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Guia de Estudos

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CINCO SOLAS
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Curso Fiel de Liderança


Guia de Estudos – Cinco Solas
Traduzido do original em inglês
God Alone – Study Guide
Copyright©2005, 2010 by Robert Charles Sproul

Publicado por Ligonier Ministries

Copyright©2017 Curso Fiel de Liderança


1ª Edição em Português 2017

Todos os direitos em língua portuguesa reservados por Curso Fiel de Liderança da Missão
Evangélica Literária

PROIBIDA A REPRODUÇÃO DESTE CONTEÚDO POR QUAISQUER MEIOS, SEM A


PERMISSÃO ESCRITA DOS EDITORES, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM
INDICAÇÃO DA FONTE.

Diretoria Administrativa: Alexandre da Costa Oliveira


Diretoria Acadêmica: Tiago José dos Santos Filho
Diretoria Executiva: James Richard Denham III
Caixa Postal 1601 Coordenação Pedagógica: Laise Helena Oliveira
CEP 12230-971 Tradução: Alan Cristie
São José dos Campos – SP Revisão: Yago Martins
PABX: (12) 3919-9999 Diagramação: Laise Helena Oliveira
www.cursofieldelideranca.com.br Capa: Laise Helena Oliveira

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SUMÁRIO

O Curso Fiel de Liderança................................................................................ 5

Como usar este Guia de Estudos...................................................................... 6

Sola Fide – Aula 1............................................................................................ 7

Sola Fide – Aula 2............................................................................................ 14

Sola Gratia – Aula 1......................................................................................... 22

Sola Gratia – Aula 2......................................................................................... 30

Sola Christus – Aula 1...................................................................................... 37

Sola Christus – Aula 2...................................................................................... 45

Sola Scriptura – Aula 1..................................................................................... 53

Sola Scriptura – Aula 2..................................................................................... 60

Sola Deo Gloria – Aula 1.................................................................................. 67

Sola Deo Gloria – Aula 2.................................................................................. 74

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O CURSO FIEL DE LIDERANÇA

O Curso Fiel de Liderança (CFL) é o ministério de educação teológica do Missão


Evangélica Literária (Ministério Fiel).
Este ministério, idealizado há mais de 20 anos pelo missionário Richard Denham Jr. -
Pr. Ricardo, fundador da “Fiel”, tem como alvo primário oferecer aos pastores, líderes,
professores e estudantes de teologia uma oportunidade de refletir e aprofundar seus
conhecimentos em temas bíblicos, baseados em uma cosmovisão reformada, que
possam cooperar com o seu crescimento na fé e na sã doutrina, o que certamente será
refletido em seu ministério de ensino e instrução do povo de Deus, na igreja local.
No ano de 2011, o CFL ganhou corpo, com o planejamento do primeiro curso. As
gravações das aulas deram início no ano de 2012 e, a partir deste momento, o número
de cursos oferecidos pelo CFL têm crescido consideravelmente ano a ano.
Atualmente, o CFL possui parceria com diversas instituições internacionais o que
tem resultado em reconhecimento internacional. O corpo docente é composto por
brasileiros e estrangeiros, mestres e doutores em teologia, que têm se dedicado ao
ensino e influenciado positivamente o cenário teológico contemporâneo.
O Curso Fiel de Liderança tem se preocupado em zelar pela qualidade teológica dos
cursos oferecidos para que você, ao estudar, seja enriquecido na Palavra.
Rogamos a nosso Deus que ele se agrade em fazer uso do conteúdo deste curso
para edificar sua vida e aquecer o seu coração.
Que o Senhor o abençoe em seus estudos!

Equipe CFL

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COMO USAR ESTE GUIA

Este Guia de Estudos foi desenvolvido para ser utilizado juntamente com as aulas do
curso “5 Solas”. Se você é um aluno matriculado no CFL, tem permissão para fazer o
download desse material que se encontra na Biblioteca Virtual. Este recurso tem a
finalidade de colaborar com os seus estudos pessoais, através de um melhor
aproveitamento do conteúdo do curso.
Neste guia, para cada aula, você encontrará uma breve introdução; indicações de
leituras bíblicas, as quais consideramos extremamente importantes, pois auxiliarão na
fixação da matéria ministrada; uma descrição dos objetivos do processo de
aprendizagem; uma ou mais citações que corroboram com o conteúdo ministrado em
aula; o esboço da aula; exercícios de fixação (a quantidade de exercício proposta no
Guia excede o número proposto ao longo do curso); questões para estudos bíblicos,
que procuram relacionar o conteúdo estudado com a Palavra de Deus; questões para
reflexão das quais algumas foram propostas ao longo do curso; e, finalmente, uma
aplicação, que procura relacionar o conteúdo ministrado com a prática cristã.
Assim, nossa recomendação é para que, embora tenhamos parte do Guia de
Estudos nas atividades do portal, você o imprima e o utilize durante o
acompanhamento das videoaulas, sabendo que essa atitude será enriquecedora para
seus estudos particulares.
Oramos para que este Guia de Estudos seja de bom proveito aos alunos do curso “5
Solas”.

Equipe CFL

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SOLA FIDE – Aula 1


Somente a Fé

Introdução à Aula
O argumento de que a justificação é “sola fide”, ou pela fé somente, foi uma
questão central na Reforma Protestante do século XVI. A Igreja Católica Romana
afirmava que a justificação é pela fé com a adição de obras. Os Reformadores
argumentaram que a justificação é pela fé somente, sem a adição de quaisquer hoje.
Nesta aula, o Dr. Sproul discute o “sola fide”.

Leitura Bíblica
Gênesis 12

Objetivos de Aprendizado
1. Identificar os cinco “solas” da Reforma Protestante;
2. Enfatizar a importância do debate sobre a justificação no século XVI;
3. Definir a doutrina Católica Romana da justificação.

Citação
“Quando Abraão ressuscitar no último dia, ele nos censurará pela nossa
incredulidade, e dirá: ‘Não tive eu um centésimo das promessas que vós
tivestes, e ainda assim cri’. Tal exemplo de Abraão excede toda a razão natural
humana que, subjugando o amor paternal que ele teve para com seu único
filho Isaque, foi obediente a Deus e, contrário às leis naturais, teria sacrificado

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tal filho. Aquilo que, no espaço de três dias, ele sentiu em seu seio; como seu
coração se apiedava e palpitava; e quais hesitações e tribulações ele teve, não
podem ser expressadas”.
— Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. Os cinco “solas” foram os pontos de união da Reforma Protestante.
1. Sola Fide = Somente a Fé
2. Sola Gratia = Somente a Graça
3. Solus Christus = Somente Cristo
4. Sola Scriptura = Somente a Escritura
5. Soli Deo Gloria = Glória Somente a Deus

B. A afirmação protestante de que a salvação é “sola fide”, ou pela fé somente, foi


uma questão central na Reforma Protestante do século XVI.
1. Os Reformadores Protestantes argumentaram que a justificação do homem é
pela fé somente, sem a adição de quaisquer obras ou mérito do homem.

C. O debate sobre a justificação do homem diante de Deus era uma questão


significativa no século XVI.
1. A questão da justificação do homem recebe menos atenção hoje por causa do
predomínio do relativismo.

D. A verdade bíblica sobre a condenação do homem que está fora da justificação


de Deus precisa ser pregada e ensinada na igreja moderna.
1. Muitos, na igreja, não creem verdadeiramente na doutrina da justificação pela
fé somente e, portanto, não a enfatizam.

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E. A ênfase do Evangelho no livramento do homem da ira de Deus foi esquecida


em muitos círculos cristãos.
1. O Evangelho não simplesmente nos livra de maus hábitos, vícios, fracasso
social, deficiência psicológica e relacionamentos quebrados.
2. O foco central do Evangelho é o livramento de pecadores do juízo de Deus.

F. A Igreja Católica Romana tem argumentado historicamente que a justificação é


através da fé, da graça e de Cristo, mas também que estes não são os únicos meios.
1. A Igreja Católica Romana ensina que a fé é a iniciação, o fundamento e a raiz da
justificação.
2. A Igreja ensina que a graça é necessária para a justificação.
3. A Igreja também afirma que a expiação de Cristo é necessária para a
justificação do homem.

G. A Igreja Católica Romana não crê que a justificação seja pela fé somente, pela
graça somente ou por Cristo somente.
1. A Igreja Romana ensina que a justificação é através da fé adicionada às nossas
obras; através da graça adicionada ao nosso mérito; e Cristo, adicionado a nós
mesmos, nos traz justificação.
2. Os Reformadores rejeitaram a ideia de que o homem possa executar boas
obras, produzir mérito ou exibir a justiça pessoal necessária para a salvação.

H. A Igreja Católica Romana vê o batismo como a “causa instrumental” ou o


método de justificação.
1. A igreja crê que através do batismo as pessoas recebem uma infusão da graça.

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2. Um membro batizado da igreja é justificado se consentir com a infusão da graça


e não cometer um pecado mortal.
3. O sacramento da penitência traz perdão no caso de um pecado mortal.
4. A justificação é adquirida na Igreja Católica Romana através dos instrumentos
dos sacramentos.

I. Os Reformadores argumentaram que a causa instrumental de justificação não é


através de qualquer sacramento ou obra, mas através da fé em Cristo somente.

Exercícios de Fixação
1. A afirmação protestante de que a salvação é , ou através da fé
somente, foi uma questão central na Reforma Protestante.
a. Sola Fide
b. Sola Gratia
c. Solus Christus
d. Sola Scriptura

2. O debate sobre a justificação do homem diante de Deus foi uma questão


significativa no século .
a. XIV
b. XV
c. XVI
d. XVII

3. A questão da justificação do homem recebe menos atenção hoje por causa do


predomínio .
a. Do relativismo

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b. Da ortodoxia
c. Do catolicismo
d. Do protestantismo

4. A Igreja Católica Romana ensina que é a iniciação, o


fundamento e a raiz da justificação.
a. A graça
b. A fé
c. O batismo
d. A penitência

5. A Igreja Católica Romana vê como a “causa instrumental” ou o


método de justificação.
a. A penitência
b. O batismo
c. A Ceia do Senhor
d. A extrema unção

6. Os rejeitaram a ideia de que o homem possa executar boas


obras, produzir mérito ou exibir a justiça pessoal necessária para a salvação.
a. Católicos romanos
b. Cristãos ortodoxos
c. Reformadores
d. Humanistas

7. A Igreja crê que, mediante o batismo, as pessoas recebem uma infusão


.

