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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU

CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS


PROFESSOR: MAYKO GOMES

AULA 01 – Conceitos Fundamentais de Arquivologia

Olá, sofredores! Tudo bem com vocês? Isso mesmo, vocês são
sofredores, pois todo concurseiro é sofredor! Mas não se ofendam e nem se
preocupem, pois é uma condição temporária e que traz muitos benefícios
maravilhosos!

Sou Mayko Gomes, professor de Arquivologia e Procedimentos


Administrativos aqui do Ponto, e estou particularmente animado com essa
grande notícia: os concursos para o Ministério Público da União ocorrerão com
um intervalo de tempo menor! Isso aumenta muito as chances de aprovação.
Aliás, para o próximo concurso já tivemos até a confirmação sobre a comissão
responsável, devendo o próximo passo ser a escolha da banca! Então não há
nenhum minuto a perder!

E por isso nós, os professores do Ponto, estamos trazendo até vocês


esse pacote de estudos completos para o MPU, com base no edital do último
concurso! Tenho certeza de que, depois dessas aulas, estarão mais do que
preparados para este desafio.

Eu vou ajudá-los com o conteúdo de Noções de Arquivologia, e para


esta aula o programa com base no que foi pedido para o cargo de Técnico
Administrativo de acordo último concurso. Conforme consta neste edital,
estudaremos nesta aula o assunto “Conceitos Fundamentais de Arquivologia”,
que será assim dividido:

 Noções Iniciais;
 Órgãos de Documentação;
 Classificação dos Arquivos;
 Classificação dos Documentos;
 Princípios Arquivísticos.

Espero que estas aulas lhes garantam uma injeção de ânimo e


despertem o seu interesse pela disciplina.

Estarei disponível a todos para solucionar suas dúvidas. Podem sempre


contar com meu apoio. Vão me encontrar no fórum do curso e também no
email: mayko@pontodosconcursos.com.br.

Sejam todos muito bem vindos e, sem mais demoras, vamos ao curso!

Prof. Mayko Gomes


Março/2013

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NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA PARA MPU
CARGO TÉCNICO ADMINISTRATIVO - TEORIA E EXERCÍCIOS
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Conceitos Fundamentais de Arquivologia

Noções Iniciais

Antes de qualquer coisa, para entendermos do que se trata a


Arquivologia e os arquivos, precisamos conhecer os seus conceitos, suas
definições e seus objetos de estudo e trabalho.

A Arquivologia, também conhecida como Arquivística, é a disciplina que


estuda as funções dos arquivos e seus documentos. Então cabe à Arquivologia,
ou Arquivística, estudar os princípios e técnicas a serem observados na
produção, organização, guarda, preservação e utilização dos arquivos e seus
documentos: suas atividades, seus processos, seus usuários, suas
ferramentas, enfim, tudo o que se refere aos depósitos de documentos
funcionais.

Conhecendo a disciplina, vamos então definir o seu objeto de estudo: os


arquivos. A palavra “arquivo” é um termo polissêmico, com quatro significados.
São eles:

1º - Conjunto de documentos produzidos ou recebidos por uma entidade


no decorrer de suas funções;

2º - Móvel destinado à guarda desses documentos (armário, estante,


etc.);

3º - Edifício, ou parte deste (sala, andar) destinado à guarda de


documentos;

4º - Unidade administrativa, prevista em organograma institucional, com


a responsabilidade de gerenciar e guardar documentos (setor de arquivo,
divisão de arquivo, departamento de documentação, etc.).

Dica de prova: Quando o termo arquivo surgir em alguma questão, o


contexto é quem vai determinar qual destes significados está sendo
empregado.

Dificilmente este assunto será pedido em provas, pois é muito básico. O


importante é que vocês se atentem para o fato da polissemia do termo para
que não tenham dúvidas quando responder as questões.

Mas voltando à aula, temos as definições de arquivo, que é o objeto de


estudo da Arquivologia ou Arquivística. É importante também saber que a
função do arquivo é tornar disponível e acessível os seus documentos.

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PROFESSOR: MAYKO GOMES

Agora que já definimos o que pode ser arquivo, e sabemos a sua função,
que é tornar disponíveis os seus documentos, devemos saber o que são os
documentos do arquivo.

O documento, em seu conceito mais básico, é a informação registrada


em um suporte. Então, para termos um documento, são necessários dois
elementos:

Informação: é o conhecimento, a mensagem, a ideia que se deseja


transmitir.

Suporte: é o material físico onde está registrada a informação.

Podemos concluir, por uma fórmula bem simples:

INFORMAÇÃO + SUPOTE = DOCUMENTO

Como exemplo de documento, temos a carta, a música gravada, o email,


os filmes, as fotografias, etc. Todos esses documentos trazem uma informação
registrada em um suporte material: o papel, o plástico, a película, etc.

Contudo, não basta que seja documento para pertencer ao arquivo. Para
que um documento possa compor um arquivo, ainda é necessário outro
critério: que tenha sido resultado, consequência, produto de uma ação
referente à atividade da instituição. É o que preceitua a Lei nº 8.159/91 (Lei
dos Arquivos): “Consideram-se arquivos privados os conjuntos de documentos
produzidos ou recebidos por pessoas físicas ou jurídicas, EM DECORRENCIA DE
SUAS ATIVIDADES”.

Por exemplo: considere uma empresa que tenha adquirido uma


assinatura de uma revista mensal. A empresa paga uma tarifa e recebe a
revista. A revista em si NÃO SERÁ considerada documento de arquivo, uma
vez que a empresa não a recebeu por executar uma atividade administrativa.
Contudo, o recibo, o boleto ou a nota fiscal para o pagamento da assinatura
será documento de arquivo, pois é consequência de uma atividade
administrativa da empresa, que seria a aquisição do periódico.

Ainda, além de ser fruto de uma atividade, o documento de arquivo deve


ser capaz de provar, testemunhar que a referida atividade realmente
aconteceu. No mesmo exemplo, não é por ter a posse da revista que a
empresa pode provar que possui uma assinatura mensal, mas o comprovante
de pagamento, o contrato de assinante ou outro similar é que fará isso. Em
resumo, para que um documento pertença a um arquivo, são necessários
esses dois elementos:

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(STM/2011 – Cespe/UnB) Somente podem ser considerados documentos


de arquivo aqueles que, emanados do poder público ou de entidades de direito
privado, são capazes de produzir efeitos de ordem jurídica na comprovação de
fatos.

Resolução

O item está correto. Vimos que qualquer documento, independente de


sua forma, tamanho, gênero, etc., pode ser considerado de arquivo, desde que
atenda aos requisitos apresentados acima: ser produto de uma ação e poder
provar ou testemunhar sobre a mesma, ou sobre seu produtor.

(ANEEL/2010 – Cespe/UnB) Um documento de arquivo é confiável


quando o conteúdo pode ser considerado uma representação completa e
precisa das operações, das atividades ou dos fatos que o criaram.

Resolução

O item está correto. Por “representação completa e precisa das


operações, atividades ou fatos” devemos entender como a capacidade de o
documento ser prova de tais acontecimentos. Portanto será um documento de
arquivo e confiável para todos os efeitos.

(TRT-11/2012 – FCC) Além de constituir um todo indivisível e inter-


relacionado, os documentos de arquivo podem ser definidos pela

a) veracidade das informações neles contidas.


b) ausência de fórmulas em sua configuração.
c) finalidade cultural de sua acumulação.
d) autonomia que mantêm uns em relação aos outros.
e) capacidade de provar as atividades do órgão produtor.

Resolução

Os documentos de arquivo, sendo produto de uma atividade


administrativa, devem ser capazes de provar sobre ela e de informar sobre o
produtor, aquele que realiza a atividade. Portanto, a alternativa correta é a de
letra “E”.

Já sabemos até aqui o que é um documento, o que é um documento de


arquivo e o que pode ser um arquivo. Vamos agora aprender a diferenciar o
arquivo das outras unidades de informação que podem existir em uma
instituição.

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Órgãos de Documentação

Arquivo

O arquivo guarda documentos com finalidades funcionais. Os


documentos de arquivo são ACUMULADOS de forma orgânica e natural,
geralmente em exemplar único ou limitado número de cópias ou vias. Os
documentos que tratam do mesmo assunto ou assuntos correlatos são
mantidos como um conjunto, e não como peças isoladas. Por isso o documento
de arquivo possui muito mais valor quando inserido em seu conjunto do que
fora dele (caráter orgânico). Os documentos são unidos pela sua origem ou
proveniência (princípio que estudaremos mais adiante), tem como principal
suporte utilizado o papel e principal gênero o textual (também estudaremos
mais adiante). O arquivo é órgão receptor e seu público são os
administradores (ou quem tenha produzido seus documentos) e
pesquisadores. Sua função é provar e testemunhar.

Biblioteca

A biblioteca conserva documentos com finalidades educativas e culturais.


