões ordinárias ou através de


ofício encaminhado pela Presidência.

§ 2º As sessões solenes não excederão ao número de 2 (duas) sessões por semana.


(Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

Art. 223 Nas comemorações ou homenagens só usarão da palavra os Vereadores


previamente designados pelo Presidente, vedada a inscrição ou manifestações pela
ordem.

Art. 224 Nas Sessões Solenes poderão ser admitidos convidados à Mesa Diretora e ao
Plenário, observado o disposto no artigo 166.

Art. 225 Os casos omissos relacionados com as comemorações e homenagens serão


resolvidos pelo Presidente da Câmara Municipal.

Capítulo V
DAS SESSÕES ESPECIAIS

Art. 226 As sessões especiais destinam-se à realização de conferências, debates,


exposições e outras atividades decorrentes de resoluções e requerimentos.

§ 1º As sessões especiais serão realizadas em dias úteis, nos turnos matutino e


vespertino, e não terão tempo de duração determinado.
§ 2º É facultado a fixação de horário diverso do previsto no parágrafo anterior, desde
que não coincida com as sessões ordinárias, nos termos do requerimento de convocação.

§ 3º As sessões especiais não excederão ao número de 4 (quatro) sessões por mês,


sendo realizadas preferencialmente uma vez por semana. (Redação dada pela
Resolução nº 494/2014)

Art. 227 As sessões especiais serão convocadas, através de requerimento subscrito por
2/3 (dois terços) dos Vereadores ou por decisão da Mesa Diretora, para o fim específico
que Ihe for determinado.

TÍTULO V
DAS PROPOSICÕES

Capítulo I
DAS MODALIDADES DE PROPOSIÇÃO E SEUS REQUISITOS

Art. 228 Proposição é toda matéria sujeita à deliberação do Plenário, qualquer que seja o
seu objeto.

Art. 229 São modalidades de proposição:

I-indicações;

II-requerimentos;

III-moções;

IV-projetos de resolução;

V-projetos de decreto legislativo;

Vl-projetos de lei ordinária;

VIl-projetos de lei delegada;

VIII-projetos de lei complementar;

IX-projetos de emenda à Lei Orgânica;

X- emendas.

Art. 230 São requisitos das proposições:

I-ementa de seus objetivos;

II-conter tão-somente a enunciação da vontade legislativa;


III-divisão em artigos numerados, claros e concisos, e subdivididos, quando for o caso,
em parágrafos, incisos, alíneas, itens, subitens e números;

IV - agrupamentos dos artigos, se for o caso, em Subseções, o de Subseções em Seções;


o de Seções em Capítulos; o de Capítulos em Título, o de Título em Livro; e, o de Livro
em Parte;

V - a composição prevista no inciso IV deste artigo pode compreender Disposições


Preliminares, Gerais, Finais ou Transitórias;

VI-cláusula de revogação que deverá enumerar as proposições ou as disposições legais


revogadas;

VII - vigência com a indicação expressa, sendo reservada a cláusula de vigência salvo
disposições em contrário para as proposições de pequena repercussão;

VIII- data;

lX-assinatura do autor;

X-justificativa, com a exposição circunstanciada dos motivos de mérito que


fundamentam a adoção da medida proposta.

Parágrafo único. As proposições deverão obedecer às normas de elaboração e redação


de leis de que trata a Lei Complementar Nacional n.º 95, de 26 de fevereiro de 1998.

Art. 231 Ressalvadas as emendas e subemendas, as proposições deverão conter ementa


indicativa do assunto a que se referem.

Art. 232 Nenhuma proposição poderá incluir matéria estranha ao seu objeto.

Capítulo II
DA TRAMITAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

Seção I
Da Iniciativa para propor Proposição

Art. 233 A iniciativa para apresentar proposições cabe a qualquer Vereador, Comissão
Permanente ou Temporária, Mesa Diretora da Câmara, Prefeito ou cidadãos.

Art. 234 Compete privativamente ao Prefeito a iniciativa dos projetos de lei delegada e,
também, dos projetos que disponham sobre:

I - criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e


autárquica, fixação e modificação da respectiva remuneração, observados os parâmetros
da Lei de Diretrizes Orçamentárias;

II - criação, extinção e definição de estrutura e atribuições das secretarias e órgãos da


administração direta, indireta e fundacional;

III - concessão de subvenção ou auxílio, ou que, de qualquer modo, aumentem a


despesa pública;

IV - regime jurídico dos servidores municipais dos órgãos da administração direta e


autárquica, incluindo o provimento de cargo, estabilidade e aposentadoria;

V - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual e operações de crédito e


dívida pública;

VI - políticas, planos e programas municipais, locais e setoriais de desenvolvimento;

VII - organização da Procuradoria-Geral do Município;

VIII - matéria financeira e orçamentária;

IX - organização da Guarda Municipal;

X - matéria tributária que implique redução da receita pública;

XI - divisão regional da administração pública.

Art. 235 Não será admitido aumento de despesa prevista:

I -nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito, ressalvados os casos em que:

a) sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;


b) indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de
despesas, excluídas as que incidam sobre:

1-dotações para pessoal e seus encargos;

2-serviço da dívida ativa;

3-transferências tributárias para autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo


Poder Público;

4-convênios, projetos, contratos e acordos feitos com o Estado, a União e órgãos


internacionais cujos recursos tenham destinação específica;
c) sejam relacionadas:

1-com a correção de erros ou omissões;


2-com os dispositivos do texto do projeto de lei.

II-nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal.

Parágrafo único. Nos projetos que impliquem despesas, a Mesa Diretora e o Prefeito
encaminharão com a proposição demonstrativos do montante das despesas e suas
respectivas parcelas.
Art. 236 O Prefeito poderá solicitar urgência para a apreciação de projetos de sua
iniciativa.

§ 1º A solicitação do regime de urgência poderá ser feita, pelo Prefeito, depois da


remessa do projeto, em qualquer fase da discussão.

§ 2° Se a Câmara Municipal não se manifestar em até 45 (quarenta e cinco) dias sobre a


proposição, será esta incluída na Ordem do Dia, sobrestando-se a deliberação quanto
aos demais assuntos, para que se ultime a votação.

§ 3° O prazo do § 2º deste artigo não corre nos períodos de recesso da Câmara


Municipal, nem se aplica aos projetos de código, de alteração de codificação ou emenda
à Lei Orgânica Municipal.

Art. 237 Compete privativamente à Mesa Diretora a iniciativa de projeto de resolução


ou decreto legislativo, que disponham sobre as seguintes matérias:

I - regulamento geral, que disporá sobre:

a) organização e funcionamento da Secretaria Geral;


b) criação, transformação ou extinção de cargo, emprego ou função e fixação ou
modificação de remuneração, por lei, observados os parâmetros da Lei de Diretrizes
Orçamentárias, Lei Orçamentária Anual e a Lei Orgânica do Município;

II - autorização para o Prefeito e o Vice-Prefeito se ausentarem do Município;

III - mudança temporária da sede da Câmara Municipal;

Art. 238 A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituir objeto
de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta
dos Vereadores ou de, no mínimo, 5 % (cinco por cento) do eleitorado municipal.

Parágrafo único. Excetua-se do disposto neste artigo as proposições de iniciativa do


Prefeito.

Art. 239 A proposição destinada a submeter a plebiscito questão relevante para o


destino do Município será da iniciativa de um terço, no mínimo, dos membros da
Câmara Municipal.

Seção II
Do Recebimento da Proposição

Art. 240 Toda proposição recebida pela Divisão Legislativa será numerada, datada e
despachada às comissões, depois de serem lidas no Pequeno Expediente.

Parágrafo único. O horário de recebimento das proposições para serem lidas no Pequeno
Expediente encerrar-se-á 30 (trinta) minutos antes do início da Sessão Ordinária.
Art. 241 O Presidente restituirá ao autor as proposições:

I-manifestamente anti-regimentais, ilegais ou inconstitucionais;

II-que, aludindo a lei ou artigo de lei, decreto, regulamento, ato, contrato ou concessão,
não tragam em anexo a transcrição do dispositivo aludido;

III-quando, em se tratando de substitutivo ou emenda, não guardem direta relação com a


proposição a que se referem;

IV-quando consubstanciem matéria anteriormente rejeitada ou vetada e com veto


mantido, salvo as referidas no artigo 238 deste Regimento Interno e as de autoria do
Prefeito;

V-que infrinjam o disposto no artigo 312 deste Regimento Interno.

§ 1° As razões da devolução ao autor de qualquer proposição nos termos deste artigo


deverão ser devidamente fundamentadas pelo Presidente, por escrito.

§ 2° O autor da proposição, devolvida pelo Presidente, poderá recorrer desse ato ao


Plenário, no prazo de 3 (três) dias úteis, após a publicação no Pequeno Expediente,
ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

§ 3º Provido o recurso previsto no parágrafo anterior a proposição voltará à Mesa para


seguir o trâmite normal.

Art. 242 Proposições subscritas pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação não
poderão deixar de ser recebidas sob alegação de anti-regimentalidade, ilegalidade ou
inconstitucionalidade.

Art. 243 Consideram-se autores da proposição, para efeitos regimentais, todos os seus
signatários.

Parágrafo único. As atribuições e prerrogativas regimentais conferidas ao autor serão


exercidas em Plenário por um só dos signatários da proposição, e a precedência será
regulada segundo a ordem das assinaturas.

Art. 244 A proposição de autoria de Vereador licenciado, renunciante ou com mandato


cassado, entregue à Mesa antes de efetivada a licença, a renúncia ou perda do mandato,
mesmo que ainda não lida ou apreciada, terá tramitação regimental.

Parágrafo único. O Suplente não poderá subscrever a proposição que se encontre nas
condições previstas neste artigo, quando de autoria de Vereador que esteja substituindo.

Art. 245 As proposições, depois de recebidas, serão numeradas por legislatura em série
específica.

Art. 246 Os projetos de lei ordinária tramitarão com a denominação de projeto de lei.

Art. 247 As emendas serão numeradas devendo indicar o número do projeto a que estão
vinculadas.

Parágrafo único. Cada espécie de emenda receberá numeração própria e seqüencial.

Art. 248 As emendas propostas pelas comissões seguirão com as siglas destas.

Art. 249 Antes da distribuição, o Presidente mandará a Divisão Legislativa verificar se


existe proposição em trâmite que trate de matéria análoga ou conexa.

§ 1º Caso haja proposições análogas ou conexas, o Presidente fará a distribuição por


pendência, determinando que sejam apensadas e renumeradas.

§ 2º As proposições de que tratam o § 1º deste artigo serão distribuídas primeiramente :

I - à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para apreciar a observância das


normas legais, constitucionais, regimentais e de técnica legislativa;

II - à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, quando envolver aspectos


financeiros ou orçamentários, para apreciar a compatibilidade ou adequação
orçamentária;

III - às demais comissões, quando o mérito da proposição estiver relacionando a outras


matérias.

Seção III
Da Apresentação da Proposição

Art. 250 A apresentação da proposição será feita:

I - perante a Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, no caso de proposição


que trate de fiscalização e controle, quando se tratar de emenda ou subemenda,
limitadas à matéria de sua competência;

II - em Plenário, na sessão prevista por este Regimento Interno;

II - no momento em que for anunciada, para os requerimentos que digam respeito a:

a) retirada de proposição constante de Ordem do Dia com pareceres favoráveis, ainda


que pendente de pronunciamento de outra comissão permanente;
b) discussão de uma proposição por partes;
c) dispensa, adiamento ou encerramento de discussão;
d) adiamento de votação;
e) votação por determinado processo;
f) votação em bloco ou partes;
g) destaque de dispositivo ou emenda para aprovação, rejeição, votação em separado,
constituição de proposição autônoma;
h) dispensa de publicação da redação final do projeto do Poder Executivo ou de
cidadãos.
Art. 251 O Vereador poderá apresentar proposição individual ou conjuntamente.

Seção IV
Da Apreciação da Proposição

Art. 252 Cada proposição, salvo emenda terá curso próprio.

Art. 253 Apresentada e lida, a proposição será objeto de decisão do Presidente da


Câmara ou do Plenário, nos casos previstos neste Regimento Interno.

Art. 254 O parecer contrário à emenda não obsta que a proposição principal siga sua
tramitação regimental.

Art. 255 Findo os trabalhos das comissões e entregue a proposição, esta será anunciada
no Pequeno Expediente e remetida ao Presidente para ser incluída na Ordem do Dia.

Seção V
Dos Regimes de Tramitação

Subseção I
Das Modalidades

Art. 256 A tramitação das proposições pode ocorrer.


em regime de:

I - urgência, quando tratar de :

a) transferência temporária da sede da Câmara Municipal;


b) autorização ao Prefeito ou Vice- Prefeito para se ausentar do Município;
c) projeto de iniciativa do Prefeito, observadas as normas deste Regimento Interno.
d) projeto que disponha sobre aumento ou modificação de remuneração dos servidores;

II - prioridade, quando:

a) for de iniciativa do Poder Executivo, da Mesa Diretora, das comissões e dos


cidadãos;
b) se destinem a regulamentar dispositivo da Lei Orgânica do Município;
c) tiverem prazo determinado;
d) versarem sobre alteração ou reforma de Regimento Interno;
e) projeto de iniciativa popular, observadas as normas deste Regimento interno.
(Redação acrescida pelo Resolução nº 439/2006)

§ 1º A proposição seguirá tramitação ordinária nas hipóteses não compreendidas neste


artigo.
§ 2º A proposição pode tramitar em regime de urgência mediante aprovação pelo
Plenário de requerimento, nos termos dos artigos 259 e 260.

Subseção II
Da Tramitação em Regime de Urgência

Art. 257 Tramitação em regime de urgência é a que dispensa as exigências regimentais,


interstício ou formalidades para aprovação de proposição.

Parágrafo único. Não se dispensará:

I - leitura no Pequeno Expediente;

II - pareceres das comissões ou de relator designado;

III - quorum para deliberação.

Art. 258 Conceder-se-á igual trâmite regimental à proposição que em razão da natureza
da matéria ou por requerimento aprovado pelo Plenário exija tramitação em regime de
urgência.

Art. 259 A tramitação em regime de urgência poderá ser requerida quando tratar-se de:

I - providência para atender calamidade pública;

II - matéria que envolva a defesa da democracia e das liberdades fundamentais;

III- prorrogação de prazos legais vincendos, ou adotação ou alteração de lei para


aplicar-se em época certa e próxima;

IV - apreciação de matéria na mesma sessão.

Art. 260 O requerimento que solicitar a tramitação da proposição em regime de urgência


somente poderá ser submetido à deliberação do Plenário se for apresentado:

I - pela Mesa Diretora, nas matérias que lhe são reservadas

II - por 1/3 (um terço) dos Vereadores ou Líderes da Câmara;

III - por Comissão que possua competência para opinar sobre o mérito;

IV - pelo Prefeito;

V - pela iniciativa popular. (Redação acrescida pelo Resolução nº 439/2006)

§ 1º Nos casos dos incisos I e III, deste artigo o orador favorável será o membro da
Mesa ou comissão designado pelo Presidente da Câmara.

§ 2º O requerimento não será discutido, mas a sua votação pode ser encaminhada pelo
seu autor, Líder da Câmara, relator de comissão ou Vereador, que seja contrário à
solicitação, assegurado a cada um 5 (cinco) minutos para pronunciamentos.

§ 3º Será obstada a votação de requerimento, quando estiver tramitando em regime de


urgência duas proposições, em razão de requerimento aprovado pelo Plenário.

Subseção III
Da Tramitação em Regime de Prioridade

Art. 261 A tramitação em regime de prioridade dispensa exigências regimentais para


que determinada proposição seja incluída na Ordem do Dia da sessão seguinte àquela
que tramitou proposição em regime de urgência.

Art. 262 Proposições com tramitação em regime de prioridade poderá ser proposta ao
Plenário:

I - pela Mesa Diretora;

II - pelo autor da proposição, desde que apoiado por 1/3 (um terço) dos Vereadores ou
Líderes da Câmara;

III - por comissão que a tenha apreciado.

Seção VI
Dos Turnos

Art. 263 As proposições em tramitação são subordinadas, na sua apreciação, a turno


único, excetuados os projetos de emenda à Lei Orgânica do Município e demais casos
previstos neste Regimento Interno.

Art. 264 Cada turno é constituído de discussão e votação, salvo:

I - no caso de requerimento, previsto no artigo 291 deste Regimento Interno.

II - se encerrada a discussão em segundo turno sem emendas, quando a proposição será


aprovada sem votação e o Líder da Câmara se manifestar pela necessidade de votação.

III - se encerrada a discussão da redação final, sem emendas ou retificações, quando


será considerada definitivamente aprovada, sem votação.

Art. 265 Excetuada a proposição em tramitação sob regime de urgência, é de uma


sessão o interstício entre o primeiro e o segundo turno.

Art. 266 A dispensa de interstício para inclusão em Ordem de Dia de proposição em


tramitação sob regime de urgência ou sendo prioritária, poderá ser concedida pelo
Plenário a requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores ou mediante acordo entre
Líderes da Câmara.
Art. 267 O interstício para o projeto de emenda à Lei Orgânica do Município será de 10
(dez) dias, sem admissão de pedido de dispensa.

Seção VII
Da Redação Final

Art. 268 A redação final, observadas as exceções regimentais, será feita pela Comissão
de Constituição, Justiça e Redação, que apresentará o texto definitivo da proposição,
com as alterações decorrentes das emendas aprovadas.

§ 1° Quando, na elaboração da redação final for constatada incorreção ou impropriedade


de linguagem ou outro erro acaso existente na matéria aprovada, poderá a Comissão
corrigi-lo, desde que a correção não implique deturpação da vontade legislativa,
devendo, nesta hipótese, mencionar expressamente em seu parecer a alteração feita, com
ampla justificativa.

§ 2° Se, todavia, existir qualquer dúvida quanto à vontade legislativa, em decorrência de


incoerência notória, contradição evidente ou manifesto absurdo, acaso existente na
matéria aprovada, deverá a Comissão de Constituição, Justiça e Redação eximir-se de
oferecer redação final, propondo em seu parecer a reabertura da discussão, quanto ao
aspecto da incoerência, da contradição ou do absurdo, e concluindo pela apresentação
das necessárias emendas corretivas, se for o caso.

Art. 269 A redação final permanecerá junto à Presidência durante a sessão ordinária
subseqüente à publicação, para recebimento de emendas de redação.

§ 1° Não havendo emendas, considerar-se-á aprovada a redação final proposta, sendo a


matéria remetida à promulgação e sanção ou veto.

§ 2° Apresentadas emendas de redação voltará o projeto à Comissão de Constituição,


Justiça e Redação para que esta faça parecer.

Art. 270 O parecer previsto no § 2° do artigo anterior, bem como o parecer propondo
reabertura da discussão, será incluído na Ordem do Dia, após a publicação, para
discussão e votação.

§ 1° Se o parecer for incluído em pauta de sessão extraordinária ou, em regime de


urgência, em pauta de sessão ordinária poderá ser dispensada a publicação, a
requerimento de qualquer Vereador ou por proposta do Presidente, com assentimento do
Plenário.

§ 2° Ocorrendo a hipótese prevista no parágrafo anterior, será obrigatória a leitura do


parecer antes de iniciar-se a discussão.

Art. 271 Cada Vereador disporá de 10 (dez) minutos para discutir a redação final ou o
parecer de reabertura da discussão, admitidos apartes.

Art. 272 Se o parecer que concluir pela reabertura da discussão for rejeitado, a matéria
voltará à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para a redação final na forma do
já deliberado pelo Plenário.

§ 1° Aprovado o parecer que propõe a reabertura da discussão, esta versará


exclusivamente sobre o aspecto do engano ou erro, considerando-se todos os
dispositivos não impugnados como aprovados em discussão.

§ 2° Cada Vereador disporá de 15 (quinze) minutos para discutir o aspecto da matéria


cuja discussão foi reaberta.

Art. 273 Faculta-se a apresentação de emendas desde que estritamente relativas ao


aspecto da matéria, cuja discussão foi reaberta, subscritas por um terço no mínimo dos
Vereadores.

§ 1° Encerrada a discussão, passar-se-á à votação das emendas.

§ 2° A matéria, com emenda ou emendas aprovadas, retornará à Comissão de


Constituição, Justiça e Redação para elaboração da redação final.

Art. 274 Aprovada a redação final da proposição, será esta enviada à promuIgação e
sanção ou veto pelo Prefeito.

§ 1º Os autógrafos reproduzirão a redação final aprovada pelo Plenário.

§ 2º As resoluções e decretos legislativos serão promulgados pelo Presidente da Câmara


na sessão seguinte à aprovação.

Capítulo III
DAS INDICAÇÕES

Art. 275 Indicação é a proposição em que o Vereador sugere ao Poder Executivo,


órgãos ou autoridades do Município medidas de interesse público.

Art. 276 Apresentada a indicação, até a hora do término do Pequeno Expediente, e após
sua leitura, o Presidente a despachará independentemente de deliberação do Plenário.

Capítulo IV
DOS REQUERIMENTOS

Seção I
Disposições Gerais

Art. 277 Requerimento é a proposição dirigida por qualquer Vereador ou comissão ao


Presidente ou à Mesa Diretora, sobre matéria da competência da Câmara Municipal

Art. 278 Os requerimentos assim se classificam:


I-quanto à maneira de formulá-los:

a) verbais;
b) escritos.

II-quanto à competência para decidi-los:

a) sujeitos a despacho de plano do Presidente;


b) sujeitos a deliberação do Plenário.

III-quanto à fase de formulação:

a) específicos das fases de expediente;


b) específicos da Ordem do dia;
c) comuns a qualquer fase da Sessão.

Parágrafo único. Os requerimentos independem de parecer, exceto os que solicitem


transcrição de documentos nos anais.

Art. 279 Não se admitirão emendas a requerimentos.

Seção II
Dos Requerimentos Sujeitos a Despacho de Plano

do Presidente da Câmara Municipal

Art. 280 Será despachado de plano pelo Presidente o requerimento que solicitar:

I -retirada, pelo autor, de requerimento verbal ou escrito;

II - uso da palavra ou desistência desta;

III - permissão para o Vereador falar sentado;

IV - leitura de qualquer matéria sujeita ao conhecimento do Plenário;

V - reclamação por inobservância das normas deste Regimento Interno;

VI - discussão de proposição por partes;

VII - informações sobre ordem dos trabalhos, agenda e Ordem do Dia;

VIII - prorrogação de prazo para o orador da Tribuna;

IX - preenchimento de vaga em comissão;

X -votação de emendas em bloco ou em grupos definidos;

XI -destaque para votação em separado de emendas ou partes de emendas e de partes de


vetos;

XII - reabertura de discussão de proposição, encerrada em período legislativo anterior;

XIII - esclarecimento sobre ato da administração interna da Câmara Municipal;

XIV - retificação de ata;

XV - verificação de presença;

XVI - verificação nominal de votação;

XVII - requisição de documento ou publicação existente na Câmara Municipal, para


subsídio de proposição em discussão;

XVlII - retirada, pelo autor, de proposição:

a) com parecer de admissibilidade;


b) sem parecer ou com parecer pela inconstitucionalidade, anti-regimentalidade ou
ilegalidade.

XIX - juntada ou desentranhamento de documentos;

XX - inclusão, na Ordem do Dia, de proposição com parecer em condições de nela


figurar;

XXI - inscrição em ata de voto de pesar;

XXII - justificação de falta do Vereador às sessões ou reuniões de comissões;

Parágrafo único. Serão necessariamente escritos os requerimentos a que aludem os


incisos XVIIl e XXI, deste artigo.

Art. 281 Indeferido o requerimento e a pedido do Vereador, caberá recurso ao Plenário,


sem discussão nem encaminhamento de votação, que deliberará pelo processo
simbólico.

Seção III
Dos Requerimentos Sujeitos à Deliberação do Plenário

Art. 282 São escritos e dependerão de deliberação do Plenário os requerimentos não


especificados neste Regimento Interno e os que solicitem:

I - inclusão de projeto na pauta, em regime de urgência, preferência e prioridade;

II - convocação de sessão extraordinária e especial;

III - informações oficiais, quando não requerida audiência do Plenário;


IV - informação à Secretário Municipal;

V - inserção, nos anais da Câmara, de informações e documentos, quando mencionados


e não lidos integralmente por Secretário Municipal perante o Plenário ou Comissão;

VI - adiamento de discussão ou votação de proposições;

VIl-constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito;

VIII-representação da Câmara Municipal por Comissão Externa;

IX-dispensa de publicação para redação final e redação do vencido;

X-encerramento de discussão de proposição;

Xl-prorrogação da sessão;

XII-inversão da pauta;

XIII-audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação para os projetos


aprovados sem emendas;

XIV - destaque de parte de proposição principal ou acessória ou acessória integral para


ter andamento como proposição independente.

§ 1º Os requerimentos mencionados neste artigo não admitem discussão e serão


deliberados por processo simbólico.

§ 2º O encaminhamento de votação do requerimento será realizado pelo seu autor ou


Líderes da Câmara, assegurado 5 (cinco) minutos a cada um para pronunciamento.

§ 3º Os requerimentos rejeitados pelo Plenário não poderão ser reapresentados no


mesmo período legislativo.

Art. 283 Os requerimentos de informações somente versarão sobre atos da Mesa


Diretora ou da Câmara Municipal, do Poder Executivo do Município e dos órgãos a ele
subordinados, das autarquias, empresas e fundações municipais, das concessionárias,
permissionárias ou pessoas jurídicas detentoras de autorização para prestarem serviço
público municipal.

Art. 284 Os requerimentos de informações devem ser fundamentados e indicar o fim a


que se destinam.

Art. 285 Não se admitirão requerimentos de informações solicitando providências,


pedidos de consulta, sugestões e questionamentos sobre os propósitos da autoridade a
que se dirige.

