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CENTRO UNIVERSITÁRIO SALESIANO DE SÃO PAULO

UNIDADE DE ENSINO DE LORENA

Memórias Afetivas no Ciclo de Vida:

Resgate da Identidade de Idosos através de Contação de Historias e


Causos

Lorena

2017
Maicon Augusto Rodrigues dos Santos
Pedro Tadeu Silva Elache e Oliveira
Thiago Henrique de Lima

Memórias Afetivas no Ciclo de Vida:

Resgate da Identidade de Idosos através da Contação de Historias e


Causos

Projeto de intervenção apresentado


ao Estágio Psicogerontologia, Curso
de Psicologia, Centro UNISAL, U. E.
de Lorena.
Área de Pesquisa (UNISAL):
Formação de Educadores e
Educação Sociocomunitária.
Área de Concentração: Psicologia
Educacional e Escolar.
Linha de Pesquisa: A aprendizagem
Formal, Não-formal e informal.
Ênfase: Educação Social.
Orientadora: Dra. Prof.ª Alda Patrícia
Fernandes Nunes Rangel

Lorena

2017
Justificativa

A identidade humana não pode ser construída sem o apoio da memoria. Um


dos desafios enfrentados pela Psicogerontologia nos dias atuais é possibilitar o
resgate da memoria e consequente identidade do idoso. No passado o idoso era
visto como sábio e em muitas culturas era a ele delegado às decisões mais
importantes que permeavam a sociedade. Hoje em grande parte da sociedade o
idoso é visto e sentido como fardo, sem perspectivas de futuro resta-lhe definhar
seja em uma instituição de longa permanência, em um quarto ou canto de casa
deixado a esmo como um objeto sem valor. Restam àqueles que ainda mantem uma
vida psíquica sadia, o retorno ao passado, a um mundo de recordações e vivencias
que este nutria e era sentido como útil a sociedade sendo então valorizado. Vale
ressaltar a importância do folclórico, do popular, daquilo que é transmitido por via
oral de geração a geração. Para definir literatura oral, vale dizer que é o conjunto de
lendas e histórias populares, geralmente bastante antigas, difundidas oralmente e
perpetuadas pela tradição.
Ao idoso são reservadas muitas perdas, dentre as quais a memoria talvez
seja a mais importante, pois sem ela não existe identidade. Cientes disto, propomos
um trabalho com idosos em uma Instituição de Longa Permanência na cidade de
Guaratinguetá visando o resgate da memoria. O desenvolvimento e a manifestação
da memoria dependem, não somente dos esforços do próprio individuo, sendo
também importante o contexto social onde o mesmo se encontra inserido. Ciente
disso, a sociedade favorece a preservação na medida em que possibilita ao
individuo vivenciar a experiência de compartilhar suas lembranças. A sociedade tem
responsabilidade quanto à manutenção da saúde física e psíquica dos idosos,
possibilitando e incentivando uma abertura a novas experiências, valorizando suas
memorias bem como o resgate de sua identidade.
Assim sendo, este trabalho se mostra relevante tanto no aspecto cientifico
como social, trazendo acréscimos à formação destes acadêmicos.
Base teórica

Cientes de que se fazem necessários estudos frente à temática memória e


identidade frente às intervenções em Psicogerontologia na Instituição de Longa
Permanência para Idosos. Surge a questão de como faríamos uma intervenção
efetiva nos dias atuais? Após algumas pesquisas decidimos por trabalhar as
memórias e identidade sociais que remetem especificamente às historias de vida,
através da contação de historias e causos. Também conhecida como história oral.
O comprometimento da memória esta intimamente ligada ao processo de
envelhecimento, tendendo ao agravamento quando em culturas que pouco ou
nenhuma valorização dão aos idosos. Uma das características que separam o
homem do restante dos animais é justamente sua capacidade de adquirir e
manipular informações ao longo de sua existência, fazendo inúmeras conexões,
criando e recriando interpretações.

A capacidade de armazenar e manipular informações adquiridas


anteriormente é um atributo da existência humana. A memória define
e distingue cada ser pelo conjunto de recordações próprias e pelas
inúmeras associações de ideias e pensamentos que o ser humano é
capaz de compor. (Sabbatini 2003).

