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CONTRA
INCÊNDIO E
EXPLOSÕES
GRADUAÇÃO
Unicesumar
Reitor
Wilson de Matos Silva
Vice-Reitor
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de Administração
Wilson de Matos Silva Filho
Pró-Reitor de EAD
Willian Victor Kendrick de Matos Silva
Presidente da Mantenedora
Cláudio Ferdinandi
Prezado(a) Acadêmico(a)!
Seja bem-vindo(a) ao nosso livro sobre “Proteção Contra Incêndio e Explosões”. Inicial-
mente, gostaria de dizer que estou muito contente em poder ministrar essa disciplina
para você, espero contribuir para aumentar a sua visão prevencionista e, quem sabe,
evitar muitos acidentes domésticos e em seu trabalho. Nós, professores, sempre quan-
do começamos uma nova turma, temos muitas expectativas de troca de informações e
experiências e com você não será diferente.
Sou a Professora autora Dra. Ana Elisa Lavezo, Formada em Engenharia Química pela
Universidade Estadual de Maringá, Mestre e Doutora em Engenharia Química pela Uni-
versidade Estadual de Campinas e Especialista em Engenharia de Segurança do Traba-
lho pela Universidade Estadual de Maringá, professora do curso Técnico em Segurança
do Trabalho pela Secretaria do Estado da Educação do Estado do Paraná há três anos,
faço Treinamentos em parcerias sobre Brigada de Incêndio e agora sou professora auto-
ra e formadora do NEAD da Unicesumar Centro Universitário Cesumar, para o Curso de
Graduação de Tecnologia em Segurança no Trabalho.
Espero que goste do material que estou disponibilizando para você. Durante todas as
pesquisas para a construção desse material sempre pensei na melhor forma para apre-
sentar cada um dos assuntos, para que você consiga entender a razão, sua sequência e
que aos poucos seja construído seu raciocínio, de forma que em uma situação de emer-
gência você possa ficar tranquilo e acalmar as demais pessoas próximas a você e caso
seja possível em um principio de incêndio você consiga tomar as medidas corretas pre-
ventivas para o incêndio não propagar, afinal você será um Tecnólogo de Segurança no
Trabalho.
Este livro sobre Proteção contra incêndio e explosões fará que você adquirira conhe-
cimentos suficientes para saber como se inicia um incêndio, formas de propagação e
extinção desse incêndio. Como devemos utilizar um extintor ou um hidrante, a partir
das classes de incêndio conseguiremos descobrir quais tipos de extintores serão mais
utilizados.
Iremos estudar também como dimensionarmos uma brigada de incêndio além de sa-
ber o que são e como devemos definir os pontos de encontro em caso de emergência.
Quando eu digo em caso de emergência é porque o plano de emergência não pode es-
tar vinculado a situações apenas de incêndio e, sim, de emergência, por exemplo: vaza-
mento de um gás tóxico, derramamentos de líquidos (ácidos, bases fortes), inundações,
doenças infectocontagiosas e é claro incêndios e explosões.
Na Unidade I – Considerações sobre Incêndios e Explosões, abordaremos, inicialmente,
os incêndios com maiores repercussões no passado e atualmente, mostrando que as
leis, com o passar dos anos, se tornaram mais rígidas, sempre após uma tragédia. Em
seguida, abordaremos quais os componentes necessários para que o fogo se inicie, as
temperaturas necessárias para que exista o fogo e classificaremos os incêndios de acor-
do com a proporção e combustível.
APRESENTAÇÃO
UNIDADE I
15 Introdução
22 Teoria do Fogo
30 Princípio da Combustão
34 Pontos Notáveis
43 Considerações Finais
UNIDADE II
55 Introdução
56 Formas de Propagação
57 Condução
58 Convecção
61 Irradiação
64 Formas de Extinção
65 Isolamento
67 Resfriamento
68 Abafamento
70 Extinção Química
SUMÁRIO
84 Considerações Finais
UNIDADE III
91 Introdução
92 Agentes Extintores
UNIDADE IV
137 Introdução
138 Hidrantes
UNIDADE V
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
173 Introdução
225 Conclusão
227 Referências
235 Gabarito
Professora Dra. Ana Elisa Lavezo
CONSIDERAÇÕES SOBRE
I
UNIDADE
INCÊNDIO E EXPLOSÃO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar o histórico de incêndio e explosões do Brasil.
■■ Entender como se obtém o fogo e o princípio da combustão.
■■ Identificar as diferenças entre os pontos notáveis.
■■ Compreender as classificações dos incêndios.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Histórico sobre incêndio e explosão
■■ Teoria do fogo
■■ Princípio da combustão
■■ Pontos notáveis
■■ Classificação dos incêndios
15
INTRODUÇÃO
que ocorreram no Brasil, temos muitos incêndios, citaremos alguns que tiveram
repercussão nacional e, que, a partir dessas catástrofes, mudaram ou tornaram
as normas mais rígidas. A partir dos incêndios, Gran Circo Norte Americano
Edifício Joelma, Boate Kiss e da explosão do Restaurante Filé Carioca, veremos
a diferença entre um incêndio e uma explosão.
Na sequência, falamos sobre o tetraedro do fogo, ou seja, quatro lados iguais.
Dessa forma, com a mesma importância e mostrarei que são quatro elementos:
combustível, comburente, fonte de calor e reação em cadeia, quando esses ele-
mentos estão juntos e nas mínimas condições haverá fogo.
Veremos, também, sobre o princípio da combustão, a definição de combus-
tão, a velocidade da combustão, que pode ser desde incêndios até explosões, os
tipos de reação da combustão que pode ser completa e incompleta e, por fim,
qual a porcentagem de oxigênio presente na combustão.
Continuando nossa unidade, veremos os pontos notáveis, ou seja, todos os
combustíveis possuem três pontos de temperatura que são: o ponto de fulgor, o
ponto de combustão e a temperatura de ignição.
E por fim, nesta unidade, veremos a classificação dos incêndios, começando
com a proporção dos incêndios, ou seja, sua expansão e a classe de incêndios, que
pode ser divida em quatro classes: classe A, classe B, classe C, classe D e classe
K, mostraremos suas diferenças e aplicações. Essas informações serão necessá-
rias para que saibamos identificar a classe do incêndio e como devemos proceder
para sua efetiva extinção.
Introdução
I
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
imprencindível minimizar os danos obtidos
pelo incêndio até a chegada de um serviço
especializado.
Para que consigamos evitar os sinistros,
ou seja, acidentes relacionados com fogo são
necessários que saibamos os tipos de mate-
©shutterstock
que segundo o dono do circo, era de Naylon, mas, na verdade, era de algodão
revestido de parafina. A parafina é um material altamente combustível, ou seja,
inflamável e quando o fogo chegou até a lona, se alastrou rapidamente, caindo
por cima das pessoas.
A partir das descrições acima e do vídeo que está no final desta unidade, em
material complementar, vimos que o acidente foi uma tragédia, com centenas de
mortos, e um dos principais problemas era que a lona era de um material inflamá-
vel (parafina), assim, o incêndio se propagou rapidamente, caindo sobre as pessoas
que ali estavam. Os materiais de combate ao incêndio da época eram deficien-
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tes, demoraram muito para conseguir começar o resfriamento. Pensando nisso,
é possível inferir que se as regras de segurança tivessem sido seguidas (pelos pro-
prietários do circo), os danos e o número de mortos poderiam ter sido menores.
O segundo incêndio que vamos estudar é o incêndio do Edifício Joelma, em
São Paulo, que aconteceu em 1974. Dois anos antes, um outro incêndio tinha
ocorrido, no Edifício Andraus, porém, vamos nos ater ao incêndio do Edifício
Joelma.
Esse edifício possuía vinte e cinco andares, sendo dez deles garagem, locali-
zado no número 225 da Avenida Nove de Julho, com outras duas fachadas para
a Praça da Bandeira, na lateral, e para a rua Santo Antônio, nos fundos.
De acordo com Borges (2014, online), um incêndio de grandes proporções
em um edifício abalou o centro da cidade de São Paulo. O incêndio aconteceu 7
meses depois da inauguração do edifício e no dia do incêndio, o edifício estava
ocupado com 2000 pessoas em seu interior. O fogo encurralou as pessoas que
tentaram se esconder nas marquises, janelas e parapeitos do prédio, mas algu-
mas pessoas, por causa do desespero, saltaram e acabaram morrendo ao chegar
ao chão. Outras pessoas morreram por intoxicação da fumaça tóxica que vinha
do edifício em chamas.
O incêndio do edifício Joelma se iniciou em um ar condicionado no 12ª
andar, sendo que até o 10º andar ficava o estacionamento. O fogo se alastrou a
partir do 12ª andar até o 25ª andar e morreram mais de 188 pessoas, 300 pes-
soas, no entanto, foram internadas, pois sofreram intoxicações e queimaduras.
A escada magirus alcançava até o 13º andar, mas, mesmo assim, foram resgata-
das pessoas no 18º andar e no 21º andar com êxito.
A tragédia desse incêndio fez com houvessem várias discussões sobre segu-
rança predial e causou modificações nas normas de prevenção e nos métodos
de resgates das vítimas. Até 2013, essa catástrofe foi a mais grave e a maior da
capital de São Paulo, muitas regras foram implantadas é a presença dos chuvei-
ros automáticos nos edifícios na segurança contra o fogo.
Após lermos as histórias do incêndio do Edifício Joelma, percebe-se que os
equipamentos de combate ao incêndio da época eram insuficientes. Um exemplo
disso é que a escada magirus não alcançava grande parte do prédio para resga-
tar as pessoas, as vestimentas dos bombeiros possuam pouca tecnologia para
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demoraram a perceber que a casa estava em chamas, pois não possuía sinalização
de emergência e, dessa forma, as pessoas que não conheciam a casa noturna não
sabiam para onde ir. Os seguranças não foram informados rapidamente sobre
a liberação das portas para a saída, impedindo, por alguns minutos, a saída dos
frequentadores, além disso, a casa noturna possuía muitas grades para facilitar
a entrada e o deslocamento das pessoas em uma situação normal, mas durante
o incêndio, somado ao o pânico e a falta de luzes de emergência, tais obstáculos
dificultaram a saída das pessoas. Muitas pessoas morreram nos banheiros, pois
havia luz acesa; e quem não sabia para onde seguir, acabou indo para o banheiro,
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sem saída ou ventilação. Assim, 230 pessoas morreram asfixiadas e várias pes-
soas tiveram que ser socorridas nos hospitais.
Nesse incêndio, diferente dos anteriores, as vestimentas e materiais para com-
bate ao incêndio utilizados pelos bombeiros eram atuais, mas isso não foi suficiente
para evitar essa catástrofe, pois existiram vários erros antes do acidente acontecer,
alguns por negligência (apesar de conhecer as normas de segurança, elas foram
descumpridas) outros por imprudência, o que resultou nesse desastre. Um aci-
dente nessas proporções, geralmente, é muito difícil possuir um único culpado.
Por outro lado, tentamos nos colocar no lugar das pessoas que entraram
nessa casa noturna, quantas vezes deixamos de entrar em algum lugar por estar
vazio ou com pouco movimento achando que o local estava ruim? E quantas
vezes entramos em casas noturnas lotadas sem saber nem onde é a saída do local?
Posso dizer que eu mesma já deixei de entrar em locais com pouco movimento
e já entrei em casas noturnas que não conseguia nem andar sem se esbarrar em
alguém, mas a questão é que confiamos nos locais que frequentamos, lógico que
não é caso de deixar de frequentar tais locais, mas ficarmos atentos às entradas
e saídas de emergência e prestarmos atenção ao que está acontecendo ao nosso
redor. Quando as pessoas estão apavoradas, é normal elas se encaminharem para
onde várias pessoas estão indo, sejamos conscientes e verifiquemos as saídas nas
placas de emergência antes de nos dirigir para o local errado.
Após o incêndio na boate Kiss, vimos uma grande movimentação no país
inteiro para que as casas noturnas se adequassem com o Código dos Bombeiros,
vejamos isto pelo lado positivo, vários outros acidentes certamente foram evita-
dos com essa medida preventiva. Caro(a) aluno(a), para visualizar os vídeos dos
incêndios e da explosão, e para que você possa ter uma melhor visualização das
diferenças, vá ao final dessa unidade em Material Complementar – Na Web, visu-
alize todos os vídeos de cada um dos incêndios/explosão citados nessa unidade.
Durante o nosso curso, tenho certeza de que quando você entrar em algum
local, será normal vocês ficarem próximos às saídas de emergência ou mesmo
saber onde elas estão sem perceber, pois a visão da prevenção estará sendo cons-
truída no seu raciocínio lógico.
Nesse momento quero mostrar a diferença para vocês, a diferença entre
esses incêndios e as explosões dos estabelecimentos. Existem vários casos, um
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TEORIA DO FOGO
A partir de agora, iremos estudar como acontece o fogo, quais são as condições
necessárias e suficientes para que o fogo se inicie. Por isso, passarei para vocês
algumas definições que serão importantes. Todas as definições abaixo foram reti-
radas do Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT 003 – Terminologia de
Segurança Contra Incêndio, cada estado possui um código diferente que, em
muitos aspectos, coincidem, no caso das definições, que similares nos códigos.
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Vamos analisar as diferenças entre os seguintes conceitos: fogo, combustão,
incêndio e explosão.
Fogo é a resultante de uma reação química de oxidação (processo de
combustão), caracterizada pela emissão de calor, luz e gases tóxicos.
Para que o fogo exista, é necessária a presença de quatro elementos:
combustível, comburente (normalmente o Oxigênio), calor e reação
em cadeia (CSCIP-CB/PMPR, NPT 003, p. 23).
De acordo com a definição do fogo, para que exista fogo, é necessário que seus
elementos estejam em condições mínimas, ou seja, tenha o combustível, com o
mínimo de oxigênio, na temperatura correta e que produza uma faísca, a união
dessas condições produzirá uma chama, sendo que essa chama sob controle é o
fogo. Por exemplo a chama de um fósforo.
Figura 1: fogo na
sua plenitude
Teoria do Fogo
I
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o triângulo do fogo. Os três elementos são combustível, comburente e o calor.
TETRAEDRO DO FOGO
OS ELEMENTOS DO FOGO
Teoria do Fogo
I
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que a do ambiente. Ex: óleo, graxa.
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Os combustíveis líquidos, que são voláteis, são aqueles que quando abrimos o
recipiente em que estão contidos, conseguimos, em temperatura ambiente, sentir
seu cheiro, que são os vapores da substância. Os vapores são inflamados e, com
a ação do calor, a parte líquida evaporará para se inflamar. Já os combustíveis
líquidos não voláteis são aqueles que são necessários primeiro o aquecimento
depois estes se inflamam com a presença do oxigênio.
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Teoria do Fogo
I
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• Equipamentos autônomos de respiração e vestimentas protetoras devem
ser utilizados pela equipe de salvamento.
• Odor desagradável.
Fonte: FISQ – Ficha... (2012, online).
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Um dos exemplos mais simples de triângulo do fogo é uma vela acessa. Na qual
o combustível é a cera que envolve o pavio, o comburente é o oxigênio presente
no ar atmosférico e calor nesse caso é a chama do fósforo aceso.
Teoria do Fogo
I
PRINCÍPIO DA COMBUSTÃO
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QUANTO À VELOCIDADE DA COMBUSTÃO
■■ Segundo Camillo Jr. (2012, p.20), combustão lenta é aquela em que o fogo
só produz calor, não há chama, isto é, não há luz, e geralmente se pro-
cessa em ambientes pobres em oxigênio.
■■ De acordo Camillo Jr. (2012, p.20), combustão ativa é aquela em que o
fogo, além de produzir calor, produz também chama, isto é, luz, e se pro-
cessa em ambientes ricos em oxigênio.
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Princípio da Combustão
I
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oxigênio que o seu combustível está em contato.
Na combustão completa, reagimos o combustível com o oxigênio e o calor
e forma-se o gás carbônico e a água.
chama do seu fogão for alaranjada, ou seja, o combustível liberado pelo botijão
não está sendo consumido completamente.
PORCENTAGEM DE O2 NA COMBUSTÃO
Princípio da Combustão
I
PONTOS NOTÁVEIS
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ção ao calor.