Seus documentos são obtidos por compra, doação ou permuta de diversas
fontes, e tratados como peças isoladas. Esses documentos existem em vários
exemplares, são unidos pelo seu conteúdo e, em sua maior parte, são
impressos. Os documentos da biblioteca são COLECIONADOS, e seu público é
formado por pesquisadores, estudantes e cidadão comuns. Sua função é
instruir e educar.

Centro de Documentação / Informação

O centro de documentação ou de informação agrupa qualquer tipo de


documento de qualquer fonte, sendo necessária uma especialização para que
funcionem de forma eficiente. Seus documentos são geralmente reproduções
(audiovisuais) ou referências (bases de dados). Sua finalidade é simplesmente
informar.

Museu

O museu é órgão de interesse público, guarda documentos com


finalidades de informar e entreter. Suas peças são dos mais variados tipos e
dimensões, dependendo de sua especialização. Por serem objetos, são
classificados como documentos tridimensionais.

Estes são os quatro órgãos de documentação que aparecem em provas


de concursos. Ao dar atenção aos termos destacados em cada um vocês
poderão facilmente diferenciar estes órgãos e não errar questões!

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Vamos observar um quadro esquemático para entender melhor as


diferenças entre os órgãos:

Arquivo Biblioteca Museu Centro Doc./Inf.


Audiovisuais
Manuscritos, Impresso, Manuscritos, Impresso, Objetos
(reproduções) ou
Tipo de suporte Audiovisuais, exemplar Audiovisuais, bi/tridimensionais,
virtual, exemplar único
único exemplares múltiplos exemplar único
ou múltiplo
Coleção; documentos
Fundos; documentos Coleção; documentos Coleção; documentos
Tipo de conjunto unidos pelo conteúdo ou
unidos pela origem unidos pelo conteúdo unidos pelo conteúdo
pela função
Atividade humana e
Produtor Máquina administrativa Atividade humana Atividade humana
natureza
Culturais, científicos,
Administrativos, jurídicos, Culturais, artísticos,
Fins da produção técnicos, artísticos, Científicos
funcionais, legais funcionais
educativos
Objetivo Provar, testemunhar Instruir, informar Informar, entreter Informar
Compra, doação, Compra, doação,
Entrada de Passagem natura de fonte Compra, doação,
permuta, de fontes permuta, de fontes
documentos geradora única pesquisa
múltiplas múltiplas
Tombamento,
Tombamento, Tombamento,
Processamento Registro, arranjo, classificação,
classificação, catalogação, inventário,
técnico descrição, etc. catalogação: fichários
catalogação: fichários etc.
ou computador
Administrador e Grande público Grande público
Público pesquisador
pesquisador pesquisador pesquisador

(ATA-MF/2012 – Esaf) Indique o que distingue o arquivo do centro de


documentação, da biblioteca e do museu.

a) O objetivo cultural.
b) O fato de seus documentos serem produzidos em papel.
c) A coleção feita por compra ou doação.
d) O conjunto orgânico de documentos.
e) A questão dos seus objetos serem produzidos pela natureza.

Resolução

Os documentos de arquivo são produtos de atividades administrativas e


acumulados de forma orgânica, natural e progressiva. Seu objetivo e servir de
ferramenta administrativa e, em um segundo momento, de fonte de
informação. Portanto, a alternativa correta é a de letra “D”.

Atenção: As bancas costumam pedir sempre as diferenças entre os


documentos de arquivo e biblioteca. Então, para acertar o item, basta ter em
mente os termos destacados: toda vez que o item mencionar “colecionados”,
ou algum semelhante, será documento de biblioteca; e sem mencionar
“acumulado”, ou semelhante, será documento de arquivo.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) A distinção entre documentos de arquivo,


de biblioteca ou de museu é feita conforme a origem e o emprego desses
documentos.

Resolução

O item está correto. Vimos que entre as várias diferenças entre os


documentos dos órgãos de documentação estão as circunstâncias de sua
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criação, a forma e a finalidade com que são mantidos, e a utilização destes


documentos.

Classificação dos Arquivos

Os arquivos podem ser classificados em vários aspectos, Vamos a eles:

Classificação quanto à entidade mantenedora: quanto à entidade


mantenedora os arquivos podem ser públicos ou privados.

Os arquivos públicos são aqueles produzidos por documentos de caráter


público. São de responsabilidade do Estado e devem estar disponíveis para
consulta por parte dos cidadãos, exceto os documentos de caráter sigilosos.

Os arquivos privados são aqueles mantidos por pessoas físicas ou por


instituições de caráter privado. São documentos que dizem respeito a suas
atividades particulares, e, portanto, não é obrigatória a sua disponibilidade
para consulta da sociedade. Contudo, existe a possibilidade de esses arquivos
serem declarados de interesse público, por meio de decreto presidencial
através de parecer favorável do CONARQ. Caso isso ocorra, seu mantenedor
terá o dever de zelar pelos documentos e deixá-los à disposição do Estado.

Existe ainda outra classificação, atribuída pela autora


Marilena Leite Paes, em que os arquivos podem ser: públicos,
comerciais, institucionais e pessoais ou familiares.

Públicos: mantidos por instituições de caráter público.


Comerciais: mantidos por instituições com fins lucrativos.
Institucionais: mantidos por instituições sem fins lucrativos.
Obra de Leite Familiares ou pessoais: mantidos por pessoas ou famílias.
Paes, de leitura
recomendada.
Então, quanto à entidade mantenedora, os arquivos
classificam-se em públicos ou privados. Quando mencionar a autora acima,
classificam-se me públicos, comerciais, institucionais e pessoais ou familiares.

(TRT-17/2004 – FCC) Consideram-se públicos os documentos:

a) produzidos, recebidos, e acumulados pelos órgãos do poder público no


desempenho de suas atividades.
b) cujo conteúdo não seja de conhecimento das pessoas jurídicas de
direito privado.
c) reproduzidos por instituições do poder público.
d) fiscalizados pelo Ministério Público, no âmbito de suas atribuições.
e) submetidos a venda pública, em favor de uma entidade estatal.

Resolução

Uma questão se muitas dificuldades. Mesmo para aqueles que nunca


tiveram contato com a disciplina, não é difícil perceber alguns “absurdos” nos
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itens. Mas com base no que acabamos de estudar, sabemos que os


documentos públicos são os acumulados pelas instituições publicas em seus
arquivos. Portanto a alternativa correta é a de letra “A”.

Classificação quanto à natureza dos documentos: quanto à


natureza dos documentos, os arquivos podem ser classificados em especiais ou
especializados.

Os arquivos especiais guardam documentos de


suportes variados e por isso precisam de cuidados
diferenciados. Os documentos são agrupados
considerando primeiramente o suporte (papel, CD, disco
rígido, etc.) e depois se utiliza outros critérios para sua
organização. Esse tipo de arquivo deve ser utilizado
quando os suportes são feitos de materiais diferentes,
pois facilita a conservação dos mesmos. Por exemplo: Exemplo de arquivo
especial: todos os
um arquivo pode ter um local específico para guardar documentos estão em fitas
CDs, papéis, fitas de vídeo, películas, etc., pois todos VHS (suporte).
esses materiais requerem diferentes tipos de cuidados.

Os arquivos especializados, ou arquivos técnicos,


são aqueles que guardam documentos dos mais
variados assuntos. Nesse arquivo os documentos são
agrupados considerando primeiramente o assunto e
depois se utiliza outros critérios para sua organização.
Esse tipo de arquivo é utilizado quando uma instituição
Exemplo de arquivo
trata de muitos assuntos, em diferentes áreas do
especializado. conhecimento; por isso são chamados de técnicos. Por
exemplo: uma entidade pode guardar documentos
relativos à área de engenharia, de medicina e de artes em locais separados.
Isso ajuda na localização dos documentos e facilita a compreensão dos
mesmos, pois podem ser estudados com mais praticidade.

Para facilitar a compreensão, basta fazer a seguinte associação:

Especiais => Suporte / Especializados => Assunto

Classificação quanto à extensão de atuação: quanto à extensão de


sua atuação, os arquivos podem ser setoriais ou centrais
(ou gerais).

Os arquivos setoriais são aqueles que estão


localizados próximos aos seus produtores. Esse arquivo
guarda os documentos próximos aos interessados diretos
para facilitar e agilizar a sua localização e utilização.
Encontram-se principalmente em empresas, órgãos e
entidades de grande porte, ou de estrutura administrativa
Escritório: exemplo de
complexa (vários departamentos, várias filiais, etc.). Por arquivo setorial.

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exemplo: o arquivo de uma rede de supermercados pode ser separado por


filial, por setor de atuação (Depto. Financeiro, de RH, Compras, etc.).