Ao buscarmos pelo conhecimento ampliado do idoso nos deparamos com a


necessidade de resgatar sua historia e assim atingir limiares mais profundos de sua
memória, ajudando assim, no combate em patologias como o Alzheimer, o
Parkinson ou mesmo de âmbito psicomotor, gerados pelos esquecimentos de áreas
cerebrais especificas não utilizadas normalmente pela institucionalização do idoso,
ou mesmo, seu esquecimento. A memória em sua composição biológica evidencia a
não mutação e/ou alteração de determinados locais em que fora fixada através dos
afetos. Este conhecimento permite-nos aprofundar os estudos teóricos de forma a
indagar como poderíamos contribuir quanto ao resgate das memórias individuais a
fim de trazer à tona a identidade do idoso em estado de institucionalização
permanente em ILPI.
Qual é a verdadeira construção da memória? É coletivo ou individual? De
acordo com a pesquisa bibliográfica efetuada pelo grupo, percebemos que
acontecimentos individuais em âmbito coletivo contextualizam determinadas marcas
fixadas no inconsciente individual e refletem o inconsciente coletivo. Em socialização
histórica e/ou política há assim um processo de identificação ou projeção individual
frente a tais situações que seriam impossíveis que não fossem memorizadas na
memória individual, incluindo seus traumas, uma vez também, que a memória assim
como a personalidade subjetiva é constituída por personagens, pessoas que fizeram
daquele ou daquele outro insubstituível para a construção do seu ser singular e
social. Tanto uma marcação, monumento, ou qualquer que seja a fonte prioritária de
resgate dessa memória para uma identificação com seu ser, fazem parte do coletivo
que se realiza no individual como manifestação de sua historia, no coletivo para o
individual, ou do individual para o coletivo dependendo de sua forma em que é
constituída.
Há também uma vivência fenomenológica no que tange a identidade, o
sentido da imagem de si, para si e para os outros como um espelho da memória que
simpatiza com esses conceitos fenomenológicos por intermédio de uma visão
própria em condições de adaptação deste no mundo. Essa memória construída
ajuda a compor a identidade, através da imagem que traz de si frente à do que
espera de si, bem como se vê e espera do outro. A memória, portanto, constitui
elemento importantíssimo para a constituição da identidade, tanto individual quanto
coletiva, bem como na reconstrução de continuidade de um individuo coerente e
pertencente a um grupo e a si próprio. Assim ao invés de tratarmos a identidade
como algo imutável e finalizada no inicio da idade adulta, deve-se abordar a questão
da identificação, e vê-la como um processo decorrente das experiências humanas
durante toda sua vida. A identidade surge não tanto da plenitude da identidade que
já está dentro de nós como indivíduos, mas de uma falta de inteireza que é
“preenchida” a partir de nosso exterior, pelas formas através das quais nós
imaginamos ser vistos por outros (HALL, 2006, p. 38-9).
É a partir da memória que o sujeito conquista sua identidade, sem ela seria
impossível armazenar e manipular informações. CORREA apud OLIVEIRA, LEITE e
SILVA (2013) afirma que não existe apenas uma memoria, mas varias memorias. A
memoria é uma função psíquica bastante complexa e divide-se em setores variados,
como memoria de longa duração (ligada a um passado longínquo) e a de curta
duração (memoria imediata, ligada a fatos recentes). Ainda podemos subdividi-las
em: Memória Episódica: refere-se a acontecimentos restritos a um contexto têmporo-
espacial. Pode-se valorizar o modo “ecológico” convidando o paciente a narrar os
principais acontecimentos do dia ou as diversidades no trajeto até chegar ao local da
entrevista (memória retrógrada). Memória Semântica: é a memória de fatos,
conceitos e significados. É difícil delimitar este tipo de memória de determinadas
funções linguísticas. Pode-se medi-la com provas de vocabulário da escala
Wechsler ou, de maneira rápida, por modo de recordação de categorias, por
exemplo, de animais em um minuto. Memória procedimental ou processual ou
implícita: é a que não se pode examinar de modo consciente, nem pode expressar-
se, medir-se mediante um sistema simbólico, por exemplo: a fala. Sua valorização
requer aprendizagem e execução de condutas específicas. A aprendizagem e
execução de condutas motoras é um dos principais tipos de memória processual.
Pode-se medi-la valorizando a curva de aprendizagem obtida em provas de
labirintos ou de escrita em espelho. Memória de trabalho: gerencia a realidade,
mantem a informação que está sendo processada, ou seja, o aqui e agora.
Segundo Izquierdo (2002) memoria é a função cerebral que se praticada
intensamente não esmaece; se não recordada, dissolve-se no esquecimento. Ainda
de acordo com o autor, a melhor forma de manter viva a memoria, é por meio da
leitura, e a melhor maneira de manter viva em particular cada memoria é
recordando-a. Embora pareça ser a memória um fenômeno individual, é na verdade
uma construção social, pois insere o humano no mundo. Recordar algo é recordar
baseado na experiência humana inserida num contexto social. O que há para
recordar naquele cuja existência jamais teve contato com outro humano? Nada, pois
sequer estaria vivo se não tivesse sido inserido no meio. Parte desta memória é
herdada, encontra-se inscrita no virtual. O modo como cada sujeito recebe, percebe,
codifica, armazena, acessa e recupera a informação é particular, há ainda que se
saber que nem todas as memorias podem ser evocadas, recupera-se se possível
apenas o que pode ser registrado.
A individualidade não nos permite a sobrevivência, não vivemos bem de modo
isolado, precisamos dos grupos para ser aceitos e precisamos da interação com o
meio. A Psicologia Analítica baseia-se no inconsciente coletivo, nos arquétipos e
complexos para sustentar a existência humana. A partir disto o homem é aquilo que
recorda bem como aquilo que esquece, sublima, recalca etc.
Jung chamou de inconsciente coletivo a camada mais profunda da
psique humana, ao que concebeu seu conteúdo como uma
combinação de padrões e forças universalmente predominantes, os
arquétipos e os instintos. Nesta camada da psique humana, afirma
que nada é individual ou único nos seres humanos, ou seja, uma
memoria da existência humana que invade, domina e opera nos
níveis mais baixos da mente. (...) Percebeu que há na mente
humana, algo que nos conecta a um passado comum. Imagens e
símbolos transcendem épocas e povoam o inconsciente coletivo,
sendo comum a todos independente da origem, local e época (O
Mapa da Alma).

