Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
174p. : il.
Inclui bibliografia
ISBN 978-85-8241-848-2
CDD 658.2
SUMÁRIO
3 OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 9
6 PROJETOS DE SUCESSO..................................................................................................................... 18
11 TRABALHANDO AS NECESSIDADES.................................................................................................. 29
17 TERMO DE ABERTURA......................................................................................................................... 41
18 CONTRATO ............................................................................................................................................ 42
29 POSSÍVEIS PROBLEMAS...................................................................................................................... 60
31 PROJECT CHARTNER........................................................................................................................... 65
36 INTEGRAÇÃO ........................................................................................................................................ 75
43 COMUNICAÇÃO ..................................................................................................................................... 85
44 RISCOS ................................................................................................................................................... 86
4
45 AQUISIÇÕES .......................................................................................................................................... 87
56 EXECUÇÕES DO PROJETO.................................................................................................................. 99
Todos nós, diariamente, nos deparamos com situações e métodos de trabalho. Alguns desses
são partes de um “projeto” seu ou da empresa para qual você trabalha.
Sabemos o que é um “projeto” e temos certo conhecimento sobre o que se pode chamar de
“gestão”. Mas será que sabemos o que significa “gestão de projetos”?
São muitos os conceitos que pessoas e autores do mundo todo têm sobre a gestão, gerência,
gerenciamento ou administração de projetos.
Mas em comum acordo, “gestão de projetos” significa a aplicação de diferentes
conhecimentos, técnicas, métodos e habilidades, utilizadas para elaboração de atividades, tem como
meta atingir inúmeros grupos de objetivos, definidos ou predefinidos, que precisam obedecer a prazos
levando em consideração os custos e a qualidade, mobilizados por meio de recursos humanos,
tecnológicos ou técnicos.
Interpretando esse conceito, podemos concluir que administrar ou gerenciar projetos não é
uma tarefa fácil e também incapaz de ser realizada por uma única pessoa.
O gestor de projetos, além de conhecer esse conceito, precisa saber colocá-lo em prática.
Um projeto é um grupo de esforços temporários, praticados para alcançar um objetivo, como
por exemplo, um novo produto ou serviço ou então um resultado positivo e exclusivo.
Por isso, a administração de um projeto precisa ser organizada, eficiente, delegando e
gerenciando tarefas, por meio de uma equipe de profissionais.
É comum que cada um de nós, sem nem ao menos perceber, tenha um projeto, por exemplo, a
construção de uma casa, a formação de uma família, a conquista de um novo emprego, etc.
7
Pensando e analisando cada um desses exemplos, podemos perceber que nenhum deles é
possível de se concretizar sem que tenhamos a ajuda de outra pessoa.
Para construirmos uma nova casa, precisamos trabalhar para conseguirmos dinheiro, para
então comprarmos os materiais de construção e contratarmos um pedreiro, um arquiteto, um engenheiro,
um decorador, um paisagista, conforme manda nosso bolso e nosso desejo.
Note que, nesse simples exemplo conseguimos reunir uma série de esforços e um grupo de
pessoas.
Imagine então, os projetos das grandes empresas.
Um gestor precisa estar preparado para gerenciar ou administrar pequenos, médios e grandes
projetos.
Daí a importância de adquirir cada vez mais conhecimento nessa área tão importante para o
desenvolvimento e crescimento da empresa, bem como para seu próprio crescimento e aperfeiçoamento,
tanto pessoal como profissional.
Por meio desse curso, você aprenderá técnicas que farão seus projetos, pessoais ou
profissionais, obterem resultados positivos e obterá ainda mais conhecimento para ser um excelente
gestor de projetos.
2 A PROFISSÃO “GESTÃO DE PROJETOS”
Antes de iniciarmos nosso estudo mais aprofundado sobre gestão de projetos, é importante
que conheçamos um pouco mais sobre os profissionais que atuam nessa área.
A principal certificação ligada aos profissionais de gestão de projetos é dada pelo Project
8
Management Institute (PMI) – que em português quer dizer Instituto de Gerenciamento de Projetos.
O PMI é uma associação profissional sem fins lucrativos, que se dedica ao avanço da profissão
de gerente de projetos.
É reconhecido mundialmente pelo estabelecimento de normas globais nessa área e como
órgão certificador de profissionais de gerenciamento de projetos o Project Management Profissional
(PMP) – gerente profissional de projetos.