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a. Da graça
b. Das obras
c. Da perfeição
d. Da oração

8. Os reformadores argumentaram que a causa instrumental da justificação não é


através de qualquer de sacramento ou obra, mas através .
a. Da fé somente
b. Do batismo
c. Dos últimos ritos
d. Da igreja

Estudo Bíblico
1. Qual é a ordem que Deus dá a Abrão no início de Gênesis 12? Por que essa seria
uma ordem especialmente desafiadora para a época e a cultura de Abrão?
2. Qual papel Deus executará ao abençoar Abrão? Qual é o papel de Abrão?
3. Qual é a reação de Abrão à ordem de Deus? Você acha que as ações de Abrão
foram difíceis?
4. O que Abrão faz toda vez que ele se muda para um novo local? Qual você acha
que é o significado de tal prática?
5. Qual era o temor de Abrão quando ele e a sua esposa entraram no Egito? Como
ele tenta resolver tais circunstâncias e falha em confiar em Deus?
6. Quais são os dois lados do caráter de Abrão revelados nesse capítulo? Como
você se identifica ou não com Abrão?

Questões Para Reflexão

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1. Que teste significativo de fé Deus permitiu que você experimentasse? Qual foi a
sua reação a tal experiência?
2. Como Deus o chama atualmente a fé e obediência, mesmo com o caminho
adiante sendo obscuro? Como é a sua fé em meio ao que parece ser sofrimento e
decepção sem sentido?
3. Você tem a fé necessária para crer que a posição em que você está hoje é
exatamente onde Deus quer que você esteja? Como a vida de Abraão o desencoraja à
manipulação e o encoraja a uma vida de confiança?
4. Que papel tem a fé no ouvir a voz de Deus? Como o que nós cremos a respeito
de Deus afeta a maneira como o ouvimos?
5. Quais são as verdades que você conhece racionalmente, mas ainda assim são
difíceis de crer com o coração?

Aplicação
1. Peça ao Senhor que lhe dê a fé que você precisa para segui-lo em obediência,
independente das suas atuais circunstâncias.
2. Considere como você é tentado a substituir a sua fé com a filosofia deste
mundo.

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SOLA FIDE – Aula 2


Somente a Fé

Introdução à Aula
A justificação de pecadores foi uma central questão de debate para Martinho
Lutero durante a Reforma Protestante. A Igreja Católica Romana afirmava que o
homem era justificado pela fé com a adição de obras de mérito. Lutero argumentou a
partir da Escritura que a justificação é, do princípio ao fim, uma obra de Deus. É
somente através da fé que o homem pode abraçar a graça de Deus, sem qualquer
crédito para si mesmo. Nesta aula, o Dr. Sproul continua a discutir a doutrina da
justificação pela fé somente.

Leitura Bíblica
Gênesis 15-17

Objetivos de Aprendizado
1. Resumir a doutrina da justificação católico-romana;
2. Discutir a resposta protestante à doutrina da justificação católico-romana;
3. Discutir o impacto dos eventos do século XVI no debate sobre a justificação.

Citação
“A substância da fé é a nossa vontade; seu modo é que abracemos a Cristo pelo
divino instinto; sua causa final e seu fruto, que purifica o coração, nos torna
filhos de Deus e, com isso, nos traz a remissão de pecados”.

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—Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. A Reforma Protestante foi, em grande parte, uma controvérsia sobre como um
homem, ou mulher, é justificado por Deus.
1. A Igreja Católica Romana argumentava que o homem não é justificado pela fé
somente e à parte de outras obras.
2. Os reformadores protestantes argumentavam que o homem é justificado pela
fé somente, à parte de outras obras.

B. O Papa argumentava que ele tinha a autoridade para libertar as pessoas do


purgatório através da venda de indulgências.

C. A igreja chamava o sacramento da penitência de segunda tábua de justificação,


para aqueles que haviam perdido a sua justificação ao cometer um pecado mortal.
1. O sacramento da penitência exigia a confissão do pecado, uma oração de
contrição e a absolvição sacerdotal.
2. Obras de satisfação eram o último componente do sacramento da penitência, e
serviam para satisfazer as exigências da Lei de Deus.
3. Obras de satisfação conquistavam para o penitente mérito para com Deus.

D. O mérito “condigno” reflete o merecimento do penitente e o mérito “côngruo”


reflete as obras do penitente.

E. A doação de esmolas era uma obra de satisfação definida pela Igreja Católica
Romana.

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1. Dar aos pobres poderia conceder ao penitente as suas obras de satisfação.

F. O papado enfatizava a importância de um coração arrependido, mas


vendedores ambulantes de indulgência, como Johann Tetzel, pareciam enviar a
mensagem de que era possível comprar a própria salvação.

G. Martinho Lutero atacou os abusos do sacramento da penitência da Igreja,


atacando, assim, a própria doutrina.
H. A Igreja tinha o poder das chaves para transferir uma porção do tesouro de
mérito para aqueles que estavam no purgatório que careciam de mérito suficiente.
1. O tesouro de mérito incluía os méritos de Cristo, da santa família e de todos os
santos.
2. Um indivíduo penitente é justificado se tem parte no tesouro de mérito.
3. Uma pessoa é justificada a menos que cometa um pecado mortal, em cujo
caso, se morrer, desce diretamente ao inferno.

I. O sacramento da extrema unção é uma salvaguarda contra o fato do indivíduo


morrer com um pecado mortal.
1. De acordo com a Igreja, a maioria das pessoas não morre com um pecado
mortal, mas um pecado venial, em cujo caso elas vão para o purgatório a fim de serem
purgadas de quaisquer impurezas.
2. Pouquíssimas pessoas vão diretamente para o céu, e a maioria vai para o
purgatório.

J. Santos com muito mérito de justiça vão direto para o céu, e seu mérito restante
é depositado no tesouro de mérito.

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1. O Papa tinha o poder para transferir o mérito excedente dos santos para
aqueles que necessitavam de mérito no purgatório.

K. Martinho Lutero disse que se o Papa fosse bom, ele esvaziaria o tesouro de
mérito e libertaria muitas almas do purgatório.
1. Lutero via tal doutrina católica como uma distorção radical dos méritos de
Cristo e da doutrina bíblica da justificação.

L. A Igreja Católica Romana argumentava que a justificação é analítica e baseada


em justiça inerente.
1. A Igreja Católica argumentava pela justiça infundida, que são os méritos de
Cristo adicionados à cooperação humana.

M. A doutrina protestante da justificação argumentava pela justiça comunicada


onde os méritos de Cristo são recebidos à parte de quaisquer obras do homem.
N. A doutrina do Novo Testamento da expiação significa não apenas que Cristo
sofreu por nós, mas que ele também viveu em justiça por nós.
1. É impossível para o homem ser justificado à parte do perfeito caráter do Filho
de Deus.

O. A fé é o instrumento através do qual o homem recebe a Cristo.


1. O crente é revestido da justiça de Cristo através da fé somente.
2. A justiça de Cristo é uma justiça alheia ao indivíduo porque vem de fora
daquele que a recebe.

P. O desempenho de Jesus é transferido ao crente sem qualquer crédito indo para


o crente.

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1. Deus chama o crente de justo antes de torná-lo justo.

Q. A imputação da justiça de cristo ao crente à parte de qualquer esforço por


parte do crente está no âmago do evangelho.

Exercícios de Fixação
1. A Reforma Protestante foi, em grande parte, uma controvérsia sobre como um
homem, ou mulher, é por Deus.
a. Julgado
b. Compensado
c. Justificado
d. Esquecido

2. O Papa argumentava que ele tinha a autoridade para libertar pessoas do


purgatório através da venda de .
a. Catedrais
b. Relíquias
c. Indulgências
d. Ícones

3. A igreja chamava o sacramento da penitência de segunda tábua da justificação


para aqueles que haviam perdido a sua justificação ao cometer um pecado
.
a. Venial
b. Mortal
c. Hediondo
d. Menor

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4. O sacramento da exigia a confissão do pecado, uma oração


de contrição e a absolvição sacerdotal.
a. Eucaristia
b. Penitência
c. Extrema unção
d. Ordenação

5. Mérito reflete o merecimento do penitente.


a. Condigno
b. Côngruo
c. Controlado
d. Central

6. era uma obra de satisfação definida pela Igreja Católica Romana.


a. O estudo Bíblico
b. A doação de esmolas
c. O ensino da Escola Bíblica
d. A construção de catedrais

7. A Igreja tinha o poder das chaves para transferir uma porção do tesouro de
mérito àqueles no que careciam de mérito suficiente.
a. Céu
b. Inferno
c. Purgatório
d. Túmulo

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8. é o instrumento através do qual o homem recebe a Cristo.


a. A extrema unção
b. O batismo
c. A fé
d. A confissão

Estudo Bíblico
1. Qual é a promessa que Deus dá a Abrão em Gênesis 15.1? Como Abrão busca
assegurar a promessa que ele não crê que receberá (15.2-3)?
2. Qual é a cerimônia que Abraão testemunha em Gênesis 15? Como Deus está
buscando fortalecer a fé de Abraão com tal cerimônia? Como Deus está, atualmente,
fortalecendo a sua fé?
3. Como Sarai busca fazer as coisas por si própria e se recusa a confiar em Deus
em Gênesis 16?
4. Quem são as pessoas mais feridas pela incredulidade de Abrão e Sarai nas
promessas de Deus?
5. Por que você acha que Deus repete as suas promessas a Abrão e Sarai em
Gênesis 17.1-8? Por que você acha que Deus mudou os nomes de Abrão e Sarai para
Abraão e Sara?
6. Qual é o sinal que Deus requer de Abraão como um símbolo de lealdade à
aliança? Qual é o sinal que Deus requer dos crentes hoje como um símbolo da nossa
fidelidade à Nova Aliança?

Questões Para Reflexão

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1. Deus não atendeu às expectativas de Abraão com relação a um filho até a sua
velhice. Em quais áreas da sua vida Deus não atendeu às suas expectativas? Como você
luta para ter fé e confiar nele em meio a tais circunstâncias?
2. Abraão colocou mais fé no seu próprio plano de ter um filho através de Agar do
que no plano de Deus de ter um filho através de Sara. Como você é tentado a colocar
mais da sua fé em ideias a respeito de Deus do que no próprio Deus?
3. Qual é a relação entre assumir riscos com Deus e esperar que ele aja?
4. De quais maneiras é difícil para você esperar em Deus?

Aplicação
1. Peça a Deus para que ele lhe dê a fé para confiar nele apesar das suas atuais
circunstâncias.
2. Considere como o Senhor o está desafiando atualmente a tomar seriamente as
palavras de Jesus: “siga-me”.