Sob o enfoque orgânico, memoria é constituída de células nervosas que se


organizam e armazenam em redes, e ativadas pelas mesmas ou por outras redes,
sendo o estado de ânimo, as emoções e o nível de consciência, responsáveis em
grande parte pela regulamentação deste processo.

Capacidades físicas e mentais podem ser estimuladas, mantidas e,


até mesmo, recuperadas, especialmente quando sua perda for
causada por fatores extrínsecos, como falta de atividade, ou o
predomínio, no cotidiano, de atividades pouco desafiadoras a mente
e ao corpo. (Rowe & Kahn apud Almeida ET All).

Ao se trabalhar atividades com um grupo de idosos, reserva-se um espaço no


qual as experiências guardadas na memória pudessem ganhar sentido através da
narrativa. A experiência narrativa, de acordo com Certeau (1994), é diferente de uma
simples técnica de descrição. Para o autor, contar uma história é criar espaço para a
ficção, é uma arte do dizer e de fazer a história. Essa prática implica uma relação
indissociada do tempo, da noção de duração, da memória criando forma no ato
mesmo da fala: “o discurso produz efeitos ao querer dizer outra coisa do que aquilo
que se diz; exerce sua estratégia por um desvio pelo passado, recorrendo à
memória como uma de suas táticas geradoras de sentido”. (Mairesse & Fonseca,
2002, p.114)
A experiência narrativa recorre ao passado para lançar mão das histórias
impressas na memória. E é por essa última que o passado se produz não apenas
como um antigo presente, mas enquanto algo que se constrói no próprio presente:
“a memória se constrói no encontro com os acontecimentos, em seu instante ainda
virtual, quase pronto para realizar-se. Assim, a memória consiste num meio de
transformar os lugares”. (Mairesse & Fonseca, 2002, p114).
Opera também mudanças na própria personalidade do ser, que ao recontar
sua historia mesmo que de modo silencioso lhe abre perspectivas de melhor
compreensão de sua existência.

O símbolo que tem origem na infância reverbera por toda a


vida do ser, como exemplo, as reações corpóreas que este bebe
expressa diante do medo ou a sensação de abandono, quando suas
estruturas psíquicas são erigidas inicialmente e suas reações
psicofisiológicas. Esta primeira marca provocaria no adulto um
padrão infantil de comportamento ao reviver tanto o medo quanto à
sensação de abandono, resultando em um sintoma físico. Estas
experiência terríveis porem necessárias ao infante, são mediadas
pela mãe ou cuidador (a), que ao nomear as experiências
(sensações) impede que fique apenas no corpo (Ramos, 2006).