A certificação é liberada após exames de reconhecimento profissional.
Para auxiliar esses profissionais o PMI criou um guia denominado PMBOK, que reúne grupos
de conhecimento sobre administração de projetos.
Muitas das informações contidas nesse curso, foram extraídas desse guia, por isso, aproveite
ao máximo seus estudos, pois com certeza ao finalizá-lo, você estará apto a administrar brilhantemente
seus projetos.
3 OBJETIVOS
Já temos um pequeno conceito sobre a gestão de projetos, e por meio dele, podemos aos
poucos ir aprofundando nossos conhecimentos nessa área tão importante para o nosso sucesso pessoal
e profissional.
9
Mas qual será o objetivo principal do gestor de projetos?
Para responder a essa pergunta, precisamos conhecer mais alguns conceitos, veja:
Gerência de projetos é a combinação entre pessoas, técnicas, métodos e sistemas
necessários para administrar recursos humanos, técnicos ou financeiros, indispensáveis para atingir o
objetivo final ou concluir o projeto com êxito.
Administrar ou gerenciar projetos significa fazer o essencial para concluí-lo, dentro das normas
e objetivos estabelecidos pela empresa, por si mesmo ou pela situação.
Logo o objetivo principal do gestor é trabalhar para que todas as atividades sejam exercidas de
tal modo que as metas ou objetivos sejam alcançados, obedecendo aos limites propostos, como prazos,
custos e qualidade.
O gestor é o profissional fundamental para que os projetos sejam concluídos com êxito,
atraindo resultados positivos e consequentemente novos, maiores e mais rentáveis projetos futuros.
É importante afirmarmos, que nenhum projeto obterá resultados positivos e exclusivos, caso
não tenha uma boa administração.
A gestão de projetos é imprescindível para que a empresa obtenha sucesso em suas metas,
objetivos, continue crescendo e se desenvolvendo ao longo do tempo.
Administrar esse processo não é tarefa fácil, o que torna o profissional em gestão de projetos
bastante disputado e importante no mercado de trabalho.
Porém, todo gestor precisa estar consciente das exigências e perspectivas que o cercam,
buscando cada vez mais conhecimento, para exercer com criatividade, profissionalismo,
comprometimento e habilidade sua profissão, aprendendo novas e eficientes técnicas e estratégias de
administração.
E qual será a função do objetivo no projeto?
Objetivo é o que chamamos de o caminho em direção ao alcance de um projeto.
10
Logo o objetivo no projeto é essencial, pois é por meio dos “objetivos” que chegaremos à
conclusão do projeto e à obtenção dos resultados.
4 O DIA A DIA DOS PROJETOS
Analisando o que estudamos até aqui, podemos concluir que gerenciar projetos é uma tarefa
difícil, que exige comprometimento, responsabilidade, ética, um conjunto de habilidades modernas e
inovadoras, excelentes estratégias, tendo um seguro e eficiente poder de administração.
11
É verdade que ser um gestor de projetos exige muita dedicação e conhecimento, afinal, ter nas
mãos a gerência de um novo produto ou serviço, uma grande obra ou negociação, é como ter a própria
empresa, com seus lucros e prejuízos.
Qualquer erro pode ser fatal.
Para que um projeto venha a dar certo é necessário antes de qualquer coisa que ele seja
planejado. Depois disso, toda empresa passa por adaptações para que todos os objetivos sejam
alcançados.
A seguir, estudaremos um passo a passo para que o projeto continue sendo o centro das
atenções da equipe de trabalho, sem fugir das obrigações diárias, essenciais para o funcionamento da
empresa.
É importante sabermos que projetos são diferentes de atividades, objetivos ou metas.
Precisamos de um grupo de atividades, objetivos e metas para concluirmos um projeto, mas
projeto é um caminho ou sistema, utilizado no desenvolvimento de novos produtos ou serviços e que tem
início, meio e principalmente fim.