O ponto de fulgor é definido segundo Camillo Jr. (2012, p.24 - 25), como:
[...] é a temperatura mínima necessária para que um combustível
desprenda vapores ou gases inflamáveis, que, combinados com o
oxigênio do ar em contato com uma chama, começam a se queimar,
mas a chama não se mantém porque os gases produzidos são ainda
insuficientes. É chamado ponto de lampejo ou flash point. Dizemos que
um combustível está em seu ponto ou temperatura de fulgor no momento
em que, ao aproximar uma chama externa aos gases desprendidos pelo
aquecimento e em contato com o oxigênio, um lampejo for emitido
(acende e, em seguida, apaga). Tomemos, como exemplo, o álcool num
dia frio. Se quisermos queimá-lo, só conseguiremos que se incendeie
efetivamente depois da terceira ou quarta tentativa de ateamento de
fogo.
Conforme Camillo Jr. (2012, p.25), a principal característica desse ponto é que,
se retirarmos a chama, o fogo se apagará por causa da pouca quantidade de
calor para produzir gases suficientes e manter a transformação em cadeia, ou
seja, manter o fogo.
De acordo com Seito et al, (2008, p.39), o ponto de fulgor é a menor tempe-
ratura em que ocorre um lampejo, provocado pela inflamação dos vapores da
amostra, pela passagem de uma chama piloto, ou ainda, a menor temperatura
em que a aplicação da chama piloto produz um lampejo provocado pela infla-
mação dos vapores desprendidos pela amostra.
Segundo o Código dos Bombeiros do Estado do Paraná, (NPT003, 2014.
p.36), ponto de fulgor é a menor temperatura na qual um combustível emite
vapores em quantidade suficiente para formar uma mistura com o ar na região,
de fulgor, pois não tem gases ou vapores suficientes para manter a combustão.
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Pontos Notáveis
I
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Figura 16: Temperatura de Ignição
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A classificação dos incêndios pode ser divida em duas formas quanto à propor-
ção e quanto aos combustíveis. A proporção é a extensão que seu incêndio pode
atingir e o combustível são as classes de incêndio, que são os combustíveis que
estão sendo incendiados. Gostaria que você prestasse bastante atenção na dife-
renciação das classes, pois a partir dela é que saberemos como devemos proceder
para sua extinção e como, possivelmente, será sua propagação.
sem mortos ou com poucos mortos, como podemos ter um incêndio de médias
proporções como no caso da Boate Kiss, com centenas de mortos.
■■ Princípio de incêndio - é o incêndio de mínimas proporções, embrio-
nário, e que pode ser facilmente extinto pela utilização de um ou mais
aparelhos extintores portáteis.
■■ Exemplos típicos de incêndios nesse caso são: fogo em uma cesta de lixo,
um aparelho eletrodoméstico incendiado.
■■ Pequeno incêndio - é o incêndio de pequenas proporções, normalmente,
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os objetos existentes dentro de um compartimento, porém, sem apresen-
tar perigo iminente de propagação e necessitando, na sua extinção, de
material e pessoal especializado.
Outros exemplos que podem ser tido como possíveis locais para pequenos incên-
dios são: cômodos de uma casa, como o quarto, a sala, ou um estabelecimento
comercial.
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Figura 18: Médio incêndio – casa
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COMBUSTÍVEL
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são estaduais, dependerá de cada estado.
Para combater o incêndio, o responsável deve conhecer as classes de fogo
possíveis de ocorrer no local, para que possa selecionar o melhor meio de com-
batê-lo. Sendo assim, para facilitar o combate ao incêndio, o fogo foi dividido
em classes (SALIBA, 2010, p.62).
Classe de incêndio é a classificação didática na qual se definem fogos de dife-
rentes naturezas. Adotada no Brasil em quatro classes: fogo classe A, fogo classe
B, fogo classe C e fogo classe D (CÓDIGO DOS BOMBEIROS DO ESTADO
DE SÃO PAULO, IT 03, 2014). Já existe uma tendência em incluir a classe K nos
códigos dos Bombeiros do Brasil, mas essa inclusão ainda não aconteceu, apenas
para completar a classe K é para a classe de materiais que incluem óleos vegetais
ou animais e cozinhas industriais.
Classe A
Segundo Saliba (2010, p. 62) e a Cartilha de Orientação do Corpo de Bombeiros
do Estado de São Paulo ( 2011, p.14) os materiais da classe A são materiais de
fácil combustão, com a propriedade de queimar em sua superfície e profun-
didade, que deixam resíduos como tecido, madeira, papel, fibras, etc. Já, no
Código dos bombeiros do Estado do Paraná (NPT 003, 2014 p. 23), a classe
A engloba fogos em sólidos de maneira geral.
Os materiais que se enquadram na classe A serão todos os sólidos que se
inflamam, alguns com mais facilidade outros com menos, devido à compo-
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Classe B
Conforme Saliba (2010, p. 62) e a Cartilha de Orientação do Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo (2011, p.15), a classe B engloba incêndios
em líquidos inflamáveis, ou seja, os produtos que queimam em sua superfí-
cie e não deixam resíduos quando queimados, como graxas, óleos, vernizes,
tintas, gasolina, etc.
Já, no Código dos bombeiros do Estado do Paraná (NPT 003, 2014, p. 23),
a classe B engloba incêndios em líquidos e gases inflamáveis ou combustíveis
sólidos, que se liquefazem por ação do calor e queima somente em superfície.
Os incêndios provenientes de materiais líquidos ou gases inflamáveis,
independente, dos líquidos voláteis ou não voláteis entram na classificação
de incêndios da classe B, sabemos que em alguns incêndios, será mais rápida
a queima (líquidos voláteis ou gases inflamáveis), e em outros a queima será
mais devagar (líquidos não voláteis), mas todos se inflamam com facilidade.
Caro(a) aluno(a), para visualizar o vídeo de incêndio da Classe C, vá até
a sessão de Material Complementar que fica no final desta unidade.
Classe C
De acordo com Saliba (2010, p. 62) e a Cartilha de Orientação do Corpo de
Bombeiros do Estado de São Paulo (2011, p.15), na classe C, são classifica-
dos quando ocorrem incêndios em equipamentos elétricos energizados, como
motores, transformadores, quadro de distribuição, fios etc.
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não estiver energizado, precisa ser analisado, possivelmente se enquadrará
em classe A, caso não possuírem acumuladores de energia como capacito-
res ou baterias.
Classe D
Segundo Cartilha de Orientação do Corpo de Bombeiros do Estado de São
Paulo (2011, p.15), os incêndios em metais que inflamam facilmente, como
o alumínio em pó, o magnésio, o carbonato de potássio etc. Não é permitido
jogar água neste tipo incêndio, pois, na presença da água, esses metais rea-
gem de forma violenta.
Já, no Código dos bombeiros do Estado do Paraná (NPT 003, 2014 p.
23), a classe D é considerada fogo em metais pirofóricos. Os materiais piro-
fóricos conhecidos são: o magnésio (Mg), o alumínio (Al), o urânio (U), o
sódio (Na), o potássio (K), o lítio (Li), o zircônio (Zr), o cálcio (Ca), o titâ-
nio (Ti) (SEITO et al, 2008, p. 37).
Caro(a) aluno(a), para visualizar o vídeo de incêndio da Classe D, vá até
a sessão de Material Complementar que fica no final da unidade.
Após visualizar os vídeos, percebemos que o incêndio da classe A foi mais
devagar, mas devido a sua extensão, são necessários vários métodos de extin-
ção. O incêndio de classe B, nos casos apresentados, sucumbiu em explosões.
O incêndio de classe C, na maior parte das vezes, necessita de desligamento
da rede, para que a sua extinção seja feita. Já o incêndio de classe D é o mais
difícil de ser extinto, não podendo ser apagado/contido com água em hipó-
tese nenhuma.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta unidade, conseguimos rever incêndios que você já pode ter visto na mídia,
mas o importante é mostrar que as catástrofes acontecem. Inclusive, tratamos da
primeira grande catástrofe envolvendo incêndio no Brasil, o incêndio do Gran
Circo Norte Americano, em 1961. Vimos, também, que os meios de socorro
melhoraram muito, as escadas magirus alcançam mais alto, as vestimentas dos
bombeiros estão fornecendo mais segurança aos bombeiros e a capacidade dos
caminhões dos bombeiros são maiores, isso tudo faz com que o socorro seja mais
rápido e eficiente, mas não evita que ocorra acidentes.
Na sequência, explicamos sobre o quadrado do fogo e seus quatro elemen-
tos que são: o combustível, o comburente, a fonte de calor e a reação em cadeia.
Percebemos que, quando esses elementos estiverem nas condições propícias, o
fogo se iniciará. O combustível é todo material que queima; o comburente é o
oxigênio; a fonte de calor é qualquer faísca; superaquecimento em máquinas ou a
chamas é a reação em cadeia e é, também, o que o torna a queima autossustentável.
Considerações Finais
I
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mas e, também, e um conhecimento que deverá acompanhar vocês por todas
as unidades que é a classificação dos incêndios, lembramos que existe classe A,
B, C e D, ou seja, classe A engloba materiais sólidos, a classe B engloba os líqui-
dos ou gases inflamáveis, a classe C engloba os materiais elétricos energizados e
a classe D engloba metais pirofóricos.
Na próxima unidade, iremos aprender como se extingue e como se pro-
paga o fogo.
COMBATE
O combate inicia-se quando não foi possível evitar o surgimento do incêndio, preferen-
cialmente, sendo adotadas as medidas na seguinte ordem:
• salvamento de vidas;
• isolamento;
• confinamento;
• extinção, e
• rescaldo.
• (*) as operações de proteção de salvados e ventilação podem ocorrer em qualquer
fase.
• sistema de hidrantes:
• localização de registro de recalque dentro do pátio interno de empresas, sendo
que deveria estar no passeio público próximo à portaria;
• falta de tubulação de retorno de 6 mm de diâmetro da expedição da bomba à
sua introdução, para evitar superaquecimento quando funcionar sem vazão - é
exigida somente para vazões superiores a 600 l/min;
• falta de botoeira liga-desliga alternativa quando for projetado sistema automati-
zado de acionamento das bombas;
• o acionamento nesse caso é automático, mas a parada da bomba principal dever
ser exclusivamente manual - tal procedimento visa evitar que uma pessoa que
possa estar combatendo um incêndio seja prejudicada pelo desligamento aciden-
tal;
• não consideração de cotas altimétricas no dimensionamento da bomba de incên-
dio;
• não localização de hidrantes próximo às portas, sendo que em alguns casos teria
uma pessoa que passar pelo incêndio para chegar até um hidrante que supôs-se
utilizar para combater o mesmo.
• saídas de emergência - NBR 9077/93:
• inexistência de captação de ar externo para o duto de entrada de ar - erroneamen-
te sai diretamente do térreo, na laje e em local fechado. Deve haver prolongamen-
to na mesma área ou maior até o exterior do prédio de forma a aspirar ar puro que
possa subir até os locais desejados;
• falta de corrimãos em ambos os lados das escadas;
• arco de abertura da porta corta-fogo secando a curvatura da escada, sendo que
no máximo pode tangenciar a mesma;
• a descarga de todos os pavimentos no pavimento térreo deve ser isolada da desci-
da até os pavimentos mais baixos a fim de evitar a descida até eles e permitir que
mais rapidamente se alcance local seguro;
• todas as portas de acesso às escadas de segurança devem ser do tipo corta-fogo,
que devem abrir no sentido da saída dos ocupantes;
• projeto de passagem de instalações elétricas, hidráulicas, dutos de lixo, gás com-
bustível nas paredes da escada ou até mesmo dentro delas; as únicas permitidas
são as instalações elétricas da própria escada;
• falta de barras antipânico nas portas de emergência de locais de reunião como
cinemas, teatros, casas de espetáculos, salões de baile, danceterias, “karaoke” etc;
• falta de dimensionamento da largura e caminhamento para as portas de saída de
acordo com o cálculo da população máxima possível do local.
• extintores portáteis e sobrerodas (NBR 12692, 12693):
• não previsão para riscos especiais como caldeiras, cabinas elétricas, casas de má-
quinas de elevadores, depósitos de gás combustível que deverão possuir apare-
lhos adequados e exclusivos para eles;
• não previsão de tipos diferentes em um mesmo piso, de forma a atender princí-
pios de incêndio em materiais diversos;
• normalmente quando é exigido o extintor sobre-rodas (carretas) instala-se ape-
nas um; sendo que deverão ser projetados atendendo à classe de material que
vai queimar, caminhamento, área de cobertura e atendimento exclusivamente no
piso em que se encontram.
Para ler na íntegra, acesse o link disponível em: <http://wwwp.feb.unesp.br/jcandido/
higiene/artigos/prevencao_inc.htm>. Acesso em: 14 dez. 2015.
Fonte: Leis... (online).
MATERIAL COMPLEMENTAR
O vídeo é uma simulação sobre o incêndio do GRAN CIRCUS NORTE AMERICANO de 1961.
<https://www.youtube.com/watch?v=aTZOwHEV5So>.
Este vídeo trata do incêndio do Edifício Joelma e como era o salvamento na época desse incêndio.
Acesse o link disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-3RRsCQb1kY>.
O vídeo aborda o incêndio da Boate Kiss, acesse o link disponível
em: <http://g1.globo.com/fantastico/videos/t/edicoes/v/
fantastico-faz-reproducao-do-ambiente-da-boate-kiss/2384397/>.
O vídeo trata de uma explosão. Observe a rapidez da explosão em comparação com os incêndios.
Acesse o link disponível em:<https://www.youtube.com/watch?v=qpTK9CiREGg>.
Pontos Notáveis
Caso queira ver na íntegra as definições que trabalhamos ao longo desta unidade,
acesse o link disponível em: <http://www.bombeiroscascavel.com.br//modules/
mastop_publish/?tac=CSCIP_2014>.
Material Complementar
Professora Dra. Ana Elisa Lavezo
PROPAGAÇÃO, EXTINÇÃO E
II
UNIDADE
CLASSES DE RISCO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Analisar as formas de propagação de um incêndio.
■■ Entender as formas para extinguir um princípio de incêndio.
■■ Compreender a NR 23 – Proteção contra incêndio, para fins de
pesquisa.
■■ Obter as classes de risco das diferentes edificações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Formas de Propagação
■■ Formas de Extinção
■■ NR 23 - Proteção Contra Incêndio
■■ Classe de Risco das Edificações
55
INTRODUÇÃO
Introdução
II
©shutterstock
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
FORMAS DE PROPAGAÇÃO
As formas de propagação nada mais são do que como nosso incêndio pode
transmitir seu calor, gerando outros focos de fogo, existindo três formas dessa
transmissão que são a condução, a convecção e a irradiação.
Segundo Miranda Jr. et al (2005), o fogo pode se propagar pelo contato da
chama com outros combustíveis ou por meio do deslocamento de partículas
incandescentes ou pela ação do calor, transmitindo o calor de várias formas.
O fogo se propaga por contato direto da chama com os materiais com-
bustíveis, pelo deslocamento de partículas incandescentes, que se des-
prendem de outros materiais já em combustão, e pela ação do calor. O
calor é uma forma de energia produzida pela combustão ou originada
do atrito dos corpos. Ele se propaga por três processos de transmissão:
condução, convecção e irradiação (CAMILLO Jr., 2012, p. 28).
CONDUÇÃO
©shutterstock
Figura 1: Formas de transferência de calor por condução
Condução
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
extremidades da viga, provocando nela um aquecimento capaz de, por condu-
ção, transmitir o incêndio por toda a viga e para os materiais próximos a ela,
causando um incêndio em grandes proporções. Sem contar que a viga chegará a
uma temperatura muito alta, o que a tornará flexível, provocando até um desmo-
ronamento, ou seja, fazendo vir abaixo toda a estrutura do barracão (CAMILLO
Jr., 2012).
Dessa forma, podemos concluir que a condução sempre acontecerá quando
os materiais estão encostados uns nos outros e o calor passa molécula a molécula,
sem carregar as moléculas o que passa é o calor que faz com que as moléculas
vibrem também.
CONVECÇÃO
2012, p. 30).
