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Olá!
Fico muito feliz em saber que você deseja conhecer os “atalhos” para
garantir uma excelente produtividade em seu concurso público. Doravante,
iremos estudar os principais tópicos do Direito Administrativo em
conformidade com as questões elaboradas pelas principais bancas
examinadoras do país, vislumbrando, assim, a aprovação no concurso para o
cargo de Técnico do Seguro Social – INSS.
Em relação ao nosso curso, tente alcançar o máximo de produtividade.
Para isso, é necessário e imprescindível que você resolva todas as questões que
forem apresentadas, bem como envie para o fórum todas as dúvidas que
surgirem. Independentemente de sua experiência em concursos públicos
(iniciante ou profissional), aproveite a oportunidade para esclarecer todos
aqueles pontos que não foram bem assimilados durante a aula.
No mais, lembre-se sempre de que o curso está sendo desenvolvido para
atender às suas necessidades, portanto, as críticas e sugestões serão
prontamente acatadas, caso sirvam para aumentar a produtividade das aulas
que estão sendo ministradas.
Caso você ainda tenha alguma dúvida sobre a organização ou
funcionamento do curso, fique à vontade para esclarecê-las através do e-mail
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br.
Fabiano Pereira
fabianopereira@pontodosconcursos.com.br
Bem, fazendo-se uma análise conjunta das notícias postadas no site nos
anos de 2009 e 2012, parece que a reunião realizada entre o Presidente da
República, Ministro do Meio Ambiente e Presidente do Congresso Nacional
começaram a produzir os seus efeitos.
3.2. A jurisprudência
Podemos conceituar a jurisprudência com o conjunto reiterado de
decisões dos Tribunais, acerca de um determinado assunto, no mesmo
sentido. É válido esclarecer que várias decisões monocráticas (proferidas por
juízes de primeira instância, por exemplo) sobre um mesmo assunto, proferidas
no mesmo sentido, não constituem jurisprudência. Para que tenhamos a
3.3. Os costumes
O costume pode ser entendido como um conjunto de regras informais,
não escritas, praticado habitualmente no interior da Administração com a
consciência de que é obrigatório. Os costumes são considerados fontes do
Direito Administrativo porque, em vários momentos, suprem lacunas ou
deficiências existentes em nossa legislação administrativa.
3.4. Doutrina
A doutrina representa a opinião dos juristas, cientistas e teóricos do
Direito sobre a melhor interpretação ou possíveis interpretações das normas
administrativas. Tem a função de esclarecer e explicar o correto conteúdo
das leis, bem como influenciar a própria criação de novas leis.
Trata-se de fonte secundária do Direito Administrativo, sendo muito
utilizada para suprir as omissões ou deficiências das leis, que, não raramente,
apresentam um alto grau de complexidade, principalmente se analisadas pelo
cidadão leigo.
4. Sistemas administrativos
Com o objetivo de fiscalizar e corrigir os atos ilegítimos ou ilegais
praticados pela Administração Pública, foram desenvolvidos dois grandes
sistemas de controle que podem ser adotados pelos Estados, em todos os níveis
5. REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO
3. Princípios implícitos
3.1. Princípio da supremacia do interesse público sobre o
privado............................................................................................. 53
3.2. Princípio da indisponibilidade do interesse público .......... 55
3.3. Princípio da razoabilidade e da proporcionalidade ............ 57
3.4. Princípio da autotutela ..................................................... 61
3.5. Princípio da tutela ............................................................ 64
3.6. Princípio da segurança jurídica ......................................... 65
3.7. Princípio da continuidade dos serviços públicos ................ 67
3.8. Princípio da motivação ...................................................... 70
3.9. Princípio da especialidade ................................................. 73
1. Considerações iniciais
Os princípios administrativos estruturam, orientam e direcionam a
edição de leis administrativas e a atuação da Administração Pública, pois não
existe um sistema jurídico formado exclusivamente de leis.
Os princípios contêm mandamentos com um maior grau de abstração, já
que não especificam ou detalham as condutas que devem ser seguidas pelos
agentes públicos, pois isso fica sob a responsabilidade da lei. Entretanto, no
momento de criação da lei, o legislador deverá observar as diretrizes traçadas
nos princípios, sob pena de sua invalidação.