Art. 286 A Mesa Diretora poderá recusar requerimentos de informações formulados de


modo inconveniente ou que contrariem o disposto no artigo anterior.
Parágrafo único. Recusado o requerimento, caberá recurso ao Plenário.

Art. 287 Os requerimentos de informações serão aprovados, por processo simbólico,


pelo Plenário.

Capítulo V
DAS MOÇÕES

Art. 288 Moção é a proposição pela qual o Vereador expressa seu regozijo,
congratulação, louvor ou pesar.

Parágrafo único. Apresentada à Mesa, será imediatamente despachada pelo Presidente e


enviada à publicação.

Art. 289 As moções de regozijo, congratulação ou louvor deverão limitar-se aos


acontecimentos de alto significado nacional ou municipal.

Art. 290 Só se admitirão moções de pesar, nos seguintes casos:

I - falecimento de quem tenha exercido cargo relevante na Administração e pessoas de


relevância no Município;

II - manifestação em prol de luto estadual ou nacional, oficialmente declarado.

Parágrafo único. As moções de pesar deverão ser apresentadas na Ordem do Dia, sem
encaminhamento de votação, procedendo-se, ato contínuo, o disposto no parágrafo
único do art. 288 deste Regimento Interno.

Art. 291 Quando seus autores pretenderem traduzir manifestações coletivas da Câmara
Municipal, a moção deverá ser assinada, no mínimo, pela maioria absoluta dos
Vereadores.

Parágrafo único. A moção assinada na forma do caput estará automaticamente


aprovada.

Capítulo VI
DOS PROJETOS

Seção I
Das Modalidades de Projeto e de sua Forma

Art. 292 A Câmara Municipal exerce sua função legislativa por meio de:

I-projetos de resolução;

II-projetos de decreto legislativo;


III-projetos de lei ordinária;

IV-projetos de lei delegada:

V-projetos de lei complementar;


Vl-projetos de emenda à Lei Orgânica.

Art. 293 Os projetos deverão obedecer às normas de elaboração e redação de leis de que
trata a Lei Complementar Nacional n.º 95, de 26 de fevereiro de 1998.

Art. 294 O projeto deverá ser apresentado em 03 (três) vias, observado as seguintes
destinações:

I - uma via, subscrita pelo autor e demais signatários, se houver, destinada ao arquivo da
Câmara;

II - uma via, subscrita pelo autor e demais signatários, se houver, que será remetida à
comissão competente para apreciá-lo;

III - uma via como contra- fé.

Parágrafo único. Os projetos que não atenderem ao artigo anterior deste Regimento
Interno só serão encaminhados às comissões, depois das devidas correções pelo seu
autor.

Seção II
Da Destinação

Subseção I
Dos Projetos de Resolução

Art. 295 Os projetos de resolução destinam-se a regular matérias da administração


interna da Câmara Municipal e de seu processo legislativo.

Art. 296 Constitui matéria de projeto de resolução, além de outras que o exigem, as
seguintes:

I - criação de Comissão Parlamentar de Inquérito e conclusão de seus trabalhos;

II - conclusão dos trabalhos de Comissão Permanente sobre proposta de fiscalização;

III - perda de mandato de Vereador;

IV - assuntos de economia interna e serviços administrativos da Câmara;

V - destituição dos membros da Mesa Diretora;


VI-modificação da estrutura e dos serviços da Câmara Municipal, ressalvados os
aumentos ou reajustes de seus servidores;

Parágrafo único Os projetos relativos à matéria abrangida pelo inciso VI, deste artigo
serão votados em 2 (dois) turnos, com intervalo mínimo de 48 (quarenta e oito) horas, e
serão considerados aprovados se obtiverem o voto favorável da maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal.

Art. 297 Os projetos de resolução podem ser apresentados por qualquer Vereador ou
Comissão, desde que a matéria não seja de competência privativa da Mesa Diretora ou
do Plenário.

Art. 298 O Regimento Interno poderá ser modificado ou reformado por meio de projeto
de resolução de iniciativa:

I - de qualquer Vereador;

II - da Mesa Diretora;

III - de Comissão Permanente;

IV - de Comissão Especial, com a participação de um membro da Mesa, criada para este


fim, por deliberação da Câmara.

§ 1º O projeto, após publicado e distribuído em avulso, permanecerá na Ordem do Dia


durante 10 (dez) dias para recebimento de emendas;

§ 2º Decorrido o prazo previsto no parágrafo anterior, o projeto será enviado à


Comissão de Constituição, Justiça e Redação para o exame das emendas recebidas e
exarar parecer.

Art. 299 A Mesa Diretora incumbe a consolidação e publicação de todas as alterações


introduzidas no Regimento Interno antes de terminado cada biênio.

Subseção II
Dos Projetos de Decreto Legislativo

Art. 300 Os projetos de decreto legislativo destinam-se a regular as seguintes matérias


de exclusiva competência da Câmara Municipal que tenham efeito externo.

Art. 301 Constitui matéria de projeto de decreto legislativo, além de outras que o
exigem, as seguintes:

I-concessão de licença ao Prefeito e ao Vice- Prefeito para afastamento do cargo ou


ausência do Município por mais de 15 (quinze) dias;

II - Estabelecer subsídio de Vereador. (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

II-convocação dos Secretários Municipais para prestar informações sobre matéria de sua
competência;

III-aprovação ou rejeição das Contas do Município;

lV-aprovação de lei delegada;

V-formalização de resultado de plebiscito;

VI-títulos honoríficos, comendas e medalhas de mérito.

Art. 302 Os projetos de decreto legislativo podem ser apresentados por qualquer
Vereador ou Comissão, desde que a matéria não seja de competência privativa da Mesa
Diretora ou do Plenário.

Subseção III
Dos Projetos de Lei Ordinária

Art. 303 Os projetos de lei ordinária destinam-se a regular toda matéria legislativa de
competência da Câmara Municipal e sujeita à sanção do Prefeito.

Parágrafo único. A matéria constante de projeto de lei ordinária rejeitado somente


poderá ser objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da
maioria absoluta dos membros da Câmara.

Art. 304 A iniciativa de projeto de lei ordinária cabe:

I - ao Vereador, individual ou coletivamente;

II - às Comissões Permanentes da Câmara Municipal;

III - à Mesa Diretora;

IV - ao Prefeito;

V - aos cidadãos.

Subseção IV
Dos Projetos de Lei Delegada

Art. 305 Os projetos de lei delegada destinam-se a regular matéria de competência do


Município excluídas as de competência exclusiva da Câmara Municipal, a reservada a
lei complementar e a legislação sobre:

I-matéria tributária, sem implicação em redução de receita pública;

II-aquisição e alienação de bens móveis, imóveis e semoventes;


III-desenvolvimento urbano, zoneamento e edificações;

IV - uso e parcelamento do solo e licenciamento;

V - fiscalização de obras em geral;

VI-localização, instalação funcionamento de estabelecimentos industriais comerciais e


de serviços, bem como seus horários de funcionamento;

VIl-meio ambiente.

§ 1° A Iei delegada será elaborada pelo Prefeito, nos termos da delegação concedida
pela Câmara Municipal.

§ 2° O decreto legislativo de concessão da delegação especificará o conteúdo da


delegação e os termos de seu exercício.

§ 3° Os projetos de Iei delegada serão apresentados à Câmara Municipal pelo Prefeito,


caso o decreto legislativo que Ihe concedeu a delegação determine o exame da matéria
pela Câmara Municipal.

§ 4° Os projetos de lei delegada serão votados pela Câmara Municipal em turno único,
vedada qualquer emenda, e considerados aprovados se obtiverem o voto favorável da
maioria absoluta dos Vereadores.

§ 5º Não serão objeto de delegação as matérias de competência exclusiva da Câmara


Municipal.

Art. 306 Recebida a mensagem com o pedido de concessão de delegação, será ela
encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que proferirá parecer,
concluindo ou não por projeto de decreto Iegislativo.

§ 1° Na hipótese de parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação pela


constitucionalidade, o projeto de decreto Iegislativo seguirá às comissões competentes.

§ 2º Opinando a Comissão de Constituição, Justiça e Redação pela


inconstitucionalidade do pedido, será o parecer submetido ao Plenário.

§ 3° Aprovado o parecer referido no § 2°, deste artigo a proposição será arquivada.

§ 4º Rejeitado o parecer o projeto voltará à Comissão de Constituição, Justiça e


Redação para elaboração de projeto de decreto legislativo o qual seguirá às comissões
competentes.

Subseção V
Dos Projetos de Lei Complementar

Art. 307 Os projetos de lei complementar destinam-se a regular matéria legislativa a que
a Lei Orgânica do Município confere relevo especial e define o rito de sua tramitação e
aprovação.

§ 1º São leis complementares:

I - o Código Tributário;

II (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)

III - o plano diretor do Município;

IV - o Código de Polícia Administrativa;

V - a lei de parcelamento, ocupação e uso do solo;

VI - a Lei Orgânica da Guarda Municipal;

VII - Lei de Organização Administrativa;

VII - Código de Obras.

§ 2º Os projetos de lei complementar serão aprovados por maioria absoluta.

Art. 308 A iniciativa de projeto de lei complementar cabe :

I - ao Vereador, individual ou coletivamente;

II - às Comissões da Câmara Municipal;

III (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)

IV - ao Prefeito;

V - aos cidadãos.

Subseção VI
Dos Projetos de Emenda à Lei Orgânica do Município

Art. 309 Os projetos de emenda à Lei Orgânica do Município destinam-se a alterar-lhe a


redação pela modificação, supressão, alteração ou acréscimo de dispositivos.

Art. 310 Os projetos de emenda à Lei Orgânica do Município serão apresentados:

I - por 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores;

II - pelo Prefeito;

III - pela população, desde que subscritas por 5 % (cinco por cento) do eleitorado
do Município, registrado na última eleição, com dados dos respectivos títulos de
eleitores. (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)
Parágrafo único. O projeto de emenda subscrito por Vereador deverá ser apresentado à
Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

Art. 311 Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a:

I - arrebatar ao Município qualquer porção de seu território;

II - abolir a autonomia do Município;

III - alterar ou substituir os símbolos ou a denominação do Município.

Art. 312 Não será recebida proposta de emenda da Lei Orgânica do Município na
vigência de intervenção estadual, de estado de defesa ou de estado de sítio.

Art. 313 O projeto de emenda à Lei Orgânica do Município, após lido no Pequeno
Expediente, será encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação que se
pronunciará sobre sua admissibilidade no prazo de 10 (dez) dias.

Parágrafo único. É vedado a qualquer membro da Comissão de Constituição, Justiça e


Redação oferecer emenda ao projeto de emenda à Lei Orgânica do Município;

Art. 314 A proposta será discutida e votada em 2 (dois) turnos, com intervalo de 10
(dez) dias, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 2/3 (dois terços) dos votos
dos membros da Câmara Municipal.

Art. 315 A emenda à Lei Orgânica do Município será promulgada pela Mesa Diretora,
com o respectivo número de ordem.

Art. 316 O referendo à emenda à Lei Orgânica será realizado, se requerido, no prazo
máximo de 90 (noventa) dias a contar da promulgação, pela maioria absoluta dos
Vereadores, pelo Prefeito ou por, no mínimo, 5 % (cinco por cento) do eleitorado do
Município.

Art. 317 A matéria constante de proposta de emenda à Lei Orgânica do Município


rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma
sessão legislativa.

Capítulo VII
DAS EMENDAS

Art. 318 Emenda é a proposição apresentada como acessória de outra.

Art. 319 As emendas são supressivas, aditivas, modificativas, substitutivas e


aglutinativas.

§ 1º Emenda supressiva é a que manda erradicar parte da proposição principal, ao


suprimir um artigo inteiro ou seus desdobramentos;
§ 2º Emenda aditiva é a que inclui novo dispositivo ao texto da proposição principal;

§ 3º Emenda modificativa é a que altera o texto da proposição original, sem


comprometê-lo de forma substancial;

§ 4º Emenda substitutiva é a que visa alterar parte da proposição principal, ao inserir


nova forma de normatizar a matéria disposta no texto;

§ 5º Emenda aglutinativa é a que resulta da fusão de outras emendas ou destas com o


texto.

Art. 320 A emenda de redação visa sanar vício de linguagem, incorreção gramatical,
erro de concordância e falhas de técnica legislativa.

Art. 321 Subemenda é a proposição acessória a uma emenda.

§ 1º As espécies de subemendas são as mesmas da emenda.

§ 2º Não se admitirá subemenda supressiva à emenda supressiva.

§ 3º A subemenda segue a tramitação da emenda e está a ela atrelada.

Art. 322 Substitutivo é a proposição que visa substituir outra já existente sobre o mesmo
assunto.

Art. 323 Não serão aceitos, por impertinentes, substitutivos ou emendas que não tenham
relação direta ou imediata com a matéria contida na proposição a que se refiram.

Parágrafo único. O recebimento impertinente de substitutivo ou emendas não implica


necessariamente na obrigatoriedade de sua votação, podendo o Presidente considerá-lo
prejudicado antes de submetê-lo à votação.

Art. 324 As emendas e substitutivos são apresentados por Vereador, Comissão


Permanente e Mesa Diretora.

Parágrafo único. A Comissão Permanente somente poderá apresentar substitutivo à


proposição principal que tiver relação com sua competência específica.

Art. 325 As emendas serão apresentadas durante:

I - discussão em apreciação preliminar, turno único ou primeiro turno por qualquer


Vereador ou comissão;

II - discussão em segundo turno por:

a) Comissão Permanente, se aprovado pela maioria de seus membros;


b) por requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores ou Líderes da Câmara.

III - redação final, até o início da votação da proposição, observado o quorum previsto
nas alíneas do inciso anterior.
§ 1º Aos Vereadores é assegurado apresentar emendas, diretamente, à Comissão
Permanente, a partir do recebimento da proposição principal até a discussão em
Plenário.

§ 2º Só será aceita emenda na redação final para evitar erro de concordância, vício de
linguagem, falha de técnica legislativa, observadas as formalidades regimentais.

§ 3º As proposições discutidas e aprovadas no primeiro turno poderão ser emendadas


em segunda discussão por iniciativa:

I - dos Líderes da Câmara;

II - pelas Comissões Permanentes, desde que quando apresentadas ou requeridas pela


maioria dos seus integrantes;

III - por 1/3 (um terço) dos Vereadores;

IV - pela Mesa Diretora.

Capítulo VIII
DOS RECURSOS ÀS DECISÕES DO PRESIDENTE

Art. 326 Da decisão ou omissão do Presidente em questão de ordem, representação ou


proposição de qualquer Vereador cabe recurso ao Plenário, nos termos deste Capítulo.

Parágrafo único. Até a deliberação do Plenário sobre o recurso, prevalece a decisão do


Presidente.

Art. 327 O recurso formulado por escrito, poderá ser proposto dentro do prazo
improrrogável de 2 (dois) dias úteis contados da decisão do Presidente.

§ 1° Apresentado o recurso, o Presidente deverá, dentro do prazo improrrogável de 2


(dois) dias úteis, dar-lhe provimento ou, caso contrário, informá-lo e, em seguida,
encaminhá-lo à Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

§ 2° A Comissão de Constituição, Justiça e Redação terá o prazo improrrogável de 2


(dois) dias úteis para emitir parecer sobre o recurso.

§ 3° Emitido o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e


independentemente de sua publicação, o recurso será obrigatoriamente incluído na pauta
da Ordem do Dia da Sessão Ordinária seguinte para deliberação do Plenário.

§ 4° Aprovado o recurso, o Presidente deverá observar a decisão soberana do Plenário e


cumpri-la fielmente, sob pena de suscitar-se a processo de destituição.

§ 5° Rejeitado o recurso, a decisão do Presidente será integralmente mantida.


TÍTULO VI
DAS DISCUSSÕES E DELIBERAÇÕES

Capítulo I
DAS DISCUSSÕES

Seção I
Disposições Gerais

Art. 328 Discussão é a fase dos trabalhos destinados aos debates em Plenário.

§ 1º A discussão se fará sobre o conjunto da proposição, emendas, substitutivos e


pareceres.

§ 2º O Presidente, por deliberação do Plenário, poderá anunciar o debate por títulos,


capítulos, seções e subseções.

Art. 329 Os debates deverão realizar-se com dignidade e ordem, cumprindo aos
Vereadores atender as determinações contidas neste Regimento Interno, bem como
aquelas estabelecidas no Código de Ética e Decoro Parlamentar.

Art. 330 Para discutir qualquer matéria constante da Ordem do Dia, o Vereador deverá
inscrever-se previamente, de próprio punho, na respectiva lista de inscrição.

§ 1° As inscrições deverão ser feitas em Plenário, perante o Primeiro Secretário da


Mesa, a partir do início da sessão.

§ 2° Não se admite troca de inscrição, facultando-se, porém, entre os Vereadores


inscritos para discutir a mesma proposição, a cessão total de tempo, na conformidade do
disposto nos parágrafos seguintes.

§ 3° A cessão de tempo far-se-á mediante comunicação obrigatoriamente verbal, pelo


Vereador cedente, no momento em que seja chamado para discutir a matéria.

§ 4° É vedada, na mesma fase de discussão, nova inscrição a Vereador que tenha cedido
a outro o seu tempo.

Art. 331 Entre os Vereadores inscritos para discussão de qualquer matéria, a palavra
será dada na seguinte ordem de preferência:

I-ao autor da proposição;

II-aos relatores dos pareceres, respeitada a ordem de pronunciamento das respectivas


comissões;

III - ao autor do voto em separado;


IV-ao autor da emenda;

V - à 3 (três) Vereadores contrários à matéria em discussão;

VI - à 3 (três) Vereadores favoráveis à matéria em discussão.

Art. 332 Os relatores dos pareceres e o autor da proposição, além do tempo regimental
que Ihe são assegurados, poderão voltar à tribuna durante 10 (dez) minutos para
explicações, desde que 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal assim o
requeira, por escrito.

§ 1° Em projeto de autoria da Mesa Diretora ou de comissão, serão considerados


autores, para efeito deste artigo, os respectivos Presidentes.

§ 2° Em projeto de autoria do Poder Executivo, será considerado autor, o Vereador que,


nos termos regimentais, gozar de prerrogativas de Líder do Governo.

Art. 333 O Vereador que estiver ausente ao ser chamado para falar poderá reinscrever-
se.

Art. 334 O Presidente dos trabalhos não interromperá o orador que estiver discutindo
qualquer matéria, salvo para:

I-dar conhecimento ao Plenário de requerimento de prorrogação da Sessão e para


submetê-lo à votação;
II-fazer comunicação importante, urgente e inadiável à Câmara Municipal;

III-recepcionar autoridade ou personalidade;

IV-suspender ou encerrar a Sessão em caso de tumulto grave no Plenário ou em outras


dependências da Câmara Municipal;

V - leitura de requerimento que solicitar a tramitação em regime urgência de


proposição, observadas as normas regimentais.

§ 1° O orador interrompido para votação de requerimento de prorrogação da Sessão,


mesmo que ausente à votação do requerimento, não perderá sua vez de falar, desde que
presente quando chamado a continuar seu discurso no curso da sessão ou ao se iniciar o
período de prorrogação da Sessão.

§ 2° O tempo que durar a votação do requerimento de prorrogação será acrescido ao


tempo do orador que se encontrar na Tribuna.

§ 3° Se ausente, quando chamado, o Vereador perderá o direito à parcela de tempo de


que dispunha para discutir, não podendo reinscrever-se.

Art. 335 A proposição com discussão encerrada na legislatura anterior terá sua
tramitação reaberta para receber novas emendas.

Art. 336 A proposição que receber todos pareceres favoráveis poderá ter sua discussão
dispensada pelo Plenário, mediante requerimento de qualquer Vereador, sem prejuízo da
apresentação de emendas.

Parágrafo único. A dispensa de discussão deverá ser requerida ao ser anunciada a


proposição.

Seção II
Dos Apartes

Art. 337 Aparte é a interrupção consentida, breve e oportuna do orador, para indagação,
esclarecimento ou contestação, não podendo ter duração superior a 3 (três) minutos.

§ 1º Somente serão consentidos 2 (dois) apartes por orador.

§ 2º O Vereador que tiver obtido consentimento de realizar o aparte, deverá fazê-lo em


pé.

Art. 338 Não serão permitidos apartes:

I-à palavra do Presidente, quando na direção dos trabalhos;

II-paralelos ou cruzados;

III-quando o orador esteja encaminhado a votação, declarando voto, falando sobre a ata,
ou pela ordem;

IV - a parecer verbal

§ 1° Os apartes subordinar-se-ão às disposições relativas aos debates, em tudo o que Ihe


for aplicável.

§ 2° Não serão publicados os apartes proferidos em desacordo com os dispositivos


regimentais e assim declarados pelo Presidente.

§ 3° Os apartes só poderão ser revistos pelo autor com permissão escrita do orador, que,
por sua vez, não poderá modificá-los.

Seção III
Do Encerramento da Discussão

Art. 339 O encerramento da discussão dar-se-á:

I-por inexistência de orador inscrito;

II-a requerimento subscrito, no mínimo, por 1/3 (um terço) dos Vereadores, mediante
deliberação do Plenário.
III - por decurso do prazo regimental.

§ 1° Só poderá ser proposto o encerramento da discussão, nos termos do inciso II deste


artigo, quando sobre a matéria já tenham falado, pelo menos, de 3 (três) Vereadores.

§ 2° O requerimento de encerramento da discussão comporta apenas encaminhamento


da votação.

§ 3° Se o requerimento de encerramento da discussão for rejeitado, só poderá ser


reformulado depois de terem falado, no mínimo, mais 3 (três) Vereadores.

Art. 340 A discussão de qualquer matéria não será encerrada quando houver
requerimento de adiamento pendente por falta de quorum.

Capítulo II
DA VOTAÇÃO

Seção I
Disposições Gerais

Art. 341 Votação é o ato complementar da discussão, através do qual o Plenário


manifesta sua vontade deliberativa.

§ 1° Considera-se qualquer matéria em fase de votação a partir do momento em que o


Presidente declara encerrada a discussão.

§ 2° Quando, no curso de uma votação, esgotar-se o tempo destinado à Sessão, esta será
dada por prorrogada até que se conclua, por inteiro, a votação da matéria, ressalvada a
hipótese de falta de número para deliberação, caso em que a Sessão será encerrada
imediatamente.

Art. 342 O Vereador presente à Sessão não poderá escusar-se de votar, devendo, porém,
abster-se quando tiver, ele próprio ou parente afim ou consangüíneo, até terceiro grau
inclusive, interesse manifesto na deliberação, sob pena de nulidade da votação, quando
seu voto for decisivo.

Parágrafo único. O Vereador que se considerar impedido de votar, nos termos deste
artigo, fará a devida comunicação à Mesa Diretora, computando-se, todavia, sua
presença para efeito de quorum.

Art. 343 O voto do Vereador, mesmo que contrário ao de sua liderança, será acolhido
para todos os efeitos.

Art. 344 Terminada a apuração, o Presidente proclamará o resultado da votação,


especificando os votos favoráveis, contrários, brancos e nulos.

Art. 345 A proposição poderá ser votada em bloco, ressalvada a matéria destacada ou
por deliberação do Plenário em sentido contrário.
Parágrafo único. A votação de proposição, mediante deliberação do Plenário, poderá ser
feita em título, capítulo, seção ou subseção.

Art. 346 As emendas destacadas ou aquelas que tenham pareceres contrários a sua
tramitação serão votadas, uma a uma, conforme a respectiva ordem e espécie.

Parágrafo único. O Plenário poderá deferir requerimento de qualquer Vereador que


solicite a votação da emenda de forma destacada.

Seção II
Do Encaminhamento da Votação

Art. 347 A partir do instante em que o Presidente declarar a matéria já debatida e com
discussão encerrada, poderá ser requerido, verbalmente, encaminhamento da votação,
ressalvados os impedimentos regimentais.
Art. 348 Ainda que haja no projeto substitutivos e emendas, haverá apenas um
encaminhamento de votação sobre todas as peças do projeto.

Parágrafo único. Quando não for consumada a votação por falta de quorum, haverá
novo encaminhamento de votação, quando a proposição voltar à Ordem do Dia.

Art. 349 O Presidente, sempre que julgar necessário ou quando lhe for requerido, poderá
convidar o relator ou outro membro da Comissão Permanente para esclarecer as razões
do conteúdo do parecer no encaminhamento da votação.

Seção III
Do Adiamento da Votação

Art. 350 Antes de iniciar-se a votação de qualquer proposição o Vereador poderá


requerer, verbalmente, o seu adiamento, especificando a finalidade e o número de
sessões ordinárias alcançadas, pelo adiamento, que não poderá ultrapassar ao total de 5
(cinco) sessões ordinárias.

§ 1º Só por maioria de votos se concederá o adiamento da votação.

§ 2º A proposição com tramitação em regime de urgência ou prioridade não admite


adiamento de votação, salvo se o adiamento for requerido em conjunto, por prazo não
excedente a 24 (vinte e quatro) horas, por líderes que representem a maioria dos
membros da Câmara.

Seção IV
Dos Processos de Votação

Art. 351 A votação poderá ser ostensiva, adotando-se o processo simbólico ou


nominal, e secreta, por meio de sistema eletrônico ou de cédulas. (Redação dada
pela Resolução nº 441/2006)

Art. 352 O processo simbólico de votação consiste na simples contagem de votos


favoráveis e contrários, que será efetuada pelo Presidente, convidando os Vereadores
que estiverem de acordo a permanecerem sentados e os que forem contrários a se
levantarem, procedendo, em seguida, à necessária contagem e a proclamação do
resultado.

Parágrafo único. Os Vereadores que quiserem se abster deverão manifestar-se pela


ordem.