Convecção
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tando até que chega à temperatura de combustão e gera outro foco de fogo.
IRRADIAÇÃO
A irradiação, por sua vez, não precisa nem do contato e nem da fumaça para
que o calor irradiado gere focos de fogo ou novos focos de fogo. É necessário,
apenas, que as ondas caloríficas irradiem calor para os combustíveis ao lado
da fonte, que está gerando essas ondas e, dessa forma, aqueça o combustível,
gerando novo foco de fogo.
Conforme Código dos Bombeiros de SP – IT 02 (2015, p.96),
[...] a irradiação acontece por meio de um gás ou do vácuo, na forma de
energia irradiante. Já segundo a EPOQS (2008, p. 20) é a transferência do
calor através de ondas eletromagnéticas, denominadas ondas caloríficas
ou calor radiante. Neste processo não há necessidade de suporte material
nem transporte de matéria. A irradiação passa por corpos transparentes
como o vidro e fica bloqueada em corpos opacos como a parece. Ex: O
calor propagado de um prédio para o outro sem ligação física.
Irradiação
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
de raios ou ondas e também o calor que sentimos no rosto quando nos
aproximamos do fogo. Num grande incêndio de um prédio, por exem-
plo, vários outros prédios ao seu redor ficam queimados em virtude
da irradiação do calor. São chamados incêndios secundários, em que,
apesar de as chamas não aflorarem, as consequências são semelhantes
às dos incêndios primários.
FORMAS CONCEITO
Essa transferência é feita de molécula a molécula sem que
Condução
haja transporte da matéria de uma região para outra.
O calor é transmitido através de uma massa de ar aquecida,
que se desloca do local em chamas, levando para outros lo-
Convecção cais as quantidades de calor suficientes para que os materiais
combustíveis aí existentes atinjam seu ponto de combustão,
originando outro foco de fogo.
A irradiação ocorre quando o calor é transmitido por ondas;
Irradiação nesse caso, o calor é transmitido através do espaço, sem utili-
zar nenhum meio material.
Irradiação
II
FORMAS DE EXTINÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Caro(a) aluno(a), você já se envolveu em um princípio de incêndio em que
não sabia a forma mais adequada de proceder sua extinção?
Fonte: a autora.
ISOLAMENTO
De acordo com Miranda Jr. et al. (2005), o método que consiste na extinção por
retirada do material ou isolamento possui duas técnicas: a retirada do material
que está queimando e a retirada do material que está próximo ao fogo. Acabando
o combustível, o incêndio se extingue mais rapidamente.
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17), o
isolamento trata-se de retirar do local o material (combustível) que está pegando
fogo e, também, outros materiais que estejam próximos às chamas.
Isolamento
II
A figura 7 mostra uma das formas de isolamento utilizada quando grandes áreas
são incendiadas, para o confinamento do incêndio. Com as demais formas apli-
cadas juntamente á área atingida, o incêndio pode ser extinto.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
De acordo com Mattos e Másculo (2011, p. 161),
A atuação no combustível consiste na retirada do material ainda não
atingida pelo fogo. Muitas vezes, no caso de incêndios de penetração,
como em silos e em pilhas de materiais combustíveis sólidos, ou de
incêndios em florestas, tanques de armazenamento de fluidos inflamá-
veis e outros, o único método de extinção disponível é a remoção do
combustível não queimado da área do incêndio.
RESFRIAMENTO
De acordo com Miranda Jr. et al. (2005), o método que consiste na extinção por
retirada do calor ou resfriamento se dá pela diminuição da temperatura e elimi-
nação do calor, até que o combustível não gere mais gases ou vapores e se apague,
ou que gere poucos gases que não sejam suficientes para manter a combustão.
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17),
trata-se de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas. Segundo
Camillo Jr. (2012, p. 23), quando retiramos o calor do fogo, até que o combus-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
tível não gere mais gases nem vapores e se apague, dizemos que extinguimos o
fogo pelo método de resfriamento.
De acordo com Saliba (2010), Mattos e Másculo (2011), o método mais
empregado e no caso de incêndios em materiais combustíveis comuns, como
papel, plástico, madeira, palha, e o mais eficiente é extinguir o fogo mediante a
remoção do calor do combustível, diminuindo, assim, a taxa de evaporação até
o fogo cessar. O agente usado comumente para combater incêndios por resfria-
mento é a água.
©shutterstock
Resfriamento
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se observarmos a figura 10, veremos uma exemplificação do quadrado do fogo,
pois, quando temos um incêndio, todos os elementos do quadrado do fogo estão
ativos e se quisermos fazer a extinção desse incêndio mediante da ausência do
calor, teremos que aplicar o resfriamento, que nada mais é que a retirada do
calor. Exemplos desse método podem ser observados quando têm-se incêndios
de prédios e os bombeiros resfriam o local, jogando água.
ABAFAMENTO
De acordo com Miranda Jr, et al. (2005), o método que consiste na extinção por
retirada do comburente ou abafamento ocorre na diminuição ou impedimento
do contato de oxigênio com o combustível. Quando a quantidade de combustí-
vel estiver muito baixa, não ocorre a combustão.
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.17),
o abafamento trata de diminuir a temperatura (calor) do material em chamas.
Segundo Camillo Jr. (2012, p. 23) consiste na retirada do comburente, evitando-se
que o oxigênio contido no ar se misture com os gases gerados pelo combustível
e forme uma mistura inflamável.
Abafamento
II
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: 9ºGB e DSCI – CBPMESP.
EXTINÇÃO QUÍMICA
De acordo com Miranda Jr., et al. (2005), a extinção química ocorre quando inter-
rompemos a reação em cadeia. A quebra da reação em cadeia extingue, também,
o incêndio. Este método consiste no seguinte: o combustível, sob ação do calor,
gera gases ou vapores que, ao se combinarem com o comburente, formam uma
mistura inflamável. Quando lançamos determinados agentes extintores ao fogo,
suas moléculas se dissociam pela ação do calor e se combinam com a mistura infla-
mável (gás ou vapor mais comburente), formando outra mistura não inflamável.
Conforme a Cartilha de Orientações Básicas do CBPMESP (2011, p.18):
Extinção Química
II
A reação em cadeia é quando todos os elementos estão nas condições ideais para
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ocorrer uma combustão e, por isso torna a queima autossustentável, então, para
que possamos quebrar o quadrado do fogo precisaríamos da extinção química,
que, atualmente, não está mais sendo utilizada. Assim, utilizam-se todos ou quase
todos os métodos de extinção juntos para conseguir quebrar a reação em cadeia.
Para retomar os conteúdos já trabalhados, observe a tabela 2, nela contém
o método de extinção e a retirada de um dos elementos do tetraedro do fogo.
Acadêmico(a), vamos pensar, será que algum dia você já obstruiu um extin-
tor ou hidrante nem que seja por poucos minutos? Já parou para pensar se
sua vida dependesse daquele extintor ou hidrante que está obstruído por
sua causa?
Fonte: a autora.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
o empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações sobre:
a. utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b. procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c. dispositivos de alarme existentes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Caro(a) aluno(a), caso queiram consultar alguns dos regulamentos deixo
disponível no Material Complementar WEB, o site desses regulamentos.
Caso você não encontre seu estado, é possível que você encontre na internet.
Nessa última parte da nossa segunda unidade, veremos que segundo Fernandes
(2010), as edificações poderão ser classificadas em diversos aspectos, ado-
tando as Normas Brasileiras e o Código de Prevenção de Incêndios dos
Estados, quanto à construção, ou seja, o material que sua edificação foi cons-
truída (madeira, concreto, alvenaria, ferro) e quanto ao risco de incêndio,
que pode ter em áreas isoladas, compartimentadas ou incorporadas. Dessa
forma, vamos, a seguir, explicar os tipos de cada um deles.
QUANTO À CONSTRUÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
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Figura 17: Edificações classificadas em risco leve
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Açougue, artigos de
bijuteria, metal ou vidro,
automóveis, ferragens,
C-1 comércio leve
floricultura, material
fotográfico, verduras e
vinhos
C
Edifícios de lojas de
departamentos, droga- moderado
rias, tintas e vernizes,
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C-2 comércio
magazines, galerias
comerciais, mercados e
supermercados, etc. elevado
quer outra área de risco por espaços desocupados, com distância igual
ou superior calculadas pelo código dos bombeiros de cada estado ou
recomendadas pelo corpo de bombeiros da sua cidade ou estado. As cons-
truções em lotes de terrenos distintos, independentes estruturalmente e
sem aberturas comuns, serão computadas como áreas de risco isoladas,
ou seja, significam que caso uma edificação se inflame, as outras como
estão isoladas, não correm o risco de se incendiarem também.
Na Figura 20, mostra que as áreas são isoladas, ou seja, respeita as distân-
cias mínimas determinadas pelo código dos bombeiros de cada estado
e, dessa forma, garante que o incêndio em uma edificação, não atingirá
outra no mesmo terreno.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
seja, não respeitam as distâncias mínimas determinadas pelo código
dos bombeiros de cada estado, para edificações no mesmo terreno, mas
possuem parede, porta ou muro corta-fogo, que trazem uma resistência
ao incêndio e, dessa forma, garantem que o incêndio em uma edificação,
não atingirá outra, por determinado tempo, no mesmo terreno.
Figura 21: Exemplo de área de risco compartimentada com porta, parede ou muro corta fogo
Fonte: Fernandes (2010, p.18).
Resumindo, caso possua mais de uma edificação no mesmo terreno e esta esti-
ver com uma distância igual ou superior ao que o código dos bombeiros ou o
corpo de bombeiros recomendar, a área de risco se encontra isolada. Se a distân-
cia for menor que a recomendada e possuir parede, muro ou porta corta-fogo,
será uma área compartimentada e, se além de estar com uma distância inferior
não possuir nenhum mecanismo que retarde a propagação do fogo, então, sua
área de risco será incorporada.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
fogueira ou aquecedor.
Em seguida, vimos as formas de extinção de incêndios. Vimos, também,
o tetraedro do fogo e as quatro formas de extinção, que são: o resfriamento, o
abafamento, o isolamento e a extinção química. Basicamente, no resfriamento,
jogamos água para diminuir o calor dos materiais; no abafamento, precisamos
retirar o comburente, ou seja, o oxigênio; no isolamento, quando retirarmos o
combustível e, por fim, a extinção química, utilizando materiais que possuem
halogenados.
Depois, vimos que a NR 23 – Proteção contra incêndios − foi modificada
e, por isso, devemos seguir o código dos bombeiros de cada estado ou cartilhas
disponíveis e, também, as NBR para que de forma correta, possamos manusear
extintores de incêndios, guardar/enrolar as mangueiras de hidrantes etc. Os esta-
dos que não possuem o código dos bombeiros deveM pedir instrução no Corpo
de Bombeiros da cidade.
E, por fim, falamos do grau de risco das edificações; vimos que podemos divi-
dir em tipos de construção e risco de incêndios. Quanto ao tipo de construção,
podem ser combustíveis: a (madeira), o incombustível (concreto) e resistente ao
fogo, a (alvenaria de tijolos ou estruturas de ferro). E, em seguida terminamos
esta unidade abordando o risco de incêndio, que pode leve, moderado ou elevado,
e as áreas de risco podem estar isoladas, compartimentadas ou incorporadas.
Na próxima unidade, iremos aprender os tipos e formas de utilização dos
extintores.
9. Pontas de Cigarros: quase sempre joga-se as pontas de cigarros sem ter certeza de
que elas estejam apagadas completamente. Outras vezes, as pessoas adormecem dei-
xando o cigarro aceso. Portanto devemos sempre molhar ou amassar as pontas antes de
serem jogadas no lixo, principalmente nos locais onde armazenam papéis.
10. Vazamento de Gás Liquefeito de Petróleo (G.L.P.): o GLP é acelerador de incên-
dio em potencial. O botijão que está em uso fica conectado ao fogão, por meio de um
tubo plástico que incendeia com facilidade, em razão do material que é constituído,
isto ocorrendo, teremos acesso ao gás, pois o registro está aberto, o botijão reserva que
está ao lado, poderá receber calor suficiente para romper a válvula de segurança, pro-
vocando a propagação do fogo por todo o prédio. Devemos colocar tais recipientes fora
da residência, conectando-o por uma mangueira resistente preconizada pelo Conselho
Nacional de Petróleo, que contém data de validade.
11. Ignição ou Explosão de Produtos Químicos: alguns produtos químicos ou infla-
máveis, em contato com o ar ou outros componentes, poderão incendiar-se ou explodir.
Em função disso, devem ser acondicionados em locais próprios e seguros, evitando-se,
assim, qualquer acidente ao manipulá-los, procure sempre a orientação de um técnico
especializado.
12 - Instalações Elétricas Inadequadas: as improvisações em instalações elétricas na
construção, reforma ou ampliação são responsáveis pela maioria dos incêndios, portan-
to, devemos seguir as orientações de pessoas capacitadas.
13. Trabalhos de Soldagens: nos aparelhos de solda, alimentados com acetileno e oxi-
gênio, em caso de vazamento, isso pode gerar um incêndio, além disso, a própria chama
do maçarico, atingindo materiais combustíveis, provocará tal sinistro.
14. Ação Criminosa: muito mais do que imaginamos, incêndios são provocados por
pessoas maldosas, principalmente, no local de trabalho, pelo simples prazer de vin-
gança. Também alguns proprietários, visando obter lucros do seguro, usam da mesma
atitude. Nesses casos, as causas normalmente são detectadas facilmente, e as pessoas
envolvidas respondem, judicialmente, pelo delito.
Fonte: Apostila...(online, 2008).
MATERIAL COMPLEMENTAR
Os códigos ou cartilhas citadas na unidade podem ser encontrados na internet. Lembro a todos
que as normas que iremos enfatizar são as do Distrito Federal, São Paulo e Paraná. Essas normas
são completas e divididas para facilitar a consulta, ou seja, cada assunto sobre incêndios que
você tiver dúvida terão uma norma própria. Em seguida, mostraremos alguns desses códigos ou
cartilhas:
Código dos bombeiros do distrito federal
<https://www.cbm.df.gov.br/2012-11-12-17-41-39/
legisla%C3%A7%C3%A3o-e-normas-t%C3%A9cnicas>.
Corpo de Bombeiros de SP
<http://www.corpodebombeiros.sp.gov.br/novo/site/corpo_bombeiros.php>.
Corpo de Bombeiros de RJ
<http://www.cbmerj.rj.gov.br/index.php/o-cbmerj/informacoes-tecnicas>.
Corpo de Bombeiros de MS
<http://www.bombeiros.ms.gov.br/index.php?inside=1&tp=3&comp=&show=6930>.
Corpo de Bombeiros de MT
<http://www.cbm.mt.gov.br/?f=biblioteca>.
Corpo de Bombeiros de PR
<http://www.bombeiros.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=316>.
Corpo de Bombeiros de RS
<http://www.cbm.rs.gov.br/Legislacao/instrucoes_normativas/Instrucao_Normativa_001.1_2014.
pdf>.
Professora Dra. Ana Elisa Lavezo
III
MATERIAIS E
UNIDADE
EQUIPAMENTOS MÓVEIS DE
COMBATE AO INCÊNDIO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender os diferentes tipos de agentes extintores.
■■ Compreender como proceder, no uso de extintores, em caso de
princípio de incêndios, recargas e seus tipos.
■■ Analisar as normas sobre os extintores de incêndios.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Agentes Extintores
■■ Extintores de Incêndios
■■ Normas sobre os extintores de incêndios
91
INTRODUÇÃO
res existentes, que são: água, pó químico seco (PQS), que pode ser o PQS (ABC)
e o PQS (BC), gás carbônico (CO2), espuma mecânica. Mostraremos as diferen-
ças entre os agentes e como cada agente se enquadra para extinguir o fogo, dessa
forma, conseguiremos entender que cada classe tem o seu método de extinção
e que, dependendo do método utilizado, ao invés de extinguir o fogo, aumenta
ou espalha o fogo.
