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NR 5

Tendo em vista que o tema norteante da NR-5 seja o CIPA (Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes), é de relevância a sua definição, que consiste na prevenção de acidentes e doenças
relacionadas no trabalho, buscando harmonizar o trabalho e a com foco na prevenção da vida e
saúde dos trabalhadores, sendo umas das NRs mais importantes. Tal comissão deve estar
presente em empresas privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da
administração direta e indireta, instituições beneficentes, associações recreativas, cooperativas,
bem como outras instituições que admitam trabalhadores como empregados.

O CIPA tem que ser composto por representantes do empregador (por eles designados) e do
empregado (eleitos por voto secreto, do qual participem os empregados interessados), com
mandato válido por um ano, sabendo que o número de membros titulares e suplentes da CIPA
deve obedecer ao dimensionamento do Quadro 1 de tal NR, que varia de acordo com a atividade
econômica realizada na empresa. Vale ressaltar que se o estabelecimento não cumprir os
dimensionamentos do Quadro 1, a empresa deve designar uma pessoa responsável pelo
cumprimento dos objetivos desta NR.

A CIPA não pode ter seu número de representantes diminuído e não pode ser desativada antes do
término do mandato mesmo que haja redução do número de funcionários da empresa. A única
exceção permitida é no caso de encerramento das atividades do estabelecimento.

A respeito das atribuições do CIPA, listam-se as mais importantes: a identificação dos riscos no
processo de trabalho, e elaboração de um mapa de riscos; tanto elaborar um plano de trabalho,
quanto participar da implementação e do controle da qualidade das medidas de prevenção
necessárias, almejados no plano de trabalho; realizar, periodicamente, verificações nos ambientes
e condições de trabalho, visando encontrar situações de perigo; divulgar aos trabalhadores
informações relativas à segurança e saúde no trabalho; trabalhar “junto” ao SESMT - Serviço
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho); promover, anualmente, a
Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho - SIPAT; participar, anualmente, em
conjunto com a empresa, de Campanhas de Prevenção da AIDS etc.

Quanto às responsabilidades dos empregados, registram-se principalmente: a participação nas


eleições; em meio à ocorrência de situações de risco, a CIPA, SESMT e o empregador devem ser
informados, e cabe ao empregado, também, apresentar sugestões para a melhoria das condições
de trabalho; aplicar no ambiente de trabalho as medidas de prevenção de acidentes e doenças
decorrentes do trabalho etc. Já o presidente da CIPA, toda a atividade de convocação,
coordenação e delegação, são de sua responsabilidade.

De acordo com a norma, a CIPA deve realizar reuniões mensais, seguindo um calendário
preestabelecido e tais reuniões devem ter atas assinadas pelos presentes com encaminhamento
de cópias para todos os membros. E voltando ao foco dos representantes, vale ressaltar que um
membro titular perderá o mandato, sendo substituído por suplente, quando faltar a mais de
quatro reuniões ordinárias sem justificativa.

A empresa deverá promover o treinamento para os membros da CIPA antes da posse. A carga
horária será de 20h (vinte horas), distribuídas em no máximo 8h (oito horas) diárias e será
realizado durante o expediente normal da empresa.

NR 20

Esta NR define os parâmetros para as atividades de extração, produção, armazenamento,


transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis, parâmetros esses
relacionados à gestão da segurança e saúde no trabalho. Ela se aplica a todas as atividades
anteriormente citadas, exceto às plataformas e instalações de apoio empregadas com a finalidade
de exploração e produção de petróleo e gás do subsolo marinho e edificações residenciais
unifamiliares.

Dentre o tema da NR 20 (Segurança e Saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis), vale


ressaltar definições de extrema importância para o prosseguimento da NR, constituídas pelos
líquidos inflamáveis que são líquidos que possuem ponto de fulgor ≤ 60º C, gases inflamáveis que
são gases que inflamam com o ar a 20º C e a uma pressão padrão de 101,3 kPa, e os líquidos
combustíveis compostos por ponto de fulgor > 60º C e ≤ 93º C.