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SOLA GRATIA – Aula 1


Somente a Graça

Introdução à Aula
A controvérsia pelagiana foi um conflito chave na história da igreja próximo ao fim
do século IV. Os ensinos de Pelágio a respeito da justificação e da Queda começaram a
se espalhar tão rapidamente que Santo Agostinho se sentiu compelido a combatê-los
com uma doutrina da salvação fundamentada na Escritura. Com o aval da Igreja, Santo
Agostinho expôs a heresia pelagiana e reafirmou uma defesa ortodoxa da doutrina da
salvação pela graça somente. Nesta aula, o Dr. Sproul discute a verdade de que a
salvação é pela graça somente.

Leitura Bíblica
Êxodo 1-15

Objetivos de Aprendizado
1. Traçar um perfil dos ensinos de Pelágio a respeito da Queda e da justificação;
2. Discutir o impacto da Queda na natureza de todos os homens;
3. Descrever a resposta de Agostinho aos ensinos de Pelágio.

Citação
“Visto que a graça vem primeiro de Deus, assim ela vem continuamente dele;
assim como a luz vem do sol o dia inteiro, tanto na aurora quanto pela
manhã”.

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—Jonathan Edwards

Esboço da Aula
A. Sola Gratia ou “graça somente” também foi uma doutrina significativa durante
a Reforma Protestante.

B. Santo Agostinho é conhecido como o doctor gratiae, ou “doutor da graça”, por


causa da sua ênfase na graça de Deus na salvação.

C. “Justificação pela fé somente é uma verdade que precisa de interpretação. O


princípio do sola fide não é entendido corretamente até que seja visto como ancorado
no princípio mais amplo do sola gratia. Qual é a fonte e o estado da fé? Ela é o meio
dado por Deus pelo qual a justificação dada por Deus é recebida, ou é uma condição
de justificação que o homem tem a responsabilidade de cumprir? Ela é parte do dom
de Deus de salvação, ou da contribuição do próprio homem para a salvação? A nossa
salvação vem completamente de Deus ou, em última análise, ela depende de algo que
nós mesmos fazemos? Aqueles que esta afirmam, negam a total perdição do homem
no pecado, e afirmam que uma forma de semi-pelagianismo é verdadeira, no fim das
contas. Não surpreende, portanto, que a teologia reformada posterior tenha
condenado o arminianismo como sendo, em princípio, um retorno a Roma, pois,
efetivamente, convertia a fé a uma obra meritória, e era uma traição da Reforma, pois
negava a soberania de Deus em salvar pecadores, que era o princípio religioso e
teológico mais profundo da filosofia dos reformadores. O arminianismo, aos olhos
reformados, era uma renúncia do cristianismo do Novo Testamento em favor do
judaísmo do Novo Testamento. Pois depender de si mesmo para a fé não é diferente,
em princípio, do que depender de si mesmo para as obras, e uma é tão não-cristã e

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anticristã quanto a outra. À luz do que Lutero diz a Erasmo, não há dúvida de que ele
teria apoiado tal julgamento”. (Johnson/Packer)

D. Os arminianos afirmam a justificação pela fé somente e que nenhum homem


pode ser salvo pelas suas obras.

E. Aderir a ideias ou pensamentos não-cristãos não significa necessariamente que a


pessoa não é cristã.

F. A doutrina do pecado original e a doutrina da eleição são intimamente


relacionadas ao conceito do sola gratia.

G. A controvérsia pelagiana ocorreu próximo ao fim do século IV.


1. O monge britânico Pelágio visitou Roma e ficou estarrecido com a imoralidade
do clero em Roma.
2. Pelágio ficou perturbado com a oração de Agostinho: “Ó Deus, concede-me o
que ordena, e ordena o que quiseres”.

H. O homem foi criado com a ordem de ser santo, justo e perfeito.


1. A Queda corrompeu a natureza do homem de tal forma que é impossível que
ele faça qualquer bem ou escolha a Deus à parte da graciosa intervenção de Deus.

I. Pelágio argumentou que o pecado de Adão só afetou a Adão, e não havia


transferência de uma natureza pecaminosa à sua descendência.
1. O homem não peca apenas por causa da natureza pecaminosa, mas ele imita o
comportamento de Adão.
2. Adão não mudou a natureza essencial do homem.

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3. O homem nasce hoje com a mesma natureza de Adão quando ele foi
originalmente criado.
4. Pelágio argumentou que algumas pessoas escolhem sim viver vidas justas.
5. A habilidade moral de alcançar a perfeição permanece dentro do homem,
mesmo após a Queda.
6. A graça facilita a habilidade de viver uma vida justa, mas não é necessária para
que uma pessoa seja justa.

J. A Igreja Católica Romana condenou a teologia de Pelágio como herética nos


séculos V e XVI.

K. Agostinho argumentou que a Queda era tão incapacitante que o homem era
colocado em uma condição de morte espiritual e inabilidade moral de fazer as coisas
de Deus.

L. Algumas pessoas demonstram uma “justiça cívica”, ou justiça visível, para fazer
o bem, mas ninguém tem uma inclinação natural para as coisas de Deus.
1. O coração do indivíduo caído é um coração de pedra.
2. O homem é impotente para fazer o bem à parte da intervenção de Deus.

Exercícios de Fixação
1. é conhecido como o “doutor da graça” devido à sua ênfase na
graça de Deus na doutrina da justificação.
a. Santo Agostinho
b. Martinho Lutero
c. Pelágio
d. Tomás de Aquino

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2. A doutrina do pecado original e a doutrina da eleição são intimamente


relacionadas ao conceito de .
a. Sola gratia
b. Sola fide
c. Solus Christus
d. Sola scriptura

3. A controvérsia pelagiana ocorreu próximo ao fim do século .


a. III
b. IV
c. V
d. VI

4. O monge britânico visitou Roma e ficou estarrecido com a


imoralidade do clero em Roma.
a. Agostinho
b. Pelágio
c. Aquino
d. Calvino

5. argumentou que o pecado de Adão só afetava a Adão, e que


não havia a transferência de uma natureza pecaminosa para a sua descendência.
a. Agostinho
b. Pelágio
c. Aquino
d. Calvino

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6. A Igreja Católica Romana condenou a teologia de como


herética nos séculos V e XVI.
a. Agostinho
b. Pelágio
c. Aquino
d. Calvino

7. argumentou que a Queda era tão incapacitante que o homem era


colocado em uma condição de morte espiritual e inabilidade moral para fazer as coisas
de Deus.
a. Agostinho
b. Pelágio
c. Aquino
d. Calvino

8. A Justiça Cívica é uma demonstração visível da justiça que carece de:


.
a. Santidade perfeita
b. Transformação interior
c. Uma justiça alheia
d. Todas as alternativas acima

Estudo Bíblico
1. Como você consegue ver o chamado irresistível da graça de Deus operando na
vida de Moisés? Como Deus trabalha na vida de Moisés para atraí-lo para si? Como
Deus fez o mesmo na sua vida?

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2. Como Deus é quem toma a iniciativa de executar a libertação dos israelitas


(Êxodo 2.23-25)? Como Deus é quem toma a iniciativa na salvação da alma?
3. Como o chamado de Deus a Moisés é paralelo ao chamado de Deus em um
coração morto?
4. Qual é a reação do coração de Faraó ao apelo de Moisés para libertar os
israelitas? Quem é responsável pelo coração duro de Faraó?
5. Leia Êxodo 6.1. Por que Faraó eventualmente demonstra uma obediência
visível à vontade de Deus, embora seu coração permaneça inalterado? Por que outros
corações não regenerados demonstram uma justiça exterior à parte de uma
regeneração interior?
6. Como Moisés demonstra uma medida crescente de fé no plano e no poder de
Deus nos primeiros capítulos de Êxodo? O que você pode aprender sobre a
santificação a partir do seu exemplo?

Questões Para Reflexão


1. Deus não apenas emite um chamado inicial de graça no coração do crente, mas
continua a estender a sua graça ao longo da vida do crente. Como você pode ver
evidência da graça de Deus ao longo da vida de Moisés? Como você pode ver evidência
da graça de Deus ao longo de sua vida?
2. Como o chamado de Moisés não deixou espaço para orgulho individual ou
vanglória? Como o chamado da graça de Deus é semelhante?
3. O que o chamado de Deus colocou na sua vida que requer que você confie na
sua graça? O que você espera que possa conquistar que exigirá a intervenção de Deus
do princípio ao fim?

Aplicação

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1. Considere como a dificuldade de Moisés em crer no chamado de Deus na sua


vida o con”sola” nas suas próprias dificuldades de fé.
2. Peça que o Senhor mostre a você que ele o está chamando a confiar em sua
graça somente durante esse período da sua vida.

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SOLA GRATIA – Aula 2


Somente a Graça

Introdução à Aula
O conflito entre as visões agostiniana e pelagiana da salvação é um dos debates
mais significativos sobre a salvação na história. A visão semipelagiana foi uma tentativa
de encontrar um meio termo entre essas duas posições. Os semipelagianos
argumentavam que a Queda pode ter incapacitado a habilidade moral do homem de
escolher a Deus, mas ainda assim ele permanece capaz de demonstrar uma escolha
justa ao escolher o perdão de Cristo. Em contraste, a teologia reformada tem
argumentado que o homem não pode escolher receber a graça de Deus a menos que
Deus traga primeiro a regeneração ao coração humano. Nesta aula, o Dr. Sproul
discute a verdade de que a salvação é pela graça somente.

Leitura Bíblica
Romanos 3, 9

Objetivos de Aprendizado
1. Explicar o contexto histórico do semipelagianismo;
2. Identificar os dogmas primários da doutrina semipelagiana da salvação;
3. Identificar os dogmas primários de uma doutrina agostiniana da salvação.

Citações
“Graça é apenas o início da glória, e glória é apenas a graça aperfeiçoada”.

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—Jonathan Edwards

“Um homem pode inspirar a sua própria alma com a graça tanto quanto uma
vela pode acender a si mesma com fogo”.
—John Bunyan

Esboço da Aula
A. A ênfase de Santo Agostinho na salvação somente pela graça se desenvolveu a
partir do seu conflito com o herege Pelágio.
1. O pelagianismo ressurgiu no movimento sociniano do século XVI e nos
movimentos do liberalismo e do finneyismo no século XIX.