Para que se obtenha êxito em um projeto é necessário que algumas fases sejam obedecidas,
tais como:
concepção – nessa fase o roteiro do projeto é criado, ou seja, o que é e qual o objetivo
principal e alguns meios para alcançá-los;
iniciação – momento em que o projeto é aberto, apresentado e fundamentado;
planejamento – nessa fase o roteiro começa a ser obedecido, são estudadas e
colocados em prática algumas técnicas ou passos para que cada objetivo seja alcançado,
respeitando os limites de prazo, custo e qualidade da empresa;
execução do plano – aqui a equipe de trabalho é selecionada, as tarefas delegadas e o
plano entra em ação;
monitoramento dos resultados – nessa fase a responsabilidade principal é do gestor de
projetos, que precisa constantemente estar gerenciando as tarefas, os indicadores e a equipe,
para que os resultados positivos sejam obtidos;
encerramento – é a fase final do projeto, em que todas as metas devem ter sido
alcançadas e os resultados obtidos com êxito e satisfação.
O dia a dia de um projeto precisa de muita cautela e dedicação e de estudo e análise
12
constante da equipe, das atividades, dos indicadores e dos resultados.
A elaboração de um cronograma para cada projeto é fundamental para que todos os
envolvidos consigam verificar com precisão e rapidez em que parte o projeto se encontra.
Planejar e respeitar as datas para conclusão de cada tarefa ou alcance de cada objetivo ou
meta são essenciais para que o gestor consiga acompanhar a evolução do projeto e caso necessário
possa efetuar mudanças no cronograma ou estratégia.
Use a figura a seguir para compreender melhor o ciclo de vida dos projetos:
O brainstorming pode ser aplicado também individualmente por meio da conversa com cada
integrante ou de uma urna em que deverão ser depositadas as ideias e sugestões.
Lei de Murphy: também denominada lei das probabilidades, auxilia o gestor na investigação
de estratégias errôneas e que possam levar o projeto a resultados negativos.
Caracteriza a análise das estratégias para verificação de:
a) quais os problemas podem ser gerados na aplicação de determinada estratégia?;
b) qual a interpretação do alvo, cliente, administrador, acionista, etc.?;
c) identificação de possíveis incompetentes na equipe;
16
d) a importância de a equipe reconhecer seus erros;
e) evitar que os erros cheguem ao gestor somente após o término e aplicação do projeto;
f) nada que for confidencial deverá ser de conhecimento de toda a equipe;
g) erros comuns que não são vistos no início do processo, mas que podem ser verificados
antes da conclusão.
Delphi: parecida com o brainstorming, a técnica delphi difere somente porque os participantes
não se conhecem, mas são especialistas e conhecedores do assunto que cooperam com ideias,
sugestões ou opiniões, possibilitando a solução dos problemas e a criação de novas estratégias, produtos
ou serviços.
Entrevista: é uma técnica utilizada para verificar se projetos similares já foram realizados na
empresa. Por meio de uma série de perguntas direcionadas aos participantes de outros setores,
geralmente líderes ou gerentes, a entrevista possibilita identificar estratégias ou até mesmo projetos já
utilizados pela empresa que possam auxiliar no desenvolvimento e planejamento do atual.
Técnica grupal nominal: exige que os participantes estejam todos na mesma sala. Eles
recebem papel e lápis e anotam todas as ideias, propostas ou soluções para um ou mais problemas em
discussão. Cada papel poderá conter apenas uma proposta que será apresentada aos demais em um
quadro específico ou vários grudados na parede.
Identificação da causa raiz: é a análise das causas e não dos problemas. Tem como objetivo
fazer um levantamento das consequências causadas pelo problema em questão e o que pode ser
prejudicial ao andamento e planejamento do projeto.
17
Análise de premissas: premissa é uma fórmula hipoteticamente verdadeira. Isso quer dizer
que a análise de premissas tende a verificar – de modo claro, completo, consistente e preciso – todos os
documentos gerados no decorrer do projeto. Apresentando essas premissas ao gestor, ele poderá
analisar as fórmulas e estratégias falseadas ou errôneas no decorrer do planejamento do projeto.
Quanto mais tempo disponibilizarmos para o projeto, mais dinheiro nós gastaremos; o
que consequentemente limitará os gastos com a qualidade do produto ou serviço.
Por isso é importante que nos dediquemos em analisar e aperfeiçoar cada um desses fatores.
Porém, há outro fator relevante no sucesso do projeto, a satisfação e necessidade dos
clientes.
São os nossos clientes que irão definir os custos, o cronograma e a qualidade de
nossos produtos ou serviços.
Com base nas suas expectativas, desejos e necessidades é que lançaremos um novo projeto,
visando satisfazer os clientes para que consequentemente nossas vendas e lucros aumentem.
