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As duas mãos

É como andar mesmo sem saber pra onde, passando por cidades cuja
as placas não dizem nada.
pois as vezes todos os meus pensamentos estão errados e mesmo
que haja dúvidas eu preciso de certezas, pois para lhe dizer
terei que dar-lhe boa parte de mim...
É algo que sentimos quando olhamos para o leste , vivemos como
se nada fizesse sentido e mesmo as palavras com um dizer tão
belo vinda de outros com um corromper tão impuro .

Ao simples
Procuras o que te incomoda, vês mas ignora pelo fato de ter
flores vermelhas e não azuis caminha, as vezes corre e quanto
mais o faz mais longe fica, outrora retarda os passos para
fazer algo mudar. Faz descobertas .

Terminal: Conjunto de fatos.


Acostumei ao simples sem pensar antes, me acomodei ao que via,
ao que sentia, ao que não podia.
Ao menos valia a intenção de um abraço, de uma palavra, mesmo
que não fizesse sentido mas se olhar para os olhos não é
preciso que me digas, apenas que me deixe dizer pelos olhos,
porque se entregas pelo olhar e assim nunca terá mentiras, e se
houver será fatal ao um ser que ainda ama, não por saber, mas
por viver.
Mesmo assim tudo se torna confuso e doloroso num monte de visões
que nunca significam a mesma coisa, um olhar por um instante se
perde, em outro ele some e ganha espaço num esconderijo do
tempo, se torna fato, é como lembrar da existência de todos os
que me machucaram, me perco no desespero, me perco nas horas, me
perco nas mentiras que me foram contadas e que aos poucos
destroem tudo o que eu mais prezo na vida. Me entorpeço.
É como um siclo vicioso . Ninguém se importa, no momento, e o
momento se perde em mim,mesmo tendo importância e depois
perguntas se estive ali, mesmo que tivesse falado seria como um
dizer abafado, que só eu escuto se tornando mais um fato.
Apesar, fecho os olhos e peno em acreditar, digo que dessa vez
vai dar certo e trato tudo como um pedido de desculpas que não
foi feito, me faz acreditar, me faz o nada esperar.

Aspecto secundário.
como estar na chuva e não notar que esta chovendo

Agora tenho a virtude de tentar escrever o que sinto e talvez o


que eu conheça,
e que torne um simples fato,
- indiferente.

Porque é fácil dizer que é fácil.

Quando pensei em publicar algo essa madrugada, realmente não


tive a intenção de fazer um bom post, na verdade nunca tenho...

Posso realmente dizer o que vejo, jamais saberei dizer o que


sinto e se o que vejo agora é realmente verdade, porque é
conveniente acreditar que eu saiba a diferença sobre o que é
verdade e o que é falso , porque aceito sem querer ,várias
coisas que me sejam conveniente para melhorar a merda da minha
sobrevivência.

Aceitei não chorar quando recebi notícias de uma morte.


- ele morreu, e eu era uma infeliz criança que passara anos
tentando não chorar.

" Muitas pessoas morrem, o todo tempo, eu aceitei não chorar,


droga ,eu não as conheço."

Num instante sobre a ideia de lucidez:

Porque estudar? Ter um bom emprego? E fazer as meras coisas que


um ser humano como eu julga ser correto?
Percebi que preciso de um propósito pra tudo isso, antes que eu
comece,
procurei dentro de mim algo que seja compatível a isso

Encontrei idéias formadas que ando desfazendo todos os dias,


encontrei pedaços de momentos que não eram para ser lembrados.
Achei engraçado mas aos 12 anos comecei literalmente a
questionar a existência de coisas, e não, não questionei a
existência de Deus, mas questionei a minha, e tudo o que me
formou, não o corpo, mas a pessoa.

A menina e o mundo.
patética menina que sonha em construir o mundo

Ela sonha, e quando desperta se depara com a realidade,


o maior dos males é ela não saber que
a voz que a ilude é a mesma que desilude,
quando tens que aprender a amar e fingir que não existe o amor*
fazendo o tal perder seu valor.
(Em outros casos o amor nunca será discutido por ela de forma
explicita, apenas camuflada )

Anda todos dias e se pergunta : Só eu vejo?


Ao mesmo tempo tem vontade de pegar seus olhos e dar de presente
a outro, colocar o que pensas numa garrafa e jogar-la ao oceano
pacifico, lembranças... Coloca-las em uma exposição para que não
exista mais a vergonha do "ser" e apenas dizer : Isso é o que
todos já virão.

A menina que sonha em construir o mundo


subtrai, idealiza histórias que precisam de vida.

Ela tem caixas, lápis e cadernos...


Um alguém que a inspira.
O alguém que quer ser aventureiro e esta em busca de pensamentos
em uma garrafa que fora jogada ao pacifico , já com seus olhos,
nunca com o corpo, mas sempre com a "Menina".

"Ela se deu o seu valor , pequena ingenua, como uma Flor."


Procurei suas histórias sem vida,mas elas só falavam de vidas...

O que há.
É patético.

eu sei o que é errado, talvez saiba o que é certo, sei que estou
perto.. e o perto me assusta, ao mesmo tempo é atrativo;

sempre terei que fazer algo que magoe alguém... mesmo que esse
algo seja certo, mas então não seria mais o certo porque magoar
alguém é errado... Eu não quero.Mas quero respostas mesmo que
não existem perguntas..

Pensei comigo.
vivi comigo
olhei pra mim..
escrevi pra mim e pra ti
sorri,fingi, não deu certo

não teve resposta,


desiludi.
me criei e matei.Sorri novamente mas não cantei, falei com o
silêncio e o silêncio não disse nada
culpei alguém ontem e hoje ela não esta mais aqui.

-Nunca esteve.

Mas sobrevivi, idealizei alguém pra ele, fiz-me filha, mas não
houve pai.
não houve afago, o que há?
-Um dia após o outro
apenas copiando e colando.

Preciso errar novamente, talvez assim eu posso fazer o perfeito


ser perfeito.

Não acredito em um mundo melhor, matamos ele aos pouco e o


fazemos o tempo todo
desculpe,mas isso é reciproco.

Tudo por instantes


O que tenho nunca é o suficiente, mesmo que o torne pra você.

Quando vou até você posso notar coisas que jamais serão vistas,
ouvidas e nem tocadas cuja a forma do pensar é simples e bela,
mesmo com toda a incerteza do ser e por todas as perguntas....
Você ainda
se aproxima de mim com toda essa distância, apenas
levanta e diz que todas suas tentativas foram mal sucedidas ,
oculta elas com o silêncio, joga meus momentos ao vento e toda a
demonstração de uma visão talentosa,

Te encontro num canto frio, vazio e duvidoso.Como se meu


sofrimento fosse único, te convido a mais um dia de
sobrevivência e você me faz o mesmo sem perceber.

Nós sentamos e compartilhamos fraguentos de vida, eu ouço seus


contos que ainda não foram contados, e você ouve histórias de
uma vida sem memória. E nessa doação milagres de instantes.

Julga-me com o muito, esperando apenas o pouco que nunca viu e a


ausência de tal que o destrói.
Sofre por vezes, acreditar,saber e não saber
Sofre por que escolheu viver e um dia morrer então.

Porque dizer simplesmente é complicado


agir fica pra depois porque a presença do que é meu
simplesmente é seu.
as vezes
Tudo é assim.

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