Os arquivos centrais ou gerais são aqueles que


guardam todos os documentos de uma entidade em um só
lugar. É utilizado principalmente por empresas e órgãos de
médio e pequeno porte, ou por instituições de estrutura
administrativa simples (poucos departamentos, poucos
órgãos, apenas um local para instalações físicas, etc.). Por
Exemplo de arquivo
central ou geral: exemplo: o arquivo de uma empresa que funcione em
guarda todos os apenas um edifício, um órgão pequeno, um consultório
documentos da
instituição. medico, etc.

É importante ressaltar que esta classificação se aplica somente aos


arquivos correntes! Somente estes podem ser divididos em setorial ou geral.

(TRT-17/2009 – Cespe/UnB) A instalação de arquivos setoriais é uma


forma de centralização dos arquivos correntes da organização como um todo.

Resolução

O item está incorreto. A instalação de arquivos setoriais é justamente o


oposto, uma forma de descentralização dos arquivos correntes, uma vez que
os documentos permanecerão próximos aos setores que os produziram.

Classificação quanto aos estágios de evolução: os arquivos podem


ser correntes, intermediários ou permanentes.

Os arquivos correntes são aqueles que guardam documentos


constantemente utilizados por seus produtores, ou que sejam objetos de
consultas frequentes. A Lei de Arquivos assim conceitua documentos de
arquivos correntes: “aqueles em curso ou que, mesmo sem movimentação,
são objeto de consultas frequentes”.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) O arquivo corrente é formado por documentos


que estão em trâmite, mas que não são consultados frequentemente porque
aguardam sua destinação final.

Resolução

O item está incorreto. Estudamos que esta não é a definição de arquivo


corrente, e sim a de arquivo intermediário, que veremos agora. Observem que
o termo chave para diferenciar os dois arquivos é “frequência de uso”.

(TRT-11/2012 – FCC) O arquivo corrente distingue-se dos arquivos das


demais fases por

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a) contar com maiores recursos de automação.


b) ser essencial ao funcionamento cotidiano da instituição.
c) ficar sob o controle da alta cúpula administrativa.
d) dispor de documentos em melhor estado de conservação.
e) desfrutar de maior prestígio na hierarquia institucional.

Resolução

O arquivo corrente tem a característica de ser essencial para as


atividades administrativas, motivo pelo qual deve estar sempre próximo ao seu
produtor. Portanto, a alternativa correta é a de letra “B”.

Os arquivos intermediários são aqueles que guardam documentos que


não são mais objeto de consultas frequentes, mas aguardam cumprimento de
prazos legais, ou que ainda sejam prova de direitos e obrigações. A Lei de
Arquivos assim define os documentos de arquivos intermediários: “aqueles
que, não sendo de uso corrente nos órgãos produtores, por razões de interesse
administrativo, aguardam a sua eliminação ou recolhimento para guarda
permanente”.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) O acesso aos documentos nos arquivos


intermediários é ainda restrito aos acumuladores, porque o arquivo
intermediário é uma extensão dos arquivos correntes, em que predomina o
valor primário dos documentos.

Resolução

O item está correto. Pela explicação, o arquivo intermediário tem as


mesmas funções e prerrogativas do arquivo corrente, com a diferença da
frequência de uso dos seus documentos. Assim, o arquivo intermediário pode
sim ser entendido como uma extensão ou parte do arquivo corrente, até por
que sua principal finalidade é “desafogar” o fluxo de documentos daquele.

(TRE-PI/2009 – FCC) O arquivo intermediário cumpre, entre outras


funções, a de

a) promover a descrição do acervo.


b) atender às consultas dos órgãos de origem.
c) entrevistar antigos funcionários da instituição.
d) desenvolver ações educativas junto às escolas da região.
e) manter a guarda dos documentos recolhidos.

Resolução

O arquivo intermediário é um depósito temporário onde os documentos


aguardam sua destinação. Os documentos guardados ali, apesar da baixa

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frequência de uso, ainda cumprem funções administrativas. Como devem


manter-se afastados dos seus produtores (para não atrapalhar o fluxo de
documentos correntes), devem manter sistema de consultas para o caso de
serem requisitados. Portanto, a alternativa correta é a de letra “B”.

Os arquivos permanentes são aqueles que guardam documentos que não


tem mais valor administrativo, mas pelo seu conteúdo ou pelo assunto de que
tratam, tem grande relevância para a História ou para a Cultura, e por isso
devem ser guardados por tempo indeterminado. A Lei de Arquivos define
assim os documentos de arquivo permanente: “conjuntos de documentos de
valor histórico, probatório e informativo que devem ser definitivamente
preservados”.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) O acervo de um arquivo permanente é


constituído das preciosidades colecionadas ao longo do tempo por pessoas
físicas ou jurídicas e recolhidas de modo assistemático.

Resolução

O item está incorreto. Já vimos, ao estudar os órgãos de documentação,


que dos documentos de arquivo são acumulados, e não colecionados: estes
são os de biblioteca. Além disso, os documentos devem se recolhidos ao
arquivo permanente de modo sistemático, com critérios previamente
estabelecidos e depois de passados por um complexo processo de avaliação.

(TRT-17/2004 – FCC) Nos arquivos permanentes, o potencial informativo


dos documentos

a) é inversamente proporcional ao seu grau de sigilo.


b) extrapola as razões pelas quais foram acumulados.
c) depende de sua vigência jurídico-administrativa.
d) equivale ao que lhes permite o valor primário.
e) não favorece a pesquisa retrospectiva.

Resolução

Os documentos do arquivo permanente são guardados por serem fontes


de informação importantes para outras áreas, diferentes daquela para o qual
foram criados. Então existe uma extrapolação: os documentos foram criados
para um objetivo e servem para outros. Portanto, a alternativa correta é a de
letra “B”.

Peço atenção especial de vocês para esta classificação, pois ela norteará
todos os estudos sobre Arquivologia. Esta divisão e classificação foram
consideradas um marco na história da disciplina. A partir de agora, todos os
estudos sobre arquivos e suas funções terão essa classificação como base. Em

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provas, essa classificação pode vir com nomes alterados. Portanto é


importante que vocês fixem a ideia que os nomes trazem: corrente = utilizado
com frequência, intermediário = aguardando prazos, permanente = guardados
definitivamente. Os estágios de evolução dos arquivos também podem
aparecer como ciclo vital dos documentos, ou teoria das três idades. Falaremos
mais sobre esta classificação um pouco adiante, quando estudarmos o Ciclo
Vital dos Documentos.

Classificação dos Documentos

Assim como os arquivos, os documentos que os compõem também


podem ser classificados segundo alguns critérios. Os documentos são
classificados quanto ao gênero, quanto à espécie/tipologia e quanto à natureza
do assunto.

Quanto ao Gênero: os documentos podem ser textuais (ou escritos),


iconográficos, sonoros, filmográficos, informáticos (ou digitais), cartográficos e
micrográficos.

Os documentos textuais ou escritos são aqueles que apresentam a


informação de modo escrito ou em forma de texto. Exemplo: carta, relatórios,
certidões, atas, etc.

Os documentos iconográficos são aqueles que apresentam a informação


em forma de imagem estática. Exemplo: fotografia, desenhos, gravuras,
diapositivos (slides), etc.

Os documentos sonoros são aqueles que apresentam a informação em


foram de som ou áudio. Exemplo: disco de vinil, escuta telefônica, sons
gravados em fitas cassete.

Os documentos filmográficos são aqueles que apresentam a informação


em forma de imagens dinâmicas ou em movimento (sem som). Exemplo:
filmes de cinema mudo.

Os documentos audiovisuais são aqueles que apresentam a informação


em forma de imagens dinâmicas ou em movimento (com som). Exemplo:
filmes em VHS. Notem que a diferença entre estes e os filmográficos é sutil,
sendo apenas a presença ou ausência de som!

Os documentos informáticos, eletrônicos ou digitais são aqueles


gravados em meio digital, e por isso necessitam de equipamentos eletrônicos
para serem lidos. Exemplo: som no formato MP3, arquivo de texto do Word,
filmes em formato DVD, etc.

Os documentos cartográficos são aqueles que cuja informação


representa, de forma reduzida, uma área maior. Exemplo: mapas, plantas,
perfis, etc.

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Os documentos micrográficos são aqueles apresentados no suporte


microfichas, resultados do processo de microfilmagem. Trataremos da
microfilmagem em nossa última aula do curso.

Atenção: É possível, e já ocorreu antes, que a banca considere o gênero


cartográfico como uma espécie de “subgênero” do iconográfico, pois ambos
apresentam imagens estáticas. Portanto fiquem atentos: caso isso ocorra, se
não tiver nada mais que torne o item falso, estará correto.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) Mapas, perfis, desenhos técnicos e plantas


fazem parte do gênero documental cartográfico.

Resolução

O item está correto. Todos os itens listados acima são exemplos de


documentos do gênero cartográfico, conforme acabamos de estudar.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) Rolo, jaqueta e cartão-janela são exemplos


de documentos do gênero micrográfico.

