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Abstract: Traditionally, the state of Rio Grande do Sul has had a significant impact on footwear
production, attributed to a set of specific social, economic and cultural conditions. With the deepening
of the process of globalization and the consequent economic opening of Brazil in the 1990s, this state
was not able to replicate with equal efficiency the levels of production and profitability rates sought by
the footwear industry. Thus, in order to make feasible the expansion of the sector, some companies
opened branches or moved to several states in Brazil, especially Ceará. In this way, the objective of
this research is to analyze the transfer of these companies to this state, as a strategy of
overaccumulation based on materialized elements in the territory, since these transformations
stimulate, in the region as well as in the territory, a new movement, now more and more Guided by the
patterns of globalization and capitalist rationality.
Key-words: Region; Territory; Globalization; Footwear industry.
1. Introdução
O objetivo desta pesquisa é analisar o processo de transferência das
empresas de calçados do Rio Grande do Sul para o Ceará, enquanto estratégia de
superacumulação com base em elementos materializados no território. Interpreta-se
o fenômeno a partir da nova lógica produtiva e espacial, surgida na década de 1990
(ARROYO, 2009), que definiu a atual reestruturação industrial do setor (PEREIRA
JÚNIOR, 2007, 2005, 2006, 2012; PONTES et. al., 2006).
O estado do Rio Grande do Sul, tradicionalmente, deteve importância na
produção calçadista, atribuída a um conjunto de condições sociais, econômicas e
culturais específicas (SCHNEIDER, 2004; COSTA; FLIGESPAN, 2013).
1- Professor substituto no curso de Geografia na Universidade Estadual do Ceará, campus do Itaperi. Mestre
em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Estadual do Ceará. E-mail de
contato: joao.alencar@uece.br
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Essas características definiram as condições gerais de produção do setor
calçadista gaúcho numa Região Produtiva do Calçado (RPC). Nela se encontram as
mais tradicionais empresas, a mais qualificada força de trabalho, e as instituições
associativas mais importantes, a exemplo da Abicalçados. Com o aprofundamento
do processo de globalização e a consequente abertura econômica do Brasil, na
década de 1990, a região não conseguiu reproduzir com a mesma eficiência seus
níveis de produção e taxas de lucratividade.
Assim, em busca de viabilizar a expansão do setor, algumas empresas
abriram filiais ou se transferiram para vários estados do Brasil, com destaque para o
Ceará. Neste estado, a distribuição espacial ganhou forte dispersão, assumindo
muito mais uma perspectiva territorial e descontínua do que regional. Essas
transformações estimulam, tanto na região como no território, um novo movimento,
agora cada vez mais orientado pelos padrões da globalização e da racionalidade
capitalista.
No Ceará, o território ganha novas porosidades, na busca da efetivação dos
renovados sistemas de produção calçadistas. Enquanto isso, no Rio Grande do Sul,
a região procura se renovar, estabelecendo novas articulações escalares; ou se
desgasta, sentindo os efeitos perversos da concorrência capitalista internacional.
Pensar essas transformações é refletir sobre a chegada de uma nova ordem na
indústria de calçados brasileira, que impõem demandas cada vez mais geográficas
da relação entre globalização, região e território (HAESBAERT, 2010).
A pesquisa reúne suas informações a partir de dados estatísticos e de
documentos, apreendidos nas mais diversas instituições do Brasil, com destaque
para os órgãos do Rio Grande do Sul e do Ceará. Porém, sua mais importante etapa
é a realização de amplo trabalho de campo envolvendo os municípios da RPC e os
diversos municípios que receberam investimentos calçadistas no Ceará. A síntese
da interpretação da reestruturação calçadista nesses dois estados tende a explicar a
dinâmica da globalização sobre o setor, que em função de tais transformações, não
tem como se reproduzir sem um movimento cada vez mais transescalar (PEREIRA
JÚNIOR, 2007, 2012).