B. O semipelagianismo é uma tentativa de encontrar um meio termo entre as


filosofias agostiniana e pelagiana.
1. A teologia agostiniana foi rotulada como nova e inconsistente com os pais da
igreja.
2. O ensino de Agostinho a respeito da predestinação mutila a pregação e a fé dos
outros.
3. Agostinho exagerou a inabilidade moral do homem após a Queda, embora a
Queda tenha mutilado a natureza moral do homem.
4. Os semipelagianos argumentam que a salvação é uma obra sinergística entre
Deus e o homem, e o chamado da graça de Deus é resistível.

C. Lutero e Calvino argumentaram que o homem tem a habilidade de fazer


escolhas após a Queda, mas a sua vontade é tão distorcida que ele, à parte da graciosa
intervenção de Deus, só escolhe o que é mau.

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1. A posição reformada clássica afirma que o homem sempre escolherá a rebelião


no lugar da justiça, a menos que Deus desperte seu espírito.

D. A doutrina da eleição é negligenciada pelo semipelagianismo, pois seus ensinos


colocam a decisão do homem antes da obra regenerativa de Deus.

E. Deus não deve graça salvadora a ninguém, e é perfeitamente justo se ele não a
conceder a ninguém.

F. Todos aqueles que Deus regenera recebem o dom da graça de Deus através da
fé.

G. A fé que acompanha a graça de Deus é eficaz e não pode falhar em regenerar


uma alma.

H. Um indivíduo não é salvo em vez de outro por causa de uma melhor decisão a
respeito da oferta da graça.

I. A salvação é monergística e a regeneração é unicamente uma obra de Deus.


1. Santificação é uma obra sinergística entre o espírito do homem e o Espírito de
Deus.

Exercícios de Fixação
1. A ênfase de Santo Agostinho na salvação pela graça somente foi desenvolvida a
partir do seu conflito com o herege .
a. Pelágio
b. Marcião

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c. Orígenes
d. Tetzel

2. ressurgiu no movimento sociniano do século XVI e nos


movimentos do liberalismo e do finneyismo do século XIX.
a. O agostinianismo
b. A teologia reformada
c. O pelagianismo
d. O gnosticismo

3. O semipelagianismo é uma tentativa de encontrar um meio termo entre as


filosofias e pelagiana.
a. Gnóstica
b. Católica romana
c. Agostiniana
d. Montanista

4. argumentou que a salvação é uma obra sinergística entre Deus e


o homem, e o chamado da graça de Deus é resistível.
a. Agostinho
b. Pelágio
c. Calvino
d. Lutero

5. argumentou que a salvação é monergística e a regeneração é


uma obra unicamente de Deus.
a. Pelágio

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b. Lutero
c. Finney
d. Aquino

6. A doutrina é negligenciada pelo semipelagianismo porque seus


ensinos colocam a decisão do homem antes da obra regenerativa de Deus.
a. Dá santificação
b. Da eleição
c. Dá glorificação
d. Do Espírito Santo

7. é uma obra sinergística entre o espírito do homem e o Espírito


de Deus.
a. A eleição
b. A regeneração
c. A santificação
d. A reprovação

8. argumentou que o homem tem a habilidade de fazer escolhas


após a Queda, mas a sua vontade é tão distorcida que, à parte da graciosa intervenção
de Deus, ele só escolhe o mal.
a. Pelágio
b. Finney
c. Tetzel
d. Lutero

Estudo Bíblico

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1. Como Paulo descreve a condição humana em Romanos 3.9-20? Ele deixa


qualquer espaço para a bondade ou sabedoria humana para buscar a Deus?
2. De acordo com Paulo, quais foram os benefícios que os judeus tinham como o
povo da aliança de Deus? Tais benefícios os levaram a uma justiça nacional
consistente? Por quê ou por que não?
3. Como Paulo define o povo de Deus em Romanos 9.6-9? A participação na
família de Deus é um resultado do esforço humano ou da promessa divina?
4. Qual é a promessa da qual Paulo está falando quando ele declara que só os
filhos da promessa são filhos de Deus? Como esse fato coloca Deus como o agente
primário para a regeneração do coração humano?
5. Por que Deus se refere aos nascimentos de Jacó e Esaú para construir o seu
argumento sobre a eleição divina em Romanos 9.10-16? Qual é a base do dom da
misericórdia de Deus?
6. Como o exemplo de Faraó se encaixa na discussão de Paulo sobre a eleição
divina? Por que Deus cria indivíduos como Faraó? O que isso nos ensina a respeito do
caráter de Deus?
7. Qual deveria ser a atitude dos crentes se Deus é o agente primário da
regeneração? Como Deus silencia as objeções do homem?
8. Como elevar a habilidade do homem para escolher a Deus diminui o poder
glorioso de Deus?

Questões Para Reflexão


1. Por que os crentes podem regozijar apesar do relato sombrio de Paulo em
Romanos 3 a respeito das profundezas da depravação humana?
2. Como um conhecimento apropriado do pecado do homem leva a um
entendimento mais amplo da graça de Deus?

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3. Como saber que o chamado divino da graça é irresistível o encoraja nos seus
relacionamentos com incrédulos? Como essa verdade remove a pressão de encontrar
estratégias de evangelismo eficazes?

Aplicação
1. Reflita na verdade de que Deus escolheu você antes que você o tenha
escolhido.
2. Leia Filipenses 1.6. Peça a Deus que mostre a você a obra que ele começou e,
pela sua graça, a terminará na sua vida.

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SOLUS CHRISTUS – Aula 1


Somente Cristo

Introdução à Aula
Deus, muitas vezes, usou pactos na Escritura para se relacionar com o seu povo.
Deus primeiro ofereceu a Adão a pacto das obras, através do qual vida era prometida
em troca de obediência. Adão violou esse pacto e, assim, fora de sua graça, Deus
respondeu com o pacto da graça. Tal pacto oferece ao crente uma posição justa diante
de Deus através da justiça imputada de Cristo, à parte de quaisquer obras. O pacto da
graça traz salvação através de Cristo somente. Nesta aula, o Dr. Sproul discute a
verdade de que a salvação é por Cristo somente.

Leitura Bíblica
João 5, 8, 14

Objetivos de Aprendizado
1. Identificar e definir o Pacto das Obras;
2. Identificar e definir o Pacto da Graça;
3. Distinguir entre justiça infundida e justiça imputada.

Citação
“Cristo não tinha dinheiro, ou riquezas, ou um reino terreno, pois ele concedeu
tais coisas aos reis e príncipes. Mas ele reservou uma coisa peculiarmente para
si mesmo, que nenhuma criatura humana ou anjo poderia fazer – a saber, a

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conquista do pecado e da morte, do diabo e do inferno, e em meio à morte,


libertar e salvar aqueles que, através da sua palavra, creem nele”.
—Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. Os reformadores protestantes argumentaram que a salvação é pela graça
somente, através da fé somente, por causa de Cristo somente.

B. A estrutura básica do relacionamento entre Deus e o seu povo é encontrada


nos pactos da Bíblia.

C. O Pacto das Obras é diferente do Pacto da Graça.

D. “Tão grande é a distância entre Deus e a criatura, que, embora as criaturas


racionais lhe devam obediência como seu Criador, nunca poderiam fruir nada dele
como bem-aventurança e recompensa, senão por alguma voluntária condescendência
da parte de Deus, a qual aprouve a ele expressar por meio de um pacto” (Confissão de
Fé de Westminster VII:1).
1. A criatura está naturalmente em dívida com o seu Criador, e aquele que foi
feito deve a quem o fez.
2. Deus não nos deve nada, e nós devemos a ele as nossas próprias vidas.
3. Deus, pela sua graça, condescendeu às vidas das suas criaturas para formar um
relacionamento com elas.
4. Cada pacto que Deus oferece ao homem é um ato de graça.

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E. “O primeiro pacto feito com o homem era um pacto de obras; nesse pacto foi a
vida prometida a Adão e, nele, à sua posteridade, sob a condição de perfeita
obediência pessoal” (Confissão de Fé de Westminster VII:2).
1. Adão e Eva estiveram sob um período de provação no Jardim, no qual, se eles
obedecessem a Deus, teriam vida, e se desobedecessem a Deus, morreriam.
2. O Pacto estipulava vida ou morte baseado nas obras de obediência ou
desobediência de Adão e Eva.
3. A desobediência de um homem trouxe a morte para toda a raça humana.

F. Os crentes em Cristo agora não só são restaurados à inocência que Adão tinha
antes da Queda, mas também participam de todas as glórias e benefícios de Cristo.
1. A herança eterna dos crentes em Cristo é maior do que o estado de Adão antes
da Queda.

G. “O homem, tendo-se tornado pela sua queda incapaz de vida por esse pacto, o
Senhor dignou-se fazer um segundo pacto, geralmente chamado o pacto da graça;
nesse pacto, ele livremente oferece aos pecadores a vida e a salvação por Jesus Cristo,
exigindo deles a fé nele para que sejam salvos; e prometendo dar a todos os que estão
ordenados para a vida o seu Santo Espírito, para dispô-los e habilitá-los a crer”
(Confissão de Fé de Westminster VII:3).
1. Deus amaldiçoou Adão, Eva, a serpente e a terra após a Queda, e ainda assim
prometeu a esperança de um Messias em Gênesis 3.15.
2. Deus fez outra aliança com o homem no Pacto da Graça, prometendo esmagar
a cabeça da serpente.
3. Deus fez um pacto com Abraão de escolher um povo para si mesmo como o
início do seu reino.

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4. Deus fez um pacto com Israel através de Moisés, estabelecendo as suas leis e as
consequências da obediência e da desobediência.

H. O homem é justificado pelas obras de Cristo somente, aquele que satisfez as


exigências da Lei.
1. O Pacto da Graça satisfaz as exigências do Pacto das Obras.
2. O mérito de Cristo é o único mérito eficaz para justificar pecadores.

I. A obra de Cristo é a substância da nossa justificação e a fé é o meio da nossa


justificação.

J. A posição Católica Romana argumentou que a justiça do homem deve cooperar


com a justiça de Deus para demonstrar justiça comunicada.

K. Os reformadores protestantes argumentaram por uma justiça imputada, em


que o homem é declarado totalmente justo mediante o ato regenerativo de Deus à
parte de quaisquer obras humanas.
1. O homem deve receber a justiça alheia de Cristo a fim de ser salvo.

L. A justiça de Cristo não vem de nós, mas vem para nós.

M. A justiça de um crente é a justiça imputada de Cristo à parte de quaisquer obras


do crente.

Exercícios de Fixação
1. argumentou que a salvação é pela graça somente, através da
fé somente, por causa de Cristo somente.