Art. 353 O processo nominal de votação consiste na contagem dos votos favoráveis
e contrários, com a consignação expressa do nome e do voto de cada Vereador.
(Redação dada pela Resolução nº 441/2006)

Art. 354 Nos casos previstos neste Regimento Interno, ao submeter qualquer
matéria a votação nominal, o Presidente convidará os Vereadores à votação que
realizar-se-á pelo sistema eletrônico de votos, obedecidas as instruções
estabelecidas pela Mesa para votação. (Redação dada pela Lei nº 441/2006)

§ 1° O Primeiro Secretário, ao proceder à chamada, anotará as respostas na respectiva


lista, repetindo, em voz alta, o nome e o voto de cada Vereador.

§ 2° Terminada a chamada a que se refere o parágrafo anterior e caso não tenha sido
alcançado quorum para deliberação, o Primeiro Secretário procederá, ato contínuo, a
segunda e última chamada dos Vereadores que ainda não tenham votado.

§ 3° Enquanto não for proclamado o resultado da votação, é facultado ao Vereador


retardatário expender seu voto.

§ 4° O Vereador poderá retificar seu voto antes de proclamado o resultado, na forma


regimental.

§ 5° Concluída a votação, encaminhar-se-á à Mesa a respectiva listagem que


conterá os seguintes registros:

I - data e hora em que processou a votação;

II - nome de quem presidiu a votação;

III - os nomes dos líderes em exercício presentes à votação;

IV - o resultado da votação com os nomes dos Vereadores votantes, discriminando


os que votarem a favor, os que votaram contra e os que se abstiveram. (Redação
dada pela Resolução nº 441/2006)

§ 6º Quando o sistema eletrônico nào estiver em condições de funcionamento, o


Presidente convidará os Vereadores a responderem sim ou não, conforme sejam
favoráveis ou contrários à medida que forem sendo chamados. Redação acrescida
pelo Resolução nº 441/2006)

Art. 355 As dúvidas quanto ao resultado proclamado só poderão ser suscitadas e


deverão ser esclarecidas antes de anunciada a discussão ou votação de nova matéria, ou,
se for o caso, antes de se passar à nova fase da Sessão ou de encerrar-se a Ordem do
Dia.

Art. 356 A votação por escrutínio secreto far`-se-à pelo sistema eletrônico,
obedecidas as instruções estabelecidas pela Mesa para sua utilização, apurando-se,
apenas, os nomes dos votantes e o resultado final, nos seguintes casos: (Redação
dada pela Resolução nº 441/2006)
I-vetos; (Redação dada pela Resolução nº 441/2006)
II-votação do parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios sobre as
contas da Mesa Diretora e do Prefeito; (Redação dada pela Resolução nº 441/2006)
III-apresentação de processo contra o Prefeito; (Redação dada pela Resolução nº
441/2006)
IV-para eleição indireta do Prefeito e Vice-Prefeito; (Redação dada pela Resolução
nº 441/2006)
V-por decisão do plenário a requerimento de 1/3 dos Vereadores ou líderes antes
de anunciada a ordem do dia. (Redação dada pela Resolução nº 441/2006)

Parágrafo Único. Quando o sistema eletrônico não estiver em condições de


funcionamento ou houver requerimento da maioria absoluta dos Vereadores, a
votação por escrutínio secreto far-se-á mediante cédula impressa ou datilografada
recolhida em urna à vista do plenário. (Redação acrescida pela Resolução nº
441/2006)

Art. 357 A votação por escrutínio secreto, obrigatoriamente, far-se-á mediante


cédula impressa ou datilografada recolhida em urna à vista do plenário nos
seguintes casos:

I - eleição da Mesa Diretora ou de qualquer dos seus membros;

II - destituição da Mesa Diretora ou de qualquer de seus membros;

III - composição das comissões permanentes;

IV - perda do mandato de Vereador. (Redação dada pela Resolução nº 441/2006)

Seção V
Da Verificação Nominal de Votação

Art. 358 Se algum Vereador tiver dúvida quanto ao resultado da votação simbólica
proclamada pelo Presidente, poderá requerer verificação nominal de votação.

§ 1° O requerimento de verificação nominal de votação será de imediato e


necessariamente atendido pelo Presidente.

§ 2° Ficará prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação, caso não se


encontre presente no momento em que for chamado pela primeira vez o Vereador que a
requereu.

§ 3º Prejudicado o requerimento de verificação nominal de votação pela ausência de seu


autor, ou por pedido de retirada, faculta-se a qualquer outro Vereador reformulá-lo.

§ 4º Finda a verificação de votação nominal, só será permitida nova verificação por


deliberação do Plenário, mediante requerimento de 1/3 (um terço) dos Vereadores ou
Líderes da Câmara, e depois de transcorrido 1 (uma) hora da proclamação do primeiro
resultado.

§ 5º Não havendo quorum para a votação do requerimento de verificação, o Presidente


da Câmara poderá desde logo determinar a votação nominal.

Seção VI
Da Declaração de Voto

Art. 359 Declaração de voto é o pronunciamento do Vereador sobre os motivos que o


levaram a manifestar-se contrário ou favoravelmente à matéria votada.

Art. 360 A declaração de voto a qualquer matéria far-se-á de uma só vez, depois de
concluída, por inteiro, a votação de todas as peças do projeto.

§ 1º (Suprimido pela Resolução nº 494/2014)

§ 2º Não haverá declaração de voto quando houver prorrogação de Sessão para se


concluir uma votação.

§ 3º Em declaração de voto, cada Vereador dispõe de 3 (três) minutos, sendo vedados


apartes.

Capítulo III
DO TEMPO DE USO DA PALAVRA

Art. 361 O tempo de que dispõe o Vereador, sempre que ocupar a tribuna, será
controlado pelo Presidente e começará a fluir no instante em que Ihe for dada a palavra.

Parágrafo único. Quando o orador for interrompido em seu discurso, por qualquer
motivo, exceto por aparte concedido, o prazo de interrupção não será computado no
tempo que Ihe cabe.

Art. 362 Salvo disposição expressa em contrário, o tempo de que dispõe o Vereador
para falar é assim fixado:

I - para impugnar a ata: 5 (cinco) minutos, sem apartes;

II - no Grande Expediente:
a) no Horário das Lideranças: 50 (cinquenta) minutos para os líderes do governo,
da oposição, de partido ou bloco; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)
b) no Horário dos Oradores: 10 (dez) minutos, com apartes, para os Vereadores
inscritos; (Redação dada pela Resolução nº 494/2014)

IV- na discussão de:

a) veto: 15 (quinze) minutos, com apartes;


b) matéria com discussão reaberta: 15 (quinze) minutos, com apartes;
c) projeto: 15 (quinze) minutos, com apartes;
d) parecer pela anti-regimentalidade, ilegalidade ou inconstitucionalidade de projeto: 10
(dez) minutos, com apartes;
e) pareceres do Tribunal de Contas dos Municípios sobre contas da Mesa Diretora e do
Prefeito: 15 (quinze) minutos, com apartes;
f) processo de destituição da Mesa Diretora ou de membros da Mesa: 15 (quinze)
minutos para cada Vereador e 60 (sessenta) minutos para o denunciado ou denunciados,
com apartes;
g) processo de perda de mandato de Vereador: 15 (quinze) minutos para cada Vereador
e 60 (sessenta) minutos para o denunciado ou para seu procurador, com apartes;
h) moções: 5 (cinco) minutos, com apartes;
i) requerimentos: 5 (cinco) minutos, com apartes;
j) recursos: 5 (cinco) minutos, com apartes.

V - para explicação de autor ou relatores de projetos, quando requerida: 10 (dez)


minutos, com apartes;

VI - para encaminhamento de votação: 5 (cinco) minutos, sem apartes;

VII - para declaração de voto: 3 (três) minutos, sem apartes;

VIII - levantar questão de ordem: 5 (cinco) minutos, sem apartes;

IX - pela ordem: 2 (dois) minutos, sem apartes;

X - parecer verbal: 10 (dez) minutos, sem apartes;

XI - voto em separado a parecer verbal: 15 (quinze) minutos, sem apartes.

Capítulo IV
DAS QUESTÕES DE ORDEM E DOS PRECEDENTES REGIMENTAIS

Seção I
Das Questões de Ordem

Art. 363 Constituirá questão de ordem, suscitável em qualquer fase da sessão, pelo
prazo de 5 (cinco) minutos, qualquer dúvida sobre interpretação ou aplicação deste
Regimento.
§ 1º Se a questão de ordem comportar resposta, esta deverá ser dada imediatamente, se
possível, ou, caso contrário, em fase posterior da mesma Sessão ou na Sessão Ordinária
seguinte.

§ 2º Para contraditar questão de ordem, é permitido o uso da palavra a um só Vereador,


por prazo não excedente ao fixado no caput deste artigo.
Art. 364 A questão de ordem deve ser objetiva, indicar o dispositivo regimental em que
se baseia, referir-se a caso concreto relacionado com a matéria tratada na ocasião, não
podendo versar tese de natureza doutrinária ou especulativa.

§ 1° Admitir-se-ão no máximo 3 (três) questões de ordem sobre uma mesma matéria.

§ 2° Não se admitirão questões de ordem quando se estiver procedendo a qualquer


votação.

§ 3º Caso o Vereador não indique as disposições regimentais em que assenta sua


questão de ordem, o Presidente da Câmara não permitirá sua presença na tribuna e
determinará a respectiva exclusão da ata.

Art. 365 Nenhum Vereador poderá falar, na mesma sessão, sobre questão de ordem já
resolvida pela Presidência.

Seção II
Dos Precedentes Regimentais

Art. 366 Os casos não previstos neste Regimento Interno serão decididos pelo
Presidente, passando as respectivas soluções a constituir Precedentes Regimentais, que
orientarão a solução de casos análogos.

Parágrafo único. Também constituirão Precedentes Regimentais as interpretações do


Regimento Interno feitas pelo Presidente.

Art. 367 Os Precedentes Regimentais serão condensados para leitura a ser feita pelo
Presidente até o término da Sessão Ordinária seguinte.

§ 1° Os Precedentes Regimentais deverão conter:

I - número que assumem na respectiva Sessão Legislativa:

II - indicação do dispositivo regimental a que se referem;

III - número e data da Sessão em que foram estabelecidos;

IV - assinatura do Presidente.

§ 2° Se fixado por ocupante da Presidência dos trabalhos que não o Presidente da


Câmara Municipal o Precedente Regimental deverá ser ratificado pelo Presidente, na
primeira sessão subseqüente ao ocorrido.
§ 3° À proporção que forem fixados, os Precedentes Regimentais serão publicados de
forma destacada, com o número respectivo e os demais dados referidos no § 1° deste
artigo.

§ 4° Ao final de cada Sessão Legislativa, a Mesa Diretora fará, através de ato, a


consolidação de todos os Precedentes Regimentais firmados, publicando-os em avulso,
para distribuição aos Vereadores.

TÍTULO VII
DA ELABORAÇÃO LEGISLATIVA ESPECIAL

Capítulo I
DO ORÇAMENTO

Seção I
Da Proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias

Art. 368 A proposta de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhada à Câmara


Municipal pelo Prefeito até oito meses e meio antes do encerramento do exercício
financeiro e devolvida, para sanção, até o encerramento do primeiro período da sessão
legislativa.

§ 1º A proposta de que trata o caput deste artigo tramitará em regime de prioridade.

§ 2° Recebida a proposta, será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e


Redação e, em seguida, à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização para
pareceres.

§ 3° Esgotados os prazos para a apresentação de pareceres a proposta será incluída na


Ordem do Dia tenham as comissões referidas no parágrafo anterior se manifestado ou
não.

§ 4° Caberá à Comissão de Constituição, Justiça e Redação a elaboração da redação


final da proposta.

§ 5° A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação da proposta de lei de


diretrizes orçamentárias.

Seção II
Das Propostas de Lei Orçamentária Anual e do Plano Plurianual

Subseção I
Disposições gerais
Art. 369 A proposta de plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício
financeiro do mandato subseqüente, será enviada à Câmara pelo Prefeito até quatro
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido, para sanção,
até o encerramento da sessão legislativa;

Art. 370 A proposta de lei orçamentária será encaminhada à Câmara pelo Prefeito até
três meses antes do encerramento da sessão legislativa.

Art. 371 A proposta de lei orçamentária não será recebida sem o demonstrativo do
efeito sobre as receitas e despesas das isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia, previstas na Constituição
Federal e na Lei Complementar Nacional nº 101, de 04 de maio de 2000.

Art. 372 Às propostas de lei orçamentária anual e do plano plurianual aplicam-se as


demais normas referentes à elaboração legislativa, naquilo que não contrariem o
disposto neste Capítulo.

Parágrafo único. Em nenhuma fase da tramitação dos projetos de lei orçamentária se


concederá vista a qualquer Vereador.

Art. 373 O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.

Subseção II
Da Tramitação

Art. 374 Recebido do Poder Executivo, as propostas de lei orçamentária e do plano


plurianual serão numeradas, independentemente de leitura e desde logo enviadas à
Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização Financeira, providenciando-se, ainda,
sua publicação e distribuição em avulso aos Vereadores.

§ 1° A Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização disporá de prazo máximo e


improrrogável de 10 (dez) dias para emitir seu parecer, que deverá apreciar o aspecto
formal e o mérito do projeto.

§ 2° Se contrário, o parecer será submetido ao Plenário em discussão única.

Art. 375 Publicado o parecer, as propostas serão, dentro do prazo máximo de 2 (dois)
dias úteis, incluídas na Ordem do Dia por 2 (duas) sessões subseqüentes, para discussão,
vedando-se, nesta fase, apresentação de substitutivos e emendas.

Art. 376 Findo o prazo, e com a discussão encerrada, as propostas sairão da Ordem do
Dia e serão encaminhadas à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização para
recebimento de emendas, durante 2 (dois) dias úteis.

§ 1º É vedada a apresentação de emendas ao plano plurianual que provoque aumento de


despesas, nos termos do artigo 235, inciso I deste Regimento Interno.

§ 2º O Parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização sobre as emendas


será conclusivo e final, salvo se 1/3 (um terço) dos membros da Câmara Municipal
requerer a votação, em Plenário, de emenda aprovada ou rejeitada na Comissão.
Art. 377 Para elaborar o parecer sobre as emendas, a Comissão de Finanças, Orçamento
e Fiscalização terá o prazo máximo e improrrogável de 5 (cinco) dias úteis.

Parágrafo único. Em seu parecer, a Comissão observará o seguinte:

I - as emendas da mesma natureza ou objetivo serão obrigatoriamente reunidas pela


ordem numérica de sua apresentação, em 3 (três) grupos, conforme a Comissão
recomende sua aprovação ou cuja apreciação transfira ao Plenário;

II - a Comissão poderá oferecer novas emendas, em seu parecer, desde que de caráter
estritamente técnico ou retificativo ou que visem a restabelecer o equilíbrio financeiro.

Art. 378 Publicado o parecer sobre as emendas, as propostas serão, dentro do prazo
máximo de 2 (dois) dias úteis, incluídas na Ordem do Dia para votação.

§ 1º Se aprovadas, sem emendas, as propostas serão enviadas ao Prefeito para


promulgação e sanção.

§ 2º Se emendadas, as propostas retornarão à Comissão de Finanças, Orçamento e


Fiscalização, para, dentro do prazo máximo e improrrogável de 5 (cinco) dias, elaborar
as redações finais.

Art. 379 Aprovadas as redações finais, as propostas serão encaminhadas à sanção.

Art. 380 Poderá o Prefeito enviar mensagem à Câmara Municipal para propor a
modificação das propostas de lei orçamentária e do plano plurianual, enquanto não
estiver concluída a votação da parte cuja alteração se pretenda.

Subseção III
Das Vedações e Restrições

Art. 381 São vedados:

I - o início de programa ou projeto não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos


orçamentários ou adicionais:

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante de despesas de


capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais, com
finalidade precisa, aprovados pela maioria absoluta da Câmara Municipal:

IV - a abertura de crédito suplementar ou especial sem a prévia autorização legislativa e


sem indicação dos recursos correspondentes;

V - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de


programa para outra, ou de um órgão para outro, sem prévia autorização ou previsão na
lei orçamentária;

Vl - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

Vll - a utilização, sem autorização legislativa específica, dos recursos do orçamento


fiscal e da seguridade social, para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas,
fundações e fundos;

VlIl - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa:

IX - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvada a


destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino, como
determinado pelo artigo 212 da Constituição Federal e a prestação de garantia às
operações de crédito por antecipação de receita prevista no artigo 165, § 8º da
Constituição Federal.

X - a paralisação de programas ou projetos já iniciados nas áreas de educação, saúde e


habitação, havendo recursos orçamentários específicos ou possibilidade de
suplementação dos mesmos, quando se tenham esgotado.

§ 1° Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser


iniciado sem prévia inclusão no orçamento plurianual ou sem lei que o autorize, sob
pena de responsabilidade

§ 2° Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em


que foram autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos 4
(quatro) meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.

§ 3° A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para atender às


despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de comoção interna ou
calamidade pública.
Art. 382 As emendas ao projeto de lei orçamentária ou aos projetos que a modifiquem
somente podem ser aprovadas caso:

I-sejam compatíveis com o plano plurianual de governo, o orçamento anual de


investimentos e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II-indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de


despesas, excluídas as que incidam sobre ou decorram de:

a) dotação para pessoal e seus encargos;


b) serviço da dívida;
c) transferência tributária para autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo
Poder Público;
d) convênios, projetos, contratos e acordos feitos com o Estado, a União e órgãos
internacionais cujos recursos tenham destinação específica;

III-sejam relacionadas:
a) com a correção de erros ou omissões;
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.

Art. 383 Na apreciação e votação do orçamento anual a Câmara Municipal requisitará


ao Poder Executivo todas as informações sobre:

I-a situação do endividamento do Município, detalhada para cada empréstimo existente,


acompanhada das totalizações pertinentes.

II-o plano anual de trabalho elaborado pelo Poder Executivo, detalhando os diversos
planos anuais de trabalho dos órgãos da administração direta, indireta, fundacional e de
empresas públicas nas quais o Poder Público detenha a maioria do capital social;

III-o quadro de pessoal da administração direta, indireta, fundacional e de empresas


públicas nas quais o Poder Público detenha a maioria do capital social.

Capítulo II
DOS CÓDIGOS

Art. 384 Código é a reunião de disposições legais sobre a mesma matéria, de modo
orgânico e sistemático, visando estabelecer os princípios gerais do sistema adotado e
prover completamente a matéria tratada.

Art. 385 O projeto de código, depois de lido no Pequeno Expediente, será encaminhado
pelo Presidente da Câmara para comissão especial, criada para examinar e exarar
parecer sobre a matéria.

§ 1º As emendas serão apresentadas à comissão durante o prazo de 20 ( vinte) dias úteis,


contados da instalação desta.

§ 2º Encerrado o prazo para apresentação de emendas, o relator dará parecer no prazo de


10 (dez) dias

§ 3º A comissão discutirá por 5 (cinco) dias o parecer exarado pelo relator, observado o
seguinte:

I - as emendas com parecer contrário serão votadas em bloco, salvo os destaques


requeridos por membro da Comissão ou Líder da Câmara;

II - sobre cada emenda posta em destaque poderá falar o autor do projeto, o relator e os
demais membros da comissão, por prazo improrrogável de 5 (cinco) minutos;

III - o relator poderá oferecer, juntamente com os membros da comissão, emendas ao


projeto de código;

IV - concluída a votação do projeto e da emenda, o Presidente da Comissão terá 5


(cinco) dias para apresentar o relatório do voto vencido.

Art. 386 Após a conclusão dos trabalhos da comissão especial, o projeto de código,
depois de lido no Pequeno Expediente, será submetido à apreciação do Plenário, em 02
(dois) turnos, obedecidos o interstício regimental.

§ 1º Na discussão do projeto de código, poderão usar da palavra os Líderes e


Vereadores inscritos e o relator da comissão, com, respectivamente, 15 (quinze) minutos
e 20 (vinte) minutos para pronunciamentos.

§ 2º Ao atingir este estágio o projeto seguirá a tramitação ordinária das proposições.

Art. 387 Não se aplicará o regime tratado neste Capítulo aos projetos que cuidem de
alterações parciais de Códigos.

Capítulo III
DA CONCESSÃO DE HONRARIAS

Seção I
Das Honrarias

Art. 388 A Câmara Municipal concederá o Título Honorífico de Cidadão Feirense a


pessoas, pelos seus relevantes e notórios serviços prestados ao Município e ao seu povo.

Art. 389 A Câmara Municipal também concederá:

a) Comendas - Maria Quitéria, Áureo Filho, Filinto Justiniano Ferreira Bastos, Padre
Ovídio Alves de São Boaventura, Godofredo Rebello de Figueiredo Filho, Maestro
Tertuliano Ferreira Santos, Armando Curvelo de Menezes e, Dr. Gastão Guimarães;
b) Medalhas - Mérito de Meio Ambiente, Fundação Senhor dos Passos, Vereador Dival
Figueiredo Machado, Missionário Roderick Murdo Gillanders, Mérito Rotário, Zumbi
dos Palmares e, Arquiteto Anápio Aurélio de Miranda;
c) Certificados - Verde e, de Excelência.

Seção II
Disposições Gerais

Art. 390 O projeto de decreto legislativo destinado à concessão de honrarias, deverá ser
apresentado por, no mínimo, 2/3 ( dois terços) dos membros da Câmara Municipal e,
acompanhado de justificativa, além de, biografia quando inerente a pessoa física.

§ 1º Recebido o projeto de decreto legislativo, o mesmo após lido, será encaminhado à


Comissão de Constituição, Justiça e Redação que, dentro de 10 (dez) dias, emitirá
parecer fundamentado, o qual após lido será pautado para a Ordem do Dia da sessão
seguinte.

§ 2º Será considerado aprovado o projeto de decreto legislativo que obtiver 2/3 (dois
terços) de votos favoráveis dos membros da Câmara.

§ 3º - O Vereador poderá apresentar no máximo até 12 (doze) projetos de decreto


legislativo por legislatura destinados a concessão do Título de Cidadão Feirense,
enquanto que as demais honrarias tem suas quantidades estabelecidas nas
Resoluções que as instituiram. (Redação dada pela Resolução nº 437/2005)

Art. 391 As honrarias poderão ser cassadas, caso os homenageados tenham,


comprovadamente, praticado atos que colidam com os motivos que a ensejaram.

Parágrafo único. Aplicam-se os dispositivos desta Seção, no que couber, ao projeto de


decreto legislativo de cassação da honraria.

TÍTULO VIII
DA SANÇÃO, DO VETO, DA PROMULGAÇÃO DAS PROPOSIÇÕES

Art. 392 O projeto aprovado pela Câmara Municipal será enviado ao Prefeito dentro de
10 (dez) dias úteis, contados da data de sua aprovação, para sanção ou veto.

Parágrafo único. O veto parcial abrangerá texto integral de artigo, de parágrafo, de


inciso, de alínea, de item ou de número.

Art. 393 O Prefeito disporá do prazo de 15 (quinze) dias úteis contados daquele em que
o receber para se manifestar quanto à matéria.

Parágrafo único. Se, dentro do prazo legal, o Prefeito usar o direito de veto, enviará
oficio a Câmara Municipal, com as razões da impugnação feita, dentro de 48 (quarenta e
oito) horas.

Art. 394 Transcorrido o prazo sem manifestação do Prefeito, o Presidente da Câmara


Municipal promulgará a respectiva lei.

Parágrafo único. Caso o Presidente da Câmara não promulgue a lei, caberá ao Vice-
Presidente promulgá-la.

Art. 395 Para deliberar sobre o veto, a Câmara Municipal disporá de 30 (trinta) dias
contados da data do recebimento do ofício respectivo.

§ 1° Se, dentro do prazo Iegal, a Câmara Municipal não deliberar sobre o veto, este
permanecerá na Ordem do Dia, sobrestando todas as matérias, salvo as com prazo legal,
até a sua votação.

§ 2° A entrada da Câmara Municipal em recesso interromperá o prazo para apreciação


de veto anteriormente recebido.

Art. 396 O veto será despachado:

I-à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, se as razões versarem aspectos de


constitucionalidade, legalidade e interesse público do projeto;

II-à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização, se as razões versarem aspecto


financeiro do projeto;
§ 1° A Comissão de Constituição Justiça e Redação terá o prazo improrrogável de 10
(dez) dias para emitir parecer sobre o veto.

§ 2° Se as razões de veto tiverem implicação concomitante com aspectos de


constitucionalidade ou legalidade, interesse público ou de ordem financeira, as
comissões competentes terão o prazo improrrogável de 15 (quinze) dias para emitir
parecer conjunto.

§ 3 ° Esgotado o prazo das comissões, o veto será incluído, com ou sem parecer na
Ordem do Dia da primeira Sessão Ordinária que se realizar.

§ 4° Incluído na Ordem do Dia sem parecer, este será oral admitido o disposto no artigo
78, § 2° deste Regimento Interno.

Art. 397 O veto será obrigatoriamente incluído na Ordem do Dia das 3 (três) últimas
sessões antes do término do prazo referido no artigo 395 deste Regimento Interno, para
discussão e votação.

§ 1º Na discussão de veto, cada Vereador disporá de 15 (quinze) minutos.

§ 2° No veto parcial, a votação será necessariamente em bloco, quando se tratar de


matéria correlata ou idêntica.

§ 3° Não ocorrendo a condição prevista no parágrafo anterior, será possível a votação


em separado de cada uma das disposições autônomas atingidas pelo veto, desde que
assim o requeira 1/3 (um terço), no mínimo, dos Vereadores, com assentimento do
Plenário, não se admitindo para esses requerimentos discussão, encaminhamento de
votação ou declaração de voto.

Art. 398 Para rejeição do veto é necessário o voto de, no mínimo, maioria absoluta dos
membros da Câmara Municipal.

§ 1° Rejeitado o veto o Presidente da Câmara Municipal enviará a lei ao Prefeito para


promulgação.