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2. Os eventos de uma situação geográfica: a formação e a consolidação da
Região Produtiva do Calçado
Diante da proposta de trabalho delineada, apresentamos o contexto dado pela
coerência espacial e temporal dos eventos que possibilitaram o desenvolvimento e a
consolidação da produção de calçados no Rio Grande do Sul. Em outras palavras,
tentaremos expor os elementos associados e simultâneos decorridos de um
conjunto de forças que produziu, nesse estado, uma situação geográfica favorável à
produção calçadista de grande destaque face ao país (SILVEIRA, 1999).
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trocas comerciais facilitou à penetração do dinheiro, monetizando as relações
sociais internas à colônia, evento que foi potencializado com a chegada da estrada
de ferro, primeiro em São Leopoldo e, posteriormente, em Novo Hamburgo
(SCHNEIDER, 2004).
3 “[...] o esgotamento do solo representou um pesadelo para todas as colônias, devido à intensidade
dos plantios e à utilização de técnicas arcaicas de cultivo que reduziram progressivamente os
rendimentos. Desse modo, em 1950, a atividade agrícola dos principais povoados da Colônia Velha,
como São Leopoldo e Novo Hamburgo, havia praticamente desaparecido [...]” (SCHNEIDER, 2004, p.
27).
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(1927); (ii) Sapiranga (1954); (iii) Esteio (1954); (iv) Campo Bom (1959); (v) Estância
Velha (1959); (vi) Dois Irmãos (1959); (vii) Sapucaia do Sul (1961); (viii) Ivoti (1961);
(ix) Nova Petrópolis (1954 – desmembrada de São Leopoldo e São Sebastião do
Caí) e (x) Portão (1963 - São Sebastião do Caí, Canoas e São Leopoldo).
(Cartograma 1).
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Nos anos de 1970 já se observava uma nova organização espacial ancorada
no vertiginoso crescimento da produção calçadista, que por sua vez alimentou o
setor coureiro, qualificando essa atividade, em conjunto, como coureiro-calçadista.
O crescimento acelerado da produção nesse período estimulou a absorção de
grande força de trabalho dos vários municípios da colônia, estimulando também a
migração de trabalhadores das áreas de expansão da agricultura que se encontrava
com baixa capacidade de geração de postos de trabalho (SCHNEIDER, 2004).
Tudo isso foi estimulado pela entrada da produção das empresas locais no
mercado internacional, com a indústria calçadista do Vale dos Sinos e da Encosta da
Serra alterando os padrões produtivos vigentes até então. Se até o final da década
de 1960 sua característica básica era a pulverização, com o crescimento horizontal
de fábricas de pequeno porte, a partir de 1970 a tendência se inverteu
profundamente.
O aumento das exportações alterou, significativamente, a estrutura produtiva
do setor coureiro-calçadista (SCHNEIDER, 2004). Houve então a substituição dos
sistemas técnicos, aliados aos modernos sistemas de engenharia e novos agentes
presentes no sistema produtivo do calçado, a exemplo dos agentes de exportação,
intermediário entre o produtor e o mercado externo. O que se observou, como bem
salientou Schneider (2004), foi uma padronização do processo produtivo, atrelado
aos imperativos globais viabilizadas pela mecanização das plantas industriais
(SCHNEIDER, 2004).
Para atender o novo imperativo da produção em escala, a força de trabalho
presente nos principais municípios produtores (Novo Hamburgo, São Leopoldo e
Campo Bom) já não supria mais a necessidade do setor. Da mesma maneira, as
cidades das regiões citadas sentiam o impacto causado pelas necessidades de
infraestrutura, provocadas pelo inchaço gerado pela grande migração de
trabalhadores de outras partes do Rio Grande do Sul. Assim, a alternativa para
evitar maiores problemas socioeconômicos e espaciais foi dispersar plantas
industriais entre outros municípios próximos às maiores áreas produtoras. Como
tinham sentido o mesmo processo de colonização, com características culturais
próximas, não representaram resistência à expansão da atividade industrial
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calçadista. Muito pelo contrário, garantiram uma expansão industrial e do trabalho
nas fábricas de calçados para uma quantidade maior de municípios, ampliando a
região produtora de calçadista e fortalecendo o arranjo produtivo do gênero.