A preocupação com os riscos oferecidos por essas instalações são tão grandes, que desde o
momento da construção e montagem dessas instalações, inspeções e testes já devem ser
realizadas e no comissionamento devem ser documentados de acordo com o previsto nas Normas
Regulamentadoras, entre outras normas, mas devem ser documentados, de forma que todos os
manuais sejam disponibilizados em língua portuguesa, além da obrigação de que as atividades de
inspeção e manutenção devem ser realizadas por trabalhadores capacitados e com apropriada
supervisão.
Quanto ao quesito de segurança operacional, vale ressaltar que nas operações de transferência
de inflamáveis, enchimento de recipientes ou de tanques, devem ser adotados procedimentos
que contemplem a eliminação ou minimização da emissão de vapores e gases inflamáveis, e
controle de geração, acúmulo e descarga de eletricidade estática.

Com as instalações já em funcionamento as inspeções nas de classes I, II e III, devem ser


realizadas periodicamente, com enfoque na segurança e saúde no ambiente de trabalho, e em
parceria com a CIPA, um cronograma de inspeções em segurança e saúde no ambiente de
trabalho, de acordo com os riscos das atividades e operações desenvolvidas, deve ser elaborado.

A análise dos riscos das operações é um ato que deve ser elaborado e documentado e que precisa
ser elaborado por equipe multidisciplinar, com conhecimento na aplicação das metodologias, dos
riscos e da instalação, com participação de, no mínimo, um trabalhador com experiência na
instalação, ou em parte desta, que é objeto da análise.

A preocupação com fontes de ignição obriga que todas as instalações elétricas e equipamentos
elétricos fixos, móveis e portáteis, equipamentos de comunicação, ferramentas e similares
utilizados em áreas classificadas, assim como os equipamentos de controle de descargas
atmosféricas, devem estar em conformidade com a Norma Regulamentadora n.º 10, e que os
trabalhos envolvendo o uso de equipamentos que possam gerar chamas, calor ou centelhas, nas
áreas sujeitas à existência de atmosferas inflamáveis, devem ser precedidos de permissão de
trabalho.

A ocorrência de vazamento, incêndio ou explosão envolvendo inflamáveis e líquidos combustíveis,


que venham procedidas de morte, ferimentos com necessidade de atendimento hospitalar, e
acionamento do plano de resposta a emergências (ações específicas a serem adotadas na
ocorrência de vazamentos ou derramamentos de inflamáveis e líquidos combustíveis, incêndios
ou explosões), devem ser comunicadas ao órgão regional do Ministério do Trabalho e Emprego e
ao sindicato da categoria profissional, e deve ser realizada até o segundo dia útil após a
ocorrência.

Quanto aos tanques para armazenamento de líquidos inflamáveis, estes somente poderão ser
instalados no interior dos edifícios sob a forma de tanque enterrado e destinados somente a óleo
diesel, exceto os tanques de superfície que armazenem óleo diesel destinados à alimentação de
motores utilizados para a geração de energia elétrica em situações de emergência ou para o
funcionamento das bombas de pressurização da rede de água para combate a incêndios, nos
casos em que seja comprovada a impossibilidade de instalá-lo enterrado ou fora da projeção
horizontal do edifício.

É de direito do trabalhador, com base em sua capacitação e experiência, interromperem suas


tarefas, exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e
iminentes para sua segurança e saúde ou de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato
a seu superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis. E quanto ao empregador, cabe a
ele a adoção de medidas necessárias para a interrupção e a correção de situações de risco grave e
iminente aos trabalhadores.

NR 33

A NR 33 tem como objetivo principal o estabelecimento dos requisitos mínimos para identificação
de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle de riscos
existentes, de forma a garantir permanentemente a segurança e a saúde dos trabalhadores que
interagem direta ou indiretamente nestes espaços confinados.

Para entendimento concreto da NR 33, vale ressaltar o conceito de espaço confinado, que
consiste em qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana, que possua
poucos meios de entrada e saída, cuja ventilação e oxigênio existentes sejam insuficientes.