§ 2º Se não for promulgada a lei dentro de 48 (quarenta e oito) horas o Presidente da


Câmara Municipal a promulgará, e se este, em igual prazo, não o fizer, fá-lo-á,
obrigatoriamente, o Vice- Presidente.

§ 3° Mantido o veto, o Presidente da Câmara Municipal remeterá a lei ao arquivo.

Art. 399 A lei resultante de veto rejeitado será promulgada no prazo disposto no § 2°,
do artigo anterior deste Regimento Interno e enviada no prazo máximo e improrrogável
de 10 (dez) dias a publicação.

Parágrafo único. Na publicação de lei originária de veto parcial rejeitado, far-se-á


menção expressa ao diploma legal correspondente.

Art. 400 Os projetos de decretos legislativos e de resolução aprovados pela Câmara


Municipal serão promulgados pelo Presidente e enviados a publicação dentro do prazo
improrrogável de 10 (dez) dias, contados da data de sua aprovação.

Parágrafo único. Os projetos de deliberação serão imediatamente promulgados.

TÍTULO IX
DA PARTICIPAÇÃO POPULAR

Capítulo I
DA INICIATIVA POPULAR NOS PROJETOS DE LEI

Art. 401 É admitida a apresentação de projetos de lei, observadas as iniciativas


privativas dispostas neste Regimento Interno, e de proposta de realização de plebiscito
por iniciativa popular.

§ 1° A iniciativa popular será exercida por proposta subscrita:

I-no caso de projetos de lei:

a) por 5% (cinco por cento) do eleitorado do Município, ou de bairros;


b) por metade mais um dos filiados de entidade representativa da sociedade civil,
legalmente constituída;
c) por 1/3 (um terço) dos membros do colegiado de entidades federativas legalmente
constituídas;

II-no caso de realização de plebiscito, por 5% (cinco por cento) dos eleitores do
Município.

§ 2° A iniciativa popular pode exercer-se igualmente, através de substitutivos e


emendas, em relação aos projetos de lei em tramitação na Câmara Municipal, obedecido
o disposto nos incisos I e II, § 1º, deste artigo quanto ao percentual exigido e as
vedações do artigo 235 deste Regimento Interno.

Art. 402 As assinaturas dos projetos de iniciativa popular, assim como as dos
substitutivos e emendas previstos nas alíneas b e c, do inciso I, do § 1º, do artigo
anterior serão de responsabilidade das instituições que os apresentarem.

Parágrafo único. A assinatura de cada eleitor deverá estar acompanhada de seu nome
completo e legível, do endereço e de dados, identificadores de seu título eleitoral.

Art. 403 O projeto, o substitutivo, a emenda ou subemenda serão protocolados na Mesa


Diretora, que mandará publicá-los e os despachará às comissões pertinentes.

§ 1° O projeto integrará a numeração geral das proposições da Câmara Municipal e terá


a mesma tramitação das demais proposições, tendo como autor à instituição que o
apresentou.

§ 2° E assegurado a um representante da instituição responsável pelo projeto o direito


de usar da palavra para discuti-lo nas comissões.
§ 3° Na discussão do projeto, o representante da instituição terá os direitos deferidos
neste Regimento Interno aos autores de proposição, incluídos os de encaminhamento de
votação, de pedido de verificação nominal de votação e de declaração de voto.

Art. 404 Se receber parecer pela ilegalidade ou inconstitucionalidade ou parecer


contrário de mérito em todas as comissões, o projeto de iniciativa popular se sujeitará às
disposições previstas neste Regimento Interno.

Capítulo II
DA TRIBUNA LIVRE

Art. 405 A Tribuna Livre é um espaço reservado nos dias de sessões ordinárias, entre o
Grande Expediente e a Ordem do Dia, com duração máxima de 10 (dez) minutos, para
exposições de assuntos de interesse público por associações de bairros, entidades civis,
estudantis e filantrópicas sem fins lucrativos.

§ 1º A Tribuna Livre será utilizada mediante pedido de inscrição com antecedência de


48 (quarenta e oito) horas antes da data reservada à realização da tribuna, contendo o
assunto a ser abordado e acompanhado de justificativa.

§ 2º Após lido no expediente da sessão ordinária, o pedido de inscrição será


encaminhado ao Primeiro Secretário que organizará os pedidos pela ordem de entrada e
a agenda de atendimento, e coordenará as audiências públicas do Plenário.

§ 3º Ao usar da palavra, o Orador deverá evitar expressões que possam ferir o decoro da
Câmara e representem descortesia aos Vereadores e demais presentes, sob pena de não
continuar mais com seu pronunciamento.

Capítulo III
DA AUDIÊNCIA PÚBLICA

Art. 406 As Comissões Permanentes podem realizar audiências públicas com entidades
civis ou filantrópicas sem fins lucrativos, para instruir matéria legislativa em trâmite ou
tratar de assuntos de interesse público relevante, observada a competência específica de
cada comissão, por requerimento de qualquer de seus membros ao Presidente da
Câmara.

Parágrafo único. As entidades a que se refere o caput deste artigo podem, através de
requerimento ao Presidente da Câmara, solicitar a realização de audiência pública.

Art. 407 Despachado o requerimento de audiência pública, o Presidente da Comissão


Permanente selecionará, para serem ouvidas, os representantes das entidades, dispostas
no artigo anterior, e expedirá os respectivos convites.

§ 1º O convidado deverá limitar-se ao tema ou questão em debate, e disporá de 20


(vinte) minutos, prorrogáveis a juízo da comissão, sem apartes, para pronunciamento.
§ 2º Caso o convidado se desvie do assunto ou perturbe a ordem dos trabalhos, caberá
ao Presidente da Comissão adverti-lo, cassar-lhe o uso da palavra ou determinar sua
retirada do recinto, observado o artigo 25, inciso XVIII deste Regimento Interno.

§ 3º O convidado poderá valer-se de assessores credenciados, desde que previamente


autorizado pelo Presidente da Câmara;

Art. 408 Os pronunciamentos da audiência pública serão lavrados em ata, que será
arquivada, juntamente com os documentos pertinentes a ela, no âmbito da Comissão
Permanente.

TÍTULO X
DO PODER EXECUTIVO

Capítulo I
DO COMPARECIMENTO DO PREFEITO

E DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Seção I
Do Comparecimento Voluntário do Prefeito

Art. 409 Poderá o Prefeito comparecer a Câmara, em dia e hora previamente


estabelecidos, para prestar esclarecimentos sobre qualquer matéria, quando julgar
oportuno fazê-lo pessoalmente.

Parágrafo único. Sempre que comparecer a Câmara Municipal, o Prefeito terá assento, à
Mesa à direita do Presidente.

Art. 410 Na reunião extraordinária convocada para esse fim, o Prefeito fará uma
exposição inicial sobre os motivos que o levaram a comparecer à Câmara Municipal e
responderá, a seguir, às interpelações que eventualmente Ihe sejam dirigidas pelos
Vereadores.

§ 1° Aberta a Sessão, o Prefeito terá o prazo de 1 (uma) hora, prorrogável por igual
período, mediante deliberação do Plenário, a pedido de qualquer Vereador ou do
Prefeito, para discorrer sobre os quesitos que levaram à convocação, não sendo
permitidos apartes.

§ 2° Concluída a exposição inicial do Prefeito, poderá qualquer Vereador solicitar


esclarecimentos sobre os itens constantes da convocação, não sendo permitidos apartes
e concedendo-se a cada membro da Câmara 5(cinco) minutos.

§ 3° Para responder às interpelações que Ihe forem dirigidas nos termos do parágrafo
anterior, o Prefeito disporá de 5 (cinco) minutos para cada resposta, sendo vedados
apartes.
Art. 411 O Prefeito e os Vereadores não poderão desviar-se da matéria da convocação.

Seção II
Do Comparecimento Voluntário dos Secretários Municipais

Art. 412 Os Secretários Municipais poderão comparecer à Câmara Municipal ou a


qualquer de suas comissões, por iniciativa própria, após entendimento com a Mesa
Diretora, para expor assunto de relevância de sua Secretaria.

Art. 413 Aplicam-se à esta Seção, no que couber, os artigos 409 a 411 deste Regimento
Interno.

Capítulo II
DA CONVOCAÇÃO DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 414 Os Secretários Municipais poderão ser convocados pela Câmara Municipal ou
suas comissões para prestarem informações que lhes sejam solicitadas sobre assuntos de
sua competência administrativa.

§ 1º O requerimento de convocação poderá ser proposto por qualquer Vereador ou


membro de comissão, e encaminhado ao Presidente da Câmara.

§ 2º O requerimento deverá indicar explicitamente o motivo da convocação,


especificando os quesitos que serão propostos ao Secretário Municipal.

§ 3º Aprovado o requerimento de convocação, pela maioria absoluta dos Vereadores, o


Presidente da Câmara expedirá ofício ao Prefeito para que este informe ao Secretário
Municipal o dia e hora da reunião extraordinária, com a antecedência, mínima, de 8
(oito) dias.

§ 4º Deverá ser enviada à Câmara, 2 (dois) dias antes da convocação, exposição


referente às informações solicitadas.

Art. 415 O Secretário Municipal deverá atender à convocação da Câmara dentro do


prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, contados da data do recebimento do ofício.

Parágrafo único. O não atendimento da convocação, sem apresentação de justificação


razoável, desde que não conhecida pela Câmara, importará em crime de
responsabilidade pelo Secretário Municipal e instauração de processo legal cabível,
deflagrado pelo Presidente da Câmara.

Art. 416 A Câmara se reunirá em reunião extraordinária, em dia e hora previamente


estabelecidos para ouvir o Secretário Municipal.

Parágrafo único. Caso o Secretário Municipal compareça durante a sessão ordinária,


esta se convocará em Comissão Geral, sob a direção do Presidente da Câmara,
observado este Regimento Interno.

Art. 417 Iniciada a reunião, os Vereadores dirigirão interpelações ao Secretário


Municipal, sobre os quesitos constantes do requerimento.

§ 1º O Secretário Municipal falará por 30 (trinta) minutos, prorrogáveis por mais 15


(quinze) minutos, e só será aparteado durante a prorrogação.

§ 2º Encerrada a exposição do Secretário Municipal, os Vereadores inscritos o


interpelarão por 5 (cinco) minutos, e o autor do requerimento por 10 (dez) minutos.

§ 3º Para responder às interpelações que lhe forem dirigidas, o Secretário Municipal


disporá do mesmo tempo que o dos Vereadores que às formulou.

Capítulo III
DAS CONTAS

Art. 418 As contas do Prefeito, correspondentes a cada exercício financeiro, serão


julgadas pela Câmara Municipal, com base em Parecer Prévio do Tribunal de Contas
dos Municípios.

Art. 419 Recebido o Parecer do Tribunal de Contas dos Municípios, o Presidente o


despachará com voto do relator e acórdão, imediatamente, a publicação e à Comissão de
Finanças, Orçamento e Fiscalização, que emitirá parecer dentro de 30 (trinta) dias.

§ 1° O parecer da Comissão concluirá, sempre, por projeto de decreto legislativo, que


tramitará em regime de prioridade e proporá aprovação ou rejeição do parecer do
Tribunal de Contas.

§ 2° A votação do projeto será secreta.

§ 3° Para votação, haverá à disposição dos Vereadores, 2 (duas) ordens de cédulas, com
dizeres sim e não.

§ 4° O quorum para deliberação sobre o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios


será de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal.

§ 5° Somente por decisão de 2/3 (dois terços) dos membros da Câmara Municipal
deixará de prevalecer o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios.

Art. 420 Para discutir o parecer, cada Vereador disporá de 15 (quinze) minutos.

Art. 421 Aprovadas as contas, o Presidente da Câmara Municipal promulgará o


respectivo decreto legislativo.

Art. 422 Rejeitadas as contas, serão imediatamente remetidas ao Ministério Público,


para os devidos fins.
Parágrafo único. A deliberação final da Câmara Municipal será enviada ao Tribunal de
Contas dos Municípios para as providências cabíveis.

Capítulo IV
DO CONTROLE POPULAR DAS CONTAS

Art. 423 As contas do Município ficarão, durante 60 (sessenta) dias, anualmente, para
exame e apreciação, à exposição de qualquer contribuinte, o qual poderá questionar sua
legitimidade, nos termos da lei.

§ 1° Caberá à Comissão de Finanças, Orçamento e Fiscalização designar plantão para,


em horário a ser por ela estabelecido, prestar informações aos interessados, à vista das
contas.

§ 2° A Comissão receberá eventuais petições apresentadas durante o período de


exposição pública das contas e, encerrado este, as encaminhará com expediente formal
ao Presidente da Câmara Municipal, para ciência dos Vereadores e do Tribunal de
Contas dos Municípios.

§ 3° A Comissão dará recibo das petições acolhidas e informará os peticionários das


providências encaminhadas e seus resultados.

§ 4° Até 48 (quarenta e oito) horas antes da exposição das contas, a Mesa Diretora fará
publicar na imprensa edital em que notificará os cidadãos do local, do horário e da
dependência em que elas poderão ser vistas.

§ 5° Do edital constará menção sucinta destas disposições e seus objetivos.

Capítulo V
DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO

Seção I
Dos Crimes de Responsabilidade

Art. 424 São crimes de responsabilidade do Prefeito os definidos no art. 1º do Decreto -


Lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.

§ 1º Os crimes comuns praticados pelo Prefeito, que não possuam relação com o
exercício de sua função, serão julgados pelo Tribunal de Justiça da Bahia.

§ 2º Os crimes de responsabilidade ou comuns praticados pelo Prefeito que afetem


interesse da Administração direta, indireta e fundacional federal serão julgados pelo
Tribunal Regional Federal.

Art. 425 O processo dos crimes de responsabilidade seguirá o procedimento


estabelecido no Código de Processo Penal, observadas as modificações introduzidas
pelo artigo 2º do Decreto - Lei n.º 201, de 27 de fevereiro de 1967.

Art. 426 O Vice- Prefeito, ou quem vier a substituir o Prefeito, fica sujeito ao mesmo
processo do substituído, ainda que tenha cessado a substituição.

Seção II
Das Infrações Político- Administrativas

Art. 427 São infrações político- administrativas do Prefeito Municipal sujeitas ao


julgamento pela Câmara dos Vereadores e sancionadas com a cassação do mandato:

I - impedir o funcionamento regular da Câmara;

II - impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos que devam


constar dos arquivos da Prefeitura, bem como a verificação de obras e serviços
municipais, por comissão de investigação da Câmara ou auditoria, regularmente
instituída;

III - desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de informações da


Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular;

IV - retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa


formalidade;

V - deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo, e em forma regular, a proposta


orçamentária;

VI - descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro,

VII - praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência ou omitir-se na
sua prática;

VIII - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos ou interesses do


Município sujeito à administração da Prefeitura;

IX - ausentar-se do Município, por tempo superior ao permitido em lei, ou afastar-se da


Prefeitura, sem autorização da Câmara dos Vereadores;

X - proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo.

Art. 428 O processo de cassação do mandato do Prefeito pela Câmara, por infrações
definidas no artigo anterior, obedecerá ao rito disposto neste artigo.

§ 1º A denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer eleitor, com a
exposição dos fatos e a indicação das provas.

§ 2º Se o denunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia e de


integrar a Comissão de Investigação e Processante, podendo, todavia, praticar todos os
atos de acusação.
§ 3º Se o denunciante for o Presidente da Câmara, passará a Presidência ao substituto
legal, para os atos do processo, e só votará se necessário para completar o quorum de
julgamento.

§ 4º Será convocado o suplente do Vereador impedido de votar, o qual não poderá


integrar a Comissão de Investigação e Processante.

§ 5º De posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira sessão, determinará sua


leitura e consultará a Câmara sobre o seu recebimento.

§ 6º Decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos presentes, na mesma sessão será
constituída a Comissão de Investigação e Processante, com três Vereadores sorteados
entre os desimpedidos, os quais elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator.

§ 7º Recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará os trabalhos, dentro de 5


(cinco) dias, notificando o denunciado, com a remessa de cópia da denúncia e
documentos que a instruírem, para que, no prazo de 10 (dez) dias, apresente defesa
prévia, por escrito, indique as provas que pretender produzir e arrole testemunhas, até o
máximo de 10 (dez).

§ 8º Se estiver ausente do Município, a notificação far-se-á por edital, publicado duas


vezes, com intervalo de 3 (três) dias, pelo menos, contado o prazo da primeira
publicação.

§ 9º Decorrido o prazo de defesa, a Comissão de Investigação e Processante emitirá


parecer dentro de 5 (cinco) dias, opinando pelo prosseguimento ou arquivamento da
denúncia, o qual, neste caso, será submetido ao Plenário.

§ 10 Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente designará desde logo, o


início da instrução, e determinará os atos, diligências e audiências que se fizerem
necessários, para o depoimento do denunciado e inquirição das testemunhas.

§ 11 O denunciado deverá ser intimado de todos os atos do processo, pessoalmente, ou


na pessoa de seu procurador, com a antecedência, pelo menos, de 24 (vinte e quatro)
horas, sendo-lhe permitido assistir as diligências e audiências, bem como formular
perguntas e reperguntas às testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa.

§ 12 Concluída a instrução, será aberta vista do processo ao denunciado, para razões


escritas, no prazo de 5 (cinco) dias, e após, a Comissão de Investigação e Processante
emitirá parecer final, pela procedência ou improcedência da acusação, e solicitará ao
Presidente da Câmara, a convocação de sessão para julgamento.

§ 13 Na sessão de julgamento, o processo será lido, integralmente, e, a seguir, os


Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de
15 (quinze) minutos cada um, e, ao final, o denunciado, ou seu procurador, terá o prazo
máximo de 2 (duas) horas, para produzir sua defesa oral.

§ 14 Concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nominais, quantas forem às


infrações articuladas na denúncia.
§ 15 Considerar-se-á afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for
declarado pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da Câmara, incurso em
qualquer das infrações especificadas na denúncia.

§ 16 Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará imediatamente o


resultado e fará lavrar ata que consigne a votação nominal sobre cada infração, e, se
houver condenação, expedirá o competente decreto legislativo de cassação do mandato
de Prefeito.

§ 17 Se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determinará o arquivamento


do processo.

§ 18 Em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o


resultado.

§ 19 O processo, a que se refere este artigo, deverá estar concluído dentro em 90


(noventa) dias, contados da data em que se efetivar a notificação do acusado.

§ 20 Transcorrido o prazo sem o julgamento, o processo será arquivado, sem prejuízo


de nova denúncia ainda que sobre os mesmos fatos.

Art. 429 Sobre o Vice- Presidente, ou quem vier a substituir o Prefeito, incidem as
infrações político- administrativas de que trata o artigo 428 deste Regimento Interno,
sendo-lhe aplicável o processo pertinente.

Capítulo VI
DA SUSPENSÃO E DA PERDA DO MANDATO DO PREFEITO

Art. 430 Nos crimes comuns, nos de responsabilidade e nas infrações político-
administrativas, a Câmara Municipal poderá, uma vez recebida a denúncia pela
autoridade competente, suspender o mandato do Prefeito, pelo voto de 2/3 (dois terços)
dos seus membros, resguardado o devido processo legal.

Art. 431 O Prefeito perderá o mandato:

I-por extinção, quando:

a) perder ou tiver suspendido seus direitos políticos;


b) o decretar a Justiça Eleitoral;
c) sentença definitiva o condenar por crime de responsabilidade;
d) assumir outro cargo ou função na administração pública direta, indireta ou
fundacional, ressalvada a posse em virtude de concurso público;

II-por cassação, quando:

a) sentença definitiva o condenar por crime comum;


b) incidir em infração político- administrativa, nos termos da Lei Orgânica e deste
Regimento Interno.
Capítulo VII
DA AUTORIZAÇÃO PARA O PREFEITO E

VICE - PREFEITO AUSENTAREM-SE DO MUNICÍPIO

Art. 432 Recebido pelo Presidente da Câmara o ofício do Prefeito ou Vice - Prefeito
para ausentar-se do Município, serão observadas as seguintes providências:

I - se houver pedido de urgência:

a) será incluída na pauta da Ordem do Dia da sessão ordinária seguinte ao pedido, se


esta ocorrer em 48 (quarenta e oito) horas;
b) caso a Sessão Ordinária de que trata a alínea a, do inciso I, deste artigo não aconteça
dentro do prazo previsto, será convocada reunião extraordinária, nos termos deste
Regimento Interno;
c) no recesso da Câmara, será convocada sessão extraordinária em 5 (cinco) dias para
deliberação sobre do pedido;

II - se não houver pedido de urgência, a matéria será incluída na pauta da Ordem do Dia
da Sessão Ordinária seguinte ao pedido, para discussão e votação.

Capítulo VIII
DOS SUBSÍDIOS DO PREFEITO, VICE- PREFEITO

E SECRETÁRIOS MUNICIPAIS

Art. 433 A Câmara Municipal fixará os subsídios do Prefeito, Vice-Prefeito e


Secretários Municipais por lei, observado o disposto nos arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II e
153, III e § 2º, I da Constituição Federal.

TÍTULO XI
DA ADMINISTRAÇÃO DA CÂMARA MUNICIPAL

Capítulo I
DA SECRETARIA GERAL

Art. 434 Os serviços administrativos da Câmara Municipal far-se-ão por intermédio de


sua Secretaria Geral e reger-se-ão por resolução, observados os princípios estabelecidos
no artigo 37, caput, da Constituição da República Federativa do Brasil.

Parágrafo único. A organização dos serviços da Secretaria Geral da Câmara Municipal


de Feira de Santana serão regulados pela Lei 2.236, de 10 de maio de 2001 e Resolução
n.º 280, de 18 de dezembro de 1991, sem prejuízo dos demais atos normativos editados
para o mesmo fim.

Art. 435 Qualquer interpelação por parte dos Vereadores relativa aos serviços da
Secretaria Geral ou à situação do respectivo pessoal deverá ser dirigida e encaminhada
diretamente à Mesa Diretora por meio do seu Presidente, ressalvado o disposto no art.
25, XIII deste Regimento Interno.

§ 1º O pedido de informação será protocolado como processo interno.

§ 2º Nos recursos sobre matéria administrativa apresentados à Mesa Diretora será


relator o Primeiro Secretário.

Art. 436 Os casos omissos ou as dúvidas que eventualmente surjam quanto à tramitação
a ser dada a qualquer processo serão submetidos, na esfera administrativa, por escrito e
com as sugestões julgadas convenientes à decisão da Mesa Diretora, que firmará o
critério a ser adotado e aplicado em casos análogos.

Capítulo II
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS

Art. 437 Os atos administrativos da Câmara Municipal serão instruídos através de:

I - resolução de Plenário;

II - resolução da Mesa Diretora;

IV - portarias;

V - ordens de serviço.

§ 1° As resoluções de competência da Mesa Diretora disporão sobre provimento e


vacância de cargos, empregos e funções públicas da Câmara Municipal.

§ 2° As portarias e ordens de serviços, de competência do Presidente da Câmara,


disporão sobre as questões relacionadas com pessoal não incluídas na definição do § 1°,
deste artigo.
Art. 438 Os atos administrativos normativos ou regulamentares só produzirão efeitos
com a sua publicação.

Art. 439 Os atos de requisição de servidores de outros órgãos para a Câmara Municipal,
obedecidas as prescrições legais, e de primeira lotação do requisitado serão
obrigatoriamente publicados, sob pena de nulidade e de responsabilização de seus
autores, por infração administrativa ou falta grave.

Capítulo III
DAS INFORMAÇÕES E CERTIDÕES

Art. 440 A Câmara Municipal, através de seu Presidente ou, por determinação ou
autorização deste, fornecerá a quem requerer:

I - informações de interesse particular ou de interesse coletivo ou geral, observado o art.


5, inc. XXXIII da Constituição Federal;

II - certidões para a defesa de direitos e esclarecimento de situações de interesse


pessoal, nos termos da Lei n.º 9.051, de 18 de maio de 1995.

§ 1° As informações serão prestadas verbalmente ou por escrito, neste último caso com
a assinatura do agente público que as prestou.

§ 2° As informações serão prestadas em 48 (quarenta e oito) horas, quando não puderem


ser fornecidas imediatamente;

§ 3º As certidões serão expedidas no prazo improrrogável de 15 (quinze) dias, contados


do registro do pedido.

§ 4° As certidões poderão ser expedidas sob a forma de fotocópia do processo ou de


documentos que o compõem, conferidas conforme o original e autenticadas pelo agente
que as fornecer, as expensas do solicitante.

TÍTULO XII
DA SEGURANÇA DA CÂMARA

Art. 441 A solicitação de policiamento do prédio da Câmara Municipal, externa e


internamente, compete privativamente à Mesa Diretora, sob a direção do Presidente,
sem intervenção de qualquer outra autoridade.

§ 1º A segurança da Câmara Municipal poderá ser feita pela guarda municipal, mediante
solicitação ao Poder Executivo, ou policiais militares, cedidos pela Secretária de
Segurança Pública do Estado da Bahia, mediante convênio.

§2º No exercício das competências referidas neste artigo, o corpo de policiamento


desempenhará no âmbito da Câmara Municipal suas funções no que concerne à
preservação de seus bens, serviços e instalações.

Art. 442 No recinto do Plenário e em outras dependências da Câmara Municipal,


reservadas a critério da Mesa Diretora, só serão admitidos Vereadores e seus Assessores
e funcionários da Secretaria da Mesa Diretora, estes quando em serviço.

Art. 443 No recinto da Câmara Municipal é proibido o porte de arma por qualquer
pessoa, inclusive Vereadores.

Parágrafo único. Excluem-se da proibição deste artigo os policiais militares incumbidos


da segurança da Câmara.

Art. 444 É vedado aos espectadores manifestarem-se sobre o que se passar no Plenário.