Porém, mudanças substanciais ocorreram com a abertura econômica do
Brasil ao capital externo, a partir da década de 1990. A transferência de plantas
industriais teve sua escala aumentada, quando as empresas de calçados do Vale
dos Sinos, Vale do Cai e Vale do Taquari iniciaram um movimento em direção ao
Nordeste.
É importante salientar que o processo de formação do setor calçadista
gaúcho não teve um movimento linear, como escreveu Jean Roche (apud
SCHNEIDER, 2004). Ou seja, nem todas as oficinas se tornaram fábricas e nem
todas as fábricas derivaram de oficinas. O artesanato, associado aos fatores
discorridos, se configuram mais como um evento (SANTOS, 1996) que se coadunou
a uma situação geográfica (SILVEIRA, 1999) criada pela unidade entre o processo
de produção e o conjunto da produção/circulação do capital calçadista. Este, por sua
vez, ancorado na região como uma configuração espacial que se fez estratégica
para a acumulação ampliada de capital.
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O recente avanço das forças produtivas nesta região está intimamente ligado à
industrialização experimentada pelo Brasil na fase do capitalismo tardio. É a partir
desse processo que começaram a ser acentuadas diferentes posições regionais nos
ramos de produção, garantindo ao capital (nacional e internacional) maiores taxas
de acumulação no território (PEREIRA JÚNIOR, 2012).
Os ajustes que são promovidos no âmbito do capitalismo internacional, nos
últimos 30 anos, podem ser observados no estado do Ceará, expressos numa
completa redefinição da divisão regional do trabalho. Neste momento, como elucida
Pereira Júnior (2012), há o surgimento no território cearense de uma nova fase na
organização econômica e política, pautada no rompimento com as práticas mais
tradicionais de produção econômica, favorecendo o fortalecimento de medidas
industrializantes.
As mudanças garantiram a inserção e a fixação de um paradigma industrial
como projeto político, o qual contribuiu para que uma organização espacial bem
definida se materializasse com base em uma industrialização induzida pelos rumos
mais recentes da reprodução capitalista internacional, tornada possível, sobretudo,
em função do desenvolvimento das tecnologias e da fluidez dos investimentos.
Assim, o território cearense apresenta-se como salvaguardo da acumulação
ampliada da indústria de calçados ao auferir-lhe um conjunto de fatores atenuantes
da competição capitalista, que o calçado brasileiro passou a enfrentar com a
abertura econômica nos anos 1990. São atrativos políticos e econômicos, tais como
isenções fiscais, doações de terrenos por governos municipais e estaduais, e uma
debilidade na formação de associações de trabalhadores, além do baixo custo do
trabalho comum às regiões mais pobres do país.
Pereira Júnior e Almeida (2006) afirmam que, se tomarmos como base o
custo da força de trabalho no setor de calçados nordestino, independentemente da
existência de incentivos fiscais, um produto fabricado num estado como o Ceará, por
exemplo, sairia com um custo 10% inferior ao do fabricado no Rio Grande do Sul.
Enquanto a indústria de calçados no Nordeste paga, em média, um salário mínimo
ao operário da produção, na região do Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul, são
pagos até dois ou dois salários e meio para a mesma função.
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As empresas de calçados, principalmente os fabricantes que se dedicam à
produção de calçados de baixo valor agregado e que utilizam intensivamente a força
de trabalho, têm sua competitividade afetada quando a variável salário tem um peso
considerável em sua planilha de custos.
Para Pereira Júnior (2012), no cerne desse processo, o território adentra no
mercado global da produção calçadista como um mecanismo de acumulação e
ganha uma valorização sem precedente. Em função do papel de agentes políticos e
econômicos endógenos, o Ceará apresentou o maior conjunto de benesses dentre
os outros estados do Nordeste à produção calçadista. Por outro lado, em função da
crise, os grupos empresariais do Sul/Sudeste viram no território cearense os
elementos que lhes favoreceram competitividade no mercado nacional e
internacional.