Como bem afirma o professor Celso Antônio Bandeira de Mello, “[...]
violar um princípio é muito mais grave que transgredir uma norma qualquer. A
desatenção ao princípio implica ofensa não apenas a um específico
mandamento obrigatório, mas a todo o sistema de comandos. É a mais grave
forma de ilegalidade ou inconstitucionalidade, conforme o escalão do princípio
atingido, porque representa insurgência contra todo o sistema, subversão de
seus valores fundamentais, contumélia irremissível a seu arcabouço lógico e
corrosão de sua estrutura mestra. Isso porque, por ofendê-lo, abatem-se as
vigas que o sustêm e alui-se toda a estrutura nelas esforçada”1.
Para que fique nítida a importância dos princípios, basta analisar o
conteúdo do inciso III, artigo 1º, da Constituição Federal de 1988, que prevê a
dignidade da pessoa humana como um fundamento da República
Federativa do Brasil.
Mas o que significa isso? Significa que todas as leis criadas em nosso país,
assim como todos os atos e condutas praticados pela Administração Pública e
pelos particulares, devem orientar-se pelo respeito à dignidade da pessoa
humana.
O princípio da dignidade da pessoa humana assegura que o ser humano
tem direito a um “mínimo existencial”, ou seja, o direito a condições mínimas
de existência para que possa sobreviver dignamente. Inseridos nesse “mínimo
existencial” estariam, por exemplo, o direito à alimentação, a uma renda
mínima, à saúde básica, ao acesso à justiça, entre outros.
Para se garantir o efetivo cumprimento dos direitos relativos ao “mínimo
existencial”, não é necessário aguardar a criação de uma ou várias leis. A
simples existência do princípio no texto constitucional, por si só, é capaz de
assegurar a necessidade de seu cumprimento.
1
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros,
2008.
2
Recurso Especial nº. 950.725/RS, rel. Ministro Luiz Fux. Superior Tribunal de Justiça. Julgado
em 06.05.2008 e publicado no DJU em 18.06.2008.
3
Recurso em Mandado de Segurança 5.590/95 DF, rel. Ministro Luiz Vicente Cernicciaro.
Superior Tribunal de Justiça. Diário da Justiça, Seção I, p. 20.395.
4
LAROUSSE, Ática. Dicionário da Língua Portuguesa. 1. ed. p. 690.
II. A vedação do nepotismo não exige a edição de lei formal para coibir a prática.
III. Proibição que decorre diretamente dos princípios contidos no art. 37, caput, da CF.
IV – Precedentes.
V – RE conhecido e parcialmente provido para anular a nomeação do servidor,
aparentado com agente político, ocupante de cargo em comissão.
3. Princípios implícitos
3.1. Princípio da supremacia do interesse público sobre o
interesse privado
Apesar de não estar previsto de forma expressa no texto constitucional,
o princípio da supremacia do interesse público perante o interesse privado pode
ser encontrado no artigo 2º da Lei 9.784/99. Assim, como a citada lei é
federal, esse princípio somente pode ser considerado expresso para a
Administração Pública Federal.
Respaldada pelo princípio da supremacia do interesse público, a
Administração Pública irá atuar com superioridade em relação aos demais
interesses existentes na sociedade. Isso significa que será estabelecida uma
relação jurídica “vertical” entre o particular e a Administração, já que esta
se encontra em situação de superioridade.
5
FIGUEIREDO, Lúcia Valle. Curso de Direito Administrativo. São Paulo: Malheiros, 2008.
Gabarito: Letra a.
4. Recurso desprovido.
(AgRg no RMS 24715/ES - Relator Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO - DJe
13/09/2010)
Para que o serviço seja prestado de forma contínua, não é necessário que
seja prestado todos os dias, mas sim com regularidade. O exemplo cotidiano de
serviço prestado com regularidade, mas não todos os dias, é o de coleta de
lixo. É muito comum encontramos localidades em que o lixo somente é
recolhido duas vezes por semana, mas a população tem plena ciência da
frequência do serviço, o que não lhe retira a eficiência, a adequação e a
continuidade.
Todos aqueles que prestam serviços públicos estão submetidos a certas
restrições necessárias à manutenção de sua continuidade, entre elas é possível
citar:
1ª) Restrição ao direito de greve: Segundo o artigo 37, VII, da
Constituição Federal de 1988, os servidores públicos somente podem exercer
o direito de greve nos termos e nos limites definidos em lei específica.
Todavia, é válido destacar que até o momento a referida lei específica não foi
criada, mas, no julgamento dos mandados de injunção 670, 708 e 712, o
Supremo Tribunal Federal decidiu que os servidores públicos poderão utilizar a
Lei 7.783/89, que regula a greve dos trabalhadores celetistas, até que o
Congresso Nacional providencie a criação da lei a que se refere o artigo 37, VII,
da CF/88.