Após termos explicado sobre os agentes extintores, veremos que essas subs-
tâncias podem ser acopladas em equipamentos móveis de combate ao incêndio, os
quais são os extintores portáteis ou os extintores sobre rodas. Nessa parte, mos-
traremos os tipos de extintores, descreveremos os tipos de inspeção, manutenção,
forma de utilização, tempo de recarga e descarga. Discutiremos as sinalizações
de emergência para extintores, por exemplo, em caso de incêndio, de qual forma
essas sinalizações ajudariam para encontrar os extintores.
Por fim, nesta unidade, mostraremos as normas sobre extintores de três
diferentes códigos dos bombeiros (DF, SP, PR), veremos que esses códigos são
semelhantes e, por isso, sempre utilizaremos os mesmos. Por meio deles, percebe-
remos a demarcação, a forma correta de demarcação e instalação do seu extintor.
Bons estudos a você e, caso haja alguma dúvida, assista às aulas e pergunte
tanto para mim, a autora do livro, como para os tutores.
Introdução
III
©shutterstock
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
AGENTES EXTINTORES
ÁGUA
O primeiro agente extintor que estudaremos é a água, pois é o agente que existe
em abundância. Sua ação extintora é o resfriamento (retirada do calor), podendo
ser empregado tanto no estado líquido como no gasoso. No estado líquido, pode
ser utilizado sob a forma de jato sólido, chuveiro e neblina. Nas formas de jato
sólido, compacto e chuveiro, sua ação extintora é somente o resfriamento. Na
forma de neblina, sua ação extintora é resfriamento e abafamento. A água no
estado gasoso é aplicada em forma de vapor. A água é condutora de corrente
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Para Seito et al. (2008 apud FERREIRA, 1987), a água é o agente extintor que
proporciona a melhor absorção de calor, sendo que o poder de extinção pode
ser aumentado ou diminuído, conforme a forma que é aplicado sobre o fogo.
Pode proporcionar os seguintes métodos de extinção: por resfriamento, abafa-
mento e emulsificação.
©shutterstock
Agentes Extintores
III
Como podemos notar, a água pode ser utilizada como agente extintor para os
métodos de extinção de resfriamento prioritariamente e, secundariamente,
por abafamento. O que resultará na diferença desses métodos de extinção é
o jato que irá ser empregado, esses jatos são produzidos por diferentes tipos
de esguicho (em hidrantes). Dessa forma, vamos entender os tipos de jatos
existentes, os quais podem ser aplicados de quatro formas básicas: jato sólido,
compacto, neblina e chuveiro.
O jato tipo sólido é o mais utilizado na maioria dos hidrantes, formado
por um tubo único e totalmente denso de água, tipo tronco-cônico, não sendo
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
oco internamente. A água sai do esguicho com a forma de um tubo cilíndrico
e comprido, apresentando características de volume e forma bem definidas,
como se fosse um filete. Esse jato é produzido pelo esguicho agulheta e é uti-
lizado para atingir locais com maiores distâncias, como incêndios que exigem
penetração nos materiais combustíveis ou grande volume de água (CAMILLO
Jr., 2012).
De acordo com Camillo (2012), o jato compacto é um jato fornecido pelo
esguicho regulável, esse jato possui o centro oco, pois os filetes de água são
produzidos pelas ranhuras externas da parte frontal do esguicho. Devemos
tomar bastante cuidado para não confundir esse jato com o jato sólido, pois
ambos possuem formato e vazão diferenciados. Já Seito et al. (2008) menciona
que o jato compacto extingue o incêndio por resfriamento e o seu sucesso
depende, essencialmente, de se conseguir a vaporização da água na imediata
proximidade do objeto incendiado.
Quando falamos sobre o jato chuveiro, temos que visualizar que é um
jato formado por:
[...] pequenas gotas de água que se assemelham a uma chuva. É pro-
duzido pelo esguicho regulável e tem a aparência de um cone de 90º
com a abertura voltada para frente. É utilizado para a aproximação
em incêndios, pois fornece ótima proteção do calor irradiado e tam-
bém tem grande poder de cobertura, ajudando a extinguir rapida-
mente as chamas. Pode ser utilizado também com um cone de 45º
que atinge maior distância no combate ao incêndio e ainda fornece
uma razoável proteção ao calor irradiando (CAMILLO Jr., 2012, p.
94-95).
A água em jato sob a forma de vapor, com esguichos especiais e com bombas
de pressão, é aquela fragmentada em pequeníssimas partículas, de diâmetro
quase que microscópico, chamada também de neblina. A água na forma de
neblina apresenta a máxima de superfície em relação ao conteúdo líquido que
a compõe, é borrifada em pequenas e finas quantidades na forma de névoa.
Disso resulta a máxima capacidade prática para a absorção do calor. A quase
totalidade de água assim empregada no combate a incêndios é transformada
em vapor, que continua agindo por abafamento, aumentando, dessa forma, o
poder extintor da água, sobretudo em locais confinados (SEITO et al. 2008,
p. 233 apud FERREIRA, 1987).
Para utilizar, então, o método de extinção de resfriamento e abafamento
juntos, temos que produzir um jato chamado neblina, que é obtido por inter-
médio de esguicho especial e com bomba de pressão. Assim, conseguimos
os dois métodos de extinção utilizados em incêndios em líquidos inflamá-
veis viscosos.
Agentes Extintores
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
resíduos corrosivos, que combate incêndios pela redução do nível de
oxigênio do ambiente protegido para valores abaixo de 13,86%, im-
possibilitando a respiração humana. O CO2 é utilizado em extintores
portáteis e principalmente na indústria, na proteção de geradores de
energia elétrica, laminadores, máquinas gráficas, tanques de óleo, for-
nos, dutos, armazenamento de líquidos inflamáveis etc.
ESPUMA
De acordo com Camillo Jr. (2012), uma espuma, para ser eficiente, deve:
■■ Possuir velocidade de extinção: possuir uma velocidade de dissipação
rápida para obter uma cobertura em cima do combustível até a extinção
total do fogo.
■■ Ser eficiente na contenção dos gases: a cobertura tem que conter os gases
inflamáveis e diminuir os riscos da volta do fogo.
Agentes Extintores
III
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pode ser utilizado em incêndios classe A, classe B. Quando utilizar em classe A,
verificar a necessidade de utilizar a água depois, para abaixar a temperatura dos
materiais, assim não há o risco de o incêndio voltar.
Conforme Mello (2011), o agente extinto, Pó Químico Seco, pode ser classi-
ficado, de acordo com o combustível, em:
a. Pó Químico Regular (Comum): empregado em incêndios de classe B e
C, tendo em sua composição a base de bicarbonato de sódio ou bicar-
bonato de potássio;
b. Pó Químico para Múltiplos Propósitos: empregado em incêndios classe
A, B e C, tendo em sua composição a base de fosfato de amônio ou
fosfato de magnésio;
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Agentes Extintores
III
eficiente nas chamas, mas o como não possui poder de resfriamento o torna
não recomendado, pois os incêndios em classe A sempre estão na superfí-
cie e na profundidade, dessa forma, a ação não será eficiente na profundida.
O PQS (ABC) de monofosfato de amônia apresenta considerável efici-
ência em incêndios de classe A, pois, quando aquecido, se transforma em
um resíduo fundido, aderindo a superfície do combustível e isolando-o do
comburente (MELLO, 2011, p. 38). Não é indicado em incêndios em óleos e
gorduras, pois não ocorrerá a reação de saponificação, devido ao fato de ser
outra reação química.
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Nos incêndios classe D, também conhecidos como incêndios em mate-
riais pirofóricos ou metais combustíveis, não é recomendável a utilização dos
pós-químicos comuns usados nas classes A, B e C, mas, sim, os chamados
pós-químicos especiais. O pó químico especial é, normalmente, encontrado
em instalações industriais, que utilizam esses tipos de metais, ou em seus
depósitos. Tendo em vista a peculiaridade dos diferentes materiais pirofó-
ricos, agentes extintores específicos devem ser pesquisados para cada caso
(MELLO, 2011, p. 38).
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Sim
A Não Sim (Indicado) Não
(Razoável)
Sim Sim Sim (Indica-
B Não
(Indicado) (Indicado) do)
Não Sim Não
Sim
C (Risco do ope- (Pode danificar o (Risco do
(Indicado)
rador) aparelho) operador)
D Não Não Só PQS especial Não
Tempo 6 kg 10 litros 4 kg 10 litros
médio de
descarga 25 s 60 s 10 s 60 s
Agentes Extintores
III
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EXTINTORES DE INCÊNDIOS
nem qual a diferença entre os extintores, qual extintor que extingue qual tipo
de fogo, essas são as mínimas informações que precisamos para que possamos
extinguir um princípio de incêndio de forma segura e eficiente.
Os extintores sobre rodas ou carreta são extintores de grande volume, que,
para facilitar seu manejo e deslocamento, são montados sobre rodas. As carretas
são posicionadas em locais onde há grande quantidade de materiais estocados,
não podem ter degraus onde estiverem localizados e ter abertura suficiente para
a passagem do extintor. A forma de utilização é similar dos extintores portá-
teis, cobrindo uma área de risco maior, seguindo o que o código de cada estado
determinar.
Conforme Mattos e Másculo et al. (2011), é importante observar que, no
Brasil, existem diversas normas que regulamentam esse assunto, sendo diferen-
tes entre si. Há a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), o Instituto
de Resseguros do Brasil, a Norma Regulamentadora 23 (NR-23) do Ministério
do Trabalho e as Normas dos Corpos de Bombeiros Estaduais1, além de algumas
normas municipais. Dessa forma, antes de se iniciar um projeto de extintores,
deve-se verificar para que órgão será enviado, escolhendo-se as normas mais
exigentes e observando as peculiaridades de cada órgão.
De acordo com Camillo (2012), os extintores são constituídos por um reci-
piente de aço, cobre, latão ou material metálico equivalente, contendo em seu
interior um agente extintor. Aqueles podem ser divididos em portáteis, quando
manuais, e operados por um único indivíduo, ou carretas, quando sobre rodas,
1 Cada Estado possui a sua, mas as normas dos corpos de bombeiros mais completas são de Brasília (DF),
São Paulo e Paraná, sendo que as duas últimas são similares.
Extintores de Incêndios
III
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internacional de identificação, no qual constarão as classes de incêndios, que o
extintor indicar (CAMILLO Jr., 2012).
Por meio da figura 03, verifica-se que quando se tem incêndios de classe A,
combustíveis sólidos, será identificado no extintor um triângulo verde; classe
B, líquidos inflamáveis, sendo identificado como quadrado vermelho; classe C,
materiais elétricos energizados, sendo identificado como círculo azul; classe D,
metais pirofóricos, sendo identificado como estrela amarela. Com os símbolos,
espera-se que se torne mais fácil e rápida a identificação em caso de um princí-
pio de incêndio.
Extintores de Incêndios
III
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pressurizada, gás carbônico e classe D, os quais iremos estudar na sequência.
EXTINTORES DE ESPUMA
e mais usual é o extintor sobre rodas (tipo carreta) com 50 litros, conforme a
norma ABNT NBR 15809, com certificação pelo INMETRO. O segundo é um
extintor portátil de espuma, conforme a norma ABNT NBR 15808, com certifi-
cação pelo INMETRO, a carga de agente extintor de 9 litros.
Extintores de Incêndios
III
Depois dos extintores, vamos conhecer os rótulos mais de perto. Na figura 06,
o primeiro rótulo é do extintor de espuma mecânica de carreta e o segundo, do
portátil.
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Figura 6: Rótulos dos extintores de incêndio de espuma mecânica4
Fonte: <http://maragna.com.br/sinalizacao/rotulos/carreta-espuma-mecanica-rotulo-carreta-espuma-
mecanica-pressurizac-o-direta-50-lt.html>. <http://maragna.com.br/sinalizacao/rotulos/07051-g-
espuma-mec-nica-rotulo-modelo-standard-espuma-mecanica-pressurizada-9-e-10-lt.html>.
Todas as Normas Brasileiras (NBR) que citamos na unidade, você pode aces-
sar o site seguinte, para ter maiores esclarecimentos, além de poder verificar
qual norma está em vigor. Caso a norma tenha sido cancelada, o site indica
a norma que substituirá a cancelada.
Disponível em: <http://www.abntcatalogo.com.br/>.
Acesso em: 11 dez. 2015.
Fonte: a autora.
recomendável o seu uso, visto que, onde haja circuitos com componentes elé-
tricos, pode ser corrosivo (SALIBA, 2010; MATTOS, MÁSCULO et al., 2011).
Mattos e Másculo et al. (2011) comentam que recentemente foi desenvolvido
um extintor de monofosfato de amônia que pode ser utilizado em incêndios dos
tipos A, B e C. Tal extintor veio atender ao mercado da indústria automobilís-
tica, uma vez que o extintor usado, até então, de PQS, tem pouca eficiência para
extinguir o fogo nas partes internas dos veículos (material classe A).
A Figura 07 demonstra exemplos de extintores de Pó Químico Seco (BC)
e Pó Químico Seco (ABC). No primeiro exemplo, há os extintores PQS (BC) e
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(ABC) sobre rodas (tipo carreta), conforme norma ABNT NBR 15809, certifica-
dos pelo INMETRO, nas versões de 20 kg e 50 kg para PQS (BC), enquanto que,
para o PQS (ABC), a versão é de apenas 20 kg. O segundo são extintores portá-
teis de PQS (BC) e (ABC), conforme NBR 15808, certificados pelo INMETRO,
nas versões de 4 kg, 6 kg, 8 kg e 12 kg.
De acordo com Camillo Jr. (2012, p. 53), seguem algumas definições:
■■ Aplicação: incêndios classe B e C ou classes A, B e C.
■■ Princípio de funcionamento: o pó químico seco é expelido pela man-
gueira através do gás inerte.
■■ Método de extinção: Abafamento.
Extintores de Incêndios
III
Depois dos extintores, vamos conhecer os rótulos mais de perto. Na figura 08, o
primeiro rótulo é do extintor de PQS (BC) de carreta; o segundo, do portátil. O
terceiro rótulo é do extintor de PQS (ABC) de carreta; o quarto, do portátil ABC.
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Figura 08: Rótulos dos extintores de incêndio de PQS (BC) e PQS (ABC)
Fonte: <http://maragna.com.br/sinalizacao/rotulos/carreta-po-rotulo-carreta-po-abc-pressurizado-20-30-
50-70-100-kg.html>. < http://maragna.com.br/sinalizacao/rotulos/po-abc-rotulo-modelo-standard-po-
abc-pressurizado-4-6-8-12-kg.html>.
elemento que extingue é a água que atua pelo resfriamento da área do mate-
rial em combustão. O agente propulsor é um gás (CO2, N2 ou ar comprimido).
O extintor já vem pressurizado, não existindo mais o extintor que precisa ser
pressurizado quando for utilizar.
Segundo Camillo (2012, p. 55), seguem algumas definições:
■■ Aplicação: incêndios classe A.
■■ Princípio de funcionamento: a água é expelida pela mangueira através
de um gás inerte.
■■ Método de extinção: Resfriamento.
Na Figura 09, há exemplos de extintores de água pressurizada. O primeiro é
um exemplo do extintor no seu interior; o segundo é o extintor sobre rodas
(tipo carreta), com 75 litros, conforme a norma ABNT NBR 15809, certifi-
cado pelo INMETRO. O terceiro é um extintor portátil de água pressurizada,
conforme a norma ABNT NBR 15808, certificado pelo INMETRO, a carga de
agente extintor de 10 litros.
Extintores de Incêndios
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 09: Extintores de incêndio de água pressurizada6
Fonte: <http://www.bucka.com.br/extintores/extintores-de-incendio-sobre-rodas/ e http://www.bucka.com.
br/extintores/extintores-de-incendio-portateis/
Vamos conhecer os rótulos mais de perto. Na figura 10, o primeiro rótulo demons-
tra o extintor de água pressurizada (AP) de carreta, enquanto que o segundo,
o portátil.
O gás carbônico é um material não condutor que atua sobre o fogo pela exclusão
do oxigênio (abafamento) e por uma pequena ação de resfriamento (SALIBA,
2010, p. 63).