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a. A Igreja Católica Romana


b. Os Reformadores Protestantes
c. Os Pelagianos
d. Os Semipelagianos

2. A estrutura básica do relacionamento entre Deus e o seu povo é encontrada


.
a. Na Lei
b. Nos pactos
c. Nas profecias
d. No tesouro de mérito

3. Cada pacto que Deus oferece ao homem é um ato de .


a. Graça
b. Compromisso
c. Obrigação
d. Dever

4. Adão e Eva estavam sob um período de no Jardim onde, se


obedecessem a Deus teriam vida, e se desobedecessem a Deus, morreriam.
a. Consumação
b. Santificação
c. Regeneração
d. Provação

5. O Pacto satisfaz as exigências do Pacto .


a. Das Obras, da Graça

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b. Da Graça, da Esperança
c. Da Graça, do Evangelho
d. Da Graça, das Obras

6. Deus fez outro pacto com o homem no Pacto prometendo


esmagar a cabeça da serpente.
a. Das Obras
b. Da Graça
c. Da Esperança
d. Da Lei

7. A posição Católica Romana argumentava que a justiça de um homem deve


cooperar com a justiça de Deus para demonstrar justiça .
a. Comunicada
b. Infundida
c. Imputada
d. Impotente

8. Os reformadores protestantes argumentavam por uma justiça ,


em que o homem é declarado totalmente justo mediante o ato regenerativo de Deus,
à parte de quaisquer obras humanas.
a. Comunicada
b. Infundida
c. Imputada
d. Impotente

Estudo Bíblico

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1. Como Cristo se coloca no centro do processo de salvação em João 5? Por que o


íntimo relacionamento que Jesus descreve entre ele e o seu Pai é essencial para os
crentes?
2. De acordo com João 5.25, como os mortos podem viver? Em que sentido os
incrédulos estão vivos? E mortos? Em que sentido os crentes estão vivos? E mortos?
3. Como Jesus enfatiza a sua exclusividade em João 5.31-47? Como você é
tentado a seguir alguém ou algo além da pessoa de Jesus Cristo?
4. Qual é o relacionamento entre Jesus e as Escrituras de acordo com João 5.39-
40? Como os crentes são tentados a inverter essa declaração?
5. Como os fariseus eram culpados de receber outros que vinham em seu próprio
nome, mas não Jesus que representava Deus (João 5.43)? Como os crentes são
tentados a emular outra pessoa que não a pessoa de Cristo?
6. Que promessa Jesus declara em João 8.12? O que é a vida que Jesus oferece
nesse versículo?
7. De acordo com João 8.19, como podemos conhecer o caráter do Deus Pai e a
sua atitude para conosco? Qual é a atitude do Pai para com você?

Questões Para Reflexão


1. Como Jesus conduz os seus discípulos para longe do desencorajamento em
João 14? Por que aqueles que creem que Cristo somente assegura a sua salvação têm
corações alegres? Como tal alegria é temporal e eterna?
2. Como a declaração de Jesus em João 14.6 se compara às declarações de outros
líderes religiosos? Como as palavras de Jesus aqui nos dão orientação conforme
buscamos a direção de Deus nas nossas vidas?
3. Como a teologia Católica Romana substitui algo diferente pela verdade de que
a salvação é através de Cristo somente? Como os protestantes são culpados de tentar
adicionar algo à obra completa de Cristo?

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Aplicação
1. Considere o que significaria atualmente na sua vida seguir Jesus ao invés de
ideias a respeito de Jesus.
2. Medite na verdade de que o sangue de Jesus assegura para você a aprovação e
o deleite do Pai.

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SOLUS CHRISTUS – Aula 2


Somente Cristo

Introdução à Aula
Não existe reivindicação mais ofensiva a uma cultura pluralística do que a de que
Jesus é o único acesso a Deus. Ainda assim, entender a obra de Cristo somente como a
única opção para a justificação do homem é fundamental para o próprio evangelho. A
vida e a morte de Jesus foram ambas essenciais para expiar pelos pecados dos homens
e trazer a eles a justiça que um Deus santo exige. A justificação é uma imputação
dupla, onde nossos pecados são imputados a Jesus e a sua justiça é imputada a nós.
Nesta aula, o Dr. Sproul discute a verdade de que a salvação é por Cristo somente.

Leitura Bíblica
Efésios 1-2

Objetivos de Aprendizado
1. Descrever o papel de Cristo como mediador da Nova Aliança;
2. Distinguir entre as obediências ativa e passiva de Cristo;
3. Distinguir entre as justiças infundida e imputada.

Citação
“‘Só há um Deus’, diz São Paulo, ‘e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos’. Portanto,

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que nenhum homem pense se aproximar de Deus ou obter graça dele sem esse
Mediador, Sumo Sacerdote e Advogado.
Segue-se, assim, que não podemos através de nossas boas obras, honestidade
de vida, virtudes, penitências, santidade ou através das obras da lei, apaziguar
a ira de Deus ou obter perdão dos pecados; e que todas as penitências dos
santos são completamente rejeitadas e condenadas, de maneira que, através
delas, nenhuma criatura humana pode ser justificada diante de Deus. Ademais,
nós vemos o quão feroz é a fúria de Deus contra os pecados, vendo que através
de nenhum outro sacrifício ela poderia ser apaziguada e aplacada se não pelo
precioso sangue do Filho de Deus”.
—Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. O Novo Testamento afirma enfaticamente que o acesso a Deus é através de
Cristo somente.

B. “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações,


intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de
todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e
mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso
Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno
conhecimento da verdade. Porquanto há um só Deus e um só Mediador entre Deus e
os homens, Cristo Jesus, homem, o qual a si mesmo se deu em resgate por todos:
testemunho que se deve prestar em tempos oportunos. Para isto fui designado
pregador e apóstolo (afirmo a verdade, não minto), mestre dos gentios na fé e na
verdade” (1 Timóteo 2.1-7).

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C. Não existe reivindicação mais ofensiva a uma cultura pluralística do que a da


exclusividade da pessoa de Cristo como meio de salvação.
1. Jesus é o único mediador entre Deus e o homem.
2. A função de um mediador é trazer reconciliação entre duas partes distantes.
3. Jesus é o mediador entre as partes distantes que são Deus e o homem.

D. Moisés, os sacerdotes e os profetas eram mediadores temporais que


prefiguravam o maior mediador na pessoa de Cristo.
1. Somente o Filho de Deus pode, em última análise, reconciliar outros ao Pai.

E. A obra mediadora de Cristo é chamada de a obediência de Cristo.


1. Jesus desempenha a obra de mediação em sua humanidade.
2. Jesus desempenha a função do segundo Adão.

F. A obediência de Cristo pode ser entendida como a obediência ativa de Cristo e


a obediência passiva de Cristo.
1. A expiação dos nossos pecados que Cristo conquistou na cruz é central ao
evangelho.

G. A cruz remove os nossos deméritos, mas não nos oferece qualquer mérito ou
justiça positiva.
1. A justificação dos crentes requer mais do que a morte de Jesus.
2. A morte de Jesus na cruz foi a obediência passiva de Cristo.
3. Jesus sofreu a punição do Pai na cruz.

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H. “Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores


levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. [...] Todavia,
ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar” (Isaías 53.4, 10a).
1. Cristo recebe da mão do Pai a maldição dos nossos pecados na cruz.
2. O Pai insiste que Jesus beba o cálice do sofrimento, apesar dos seus apelos pelo
contrário.
3. O sacrifício de Jesus na cruz satisfaz as exigências da justiça de Deus.
4. Jesus é a propiciação ou a satisfação da justiça de Deus na cruz.

I. Jesus não só morreu para a nossa justificação, mas também viveu para a nossa
justificação.
1. Jesus teve que conquistar perfeita justiça na sua própria vida.
2. Jesus era como nós em todos os aspectos, exceto pelo fato de que ele era
inocente de pecado.
3. Jesus é o único homem que já viveu uma vida de perfeição.
4. A morte não pode reivindicar Jesus, pois ele viveu uma vida perfeita.
5. A vida perfeita de Cristo é chamada de a obediência ativa de Cristo.

J. “Por esse tempo, dirigiu-se Jesus da Galileia para o Jordão, a fim de que João o
batizasse. Ele, porém, o dissuadia, dizendo: ‘Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu
vens a mim?’ Mas Jesus lhe respondeu: ‘Deixa por enquanto, porque, assim, nos
convém cumprir toda a justiça’. Então, ele o admitiu” (Mateus 3.13-15).
1. João não conseguia entender por que o próprio Messias se submeteria a um
ritual que apontava para a vinda do Messias.
2. O batismo indicava uma limpeza de pecados.
3. Era necessário que Jesus cumprisse toda a justiça, isto é, obedecesse cada lei
que Deus havia estabelecido para o seu povo.

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4. Desde o seu nascimento à sua morte, Jesus obedeceu ativamente a cada letra
da Lei.

K. A base da justificação é a transferência ou imputação da justiça de Cristo ao


crente.

L. A justificação é uma dupla imputação, na qual os nossos pecados são


imputados a ele e a sua justiça é imputada a nós.

M. A justificação dos crentes se dá através de Cristo somente.

Exercícios de Fixação
1. O Novo Testamento enfaticamente afirma o exclusivo acesso a Deus através
somente.
a. De Cristo
b. Da fé
c. Da graça
d. Da Escritura

2. Não existe reivindicação mais ofensiva a uma cultura pluralística do que a


da pessoa de Cristo como meio de salvação.
a. Do universalismo
b. Da impossibilidade
c. Do exclusivismo
d. Do inclusivíssimo

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3. A função de um é trazer reconciliação entre duas partes


alienadas.
a. Mediador
b. Juiz
c. Propiciador
d. Expiador

4. A de Cristo pode ser dividida em ativa e passiva.


a. Obediência
b. Remissão
c. Santificação
d. Graça

5. A cruz remove os nossos deméritos, mas não nos oferece qualquer mérito ou
justiça .
a. Negativa
b. Positiva
c. Infundida
d. Natural

6. A morte de Jesus na cruz foi a obediência de Cristo.


a. Passiva
b. Negativa
c. Ativa
d. Natural

7. A vida perfeita de Cristo é chamada de a obediência de Cristo.

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a. Passiva
b. Negativa
c. Ativa
d. Natural

8. Justificação envolve uma imputação .


a. Única
b. Dupla
c. Tripla
d. Quádrupla

Estudo Bíblico
1. Por que Paulo oferece louvor ao Deus Pai em Efésios 1.3? A quais bênçãos
espirituais Paulo está se referindo aqui?
2. Quando Cristo começou a amar e fez a escolha por aqueles que ele redimiria?
Qual sempre foi o plano de Deus? Como ele sempre intentou cumprir esse plano?
3. Como Deus assegurou a liberdade dos seus filhos (1.7)? Qual é a herança à qual
Paulo se refere aqui?
4. Por que Paulo chama o plano redentivo de Deus de um mistério em Efésios 1.9?
Qual é a herança à qual Paulo se refere aqui?
5. O que Paulo indica que um crente recebe mediante a conversão que mostra
que ele ou ela pertence a Cristo (v. 13)? Qual é a importância desse dom?
6. Qual é a relação entre a graça que Paulo descreve e a oração que ele oferece
em Efésios 1?
7. Como Paulo descreve uma mudança na cidadania no reino para crentes em
Efésios 2? Qual é o caráter dos cidadãos em cada reino? Quem é responsável pela
mudança na nossa cidadania?