2º) Impossibilidade de alegação da exceção do contrato não
cumprido em face da Administração Pública: Em regra, o particular não
pode interromper ou suspender a execução de serviços públicos que estejam
sob a sua responsabilidade, mesmo que o contrato esteja sendo
desrespeitado pela Administração, como acontece na falta dos pagamentos
devidos. A impossibilidade de interrupção ou suspensão decorre da aplicação
restrita da exceção do contrato não cumprido (“exceptio non adimpleti
contratus”) nas relações jurídicas amparadas pelo regime jurídico-
administrativo, já que este tem o objetivo de assegurar à Administração
prerrogativas que facilitem a satisfação do interesse público. Somente em
situações especiais, a exemplo de atraso nos pagamentos devidos por prazo
superior a 90 dias, o particular poderá alegar a cláusula da exceção do contrato
não cumprido em face da Administração.
11. O ato discricionário pode ser revisto pelo Poder Judiciário caso viole os
princípios da razoabilidade ou da proporcionalidade;
12. De uma forma geral, os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade
são considerados implícitos;
13. A Administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios
que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los,
por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos
adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial;
14. Os serviços públicos devem ser prestados de forma contínua, sem
interrupções, exceto nos casos de emergência ou mediante aviso prévio,
quando for necessário, por exemplo, efetuar a manutenção técnica (Princípio da
continuidade dos serviços públicos);
15. Em regra, todos os atos administrativos devem ser motivados. Todavia,
para fins de concursos públicos, lembre-se que a motivação não é obrigatória
nos atos de nomeação e exoneração para os cargos de confiança.
QUESTÕES COMENTADAS
Comentários
a) Analisando-se o inteiro teor da assertiva, não restam dúvidas de que o seu
conteúdo está se referindo ao princípio da legalidade e não ao princípio da
publicidade. Assertiva incorreta.
b) É o princípio da moralidade, também previsto expressamente no artigo 37,
caput, da Constituição Federal de 1988, que impõe que agentes públicos e
particulares que se relacionem com a Administração Pública atuem com
honestidade, boa-fé e lealdade, respeitando a isonomia e demais preceitos
éticos. Assertiva incorreta.
c) O princípio de direito administrativo que objetiva o tratamento igualitário e
impessoal aos administrados por parte da administração, representando um
desdobramento do princípio da isonomia, é o princípio da impessoalidade.
Assertiva incorreta.
d) O princípio da eficiência, previsto expressamente no texto constitucional,
exige que a atividade administrativa seja exercida com presteza, perfeição e
rendimento funcional. É o mais moderno princípio da função administrativa,
que já não se contenta em ser desempenhada apenas com legalidade, exigindo
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades da comunidade e de seus membros. Assertiva correta.
Gabarito: Letra d.
d) A súmula 636 do STF dispõe que “não cabe recurso extraordinário por
contrariedade ao princípio constitucional da legalidade, quando a sua verificação
pressuponha rever a interpretação dada a normas infraconstitucionais pela
decisão recorrida". Assertiva incorreta.
Gabarito: Letra c.
Comentários
a) Errado. Não há hierarquia entre os princípios administrativos, portanto, o
princípio da supremacia do interesse público não irá sobrepor-se aos demais,
apesar de ser um dos princípios fundamentais do regime jurídico-
administrativo. Diante de um aparente conflito entre princípios o intérprete
(administrador ou juiz) deverá valer-se da ponderação de interesses,
valorando as circunstâncias e peculiaridades do caso em concreto com a
finalidade de decidir qual dos interesses possui, abstratamente, mais relevância
na situação em análise, incidindo com mais ênfase.
Comentários
a) O princípio da legalidade, previsto no art. 37, caput, da Constituição
Federal de 1988, realmente impõe que a Administração Pública atue nos
estritos termos da lei, sendo-lhe vedada a criação de obrigações ou
reconhecimento de direitos através de atos administrativos, por exemplo.
Assertiva correta.
b) Nos termos da alínea “e”, parágrafo único, artigo 2º, da Lei nº 4.717/65 (Lei
de Ação Popular), o desvio de poder ou finalidade ocorre quando “o agente
pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência”. Assertiva correta.
c) A atividade discricionária da Administração Pública caracteriza-se pela
conveniência e oportunidade, isto é, ao agente público competente é
assegurada legalmente uma relativa margem de liberdade para atuar,
materializada na escolha dos requisitos “motivo” e “objeto” do ato
administrativo.