As primeiras empresas gaúchas chegaram ao Ceará na metade da década de
1990. Desde então, mais empresas aportaram no estado, se instalando em 15
diferentes municípios. São elas, Dass: presente em Itapipoca; Aniger, presente em
Quixeramobim e Tauá; Grendene, presente em Fortaleza, Sobral e Crato; Paquetá,
presente em Uruburetama, Itapajé e Pentecoste; Dilly, presente em Brejo Santo;
Dakota, presente em Russas, Iguatu, Quixadá e Maranguape; e Vulcabras/Azaleia,
presente em Horizonte (Ver Cartograma 2).
Em relação ao Brasil, todas essas mudanças reconfiguraram as bases da
produção calçadista voltada para o mercado internacional. Pereira Júnior (2012)
afirma que, apesar da importância de estados como Rio Grande do Sul e São Paulo
na produção e exportação do produto, o Ceará, sem nenhuma tradição, assumiu, em
2008, o posto de maior exportador de calçados do país no que diz respeito ao
volume de pares produzidos. Esse posto, segundo esse autor, foi alcançado em
apenas quatorze anos, período que corresponde à consolidação dos projetos
industrializantes dos governos cearenses e que também marca o momento em que
as unidades produtivas dessas empresas iniciam suas atividades no estado.
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Cartograma 2 – Dispersão espacial de unidades produtivas gaúchas para o Ceará
Fonte: Trabalho de campo. Pereira Junior (2012). Organização do Autor. Elaboração: Lucas Cesar
Queiroz Nobre.
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A atividade industrial, em particular a do setor calçadista, assumiu, assim,
papel de extrema importância na reprodução espacial a partir de um modelo de
gestão territorial.
Os benefícios fiscais, o fraco ou inexistente movimento operário e os seus
baixos salários, somados à construção de uma infraestrutura que acatasse as
necessidades das unidades fabris recém-chegadas, garantiram a inserção e a
fixação desse projeto industrializante. Assim sendo, uma organização espacial
definida se materializou com base nessa nova industrialização, intensificando outra
lógica de aglomeração, deslocamento e funcionalidade, responsável por um
ordenamento que atende às necessidades da produção, circulação e consumo.
4.Considerações finais
Ainda que prematuramente, visto que a pesquisa pretende continuar
aprofundando esta relação, constatamos que o processo em análise evidencia uma
complementaridade entre uma expansão capitalista pautada numa estratégia
regional de acumulação, e uma expansão em escala territorial. Na primeira escala,
ou seja, a regional, de custo mais baixo, maior acessibilidade e com maior
centralidade das decisões e informações, ficam as funções de gestão e comando.
Na segunda escala, a do território, aproveitando-se dos avanços tecnológicos que
permitem articulação produtiva em rede, ficam as funções de produção e obediência.
Temos assim, a região enquanto gestão e o Território como produção no
desenvolvimento desigual e combinado da reprodução ampliada calçadista.
Tudo isso justifica porque as empresas mantêm suas sedes no sul do país,
assim como os setores de programação e planejamento, administração e
departamento de pessoal, modelagem e, com certa frequência, os setores de corte e
costura. Essas fases exigirem mão de obra qualificada e cuidado específico com a
matéria-prima (couro).
Temos como exemplo o município de Novo Hamburgo, que não é mais o
centro da produção brasileira de calçados, mas controla a gestão da produção,
reunindo a sede das principais instituições que pensam e comandam a indústria
calçadista no país. Praticamente todos os grandes fabricantes que se deslocaram
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para o Nordeste, continuam com seus centros de modelagem e seus departamentos
de suprimentos em Novo Hamburgo. É também neste município que compram seus
equipamentos, seus componentes e contratam a mão de obra mais especializada.
Ademais, estudar a evolução da relação entre indústria, região e território se
faz necessário, pois em momentos como o atual, no qual a nova racionalidade
produtiva dita como os espaços são absorvidos pela globalização, devemos ter uma
compreensão da forma como a vida das pessoas pode ou não estar cada vez mais
subordinada ao despotismo do dinheiro.
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