Conforme Mattos e Másculo et al. (2011, p. 70), no extintor de CO2 (Classe
C), “o gás é encerrado no interior do tubo, onde permanece liquefeito e subme-
tido a uma pressão de 61 atm nas condições normais”. O CO2 é uma substância
não condutora de eletricidade que atua sobre o fogo pela exclusão de oxigê-
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nio, tendo também uma pequena ação de resfriamento. Não é corrosivo, não
deixa resíduos, nem perde as características com o passar do tempo. Substitui
a espuma no combate a incêndios em que há dissociação da espuma (acetona,
acetato de anila, ésteres, álcool metílico, butílico e etílico). Graças a sua nuvem
de descarga, pode ser empregado em escapamento de gases. Em contrapartida,
é muito pesado e, em virtude do pequeno alcance de seu jato (0,5 a 1m), exige
muito a aproximação do operador junto à chama. Além disso, não estabelecendo
uma cobertura permanente, há perigo de retorno do fogo.
De acordo com Camillo (2012, p. 57), seguem algumas definições:
■■ Aplicação: incêndios classe B e C.
■■ Princípio de funcionamento: o aparelho expele um gás inerte mais pesado
do que o ar.
■■ Método de extinção: Abafamento.
A figura 11 apresenta exemplos de extintores de gás carbônico. O primeiro é o
extintor no seu interior, o segundo é o extintor sobre rodas (tipo carreta), ambos
fabricados a partir de tubo de aço carbono sem costura SAE 1541, conforme
norma ABNT NBR 15809, certificados pelo INMETRO. A carga desse agente
extintor é de 10 kg, 25 kg e 50 kg. O terceiro é um extintor portátil de gás carbô-
nico, fabricado a partir de tubo de aço carbono SAE 1541, sem costura, conforme
a norma ABNT NBR 15808, com certificação pelo INMETRO. A carga desse
agente extintor é de 2 kg, 4 kg e 6 kg.
Extintores de Incêndios
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 11: Extintores de incêndio de gás carbônico7
Fonte: http://www.bucka.com.br/extintores/extintores-de-incendio-portateis/ e http://www.bucka.com.br/
extintores/extintores-de-incendio-portateis/ - (acesso dia 03/05/2015)
EXTINTORES CLASSE D
Algumas definições:
■■ Aplicação: incêndios classe D.
■■ Princípio de funcionamento: o pó químico seco é expelido pela man-
gueira através do gás inerte.
■■ Método de extinção: Abafamento.
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Extintores de Incêndios
III
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Na Figura 14, há exemplos de extintores para veículos, que o fabricante fornece
com a garantia de até 5 anos para os extintores A, B e C, atendendo com a qua-
lidade que os requisitos de garantia da Resolução 157 do CONTRAN exigem.
A carga desse agente extintor é de 1 kg ou 2 kg.
Extintores de Incêndios
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 3: Dados Técnicos sobre extintores sobre rodas
Fonte: Camillo Jr. (2012, p. 71).
A inspeção deve ser entendida como uma verificação sumária e necessária dos
extintores no local da sua permanência, para assegurar que estejam em perfeitas
condições de operação, isto é, carregados, desobstruídos e livres de obstáculos e
danos que impeçam a sua perfeita utilização a qualquer momento (CAMILLO
Jr., 2012).
Como a definição diz em perfeitas condições de operação, na Figura 16
verificamos que a primeira imagem está com os bicos dos extintores totalmente
obstruídos, isso pode acontecer com extintores que ficam localizados na parte de
fora da edificação e sem manutenção nenhuma por muito tempo. Já a segunda
demonstra um bico normal e com manutenções periódicas. Na sequência da
definição, fala-se em extintores carregados, pois não adianta termos os extinto-
res se não recarregarmos quando vencidos.
Extintores de Incêndios
III
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Os possíveis danos sofridos em eventuais quedas, pancadas, choque etc.
podem causar vazamento e despressurização do extintor.
Conforme Mattos e Másculo et al. (2011), cada extintor deve conter um rótulo
com informações sobre a classe de incêndio a qual é destinado, instruções para
sua operação e instruções para manutenção. Além dessas, o extintor deve por-
tar o selo da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), para indicar
que a unidade foi aprovada.
Se for extintor, depois da recarga deve conter também um anel. Esse anel
garante que seu extintor foi recarregado, comprovará a abertura do cilindro, em
seguida, recolocam a válvula. A partir de 2012, é obrigado colocar o anel com a
cor que é definida na tabela 4 e na figura 19, as quais veremos a seguir. E, por fim,
a empresa que for encarregada da manutenção deverá fornecer um cartão/selo de
identificação no qual devem constar os serviços prestados e o nível de inspeção
realizado. Um exemplo desse cartão de identificação é demonstrado na figura 20.
Extintores de Incêndios
III
CORES DATAS
............................. 01/01/2012 a 30/12/2012 Amarelo
............................. 01/01/2013 a 30/12/2013 Verde
............................. 01/01/2014 a 30/12/2014 Branco
............................. 01/01/2015 a 30/12/2015 Azul
............................. 01/01/2016 a 30/12/2016 Preto
............................. 01/01/2017 a 30/12/2017 Alaranjada
............................. 01/01/2018 a 30/12/2018 Púrpura
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 4: Cronograma para confecções dos anéis
Fonte: Casa do Extintor (online).
Os extintores deverão ter lugar fixo, respeitando as distâncias que o código dos
bombeiros determina, devem estar sinalizados, visíveis e não obstruídos, não
devem ser retirados do seu local, porém, poderão ser retirados somente pelos
seguintes motivos: para manutenção (recarga, consertos e revisões), para exer-
cícios (treinamento e instruções) e para uso em caso de incêndios.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Extintores de Incêndios
III
Caso sejam extintores do gás carbônico, é necessário pesá-los a cada 6 meses para
verificar se mantêm o mesmo peso. Como o extintor não tem manômetro, não
é possível saber a pressão dentro do extintor, por isso a importância de pesar o
extintor, se acaso diminuir 10% do seu peso, deve-se recarregá-lo.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Nesta última parte da unidade, vale salientar mais uma vez que utilizaremos como
base os códigos dos bombeiros do Distrito Federal, São Paulo e Paraná, pois são
códigos completos e divididos por assunto de norma. Por exemplo, no caso dos
extintores de incêndios no DF, é o Regulamento de Segurança Contra Incêndio
e Pânico do Distrito Federal (RSIP-DF) NT 003; em São Paulo, é o Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São
Paulo - IT 021; no Paraná, é o Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico
do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT
021, os quais, juntos, abrangem a maioria que está escrito nos demais códigos.
Com relação aos demais estados, temos alguns links citados no elemento “mate-
rial complementar – na web”, ao final desta unidade. Uma dica: caso queira
saber acerca dos estados que não estiverem lá, você deve buscar, na internet, por
“Código dos Bombeiros”, em seguida, incluir o estado desejado.
Uma definição muito interessante para saber quando se trata de extintores
é a diferença entre capacidade extintora e unidade extintora, dessa forma, segue
a definição segundo o RSIP – DF NT 003 (2015, p. 2-3).
■■ Capacidade extintora: medida do poder de extinção de fogo de um
extintor de incêndio, obtida em ensaio prático normalizado, ou seja, é
quantidade de fogo que um extintor de incêndio extingue.
■■ Unidade extintora: extintor que atende à capacidade extintora mínima
prevista nesta Norma, em função do risco e da natureza do fogo, ou seja,
o tipo de extintor que será fixado em um determinado local, depende de
em qual material que queremos utilizar este extintor.
A distância máxima a ser percorrida com o extintor portátil e sobre rodas vai
depender do código do seu estado, como já mencionamos, citaremos três códigos,
ou seja, Distrito Federal, São Paulo e Paraná. No RSIP – DF NT 003/2015, para
fogo classe A (materiais combustíveis sólidos), classe de risco: Baixo (D=25m),
Médio (D=20m), Alto (D=15m), a classe de risco pode ser encontrada no RSIP
– DF NT 002/2009. Quando levamos em consideração o fogo classe B (líquidos/
gases inflamáveis), com classe de risco baixo, médio e alto, a distância recomen-
dada é de 15m.
O CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o Regulamento de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 021/2011
são equivalentes em recomendar que a distância de caminhamento máxima
entre os extintores é para risco baixo – D=25m, risco médio ou moderado –
D=20m e para risco alto ou elevado – D= 15m, sendo que a classe de risco pode
ser encontrada no NPT 017/2014 e IT 17/2014. Nos dois códigos, é explicado
que, quando se utiliza extintores sobre rodas, deve-se acrescer a metade dos
valores das distâncias.
Para Mattos e Másculo et al. (2011, p. 169),
o número mínimo, o tipo e a capacidade dos extintores necessários
para proteger um risco isolado dependem: 1- da natureza do fogo a
extinguir; 2- da substância utilizada para a extinção do fogo; 3- da
quantidade dessa substância e sua correspondente unidade extintora;
4-da classe ocupacional do risco isolado e de sua respectiva área.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O RSIP – DF NT 003, o CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São
Paulo - IT 021/2011 são equivalentes em recomendar que:
■■ Quando os extintores forem instalados em paredes ou divisórias, a altura
de fixação do suporte deve variar, no máximo, entre 1,6 m do piso, de
forma que a parte inferior do extintor permaneça, no mínimo, a 0,10 m
do piso acabado.
■■ É permitida a instalação de extintores sobre o piso acabado, desde que
permaneçam apoiados em suportes apropriados, com altura recomendada
entre 0,10 m e 0,20 m do piso.
■■ Os extintores não devem ser instalados em escadas. Devem estar deso-
bstruídos e devidamente sinalizados de acordo com o estabelecido na
norma de sinalização de emergência.
E
X
T
I Parede
N
T
O
R
1,60
0,15 Vermelho
0,75
Amarelo
0,15
0,75
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
0,15 0,15
Piso acabado
Os códigos mostram que cada pavimento deve possuir duas unidades extintoras,
ou seja, dois extintores que podem ser todos de classe ABC, pois esses extinto-
res protegem em relação às classes A, B e C, ou seja, extintor PQS (ABC) ou um
extintor classe A (materiais sólidos), ou seja, extintor AP e outra BC (líquidos/
gases inflamáveis e materiais elétricos energizados, ou seja, PQS (BC) ou CO2.
Já o RSIP – DF NT 003 (2015, p. 5) recomenda: “Deverá ser instalado, no
mínimo, um extintor portátil por pavimento e mezanino, independente da área
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
da edificação e área de risco”. Adverte, ainda, que: “Os extintores portáteis devem
ser adequados às classes de fogo existentes na edificação ou na área de risco a ser
protegida”. Dessa forma, o regulamento do DF permite uma menor quantidade
de extintores de incêndios disponíveis para o uso e cita que deve ser adequado
ao risco, não convencionando o extintor que deve ser usado.
O CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o regulamento de segurança contra
incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 021/2011
são equivalentes em recomendar que:
■■ Os extintores de incêndio devem ser adequados à classe de incêndio pre-
dominante dentro da área de risco a ser protegida, de forma que sejam
intercalados na proporção de dois extintores para o risco predominante
e um para a proteção do risco secundário.
As classes de incêndios são classe A (materiais sólidos), classe B (líquidos/gases
inflamáveis), classe C (materiais elétricos energizados) e classe D (metais piro-
fóricos), dependerão da classe predominante e secundária para adequar seus
extintores conforme o código
■■ São aceitos extintores com acabamento externo em material cromado, latão
ou metal polido, desde que possuam marca de conformidade expedida
por órgão credenciado pelo Sistema Brasileiro de Certificação (Inmetro).
■■ Quando os extintores de incêndio forem instalados em abrigo embutido
na parede ou divisória, além da sinalização, deve existir uma superfície
transparente que possibilite a visualização do extintor no interior do abrigo.
Atualmente, não é mais obrigatório manter os extintores de incêndio sendo ver-
melho, apesar de ser uma prática utilizada, pois fica mais fácil a visualização e
podem-se utilizar abrigos para colocar os extintores, desde que tenha a sinali-
zação (sobre o extintor além da demarcação do solo) e uma parte transparente
para que possamos ver o extintor de incêndio.
O RSIP – DF NT 003, o CSCIP-CB/PMPR – NPT 021-2014 e o Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São
Paulo - IT 021/2011 são equivalentes em recomendar que:
■■ As unidades extintoras devem ser as correspondentes a um só extintor,
não sendo aceitas combinações de 2 ou mais extintores, à exceção do
extintor de espuma mecânica.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
inflamáveis com muita eficiência, sua ação extintora é o abafamento, prioritaria-
mente, e, secundariamente, o resfriamento. Por último, mostramos os tipos de
PQS existentes, esclarecendo que sua ação extintora é o abafamento e que extin-
gue classes B, C e D, dependendo do tipo de extintor de PQS.
Em seguida, tratamos dos extintores de incêndios, vimos que os agentes
extintores são acoplados em extintores, que podem ser portáteis ou sobre rodas,
dependendo da quantidade de substância que possui no interior do extintor.
Vimos aqueles que precisamos estar atentos nas inspeções, as sinalizações dos
extintores, assim como o que verificar em uma inspeção. Mostramos, também,
as fotos de cada extintor e suas diferenças.
Por fim, falamos sobre as normas que precisamos seguir para os extinto-
res de incêndios, citamos o Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do
Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT
021, 2014, o Regulamento de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Distrito
Federal (RSIP-DF) NT 003, 2015 e o Regulamento de segurança contra incên-
dio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 021, 2011, por
serem os instrumentos mais completos e mais utilizados no País. A partir dos
códigos, mencionamos algumas regras como a altura de instalação do extintor
e que, atualmente, em cada unidade extintora, possui apenas um extintor.
Na próxima unidade, iremos aprender os tipos de hidrantes e suas normas.
Os códigos ou cartilhas citadas na unidade podem ser encontrados na internet, algumas dela
citamos para ficar mais fácil o acesso. Vale lembrar que as normas que iremos enfatizar são as
do Distrito Federal, São Paulo e Paraná. Essas normas são completas e divididas para facilitar a
consulta, ou seja, cada assunto sobre incêndios que você tiver dúvida terão uma norma própria.
Em seguida, mostraremos alguns desses códigos ou cartilhas.
Considerações Finais
Professora Dra. Ana Elisa Lavezo
EQUIPAMENTOS FIXOS DE
IV
UNIDADE
COMBATE AO INCÊNDIO
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender os diferentes tipos de Hidrantes.
■■ Analisar as normas sobre os Hidrantes.
■■ Compreender os Chuveiros Automáticos e analisar sua norma.
■■ Comparar as diferenças do Detector de Fumaça e dos Chuveiros
Automáticos.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Hidrantes
■■ Normas sobre Hidrantes
■■ Chuveiros Automáticos (Sprinklers)
■■ Detectores de Fumaça
137
INTRODUÇÃO
Introdução
IV
HIDRANTES
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
a incêndio ou como equipamentos hidráulicos. Os hidrantes, na sua maioria,
podem ser utilizados com água ou com espuma. Em usinas de álcool ou petro-
químicas é muito comum encontrar os hidrantes de espumas, já nas demais
indústrias, shoppings ou edificações, em que a classe de risco predominante é a
classe A (materiais sólidos), o hidrante encontrado será sempre o de água.
Segundo Saliba (2010), o hidrante é um aparelho que possui mangueira,
esguicho e um conjunto de materiais que são capazes de funcionar e ser autossu-
ficiente, disponibilizando água destinada ao combate ao incêndio. Os hidrantes
devem ser distribuídos na edificação, de tal forma que possuam dois jatos em
todos os sentidos da edificação.
Conforme Mattos e Másculo (2011), os hidrantes devem ser dispostos da
seguinte forma: pelo menos um próximo ao ponto de acesso principal do pavi-
mento ou risco isolado protegido; os demais hidrantes devem ser dispostos nas
áreas de circulação de risco, próximos das paredes externas ou divisões internas.
Os hidrantes devem estar dispostos de forma que fiquem em locais de fácil
acesso, sem obstrução e com sinalização delimitando a área de 1m2 para a utili-
zação do hidrante caso seja preciso. Eles devem ser sempre inspecionados, para
verificar se suas mangueiras, storz, registro, chave e esguichos estão em conforme.