Resolução

O item está correto. Todos os exemplos listados são pertencentes ao


gênero micrográfico, pois são resultados do processo de reprodução em
microformas. Trataremos dos detalhes em nossa última aula.

Quanto à Espécie/Tipologia Documental: os documentos são


classificados de acordo com seu aspecto formal (aparência que assume de
acordo com as informações) e sua função (o objetivo para o qual o documento
foi produzido).

Como exemplo, temos o Contrato. O contrato apresenta as informações


de forma que se possa identificá-lo como contrato: possui identificação das
partes, do objeto, das condições, cláusulas, etc. O contrato então é uma
espécie documental (considerando o aspecto formal).

Para saber a tipologia documental, ou simplesmente tipo, acrescentamos


a função. No caso do contrato, acrescentamos, por exemplo, aluguel de
imóvel. Então a função do contrato é realizar um acordo de aluguel de imóvel.

Em resumo, temos o contrato (espécie) de aluguel (função). Essa ideia


pode ser aplicada a vários outros documentos. Vejamos alguns exemplos:

Alvará (espécie) / Alvará de funcionamento (tipo)


Declaração (espécie) / Declaração de bens (tipo)
Relação (espécie) / Relação de bens patrimoniais (tipo)

(TRE-MS/2007 – Cespe/UnB) A tipologia documental é a junção da


espécie documental com o suporte material.
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Resolução

O item está incorreto. Acabamos de entender que o tipo, ou tipologia, é a


junção da espécie (aspecto formal) com a função do documento, e não com o
seu suporte.

É muito importante também conhecer dois outros conceitos: formato e


forma.

O formato é a configuração física que o suporte assume. Ex: livro,


caderno, folheto, cartaz, etc.

A forma é o estágio de preparação do documento, o seu estado de


produção atual. Ex: rascunho, minuta, original e cópia.

(TRE-SE/2007 – FCC) Contrato, contrato de prestação de serviços,


minuta, disco magnético e livro são, respectivamente, exemplos de

a) grupo, subgrupo, técnica de registro, formato e suporte.


b) gênero, série, forma, suporte e espécie.
c) série, subsérie, gênero, forma e tipo.
d) espécie, tipo, forma, suporte e formato.
e) fundo, grupo, série, gênero e forma.

Resolução

É bem trabalhoso resolver esse tipo de questão se não houver um


conhecimento mediano do assunto. Mas uma das vantagens das questões de
múltipla escolha é a possibilidade de resolução pelo método da eliminatória.
Neste caso, já sabemos que o contrato é uma espécie documental, e que o
contrato de prestação de serviços é um tipo documental. Essas informações já
são suficientes para descobrir que a alternativa correta é a de letra “D”.

Quanto à Natureza do Assunto: os documentos podem ser ostensivos


(ou ordinários) ou sigilosos.

Os documentos ostensivos ou ordinários são aqueles cuja informação não


é prejudicial quando for de conhecimento geral. São documentos que não
possuem informações estratégicas, nem de teor pessoal, e sua divulgação não
causa nenhum tipo de problema ou constrangimento à administração ou a
terceiros.

Os documentos sigilosos são aqueles que possuem conteúdo que só


podem ser de conhecimento restrito, e por isso requerem medidas de
segurança especiais para sua custódia e divulgação.

Sobre o assunto, devemos considerar a recente Lei de Acesso à


Informação (Lei Federal n° 12.527/11), que foi entrou em vigor há poucos
meses; e o Decreto Federal nº 7.724/12, que a regulamenta. As normas
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citadas atribuem graus de sigilo, sua classificação e o período pelo qual o


documento dever permanecer sigiloso. Seguem as tabelas de classificação:

Tabela de Classificação segundo o Decreto 4.553/02 (revogado)

Tabela de Classificação segundo a Lei 12.527/11

Atenção: O Decreto 4.553/02 foi revogado pelo Decreto 7.724/12, que


regulamenta a Lei 12.527/11. Como esta Lei é muito recente, não apareceu
entre os conteúdos pedidos para a prova anterior. Mas considerando que o
edital pode sofrer alterações quando for publicado, existe grande possibilidade
de estas normas serem pedidas em provas, não só de Arquivologia como de
Atualidades, Conhecimentos Gerais, Direito ou mesmo na Discursiva.

Outra consideração é que esta Lei não prevê explicitamente a


possibilidade de prorrogação dos prazos, como o Decreto 4.553/02 previa; e
sim apenas sua redução. Além disso, foi retirado grau de sigilo “confidencial”,
não se aplicando mais este termo aos documentos brasileiros.

Os documentos sigilosos, conforme já dito, somente pode ser consultado


pelo seu destinatário, ou por pessoa legalmente autorizada.

Atenção: Quando um documento, que pertença a um conjunto, dossiê


ou processo, for classificado em um grau de sigilo, todo o conjunto será
classificado no mesmo grau de sigilo, mesmo que não tenha informações desse
caráter.

Quando dois ou mais documentos de um mesmo conjunto forem


classificados em graus de sigilos diferentes, todo o conjunto será classificado
com o grau de sigilo mais alto atribuído aos documentos sigilosos deste
conjunto.

(STM/2011 – Cespe/UnB) A classificação de sigilo de um grupo de


documentos que formem um conjunto deve ser a mesma atribuída ao
documento classificado com o mais baixo grau de sigilo, de forma a favorecer o
acesso a esse conjunto.

Resolução

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O item está incorreto. Quando alguns documentos de um conjunto são


classificados como sigilosos, todo o conjunto será classificado com o grau de
sigilo mais alto atribuído aos seus documentos, de forma a restringir o acesso
a esse conjunto.

(TRT-3/2009 – FCC) A propósito da atual política brasileira de acesso aos


documentos públicos, é correto afirmar que

a) a Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas, da


Casa Civil, a quem cabia decidir sobre a matéria, foi dissolvida.
b) cabe ao Ministério Público da União disciplinar a proteção a
informações produzidas pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário que
comprometam a segurança da sociedade e do Estado.
c) o prazo máximo de sigilo não pode ultrapassar o período de 30 anos, a
contar da data de seu arquivamento nos órgãos competentes.
d) as Forças Armadas se obrigam a entregar ao Arquivo Nacional todas
as séries acumuladas pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica desde
1964.
e) as informações relacionadas a intimidade, vida privada, honra e
imagem das pessoas devem ser ocultadas nos documentos franqueados a
terceiros.

Resolução

Uma questão difícil, que cabe a explicação de item a item para que
entendam melhor.

O item “A” estaria errado à época de aplicação desta prova, pois até
então a comissão mencionada ainda existia. Atualmente, por força da Lei de
Acesso à Informação, essa comissão foi substituída pela Comissão Mista de
Reavaliação de Informações.

O item “B” está errado em atribuir ao Ministério Público a competência


para disciplinar a proteção das informações dos Poderes mencionados, uma
vez que a Lei afirma claramente que cada um tem autonomia para cuidar de
seus arquivos.

O item “C” acerta no prazo máximo de sigilo (prazo correto à época da


aplicação da prova), mas erra ao afirmar que esse prazo começa a contar do
arquivamento do documento. Para todos os efeitos, mesmo atualmente, os
prazos sempre são contados da data da produção dos documentos.

O item “D” está errado ao informar uma determinação que não existe
especificamente em nenhum ato normativo em vigor.

Portanto, resta-nos concluir que o item “E” está correto.

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(TRT-8/2010 – FCC) A desclassificação de um documento ocorre quando

a) é descartado, no processo de avaliação.


b) não se identifica seu contexto de produção.
c) cessam as restrições que impediam sua consulta.
d) escapa aos critérios de ordenação estabelecidos.
e) deixa de ser consultado pelos órgãos produtores.

Resolução

A desclassificação é o ato pelo qual um documento classificado como


sigiloso perde essa característica. Pode ocorrer tanto de ofício, por
determinação de autoridade competente, como de modo automático, assim
que deixarem de existir os requisitos que determinavam sua restrição (fim do
prazo estabelecido ou acontecimento previsto). Quando isso acontece, dizemos
que o documento tornou-se ostensivo ou ordinário, pois não há mais motivos
que impeçam a sua consulta. Portanto a alternativa correta é a de letra “C”.

Princípios Arquivísticos

A Arquivologia enquanto ciência possui princípios que devem orientar


seus trabalhos e estudos. Esses princípios são utilizados desde o final do século
XIX e constituem a própria base da Arquivística Moderna.