Evocar a memória é um trabalho de subversão de paradigmas que alienam o


sujeito de sua história, ou ainda, de enfrentamento da velocidade e da fugacidade da
vivência do tempo na atualidade.
Essa arte de contar histórias, na realidade, é uma arte do encontro do que já
passou com o que é atual, do encontro com a presença das ausências, com as
diferentes gerações, somente através da memória se pode atingir o passado, e este,
não existindo como um antigo presente, só se torna possível enquanto produção no
presente. Assim, é somente a partir de hoje que se pode falar sobre o passado, e é
implicado no presente e comprometido com o futuro que se faz valer o passado.
(Mairesse & Fonseca, 2002, p.114).
As marcas deixadas na alma caracterizam o trajeto percorrido por cada ser
humano na jornada da vida. Recordar, rememorar ou reviver tais lembranças implica
a decisão consciente ou não de se ater as consequências decorridas dos atos
cometidos no passado. Narrar a própria historia é possibilitar a si próprio uma melhor
interpretação do passado, permitindo neste feito integrar a consciência aspectos
talvez antes negados por estarem associados a lembranças dolorosas. Por fim,
somos aquilo que narramos de nós mesmos onde, nossa identidade mutável se
constrói ao longo da vida. Com relação aos causos, o dicionário Houaiss (2005), ao
apresentar o verbete causo, classifica-o como substantivo masculino, de uso
informal e marca de regionalismo brasileiro, cuja etimologia é proveniente do
cruzamento de caso e causa. O que aconteceu; acontecimento, caso, ocorrido.
Exemplo: <foi assim que se deu o causo>, <é um causo de muitos anos>. Narração
geralmente falada, relativamente curta, que trata de um acontecimento real; caso,
história, conto. Exemplo: quase todos gostam de ouvir um causo, contador de
causos de assombração.

OBJETIVOS
Geral
O trabalho a ser realizado junto aos idosos buscará o resgate da identidade
através de 10 Oficinas, estimulando suas memorias através dos cinco sentidos.
Específico
Através de multitarefas para o resgate de identidade a serem realizadas na
instituição o institucionalizado será incentivado para a abertura a novas
experiências, desse modo o idoso ressignificará sua vida através de suas memorias
e reconstruirá sua identidade, nutrindo uma vida psicológica sadia e valorizando o
seu espaço social.
DESCRIÇÃO
Lar Vicentino de Guaratinguetá
Obra unida á sociedade de São Vicente de Paulo
Rua Jose Fernandes, s/n, Parque Santa Clara, Guaratinguetá, SP,
cep 12509-440 tel.: 12 31325536
CNPJ: 02.415.429/0001-75
Número de Funcionários: 20 CLT (Consolidação das leis do trabalho): 1
enfermeira, 5 técnicas em enfermagem, 2 cuidadoras de idosos, 2 auxiliares
administrativos, 3 auxiliares de cozinha, 3 ajudantes gerais, 1 monitora, 1 auxiliar de
manutenção, 1 assistente social, 1 fisioterapeuta.
Homens: 7
Mulheres: 10
Diretor: João Marcondes dos Santos Filho
Responsável pelos estagiários: Pedro Henrique Rodrigues Galvão Nunes
Parte física: 3 quartos, 4 banheiros (sendo 3 nos quartos e 1 social), horta,
refeitório, sala, capela, cozinha, despensa e lavanderia.

ATIVIDADES / ESTRATEGIAS
1. Apresentação – Quem sou eu?
2. Oficina profissões no passado
3. Oficina de brinquedos e brincadeiras dos tempos remotos
4. Oficina de estimulação sensorial (Temperos)
5. Oficina de música e temporalidade
6. Oficina de contação de histórias e causos de outros tempos
7. Oficina de contação de histórias e causos de outros tempos
8. Oficina evolução tecnológica do que se tinha até o momento
atual
9. Oficina de música e temporalidade
10. Fotografias antigas
11. Narrativa de vida: ouvindo os idosos
12. Encerramento festivo

Cronograma:

29/08: primeira visita para conhecimento do local e levantamento de dados.

04/09: segunda visita para levantamento de dados.

08/09: apresentação de outro integrante e coleta dos dados finais.

12/09: entrega da carta de apresentação.

30/09: entrega do projeto para instituição e Apresentação – Quem sou eu.

02/10: aplicação Oficina profissões no passado.


07/10: aplicação da Oficina de brinquedos e brincadeiras dos tempos
remotos.

09/10: aplicação da Oficina de estimulação sensorial (Temperos).

14/10: aplicação da Oficina de música e temporalidade.