19
Sem clientes, não há novos projetos; e sem novos projetos não há empresa.
Uma corrente óbvia, mas essencial para que os gestores administrem projetos de sucesso.
7 COMO TRANSFORMAR SIMPLES PROJETOS EM PROJETOS COMPETITIVOS
20
Já vimos que um projeto tem prazo de validade, ele precisa ser concebido, iniciado, planejado,
executado, monitorado e concluído.
Aprendemos algumas técnicas para tornar mais fácil o gerenciamento e também o
planejamento e a ação.
Mas será que já sabemos o que é necessário para que os projetos tornem-se competitivos?
Já sabemos que para projeto obter sucesso é necessário que seja planejado e executado por
pessoas competentes, que trabalhem com seriedade e comprometimento, cumprindo todos os prazos e
obedecendo aos limites da empresa.
Porém, projeto de sucesso não significa projeto competitivo.
Para ser competitivo o projeto necessita que o planejamento seja estratégico, elaborado para
dar certo, sem necessitar de mudanças ao longo do percurso.
Um planejamento estratégico bem elaborado depende muito das pesquisas antecedentes e
das análises realizadas anteriormente.
Como já estudamos, existem dois tipos de cenários para serem analisados no início do
processo, o cenário interno e o externo.
Na análise interna conseguimos verificar com precisão as forças e fraquezas da empresa,
compreendendo seus limites e percebendo os problemas que devem ser solucionados antes do
lançamento do projeto.
Já na análise externa, conseguimos perceber quais são as oportunidades que devem ser
aproveitadas naquele momento e quais as ameaças sofridas ou que possamos sofrer no decorrer do
processo. Conseguimos também ter uma visão mais clara e precisa das tendências atuais e,
21
consequentemente, identificamos as incertezas do negócio.
Essas análises podem ser feitas utilizando algumas das técnicas já estudadas ou por meio de
entrevista e pesquisas de mercado.
Mesmo que as respostas obtidas não venham a ser aquelas que gostaríamos de ouvir, para
que o novo projeto tenha excelentes resultados é necessário que aceitemos a real situação da empresa.
Somente após aceitarmos os erros, problemas e complicações, é que estaremos aptos a obter
soluções e criar projetos competitivos no mercado.
Para elaboração de um projeto eficiente e competitivo, devemos respeitar algumas normas,
também utilizadas na elaboração do planejamento estratégico, tais como:
busca e análise dos objetivos da empresa;
busca, análise e melhoria dos projetos implantados pela concorrência;
elaboração de um passo a passo, de como fazer para que esses objetivos sejam
alcançados de modo prático, rápido e eficaz, respeitando as análises de cenários interno e
externo, planejamento estratégico;
verificar passos a serem seguidos em curto prazo, mas que dispõem de atenção no
decorrer do processo, planejamento tático;
fazer uma análise detalhada e antecipada para verificar se o projeto poderá ou não dar
certo, projeto de viabilidade;
efetuar a implantação do projeto obedecendo ao planejamento estratégico e tático
elaborados anteriormente;
manter observação diária na execução do projeto, para percepção de pequenas ou
grandes falhas na implantação;
fazer uma verificação de custos, receita e resultados, para medir a eficiência do projeto;
acreditar e usufruir de técnicas criativas e inovadoras.
22
Com o acompanhamento rotineiro, as pequenas ou grandes falhas são perceptíveis logo nas
primeiras amostras de resultado e em muitos casos, existe a possibilidade de reverter à situação,
efetuando mudanças e coletando novas ideias com o auxílio de todo pessoal envolvido no projeto.
Todo projeto pode ser competitivo, desde que seja planejado e executado, respeitando aos
limites da empresa e também da equipe de projetos.
8 VANTAGEM DE SER COMPETITIVO
24
Por meio dessas características, a empresa competitiva atrai para si alguns aspectos
fundamentais, como:
qualidade – transmite ao mercado, uma imagem positiva da empresa, refletindo a
capacidade de acertar sempre, evitando perdas e trabalhos duplicados;
velocidade – permite que a empresa, no decorrer do processo, produza produtos ou
serviços com mais agilidade;
confiabilidade – transmite a capacidade da empresa em ser pontual e obedecer aos
prazos;
flexibilidade – a habilidade da empresa em modificar seus produtos ou serviços, em
espécie ou quantidade, de forma rápida e eficiente;
custo – demonstra como a empresa é capaz de diminuir os custos e tornar os preços
mais competitivos;
produtos – capacidade de melhorar os produtos existentes e desenvolver novos
produtos, obedecendo às necessidades dos clientes;
25
organizacional – condições positivas de a empresa efetuar mudanças em toda a
organização de modo que os clientes sejam bem atendidos.