§ 1° Pela infração ao disposto neste artigo, deverá o Presidente da Câmara determinar a


retirada do infrator ou infratores do edifício da Câmara Municipal, inclusive
empregando a força, se necessário.
§ 2° Não sendo suficientes as medidas previstas no § 1º, deste artigo poderá o
Presidente suspender a Sessão.

Art. 445 Poderá a Mesa Diretora mandar prender em flagrante qualquer pessoa que
perturbar a ordem dos trabalhos ou que desacatar a Câmara Municipal ou qualquer dos
seus membros.

Art. 446 Se qualquer Vereador cometer, dentro do edifício da Câmara Municipal,


excesso que deva ser reprimido, a Mesa Diretora conhecerá do fato e, em reunião
extraordinária, convocada, nos termos deste Regimento, o relatará ao Plenário para que
este delibere a respeito.

TÍTULO XIII
DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS

Art. 447 Enquanto não promulgada a lei a que se refere o artigo 144, caput, deste
Regimento Interno, o limite remuneratório máximo dos subsídios dos Vereadores será o
do Prefeito.

Art. 448 Nos períodos de recesso, caberá à Mesa Diretora dar continuidade aos
trabalhos da Câmara Municipal e exercer atribuições de caráter urgente, que não possam
aguardar o início do período legislativo seguinte, sem prejuízo para o Município ou suas
instituições, ressalvada a competência do Plenário.

Art. 449 É permitido ao Vereador que usar da palavra em tema livre, servir-se de
painéis, cartazes, equipamentos audiovisuais ou quaisquer outro que tenham por
objetivo melhor elucidar suas propostas.

Art. 450 Salvo disposição em contrário, os prazos previstos neste Regimento não
correm durante o recesso parlamentar.

Art. 451 Quando os prazos não mencionarem que se referem a dias úteis, serão contados
em dias corridos, incluindo-se o primeiro e último dias.

Art. 452 Esta Resolução entrará em vigor após 45 (quarenta e cinco) dias da data de sua
publicação.

Art. 453 Ficam revogadas as Resoluções n.º 312, de 30 de novembro de 1994; n.º 306,
de 08 de dezembro de 1993; n.º 344, de 16 de outubro de 1997; n.º 357, de 20 de
outubro de 1998; e, n.º 372, de 27 de junho de 2000.
Unix
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Unix

Linguagem C, Assembly.

Modelo Depende da versão. Há


versões de código fechado
e outros projetos de
código aberto - entre os
quais estão
principalmente a família
BSD e o OpenSolaris.

Lançamento 1969

Arquitetura(s) x86, x64, ARM

Página oficial http://opengroup.org/unix

Unix é um sistema operativo portável, multitarefa e multiutilizador originalmente criado


por Ken Thompson, Dennis Ritchie, entre outros, que trabalhavam nos Laboratórios
Bell da AT&T.[1]

A marca UNIX é uma propriedade do The Open Group, uma companhia formada por
empresas de informática.

Índice

 1 História
 2 Características
o 2.1 Sistema operacional multitarefa
o 2.2 Sistema operacional multiutilizador
o 2.3 Arquivos de dispositivo
 3 Estrutura
o 3.1 Processos
o 3.2 Sistema de arquivos
 3.2.1 Estrutura de diretórios
 4 Particularidades
 5 Aplicações
 6 Ambiente gráfico do Unix
o 6.1 X Window System
 7 Comandos
o 7.1 Comandos de manipulação de diretório
o 7.2 Comandos para manipulação de arquivos
o 7.3 Comandos para administração
o 7.4 Comandos para administração de rede
 8 Ver também
 9 Referências
 10 Bibliografia
 11 Ligações externas

História

Em 1965 formou-se um grupo de programadores, incluindo Ken Thompson, Dennis


Ritchie, Douglas McIlroy e Peter Weiner, num esforço conjunto da AT&T
(Laboratórios Bell), da General Electric (GE) e do MIT (Massachussets Institute of
Technology) para o desenvolvimento de um sistema operacional chamado Multics.[2]
Linha do tempo dos variantes do Unix.

O Multics deveria ser um sistema de tempo compartilhado para uma grande comunidade
de usuários. Entretanto, os recursos computacionais disponíveis à época,
particularmente os do computador utilizado, um GE 645, revelaram-se insuficientes
para as pretensões do projeto. Em 1969, a Bell retirou-se do projeto. Duas razões
principais foram citadas para explicar a sua saída. Primeira: três instituições com
objetivos díspares dificilmente alcançariam uma solução satisfatória para cada uma
delas (o MIT fazia pesquisa, AT&T monopolizava os serviços de telefonia americanos e
a GE queria vender computadores). A segunda razão é que os participantes sofriam da
síndrome do segundo projeto e, por isso, queriam incluir no Multics tudo que tinha sido
excluído dos sistemas experimentais até então desenvolvidos.

Ainda em 1969, Ken Thompson, usando um ocioso computador PDP-7, começou a


reescrever o Multics num conceito menos ambicioso, batizado de Unics, usando
linguagem de montagem assembly. Mais tarde, Brian Kernighan rebatizou o novo
sistema de UNIX.

Um marco importante foi estabelecido em 1973, quando Dennis Ritchie e Ken


Thompson reescreveram o Unix, usando a linguagem C, para um computador PDP-11.
A linguagem C havia sido desenvolvida por Ritchie para substituir e superar as
limitações da linguagem B, desenvolvida por Thompson.[3]
Finalmente, ao longo dos anos 70 e 80 foram sendo desenvolvidas as primeiras
distribuições de grande dimensão como os sistemas BSD (na Universidade de Berkeley
na Califórnia) e os System III e System V (na AT&T).

Em 1977, a AT&T começou a fornecer o Unix para instituições comerciais. A abertura


do mercado comercial para o Unix deve muito a Peter Weiner - cientista de Yale e
fundador da Interactive System Corporation. Weiner conseguiu da AT&T, então já
desnudada de seu monopólio nas comunicações e liberada para atuação no mercado de
software, licença para transportar e comercializar o Unix para o computador Interdata
8/32 para ambiente de automação de escritório. O Unix saía da linha das máquinas PDP,
da Digital Equipament Corporation (DEC), demonstrando a relativa facilidade de
migração (transporte) para outros computadores, e que, em parte, deveu-se ao uso da
linguagem C. O sucesso da Interactive de Weiner com seu produto provou que o Unix
era vendável e encorajou outros fabricantes a seguirem o mesmo curso. Iniciava-se a
abertura do chamado mercado Unix.

Com a crescente oferta de microcomputadores, outras empresas transportaram o Unix


para novas máquinas. Devido à disponibilidade dos fontes do Unix e à sua simplicidade,
muitos fabricantes alteraram o sistema, gerando variantes personalizadas a partir do
Unix básico licenciado pela AT&T. De 1977 a 1981, a AT&T integrou muitas variantes
no primeiro sistema Unix comercial chamado de System III. Em 1983, após acrescentar
vários melhoramentos ao System III, a AT&T apresentava o novo Unix comercial,
agora chamado de System V. Hoje, o Unix System V é o padrão internacional de fato
no mercado Unix, constando das licitações de compra de equipamentos de grandes
clientes na América, Europa e Ásia.

Atualmente, Unix (ou *nix) é o nome dado a uma grande família de Sistemas
Operativos que partilham muitos dos conceitos dos Sistemas Unix originais
(GNU/Linux, embora compartilhe conceitos de sistemas da família Unix, não faz parte
desta família por não compartilhar de código derivado de algum sistema da família Unix
e não possuir o mesmo objetivo e filosofia no qual o Unix se originou e, em grande
parte, mantém até hoje), sendo todos eles desenvolvidos em torno de padrões como o
POSIX (Portable Operating System Interface) e outros. Alguns dos Sistemas Operativos
derivados do Unix são: BSD (FreeBSD, OpenBSD e NetBSD), Solaris (anteriormente
conhecido por SunOS), IRIX, AIX, HP-UX, Tru64, SCO, e até o Mac OS X (baseado
em um núcleo Mach BSD chamado Darwin). Existem mais de quarenta sistemas
operacionais *nix, rodando desde celulares a supercomputadores, de relógios de pulso a
sistemas de grande porte.

Características
Sistema operacional multitarefa

Multitarefa significa executar uma ou mais tarefas ou processos simultaneamente. Na


verdade, em um sistema monoprocessado, os processos são executados seqüencialmente
de forma tão rápida que parecem estar sendo executados simultaneamente. O Unix
escalona sua execução e reserva-lhes recursos computacionais (intervalo de tempo de
processamento, espaço em memória RAM, espaço no disco rígido, etc.).

O Unix é um sistema operacional de multitarefa preemptiva. Isso significa que, quando


esgota-se um determinado intervalo de tempo (chamado quantum), o Unix suspende a
execução do processo, salva o seu contexto (informações necessárias para a execução
do processo), para que ele possa ser retomado posteriormente, e coloca em execução o
próximo processo da fila de espera. O Unix também determina quando cada processo
será executado, a duração de sua execução e a sua prioridade sobre os outros.
A multitarefa, além de fazer com que o conjunto de tarefas seja executado mais
rapidamente, ainda permite que o usuário e o computador fiquem livres para realizarem
outras tarefas com o tempo economizado.

Sistema operacional multiutilizador

Uma característica importante do Unix é ser multiusuário (multiutilizador). Bovet e


Cesati [4] definem um sistema multiusuário como "aquele capaz de executar,
concorrente e independentemente, várias aplicações pertencentes a dois ou mais
usuários". O Unix possibilita que vários usuários usem um mesmo computador
simultaneamente, geralmente por meio de terminais. Cada terminal é composto de um
monitor, um teclado e, eventualmente, um mouse. Vários terminais podem ser
conectados ao mesmo computador num sistema Unix. Há alguns anos eram usadas
conexões seriais, mas atualmente é mais comum o uso de redes locais, principalmente
para o uso de terminais gráficos (ou terminais X), usando o protocolo XDMCP.

O Unix gerencia os pedidos que os usuários fazem, evitando que um interfira com
outros. Cada usuário possui direitos de propriedade e permissões sobre arquivos.
Quaisquer arquivos modificados pelo usuário conservarão esses direitos. Programas
executados por um usuário comum estarão limitados em termos de quais arquivos
poderão acessar.

O sistema Unix possui dois tipos de usuários: o usuário root (também conhecido como
superusuário), que possui a missão de administrar o sistema, podendo manipular todos
os recursos do sistema operacional; e os usuários comuns, que possuem direitos
limitados.

Para que o sistema opere adequadamente em modo multiusuário, existem alguns


mecanismos: (i) um sistema de autenticação para identificação de cada usuário (o
programa login, p.ex., autentica o usuário verificando uma base de dados, normalmente
armazenada no arquivo /etc/passwd); (ii) sistema de arquivos com permissões e
propriedades sobre arquivos (os direitos anteriormente citados); (iii) proteção de
memória, impedindo que um processo de usuário acesse dados ou interfira com outro
processo. Esse último mecanismo é implementado com a ajuda do hardware, que
consiste na divisão do ambiente de processamento e memória em modo supervisor (ou
modo núcleo) e modo usuário.

Arquivos de dispositivo

Uma característica singular no Unix (e seus derivados) é a utilização intensiva do


conceito de arquivo. Quase todos os dispositivos são tratados como arquivos e, como
tais, seu acesso é obtido mediante a utilização das chamadas de sistema open, read,
write e close.

Os dispositivos de entrada e saída são classificados como sendo de bloco (disco, p.ex.)
ou de caractere (impressora, modem, etc.) e são associados a arquivos mantidos no
diretório /dev (v. detalhamento mais adiante).
Estrutura

A estrutura do sistema Unix.

Um sistema Unix consiste, basicamente, de duas partes:

 Núcleo - o núcleo do sistema operacional, a parte que relaciona-se diretamente com o


hardware, e que executa num espaço de memória privilegiado. Agenda processos,
gerencia a memória, controla o acesso a arquivos e a dispositivos de hardware (estes,
por meio dos controladores de dispositivo - drivers - e interrupções). O acesso ao
núcleo é feito por chamadas de sistema, que são funções fornecidas pelo núcleo; essas
funções são disponibilizadas para as aplicações por bibliotecas de sistema C (libc).
 Programas de sistema - são aplicações, que executam em espaços de memória não
privilegiados, e que fazem a interface entre o usuário e o núcleo. Consistem,
principalmente, de:

 Conjunto de biblioteca C (libc)

 Shell - um ambiente que permite que o usuário digite comandos.

 Programas utilitários diversos - são programas usados para manipular


arquivos, controlar processos etc.

 Ambiente gráfico (GUI) graphics user interface - eventualmente utiliza-se


também um ambiente gráfico para facilitar a interação do usuário com o
sistema.

Em um sistema Unix, o espaço de memória utilizado pelo núcleo é denominado espaço


do núcleo ou supervisor (em inglês: kernel space); a área de memória para os outros
programas é denominada espaço do usuário (user space). Essa separação é um
mecanismo de proteção que impede que programas comuns interfiram com o sistema
operacional.

Processos

Um processo, na visão mais simples, é uma instância de um programa em execução.


Um programa, para ser executado, deve ser carregado em memória; a área de memória
utilizada é dividida em três partes: código (text), dados inicializados (data) e pilha
(stack).
Por ser um sistema multitarefa, o Unix utiliza uma estrutura chamada tabela de
processos, que contém informações sobre cada processo, tais como: identificação do
processo (PID), dono, área de memória utilizada, estado (status). Apenas um processo
pode ocupar o processador em cada instante - o processo encontra-se no estado
"executando" (running). Os outros processos podem estar "prontos" (ready),
aguardando na fila de processos, ou então estão "dormindo" (asleep), esperando alguma
condição que permita sua execução.

Um processo em execução pode ser retirado do processador por duas razões: (i)
necessita acessar algum recurso, fazendo uma chamada de sistema - neste caso, após sua
retirada do processador, seu estado será alterado para "dormindo", até que o recurso seja
liberado pelo núcleo; (ii) o núcleo pode interromper o processo (preempção) - neste
caso, o processo irá para a fila de processos (estado "pronto"), aguardando nova
oportunidade para executar - ou porque a fatia de tempo esgotou-se, ou porque o núcleo
necessita realizar alguma tarefa.

Existem quatro chamadas de sistema principais associadas a processos: fork, exec,


exit e wait. fork é usada para criar um novo processo, que irá executar o mesmo
código (programa) do programa chamador (processo-pai); exec irá determinar o código
a ser executado pelo processo chamado (processo-filho); exit termina o processo; wait
faz a sincronização entre a finalização do processo-filho e o processo-pai.

Sistema de arquivos

Sistema de arquivos é uma estrutura lógica que possibilita o armazenamento e


recuperação de arquivos. No Unix, arquivos são contidos em diretórios (ou pastas), os
quais são conectados em uma árvore que começa no diretório raiz (designado por /).
Mesmo os arquivos que se encontram em dispositivos de armazenamento diferentes
(discos rígidos, disquetes, CDs, DVDs, sistemas de arquivos em rede) precisam ser
conectados à árvore para que seu conteúdo possa ser acessado. Cada dispositivo de
armazenamento possui a sua própria árvore de diretórios.

O processo de conectar a árvore de diretórios de um dispositivo de armazenamento à


árvore de diretórios raiz é chamado de "montar dispositivo de armazenamento"
(montagem) e é realizada por meio do comando mount. A montagem associa o
dispositivo a um subdiretório.

Estrutura de diretórios

A árvore de diretórios do Unix é dividida em várias ramificações menores e pode variar


de uma versão para outra. Os diretórios mais comuns são os seguintes:

/ — Diretório raiz - este é o diretório principal do sistema. Dentro dele estão todos os
diretórios do sistema.

/bin — Contém arquivos, programas do sistema, que são usados com freqüência
pelos usuários.

/boot — Contém arquivos necessários para a inicialização do sistema.

/dev — Contém arquivos usados para acessar dispositivos (periféricos) existentes no


computador.

/etc — Arquivos de configuração de seu computador local.

/home — Diretórios contendo os arquivos dos usuários.


/lib — Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e módulos do núcleo.

/mnt — Diretório de montagem de dispositivos.

/mnt/cdrom — Subdiretório onde são montados os CDs. Após a montagem, o


conteúdo do CD se encontrará dentro deste diretório.

/mnt/floppy — Subdiretório onde são montados os disquetes. Após a montagem, o


conteúdo do disquete se encontrará dentro deste diretório.

/proc — Sistema de arquivos do núcleo. Este diretório não existe no disco rígido, ele
é colocado lá pelo núcleo e usado por diversos programas.

/root — Diretório do usuário root.

/sbin — Diretório de programas usados pelo superusuário (root) para administração


e controle do funcionamento do sistema.

/tmp — Diretório para armazenamento de arquivos temporários criados por


programas.

/usr — Contém maior parte de seus programas. Normalmente acessível somente


como leitura.

/var — Contém maior parte dos arquivos que são gravados com freqüência pelos
programas do sistema.

Particularidades

Um sistema Unix é orientado a arquivos, quase tudo nele é arquivo. Seus comandos são
na verdade arquivos executáveis, que são encontrados em lugares previsíveis em sua
árvore de diretórios, e até mesmo a comunicação entre entidades e processos é feita por
estruturas parecidas com arquivos. O acesso a arquivos é organizado através de
propriedades e proteções. Toda a segurança do sistema depende, em grande parte, da
combinação entre as propriedades e proteções definidas em seus arquivos e suas contas
de usuários.

Aplicações

O Unix permite a execução de pacotes de softwares aplicativos para apoio às diversas


atividades empresariais. Dentre estes pacotes destacam-se:

 geradores gráficos
 planilhas eletrônicas
 processadores de textos
 geradores de aplicações
 linguagens de 4° geração
 banco de dados

O Unix possui recursos de apoio à comunicação de dados, que proporcionam sua


integração com outros sistemas Unix, e até com outros sistemas operacionais distintos.
A integração com sistemas heterogêneos permite as seguintes facilidades:

 compartilhamento de recursos e informações


 transferência de informações
 comunicação entre usuários remotos
 submissão de programas para serem executados em computadores remotos
 utilização dos terminais de uma máquina Unix como terminais de outras máquinas
remotas, mesmo com sistemas operacionais distintos.

Para última, o Unix oferece um ambiente integrado e amigável, voltado para a gestão
automatizada de escritório, com serviços que atenderão às seguintes áreas:

 arquivamento eletrônico de informações


 processador de documentos
 agenda e calendário
 calculadora
 correio eletrônico

Ambiente gráfico do Unix

Filiação dos Sistemas Unix e Unix-like.

X Window System

Além do shell, o Unix suporta interface gráfica para o usuário. Nas primeiras versões do
Unix as interfaces do usuário eram baseadas apenas em caracteres (modo texto) e o
sistema compunha-se apenas do núcleo, de bibliotecas de sistema, do shell e de alguns
outros aplicativos. As versões mais recentes do Unix, além de manterem o shell e seus
comandos, incluem o X Window System que, graças ao gerenciador de exibição e ao
gerenciador de janelas, possui uma interface atraente e intuitiva que aumenta em muito
a produtividade do usuário.

Desenvolvido no MIT (Massachussets Institute of Technology), o X Window System


(também pode ser chamado de Xwindow) tornou-se o sistema gráfico do Unix. O
Xwindow funciona como gerenciador de exibição e por si só, não faz muita coisa. Para
termos um ambiente gráfico produtivo e completo, precisamos também de um
gerenciador de janelas.

O gerenciador de janelas proporciona ao ambiente gráfico a aparência e as


funcionalidades esperadas incluindo as bordas das janelas, botões, truques de mouse,
menus etc. Como no sistema Unix o gerenciador de exibição (X Window System) é
separado do gerenciador de janelas, dizemos que seu ambiente gráfico é do tipo cliente-
servidor. O Xwindow funciona como servidor e interage diretamente com o mouse, o
teclado e o vídeo. O gerenciador de janelas funciona como cliente e se aproveita dos
recursos disponibilizados pelo Xwindow.

O fato de o Unix possuir o gerenciador de exibição (Xwindow) separado do gerenciador


de janelas tornou possível o surgimento de dezenas de gerenciadores de janelas
diferentes. Os gerenciadores de janelas mais comuns no mundo Unix são o Motif, Open
Look, e o CDE. Também existem outros gerenciadores de janelas que são bastante
utilizados no Unix, principalmente nos sistemas Unix-Like (versões gratuitas e clones
do Unix). São eles: KDE, Gnome, FVWM, BlackBox, Enlightenment, WindowMaker
etc.

Comandos

Esta é uma lista de programas de computador para o sistema operacional Unix e os


sistemas compatíveis, como o Linux. Os comandos do Unix tornam-se acessíveis ao
usuário a partir do momento em que ele realiza o login no sistema. Se o usuário utiliza
tais comandos, então ele se encontra no modo shell, também chamado de modo texto
(ou Unix tradicional). Quando estiver utilizando o modo gráfico, o usuário também
poderá se utilizar de tais comandos desde que abra uma janela de terminal (Xterm).

A linha de comando do sistema operacional Unix permite a realização de inúmeras


tarefas através de seus comandos, de manipulação de arquivos a verificação do tráfego
em rede. Para exibir uma descrição detalhada de cada comando abra uma console ou
xterm e digite man comando, onde comando é o comando em questão.

Comandos de manipulação de diretório


mkdir - Cria um diretório vazio exemplo: mkdir docs.

rmdir - Exclui um diretório (se estiver vazio).

rm -rf - Exclui um diretório e todo o seu conteúdo.

cd - Entra num diretório (exemplo: cd docs) ou retorna para HOME.

cd / - Muda para o diretório raiz.

cd ~ - vai direto para o diretório home do usuário logado.

cd - - volta ao último diretório acessado.

pwd - Exibe o local do diretório atual.

ls - Lista o conteúdo do diretório.

ls -alh - Mostra o conteúdo detalhado do diretório.

ls -a - Exibe os arquivos "ocultos" do determinado diretório.

ls -ltr - Mostra os arquivos no formado longo(l) em ordem inversa(r) de data (t).

df - Mostra a utilização dos sistemas de arquivos montados.

du -ms - Mostra o tamanho do diretório em Megabytes.

whereis - Mostra onde se encontra determinado arquivo (binários) exemplo: whereis


samba.
Gerenciador de janelas Window Maker.

Comandos para manipulação de arquivos


cat - Mostra o conteúdo de um arquivo binário ou texto

tac - Semelhante ao cat mas inverte a ordem

tail - Mostra as últimas linhas de um arquivo. Ex: tail -f <arquivo> Útil para visualizar
arquivos de log continuamente.

head - Mostra as primeiras linhas de um arquivo. Ex: head -100 visualiza as 100
primeiras linhas do arquivo.

less - Mostra o conteúdo de um arquivo de texto com controle

vi - Editor de ficheiros de texto

vim - Versão melhorada do editor supracitado

rm - Remoção de arquivos (também remove diretórios, mas com o parâmetro -r, que
significa recursividade)

cp - Copia diretórios 'cp -r' copia recursivamente

mv - Move ou renomeia arquivos e diretórios

chmod - Altera as permissões de arquivos ou directórios

chown - Altera o dono de arquivos ou directórios

cmd>txt - Cria um novo arquivo(txt) com o resultado do comando(cmd)

cmd>>txt - Adiciona o resultado do comando(cmd) ao fim do arquivo(txt)

touch foo.txt - Cria um arquivo foo.txt vazio; também altera data e hora de
modificação para agora

> arquivo.txt - Mais rápido que o touch para criação de arquivos

split - Divide um arquivo

recode - Recodifica um arquivo ex: recode iso-8859-15..utf8 file_to_change.txt

Comandos para administração


man - Mostra o manual do comando.

adduser - Adiciona usuários. O useradd pode também ser usado.

addgroup - Adiciona grupos. O groupadd pode também ser usado.

apropos - Realiza pesquisa por palavra ou string


dmesg - Exibe as mensagens da inicialização(log)

du - Exibe estado de ocupação dos discos/partições

find - Comando de busca ex: find ~/ -cmin -3

userdel - Remove usuários

usermod - Modifica informações de um determinado usuário.

groupmod - Modifica informações de um determinado grupo.

chfn - Altera informação relativa a um utilizador (usuário).

who - Informa quem está logado no sistema. Em algumas versões do Linux, o comando
w pode ser usado, e retorna informações mais detalhadas, como o shell do usuário.

whoami - Informa com qual usuário você está logado

passwd - Modifica senha (password) de usuários

umask - Define padrões de criação de arquivos e diretórios

ps - Mostra os processos correntes

ps aux (ou ps -ef) - Mostra todos os processos correntes no sistema

kill - Mata um processo

killall - Mata todos os processos com o nome informado

su - Troca para o super-usuário root (é exigida a senha)

su user - Troca para o usuário especificado em 'user' (é exigida a senha)

chown - Altera o proprietário de arquivos e pastas (dono)

Comandos para administração de rede


ifconfig - mostra as interfaces de redes ativas e as informações relacionadas a cada
uma delas

route - Mostra as informações referentes as rotas

mtr - Mostra rota até determinado IP

netstat - Exibe as portas e protocolos abertos no sistema.

iptraf - Analisador de trafego da rede com interface gráfica baseada em diálogos

tcpdump - Sniffer muito popular. Sniffer é uma ferramenta que "ouve" os pacotes que
estão passando pela rede.

traceroute Traça uma rota do host local até o destino mostrando os roteadores
intermediários

nslookup - Consultas a serviços DNS

dig - Consultas a serviços DNS

Protocolos da Internet (HTTP, FTP,


SMTP, POP, IMAP, TELNET)
Standard

A comunicação entre servidor e clientes que permite que a internet funcione é mais
complexa que se pode imaginar. Na camada de Aplicação dos modelos que
suportam os protocolos TCP/IP e UDP/IP operam diversos protocolos de funções
específicas que permitem o funcionamento dos diversos aplicativos que usamos
diariamente. Cada um deles desenvolvido para atender uma necessidade
específica surgida em um determinado momento da história.