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8. Como a glorificação dos crentes trará honra e louvor a Deus pelo resto da
eternidade de acordo com Efésios 2.7? Em qual sentido os crentes são troféus da graça
de Deus?

Questões Para Reflexão


1. Como cada membro da Trindade desempenha uma função crucial na salvação
do homem de acordo com Efésios 1?
2. Como uma mudança na cidadania do reino afeta cada uma das seguintes áreas
da sua vida?
a. Relacionamentos
b. Culto
c. Casamento
d. Dinheiro
e. Trabalho
f. Lazer

3. Por que Paulo discute a imagem do Templo em Efésios 2? Qual é a relação


entre a obra de Cristo e a morada de Deus?

Aplicação
1. Medite no fato de que Deus intentou adotar você para a família dele antes do
seu nascimento.
2. Reflita no fato de que você é um troféu da graça de Deus.

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SOLA SCRIPTURA – Aula 1


Somente as Escrituras

Introdução à Aula
A presença de Martinho Lutero ante a Dieta de Worms em 1521 foi um dos
momentos mais dramáticos da história. Lutero se posicionou ousadamente contra as
autoridades católico-romanas ao afirmar as verdades do evangelho. Parte
extraordinária do argumento de Lutero foi como ele defendeu os seus escritos. Lutero
argumentou que a Escritura somente, e não papas ou concílios, tinha o poder exclusivo
de cativar a consciência do cristão. Nesta aula, o Dr. Sproul discute a absoluta
autoridade da Escritura somente.

Leitura Bíblica
Salmo 19

Objetivos de Aprendizado
1. Discutir o entendimento reformado da Escritura;
2. Explicar a defesa de Martinho Lutero da autoridade da Escritura;
3. Contrastar a autoridade da Escritura com outras autoridades para a fé de um
cristão.

Citação
“Nenhum dano maior pode acontecer a um povo cristão do que ter a Palavra
de Deus tirada dele, ou falsificada de maneira que ele não mais a tenha pura e

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clara. Que Deus conceda que nós e os nossos descendentes não sejamos
testemunhas de tamanha calamidade”.
—Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. A questão da autoridade ao se tratar da fé deflagrou grande debate durante a
Reforma Protestante.

B. “O Juiz Supremo, pelo qual todas as controvérsias religiosas têm de ser


determinadas e por quem serão examinados todos os decretos de concílios, todas as
opiniões dos antigos escritores, todas as doutrinas de homens e opiniões particulares,
o Juiz Supremo em cuja sentença nós devemos firmar, não pode ser outro senão o
Espírito Santo falando na Escritura” (Confissão de Fé de Westminster I.10).

C. A Reforma começou com Martinho Lutero fixando as 95 Teses na porta da


igreja em Wittenberg, buscando um debate acadêmico a respeito da venda de
indulgências.
1. As Teses de Lutero se espalharam por toda a Alemanha através da impressão
tipográfica.
2. Lutero atacou a ideia de que o Papa tinha autoridade sobre um tesouro de
mérito do qual ele poderia dispensar o justo mérito dos santos do passado.

D. As Teses de Lutero foram rejeitadas e condenadas pela Igreja Católica Romana.


1. Frederico Eleitor da Saxônia protegeu Lutero do Santo Imperador Romano e
dos oficiais da igreja.

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E. Lutero buscava ter uma discussão teológica a respeito das teses que ele havia
fixado, não causar uma divisão na igreja.
1. Lutero conseguiu uma oportunidade de discussão teológica em Augsburg com o
prestigioso erudito Cardeal Cajetan.
2. Cajetan citou uma encíclica papal do século XIV afirmando o tesouro de mérito.
3. Lutero respondeu apontado que Catejan havia citado imprecisamente a
encíclica.
4. O debate revelou que Lutero questionava a autoridade final das encíclicas
papais.

F. Lutero debateu em Leipzig em 1519 com João Eck, que era considerado um dos
maiores eruditos da época.
1. Eck mostrou como Lutero estava endossando alguns artigos de João Huss que
foram condenados no Concílio de Constança.
2. Ficou claro que Lutero era culpado de questionar as decisões dos concílios da
igreja.

G. “Afirmo que concílios já erraram e que podem, por vezes, errar; e que um
concílio não tem qualquer autoridade para estabelecer novos artigos de fé. Um
concílio não pode transformar em direito divino algo que, por natureza, não é direito
divino. Concílios contradizem uns aos outros”. —Martinho Lutero
1. Lutero argumentou que a Escritura era a autoridade final para a fé e prática, e
papas e concílios não podem inventar novas doutrinas.

H. A Dieta de Worms foi convocada em 1521 para resolver a crescente disputa


teológica.

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1. Lutero recusou retratar-se de seus escritos e ensinamentos diante do


Imperador, dos cardeais, bispos e legados de Roma.
2. “A menos que eu seja convencido pelas Escrituras e pela razão pura e já que
não aceito a autoridade do papa e dos concílios, pois eles se contradizem
mutuamente, minha consciência é cativa da Palavra de Deus. Eu não posso e não vou
me retratar de nada, pois não é seguro nem certo ir contra a consciência. Deus me
ajude. Amém”. —Martinho Lutero
3. Somente Deus pode cativar absolutamente a consciência.
4. Igrejas, pessoas e credos só cativam o cristão à medida que refletem a exatidão
da Escritura.

Exercícios de Fixação
1. A questão da deflagrou grande debate durante a Reforma
Protestante.
a. Divindade de Cristo
b. Autoridade
c. Existência de Deus
d. Evolução

2. A Reforma começou com fixando as 95 Teses na porta da igreja


em Wittenberg buscando debate acadêmico a respeito da venda de indulgências.
a. João Calvino
b. John Knox
c. Martinho Lutero
d. João Huss

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3. Lutero atacou a ideia de que o Papa tinha autoridade sobre


do qual ele poderia dispensar do mérito de justiça dos santos do passado.
a. O purgatório
b. O tesouro de mérito
c. A coleção de relíquias
d. O concílio da igreja

4. protegeu Lutero contra o Santo Imperador Romano e os


oficiais da igreja.
a. O Cardeal Cajetan
b. Frederico Eleitor
c. Filipe Melâncton
d. Filipe de Hesse

5. Lutero conseguiu uma oportunidade para discussão teológica em Augsburg


com o prestigioso erudito .
a. Cardeal Cajetan
b. João Eck
c. José Spalatin
d. Jerônimo Alexandre

6. João Eck mostrou como Lutero estava endossando alguns artigos de


que foram condenados no Concílio de Constância.
a. Pedro Valdo
b. Marcião
c. João Huss
d. Pelágio

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7. Lutero argumentou que era a autoridade final para a fé e


prática.
a. O Espírito Santo
b. A Escritura
c. A revelação privada
d. O Papa

8. A Dieta de Worms foi convocada em para resolver a crescente


disputa teológica.
a. 1519
b. 1520
c. 1521
d. 1522

Estudo Bíblico
1. Deus se revela através da Revelação Geral, que é a Criação, e através da
Revelação Especial, que é a sua Palavra. Como o salmista celebra a revelação de Deus
de si mesmo na natureza no Salmo 19.1-6? Como o salmista celebra a revelação de si
mesmo através da sua Palavra no Salmo 19.7-14?
2. Em que sentido a Criação fala sem jamais dizer uma palavra? Como a sua
paisagem natural favorita revela o caráter de Deus a você? Como a Criação e a
Escritura se comparam como fonte de autoridade?
3. O que você crê que o salmista estava tentando destacar a respeito do caráter
de Deus ao discorrer sobre o sol em 19.4-6?
4. Que tipo de autoridade o salmista atrela à Palavra de Deus em 19.7-8?

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5. Qual é o impacto que os mandamentos de Deus têm no coração de acordo com


19.8? Qual é a atitude do mundo para com a Palavra de Deus e seus mandamentos?
6. Qual é o valor da Palavra de acordo com 19.12? Qual é a relação entre a
consciência e a Palavra?
7. Por que o salmista conclui o Salmo 19 mencionando as palavras da sua própria
boca? Qual será o efeito nas nossas próprias vidas se frequentemente ouvirmos a
Palavra de Deus?

Questões Para Reflexão


1. Como Deus fala através da Escritura? Como ele fala através da Criação? O que
ele comunicou a você através da sua Revelação Geral e através da sua Revelação
Especial?
2. Por que a maioria das pessoas é incrédula se Deus realmente se revela através
do mundo natural? O que Deus especificamente revela sobre si mesmo através da
Criação (Romanos 1.20)?
3. Por que os reformadores eram tão insistentes a respeito da Escritura como a
autoridade final para a fé e prática? Quais são as outras autoridades menores para
determinar a fé e a prática?

Aplicação
1. Peça que o Senhor fale com você através da sua Palavra e da sua Criação.
2. Peça que o Senhor use a sua Palavra para expor as partes mais profundas de
seu coração.

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SOLA SCRIPTURA – Aula 2


Somente as Escrituras

Introdução à Aula
O alcance da autoridade da Escritura foi uma questão importante no século XVI, e é
ainda hoje. O debate sobre a autoridade das Escrituras levou a questões acerca de
como interpretar a Bíblia. A Igreja Católica Romana afirmou o seu exclusivo direito de
interpretar a Bíblia para os leigos. Os reformadores protestantes argumentaram que o
Espírito Santo unge cada crente individual com a liberdade para interpretar a Escritura
de forma responsável e correta. Nesta aula, o Dr. Sproul discute a absoluta autoridade
da Escritura somente.

Leitura Bíblica
Colossenses 1

Objetivos de Aprendizado
1. Discutir a relação entre a autoridade da Escritura e a autoridade da tradição;
2. Examinar a decisão do Concílio de Trento a respeito da relação entre Escritura e
tradição;
3. Identificar e definir a Analogia da Fé.