Quantas as responsabilidades, destacam-se as dos empregadores e dos trabalhadores. As


responsabilidades dos empregadores resumem-se principalmente em: indicar um responsável
técnico pelo cumprimento desta norma; identificar os riscos presentes em cada espaço confinado
do seu ambiente de trabalho; implementar a gestão em segurança e saúde no trabalho em
espaços confinados, por medidas técnicas de prevenção, administrativas, pessoais e de
emergência e salvamento, de forma a garantir permanentemente ambientes com condições
adequadas de trabalho; acompanhar a implementação das medidas de segurança e saúde dos
trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condições para que eles possam
atuar em conformidade com esta NR; e interromper todo e qualquer tipo de trabalho em caso de
suspeição de condição de risco grave e iminente, procedendo ao imediato abandono do local;

Quanto às responsabilidades dos trabalhadores, resumem-se principalmente em apenas:


colaborar com o cumprimento da NR; comunicar ao Vigia e ao Supervisor de Entrada as situações
de risco para sua segurança e saúde ou de terceiros.
Em relação à gestão de segurança e saúde nos trabalhos nesses espaços, além de medidas
técnicas de prevenção, existe a necessidade de que em áreas classificadas os equipamentos
devem estar certificados ou possuir documento contemplado no âmbito do Sistema Brasileiro de
Avaliação da Conformidade – INMETRO, e a preocupação com incêndios, explosões, choques
elétricos e outros, fazem necessário a adoção de medidas preventivas.

Uma peculiaridade do trabalho nos espaços confinados consiste na adoção de um modelo de


Permissão de Entrada e Trabalho, que deve ser supervisionado e é válida somente para cada
entrada. Quanto aos procedimentos de entrada, estes devem ser revisto quando da ocorrência
de algumas das circunstâncias a seguir: entrada não autorizada num espaço confinado; acidente,
incidente ou condição não prevista durante a entrada; solicitação do SESMT ou da CIPA e
identificação de condição de trabalho mais segura.

Em relação as medidas pessoais, dois pontos são importantes que consistem na obrigação de que
todos os trabalhadores designados para o trabalho em espaços confinados, sejam submetidos a
exames médicos específicos, de acordo com a sua função, e o segundo ponto resume-se nas
funções do Supervisor de entrada, quando cabe a eles: emitir a Permissão de Entrada e Trabalho
antes do início das atividades e encerrar nos términos da atividades; executar os testes, conferir
os equipamentos e os procedimentos contidos na Permissão de Entrada e Trabalho, além de
poder cancelá-los; assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e
que os meios para acioná-los

estejam operantes.

A capacitação é um ponto necessário para a o trabalho em espaços confinados, tendo em vista


que todos os trabalhadores autorizados, Vigias e Supervisores de Entrada devem receber
capacitação periódica a cada 12 meses, com carga horária mínima de 8 horas.

Um dos pontos mais importantes da NR 33, consiste na implementação, por parte do


empregador, de procedimentos de emergência e resgate adequados aos espaços confinados, e a
necessidade de que o pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve
possuir aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.

NR 4

A NR 04 determina a obrigatoriedade das empresas públicas e privadas, os órgãos públicos da


administração direta e indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário que possuam empregados
regidos pela CLT, de organizarem e manterem em funcionamento, o Serviço Especializado em
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT, com a finalidade de promover a
saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de trabalho.

A implantação do SESMT depende da gradação do risco da atividade principal da empresa e do


número total de empregados do estabelecimento, presentes nos quadros 1 e 2, em anexo no
documento da NR 4. Além desses fatores, existem outros mais específicos para cada situação. E
fica reservado à Secretaria de Segurança e Medicina do Trabalho o direito de controlar a execução
do programa e aferir a sua eficácia.

O SESMT deverá ser composto por Engenheiro de Segurança do Trabalho, Médico do Trabalho,
Enfermeiro do Trabalho, Auxiliar de Enfermagem do Trabalho, Técnico de Segurança do Trabalho,
e todos devem possuir formação e registro profissional em conformidade com o disposto na
regulamentação da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo Conselho
Profissional, quando existente, além de serem empregados da empresa.

O técnico de segurança do trabalho e o auxiliar de enfermagem do trabalho deverão dedicar 8


(oito) horas por dia para as atividades dos SESMT, enquanto que o engenheiro de segurança do
trabalho, o médico do trabalho e o enfermeiro do trabalho deverão dedicar, no mínimo, 3 (três)
horas (tempo parcial) ou 6 (seis) horas (tempo integral) por dia para essas atividades.

Um ponto enriquecedor dos SESMT é que eles devem manter entrosamento permanente com a
CIPA, dela valendo-se como agente multiplicador, e deverão estudar suas observações e
solicitações.

O SESMT tem por finalidade promover ações de prevenção e correção dos riscos encontrados
para tornar o ambiente de trabalho um lugar seguro. Compatível com a preservação saúde, e com
a segurança do trabalho.

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