Por exemplo, o protocolo FTP surgiu da necessidade de se compartilhar arquivos


entre máquinas, o pop como padronização de trocas de mensagens e o HTTP
para viabilizar toda a estrutura de hiperlinks que permite o funcionamento da
web. A seguir veremos a estrutura de funcionamento de alguns destes protocolos,
chamados protocolos da camada de aplicação.

Protocolo Telnet

O TELNET é um protocolo padrão especificado pela RFCs 855 e 845. O telnet foi o
primeiro aplicativo demonstrado em dezembro de 1964 para a admissão de um usuário
remoto em um servidor. O formato atual do protocolo TELNET que suporta o aplicativo
telnet foi definido em 1983, três anos depois que o TCP/IP. Trata-se de um protocolo de
uso geral cujo objetivo é permitir a conexão, via terminal, de um cliente remoto em um
dado servidor. Ele permite que usuários remotos possam estabelecer uma conexão TCP
com um servidor. Por padrão, os servidores utilizam a porta 23 para conexões TELNET.

A maior parte dos aplicativos telnet são aplicativos de linha de comando. Desta forma,
para que uma conexão seja estabelecida o usuário precisará invocar o aplicativo e o
endereço IP do servidor desejado:

telnet 192.168.0.1

Uma vez que este comando seja realizado, o cliente telnet será aberto no cliente e
tentará estabelecer uma conexão com o servidor. Uma vez que a conexão seja aceita,
cada caractere digitado no terminal do cliente será enviado para o servidor. Se este
caractere for recebido o servidor devolverá o mesmo caractere para a tela do terminal do
cliente. Desta forma os caracteres que o usuário vê em seu terminal são, por padrão, a
resposta (eco) do caractere já aceito pelo servidor (MORAES, 2008).

Para que o programa Telnet execute a tarefa de autenticação e conexão, temos que os
equipamentos remotos devem possuir um sistema operacional que contenha
mecanismos de autorização de acesso via sistema de contas. A execução do logon em
um computador qualquer conectado na Internet via Telnet pode ser feita conhecendo-se
um nome de usuário e uma senha válidos no servidor.

Uma vez que o protocolo exista e seja executado tanto no servidor quanto no cliente, O
servidor Telnet será acionado, enviando então um prompt para o estabelecimento da
sessão, pedindo o nome do usuário e a senha necessários. Desde que as credenciais
sejam aceitas, o cliente poderá utilizar qualquer aplicativo disponível no
servidor (CARNEIRO, BRAGA e JÚNIOR, 1998).

Originalmente o telnet foi concebido como opção para a disponibilização de recursos


entre clientes remotos. Hoje em dia o protocolo é utilizado como base de negociação de
autenticação para outros protocolos da pilha TCP/IP (TANENBAUM, 1998).
Comandos TELNET

A Tabela 2 mostra uma lista de alguns dos comandos mais comuns do protocolo
TELNET:

Use unset para desabilitar uma opção anteriormente definida usando o comando set.

Use o comando status para determinar se o computador que está executando o cliente
Telnet está conectado.

Exibe informações de ajuda.

Comando Descrição
open Use open nome_do_ host para estabelecer uma conexão Telnet com um host.

close Use o comando close para fechar uma conexão Telnet existente.

display Use o comando display para exibir as configurações atuais do cliente Telnet.

send Use o comando send para enviar comandos ao servidor Telnet. Há suporte para os
seguintes comandos:ao Comando Abort output.ayt Comando “Are you
there?”.Esc Envia o caractere de escape atual.ip Comando Interrupt process.synch
Executa a operação de sincronização do Telnet.brk Envia um sinal de
interrupção.Quaisquer outros comandos diferentes desses listados anteriormente
serão enviados como uma sequência para o servidor Telnet. Por exemplo,
sendabcd enviará a sequência abcd para o servidor Telnet, que emitirá um eco da
sequência na janela da sessão Telnet.

quit Use o comando quit para fechar o cliente Telnet.

set Use o comando set com um dos seguintes argumentos para configurar o cliente
Telnet para a sessão atual.Bsasdel A tecla Backspace funcionará como
Delete.codeset opção Disponível apenas quando o idioma é definido como
japonês. Defina o conjunto de códigos atual como opção, que pode ser:

 Shift JIS
 EUC japonês
 JIS Kanji
 JIS Kanji (78)
 DEC Kanji
 NEC Kanji

Crlf Novo modo de linha; faz com que a tecla RETURN envie 0x0D, 0x0A.

Delasbs A tecla Delete funcionará como Backspace.

Escapecaractere Alterna do modo da sessão Telnet para o modo de


comando Telnet. Estando no modo de comando Telnet, pressione ENTER
para voltar para o modo de sessão Telnet.

Localecho Desativa o eco local.

Logfilenome Especifica o nome do arquivo para o qual o log do Telnet é


gravado para essa sessão. Se você não especificar o caminho do arquivo, ele
será criado no diretório atual. Especificar um arquivo de log também ativa o
registro em log.

Logging Ativa o registro em log para essa sessão.

mode {console | stream}O modo de operação.

Ntlm Ativa a autenticação NTLM.

term {ansi | vt100 | vt52 | vtnt} O tipo de terminal que você deseja que o
cliente Telnet emule.

? Exibe informações de ajuda para set.


unset status

Obs.: O comando z não é reconhecido em todas as versões do serviço Telnet – nem


mesmo em todas as versões UNIX. Você deve consultar a documentação da sua versão
particular do Telnet para determinar se o comando z é aceito e, se for como reiniciar o
Telnet após o comando z (CARNEIRO, BRAGA e JÚNIOR, 1998).

1.1. Protocolo FTP

O aplicativo ftp foi um dos primeiros aplicativos desenvolvidos para uso no que hoje
chamamos de internet. Surgiu para permitir a troca de arquivos entre computadores
ligados em rede. O protocolo FTP suporta este aplicativo. O protocolo FTP permite a
troca de arquivos nos formatos ASCII e binário.

A primeira versão do protocolo FTP, desenvolvido em abril de 1971, antes da criação


do TCP/IP. Na sua criação o FTP permita dois modos de transferência:

 Direto: Transferência realizada entre duas máquinas conectadas;


 Indireto: Transferência realizada entre duas máquinas utilizando-se os serviços de uma
terceira.

Por padrão, todas as transferências FTP são realizadas através da porta 21. O cliente faz
a requisição de uma conexão TCP para a porta 21 de um servidor. Esta conexão é
chamada de conexão de controle e permanecerá aberta durante todo o processo de
transferência. Assim que a conexão de controle é aceita e aberta, será criada uma nova
conexão, desta vez chamada de conexão de dados. A conexão de dados é, por padrão,
estabelecida na porta 21 do servidor. A conexão de controle será utilizada para
administração da sessão de transferência (comandos, identificação, senhas) entre cliente
e servidor (WIKIPÉDIA(4), 2009).

Para utilizar o FTP o usuário precisa executar um programa específico para isso, por
exemplo, o Filezilla, ou possuir acesso à linha de comandos e utilizar um programa ftp
para isso. Atualmente a maior parte dos navegadores web é capaz de utilizar este
protocolo para o download de arquivos e, com o uso de plug-ins especiais,
eventualmente o upload de arquivos.

No caso do uso de um aplicativo ftp de linha de comando podemos observar todo o


processo de negociação do protocolo e entender os comandos necessários para a
realização da troca de arquivos. O FTP faz parte dos protocolos da pilha TCP/IP que são
baseados em comandos em claro[1].
Comandos do Protocolo FTP

Observando os comandos utilizados no FTP, podemos comparar estes comandos com os


comandos de mesmo nome utilizados no Unix ou em sistemas operacionais derivados
como o Linux. A seguir estão listados os principais comandos do FTP, para a gerência e
troca de arquivos conforme está definido na RFC959 de forma resumida (REYNOLDS,
1985):

USER NAME (USER)

Nome de usuário: O campo argumento é uma cadeia de caracteres TELNET, que


identifica o usuário que deseja ter acesso ao sistema de arquivos do servidor.

PASSWORD (PASS)

Senha: O campo argumento é uma cadeia de caracteres TELNET que contém a senha de
acesso relativa ao usuário que deseja ter acesso ao sistema de arquivos do servidor.

ACCOUNT (ACCT)

Conta: O campo argumento é uma cadeia de caracteres TELNET que contém a


identificação da conta do usuário que deseja ter acesso ao sistema de arquivos do
servidor.

CHANGE WORKING DIRECTORY (CWD)

Trocar o diretório de trabalho: Este comando permite que o usuário trabalhe em outro
diretório, do sistema de arquivos do servidor, sem a necessidade de criar uma nova
conexão.

CHANGE TO PARENT DIRECTORY (CDUP)

Mudar para o diretório pai: Este comando permite que o usuário acesse o diretório pai
do diretório de trabalho. Trata-se de um caso especial do comando CWD criado para
facilitar a navegação no sistema de arquivos do servidor.

LOGOUT (QUIT)

Sair: Este comando termina a conexão com o servidor.

DATA PORT (PORT)

Porta: Determina qual porta TCP/IP será utilizada para conexão de dados. Existem
padrões pé estabelecidos tanto para a porta que será utilizada para a conexão de dados
quanto para a porta que será utilizada para a conexão de controle.

PASSIVE (PASV)

Passivo: Este comando solicita que o servidor aceite dados de uma porta não padrão e
aguarde uma conexão em vez de iniciar uma conexão em resposta a um comando.

TRANSFER MODE (MODE)


Modo de transferência: O argumento é um caractere TELNET simples e único que
especifica o modo de transferência que será utilizado. Pode ser o S para o modo stream,
o B para o modo blocos ou o C para o modo comprimido.

RETRIEVE (RETR)

Recupere: Este comando faz com que o servidor transfira uma cópia do arquivo
especificado para outro lugar no próprio servidor ou para um diretório na máquina do
cliente.

STORE (STOR)

Armazene: Este comando faz com que o servidor aceite os dados transferidos do cliente
via conexão de dados e armazene estes dados em um arquivo em seu próprio sistema de
arquivos.

RENAME TO (RNTO)

Renomeie: Este comando especifica o novo caminho para um arquivo especificado.

DELETE (DELE)

Apague: Este comando faz com que o arquivo especificado seja apagado no sistema de
arquivos do servidor.

REMOVE DIRECTORY (RMD)

Remover diretório: Este comando faz com que o diretório especificado seja removido
do sistema de arquivos do servidor.

MAKE DIRECTORY (MKD)

Faça diretório: Este comando cria um diretório novo no sistema de arquivos do servidor.

PRINT WORKING DIRECTORY (PWD)

Imprima o diretório corrente: Este comando faz com que o caminho do diretório
corrente seja devolvido ao cliente.

LIST (LIST)

Listar: Este comando provoca a criação de uma lista de dados de arquivos existentes no
diretório corrente no servidor. Esta lista é então, enviada para o cliente.

Exemplo de transação FTP:

Como a maior parte dos protocolos em claro da camada de aplicação, o FTP obedece a
uma sequência requisição-resposta padrão, como este exemplificado, e comentado, a
seguir, com o uso do aplicativo ftp em linha de comando em um sistema
Unix (Introduction to FTP, 1993):

ux1 4> ftp ftp.cso.uiuc.edu (abrir a seção com o servidor)


Connected to ux3.cso.uiuc.edu.
220 ux3.cso.uiuc.edu FTP server (Version 2.0WU(11) Tue Apr 13 13:24:04 CDT 1993)
ready.

Name (ftp.cso.uiuc.edu:ward): anonymous (log como anonimo)


331 Guest login ok, send your complete e-mail address as password.
Password: lynnward@uiuc.edu (digitar um email como senha)
230-Please read the file README

230- it was last modified on Mon Mar 15 11:54:07 1993 – 238 days ago
230 Guest login ok, access restrictions apply.
Remote system type is UNIX.

Using binary mode to transfer files.

ftp> dir (Mostra o diretório corrente)


200 PORT command successful.

150 Opening ASCII mode data connection for /bin/ls.


total 1598

drwxr-xr-x 22 root wheel 1024 Oct 7 10:40 .

drwxr-xr-x 22 root wheel 1024 Oct 7 10:40 ..


drwxrwxr-x 2 zinzow pc 512 Mar 2 1991 .bin
-rwxr-xr-x 1 root wheel 1000 Apr 14 1993 .cache
-rw-rw-r– 1 root amiga 2073 Feb 24 1989 .microupdate
-rw-rw-r– 1 root amiga 2050 Feb 24 1989 .microupdate~
drwxr-xr-x 3 383 ftp 1024 Nov 4 12:00 ACM
-rw-r–r– 1 zinzow ftp 4427 Mar 15 1993 README

drwxrwxr-x 11 wahlmann amiga 512 Aug 22 00:47 amiga


drwxrwxr-x 2 zinzow ftp 1024 Jan 20 1993 bbs
drwxr-xr-x 2 root wheel 512 Apr 13 1993 bin

d–x–x–x 2 root wheel 512 Apr 13 1993 dev


drwxrwxr-x 15 138 wheel 512 Apr 15 1993 doc

226 Transfer complete.

ftp> ascii (determina que a tranferência sera ASCII)

200 Type set to A.

ftp> get README (tranfere o arquivo README para o cliente)

200 PORT command successful.

150 Opening ASCII mode data connection for README (4427 bytes).

226 Transfer complete.

4523 bytes received in 0.04 seconds (1.1e+02 Kbytes/s)


Protocolo SMTP

O protocolo SMTP (Simple Mail Transfer Protocolo ou protocolo simples de


transferência de correio) é um dos protocolos que suportam o processo de envio de
mensagens eletrônicas via internet. Definido pela RFC 821 este protocolo utiliza o
TELNET para autenticação e, uma vez que o cliente seja autenticado, realiza uma
sequência de comandos para o envio do correio eletrônico (e-mail) para o servidor que,
por sua vez, efetuará a entrega ao destinatário ou fará o roteamento para o servidor deste
usuário (TANENBAUM, 1998) (CARNEIRO, BRAGA e JÚNIOR, 1998).

O protocolo SMTP é baseado no seguinte processo de comunicação: um remetente


SMTP estabelece um canal de transmissão (requisição-resposta) com um servidor
SMTP, que pode ser tanto o destino final do mail enviado quanto um destino
intermediário. Os comandos do SMTP são produzidos pelo cliente SMTP e enviados
para o servidor (CARNEIRO, BRAGA e JÚNIOR, 1998). Como ocorre na maioria dos
protocolos da camada de aplicação TCP/IP, os comandos gerados pelo cliente provocam
um eco ou resposta do servidor (MORAES, 2008).

Uma vez que o processo de conexão TELNET tenha sido encerrado, o cliente SMTP
envia um comando MAIL indicando assim o remetente do mail em questão. Se o
servidor SMTP puder receber essa mensagem, ele responde com um OK. Feito isto, o
cliente SMTP envia um comando RCPT, para a identificação do destinatário da
mensagem. Se o servidor SMTP puder receber a mensagem para esse recipiente, ele
responde com um OK; se não puder receber, ele rejeita esse destinatário. Ocorrendo
essa rejeição, o cliente SMTP e o servidor SMTP podem “negociar” diversos
destinatários. Quando esses destinatários tiverem sido “negociados”, o remetente envia
os dados de mensagem, terminado com uma sequência especial. Se o servidor processar
com sucesso os dados, é dado então o OK como resposta (CARNEIRO, BRAGA e
JÚNIOR, 1998).

Exemplo de seção SMTP:

#telnet smtp.fatec.br 25

HELO serverxx.sala160.fatec.br (substituir xx pelo número do seu PC)

250 Hello serverxx.sala160.fatec.br, pleased to meet you

MAIL FROM: professor@unive.br

250 ana@consumidor.br… Sender ok

RCPT TO: axxxxx@fatec.br (substituir pelo seu endereço e-mail)

250 axxxxx@fatec.br … Recipient ok

DATA

354 Enter mail, end with “.” on a line by itself

Subject: Mensagem do professor

(linha em branco)
Boas notícias! Você já terminou o curso! O diploma está à sua

espera nos serviços académicos.

Professor

. (escrever um ponto final numa linha em branco)

250 Message accepted for delivery

QUIT

221 smtp.fatec.br closing connection

Neste exemplo, todos os comandos SMTP foram feitos sobre uma conexão TELNET.
Este exemplo foi retirado das notas de aula e inclui as respostas do servidor obtidas
durante os exercícios práticos.

Comandos SMTP

A seguir temos uma lista dos principais comandos do protocolo SMTP compilados e
simplificados para facilitar o entendimento (TANENBAUM, 1998) (CARNEIRO,
BRAGA e JÚNIOR, 1998) (MORAES, 2008).

HELO (HELLO) (Obrigatório)

Identifica o Emissor da mensagem para o Receptor.

MAIL(Obrigatório)

Este comando inicializa uma transação de mail na qual uma mensagem é enviada a uma
ou mais caixa de mensagem (mailbox).

RCPT (ReCiPienT)(Obrigatório)

Este comando identifica o destinatário da mensagem; múltiplos destinatários são


definidos por múltiplos usos desse comando.

DATA(Obrigatório)

Inicializa a transmissão da mensagem, após seu uso é transmitido o conteúdo da


mensagem, que pode conter qualquer um dos 128 caracteres ASCII. O seu término é
especificado por uma sequência “<CRLF>.<CRLF>”.

RSET (ReSET)(Obrigatório)

Este comando determina que a operação atual de mail deverá ser abortada. Todos os
dados referentes são descartados.

SEND

Este comando é usado para inicializar uma transação de mail na qual uma mensagem é
enviada para um ou mais terminais onde estejam os destinatários e não para os seus
mailboxes. É um comando alternativo ao comando MAIL
SOML (Send Or MaiL)

Este comando é usado para inicializar uma transação de mail na qual uma mensagem é
enviada para um ou mais terminais onde estejam os destinatários ou a seus mailboxes. A
mensagem é direcionada aos terminais dos destinatários ativos no momento (e aceitando
mensagens) caso contrário é direcionada aos seus mailboxes. É alternativo ao comando
MAIL.

SAML (Send And MaiL)

Este comando é usado para inicializar uma transação de mail na qual uma mensagem é
enviada para um ou mais terminais dos destinatários e aos seus mailboxes. A mensagem
é direcionada aos terminais dos destinatários ativos no momento (e aceitando
mensagens) e a todos os mailboxes.

VRFY (VeRiFY)

Este comando solicita ao Receptor-SMTP a confirmação de que o argumento identifica


um usuário conhecido. Se for identificado é retornado o nome completo do usuário (se
este possuir) e seu mailbox completo.

EXPN (EXPaNd)

Este comando solicita ao Receptor-SMTP a confirmação de que o argumento identifica


uma lista de usuários de mail (mailing list). Se for identificada serão retornados os
membros desta lista no mesmo formato retornado pelo comando VRFY.

HELP

Este comando faz com que o Receptor-SMTP envie informação de ajuda ao Emissor-
SMTP.

NOOP(Obrigatório)

Este comando não possui efeitos nem parâmetros. Apenas faz com que o receptor envie
um OK.

QUIT(Obrigatório)

Este comando determina que o Receptor-SMTP envie um OK e então feche o canal de


comunicação com o Emissor-SMTP.

TURN

Este comando faz com que o Receptor e o Emissor troquem de papéis, o Receptor fica
como Emissor e o Emissor como Receptor.

Protocolo POP

O Post Office Protocol, ou protocolo de agência de correio, é um protocolo


desenvolvido para permitir a recuperação de correios eletrônicos, mensagens, de
servidores de e-mail (TANENBAUM, 1998). Existem várias versões deste protocolo. A
mais atual é conhecida como POP3. O funcionamento do POP3 para recolhimento de
mensagens baseia-se nas seguintes etapas:
 Estabelecemos uma conexão TCP entre o aplicativo cliente de e-mail e o servidor onde
está a caixa de correio
 O cliente de e-mail autentica o usuário no servidor;
 Todas as mensagens existentes na caixa de correio são transferidas sequencialmente
para a máquina cliente;
 As mensagens são apagadas da caixa de correio;
 A ligação com o servidor é terminada;
 O utilizador pode agora ler e processar as suas mensagens (off-line).

Opcionalmente, o servidor utilizando o protocolo POP3 pode ser configurado para que
as mensagens não sejam apagadas da caixa de correi (WIKIPEDIA(2), 2011) o.

Assim como o SMTP, e a maior parte dos protocolos da camada de aplicação da pilha
TCP/IP, o POP3 também consiste de um conjunto mensagens em formato requisição-
mensagem sobre uma conexão TELNET.

Exemplo de sessão POP3

A seguir temos um exemplo de uma seção POP3 sobre TELNET que permite a
visualização dos passos necessários a recuperação de mensagens (REIS, 2009):

telnet pop3.net4b.pt 110 Trying 195.245.176.7… Connected to pop3.net4b.pt. Escape


character is ‘^]’. +OK <20949.1069262902@smtp.net4b.pt>

user mailboxnormal +OK

pass senha +OK

list +OK 1 665 2 672 3 779 4 938 5 604932 6 143199 7 28411 . stat +OK 7 779596 top
1 0 +OK 665 octets Return-Path: <mailbox.normal@netfacil.tk> Delivered-To:
mailbox.normal@netfacil.tk Received: (qmail 7048 invoked from network); 13 Aug
2002 12:16:16 +0100 Received: from unknown ([10.0.3.1]) (envelope-sender <>) by
smtp.lx.esp (qmail-ldap-1.03) with QMQP for <>; 13 Aug 2002 12:16:16 +0100
Message-ID: <20020813111616.13248.qmail@web-1.lx.esp> Date: 13 Aug 2002
12:16:16 +0100 From: “Mailbox Normal” <mailbox.normal@netfacil.tk> To:
mailbox.normal@netfacil.tk Subject: Mensagem 1 X-Mailer: OniMail 0.05 –
200103131825 X-IPAddress: 195.245.189.138 MIME-Version: 1.0, retr 1 +OK 665
octets Return-Path: <mailbox.normal@netfacil.tk> Delivered-To:
mailbox.normal@netfacil.tk Received: (qmail 7048 invoked from network); 13 Aug
2002 12:16:16 +0100 Received: from unknown ([10.0.3.1]) (envelope-sender <>) by
smtp.lx.esp (qmail-ldap-1.03) with QMQP for <>; 13 Aug 2002 12:16:16 +0100
Message-ID: <20020813111616.13248.qmail@web-1.lx.esp> Date: 13 Aug 2002
12:16:16 +0100 From: “Mailbox Normal” <mailbox.normal@netfacil.tk> To:
mailbox.normal@netfacil.tk Subject: Mensagem 1 X-Mailer: OniMail 0.05 –
200103131825 X-IPAddress: 195.245.189.138 MIME-Version: 1.0 . dele 1 +OK quit
+OK Connection closed by foreign host.

Comandos do Protocolo POP3

A seguir temos uma lista dos principais comandos do protocolo POP3:

Comando Descrição
USER identidade Este comando permite a autenticação. Deve ser seguido da
identidade do utilizador, quer dizer, uma cadeia de caracteres
que identificam o utilizador no servidor. O comando USER
deve preceder o comando PASS.
PASS senha O comando PASS, permite indicar a senha do utilizador, cuja
identidade foi especificada por um comando USER.
STAT Informação sobre as mensagens contidas no servidor
RETR Número da mensagem a recuperar
DELE Número da mensagem a suprimir
LIST [msg] Número da mensagem a afixar
NOOP Permite deixar a ligação aberta no caso de inatividade
TOP <messageID> <n> Comando que adiciona n linhas da mensagem, cujo número é
dado em argumento. No caso de resposta positiva do servidor,
este devolve os cabeçalhos da mensagem, seguidamente uma
linha virgem e por último as n primeiras linhas da mensagem.
UIDL [msg] Pede ao servidor para enviar de novo uma linha que contém
informações sobre a mensagem eventualmente dada em
argumento. Esta linha contém uma cadeia de caracteres,
chamada lista de identificador única, permitindo identificar de
maneira única a mensagem no servidor, independentemente da
sessão. (O argumento opcional é um número que corresponde
a uma mensagem existente sno servidor POP, quer dizer uma
mensagem não apagada).
QUIT O comando QUIT pede a saída do servidor POP3. Provoca a
supressão de todas as mensagens marcadas como apagadas e
reenvia o estado desta ação.
Protocolo IMAP

Um dos problemas que foi percebido com a popularidade do uso dos protocolos SMTP
e POP3 foi a falta de um lugar centralizado para armazenamento das mensagens. Um
usuário que se consulta seus e-mails de vários computadores ficaria com seus e-mails
espalhados por estes vários computadores (TANENBAUM, 1998). Para solucionar este
problema, entre outros, foi proposto o protocolo IMAP. Definido pela RFC 3501 o
Internet Message Access Protocol ou protocolo internet de acesso a mensagens opera
utilizando a porta 143 por padrão e está na sua quarta revisão. Sendo oficialmente
conhecido como IMAP4rev1.

O protocolo IMAP4rev1 inclui operações de criação, exclusão e renomeação caixas de


correio, verificação da existência de novas mensagens, remoção permanente de
mensagens, fixação de bandeiras, coleta seletiva de mensagem de atributos selecionados
e coleta seletiva de textos. As mensagens no IMAP4rev1 são acessadas através da
utilização de números. Estes números são ou indicadores da ordem das mensagens ou
identificadores exclusivos (REDE GRUPO DE TRABALHO M. CRISPIN , 2003).

Uma seção IMAP4rev1 consiste no estabelecimento de uma conexão cliente/servidor


via TCP/IP, uma mensagem de saudação inicial é originada no cliente e respondida pelo
servidor. Estas interações cliente/servidor consistem de um comando enviado pelo
cliente, dados originados do servidor, e uma resposta de conclusão emitida pelo
servidor. Todas as interações entre cliente e servidor consistem de linhas compostas de
cadeias de caracteres finalizadas por um para CRLF (REDE GRUPO DE TRABALHO
M. CRISPIN , 2003).