O sistema de hidrantes pode utilizar a ação da gravidade, bombas ou mistos
para abastecer a linha de hidrantes. Mattos e Másculo (2011) explanam clara-
mente as diferenças dos sistemas. O sistema de hidrantes terá reserva de água
permanente, podendo ser feito por ação da gravidade, isto é, de forma que a
reserva de incêndio não dependa de bombeamento, por bombas fixas de aciona-
mento automático para o abastecimento de água no momento da necessidade do
linha de hidrantes; onde for possível utilizar apenas a ação da gravidade pode
ser utilizada, nos locais onde isso não for possível, insira uma bomba com acio-
namento automático. É comum ficarmos sabendo que, em casos de emergência,
não tem água na linha, pois o local onde aciona a bomba está trancado. Em caso
de incêndios, fiquem atentos com esses locais.
Querido(a) aluno(a), não se esqueça que a pressão da água que sai de den-
tro da mangueira de incêndio, na maioria das vezes, é alta, dessa forma, to-
das as vezes que for utilizar os hidrantes tenha seus brigadistas treinados
para a utilização.
Fonte: a autora.
Hidrantes
IV
e chaves para engate, figura 1 (b). Além desses tipos, existem os hidrantes de
parede no interior da empresa e de passeio (calçada) destinado ao recalque,
que, segundo Camillo (1999, p. 77), é um ponto de hidrante, destinado a rece-
ber água sob pressão externa à rede de incêndio, para a utilização em casos de
emergência, figura 2.
Pereira (2009) ressalta a diferença entre os sistemas de hidrantes ou mango-
tinhos para combate de incêndios nas edificações e áreas de risco dos hidrantes
urbanos em relação à forma de abastecimento, ou seja, os urbanos são pontos
de obtenção de água providos de dispositivos de manobra (registros) e união de
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
engate rápido (storz), ligados à rede pública de abastecimento de água, podendo
ser de coluna ou subterrâneo (no passeio).
Figura 1: Tipos de hidrantes - (a) Hidrantes de coluna abastecidos pela rede pública; (b) Hidrantes de
paredes com abastecimento da empresa responsável.
Fonte: arquivo pessoal.
A figura 1 (a) mostra um hidrante que é abastecido pela rede pública, aqui no
Brasil existe em pequena quantidade; esse tipo de hidrante é muito comum
nos Estados Unidos. Não confundir esse modelo com os hidrantes de recalque
que também são de passeio ou de coluna, mas são o final da linha de hidran-
tes da edificação que destina. A figura 1 (b) mostra um hidrante de coluna ou
parede, esses hidrantes podem ser com uma única expedição (simples) ou duas
(duplos), as conexões dos hidrantes devem ser iguais aos do corpo de bombei-
ros, tipo engate rápido. A figura 2 mostra o hidrante de recalque de coluna, que
pode estar dessa forma ou embutido na parede, e os de passeio.
Hidrantes
IV
tomar alguns cuidados para que elas tenham uma durabilidade maior:
■■ Abrigá-las em locais arejados.
■■ Não arrastar as mangueiras em locais que possuam entulhos, quinas,
vidros, telhados, principalmente quando estiverem molhadas ou cheias
de água.
■■ Não devem ser deixadas sobre óleos, substâncias químicas, ácidos, pois
podem danificar as fibras ou estragar a borracha.
■■ As juntas (storz), como são de cobre, não devem ser arrastadas ou sofrer
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
batidas, pois podem amassar e dificultar o engate.
■■ Não se deve passar veículos ou qualquer carro, carrinho sobre as
mangueiras.
■■ As mangueiras não podem ser colocadas sobre superfícies aquecidas.
Após a utilização das mangueiras, estas devem ser levadas para um local onde
não transitem veículos e que possua alguma inclinação, assim, as mangueiras
podem ficar secando sem estragar. Para isso, pegue uma das extremidades e
levante até sua cabeça, vai andando e levantando toda a mangueira de pouco em
pouco, para ir retirando toda a água que, por ventura, ainda tenha dentro dela.
Depois que estiver seca, pode ser enrolada.
As mangueiras para hidrantes têm quatro formas de serem acondicionadas:
enrolada ou espiral, aduchada, ziguezagueadas em pé e ziguezagueadas deitada,
conforme a NBR 12.779/92, mas apenas três podem ser dispostas no abrigo, lem-
bramos que só podemos enrolar as mangueiras depois que elas estiverem secas.
Hidrantes
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3. Forma espiral: consiste em enrolar a mangueira a partir de uma de suas
extremidades, ou seja, uma de suas extremidades fica no meio da man-
gueira enrolada e continua-se enrolando, formando uma espiral. Essa
forma só deve ser utilizada para armazenamento em estoque, não é per-
mitido ser colocada dessa forma nos abrigos.
Hidrantes
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Tipo 3: destina-se à área naval e industrial ou Corpo de Bombeiros, onde
é desejável uma maior resistência à abrasão. Mangueira construída com
dois reforços têxteis sobrepostos e pressão de trabalho de 1 470 kPa (15
kgf/cm²).
■■ Tipo 4: destina-se à área industrial, onde é desejável uma maior resistên-
cia à abrasão. Mangueira construída com um reforço têxtil, acrescida de
uma película externa de plástico e pressão de trabalho de1 370 kPa (14
kgf/cm²).
■■ Tipo 5: destina-se à área industrial, onde é desejável uma alta resistência
à abrasão e a superfícies quentes. Mangueira construída com um reforço
têxtil, acrescida de um revestimento externo de borracha e pressão de tra-
balho de 1 370 kPa (14 kgf/cm²).
©shutterstock
Nesta parte desta unidade, gostaria de salientar, mais uma vez, que utilizaremos
como base os códigos dos bombeiros do Distrito Federal, São Paulo e Paraná,
pois são códigos completos e divididos por assunto de norma, por exemplo, no
caso dos hidrantes em São Paulo é o Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 022/2011 e no Paraná
é o Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT 022/2014 - Sistemas de
hidrantes e mangotinhos para o combate a incêndios; juntos, abrangem a maio-
ria do que está escrito nos demais códigos.
Inicialmente, precisamos que você entenda a diferenças entre os tipos de
hidrantes, por isso, citaremos o Regulamento de segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 022/03.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
metro do esguicho, diâmetro e comprimento da mangueira.
TIPO DE SISTEMAS
MATERIAIS
1 2 3 4 5
Abrigo(s) Opcional Sim Sim Sim Sim
Mangueira (s) de Não Tipo 1 Tipo 2, Tipo 2, Tipo 2, 3,
incêndio (residencial) 3, 4 e 5 3, 4 e 5 4e5
ou tipo 2
(demais ocu-
pações)
Chaves para hidrantes, Não Sim Sim Sim Sim
engate rápido
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
VÁLVULA DE ABERTURA
RÁPIDA
ABRIGO
MANGUEIRA
INCÊNDIO
SEMIRRÍGIDA
ESGUICHO
REGULÁVEL
TOMADA DE ÁGUA
PARA MANGUEIRA DE
INCÊNDIO DE 40mm
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 11: Tipos de Esguichos e chave storz
Fonte: LC Conexões ... (online).
DISPOSITIVO DE RECALQUE
O Hidrante de Recalque possui regras bem precisas que foram comentadas ante-
riormente, dessa forma, vamos colocar os itens que constam no Regulamento
de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São
Paulo - IT 022/03 e Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do Corpo
de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT 022/2014
- Sistemas de hidrantes e mangotinhos para o combate a incêndios.
■■ Todos os sistemas devem ser dotados de dispositivo de recalque, consis-
tindo de um prolongamento de mesmo diâmetro da tubulação principal,
cujos engates sejam compatíveis com os usados pelo Corpo de Bombeiros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 13: Hidrante de passeio de Recalque
Fonte: Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo -
IT 022/03.
do piso acabado.
■■ A válvula deve ser do tipo gaveta ou esfera, permitindo o fluxo de água
nos dois sentidos e instalada de forma a garantir seu adequado manuseio.
■■ Deve haver, também, dispositivo de recalque tipo coluna nas portarias
da edificação, quando esta estiver muito afastada do leito carroçável, com
válvula apropriada para o recalque pelo Corpo de Bombeiros. Sua localiza-
ção não deve ser superior a 10 m do local de estacionamento das viaturas
do Corpo de Bombeiros.
■■ É vedada a instalação do dispositivo de recalque em local que tenha cir-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ABRIGOS
DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ No dimensionamento de sistemas com mais de um hidrante simples, deve
ser considerado o uso simultâneo dos dois jatos de água mais desfavorá-
veis considerados nos cálculos, para qualquer tipo de sistema especificado,
considerando-se, em cada jato de água, no mínimo, as vazões obtidas
conforme a tabela 1.
Os hidrantes tipos (1, 2, 3 e 4) possuem apenas uma expedição, com isso, pode-
-se ter apenas um esguicho, mas os hidrantes tipo 5 possuem duas expedições,
portanto devem possuir, no mínimo, dois esguichos, geralmente coloca-se um
esguicho agulheta e um regulável.
Para o dimensionamento do sistema, levando em consideração a vazão, sem-
pre serão considerados os hidrantes mais desfavoráveis, ou seja, que possuam
menor vazão de água, sendo que essa vazão deve estar de acordo com a tabela 1.
Caso a edificação possua mais de um hidrante simples, devem ser usados dois
jatos de água para cada local.
ESGUICHOS
MANGUEIRAS DE INCÊNDIO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
JUNTAS DE UNIÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 14: Juntas de União tipo Storz
Fonte: arquivo pessoal.
As juntas de união, uniões e adaptadores de engate rápido são todas storz, que
está na figura 14, esse tipo foi convencionado, pois, assim, todas as mangueiras
e esguichos encaixam-se entre si, caso ocorra algum problema que danifique,
pode-se substituir facilmente. Como são de cobre, não devem ser arrastados e
nem levar nenhuma pancada, podendo amassar e dificultar o engate.
Tabela 3: Aplicabilidade dos tipos de sistemas e volume de reserva de incêndio mínima (m3).
Fonte: Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 022/03.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
159
A reserva de água para incêndio deve prever tanto os hidrantes como os chuvei-
ros automáticos, pois é da mesma reserva que os dois sistemas são abastecidos.
Devemos sempre lembrar que o registro dos hidrantes deve permanecer aberto
durante todo o tempo, que se deve utilizar a reserva de hidrantes para lavar cal-
çadas, ou seja, essa reserva é destinada ao incêndio e, se os hidrantes forem
abastecidos por bombas, estas devem estar sempre revisadas e serem automáti-
cas para facilitar a utilização dos hidrantes.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Segundo Camillo Jr. (2012, pag. 78), “o sistema de distribuição de chuveiros auto-
máticos são ligados a um encanamento central, do qual saem ramificações de
tubos cujos diâmetros diminuem à medida que se afastam da linha principal.” No
final dessas ramificações, são colocados bicos que vão à água, cuja quantidade e
temperatura com que os chuveiros serão acionados depende do risco a proteger.
Nunca se esquecer que o registro destinado aos chuveiros automáticos, tanto
quanto aos dos hidrantes, tem que estar sempre aberto, dessa forma, garantimos
que os materiais incendiados ficarão encharcados de água, assim, diminuirão a
temperatura de combustão, promovendo a extinção do incêndio. Para que os chu-
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
veiros tenham sua eficácia, é necessário que exista espaço livre de, pelo menos,
1,00 m (um metro) abaixo do empilhamento de caixas (por exemplo) e ao redor
dos pontos de saída de água dos chuveiros.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Tabela 4: Código de cores das ampolas dos chuveiros automáticos
Fonte: Camillo Jr. (2012) e Pereira (2009).
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Os locais que possuírem chuveiros automáticos terão também o hidrante de
recalque para chuveiros automáticos ou Sprinkler e estarão identificados na
tampa “Recalque SPK”, para que saibam qual recalque é dos hidrantes e qual é
dos chuveiros.
■■ Nos locais com forros combustíveis, os chuveiros automáticos devem ser
instalados acima para proteção do espaço entre-forro.
■■ Quando houver forros incombustíveis, os chuveiros automáticos devem
ser instalados para proteção do espaço entre-forro somente se houver
carga de incêndio.
DETECTORES DE FUMAÇA
Segundo Camillo Jr. (2012, p. 112), os detectores de fumaça são dispositivos que,
quando sensibilizados por fenômenos físicos e/ou químicos, detectam princípios
de incêndios, podendo ser ativados, por calor, chama ou fumaça.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Detectores de Fumaça
IV
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considerações Finais
1. O acondicionamento das mangueiras de incêndio dentro dos abrigos pode ser
de qual forma e em quais situações?
2. Quais são os elementos que devem ser conferidos dentro do abrigo dos hidran-
tes?
3. A diferença principal entre os chuveiros automáticos e os detectores de fumaça
são que eles são ativados, respectivamente, com:
4. Para que os chuveiros automáticos funcionem de forma adequada, o que é ne-
cessário?
169
<https://www.youtube.com/watch?v=5zBmHne-W7E>.
Professora Dra. Ana Elisa Lavezo
V
UNIDADE
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
Objetivos de Aprendizagem
■■ Entender como devemos dimensionar uma brigada de incêndio,
além de entender sua necessidade e funções.
■■ Analisar o que é necessário para montar um plano de emergência.
■■ Compreender as diferenças entre iluminação de emergência e alarme
de incêndio.
■■ Explicar algumas sinalizações de emergência necessárias para facilitar
a evacuação das edificações.
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta unidade:
■■ Brigada De Incêndio
■■ Plano De Emergência
■■ Iluminação De Emergência e Alarme De Incêndio
■■ Sinalização De Emergência
173
INTRODUÇÃO
Introdução
V
BRIGADA DE INCÊNDIO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ Brigadas de incêndio: são as brigadas responsáveis por extinguir o princípio
de incêndio nas edificações. Essa brigada é constituída por funcionários
treinados para esse fim e de diversos setores, assim, independente de onde
ocorra o incêndio, possui pessoas experientes nesse setor (CAMILLO Jr.,
2012).
■■ Brigadas de abandono: são as brigadas responsáveis pela evacuação da
edificação. Essa brigada é constituída por funcionários treinados para a
retirada de pessoas das edificações. Em caso de incêndios ou emergên-
cias e após a retirada das pessoas, esses brigadistas se retiram juntamente
com as pessoas evacuadas (CAMILLO Jr., 2012).
■■ Brigadas de emergência: são brigadas responsáveis além do combate ao
princípio de incêndio. Fazem as orientações para o abandono do local em
situação de emergência, além de serem os responsáveis por sinistros em
locais específicos, como inundações, derramamento de produtos perigo-
sos (CAMILLO Jr., 2012).
■■ As brigadas têm que estar adaptadas aos locais onde serão implantadas,
em brigadas industriais, brigadas residenciais e brigadas comerciais. Essas
brigadas são representadas por funcionários da empresa treinados para
− em qualquer situação de emergência − minimizar os danos, sejam pes-
soais ou materiais.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
175
Brigada de Incêndio
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
ção de pessoas de todos os setores.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
A - Residêncial
Habitação alojamentos, mosteiros, con-
A-3 coletiva (nota ventos, residências geriátricas Baixo 1 2 3 4 4 (nota 5) Básico
8) etc. (capacidade máxima: 16
leitos)
Hotéis, motéis, pensões, hos-
Hotel e asse- pedarias, pousadas, albergues, (nota 5) e
B-1 Médio 1 2 3 4 4 Intermediário
melhado casas de cômodos e divisão A3 (nota 14)
com mais de 16 leitos
gem
Hotéis e assemelhados com
Hotel
cozinha própria nos aparta- (nota 5) e
B-2 residencial Médio 1 2 3 4 4 intermediário
mentos (inclui-se apart-hotéis, (nota 14)
B - Serviço de hospeda-
(nota 9)
hotéis residenciais)
Açougue, artigos de bijuterias,
C-1 Comércio metal ou vidro, automóveis, Baixo 1 2 2 2 2 (nota 5) Básico
Brigada de Incêndio
ferragens, floricultura, material
177
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
soas para continuar o dimensionamento.
4. Acima de 10 pessoas de população fixa, utilizar Nota 051. O grau de
risco para esse caso é baixo, então, a cada 20 pessoas, acrescenta-se mais
1 brigadista. Como temos 25 pessoas ainda para dimensionar, faremos
25÷20= 1,25 brigadistas.