Em poucas palavras, princípios são os mandamentos básicos e


fundamentais nos quais se alicerça uma ciência. São as diretrizes que orientam
uma ciência e dão subsídios à aplicação das suas normas. Vamos a eles:

Princípio da Proveniência ou do Respeito aos Fundos: Este é o


mais importante princípio da Arquivologia. Ele afirma que os documentos e
arquivos originários de uma pessoa ou instituição devem manter sua
individualidade, não podendo ser misturados com os arquivos de origem
diversa. Como já aprendemos nesta aula, os documentos de arquivo são
complementares, e possuem mais valor quando em seu conjunto. O arquivo
deve refletir a organização e funcionamento de seu produtor, razão pela qual
não deve ser alterado (ter documentos retirados ou acrescidos de forma
indevida, ou misturados com os de outras pessoas ou instituições). Ao
conjunto arquivístico de uma pessoa ou entidade chamamos de “fundo
arquivístico”.

Princípio da Organicidade: Este deriva do Principio da Proveniência. A


organicidade é a qualidade segundo a qual os documentos devem manter uma
organização que reflita fielmente a estrutura, funcionamento e relações
internas e externas de seu produtor.

Princípio da Ordem Original: Princípio segundo o qual o arquivo deve


conservar o arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o
produziu. Este princípio enuncia que, considerando as relações estruturais e

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funcionais que presidem a origem dos arquivos, a sua ordem original deve ser
mantida quando o mesmo for recolhido, pois garante sua organicidade.

Princípio da Unicidade: É a qualidade pela qual os documentos de


arquivo, independente de sua forma, espécie, tipo ou suporte, preserva seu
caráter único, pelo contexto de sua produção. Os documentos são criados por
uma atividade específica e para atender a necessidade determinada; portanto,
mesmo que haja outro documento igual no arquivo, ainda assim eles serão
únicos, pois as atividades e necessidades que motivaram sua produção são
únicas.

Princípio da Indivisibilidade ou Integridade Arquivística: Também


derivado do Principio da Proveniência, É a qualidade pela qual os fundos devem
manter-se preservados sem dispersão, mutilação, alienação, destruição não
autorizada ou acréscimos indevidos de peças documentais. Como dito
anteriormente, os fundos de arquivo devem refletir a estrutura e o
funcionamento da instituição, e os documentos que o compõem têm muito
mais valor quando no seu conjunto do que fora dele. Portanto, os fundos
devem manter-se completos para refletir o mais fielmente possível o seu
produtor, o que não ocorrerá se o mesmo não estiver íntegro.

Princípio da Cumulatividade: Este princípio afirma que os arquivos


são uma formação progressiva, natural e orgânica. Diferente da biblioteca e de
outros órgãos de documentação (que veremos mais adiante), em que a
cumulação de documentos se dá de forma gradativa (com a aquisição dos
documentos por compra, permuta ou doação), o arquivo acumula seus
documentos conforme seu produtor realiza suas atividades. Os documentos de
arquivo são, então, um produto imediato, natural e direto dessas atividades.

Princípio da Territorialidade: Este princípio, nascido de questões


políticas pelas fronteiras do Canadá, é utilizado no sentido de definir o
domicílio legal dos documentos, ou seja, a “jurisdição”, o local onde serão
produzidos seus efeitos. Essa jurisdição do documento deve ser definida
conforme a área territorial, a esfera de poder e o âmbito administrativo onde
foi produzido ou recebido o documento. O documento deve se manter o mais
próximo possível do local onde foi produzido, seja uma instituição, uma região
específica ou uma nação. Como exceção, não se aplica este princípio a
documentos produzidos por acordos diplomáticos ou por ações militares.

Teoria das Três Idades: Também conhecida como Ciclo Vital dos
Documentos, ou Estágio de Evolução dos Arquivos, esta teoria constitui um
verdadeiro marco na história da Arquivística. Ela afirma que os documentos de
um arquivo passam por estágios conforme seus valores mudam. Quando um
documento é produzido, ele possui um valor primário, que é sua importância
para a atividade que o gerou. Contudo, esse valor é temporário: cessa logo
que a atividade acaba. Mas alguns documentos (não todos) ainda possuem o
valor secundário, que é sua importância para outras atividades ou outros
campos diferentes daqueles que o geraram (podem ser importantes para a
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pesquisa histórica, ou para a cultura de uma sociedade, por exemplo). Esse


valor é definitivo, e todo documento que o possui deve ser preservado
permanentemente.

Princípio da Reversibilidade: É a ideia de que as atividades realizadas


nos arquivos podem ser revertidas, se necessário. Significa dizer que nenhuma
ação realizada nos arquivos ou documentos é definitiva. Claro que isso se trata
de uma ideia, pois algumas atividades não podem ser revertidas em função da
lógica, como por exemplo, a eliminação de documentos; uma vez que se
destrói um documento, é impossível recuperá-lo. Outro caso seria o envio de
documentos; aqui o máximo que se pode fazer é pedi-lo de volta, ou enviar
um segundo pedindo que se desconsidere o primeiro. Mas para nossa prova,
considerem que todas as atividades podem ser revertidas.

Princípio da Pertinência ou Temático: É a qualidade pela qual os


documentos, quando recolhidos a uma instituição arquivística, devem ser
reclassificados e reorganizados por assuntos, independentemente da sua
proveniência e organização originais. Este conceito não é mais adotado na
Arquivística por ir de encontro ao Princípio da Proveniência. Se todos os
documentos são classificados e reorganizados de acordo com um plano geral,
desprezando a organização original, o conjunto perderá sua razão de ser, que
é refletir e mostrar as atividades e organização das instituições.

Atenção: Existem ainda outros princípios que dificilmente aparecerão


em provas, mas que podem confundir. São eles:

Princípio da Pertinência Funcional ou Proveniência Funcional: Este


princípio determina que os documentos devam ser transferidos de uma
autoridade a outra quando ocorrer mudanças políticas ou administrativas, para
garantir a continuidade administrativa. Também está em desuso.

Princípio da Pertinência Territorial: Este princípio afirma que os


documentos deveriam ser transferidos para a custódia de arquivos com
jurisdição arquivística sobre o território ao qual se reporta o seu conteúdo, sem
levar em conta o lugar em que foram produzidos.

Princípio da Proveniência Territorial: Este princípio, contrário ao


anterior, afirma que os documentos deveriam ser conservados em serviços de
arquivos do território no qual foram produzidos, com exceção daqueles
produzidos por operações militares ou representações diplomáticas.

(EBC/2011 – Cespe/UnB) Quando se preserva a forma original de


organização dos documentos, aplica-se o princípio da pertinência.

Resolução

O item está incorreto. Em primeiro lugar, sabemos que o princípio da


pertinência não é mais aplicado na prática arquivística atual; ele vai de

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encontro a outros princípios e à própria razão de existir de um arquivo, que é


refletir a identidade e atividades do seu produtor.

Para ilustrar melhor sua aplicação, vamos analisar um exemplo: vamos


supor que sejam recolhidos ao Arquivo Nacional os arquivos do Ministério da
Saúde e da ANS. De acordo com este princípio, os documentos desses dois
arquivos deveriam ser guardados juntos, literalmente misturados, pois tratam
do mesmo assunto (pasta Saúde do Governo Federal). Mas e se um usuário for
consultar, por exemplo, sobre a história da ANS? Como faria, se os
documentos estão misturados e organizados de forma a não refletir essa
história? Não há a possibilidade de atender às necessidades de pesquisa dessa
forma... E se o arquivo não pode atender às necessidades de pesquisa, não há
por que ele existir.

Em segundo lugar, o princípio que determina a organização dos


documentos é o da Organicidade, como vimos mais ao fim da aula.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) Ao se aplicar o princípio de respeito aos fundos


em um conjunto documental de uma organização pública ou privada, são
identificados os documentos destinados à guarda permanente ou à eliminação.

Resolução

O item está incorreto. O princípio do Respeito aos Fundos, por si só, não
garante a valoração de um documento. Para se determinar se um documento
possui ou não valor secundário, isto é, será ou não eliminado, é necessário um
processo muito complexo, realizado por uma comissão determinada formada
especialmente para este fim: a Avaliação. Estudaremos este processo em
nossa próxima aula.

(TRT-11/2012 – FCC) Os arquivos originários de uma instituição ou


pessoa devem manter sua individualidade, sem jamais se misturarem aos de
origem diversa, conforme estabelece o princípio da

a) integridade.
b) inalienabilidade.
c) proveniência.
d) autonomia.
e) reintegração.

Resolução

Uma questão que não apresenta muitas dificuldades, pois a exceção da


integridade e da proveniência, os demais itens sequer são princípios

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arquivísticos. Mas quando tratamos da origem dos documentos, estamos nos


referindo ao princípio da Proveniência, determinando que os documentos de
um produtor não devam ser misturados aos de outro. A alternativa correta é a
de letra “C”.

(TRT-11/2012 – FCC) A ideia de que o arquivo é uma formação


espontânea, natural, progressiva e sedimentar, conforme o caracterizou Elio
Lodolini, fundamenta o princípio da

a) procedência
b) unicidade
c) indivisibilidade
d) cumulatividade
e) imprescritibilidade

Resolução

Vimos pela aula que o princípio da Cumulatividade afirma que os


documentos são uma formação natural, orgânica e progressiva, conforme o
produtor realiza suas atividades. Portanto a alternativa correta é a letra “D”.