Citação
“Não nos esqueçamos da Bíblia, mas com diligência, temor e a invocação de
Deus, leiamo-la e preguemo-la. Enquanto isso permanece e floresce, tudo

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prospera com a situação; essa é a cabeça e a imperatriz de todas as artes e


faculdades. Basta o estudo da teologia cair, e eu não daria um centavo pelo
resto”.
—Martinho Lutero

Esboço da Aula
A. O alcance da autoridade da Escritura foi uma importante questão no século XVI
e é ainda hoje.
1. O debate sobre a autoridade das Escrituras levou a questões acerca de como
interpretar a Bíblia.

B. “O Sacrossanto, Ecumênico e Geral concílio de Trento, congregado


legitimamente no Espírito Santo e presidido pelos três legados da Sé Apostólica,
propondo-se sempre por objetivo que exterminados os erros se conserve na Igreja a
mesma pureza do Evangelho, que prometido antes na Divina Escritura pelos Profetas,
promulgou primeiramente por suas próprias palavras, Jesus Cristo, Filho de Deus e
Nosso Senhor, e depois mandou que seus apóstolos a pregassem a toda criatura, como
fonte de toda verdade que conduz à nossa salvação, e também é uma regra de
costumes, considerando que esta verdade e disciplina estão contidas nos livros
escritos e nas traduções não escritas, que recebidas na voz do mesmo Cristo pelos
apóstolos ou ainda ensinadas pelos apóstolos, inspirados pelo Espírito Santo,
chegaram de mão em mão até nós”. —Sessão IV, Concílio de Trento (1546)
1. Grande debate foi gerado acerca dessa afirmação do Concílio de Trento
tratando da relação entre as tradições da igreja e a Escritura.
2. A Escritura tem maior autoridade ou a mesma autoridade que as tradições da
Igreja?

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3. Rascunhos iniciais do Concílio de Trento afirmavam que as verdades do


evangelho são encontradas em parte na Escritura, e em parte na tradição.
4. Havia debate dentro do próprio Concílio a respeito da redação final.

C. A Igreja Católica Romana tem enfatizado a igual autoridade da Escritura e da


tradição desde o Concílio de Trento.

D. Os protestantes enfatizaram o poder concedido pelo Espírito a indivíduos para


interpretarem particularmente a Escritura.

E. “Decreta também [o Concílio] com a finalidade de conter os ingênuos


insolentes, que ninguém, confiando em sua própria sabedoria, se atreva a interpretar a
Sagrada Escritura em coisas pertencentes à fé e aos costumes que visam a propagação
da doutrina Cristã, violando a Sagrada Escritura para apoiar suas opiniões, contra o
sentido que lhe foi dado pela Santa Amada Igreja Católica, à qual é de exclusividade
determinar o verdadeiro sentido e interpretação das Sagradas Letras; nem tampouco
contra o unânime consentimento dos santos Padres, ainda que em nenhum tempo se
venham dar ao conhecimento estas interpretações”.

F. A ênfase protestante sobre a interpretação individual da Escritura nunca


buscou justificar a distorção da Escritura de acordo com a vontade de alguém.
1. O direito de interpretação vem com a responsabilidade da exatidão.
2. Hoje me dia, muitos usam a liberdade de interpretar individualmente a
Escritura como uma justificação para o subjetivismo.
3. Os textos bíblicos contém um único significado, contudo, muitas aplicações.

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G. A Igreja Católica Romana reivindica o direito exclusivo de interpretar o


significado dos textos bíblicos.
1. A Igreja argumenta que a Escritura precisa ser interpretada de acordo com a
tradição.
2. A igreja também reivindica que a Escritura recebeu a sua autoridade, em
primeiro lugar, da própria Igreja.

H. Os reformadores falaram da Analogia da Fé a respeito da autoridade da


Escritura.
1. A Sagrada Escritura é interpretada pela própria Escritura.
2. A Analogia da Fé pressupõe a unidade e a coerência da Sagrada Escritura.

I. A Escritura não contradiz a si mesma, e tanto a igreja quanto os indivíduos


devem buscar o Espírito Santo e autor da Escritura para interpretar o texto que ele
mesmo escreveu.

Exercícios de Fixação
1. O alcance da da Escritura era uma questão importante no século
XVI e é ainda hoje.
a. Validade
b. Autoridade
c. Exatidão
d. Autenticidade

2. Grande debate se formou a respeito da declaração do Concílio de


sobre a relação entre as tradições da igreja e a Escritura.
a. Trento

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b. Constância
c. Basileia
d. Calcedônia

3. A Igreja Católica Romana tem enfatizado a igual autoridade e


desde o Concílio de Trento.
a. Da tradição, dos papas
b. Dos bispos, dos papas
c. Da Escritura, da tradição
d. Da Escritura, dos papas

4. Os enfatizaram o poder concedido pelo Espírito Santo de


indivíduos interpretarem particularmente a Escritura.
a. Católicos Romanos
b. Protestantes
c. Gnósticos
d. Nestorianos

5. Muitos usam a liberdade para interpretar individualmente a Escritura como


uma justificação para o hoje.
a. Autoritarismo
b. Subjetivismo
c. Exclusivismo
d. Dogmatismo

6. Os textos bíblicos contém apenas , contudo, muitas aplicações.


a. Uma tradução

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b. Um significado
c. Um entendimento
d. Uma ilustração

7. Os reformadores falaram da Analogia da Fé a respeito da autoridade


.
a. Do papado
b. Da Escritura
c. Dos concílios
d. Dos pastores

8. A Analogia da Fé pressupõe e da Sagrada


Escritura.
a. A tradução, o significado
b. O significado, a aplicação
c. A irrelevância, a importância
d. A unidade, a coerência

Estudo Bíblico
1. Como Deuteronômio 6 serve como um importante discurso introdutório para o
resto do livro? Por que Moisés pleiteia apaixonadamente com o povo nesse capítulo?
2. Por que Moisés encoraja os israelitas a obedecerem a Lei que Deus havia
entregado em sua Palavra? Qual ele prevê que será o resultado da obediência dos
israelitas?
3. Por que a confissão de fé de Deuteronômio 6.4-5 é tão singular para os
israelitas no Antigo Oriente Próximo? Em que sentido é singular o chamado a amar,
obedecer e temer o Senhor?

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4. Como Moisés encoraja os israelitas a ensinar a Palavra em Deuteronômio 6.6-


9? Como os crentes de hoje integram praticamente a Palavra de Deus às suas vidas?
5. Como os Israelitas serão tentados quando entrarem na Terra Prometida de
acordo com Deuteronômio 6.10-13? Por que as palavras “lembrar” e “esquecer” são
importantes para todo crente?
6. Quais bênçãos Moisés promete aos israelitas se eles obedecerem a Palavra do
Senhor? Tais bênçãos prometidas se aplicam aos crentes hoje? Como ou como não?
7. Como devem responder os pais israelitas quando seus filhos perguntarem a
eles o significado da Lei de Deus? Como você responderia se fosse perguntado qual é o
significado da Palavra de Deus?

Questões Para Reflexão


1. O que Deuteronômio 6 ensina a você sobre a fonte de autoridade em questões
de fé e prática? Que papel a tradição desempenha nessa passagem?
2. Que tipo de prioridade Moisés deposita na leitura, no conhecimento e na
obediência à Palavra de Deus? Como os reformadores defenderam também essa
causa?
3. Como a Palavra de Deus tem sido rejeitada ou trivializada hoje em dia? Quais
são as outras fontes de verdade que nos ajudam a entender a absoluta autoridade da
Palavra de Deus?

Aplicação
1. Reflita sobre a autoridade que a Palavra de Deus tem sobre a sua vida.
2. Peça que o Senhor mostre a você como integrar a influência da sua experiência
e a de outras pessoas com a absoluta autoridade da Escritura.

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SOLI DEO GLORIA – Aula 1


Glória Somente a Deus

Introdução à Aula
Entre os grandes temas da Reforma Protestante, nada teve maior ênfase que a
glória de Deus. Os reformadores buscaram elevar o eterno Deus da glória em tudo o
que eles escreveram e ensinaram. A glória de Deus é levada a sério na Escritura. Na
verdade, a própria palavra carrega consigo pesadas conotações. Teologia que não
exalta a glória de Deus como a realidade última no universo não é teologia, mas
heresia. Nesta aula, o Dr. Sproul discute a ênfase dos reformadores na glória de Deus
somente.

Leitura Bíblica
1 Coríntios 15

Objetivos de Aprendizado
1. Explicar a ênfase dos reformadores na glória de Deus somente;
2. Traçar o entendimento do Antigo Testamento da glória de Deus;
3. Ligar a glória de Deus à pessoa de Jesus.

Citação
“Quem é esse Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória”.
—Salmo 24.10

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Esboço da Aula
A. Soli Deo Gloria era o tema abrangente da reforma, pois significa “a glória é
dada somente a Deus”.

B. A primeira pergunta do Breve Catecismo de Westminster é: “Qual é o fim


principal do homem?”
1. A resposta para tal pergunta é: “O fim principal do homem é glorificar a Deus e
gozá-lo para sempre”.
2. Paulo disse aos coríntios que, quer comessem ou bebessem, eles deveriam
fazer tudo para a glória de Deus.

C. A palavra “glória” vem do termo latino gloria, do termo grego doxa, e do termo
hebraico kabod.
1. A palavra hebraica kabod significa “peso” ou a qualidade do peso.

D. A glória de Deus remete à sua importância, dignidade e significância.


1. Deus não é uma criatura, mas o Criador.
2. Deus deve ser tratado com peso e importância absolutos.

E. A Doxologia e a Gloria Patri são duas canções que a igreja canta para atribuir
glória a Deus somente.

F. Deus declara na Escritura que ele não compartilhará a sua glória com homem
algum.

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G. “Nem toda carne é a mesma; porém uma é a carne dos homens, outra, a dos
animais, outra, a das aves, e outra, a dos peixes. Também há corpos celestiais e corpos
terrestres; e, sem dúvida, uma é a glória dos celestiais, e outra, a dos terrestres. Uma é
a glória do sol, outra, a glória da lua, e outra, a das estrelas; porque até entre estrela e
estrela há diferenças de esplendor” (1 Coríntios 15.39-41).
1. O homem não partilha da glória de Deus, mas a reflete ao resto da criação.
2. O homem tem dignidade porque Deus atribui dignidade aos portadores da sua
imagem.
3. Não se pode atribuir dignidade ao homem sem reconhecer a glória de Deus.
4. Só o Deus de eterna glória possui inerente e intrínseca glória.