Todavia, deve ficar claro que a discricionariedade não estará presente na
atividade vinculada da Administração Pública, pois, neste caso, a própria lei
se encarregou de estabelecer todos os requisitos do ato administrativo
(competência, forma, finalidade, motivo e objeto), impossibilitando que o
agente público atue da maneira que entender mais conveniente e oportuna para
o interesse público. Assertiva incorreta.
d) Não restam dúvidas de que a publicidade é requisito de eficácia e
moralidade do ato administrativo, pois, somente com a sua divulgação nos
órgãos oficiais de imprensa ou boletins internos, quando for o caso, é que os
administrados terão acesso ao seu conteúdo, podendo impugná-lo perante o
Poder Judiciário ou Administração Pública. Assertiva correta.
e) O princípio da eficiência, previsto expressamente no caput do art. 37 da
Constituição Federal de 1988, impõe que a Administração Pública atue com
rapidez, perfeição e rendimento. Assertiva correta.
GABARITO: LETRA C.
Comentários
Para responder às questões da Fundação Carlos Chagas sobre o princípio
da eficiência, é importante ficar atento às seguintes informações:
1ª - Trata-se de princípio expresso, já que insculpido no caput do art.
37 da Constituição Federal de 1988;
2ª - Se o princípio consta expressamente no texto constitucional, não
pode ser considerado infralegal (abaixo da lei);
3ª - Até a promulgação da emenda constitucional nº 19, em 04/06/1998,
que foi responsável pela sua inclusão no texto constitucional, era
considerado princípio implícito;
4ª - Impõe-se tanto à Administração Pública quanto aos seus agentes, já
que ambos devem sempre atuar na incansável rotina de alcançar os
melhores resultados para a coletividade, com máxima produtividade;
5ª - Está relacionado diretamente com o princípio da economicidade
(alguns autores o consideram uma espécie deste), que impõe à
Administração Pública a obrigatoriedade de praticar as atividades
administrativas com observância da relação custo/benefício, de modo que
os recursos públicos sejam utilizados de forma mais vantajosa e eficiente
para o poder público.
GABARITO: LETRA E.
GABARITO: LETRA B.
Comentários
Por serem considerados essenciais à coletividade, existem alguns serviços
públicos ou atividades que devem ser prestados de forma ininterrupta, a
exemplo do tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de
energia elétrica, gás e combustíveis, entre outros.
Nesses termos, caso o particular responsável pela execução não tenha
condições de garantir a sua fruição pelos usuários, o Poder Público está
autorizado legalmente a utilizar os bens materiais de titularidade da empresa
para assegurar a sua prestação, consequência direta do princípio da
continuidade do serviço público.
Somente em situações excepcionais, previstas legalmente, poderá ocorrer
a interrupção da prestação de serviços públicos, a exemplo daquelas contidas
no art. 6º, § 3º, da Lei 8.987/1995, que assim dispõe:
§ 3º. Não se caracteriza como descontinuidade do serviço a sua
interrupção em situação de emergência ou após prévio aviso, quando:
I - motivada por razões de ordem técnica ou de segurança das
instalações; e,
II - por inadimplemento do usuário, considerado o interesse da
coletividade.
GABARITO: LETRA A.
GABARITO: LETRA C.
GABARITO: LETRA D.
Comentários
GABARITO: LETRA B.
Comentários
GABARITO: LETRA C
a) eficiência
b) moralidade
c) legalidade
d) razoabilidade
e) publicidade
Comentários
A qualificação de autarquia ou fundação como Agência Executiva
poderá ser conferida mediante iniciativa do Ministério responsável pela sua área
de atuação, com anuência do Ministério do Planejamento, que verificará o
cumprimento, pela entidade candidata à qualificação, dos seguintes requisitos:
1º) ter celebrado contrato de gestão com o respectivo Ministério
supervisor;
2º) ter plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional, voltado para a melhoria da qualidade da gestão e para a redução
de custos, já concluído ou em andamento.
O plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional
das entidades candidatas à qualificação como Agências Executivas contemplará
vários objetivos, todos eles arrolados no artigo 2º do Decreto Federal 2.487/98.
Dentre esses objetivos é possível citar o reexame dos processos de trabalho,
rotinas e procedimentos, com a finalidade de melhorar a qualidade dos serviços
prestados e ampliar a eficiência e eficácia de sua atuação.
De uma forma em geral, é possível constatar que as autarquias e
fundações públicas que se qualificam como Agências Executivas vislumbram
sempre o aumento da eficiência no exercício de suas atividades
administrativas.
GABARITO: LETRA A.