(ATA-MF/2012 – Esaf) Indique, entre as opções a seguir, qual o conceito


ou princípio arquivístico que fundamenta a avaliação de documentos.

a) Princípio da proveniência.
b) Três idades documentais.
c) Organicidade.
d) Autenticidade.
e) Princípio da pertinência.

Resolução

A avaliação de documentos é uma das atividades da Gestão de


Documentos, que estudaremos em nossa próxima aula. Essa atividade consiste
em analisar o documento atribuir-lhe ou não valor, segundo critérios
estabelecidos, como o assunto de que trata, se há outros documentos que
tratem do mesmo assunto, do contexto de criação, da importância da atividade
que o gerou, etc.

Após a avaliação é determinado o período de tempo em que o


documento permanecerá nas fases corrente e intermediária, além de sua
destinação, que pode ser eliminação ou guarda permanente. Como a avaliação
determina prazos de guarda nas fases e destinação, está intimamente ligada à
Teoria das Três Idades. Portanto, a alternativa correta é a de letra “B”.

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Exercícios

01 - (EBC/2011 – Cespe/UnB) Para a obtenção do fundo de arquivo,


deve-se aplicar o princípio da naturalidade.

02 - (TRT-23/2011 – FCC) A propósito do paralelismo entre as diferentes


instituições de custódia de documentos, considere as afirmativas abaixo.

I. A diferença entre o material de biblioteca e o de arquivo independe de


técnica de registro, suporte ou formato.
II. Ao museu histórico devem ser recolhidos os documentos de arquivo
de valor permanente.
III. Ao contrário dos arquivos, museus e centros de documentação
formam seus acervos por meio de coleções.

Está correto o que se afirma em

a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I, II e III.
d) II e III, apenas.
e) I e III, apenas.

03 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O documento de arquivo somente adquire


sentido se relacionado ao meio que o produziu, e o seu conjunto tem de
retratar a estrutura e as funções do órgão que acumulou esse documento.

04 - (Fiocruz/2010 – FGV) Avalie o fragmento a seguir.

“Todos os fatos e idéias que tenham sido registrados, comunicados e/ou


distribuídos formal ou informalmente em qualquer suporte físico”.

Ele apresenta o conceito de:

a) informação.
b) documentação de arquivo.
c) acervo arquivístico.
d) documentação de biblioteca.
e) acervo bibliográfico.

05 - (CVM/2010 – Esaf) O órgão de documentação que tem como tipo de


suporte os materiais audiovisuais ou virtual, a coleção como tipo de conjunto,
a atividade humana como produtora de seus objetos e o objetivo de informar
é:

a) a biblioteca.
b) o arquivo.
c) a base de dados.
d) o museu.

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e) o centro de documentação.

06 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O princípio de respeito aos fundos é


fundamental para a ordenação dos acervos arquivísticos de terceira idade, o
que torna evidente que a estrutura e o funcionamento da administração são os
elementos que guiam o arranjo dos documentos.

07 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) A instabilidade institucional, uma das


principais características da administração pública brasileira, geralmente
motivada pela fusão, separação, extinção e criação de órgãos públicos, enseja
uma série de problemas para a gestão dos arquivos desses órgãos. Para lidar
com esses problemas, o princípio da pertinência é o conceito adequado.

08 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Um dos critérios para que uma instituição


pública ou privada constitua um fundo de arquivo é possuir atribuições precisas
e estáveis, definidas por um texto com valor legal ou regulamentar.

09 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) O tamanho do acervo documental e a sua


complexidade definem se o fundo de arquivo de uma instituição pública ou
privada é um fundo fechado ou aberto.

10 - (CVM/2010 – Esaf) Os objetos bi e tridimensionais são próprios:

a) da biblioteca.
b) do arquivo.
c) da base de dados.
d) do museu.
e) do centro de documentação.

11 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) As informações contidas nos documentos


de arquivo são produzidas no ambiente interno da organização ou são
recebidas do ambiente externo e têm uma relação direta ou indireta com a
missão dessa organização.

12 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) A teoria dos valores de documentos,


concebida por Schellenberg, apesar da sua importância para a avaliação de
documentos, não permite definir se o documento é da fase corrente, da
intermediária ou da permanente.

13 - (BNDES/2010 – Cesgranrio) O arquivo especial é aquele que tem


sob sua guarda documentos de formas físicas diversas e que, por essa razão,
merecem tratamento especial, não apenas quanto ao armazenamento, como
também ao registro, acondicionamento, controle e à conservação. Essa é uma
classificação que diz respeito

a) ao gênero.
b) aos estágios da sua evolução.
c) à natureza dos documentos.
d) à natureza do assunto.
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e) à extensão de sua atração.

14 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Documentos de arquivo produzidos ou


recebidos por uma instituição pública ou privada, com valor administrativo,
legal ou fiscal, considerados como parte do arquivo intermediário dessa
instituição, são também considerados de valor secundário.

15 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Ofícios, memorandos, cartas, telegramas


e e-mails são tipologias documentais.

16 - (TJ-RS/2012 – Faurgs) Sabendo-se que a Arquivologia tem suas


práticas baseadas em princípios teóricos e conceitos consolidados desde o
século XIX, assinale a afirmação INCORRETA.

a) Fundo é o conjunto de documentos que, independentemente da


natureza ou do suporte, são reunidos por acumulação ao longo das atividades
de pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas.
b) Segundo o Princípio da Territorialidade, os arquivos públicos, próprios
de um território, seguem o destino deste último. Em caso de guerra, o
vencedor tem o direito de exigir do vencido a deposição dos documentos
relativos às terras conquistadas quando da assinatura de uma rendição ou de
um tratado de paz.
c) Princípio da Proveniência é o elemento mais importante a ser
identificado em um conjunto de documentos e a base onde se estruturam e
organizam os fundos arquivísticos.
d) O Princípio da Ordem Original afirma que o arquivo deve conservar o
arranjo dado pela entidade coletiva, pessoa ou família que o produziu. As
relações estruturais e funcionais presidem a gênese dos arquivos, respeitando
a sua ordem original e garantindo sua organicidade.
e) A Teoria das 3 Idades identifica as diferentes fases pelas quais passam
os documentos sob o ponto de vista de sua administração e de seu uso:
corrente, intermediário e eliminado.

17 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Documentos iconográficos são aqueles em


formatos e dimensões variáveis, com representações geográficas,
arquitetônicas ou de engenharia.

18 - (TJ-AL/2012 – Cespe/UnB) O princípio arquivístico que deve ser


aplicado na constituição de um fundo de arquivo é o

a) da territorialidade.
b) das três idades.
c) da proveniência.
d) da ordem original.
e) da pertinência.

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19 - (DPF/2009 – Cespe/UnB) Uma base de dados desenvolvida em uma


instituição pública com vistas a atender, racionalizar e implementar uma de
suas funções deve ser considerada como parte dos arquivos dessa instituição.

20 - (DPF/2012 – Cespe/UnB) O arquivo do Departamento de Polícia


Federal compõe-se de documentos colecionados referentes a assuntos de
interesse dos servidores desse órgão.

21 - (DPU/2010 – Cespe/UnB) Os objetivos de produção dos arquivos


estão relacionados às questões

a) administrativas, funcionais e legais.


b) científicas, artísticas e culturais.
c) artísticas, técnicas e educativas.
d) funcionais, científicas e educativas.
e) administrativas, culturais e técnicas.

22 - (ANEEL/2010 – Cespe/UnB) A proteção dos documentos de arquivo


em relação a qualquer adição, supressão, modificação, utilização ou ocultação
é ação importante para garantir a autenticidade do documento de arquivo.

23 - (ABIN/2010 – Cespe/UnB) Atualmente, no contexto da evolução da


disciplina arquivística, o termo informação arquivística substitui o termo
documento arquivístico.

24 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) A organicidade do arquivo se verifica


na relação que os documentos mantêm entre si em decorrência das atividades
do sujeito acumulador, seja ele pessoa física ou jurídica.

25 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Em um conjunto documental, quando


os documentos são mantidos no local onde foram acumulados, aplica-se o
princípio arquivístico da ordem original.

26 - (BNDES/2010 – Cesgranrio) Um arquivista inicia um trabalho no


arquivo de um banco, identificando e classificando os documentos. Observa
que já existe uma prévia separação de acervos. Essa separação é a partir da
natureza das entidades mantenedoras. Assim, esse arquivo sugere a seguinte
divisão:

a) corrente, intermediário e permanente.


b) geral, setorial e central.
c) público, institucional e comercial.
d) especial, especializado e sistemático.
e) principal, secundário e definitivo.