H. Moisés pediu a Deus para mostrar a sua glória face a face.


1. Deus recusa, pois nenhum homem pode ver a face de Deus e viver.
2. Deus mostra a Moisés as suas costas, e a face de Moisés fica radiante.
3. O brilho da face de Moisés era um reflexo da glória de Deus.

I. As roupas e a aparência de Cristo foram transfiguradas no Monte das Oliveiras


diante dos olhos de Pedro, Tiago e João.
1. Os discípulos caíram com rosto em terra em temor e tremor.
2. A luz que emanava da presença de Cristo no Monte não era uma glória
refletida, mas inerente à sua pessoa como Filho de Deus.
3. A glória de Deus encheu o céu na noite do nascimento de Cristo.
4. O autor de Hebreus descreve Jesus como a imagem exata do ser de Deus e o
esplendor da sua glória.
5. João descreve Jesus como o Verbo e a sua glória como do Unigênito do Pai.

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J. Toda a glória para a salvação do homem pertence somente a Deus; ou seja, Soli
Deo Gloria.
1. Deus inicia e completa a salvação, do princípio ao fim.

K. O louvor deve ser direcionado à glória de Deus somente.

Exercícios de Fixação
1. era o tema abrangente da Reforma.
a. Soli Deo Gloria
b. “Amarás o teu próximo”
c. “Viva livre ou morra”
d. “Confie e obedeça”

2. A questão do Breve Catecismo de Westminster é “qual é o fim


principal do homem?”
a. primeira
b. segunda
c. terceira
d. quarta

3. Paulo disse aos que quer comessem ou bebessem, eles


deveriam fazer tudo para a glória de Deus.
a. coríntios
b. efésios
c. colossenses
d. filipenses

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4. A palavra vem do termo latino gloria, do termo grego doxa e do


termo hebraico kabod.
a. esperança
b. fé
c. amor
d. glória

5. A palavra hebraica significa “peso” ou qualidade do peso.


a. nissi
b. ish
c. nascar
d. kabod

6. e o Gloria Patri são duas canções que a igreja canta para atribuir
glória a Deus somente.
a. O Ave Maria
b. O Benedictus
c. O Magnificat
d. A Doxologia

7. pediu a Deus que lhe mostrasse a sua glória face a face.


a. Gideão
b. Jacó
c. Eliseu
d. Moisés

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8. O autor de Hebreus descreve como a imagem exata do ser


de Deus e o esplendor da sua glória.
a. a criação
b. os céus
c. Jesus
d. a ressurreição

Estudo Bíblico
1. Qual é a atitude constante dos coríntios para com o receber do evangelho? Por
que a mensagem do verdadeiro evangelho não se torna enfadonha para os crentes? O
que está acontecendo quando a mensagem do evangelho parece se tornar enfadonha?
2. O que alguns dos coríntios estavam afirmando com relação à ressurreição dos
mortos (v. 12-19)? Por que Paulo insiste na verdade dessa doutrina?
3. Como Deus coloca a sua glória como proeminente na ordem da ressurreição (v.
20-25)? Como a ressurreição do homem é um reflexo da glória de Deus?
4. Como há um crescendo em direção à glória de Deus em 1 Coríntios 15.21-28?
Como Cristo e o seu reino estão atualmente marchando contra os seus inimigos?
5. Qual será o presente que Cristo entregará ao Pai mediante total vitória? Como
a glória do Pai é a missão de Cristo?
6. Por que Paulo tem a confiança de arriscar morrer diariamente de acordo com 1
Coríntios 15.30-32? Por que os crentes devem ser capazes de exibir a maior coragem
entre homens e mulheres?
7. Como o homem refletirá a glória de Deus em seus corpos após a ressurreição?
Como todo esse reflexo será igual ou diferente do que é atualmente?

Questões Para Reflexão

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1. Por que a ressurreição gloriosa de Cristo é uma parte distintiva do cristianismo


ortodoxo? Por que ela é fundamental para qualquer genuína confissão de fé?
2. Como os cristãos guerreiam contra os inimigos de Cristo para trazer o reino da
glória?
3. Dê exemplos da sua própria vida de como você reflete pessoalmente a glória de
Deus.

Aplicação
1. Considere como você pode lembrar os outros de que eles são portadores da
imagem de Deus.
2. Peça que Deus lhe mostre como lutar contra os seus inimigos e trazer o seu
glorioso reino.

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SOLI DEO GLORIA – Aula 2


Glória Somente a Deus

Introdução à Aula
Os reformadores protestantes enfatizaram o ato de dar a Deus total glória na
salvação do homem e na adoração a Deus. Ainda assim, eles perceberam que o pecado
fundamental da humanidade é o culto a ídolos e que, por natureza, somos fábricas de
ídolos. A essência da idolatria é cultuar um substituto ao invés de Deus. Os seres
humanos inventaram inúmeras maneiras de se recusar a atribuir a Deus a glória devida
ao seu nome. Deus busca pessoas que o adorem em Espírito e em verdade. Nesta aula,
o Dr. Sproul discute o Soli Deo Gloria.

Leitura Bíblica
Apocalipse 19-22

Objetivos de Aprendizado
1. Ressaltar a ênfase dos reformadores em atribuir glória a Deus somente;
2. Definir e explicar a natureza da idolatria;
3. Enfatizar o papel da glória de Deus no verdadeiro culto.

Citação
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo
para a glória de Deus”.
—1 Coríntios 10.31

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Esboço da Aula
A. Os reformadores enfatizaram o ato de dar a Deus total glória na salvação do
homem e no culto a Deus.
1. A ênfase de Martinho Lutero era em dar a Deus total glória na salvação do
homem.
2. A ênfase de João Calvino era em dar a Deus total glória na adoração.

B. A iconografia desempenha um forte papel no culto histórico católico romano.


1. O papado desencorajou a adoração a estátuas, mas encorajou a veneração e o
culto aos ícones.
2. A Virgem Maria também era reverenciada e cultuada, mas não adorada.

C. Calvino disse que o pecado fundamental da humanidade é a adoração a ídolos


e que, por natureza, somos fábricas de ídolos.

D. “A ira de Deus se revela do céu contra toda impiedade e perversão dos homens
que detêm a verdade pela injustiça; porquanto o que de Deus se pode conhecer é
manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de
Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se
reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que
foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; porquanto, tendo
conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes,
se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se lhes o coração
insensato. Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos e mudaram a glória do Deus

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incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves,


quadrúpedes e répteis” (Romanos 1.18-23).
1. Toda a humanidade está sob o julgamento de Deus não por rejeitarem a Jesus
de quem eles nunca ouviram falar, mas o Pai testifica de si mesmo na criação.
2. Ninguém em toda a criação tem qualquer desculpa por rejeitar Deus.
3. O elemento básico na corrupção da humanidade é uma recusa em glorificar a
Deus devidamente.

E. A essência da idolatria é adorar um substituto no lugar de Deus.


1. O pecado é sempre uma troca da verdade por uma mentira.

F. Remover de Deus um ou mais dos seus atributos também é uma forma de


idolatria.
1. Nós adoramos o ídolo dos nossos próprios pensamentos se ignoramos o amor, a
justiça, a misericórdia, a ira, a soberania ou a liberdade do Deus Todo-Poderoso.
2. A ideia de que todas as fés ou deuses adorados são igualmente valiosos é uma
mentira e uma forma de idolatria.
3. Uma religião feita por homens é tanto idolatria quanto o próprio paganismo.

G. Deus busca um povo para adorá-lo em Espírito e em verdade.

H. A Declaração de Cambridge enfatizou a glória somente a Deus como o foco da


adoração.

I. O ponto da nossa salvação deve ser a glória de Deus.

Exercícios de Fixação

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1. Os enfatizaram dar a Deus completa glória na salvação do


homem e na adoração a Deus.
a. Papas
b. Nestorianos
c. Reformadores
d. Gnósticos

2. A iconografia desempenha um forte papel no culto histórico.


a. Reformado
b. Batista
c. Católico romano
d. Puritano

3. O papado desencorajava a adoração de estátuas, mas


encorajava a veneração e o culto aos ícones.
a. Reformado
b. Batista
c. Católico romano
d. Puritano

4. disse que o pecado fundamental da humanidade é a adoração a


ídolos e que, por natureza, somos fábricas de ídolos.
a. Martinho Lutero
b. João Calvino
c. Papa Leão X
d. John Wesley

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5. Toda a humanidade está debaixo do juízo de Deus não por rejeitar a Jesus de
quem eles nunca ouviram, mas por rejeitar o Pai que testifica de si mesmo
.
a. Na Bíblia
b. Na igreja
c. Nos sacramentos
d. Na criação

6. A essência é adorar um substituto no lugar de Deus.


a. Da adoração reformada
b. Da idolatria
c. Da adoração católica romana
d. Da adoração luterana

7. Lutero argumentou que era a autoridade final para a fé e


prática.
a. Adoração reformada
b. Idolatria
c. Adoração católica romana
d. Adoração luterana

8. A ideia de que todas as fés ou todos os deuses adorados são igualmente


valiosos é uma mentira e uma forma de .
a. Ortodoxia
b. Autoritarismo
c. Ortopraxia
d. Idolatria

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Estudo Bíblico
1. Como Apocalipse 19.1 fornece uma introdução e um resumo adequados dos
capítulos finais do livro do Apocalipse? Por que os santos estão tão extáticos em
Apocalipse 19.1-10?
2. Como Jesus ganha glória para si mesmo sobre seus inimigos em Apocalipse
19.11-21? Como os santos são abençoados a participar?
3. Como Satanás, a antiga serpente, tenta roubar a glória de Deus? Quais são
alguns dos enganos que ele traz contra você?
4. Descreva a cena do grande trono branco de juízo de Apocalipse 20.11-15. Como
Deus é glorificado no juízo dos perversos?
5. Quais são as metáforas da Nova Jerusalém que João usa para transmitir a glória
de Deus em Apocalipse 21? Como Deus restaurará a glória na terra ao tornar todas as
coisas novas?
6. Que papel a glória de Deus desempenhará na Nova Jerusalém de acordo com
Apocalipse 22.3-5?

Questões Para Reflexão


1. Como os crentes experimentarão a glória de Deus no reino restaurado? Como
os crentes participarão da sua majestade?
2. Como Satanás e seus seguidores contribuem para a glória de Deus no fim dos
tempos? O pecado contribui ou não contribui para a glória de Deus?

Aplicação
1. Reflita sobre o contraste entre como a sua vida é agora e como ela será na
Nova Jerusalém.

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2. Reflita sobre como Deus tornou o inglório em algo glorioso em sua vida.

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