Assim como o SMTP, o POP3 e o FTP o protocolo IMAP4rev1 consiste de uma série
de comandos especiais, em texto em claro, sob uma seção TELNET.
Exemplo de uma sessão IMAP4rev1

A seguir vemos o exemplo de uma sessão IMAP4rev1 (LINUX FOR ENGINEERING


AND IT

APPLICATIONS, 2010):

telnet gateway.linux.class 143

Trying 192.168.2.240…

Connected to 192.168.2.240.

Escape character is ‘^]’.

* OK [CAPABILITY IMAP4REV1 LOGIN-REFERRALS STARTTLS

AUTH=LOGIN] gateway.linux.class IMAP4rev1 2003.339 at Wed, 13 Apr 2005


01:38:58 -0400 (EDT)

A1 LOGIN mailtest Password

A1 OK [CAPABILITY IMAP4REV1 IDLE NAMESPACE MAILBOX-REFERRALS


BINARY UNSELECT SCAN SORT THREAD=REFERENCES

THREAD=ORDEREDSUBJECT MULTIAPPEND] User mailtest authenticated

A2 SELECT Inbox

* 2 EXISTS

* 2 RECENT

* OK [UIDVALIDITY 1113370837] UID validity status

* OK [UIDNEXT 3] Predicted next UID

* FLAGS (Answered Flagged Deleted Draft Seen)

* OK [PERMANENTFLAGS (* Answered Flagged Deleted Draft Seen)] Permanent


flags

* OK [UNSEEN 1] first unseen message in /var/mail/mailtest

A2 OK [READ-WRITE] SELECT completed

A3 FETCH 2 BODY[HEADER]

* 2 FETCH (BODY[HEADER] {670}

Return-Path:

X-Original-To: mailtest@gateway.linux.class
Delivered-To: mailtest@gateway.linux.class

Received: from node18.linux.class (node18 [192.168.2.38])

by gateway.linux.class (Postfix) with ESMTP id A291B2B15C

for ; Tue, 12 Apr 2005 22:24:53 -0400 (EDT)

Received: from me@here.com (unknown [192.168.2.250])

by node18.linux.class (Postfix) with SMTP id 4653B14112

for ; Tue, 12 Apr 2005 22:24:03 -0400 (EDT)

To: some_guru@somewhere.com

From: pp@pp.com

Subject: Forged e-mail

Message-Id: <20050413022403.4653B14112@node18.linux.class>

Date: Tue, 12 Apr 2005 22:24:03 -0400 (EDT)

* 2 FETCH (FLAGS (Recent Seen))

A3 OK FETCH completed

A4 FETCH 2 BODY[TEXT]

* 2 FETCH (BODY[TEXT] {88}

Hey,

The “To:” and “From:” are non-existent, but you still get the e-mail.

bye, bye

A4 OK FETCH completed

A5 LOGOUT

* BYE gateway.linux.class IMAP4rev1 server terminating connection

A5 OK LOGOUT completed

Connection closed by foreign host.

Protocolo HTTP
Em 1989 Tim Berners Lee publicou a primeira página web e, com ela, criou a primeira
versão, não oficial do protocolo HTTP. O Hypertext transfer protocol ou protocolo de
transferência de hipertexto foi criado para facilitar a citação de trabalhos em artigos
científicos e acabou moldando nosso mundo (CAPANEMA, 2009). Na verdade a web
só se popularizou depois que o protocolo foi definido e depois da criação do navegador
Mosaic por Marc Andreessen, da Universidade de Illinois (TANENBAUM, 1998).

O HTTP, atualmente na versão 1.1 revisão 15, formalmente HTTP/1.1rev15 define a


estrutura das mensagens trocadas entre cliente e servidor durante a navegação web.
Trata-se do mais importante protocolo da camada de aplicação da pilha TCP/IP e, como
a maioria dos outros, consiste em um sistema de requisição-resposta em claro. Ou seja,
o cliente envia uma requisição, no formato de uma mensagem de texto, e recebe uma
resposta do servidor também no formato de uma mensagem de texto. Cabe ao
navegador interpretar esta mensagem de texto e montar a página web para o usuário.

No âmbito do protocolo HTTP, os comandos trocados entre o cliente e o servidor são


chamados de mensagens, ou requisições, e possuem uma sintaxe e semânticas especiais.

Mensagens do protocolo HTTP/1.1

A seguir há uma lista das mensagens que podem ser trocadas entre cliente e
servidor (MORAES, 2008) (WIKIPÉDIA(5), 2011) (TANENBAUM, 1998).

GET

Solicita algum recurso como um arquivo ou um script CGI (qualquer dado que estiver
identificado pelo URI) por meio do protocolo HTTP.

Host: www.exemplo.com

O cabeçalho Host reconhece vários diferentes nomes DNS que tenham o mesmo IP.

HEAD

Variação do GET em que o recurso não é retornado. É usado para


obter metainformaçoes da página por meio do cabeçalho da resposta.

POST

Envia dados para serem processados pelo servidor. Os dados são incluídos no corpo do
comando.

PUT

Envia uma mensagem contendo um recurso para ser armazenado em um servidor


específico.

DELETE

Exclui um recurso específico do servidor

TRACE
Ecoa o pedido, de maneira que o cliente possa saber o que os servidores intermediários
estão mudando em seu pedido. O servidor destino deverá retornar ao cliente a
mensagem recebida

OPTIONS

Requisita ao servidor destino uma lista de métodos que podem ser utilizados durante o
ciclo requisição-resposta.

CONNECT

Esta mensagem deve ser utilizada com dispositivos proxies que possam se tornar um
túnel de comunicação segura.

Exemplo de sessão HTTP

Assim como o SMTP, POP3 e FTP, o HTTP/1.1 também pode ser utilizado via
TELNET. Desta forma, é simples de acompanhar o ciclo requisição-resposta, e
diagnosticar possíveis problemas de conexão ou configuração, tanto no servidor quanto
no cliente. A seguir está um exemplo de conexão realizado para testes e para a redação
desta série de artigos:

>telnet 192.168.1.1 80

Trying 192.168.1.1…

Connected to teste.server.com.

Escape character is ‘^]’.

GET /index.htm HTTP/1.1

host: teste.server.com

HTTP/1.1 200 OK

Date: Mon, 11 OCT 2011 16:38:00 GMT

Server: Apache/2.4.23 (Unix) (Ubuntu/Linux) mod_ssl/2.8.12 OpenSSL/0.9.6


PHP/4.1.2 mod_perl/1.27 FrontPage/5.0.2.2623

Last-Modified: Thu, 05 Jul 2011 06:16:05 GMT

ETag: “158e008c-182c-40e365d5”

Accept-Ranges: bytes

Content-Length: 6188

Connection: close

Content-Type: text/html

<html>
<head>

<body>

Oi este é o index.htm

</body></html>

Connection closed by foreign host.

>

Internet além dos protocolos

Até aqui vimos como funcionam os principais protocolos da camada de aplicação da


pilha TCP/IP. Estes protocolos, por si só, não explicam o funcionamento da
internet. Existem protocolos complementares que permitem a navegação da internet, o
envio e transporte de textos ricos, imagens, vídeos, voz e tudo mais que trafega na
grande rede nos dias de hoje. Nesta seção, vamos estudar alguns destes protocolos:

URL, URI, URN

A cada pagina web, e a cada recurso disponível na internet, é atribuído um URL


(Uniform Resource Locator – Localizador Universal de Recursos) que funciona como o
nome universal da pagina. Os URLs têm três partes: o protocolo (também chamado
esquema), o nome DNS da maquina em que a pagina esta e um nome local que indica a
pagina especifica (normalmente, um nome de arquivo na maquina onde ele
reside) (TANENBAUM, 1998). A URL é definida na RFC 1738 de autoria do próprio
Tim Berners Lee (LEE, 1994).

A URL pode ser considerada como um caso específico da URI (Universal Resource
Identifiers – Identificador Universal de Recursos) especificada pela RFC 3305. O
objetivo da URI é permitir a identificação de qualquer recurso disponível na internet de
forma universal e inequívoca. Já o URN (Universal Resource Name) serve para
especificar o nome de qualquer recurso disponível na Internet (MORAES, 2008).

Protocolo Exemplo

HTTP http://www.google.com

FTP ftp://ftp.globo.com

TELNET telnet://www.w3.org:80

ARQUIVO LOCAL Local file://home/cris/trabalho.doc

Tabela 4 – Exemplos de URLs (TANENBAUM, 1998)

A Tabela 4 mostra alguns exemplos de URLs destacando o protocolo usado para a


localização do recurso. Observe que é possível identificar inclusive um arquivo na
máquina do próprio cliente.

Em resumo, as URLs foram projetadas não só para permitir que os usuários navegassem
na Web, como também para permitir o uso de FTP, noticias, mensagens de correio
eletrônico, telnet e etc. Tornando quase desnecessários os programas especializados
para estes e outros serviços (TANENBAUM, 1998).

Mime

O protocolo MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Extensões Multifunção


para Mensagens de Internet) é um protocolo que foi definido com o objetivo de permitir
a inclusão de dados não-ASCII via e-mail. Este protocolo tornou-se necessário já que o
protocolo SMTP trabalha apenas com caracteres ASCII, formados por oito bits: o bit
mais significativo em zero, seguido por sete bits ASCII.

O MIME atua convertendo os dados não-ASCII inseridos pelo usuário, para dados
ASCII, de forma que possam ser transmitidos pelo SMTP. No receptor é feito o
processo inverso, como ilustrado na figura 1.

Figura 5 – Esquema do Protocolo Mime (DUARTE e VAZ, 2009)

A ideia básica do MIME é permitir o envio de conteúdo diverso sem alterar as


especificações dos protocolos relacionados com o envio de mensagens eletrônicas
(SMTP, POP3 e IMAP). Para isto o MIME define cinco novos cabeçalhos de
mensagens, como mostra a Tabela 5. O primeiro deles informa ao agente do usuário
receptor da mensagem não apenas que ele esta lidando com uma mensagem MIME,
como também a versão do padrão MIME que esta sendo usada. Presume-se que
qualquer mensagem que não contenha um cabeçalho MIME-Version: seja uma
mensagem de texto simples escrita em linguagem comum e processada como
tal (TANENBAUM, 1998).

Cabeçalho Significado

MIME-Version Identifica a versão do MIME

Content-Description Cadeia de caracteres inteligível que identifica o conteúdo da


mensagem

Content-ld Identificador exclusivo

Content-Transfer-Encoding Como o corpo da mensagem e codificado para transmissão

Content-Type Tipo e formato do conteúdo

onfigurar Serviços de Impressão e


Documentos

Publicado: junho de 2016

Aplica-se a: Windows Server 2012

Este artigo descreve como configurar e gerenciar serviços de impressão e documentos


usando o Console de gerenciamento de impressão e cmdlets do Windows PowerShell
associado. Gerenciamento de um Windows Server 2012 servidor de impressão é feito
usando o snap-in do MMC do Console de gerenciamento de impressão (PMC), que foi
atualizado para oferecer suporte a novos Windows Server 2012 recursos. Você pode
gerenciar remotamente seu servidor de impressão, mas você precisa configurá-la no
console local do servidor de impressão.

Impressão via Internet também é gerenciado usando o PMC e impressão LPD usa
ferramentas do Windows PowerShell para configuração e permanece inalterado
funcionalmente de Windows Server 2008 R2.

Importante

Os Serviços LPD e LPR foram preteridos a partir do Windows Server 2012.


Futuramente serão completamente removidos do produto, mas ainda estarão
disponíveis nesta versão. Comece a planejar agora a implantação de métodos
alternativos para qualquer aplicativo, código, ou utilização que dependa desses
recursos. Para obter mais informações sobre recursos e funcionalidades que foram
removidos do produto na versão atual ou planejados para remoção potencial em
versões subsequentes, consulte Recursos removidos ou preteridos no Windows Server
2012.

Windows Server 2012 apresenta um novo conjunto de cmdlets do Windows PowerShell


que pode ser usado para gerenciar servidores de impressão e filas de impressão na linha
de comando. Sempre que possível, exemplos de como usar esses cmdlets serão
mostrados para cenários comuns de gerenciamento de impressão. Para obter mais
informações, consulte cmdlets de gerenciamento de impressão do Windows PowerShell.

Neste documento

 Etapa 1: Instalar drivers v4


 Etapa 2: Instalar drivers v3 (se necessário)
 Etapa 3: Criar uma fila de impressão compartilhada
 Etapa 4: Conectar-se a fila de impressão
 Etapa 5: Imprimir a partir do Windows
 Etapa 6: Imprimir a partir de um aplicativo do Windows

Observação

Este tópico inclui cmdlets do Windows PowerShell de exemplo que podem ser usados
para automatizar alguns dos procedimentos descritos. Para obter mais informações,
confira Usando os Cmdlets.
Etapa 1: Instalar drivers v4

Usando drivers v4 com Windows Server 2012 servidores de impressão é recomendável


sempre que possível. Se Windows 8 computadores cliente estiverem sendo usados, os
usuários e administradores de TI receberá a nova experiência de impressão e receber
todos os benefícios do modelo de driver v4. Para alguns dispositivos, usando um driver
v3 será necessário e as diferenças entre Windows Server 2012 e versões anteriores do
Windows também serão discutidas.
Para instalar drivers v4 usando o Console de gerenciamento de impressão

1. Abra o Console de gerenciamento de impressão, abra o Gerenciador de


servidores, clique em ferramentas, e, em seguida, clique em gerenciamento de
impressão.
2. Expanda servidores de impressão, e, em seguida, expanda o nome do servidor de
impressão. Clique com botão direito Drivers e selecione Adicionar Drivers.
3. Para adicionar um driver v4 para um dispositivo, selecione o driver que tenha v4
ou classe o nome.
4. Depois que o driver está instalado, ele deve exibir na lista de drivers instalados.

Figura 1: Drivers instalados

Uma vez instalado, V4 drivers são identificados pelo campo de versão exibido
nas propriedades do Driver:

Figura 2: Propriedades de driver

Informará o nome do driver Driver de classe, o arquivo de configuração deve mostrar


PrintConfig.dll, e o caminho do driver deve ser %systemroot%\system32\DriverStore.
Drivers de classe

Drivers V4 que acompanham o Windows Server 2012 são conhecidos como Drivers de
classe. Drivers desse tipo devem sempre exibir Driver de classe no nome.

Drivers específicos do modelo

Drivers V4 que são baixadas diretamente de um site do fabricante de impressora ou


baixados do Windows Update são conhecidos como drivers específicos do modelo.

Comandos equivalentes do Windows PowerShell

O seguinte cmdlet ou cmdlets do Windows PowerShell executam a mesma função que o


procedimento anterior. Insira cada cmdlet em uma única linha, mesmo que possa
aparecer quebra em várias linhas aqui devido a restrições de formatação.

Add-PrinterDriver -Name "HP Color LaserJet 5550 PS Class Driver”


Etapa 2: Instalar drivers v3 (se necessário)

Em muitos casos será necessário usar drivers v3 em uma Windows Server 2012 servidor
de impressão. Nesses casos, esses drivers instalará e compartilhar exatamente como
faziam antes em Windows Server 2008 R2. Para tornar mais fácil do que nos sistemas
operacionais anteriores de instalação e manutenção desses drivers, os arquivos de driver
de núcleo de 32 bits e o arquivo de definição de driver ntprint do Windows de 32 bits
são incluídos no Windows Server 2012. Se um driver de 32 bits tem uma dependência
em um driver de núcleo, um administrador pode instalar um driver de 32 bits v3 sem a
necessidade de usar um sistema operacional de 32 bits instalado como uma fonte para o
arquivo Ntprint inf.

Etapa 3: Criar uma fila de impressão compartilhada

Criando compartilhado filas de impressão em Windows Server 2012 segue o mesmo


processo como Windows Server 2008 R2. Deve ser instalada no servidor e conectada a
uma porta e um driver de impressora local, e a fila de impressão deve ser compartilhada
para computadores cliente descobrir e se conectar a ele. Ao usar um driver v4, um
administrador não precisa instalar um driver para qualquer arquiteturas de processador
adicionais.

Comandos equivalentes do Windows PowerShell

Add-printer -Name "HP Color LaserJet 4700" -DriverName "HP Color


LaserJet 5550 PS Class Driver" -shared -ShareName "HP Color LaserJet
4700" -PortName "192.168.100.100"
Importante

A porta e o Driver já devem existir ou o comando Adicionar impressora falhará. Use o


Add-PrinterDriver e Add-PrinterPort cmdlets para instalar o driver e a porta antes de
executar o Add-Printer comando.
Etapa 4: Conectar-se a fila de impressão

Ao se conectar a uma fila de impressão usando um driver v4 de um computador cliente,


o computador cliente será instalado a fila de impressão usando o processo de apontar e
imprimir avançado descrito anteriormente. Se o computador cliente for Windows 8, o
driver será baixado da partir do repositório do driver local, o Windows Update ou o
Windows Software Update Services (WSUS).

Windows 8 e drivers v4

O usuário não precisará fornecer credenciais para instalar o driver de impressão v4.
Instala o driver v4 do repositório do driver local e o usuário verá um indicador de
instalação de impressora com uma barra de status. Depois que a instalação for
concluída, a impressora está pronta para uso com nenhuma ação adicional é necessária.

A Microsoft aperfeiçoou ponto e o Driver de impressão de compatibilidade

Um cliente que executa uma versão anterior do Windows pode instalar e imprimir um
Windows Server 2012 fila de impressão que está usando um driver v4 por meio do
Microsoft enhanced ponto e compatibilidade de Driver de impressão. Clientes do
Windows 7 não dão suporte a modelo de driver v4 devem baixar e instalar o Microsoft
enhanced ponto e compatibilidade de Driver de impressão do Windows Server 2012
servidor de impressão.Windows Server 2012 vem com um driver compatibilidade de 64
bits e 32 bits pré-instalado.

Após a instalação da impressora, suas propriedades mostrará o driver conforme a


Microsoft aperfeiçoou apontar e imprimir compatibilidade de driver em vez do driver v4
Driver de classe ou modelo específico que está instalado no servidor.

Figura 3: Ponto avançado e impressão de compatibilidade de Driver


A Microsoft aperfeiçoou o ponto e compatibilidade de Driver de impressão funcione em
várias plataformas, assim, como um cliente do Windows 7 de 32 bits baixa e instala a
versão de 32 bits do driver do servidor executando Windows Server 2012 e usa esse
driver de impressão todas as filas de impressão v4.

Etapa 5: Imprimir a partir do Windows

O Windows 8 Shell inclui uma nova interface de usuário que foi projetada para ajudar
os usuários a descobrir e instalar dispositivos facilmente. Impressão, Fax, e dispositivos
de digitalização são instalados a partir de botões de configurações ou dispositivos:

Figura 4: Barra de botões com dispositivos e configurações

Para instalar uma impressora usando o Windows 8 Shell

1. Ativar a barra de botões passar o dedo na borda direita da tela sensível ao toque
ou movendo o mouse para a parte superior ou inferior direito canto da tela.
2. Clique ou toque em configurações, e então configurações do PC mais.
3. Clique ou toque em dispositivos, e, em seguida, clique ou toque em Adicionar
um dispositivo.
4. O Windows verifica a rede para dispositivos e exibe uma lista de impressoras
que foram encontrados. Se o administrador impressoras publicadas no Active
Directory, em seguida, eles devem aparecer na parte superior da lista.
Figura 5: Pesquisando dispositivos

5. Clique ou toque do dispositivo que você deseja instalar e ele será adicionado à
lista de dispositivos. Se a impressora está usando um driver v4 nenhuma
interação do usuário é necessária instalar o dispositivo.

Observação

Em alguns casos, talvez seja necessário adicionar uma impressora por meio do painel
de controle, dispositivos e impressoras, interface do usuário adicionar impressora. Isso
funciona da mesma maneira como nas versões anteriores do Windows.
Importante

Ao imprimir um Windows Server 2012 fila de impressão, somente os usuários com


permissões de administrador na fila de impressão (administrador do sistema completo
ou administrador delegado de impressão, consulte Atribua o administrador de
impressão delegado e configurações de permissão de impressora no Windows Server
2012) verá nomes de documento legível ao exibir a fila de impressão. Os usuários
ainda poderá exibir a fila de seus computadores cliente e verão seu próprio nome de
documento completo, mas para trabalhos de impressão do outro usuário observarão
Imprimir documentos para o nome do documento.

Além disso, na maioria dos casos no log de eventos no servidor, o nome do documento
também aparecerá como Imprimir documento. No entanto, em alguns casos de falha do
trabalho, o nome do documento será listado no evento de falha.
Etapa 6: Imprimir a partir de um aplicativo do Windows

Windows 8 tem uma nova interface de usuário para descobrir e imprimir para imprimir
os dispositivos em uma rede. Um aplicativo do Windows que é executado no Windows
8 shell moderno pode ter uma interface de impressão personalizada que possa ser
acessada por meio da barra de aplicativo ou pode fornecer um link impressão
semelhante ao aplicativo do Internet Explorer. Além disso, o CTRL + P tecla de acesso
ativará a nova caixa de diálogo de impressa de qualquer aplicativo do Windows.

Observação

Imprimir a partir de aplicativos da área de trabalho permanece inalterado e funciona da


mesma maneira que as versões anteriores do Windows.
Para imprimir um documento de um aplicativo do Windows

1. Clique ou toque em botão dispositivos ou usar o CTRL + P teclas de atalho para


ativar a interface de impressão.
2. Escolha um dispositivo de impressão clicando ou tocando no ícone do
dispositivo de impressão:

Figura 6: Escolhendo um dispositivo de impressão

3. Uma visualização de impressão e configurações básicas são exibidas. O


documento pode ser impresso com o impressão botão:
Figura 7: Configurações básicas de impressão

4. Clique em mais configurações para ativar a caixa de diálogo Configurações


avançadas de impressão em que o layout de página, papel e qualidade e opções
de saída podem ser especificadas:

Instalação e configuração básica

O Squid, um servidor de Proxy, trabalha como saída principal da rede. Com isso, podemos
centralizar nosso foco em segurança (políticas de acesso, autenticação, etc.) em uma única
máquina.
O Squid trabalha com os principais protocolos da Internet, alguns deles são: HTTP, HTTPS, FTP.

O Squid é um Software Livre licenciado pela GPL, sua utilização pode nos trazer várias
vantagens, como:

 Autenticação;
 Controle de acesso;
 Cache;
 Controle centralizado;
 Registros de acesso, etc.

Ele também atua como Proxy transparente evitando que usuários "espertinhos" possam burlar
o controle de acesso.

Bem, chega de teoria e vamos começar o trabalho. Este tutorial é voltado à distribuições
baseadas no Debian.

O Squid é formado de um único pacote, o que torna sua instalação extremamente fácil:

# apt-get install squid

Depois que instalamos o Squid, vamos renomear o arquivo de configuração para criarmos um
do zero:

# mv /etc/squid/squid.conf /etc/squid/squid.conf.orig
# pico /etc/squid/squid.conf

Vamos criar uma configuração básica no arquivo, adicionando as seguintes linhas:

http_port 3128
visible_hostname KORZOS

acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0


acl manager proto cache_object
acl localhost src 127.0.0.1/255.255.255.255
acl SSL_ports port 443 563
acl Safe_ports port 21 80 443 563 70 210 280 488 59 777 901 1025-65535
acl purge method PURGE
acl CONNECT method CONNECT

http_access allow manager localhost


http_access deny manager
http_access allow purge localhost
http_access deny purge
http_access deny !Safe_ports
http_access deny CONNECT !SSL_ports

acl redelocal src 192.168.0.0/24

http_access allow localhost


http_access allow redelocal
http_access deny all

Depois, dê um:

# /etc/init.d/squid restart

...Que seu Squid já deve estar em pleno funcionamento.

Entendendo a configuração
Agora, precisamos descobrir para que serve cada uma destas linhas:

 http_port 3128: Define em qual porta o Squid vai atuar, a porta default é a 3128, mas
podemos definir qualquer outra porta.
 visible_hostname KORZOS: Define o nome do servidor, lembre-se de substituir o
"KORZOS" pelo nome do seu servidor.
 acl all src 0.0.0.0/0.0.0.0: Esta linha cria uma ACL, uma política de acesso com nome
"all" contendo qualquer IP.
 acl localhost src 127.0.0.1/255.255.255.255: Aqui criamos uma ACL de nome
"localhost" contendo localhost.
 acl SSL_ports port 443 563: Cria a ACL contendo as portas que são utilizadas no
protocolo HTTPS.
 acl Safe_ports port 21 80 443 563 70 210 280 488 59 777 901 1025-65535: Cria a ACL
contendo as portas de diversos protocolos conhecidos na Internet.
 acl manager proto cache_object: Cria a ACL manager do tipo proto.
 acl purge method PURGE : Cria a ACL manager do tipo method.
 acl CONNECT method CONNECT: Cria a ACL CONNECT também do tipo method.
 http_access allow manager localhost: Libera a ACL manager e localhost.
 http_access deny manager : Bloqueia a ACL manager.
 http_access allow purge localhost: Libera a ACL purge e localhost
 http_access deny purge: Bloqueia a ACL purge.
 http_access deny !Safe_ports: Esta linha se torna bastante interessante pelo uso da
"!", pois ela bloqueia qualquer conexão que não contenha o conteúdo da ACL
Safe_Ports.
 http_access deny CONNECT !SSL_ports: Bloqueia qualquer conexão que não esteja no
conteúdo da ACL SSL_ports.
 acl redelocal src 192.168.0.0/24: Cria a ACL redelocal contendo a faixa de endereço da
rede.
 http_access allow localhost: Libera a ACL localhost.
 http_access allow redelocal: Libera a ACL redelocal.
 http_access deny all: Bloqueia a ACL all

Instalando o SQUID

A instalação do Squid pode ser efetuada através da compilação do código fonte obtido
através do site http://www.squid-cache.org ou se utilizar um sistema operacional que
trabalhe com pacotes ...