5. Como na primeira parte do dimensionamento tínhamos 2 brigadistas,
adicionamos mais 2 (1,25 brigadistas aproxima para 2 brigadistas, pois
a quantidade de brigadistas tem que ser um número inteiro).
Resposta Final: 4 brigadistas no total, para esse comércio (açougue) com 35 pes-
soas de população fixa.
A tabela 01 continua por muitas outras páginas, que não apresentamos aqui,
dessa forma, cada edificação terá o seu dimensionamento por meio dessa tabela.
Além do dimensionamento da brigada, a Tabela 01 determina o nível de treina-
mento de acordo com o seguimento na indústria ou comércio, ou assim por diante.
O nível de treinamento está definido na última coluna da tabela 01 e terá
uma carga horária específica conforme a IT 017/2014 recomenda, abrangendo
parte prática e teórica. O curso de brigada de incêndio deve ter como foco, prin-
cipalmente, os possíveis riscos existentes no grupo ao qual a edificação pertencer.
Essa brigada de incêndio deve ser novamente estruturada quando 50% dos seus
membros sofrerem alteração, e deve ser realizada uma reciclagem no treina-
mento da brigada anualmente.
1 Nota 05: Quando a população fixa de um pavimento, compartimento ou setor for maior que 10 pessoas,
será acrescido mais um brigadista para cada grupo de até 20 pessoas para risco baixo, mais um brigadista
para cada grupo de até 15 pessoas para risco médio e mais um brigadista para cada grupo de até 10
pessoas para risco alto (Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do
Estado de São Paulo - IT 017/2014, p.14).
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
179
Caro(a) acadêmico(a), você sabe quem são os profissionais que podem mi-
nistrar ou fazer a reciclagem dos cursos de Brigada de Incêndio?
Fonte: a autora.
No caso em que a formação ou reciclagem da brigada for realizada por dois ins-
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Brigada de Incêndio
V
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Figura 1: Brigadistas
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
181
Brigada de Incêndio
V
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Figura 2: Organograma de uma edificação com três pavimentos
Fonte: Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo -
IT 017/2014 (p .24).
O organograma deve ser organizado conforme a figura 3, formada por uma planta
com duas edificações e três turnos, sendo que o número de brigadistas depen-
derá da atividade e da população fixa de cada estabelecimento.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
183
As reuniões ordinárias são para passar orientações gerais para que possa melho-
rar a atuação da brigada de incêndio e atualização de algumas técnicas de retirada
e combate a incêndios. Já as reuniões extraordinárias são as reuniões realizadas
depois de um sinistro para analisar a atuação da brigada e quais são as ações
que podem melhorar.
De acordo com o Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e
áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 017/2014, existem vários procedimentos
básicos de emergência que devem ser seguidos em caso de sinistro, quais sejam:
Brigada de Incêndio
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
seja necessário.
4. Corte de energia: caso seja possível, cortar a energia elétrica dos equi-
pamentos da área atingida.
5. Abandono de área: neste momento, a brigada de abandono entra para
fazer a retirada parcial ou total da área, direcionando essas pessoas
para um local seguro, no mínimo a 100 m de distância do sinistro. A
brigada de abandono, então, acompanha e permanece com os ocu-
pantes até a finalização do procedimento.
6. Confinamento do sinistro: a brigada de incêndio, se possível, faz pro-
cedimentos para evitar a propagação do sinistro, diminuindo, assim,
suas consequências.
7. Isolamento da área: os brigadistas de incêndio devem isolar a área para
que possam trabalhar adequadamente e evitar que pessoas desavisa-
das adentrem no local sinistrado.
8. Extinção: os brigadistas de incêndio tentarão eliminar o sinistro até a
chegada do Corpo de Bombeiros e, assim, a normalidade da edifica-
ção é restabelecida. Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada
deve ficar a sua disposição.
9. Investigação: após o término do sinistro, deve-se elaborar um rela-
tório com as causas possíveis do sinistro e suas consequências e, em
seguida, reunir a brigada inteira para uma assembleia extraordinária,
para a discussão do ocorrido.
Além dos procedimentos básicos de emergência, é necessário que a brigada
esteja ciente dos procedimentos complementares, para que todos saibam que
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
185
Brigada de Incêndio
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
as reais situações do local sinistrado.
4. Ponto de encontro: no plano de emergência, deve ser definido um ou
mais pontos de encontro para que os brigadistas se reúnam para a dis-
tribuição das tarefas.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
187
©shutterstock
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PLANO DE EMERGÊNCIA
Plano de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ SFPE, “The SFPE Handbook of Fire Protection Engineering”, 2 ed. Quincy:
National Fire Protection Association.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
189
Manteremos como base os códigos dos bombeiros de São Paulo e Paraná, que pos-
suem uma norma específica para esse assunto. No caso do Plano de Emergência
contra incêndio, para São Paulo, é o Regulamento de segurança contra incêndio
das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 016/2011; no Paraná,
é o Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do Corpo de Bombeiros
da Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT 016/2014 – Plano de
Emergência contra incêndio.
Na elaboração do Plano de emergência contra incêndio, é necessária a rea-
lização de uma análise preliminar dos riscos de incêndio, a fim de identificar,
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Plano de Emergência
V
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externa (Plano de Auxílio Mútuo – PAM).
1.3) Estrutura (Construção): indicar o tipo, por exemplo, de alvenaria, concreto,
metálica, madeira etc.
1.4) Dimensões: indicar área total construída e de cada uma das edificações, al-
tura de cada edificação, número de andares, se há subsolos, garagens e outros
detalhes.
1.5) Ocupação: indicar o tipo de ocupação de acordo com o Regulamento de
segurança contra incêndio.
1.6) População: indicar a população fixa e flutuante, e suas características, total
e por setor, área e andar.
1.7) Características de funcionamento: indicar os horários e turnos de trabalho,
os dias e horários fora do expediente de funcionamento e as demais caracterís-
ticas da planta, departamentos, responsáveis e ramais internos.
1.8) Pessoas portadoras de necessidades especiais: indicar o número de pessoas
e sua localização na planta.
1.9) Riscos específicos inerentes à atividade: detalhar todos os riscos existentes
(por exemplo: cabine primária, caldeira, equipamentos, cabine de pintura etc.).
1.10) Recursos humanos: indicar o número de membros da Brigada de Incêndio,
de Brigadistas Profissionais, de Corpo de Bombeiros e outros meio de ajuda ex-
terna.
1.11) Sistemas de Segurança contra Incêndio: indicar os equipamentos e recur-
sos existentes (sistema de hidrantes, chuveiros automáticos, sistema de espuma
e resfriamento, reserva técnica de incêndio, reserva de líquido gerador de espu-
ma, grupo motogerador etc.).
1.12) Rotas de fuga: indicar as rotas de fuga e os pontos de encontro, mantendo-
-os sinalizados e desobstruídos.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
191
Plano de Emergência
V
2.7) Isolamento de área: deve indicar a metodologia a ser usada para isolar as
áreas sinistradas e as pessoas responsáveis por este processo.
2.8) Confinamento do incêndio: deve indicar a metodologia a ser usada para
evitar a propagação do incêndio e suas consequências, bem como as pessoas
responsáveis por este processo.
2.9) Combate ao incêndio: deve indicar quem vai combater o incêndio e os
meios a serem utilizados em seu combate.
2.10) Investigação: após o controle total da emergência e a volta à normalida-
de, o Chefe da Brigada deve iniciar o processo de investigação e elaborar um
relatório, por escrito, sobre o sinistro e as ações de contenção, para as devidas
providências e/ou investigação.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
3) Responsabilidade pelo plano: o responsável pela empresa (preposto) e o res-
ponsável pela elaboração do Plano de Emergência contra Incêndio devem assi-
nar o plano.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
193
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Fonte: Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo -
IT 016/2011 (p. 6).
Plano de Emergência
V
O Plano de Emergência contra Incêndio deve ser discutido com todos os briga-
distas, para que, em caso de emergência, todos saibam como proceder, quais são
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
os procedimentos de emergência que devem ser adotados. Esses procedimentos
devem ser informados aos visitantes mediante panfletos, vídeos e/ou palestras para
que, se ocorrer uma situação de emergência, saibam o que e quem devem seguir.
O plano de emergência contra incêndio deve fazer parte dos treina-
mentos de formação, treinamentos periódicos e reuniões ordinárias
dos membros da brigada de incêndio, dos brigadistas profissionais, do
grupo de apoio etc. (REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA
INCÊNDIO DAS EDIFICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DO ESTADO
DE SÃO PAULO - IT 016/2011, p. 4).
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
195
Plano de Emergência
V
f. Reserva de incêndio;
g. Local de manuseio e/ou armazenamento de produtos perigosos;
h. Vias de acesso às viaturas do corpo de bombeiros;
i. Hidrantes urbanos próximos da edificação;
j. Localização das saídas de emergência.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Se as edificações sofrerem alterações substanciais de risco, a planta de risco
de incêndio deve ser substituída. Tal planta pode ser impressa em formato A2,
A3 ou A4, conforme modelo da Figura 5.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
197
Brunacini (1985) apud Seito (2008, p. 327) faz várias recomendações que ajudam
a organizar a administração da emergência e que também devem ser pratica-
das nos simulacros.
As sete funções de comando: 1) assumir, confirmar e posicionar o co-
mando 2) avaliar a situação 3) estabelecer, manter e controlar as comu-
nicações 4) identificar a estratégia, desenvolver um plano de ataque e
designar equipes 5) organizar o atendimento no cenário da emergência
6) analisar, avaliar e revisar o plano de ataque 7) continuar, transferir e
encerrar o comando.
o que fizemos é mencionar, nessa parte da unidade, o que o código dos bombei-
ros recomenda e que está em vigor até o momento da elaboração deste material.
ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA
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Normas Brasileiras que precisam ser respeitadas em se tratando de iluminação
de emergência:
■■ NBR 5410 - Instalações elétricas de baixa tensão.
■■ NBR 10898 - Sistema de iluminação de emergência.
■■ NBR 15465 - Sistema de eletrodutos plásticos para instalações elétricas
de baixa tensão – Requisitos de desempenho.
Manteremos como base os códigos dos bombeiros de São Paulo e Paraná, que
possuem uma norma específica para esse assunto. No caso da iluminação de
Emergência, para São Paulo, é o Regulamento de segurança contra incêndio das
edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo - IT 018/2011; no Paraná, é
o Código de Segurança Contra Incêndios e Pânico do Corpo de Bombeiros da
Polícia Militar do Paraná (CSCIP-CB/PMPR) - NPT 018/2014 – Iluminação de
Emergência.
■■ Os componentes da fonte de energia centralizada de alimentação do sis-
tema de iluminação de emergência, bem como seus comandos, devem
ser instalados em local não acessível ao público, sem risco de incêndio,
ventilado e que não ofereça risco de acidentes aos usuários.
■■ Se houver baterias reguladas por válvulas, o painel de controle pode ser
instalado no mesmo local das baterias. O local da instalação deverá ser
em lugar ventilado e protegido do acúmulo de gases.
■■ A vida útil das baterias usadas nesse sistema deve ser de quatro anos,
comprovada pelo fabricante.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
199
Figura 6: Iluminação de
emergência
Fonte: a autora.
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Sistema de detecção e alarme de incêndio:
■■ NBR 11836 - Detectores automáticos de fumaça para proteção contra
incêndio.
■■ NBR 13848 - Acionador manual para utilização em sistemas de detecção
e alarme de incêndio.
■■ NBR 17240 - Sistemas de detecção e alarme de incêndio – projeto, insta-
lação, comissionamento e manutenção de sistemas de detecção e alarme
de incêndio – Requisitos.
■■ NFPA 72 - National Fire Alarm Code.
Manteremos como base os códigos dos bombeiros de São Paulo e Paraná, que
possuem uma norma específica para tal assunto. No caso de Sistema de detec-
ção e alarme de incêndio, para São Paulo, é o Regulamento de segurança contra
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
201
alarme, deve ser de, no mínimo, 15 minutos para suprimento das indi-
cações sonoras e/ou visuais ou o tempo necessário para o abandono da
edificação. Quando a alimentação auxiliar for por gerador, também deve
ter os mesmos parâmetros de autonomia mínima.
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
superior a 30 metros.
■■ Preferencialmente, os acionadores manuais devem ser localizados junto
aos hidrantes.
■■ Nos edifícios com mais de um pavimento, deve ser previsto pelo menos
um acionador manual em cada pavimento.
■■ Nas edificações anteriores a 20 de março de 1983, o posicionamento dos
acionadores manuais deverá ser junto aos hidrantes.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
203
Dependendo do local onde serão instalados esses alarmes de incêndio, deve ser
analisado caso a caso, para que, de forma fácil e rápida, os funcionários e visitan-
tes entendam que, por motivo de emergência, a edificação deve ser evacuada, seja
com avisadores visuais, acústicos, interfones, rádios de comunicação ou mesmo
led de alto brilho que devem ser usados em caso de fumaça. Independente do
tipo, todos devem estar avisados e obedecer a brigada de incêndio que proce-
derá de forma calma e eficiente a evacuação da edificação.
SINALIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
■■ NBR 13434-1 – Sinalização de segurança contra incêndio – Parte 1:
Princípios de projeto.
■■ NBR 13434-2 – Sinalização de segurança contra incêndio – Parte 2:
Símbolos e suas formas, dimensões e cores.
■■ NBR 13434-3 – Sinalização de segurança contra incêndio – Parte 3:
Requisitos e métodos de ensaio.
■■ Portaria nº 204:1997 do Ministério dos Transportes – Instruções comple-
mentares ao Regulamento do Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos.
■■ Norma ISO 6309:1987 – Fire protection – safety signs.
■■ Norma ISO 3864:1984 – Safety colours and safety signs.
■■ Norma BS 5378-1:1980 – Safety signs and colours. Specifications for colour
and design.
■■ Norma BS 5499-1:1990 – Fire safety signs, notices and graphic symbols.
Specification for fire safety signs.
■■ Directive 92/58/EEC (OJ L 245, 26.8.1992) Minimum requirements for the
provision of safety and/or health signs at work Germany, Spain, Italy.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
205
SINALIZAÇÃO DE PROIBIÇÃO
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
O objetivo principal desse tipo de sinalização é informar quais ações estão proibi-
das em determinado local. Deve estar em uma altura visível e distante, conforme
a norma uma da outra.
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Símbolo: circular
Em locais sujeitos a
depósito de mercadorias
onde a obstrução pode
Proibido
apresentar perigo de
P5 obstruir este
acesso às saidas de
local
emergência, rotas de
fuga, equipamentos
de combate a incêndio, etc
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
207
SINALIZAÇÃO DE ALERTA
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
houver presença de
A3 Cuidado, risco
materiais ou gases que
de explosão
oferecem risco de
explosão
Símbolo: circular
Fundo: amarela
Próximo a locais onde
Cuidado, risco houver presença de
A4
de corrosão Pictograma: preta materiais corrosivos
Faixa triangular:
preta
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
209
(esquerda ou direita) de
uma saída de emergência
S1 especialmente para ser
fixado em colunas.
Dimensões mínimas:
L = 1,5 H
Indicação do sentido
(esquerda ou direita) de
S2 uma saída de emergência.
Dimensões mínimas:
L = 2,0 H
Símbolo: retangular
S5 b) indicação do sentido de
uma saída por rampas;
c) indicação do sentido da
saída na direção vertical
(subindo ou descendo).
S7
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
modo que a distância de percurso de qualquer ponto da rota de saída
até a sinalização seja de, no máximo, 15 m. Adicionalmente, essa tam-
bém deve ser instalada, de forma que na direção de saída de qualquer
ponto seja possível visualizar o ponto seguinte, respeitado o limite má-
ximo de 30 m. A sinalização deve ser instalada de modo que a sua base
esteja a 1,8 m do piso acabado;
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
211
S8
S9 Indicação do sentido
Símbolo: retangular (esquerda ou direita) de
Escadade uma saída de emergência
emergência Fundo: verde especialmente para ser
S10 fixado em colunas.