27 - (DPU/2010 – Cespe/UnB) O acervo arquivístico acumulado pelas


empresas públicas e pelas sociedades de economia mista é considerado, de
acordo com a legislação, arquivo

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a) governamental.
b) privado.
c) particular.
d) privado de interesse social.
e) público.

28 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Quando há necessidade de se


reclassificar os documentos por tema, sem se levar em consideração a sua
proveniência ou a classificação original, estará sendo aplicado o princípio da
pertinência.

29 - (Correios/2011 – Cespe/UnB) Os documentos de arquivo são


resultado de uma ação humana, frutos da criação artística, e testemunham
uma época ou atividade.

30 - (STM/2011 – Cespe/UnB) Informações orgânicas registradas,


produzidas durante o exercício das funções de um órgão ou instituição, são
objetos de trabalho dos arquivos e dos estudos da arquivologia.

31 - (ATA-MF/2012 – Esaf) O princípio arquivístico que fundamenta as


atividades nos arquivos é o

a) princípio da pertinência.
b) princípio da ordem original.
c) princípio da proveniência.
d) princípio da territorialidade.
e) princípio da ordem primitiva.

32 - (DNOCS/2010 – FCC) Analise as seguintes afirmativas:

O arquivo corrente ou de primeira idade possui características que se


diferenciam das características dos arquivos intermediário e permanente

PORQUE

é constituído de documentos em curso ou consultados frequentemente,


conservados nos escritórios, nas repartições ou dependências próximas de fácil
acesso.

É correto concluir que

a) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.


b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira.
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda falsa.
d) as duas afirmativas são falsas.
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a
primeira.

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Gabarito Comentado

Item Resposta Comentário


O fundo de arquivo é o conjunto de documentos produzidos por uma entidade, sendo
01 Errado pessoa ou instituição. Como o requisito é que os documentos pertençam a uma mesma
entidade, o princípio a ser aplicado é o da Proveniência.
O item II está incorreto por afirmar que os documentos de valor permanente devem ser
02 Letra “E” recolhidos ao museu histórico. Na verdade eles devem ser mantidos nos arquivos
permanentes, em depósitos específicos para eles.
O documento de arquivo é uma peça de quebra-cabeça, devendo ser considerado em seu
03 Certo conjunto para sentido completo. Além disso, esse conjunto deve estar organizado de forma
a refletir a estrutura, as relações e o funcionamento do seu produtor.
Segundo a nossa fórmula, apresentada no início da aula, temos a definição de documento
04 Letra “A” como sendo a união entre informação e suporte. Na questão são apresentados o suporte e
a definição de informação.
Os centros de documentação/informação caracterizam-se por colecionar documentos de
05 Letra “E” todos os tipos, das mais variadas fontes. Sendo sua principal função servir de referência
para a localização de informações, em sua maioria são bases de dados.
Como a Organicidade é derivada da Proveniência, ela deve orientar a guarda dos arquivos
06 Certo permanentes, especialmente se esse arquivo abrigar mais de um fundo, ou documentos
que pertencem a mais de uma instituição: não se deve permitir uma mistura entre eles.
A Pertinência não é adequada para solucionar este problema, pois causa outro, que é a
mescla (mistura) de documentos que pertencem a entidades diferentes. Para este
07 Errado problema o ideal é que os documentos sejam organizados pela função, pois estas não
mudam.
Para que o arquivo exista, deve existir antes uma entidade que realize atividades. E para
08 Certo que a entidade exista é necessário um documento oficial de criação, que justifique e
estabeleça diretrizes para sua atuação.
O que vai definir se o fundo é aberto ou fechado é o fato de a entidade estar ou não em
09 Errado atividade, e não o tamanho do seu acervo. Enquanto uma entidade está em pleno
funcionamento, seu fundo será aberto; quando ela encerrar, o fundo será fechado.
Os documentos de museus são, em sua grande maioria, objetos produzidos pela natureza
10 Letra “D” ou pela ação antrópica, que devem ser preservados por retratarem um fato ou época
importante. Sendo objetos, podem ser bi ou tridimensionais.
Os documentos de arquivo tanto podem ser produzidos como consequência de atividades,
11 Certo como podem ser recebidos pela instituição. E sempre terão relação com sua missão,
direta ou indireta. Caso contrário, não será documento de arquivo.
A teoria dos valores documentais afirma que os documentos que tenham valor primário
12 Errado estão nos arquivos correntes e intermediários; e os que tenham valor secundário, no
arquivo permanente. Portanto ela é suficiente para determinar a fase de arquivo.
Segundo aprendemos nesta aula, os arquivos podem ser classificados considerando
13 Letra “C” alguns critérios. Segundo a natureza dos documentos, os arquivos podem ser
classificados em especiais ou especializados.
Os documentos da fase intermediária possuem valor primário, que é o administrativo,
legal, fiscal, etc. O valor secundário diz respeito à importância do documento para a
14 Errado Cultura, História, Pesquisa Científica ou outra área diferente da administração que o
produziu.
A tipologia documental trata-se da espécie (aspecto formal) acrescida de uma função. Os
15 Errado itens mencionados trazem a espécie documental, mas não acrescentam nenhuma função
a elas. Então são apenas espécies documentais.
A Teoria das Três Idades identifica as três fases do arquivo pela qual podem passar os
16 Letra “E” documentos. As três fases determinadas pela teoria são a corrente, a intermediária e a
permanente. O documento eliminado é aquele que não passou por todas elas.
Os documentos iconográficos são aqueles que apresentam a informação como imagens
17 Errado estáticas, como fotografias, negativos, gravuras, etc. Os documentos que representam a
realidade de forma reduzida são os cartográficos.
O fundo de arquivo é o conjunto de documentos produzidos por uma única entidade; é o
18 Letra “C” próprio arquivo em si. E quando os conjuntos têm a limitação de não serem misturados
aos de outros produtores, aplicamos o princípio da Proveniência.
Não importa o suporte, forma, formato, gênero, espécie ou tipo do documento: se ele é
19 Certo produto direto da realização de alguma atividade da entidade, então será documento que
pertence a seus arquivos.
Os documentos de arquivo são acumulados natural, orgânica e progressivamente, na
20 Errado medida em que a instituição desenvolve suas atividades. Ao contrário dos documentos de
outros órgãos de documentação, que são adquiridos por permuta, doação ou compra.

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Os arquivos, ao contrário dos demais órgãos de documentação, possuem funções
21 Letra “A” administrativas. Seus documentos são ferramentas de gestão, que devem auxiliar na
tomada de decisão. Então esta é sua função primeira.
É a aplicação da Integridade Arquivística. Os documentos e os conjuntos de documentos
22 Certo não podem sofrer qualquer alteração indevida ou não autorizada, para não comprometer
a sua autenticidade ou o sentido das informações.
A informação arquivística é aquela produzida por uma entidade quando realiza suas
23 Errado atividades. Ela não substitui o documento, pois este necessita do suporte par dar
integridade ao documento.
A Organicidade de um conjunto de documentos deve mostrar de forma clara todas as
24 Certo atividades, funcionamento e estrutura da entidade produtora. Essa característica é
importante para mostrar sua identidade, memória e história.
Quando os documentos são mantidos no local em que foram acumulados, aplica-se o
25 Errado princípio da Territorialidade. Isso é importante por que esses documentos também
informam sobre o contexto do local onde se situa o produtor.
Aqui temos uma classificação de arquivos considerando a entidade mantenedora. Segundo
26 Letra “C” esse critério, os arquivos podem ser públicos ou privados; mas questão faz referência à
autora Leite Paes, que considera como públicos, institucionais, comerciais e pessoais.
Não há, ao menos por enquanto, em nosso programa o estudo da Legislação Arquvística.
27 Letra “E” Mas já podemos concluir, com o estudo que tivemos nesta aula, que a Lei considera como
públicos os documentos produzidos pelas instituições mencionadas.
A Pertinência considera a organização dos documentos considerando apenas o tema ou o
28 Certo assunto de que eles tratam. Este princípio está em desuso pela disciplina, por ir de
encontro à Proveniência, e atualmente só serve mesmo para aparecer em provas!
Os documentos de arquivo podem ser resultados da ação humana, uma vez que pessoas
29 Errado também realizam atividades administrativas. Mas não podem ser resultado da criação
artística, pois esta não é uma atividade administrativa.
Informação orgânicas (de organização) registradas e produzidas durante o exercício de
30 Certo suas atividades típicas nada mais são do que os documentos de arquivo; e tanto esses
documentos quanto os arquivos e suas técnicas são objeto de estudo da Arquivologia.
As atividades nos arquivos devem ser realizadas com observância aos princípios
31 Letra “C” estabelecidos. Dentre todos, aquele que não pode deixar de ser observado em hipótese
alguma, é o da Proveniência, que é a razão de existir dos arquivos.
A primeira afirmativa traz uma idéia verdadeira sobre os arquivos correntes, enquanto a
32 Letra “A” segunda traz uma de suas características mais importantes. Esta característica importante
é o que o diferencia dos demais arquivos, justificando a primeira.