16/10: aplicação da Oficina de contação de histórias e causos de outros


tempos.

21/10: aplicação da Oficina de contação de histórias e causos de outros


tempos.

23/10: aplicação da Oficina evolução tecnológica do que se tinha até o


momento atual

28/10: aplicação Oficina de música e temporalidade

30/10: Fotografias antigas

04/11: Narrativa de vida: ouvindo os idosos

06/11: Encerramento festivo

Procedimentos

1. Apresentação – Quem sou eu? : Será feito o primeiro contato com os idosos
com intuito de cada um se apresentar e falar de si para que se crie um vínculo
e possa dar início as atividades.
2. Oficina profissões no passado: Será desenvolvida a partir de imagens de
profissões de suas épocas, o idoso será convidado a falar sobre as imagens a
ele apresentadas. Deverá responder a algumas perguntas a respeito de como
eram estas profissões, onde e como era exercida. Ao final será dado um
período para o institucionalizado dissertar sobre sua profissão e quais são
suas memorias sobre ela.
3. Oficina de brinquedos e brincadeiras dos tempos remotos: Imagens de
brinquedos e brincadeiras do passado que serão apresentadas através de
fotos. O idoso será convidado a identificar os brinquedos e brincadeiras bem
como se fazia ao brincar.
4. Oficina de estimulação sensorial (Temperos): Através de temperos o idoso
será convidado a identificar através do aroma e do toque quais os produtos
utilizados e contar algo que se recorda, como por exemplo, uma refeição que
utilizava aquele tempero.
5. Oficina de música e temporalidade: Músicas de décadas atrás serão tocadas.
Será solicitada aos idosos a identificação se possível do musico bem como
seguir cantando um trecho.
6. Oficina de contação de historias e causos: estimularemos os idosos a narrar
os causos de sua época, as lendas, o folclore etc
7. Oficina de contação de historias e causos: estimularemos os idosos a narrar
os causos de sua época, as lendas, o folclore etc
8. Oficina evolução tecnológica do que se tinha até o momento atual: Será
debatido com os idosos sobre as evoluções tecnológicas que viveram e como
isso afetou suas vidas. (Carta – telefone, rádio – TV e internet).
9. Oficina de música e temporalidade: Será reaplicada a atividade com músicas
de décadas atrás que serão tocadas, solicitando aos idosos a identificação se
possível do musico bem como seguir cantando um trecho.
10. Fotografias antigas: Será desenvolvida a partir de fotografias de suas épocas,
o idoso será convidado a falar sobre as imagens a ele apresentadas. Deverá
responder a algumas perguntas a respeito do que essas fotografias remetem
a eles.
11. Narrativa de vida: ouvindo os idosos: Atividade com objetivo de resgatar as
memórias de acontecimentos vividos por eles. Para os idosos, o resgate e a
comunicação de suas experiências possibilitaram criar um espaço de
interlocução de suas memorias, ressignificando o passado e o presente.
12. Encerramento festivo: Momento reservado para o encerramento das
atividades na instituição. Um momento festivo será preparado pra os idosos e
instituição para encerrar as atividades realizadas no local.
Referências Bibliográficas

Mello, M. A. Velhice e Espiritualidade na Perspectiva da Psicologia Analítica, Tese de


Doutorado em Psicologia Clínica – Pontifica Universidade Católica de São Paulo. São Paulo,
2012.

Almeida, M.H.M. ET AL. Oficina de memória para idosos: estratégia para promoção da
saúde., Interface – Comunic, Saúde, Educ, v11, n.22, p 271-80, maio/ago 2007.

Pollak, M. Memória, Esquecimento, Silencio, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol 2, n.3,
1989, p 3-15.

Izquierdo, I; Bevilaqua, L.R.M.; Cammarota, M. A Arte de Esquecer, Estudos Avançados 20


(58), 2006.

Oliveira, K.C.S; Leite, M.A.; Silva, P.C.D.; Memoria. Cadernos Cespuc, Belo Horizonte, n.23
– 2013.

Sabbatini, R. M. E., Descobertas históricas sobre a memória humana. Instituto Edumed para
Educação em Medicina e Saúde Núcleo de Informática Biomédica da UNICAMP CURSO
DE HISTÓRIA DAS NEUROCIÊNCIAS

CORREA, Mariele Rodrigues; JUSTO, José Sterza. Relato de experiência/ prática


profissional: oficinas de psicologia: memorias e experiências narrativas com idosos.
UNESP, 2010.

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