 Redhat/Fedora/etc...
1$ yum install squid

 Debian/Ubuntu/etc/

1$ apt-get install squid

1 - Para configurar, basta editar o arquivo squid.conf em /etc/

1$ mcedit /etc/squid.conf

2 - Descomentar a linha ao qual contem a porta 3128 (default)

1# http_port 3128 para

2http_port 3128

3 – Alterar o tipo de acesso aos usuário

1# http_access deny all para

2http_access allow all

3/etc/init.d/squid restart

Squid Transparente

1 – Redirecionar a porta 80 para 3129 no firewall

iptables -t nat -A PREROUTING -s SQUIDIP -p tcp --dport 80 -j ACCEPT


1
iptables -t nat -A PREROUTING -p tcp --dport 80 -j REDIRECT --to-port
23129

2 – Alterar a linha da porta 3129 para transparente:

1http_port 3129 transparent

2/etc/init.d/squid restart

Ajustes - Criação de Regras

Exemplos de configuração:

1 - Permitir http_access para apenas uma máquina com MAC address igual a
00:08:c7:9f:34:41 :
1acl all src 0.0.0.0

2acl pl800_arp arp 00:08:c7:9f:34:41

3http_access allow pl800_arp

4http_access deny all

2 - Para restringir acesso nas horas de trabalho (9 horas - 17 horas, de segunda sexta)da
faixa de IP 192.168.2.0 máscara 255.255.255.0 :

1acl all src 0.0.0.0

2acl ip_acl src 192.168.2.0/24

3acl time_acl time M T W H F 9:00-17:00

4http_access allow ip_acl time_acl

5http_access deny all

3 - Criar uma acl para bloquear sites com a palavra sexo pois meus funcionários ficam
baixando filmes em Divx de pornografia:

1acl porno url_regex sexo

2http_access deny porno

4 - Criar uma acl para bloquear lista de palavras, separadas por linha, a partir do
arquivo /etc/squid/porno.txt:

1acl porno url_regex \\\"/etc/squid/porno.txt\\\"

2http_access deny porno

5 - Criar uma acl para bloqueio direto ao endereço de um site:

1acl porno2amissao dstdomain playboy.com

6 - Criar uma acl para bloqueio de sites a partir de um arquivo


em /etc/squid/pornosites.txt:

1acl porno2amissao dstdomain "/etc/squid/pornosites.txt"

2http_access deny porno2amisao

7 - Criar uma acl para a liberacao de sites a partir de um arquivo em /etc/squid/livres.txt:

1acl sitelivre urlpath_regex livres

2http_access allow sitelivre

Obs.: Esta regra deve ser adicionada ANTES dos bloqueios


Autenticações

1 – Para uma autenticação a partir da lista de usuários do próprio servidor:

1authenticate_program /usr/local/squid/bin/ncsa_auth
/usr/local/squid/etc/passwd
2
acl auth_users proxy_auth REQUIRED
3http_access allow auth_users

2 – Para uma autenticação a partir da lista de usuários em um servidor SAMBA(PDC)*:

1authenticate_program /usr/local/bin/smb_auth -W MEDIA@VANTAGE

2acl auth_users proxy_auth REQUIRED

3http_access allow auth_users

4*WinBind

3 – Para uma autenticação a partir da lista de usuários autenticados em uma base do tipo
LDAP

1 auth_param basic program /usr/lib/squid/squid_ldap_auth -v 3 -b

2 "dc=yourcompany,dc=com" -D uid=some-
user,ou=People,dc=yourcompany,dc=com -w
3
password -f uid=%s ldap.yourcompany.com
4
auth_param basic children 5
5
auth_param basic realm Web-Proxy
6 auth_param basic credentialsttl 1 minute

7 acl ldap-auth proxy_auth REQUIRED

8 http_access allow ldap-auth

9 http_access allow localhost

10http_access deny all

4 – Para uma autenticação a partir da lista de usuários autenticados em um banco de


dados MySQL

1auth_param basic program /usr/local/squid/libexec/squid_db_auth --user


someuser --password xxxx --plaintext --persist
2
auth_param basic children 5
3auth_param basic realm Web-Proxy

4auth_param basic credentialsttl 1 minute


5auth_param basic casesensitive off

6acl db-auth proxy_auth REQUIRED


http_access allow db-auth
7
http_access allow localhost
8
http_access deny all
9

Adicionais

O squid permite que outros softwares possam interagir para um melhor desempenho e
usabilidade.

 SquidGuard:

Ferramenta que trabalha com BlackLists aumentando assim o numero de sites/URls


bloqueados. http://www.squidguard.org

 SquidClamav:

Ferramenta que interage com o antivírus livre Clamav possibilitando assim varreduras
dos sites em tempo real. http://freshmeat.net/projects/squidclamav/

 SquidDefender:

Script pra analizar logs do SQUID e detectar ataques


conhecidos. http://www.jeroen.se/squidefender.php

Usando o Sarg para monitorar o acesso

1apt-get install update

2apt-get install sarg

Após o processo de instalação, o principal arquivo de configuração


denominado sarg.conf poderá ser localizado no diretório: /etc/squid/

Por padrão os relatórios vão para a pasta /var/www/squid-reports/

Este padrão, junto com outras configurações podem ser alteradas no arquivo de
configuração do Sarg, que é o sarg.conf. O arquivo é auto explicativo, nele você pode
alterar os diretórios padrão, alterar o layout da página de relatórios e ativar recursos
como o envio de uma cópia do relatório por e-mail sempre que o sarg for executado.

# /etc/squid/sarg.conf
1
#
2
# *** Idioma
3
language Portuguese
4 #

5 # *** Arquivo de log a ser lido para gerar relatório

access_log /var/log/squid/access.log
6
#
7
#*** Usar Gráfico - yes | no
8
graphs yes
9
#
10 # *** Título da pagina HTML

11 title "Relatorio de uso da Internet"

12 #

13 # *** Fonte da pagina HTML

14 font_face Tahoma,Verdana,Arial
#
15
# *** Nome do diretorio temporário dos arquivos em trabalho
16
# sarg -w dir
17
temporary_dir /tmp
18
#
19 # *** Diretório onde serão salvos os relatórios

20 # sarg -o dir

21 output_dir /var/www/squid-reports

22 #

23 # *** Converte IP em DNS (nome) - yes | no


# sarg -n
24
resolve_ip
25
#
26
# *** Usa IP ao inves de userid nos relatórios - yes | no
27
# sarg -p
28 user_ip no

29 #

30 # *** Ordena - normal | reverse

31 # Campos permitidos: USER | CONNECT | BYTES | TIME

32 topuser_sort_field BYTES reverse


#
33
# *** Usuarios contidos no sarg.users São excluídos do relatório
34
exclude_users /etc/squid/sarg.users
35
#
36
# *** Exclui host, domínios ou subredes do relatório
37 # Ex: 192.168.10.10 - exclui ip apenas

38 # 192.168.10.0 - exclui toda classe C


# s1.acme.foo - exclui hostname apenas
39
# acme.foo - exclui tod domínio
40
exclude_hosts /etc/squid/sarg.hosts
41
#
42
# *** Formata a data do relatório
43 # e (European=dd/mm/yy)

44 # u (American=mm/dd/yy)

45 # w (Weekly=yy.ww)

46 date_format e

47 #
# *** Remove relatórios antigos automaticamente
48
# 0 - sem limites.
49
lastlog 0
50
#
51
# *** Remove os arquivos temerários
52 remove_temp_files yes

53 #

54 # *** Gera o index.html - yes | no | only

55 # only - gera apenas um unico index.html principal

56 index yes
#
57
# *** Sobrescrever relatório - yes | no
58
overwrite_report yes
59
#
60
# *** O que fazer com registros sem identificação no access.log
61 # ignore - Ignora os registros

62 # ip - Usa o IP

63 # everybody - Usa o texto "everybody"

64 records_without_userid ip

65 #
# *** Usa vírgula ao invés de ponto no | yes
66
use_comma yes
67
#
68
# *** Comando para enviar relatório via SMTP - mail|mailx
69
mail_utility mailx
70 #

71 # *** Quantidade de sites do relatório topsites


topsites_num 100
72
#
73
# *** Ordena os topsites - CONNECT|BYTES A|D
74
# Onde A=Crescente, D=Descendente
75
topsites_sort_order CONNECT D
76 #

77 # *** Ordena o index.html - A | D

78 # Onde A=Crescente, D=Descendente

79 index_sort_order D

80 #
# *** Ignora registros com alguns códigos
81
# Ex: NONE/400
82
exclude_codes /etc/squid/sarg.exclude_codes
83
#
84
# *** Máximo de tempo decorrido (milliseconds)
85 # Use 0 para nao checar

86 max_elapsed 28800000

87 #

88 # *** O que os relatorios geram:

89 # topsites - exibe o site, conexao e bytes


# sites_users - exibe que usuario esteve num site
90
# users_sites - exite site acessados pelo usuario
91
# date_time - exibe a quatidade de bytese num dia/h
92
# denied - exibe todos os sites negados
93
# auth_failures - exibe as falhas nas autenticacoes
94 # site_user_time_date - exibe sites, datas, tempo e bytes

95 # Ex.: report_type topsites denied

96 #

97 report_type topsites sites_users users_sites date_time denied


auth_failures
98
site_user_time_date
99 #

100# *** Troca o IP ou userid pelo nome do usuario no relatorio

101# Ex:

102# SirIsaac Isaac Newton


103# vinci Leonardo da Vinci

104# 192.168.10.1 Karol Wojtyla


# Cada linha precisa terminar com ' ' (enter)
105
usertab /etc/squid/sarg.usertab
106
#
107
# *** Exibe a URL longa ou so o site - yes | no
108
long_url no
109#

110# *** Data/Hora ou Tempo decorrido - bytes | elapsed

111date_time_by bytes

112#

113# *** Padroes de multilinguagem


# Voce pode usar os seguintes caracteres:
114
# Latin1 - West European
115
# Latin2 - East European
116
# Latin3 - South European
117
# Latin4 - North European
118# Cyrillic

119# Arabic

120# Greek

121# Hebrew

122# Latin5 - Turkish


# Latin6
123
# Windows-1251
124
# Koi8-r
125
charset Latin1
126
#
127# *** Gera relatorios apenas dos usuarios listados

128# Ex: include_users "user1:user2:...:usern"

129#include_users none

130#

131# *** Gera relatorio ignorando uma lista de string


# Ex: exclude_string "string1:string2:...:stringn"
132
#exclude_string none
133
#
134
# *** Exibe mensagem de sussesso do relatorio gerado-yes|no
135
show_successful_message no
136#

137# *** Exibe a leitura de algumas estatisticas


show_read_statistics no
138
#
139
# *** Quais campos devem ser do relatorio Topuser
140
topuser_fields NUM DATE_TIME USERID CONNECT BYTES %BYTES
141
IN-CACHE-OUT USED_TIME MILISEC %TIME TOTAL AVERAGE
142#

143# *** Quais campos devem ser do relatorio User

144user_report_fields CONNECT BYTES %BYTES IN-CACHE-OUT USED_TIME

145MILISEC %TIME TOTAL AVERAGE

146#
# *** Quantidade de usuarios do relatorio Topsites
147
# 0 = sem limites
148
topuser_num 0
149
#
150
# *** Gera relatorio em formato de lista ou tabela-list|table
151site_user_time_date_type table

152#

153# *** Salva o resultado do relatorio em um arquivo

154#datafile /tmp/p8

155#
# *** Usa um caracter separador dos campos no arquivo
156
#datafile_delimiter ";"
157
#
158
# *** Quais campos de dados devem ter o arquivo
159
# Ex: datafile_fields all ou user
160# Campos permitidos:

161# user;date;time;url;connect;bytes;

162# in_cache;out_cache;elapsed

163#datafile_fields

164#user;date;time;url;connect;bytes;in_cache;out_cache;elapsed
#
165
# *** Dias da semana levados em conta (Domingo->0,Sabado->6)
166
# Ex: weekdays 1-3,5
167
#weekdays 0-6
168
#
169# *** Horas levadas conta

170# Ex: hours 7-12,14,16,18-20


#hours 0-23
171
#
172
# *** Gera um relatorio para o log do SquidGuard
173
# Ex: squidguard_conf /usr/local/squidGuard/squidGuard.conf
174
#squidguard_conf none
175#

176# *** Exibe informacoes do sarg e site no relatorio - yes|no

177#show_sarg_info yes

178#

179# *** Exibe logotipo do sarge - yes|no


show_sarg_logo yes
180
#
181
# *** Onde esta seus documentos Web
182
#www_document_root /var/www
183
#
184# *** Sufixo de arquivos considerados como dowloads no

185# relatorio de downloads. Use 'none' para desabilitar

186download_suffix "zip, arj, bzip, gz, ace, doc, iso, adt, bin,
cab, com, dot, drv$,
187
lha, lzh, mdb, mso, ppt, rtf, src, shs, sys, exe, dll, mp3, avi,
188mpg, mpeg"

JBoss: Servidor de aplicação Java EE completo (ou seja, capaz de executar EJB's, JMS,
JSP's, Servlets, etc.)

Apache: Servidor HTTP. Nada tem a ver com Java, exceto que pode servir como
"máscara" para efetuar balanceamento de carga entre vários servidores Java (que
atendam HTTP). Não serve como servidor de aplicação Java. Como dito acima, é o
único da listagem que é feito em C++, não Java.

LDAP

Carlos E. Morimoto criou 26/jun/2005 às 22h03

Lightweight Directory Access Protocol. Este é um protocolo de rede que roda sobre o
TCP/IP que permite organizar os recursos de rede de forma hierárquica, como uma
árvore de diretório, onde temos primeiramente o diretório raiz, em seguida a rede da
empresa, o departamento e por fim o computador do funcionário e os recursos de rede
(arquivos, impressoras, etc.) compartilhados por ele. A árvore de diretório pode ser
criada de acordo com a necessidade.
Uma das principais vantagens do LDAP é a facilidade em localizar informações e
arquivos disponibilizados. Pesquisando pelo sobrenome de um funcionário é possível
localizar dados sobre ele, como telefone, departamento onde trabalha, projetos em que
está envolvido e outras informações incluídas no sistema, além de arquivos criados por
ele ou que lhe façam referência. Cada funcionário pode ter uma conta de acesso no
servidor LDAP, para que possa cadastrar informações sobre sí e compartilhar arquivos.

O LDAP oferece uma grande escalabilidade. É possível replicar servidores (para backup
ou balanceamento de carga) e incluir novos servidores de uma forma hierárquica,
interligando departamentos e filiais de uma grande multinacional por exemplo. A
organização dos servidores neste caso é similar ao DNS: é especificado um servidor raiz
e a partir daí é possível ter vários níveis de sub-servidores, além de mirrors do servidor
principal.

O LDAP pode ser usado em qualquer tipo de rede TCP/IP e é um padrão aberto,
permitindo que existam produtos para várias plataformas. Uma das suítes mais usadas é
o OpenLDAP (GPL), que pode ser baixado no: http://www.openldap.org

Uma vez instalado, o OpenLDAP pode ser configurado através do arquivo sldap.conf,
encontrado no diretório /etc. O servidor é o daemon sladap e o cliente o ldapsearch,
que é originalmente um utilitário de modo texto mas que pode trabalhar em conjunto
com vários front-ends gráficos.

O OpenLDAP pode ser usado em conjunto com vários clientes comerciais e permite
estabelecer vários níveis de permissões e controle de acesso para os dados
compartilhados, além de suportar encriptação.

Note que embora seja possível ter acesso à base de dados remotamente, o LDAP não é
um protocolo frequêntemente usado na Internet, apenas em Intranets, sobretudo de
grandes empresas, já que quanto maior é o número de usuários e de documentos
disponíveis, maior é sua utilidade.

Introdução ao LDAP
O LDAP (Lightweight Directory Access Protocol - Protocolo de acesso aos diretórios leves) é um
protocolo padrão que permite gerenciar diretórios, ou seja, acessar bancos de informações
sobre os usuários de uma rede por meio de protocolos TCP/IP. Geralmente, os bancos de
informações são relativos a usuários, mas eles também podem ser usados para outros fins,
como gerenciar o material de uma empresa.

O protocolo LDAP, desenvolvido em 1993 pela Universidade de Michigan, nos Estados Unidos,
tinha como objetivo suplantar o protocolo DAP (que serve para acessar o serviço do diretório
X.500 do OSI). A partir de 1995, o LDAP tornou-se um diretório nativo para não servir apenas
para acessar diretórios do tipo X500. O LDAP é, assim, uma versão mais leve do protocolo DAP,
daí o seu nome Lightweight Directory Acess Protocol.

Apresentação do LDAP
O protocolo LDAP define o método de acesso aos dados no servidor a nível do cliente e não a
maneira como as informações são armazenadas. Ele está na versão 3 e foi padronizado pelo
IETF (Internet Engineering Task Force). Assim, existe um RFC para cada versão de LDAP,
constituindo um documento de referência: RFC 1777 para LDAP v.2 padrão e RFC 2251 para
LDAP v.3 padrão.
Assim, o LDAP fornece ao usuário métodos que lhe permitem se conectar, desligar, procurar e
comparar informações e inserir, alterar e excluir entradas. Por outro lado, o protocolo LDAP
(na sua versão 3) propõe mecanismos de codificação (SSL, etc.) e autenticação (SASL) que
permitem proteger o acesso às informações armazenadas no banco.

A arborescência de informações (DIT)


O LDAP apresenta as informações na forma de uma arborescência de informações hierárquica
chamada DIT (Directory Information Tree), na qual as informações, ditas entradas são
representadas por ramos. Um ramo situado na raiz de uma ramificação chama-se raiz ou sufixo
(em inglês, root entry).

Toda entrada do diretório LDAP corresponde a um objeto abstrato ou real (ex: uma pessoa,
objeto material, parâmetros, etc.) e cada uma delas é constituída por um conjunto de pares
chaves/valores chamados atributos:

Os atributos das entradas


Toda entrada é constituída por um conjunto de atributos que permitem caracterizar o objeto
que a entrada define. Existem dois tipos de atributos: os atributos normais , que são os
atributos habituais (nome, sobrenome, etc.) caracterizando o objeto; e os atributos
operacionais, aos quais só o servidor pode acessar e, assim, manipular os dados do diretório
(datas de alteração, etc.).

Uma entrada é indexada por um nome distinto (DN - Distinguished Name) que permite
identificar, de maneira única, um elemento da arborescência.

Um DN é constituído pelo nome do elemento, chamado RDN (Relative Distinguished Name),


mais o conjunto dos nomes das entradas parentes. Trata-se de utilizar uma série de pares
chave/valores para localizar uma entrada de maneira única.

Algumas das chaves utilizadas são uid, identificador único obrigatório; cn, sobrenome da
pessoa; givenname, nome da pessoa, sn, o apelido da pessoa; o, empresa da pessoa; u, serviço
da empresa na qual a pessoa trabalha; e mail, endereço de e-mail da pessoa.

Assim, um DN terá a forma


uid=jeapil,cn=pillou,givenname=jean-francois
enquanto o RDN deste mesmo usuário hipotético será
uid=jeapil
.

Assim, chama-se de esquema o conjunto das definições de objetos e de atributos que um


servidor LDAP pode gerenciar. Isto permite, por exemplo, definir se um atributo poder ter um
ou vários valores. Por outro lado, um atributo chamado objectclass permite definir os
atributos obrigatórios ou facultativos.

Como consultar os dados


O LDAP fornece um conjunto de funções para efetuar consultas sobre os dados, para procurar,
alterar e apagar entradas nos diretórios. Veja a lista das principais operações que o LDAP pode
efetuar:

Operação Descrição

Abandon Abandona a operação previamente enviada ao servidor

Add Acrescenta uma entrada ao diretório

Bind Inicia uma nova sessão no servidor LDAP

Compare Compara as entradas de um diretório de acordo com certos critérios

Delete Exclui uma entrada de um diretório

Extended Efetua operações estendidas

Rename Altera o nome de uma entrada

Search Procura entradas de um diretório

Unbind Termina uma sessão no servidor LDAP

O formato de troca de dados LDIF


O LDAP fornece um formato de troca (LDIF - Lightweight Data Interchange Format) que
permite importar e exportar os dados de um diretório com um simples arquivo de texto. A
maioria dos servidores LDAP suporta este formato, que permite uma grande
interoperabilidade entre eles. A sintaxe do formato é a seguinte:
[<id>] dn: <distinguished name> <atributo> : <valor> <atributo> :
<valor> ...
.

Neste arquivo, o ID é facultativo. Trata-se de um número inteiro positivo que permite


identificar a entrada no banco de dados. Cada nova entrada deve ser separada da definição da
entrada precedente com a ajuda de uma nova linha (linha vazia). É possível definir um atributo
em várias linhas, começando as linhas seguintes por um espaço ou uma tabulação. Também é
possível definir vários valores para um atributo, repetindo a cadeia nome: valor em linhas
separadas. Quando o valor tem um caractere especial (não imprimível, um espaço ou dois
pontos), o atributo deve ser seguido de :: e do valor codificado em base 64.

LDAP - Introdução aos diretórios LDAP


Faça uma pergunta
Dezembro 2017

Introdução aos diretórios

Este artigo se interessa particularmente á um tipo específico de diretório : os diretórios


eletrônicos .

Os diretórios eletrônicos são um tipo de banco de dados especializados que permitem


estocar informações de maneira hierárquica que oferece mecanismos simples para
buscar informações, triá-la, a organizar de acordo com um número limite de critérios.
Assim o objetivo de um diretório eletrônico é aproximadamente o mesmo de um
diretório de papel. Mas, ele oferece uma grande variedade de possibilidades que os
diretórios de papel não poderiam dar.

A utilização do diretório não se limita á busca de pessoas ou de recursos. Com efeito,


um diretório pode servir a:

 constituir um carnê de endereços


 autenticar usuários (graças a uma senha)
 definir os direitos de cada usuário
 recensear informações sobre um parque de equipamentos (computadores, servidores,
seus endereços IP e endereços MAC, ...)
 descrever as aplicações disponíveis

Características dos diretórios eletrônicos

Os diretórios eletrônicos possuem um grande número de vantagens sobre seus "primos


de papel " :

 eles são dinâmicos : a atualização de um diretório eletrônico que é muito mais simples
(e claramente com menos custo) à realizar comparada aquela de um diretório de
papel. Assim um diretório online (disponível em rede) será atualizado muito mais
rapidamente, mesmo considerando que as pessoas recenseadas no diretório podem,
elas mesmas, modificar as informações que lhes são pertinentes (se elas são
habilitadas á fazê-las).
 eles são seguros : os diretórios online dispõem de mecanismos de autenticação dos
usuários graças à uma senha e um nome de usuário bem como regras de acesso que
permitem definir as ramificações aos quais o, e assim sem possibilidade de alteração, e
possibilitando somente uma busca de acordo com um critério fixo. (em geral a ordem
alfabética de acordo com o nome).

A diferença entre o diretório e o banco de dados

Um diretório é um tipo de banco de dados específicos, quer dizer que se trata de uma
espécie de banco de dados que tem características particulares:
 um diretório é previsto por ser mais solicitado em leitura e não tanto em escritura. Isto
significa que um diretório é concebido para ser mais seguidamente consultado do que
atualizado.
 os dados armazenados de maneira hierárquica no diretório, enquanto que os bancos
de dados ditos « relacionais » armazenam os registros de maneira tubular.
 os diretórios devem ser compactados e repousar em um protocolo de rede leve.
 Um diretório deve comportar mecanismos que permitam buscar facilmente uma
informação e organizar os resultados.
 os diretórios devem poder ser repartidos. Isto significa que um servidor de diretório
deve comportar mecanismos que permitam cooperar, quer dizer, que permitam
estender a busca até outros servidores no caso de que nenhum registro tenha sido
encontrado.
 Um diretório deve ser capaz de gerenciar a autenticação dos usuários bem como dos
direitos destes para a consulta ou alteração de dados. Assim, um diretório é
geralmente uma aplicação que se baseia em uma base de dados para ali estocar
registros, mas, sobretudo um conjunto Um banco de dados, por seu lado, não é
necessariamente um diretório....

Necessidade de uma normalização

Assim é um servidor que preenche as condições descritas acima, mas a implementação


pode ser totalmente diferente de um servidor à outro, po resta razão foi necessário
definir uma interface normalizada que permite acessar de maneira standard aos
diferentes serviços di diretório. É o papel do protocolo LDAP (Lightweight Directory
Access Protocol), cujo papel é unicamente fornecer um meio único (standard aberto) de
efetuar solicitações sobre um diretório (compatível LDAP).

Os diretórios distribuídos

Considerando o grande número de registros que pode comportar um diretório, ele é às


vezes impossível criar um diretório centralizado que contenha as informações de
milhares de pessoas. É a razão pela qual os servidores de diretórios devem ser capazes
de comunicar entre eles para poder partilhar informações.

Por exemplo, é o caso de grandes empresas que necessitam um diretório podendo


interrogar os endereços de pessoas de diferentes filiais localizadas em regiões
geograficamente distantes.

Os servidores de diretórios possuem assim a faculdade de se replicar , quer dizer de


oferecer funções que permitam importar e exportar registros (fala-se geralmente de
sincronizar) com outros diretórios. Fala-se assim de replicação ou ainda de
sincronização.

A sincronização é assegurada por uma ferramenta chamada meta diretório (fala-se às


vezes também de proxy LDAP). Distinguem-se habitualmente dois tipos de meta
diretórios:

 os meta diretórios com <gras>replicação que cria um banco de dados originários da


agregação dos dados provenientes dos diferentes diretórios.
 os meta diretórios "virtuais" que criam referencias centrais para os dados contidos
nos diferentes diretórios, mas não duplicam a informação.

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