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Bom, paramos aqui por enquanto. Espero que já tenham percebido a


grande importância desta disciplina para sua aprovação, além de terem
aprendido tudo o que estudamos.

Em nosso curso vamos resolver as questões mais atuais sobre os


assuntos, sempre que possível. Eventualmente aparecerão algumas questões
mais antigas, isso por que a Arquivologia não é uma disciplina tão frequente
em provas. Além disso, notarão que as questões são, em sua maioria,
elaboradas pelo Cespe/UnB e pela FCC; isso por que são as bancas que mais
trabalham com a nossa disciplina. Mas não se preocupem: não é nada que
comprometa a qualidade do aprendizado de vocês!

Nosso curso será totalmente aberto à suas sugestões e críticas para


adequá-lo ao máximo possível às suas necessidades. Estou sempre disponível
para solucionar dúvidas, além de analisar e discutir as críticas e sugestões.
Este curso é feito para vocês, então nada mais justo e ideal que também seja
feito por vocês!

Nós, do Ponto, estaremos à sua disposição para ajudar nesse caminho,


colaborando com o melhor material e a melhor assistência para seus estudos.
Conte conosco, e continue lutando sempre! Estarei esperando suas mensagens
no fórum do curso e no email: mayko@pontodosconcursos.com.br.

Um forte abraço a todos, sejam muito bem vindos, e até nossa próxima
aula!

Prof. Mayko Gomes


Março/2013

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Exercícios Resolvidos na Aula

(STM/2011 – Cespe/UnB) Somente podem ser considerados documentos


de arquivo aqueles que, emanados do poder público ou de entidades de direito
privado, são capazes de produzir efeitos de ordem jurídica na comprovação de
fatos.

Item correto.

(ANEEL/2010 – Cespe/UnB) Um documento de arquivo é confiável


quando o conteúdo pode ser considerado uma representação completa e
precisa das operações, das atividades ou dos fatos que o criaram.

Item correto.

(TRT-11/2012 – FCC) Além de constituir um todo indivisível e inter-


relacionado, os documentos de arquivo podem ser definidos pela

a) veracidade das informações neles contidas.


b) ausência de fórmulas em sua configuração.
c) finalidade cultural de sua acumulação.
d) autonomia que mantêm uns em relação aos outros.
e) capacidade de provar as atividades do órgão produtor.

(ATA-MF/2012 – Esaf) Indique o que distingue o arquivo do centro de


documentação, da biblioteca e do museu.

a) O objetivo cultural.
b) O fato de seus documentos serem produzidos em papel.
c) A coleção feita por compra ou doação.
d) O conjunto orgânico de documentos.
e) A questão dos seus objetos serem produzidos pela natureza.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) A distinção entre documentos de arquivo,


de biblioteca ou de museu é feita conforme a origem e o emprego desses
documentos.

Item correto.

(TRT-17/2004 – FCC) Consideram-se públicos os documentos:

a) produzidos, recebidos, e acumulados pelos órgãos do poder


público no desempenho de suas atividades.
b) cujo conteúdo não seja de conhecimento das pessoas jurídicas de
direito privado.
c) reproduzidos por instituições do poder público.
d) fiscalizados pelo Ministério Público, no âmbito de suas atribuições.
e) submetidos a venda pública, em favor de uma entidade estatal.

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(TRT-17/2009 – Cespe/UnB) A instalação de arquivos setoriais é uma


forma de centralização dos arquivos correntes da organização como um todo.

Item incorreto.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) O arquivo corrente é formado por documentos


que estão em trâmite, mas que não são consultados frequentemente porque
aguardam sua destinação final.

Item incorreto.

(TRT-11/2012 – FCC) O arquivo corrente distingue-se dos arquivos das


demais fases por

a) contar com maiores recursos de automação.


b) ser essencial ao funcionamento cotidiano da instituição.
c) ficar sob o controle da alta cúpula administrativa.
d) dispor de documentos em melhor estado de conservação.
e) desfrutar de maior prestígio na hierarquia institucional.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) O acesso aos documentos nos arquivos


intermediários é ainda restrito aos acumuladores, porque o arquivo
intermediário é uma extensão dos arquivos correntes, em que predomina o
valor primário dos documentos.

Item correto.

(TRE-PI/2009 – FCC) O arquivo intermediário cumpre, entre outras


funções, a de

a) promover a descrição do acervo.


b) atender às consultas dos órgãos de origem.
c) entrevistar antigos funcionários da instituição.
d) desenvolver ações educativas junto às escolas da região.
e) manter a guarda dos documentos recolhidos.

(Correios/2011 – Cespe/UnB) O acervo de um arquivo permanente é


constituído das preciosidades colecionadas ao longo do tempo por pessoas
físicas ou jurídicas e recolhidas de modo assistemático.

Item incorreto.

(TRT-17/2004 – FCC) Nos arquivos permanentes, o potencial informativo


dos documentos

a) é inversamente proporcional ao seu grau de sigilo.


b) extrapola as razões pelas quais foram acumulados.
c) depende de sua vigência jurídico-administrativa.
d) equivale ao que lhes permite o valor primário.

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e) não favorece a pesquisa retrospectiva.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) Mapas, perfis, desenhos técnicos e plantas


fazem parte do gênero documental cartográfico.

Item correto.

(TRT-21/2010 – Cespe/UnB) Rolo, jaqueta e cartão-janela são exemplos


de documentos do gênero micrográfico.

Item correto.

(TRE-MS/2007 – Cespe/UnB) A tipologia documental é a junção da


espécie documental com o suporte material.

Item incorreto.

(TRE-SE/2007 – FCC) Contrato, contrato de prestação de serviços,


minuta, disco magnético e livro são, respectivamente, exemplos de

a) grupo, subgrupo, técnica de registro, formato e suporte.


b) gênero, série, forma, suporte e espécie.
c) série, subsérie, gênero, forma e tipo.
d) espécie, tipo, forma, suporte e formato.
e) fundo, grupo, série, gênero e forma.

(STM/2011 – Cespe/UnB) A classificação de sigilo de um grupo de


documentos que formem um conjunto deve ser a mesma atribuída ao
documento classificado com o mais baixo grau de sigilo, de forma a favorecer o
acesso a esse conjunto.

Item incorreto.

(TRT-3/2009 – FCC) A propósito da atual política brasileira de acesso aos


documentos públicos, é correto afirmar que

a) a Comissão de Averiguação e Análise de Informações Sigilosas, da


Casa Civil, a quem cabia decidir sobre a matéria, foi dissolvida.
b) cabe ao Ministério Público da União disciplinar a proteção a
informações produzidas pelo Poder Legislativo e pelo Poder Judiciário que
comprometam a segurança da sociedade e do Estado.
c) o prazo máximo de sigilo não pode ultrapassar o período de 30 anos, a
contar da data de seu arquivamento nos órgãos competentes.
d) as Forças Armadas se obrigam a entregar ao Arquivo Nacional todas
as séries acumuladas pelo Exército, pela Marinha e pela Aeronáutica desde
1964.
e) as informações relacionadas a intimidade, vida privada, honra
e imagem das pessoas devem ser ocultadas nos documentos
franqueados a terceiros.
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(TRT-8/2010 – FCC) A desclassificação de um documento ocorre quando

a) é descartado, no processo de avaliação.


b) não se identifica seu contexto de produção.
c) cessam as restrições que impediam sua consulta.
d) escapa aos critérios de ordenação estabelecidos.
e) deixa de ser consultado pelos órgãos produtores.

(EBC/2011 – Cespe/UnB) Quando se preserva a forma original de


organização dos documentos, aplica-se o princípio da pertinência.

Item incorreto.

(AGU/2010 – Cespe/UnB) Ao se aplicar o princípio de respeito aos fundos


em um conjunto documental de uma organização pública ou privada, são
identificados os documentos destinados à guarda permanente ou à eliminação.

Item incorreto.

(TRT-11/2012 – FCC) Os arquivos originários de uma instituição ou


pessoa devem manter sua individualidade, sem jamais se misturarem aos de
origem diversa, conforme estabelece o princípio da

a) integridade.
b) inalienabilidade.
c) proveniência.
d) autonomia.
e) reintegração.

(TRT-11/2012 – FCC) A ideia de que o arquivo é uma formação


espontânea, natural, progressiva e sedimentar, conforme o caracterizou Elio
Lodolini, fundamenta o princípio da

a) procedência
b) unicidade
c) indivisibilidade
d) cumulatividade
e) imprescritibilidade

(ATA-MF/2012 – Esaf) Indique, entre as opções a seguir, qual o conceito


ou princípio arquivístico que fundamenta a avaliação de documentos.

a) Princípio da proveniência.
b) Três idades documentais.
c) Organicidade.
d) Autenticidade.
e) Princípio da pertinência.

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