Pictograma: Dimensões mínimas:
fotoluminescente L = 1,5 H
S11
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Símbolo: retangular
S12 SAÍDA Fundo: verde
indicação da saída de
Mensagem “ SAÍDA” emergência, com ou sem
Saída de ou Mensagem complementação do
S13 SAÍDA emergência “SAÍDA” e pictograma
pictograma e/ou fotoluminescente (seta
seta direcional: ou imagem, ou ambos)
fotoluminescente,
S14 SAÍDA com altura de letra
sempre ≥ 50mm
Símbolo: retangular
S15 indicação da saída de
Fundo: verde emergência com rampas
Saída de para deficientes, utilizada
emergência Mensagem “ SAÍDA”: como complementação
fotoluminescente, do pictograma
S16 SAÍDA com altura de letra fotoluminescente (seta
sempre ≥ 50mm ou imagem, ou ambos)
Sinalização de Emergência
V
Indicação do local de
Alarme acionamento do alarme
E1
sonoro de incêndio
Ponto de acionamento de
E2
alarme ou bomba de
ALARME
DE Símbolo: quadrado incêndio.
INCÊNDIO Comando Deve vir sempre
manual de Fundo: vermelha acompanhado de uma
alarme ou escrita, designando o
bomba de Pictograma: equipamento acionado
E3 incêndio fotoluminescente por aquele ponto
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
BOMBA
DE
INCÊNDIO
Indicação da posição do
Telefone ou
interfone para
interfone de
E4 comunicação de situações
emergência
de emergência a uma
central
Símbolo: quadrado
Extintor Indicação de localização
Fundo: vermelha dos extintores de
E5 de
incêndio incêndio
Pictograma:
fotoluminescente
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
213
Indicação do abrigo da
Abrigo de mangueira de incêndio
E7 mangueira com ou sem hidrante no
e hidrante seu interior
Símbolo: quadrado
Indicação da localização
Hidrante de Fundo: vermelha do hidrante quando
E8 instalado fora do abrigo
incêndio
Pictograma: de mangueiras
fotoluminescente
Indica a localização de um
Coleção de conjunto de combate a
E9 equipamentos incêndio (hidrante, alarme
de combate de incêndio e extintores),
a incêndio para evitar a proliferação
sinalizações correlatas
Vávula de
controle do Indicação da localização
E10 sistema de da válvula de controle do
chuveiros sistema de chuveiros
automáticos automáticos
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Indicada para o
Manta abafamento de
E12
antichama chamas em
pessoas
Seta à esquerda,
indicativa de localização
E13 dos equipamentos de
combate a incêndios ou
alarme
Símbolo: quadrado
(1,00m x 1,00m) Usado para indicar
a localização dos
Sinalização de solo para
equipamentos de Fundo: vermelha equipamentos de
E17 (0,70m x 0,70m) combate a incêndio
combate a incêndio
e alarme, para
(hidrante e extintores)
Borda: amarela evitar a sua
(largura = 0,15m) obstrução
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
215
A SINALIZAÇÃO COMPLEMENTAR
b. podem possuir abertura no centro com área mínima de 0,04 m², fechada
com material transparente (vidro, acrílico etc), identificado com o dístico
“incêndio” – fundo vermelho com inscrição na cor branca ou amarela
(REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DAS EDI-
FICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - IT
020/2011, p. 462).
As portas dos abrigos dos hidrantes, como discutimos, na unidade anterior (IV),
não precisam ser pintadas de vermelho, podem ser portas de vidro ou conforme
a decoração do ambiente, mas têm que possuir uma identificação de que ali con-
tenha um hidrante.
Sinalização de Emergência
V
A sinalização das rotas de saída é facultativa e, quando utilizada, deve ser apli-
cada sobre o piso acabado ou sobre as paredes de corredores e escadas destinadas
a saídas de emergência, indicando a direção do fluxo:
a. o espaçamento entre cada uma delas deve ser de até 3 m na linha hori-
zontal, medidas a partir das extremidades internamente consideradas;
b. independente do critério anterior, deve ser aplicada a sinalização a cada
mudança de direção;
c. quando aplicada sobre o piso, a sinalização deve estar centralizada em
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
relação à largura da rota de saída;
d. quando aplicada nas paredes, a sinalização deve estar a uma altura cons-
tante entre 0,25 m e 0,5 m do piso acabado à base da sinalização, podendo
ser aplicada, alternadamente, à parede direita e esquerda da rota de saída
(REGULAMENTO DE SEGURANÇA CONTRA INCÊNDIO DAS EDI-
FICAÇÕES E ÁREAS DE RISCO DO ESTADO DE SÃO PAULO - IT
020/2011 (p. 461).
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
217
Sinalização de Emergência
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Figura 19: Sinalização indicando a saída de emergência
Fonte: Regulamento de segurança contra incêndio das edificações e áreas de risco do Estado de São Paulo -
IT 020/2011 (p. 483).
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
219
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
Sinalização de Emergência
V
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
brigadistas terão que seguir além de todos os ocupantes em caso de emergência.
Este é um documento de como se deve agir em uma situação que não é a nor-
mal, para que os ocupantes se sintam mais protegidos e saibam como proceder.
Vale ressaltar que é necessário conter a planta de risco de incêndio na primeira
edificação e essa planta deve estar exposta e bem visível.
Em seguida, tratamos da iluminação de emergência e o alarme de incên-
dio, os quais, como foi discutido, têm vários modelos, mas todos com o mesmo
objetivo. O alarme de incêndio deve alertar os brigadistas e os ocupantes que
possuem algo diferente do normal e que precisam de uma atenção especial. A
iluminação de emergência tem um papel importantíssimo quando é necessário
o desligamento da força ou a falta de energia elétrica, uma vez que a iluminação
de emergência iluminará para que os ocupantes saiam de forma segura para o
local indicado.
Por fim, abordamos as sinalizações de emergência. Vimos que são placas de
sinalizações que ajudaram os ocupantes a entender o que é permitido. As adver-
tências, as placas de combate ao incêndio, além das placas de auxílio para rotas
de fuga e obstáculos, todas essas placas, de forma geral, vêm com o objetivo de
informar e facilitar o desenvolvimento do trabalho de seus ocupantes. É impor-
tante lembrarmos que a sinalização deve ficar sempre visível.
Espero que tenha gostado desta unidade, passei para você um pouco do meu
conhecimento e discutiremos mais nas aulas ao vivo e nas presenciais.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
221
3. O profissional habilitado deverá fazer uma planta de risco de incêndio que con-
tenha, no mínimo, quais situações?
IMPLANTAÇÃO DE UM PLANO DE EMERGÊNCIA EM UMA INSTITUIÇÃO DE
ENSINO PÚBLICA: UMA ABORDAGEM CENTRADA NOS USUÁRIOS E NOS FA-
TORES QUE AFETAM AS AÇÕES DE ABANDONO
A dinâmica do mundo em que vivemos nos coloca em situações de riscos e/ou perigos,
inclusive os decorrentes de um incêndio. Este trabalho teve como um dos objetivos ve-
rificarem se os alunos de uma Instituição de Ensino Pública no Estado do Rio de Janeiro
possuíam conhecimentos sobre estes riscos e/ou perigos, que os rodeiam em suas ativi-
dades cotidianas no ambiente escolar. Através dos resultados obtidos, evidencia-se que
os conhecimentos são limitados.
O direito a condições de segurança no trabalho está contemplado em nossa legislação
trabalhista. Embora, muitas vezes, seja relegado a um plano secundário pelos gestores
e/ou pelos próprios trabalhadores. Infelizmente a segurança do trabalho ainda é vista
como uma obrigação legal. Existe um desconhecimento generalizado e a falta de infra-
estrutura para lidar com emergências, cada vez mais constantes nos dias atuais, tem nos
conduzido a situações de insucesso, vide as recentes questões das enchentes ocorridas
no ano de 2011, no próprio Rio de Janeiro.
Pode-se afirmar que os objetivos inicialmente propostos foram atingidos com a realiza-
ção deste trabalho. Conseguiu-se assim ter uma ideia geral dos conhecimentos sobre as
condições de proteção contra incêndio, que os diferentes elementos envolvidos neste
tipo de Instituição de Ensino possuem. O corpo discente, apesar de ter se mostrado re-
ticente quanto à exposição a riscos em suas atividades na escola, demonstrou que tem
ciência sobre a probabilidade da ocorrência de um sinistro deste tipo e da falta de infra-
estrutura existente para lidar com esta situação.
Constata-se, também, que embora grande parte da população analisada tenha ciência
de que a Instituição de Ensino não dispõe de uma adequada infra-estrutura de proteção
por aparelhos extintores, uma parcela do corpo discente optou por não concordar e
nem discordar. O que reforça mais uma vez a ideia que os alunos não possuem conheci-
mentos sobre o assunto.
Conclui-se ainda que a população analisada tem certeza da necessidade de um pro-
grama de prevenção contra incêndio na Instituição de Ensino. Bem como percebe que
a implantação de um Plano de Emergência com foco num eficiente abandono de área
será um diferencial de sucesso para a retirada das pessoas.
223
A segurança contra incêndio em edifícios tem registrado muitos avanços nas últimas
décadas. Infelizmente parte desse desenvolvimento, principalmente na questão legisla-
ção, se deve as grandes catástrofes como os incêndios dos edifícios Andraus e do Joel-
ma, na década de setenta. Existe a necessidade de um novo olhar, daqueles projetistas
que ainda encaram a segurança contra incêndios como uma limitante indesejada no
desenvolvimento do projeto de edificações. Observou-se que, dos objetivos específicos,
tais como prevenção da ocorrência do incêndio, proteção à vida, proteção da proprie-
dade e ao meio ambiente, podem ser atingidos pelo controle das características arqui-
tetônicas da edificação.
A elaboração de um projeto para implantação de um Plano de Emergência exige a par-
ticipação de todos e o conhecimento dos riscos e/ou perigos e suas vulnerabilidades.
Este conhecimento facilitará a análise dos locais de trabalho, o cálculo da probabilidade
de sua ocorrência e o respectivo impacto na segurança da Instituição de Ensino. Um dos
pontos importantes para sua implantação está relacionado com a coordenação dos re-
cursos humanos e materiais, destinados a minimizar os danos, e principalmente reduzir
o número de vítimas numa situação de incêndio.
Constatou-se a importância de um sistema de alarme e sinalizações nas saídas de emer-
gência, pode-se, ainda, concluir que o tempo de abandono final varia com o número de
ocupantes.
Assim, o presente estudo atende também aos objetivos específicos, principalmente no
que se refere à eficiência do plano de abandono de área. A falta de infraestrutura, trei-
namento e procedimentos não adequados influenciam em um eficiente abandono, que
pode ser a diferença entre a vida e a morte. O plano de abandono deve reunir todas as
condições de segurança para todos aqueles que se encontram na edificação, inclusive
aqueles com necessidades especiais.
Não se esgota o assunto nesse trabalho, sendo necessários maiores estudos para aper-
feiçoar o abandono de área em instituições de ensino, bem como aplicar outras estraté-
gias alternativas na educação básica, tentando inserir conteúdos da área de prevenção
contra incêndio, que normalmente não constam nos Planos de Cursos. Estas ações po-
deriam decorrer através da própria implantação de um Plano de Emergência nos locais,
onde seria dada primazia ao treinamento, despertando o interesse dos alunos dos dife-
rentes níveis pelo assunto. Seria também interessante aplicar um estudo deste gênero
em outras instituições de ensino, com um foco maior na questão da infraestrutura da
acessibilidade aos diferentes níveis de escolaridade, e lidando com o maior número de
diferenças plausíveis de acontecer.
Fonte: REGO, F. de A. (2011, p. 131).
V
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.
presente trabalho vem fazer exatamente isso.
BRIGADA DE EMERGÊNCIA
225
CONCLUSÃO
______. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. São Paulo: Projeto Editora, 2008,
p. 215.
SEITO, A.; GILL A.; PANNONI, F. D.; SILVA, S. B.; ONO, R.; CARLO, U. D.; PIGNATT e SILVA,
V. A Segurança Contra Incêndio no Brasil. 1ª edição, São Paulo, Projeto Editora,
2008.
SELOS do Inmetro falsificados, isto é crime, denuncie! Casa do Extintor. Disponível
em: <http://www.casadoextintor.com.br/dicas>. Acesso em: 04 maio 2015.
SELOS do Inmetro falsificados, isto é crime, denuncie! Casa do Extintor. Disponível
em: <http://www.casadoextintor.com.br/dicas>. Acesso em: 04 maio 2015.
SISTEMA de hidrantes. Bombeiro Oswaldo. Disponível em: <http://bombeiroswaldo.
blogspot.com.br/2015/07/sistemas-de-hidrantes-finalidade-bomba.html>. Acesso
em: 10 dez. 2015.
SISTEMA de hidrantes. Bombeiro Oswaldo. Disponível em: <http://bombeiroswaldo.
blogspot.com.br/2015/07/sistemas-de-hidrantes-finalidade-bomba.html>. Acesso
em: 10 dez. 2015.
TÉCNICOS recebem treinamento de combate a incêndio. Portal Rios das Ostras. Dis-
ponível em: <http://www.riodasostras.rj.gov.br/noticia403.html>. Acesso em: 14
dez. 2015.
TÉCNICOS recebem treinamento de combate a incêndio. Portal Rios das Ostras. Dis-
ponível em: <http://www.riodasostras.rj.gov.br/noticia403.html>. Acesso em: 14
dez. 2015.
TEIXEIRA, R. Explosão deixa ao menos três mortos no centro do Rio de Janeiro. UOL
– Notícias - Cotidiano. Disponível: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-no-
ticias/2011/10/13/explosao-deixa-pelo-menos-cinco-feridos-no-centro-do-rio-diz-
-tv.htm . Acesso em 08/12/2014. Fonte: texto alterado pelo autor.
TRAGÉDIA em Santa Maria. UOL. Disponível em: <http://noticias.terra.com.br/brasil/
cidades/tragedia-em-santa-maria/incendio-na-kiss/>. Acesso em: 4 jan. 2016.
235
GABARITO
UNIDADE I
1. C
2. B
3. D
4. V, F, F, F.
UNIDADE II
1. F
2. F
3. V
4. V
5. A
UNIDADE III
1. 1 - F.
2. 2 - V.
3. 3 - F.
4. - V.
GABARITO
5. –
■■ a localização correta dos extintores, isto é, se todos se encontram em seus devi-
dos lugares, pois como existem os tapetes que podem ser utilizados como de-
marcação, às vezes esses podem ser tirados dos lugares exatos.
■■ o seu acesso, isto é, se estão livres e desobstruídos, sem nenhuma obstrução na
frente, aos lados ou em cima do extintor.
■■ os lacres de carga, pinos de segurança, rótulos de registro das inspeções, selo do
INMETRO estão em perfeitas condições, pois pode acontecer do rompimento do
lacre e, com a ação do tempo, o rótulo do extintor ou do registro ou o selo do
INMETRO estarem corroídos.
■■ os possíveis danos sofridos em eventuais quedas, pancadas, choque, etc. podem
causar vazamento e despressurização do extintor.
UNIDADE IV
1. –
■■ Forma ziguezague deitada: recomenda-se essa forma de acondicionamento nas
caixas de hidrantes, para locais que não possuem brigadistas. A mangueira nun-
ca deve ficar acoplada no registro.
■■ Forma ziguezague em pé: recomenda-se essa forma de acondicionamento nas
caixas de hidrantes, para locais que não possuem brigadistas. A mangueira nun-
ca deve ficar acoplada no registro.
■■ Forma aduchada: recomenda-se essa forma de acondicionamento nas caixas de
hidrantes, para locais que possuem brigadistas. A mangueira nunca deve ficar
acoplada no registro.
2. Mangueira enroladas e posicionadas de forma adequadas, esguichos e chave
storz e em alguns casos a tampa para fechar os registros.
3. Resposta correta: alternativa c:
a. Fumaça e Temperatura.
b. Assoprar e Temperatura.
c. Temperatura e Fumaça.
d. Água e alarme.
237
GABARITO
4. Para que os chuveiros tenham sua eficácia, é necessário que exista espaço li-
vre de, pelo menos, 1,00 m (um metro) abaixo do empilhamento de caixas (por
exemplo) e ao redor dos pontos de saída de água dos chuveiros e que seus regis-
tros estejam sempre abertos, para que quando ativados consigam liberar a água.
UNIDADE V