Como você pode verificar:
Muitas das situações e necessidades do dia a dia podem se tornar potenciais gerador as
de projetos. As mudanças repentinas que ocorrem no mundo dão ênfase para que novos projetos
sejam criados.
26
Estar em um mercado que exige da empresa sempre mais, proporciona que novos projetos
sejam gerados, baseados nas vantagens da competitividade.
Encontrar-se entre as melhores empresas do ramo ou simplesmente ser a melhor ou mais
frequentada loja da cidade, gera novos e melhores projetos rotineiramente.
Porém, é necessário que saibamos diferenciar um projeto de uma operação, pois nem tudo
que nos cerca pode ser um gerador de projetos.
Recapitulando o que já foi visto, projetos são únicos, precisam obedecer a um prazo, têm data
para iniciar, desenvolver-se e ser concluídos. Um projeto trabalha à base de objetivos definidos e
concretos. Pode ser elaborado para sistematização ou lançamento de produtos, gerenciar serviços de
consultoria ou construções ou então para captação de financiamento ou prospecção de negócio.
O projeto tem por finalidade organizar e gerenciar ideias, planejar de que forma as atividades
devem ser exercidas, por quem e como.
Já a operação são atividades efetuadas para obtenção de resultados.
A operação faz parte do projeto, mas não é um projeto.
Compreendo isso, podemos dizer que todas as atividades exercidas na empresa, que
demandem tempo, custo, recursos e planejamento, são geradoras de projeto.
Tudo que pode ser melhorado, incrementado, renovado, pode ser um gerador de projeto.
Como podemos perceber diariamente na empresa em que trabalhamos, nas notícias dos
telejornais, impressos e revistas, o mundo está passando por profundas transformações sociais,
econômicas e culturais.
28
Um processo acelerado, que modifica a todo instante o meio em que vivemos.
Ouvimos falar em globalização, mudanças geopolíticas, avanços científicos e tecnológicos e,
muitas vezes, não nos damos conta de que tudo isso acaba diretamente e indiretamente influenciando
nossa vida profissional, nossos projetos, nossa empresa.
A concorrência começa a ficar cada vez maior, principalmente para empresas ligadas a
tecnologia e a ciência e consequentemente, todo o resto precisa ser modificado.
Novas tendências, novas cores, formatos, novas fórmulas, e assim, com uma infinidade de
“coisas novas” todos os ambientes acabam sendo modificados, adequados aos tempos atuais.
Basta olhar para fora da janela agora, pensar um pouco, analisar a ideia e pronto, uma nova
oportunidade está sendo criada.
Buscar oportunidades não é o segredo nos dias atuais.
O principal fator é a competitividade, a agilidade e habilidade exigida por toda essa correria.
Saber se adaptar a esses novos tempos e implantar estratégias certas no momento certo.
Ser capaz de oferecer produtos e serviços compatíveis com essas mudanças, com as
novidades, com a criatividade desse mundo globalizado. Saber usar os recursos financeiros, o tempo e o
conhecimento qualitativo da empresa, para criar produtos que os clientes procuram. Inovar, fazer a
diferença, é o segredo na procura das oportunidades.
Mas existem algumas dicas práticas que podem ser utilizadas na busca de oportunidades para
novos projetos. Veja:
análise constante do mercado, as tendências, mudanças e aprimoramentos;
análise rotineira da concorrência, novos lançamentos, promoções, estrutura, etc.;
acompanhamento da tecnologia.
avaliação constante da empresa, verificando seu posicionamento no mercado e buscando
soluções para aprimoramento.
A busca de oportunidades deve ser efetuada a todo instante, em uma simples reportagem no
jornal da sua cidade, por exemplo, uma nova e inovadora ideia pode surgir; e por meio do detalhamento e
análise dessa ideia, um projeto competitivo e de sucesso.
11 TRABALHANDO AS NECESSIDADES
Caso as respostas venham a ser positivas, então você descobriu uma necessidade de
mercado e, consequentemente uma oportunidade para sua empresa.
Automaticamente, a necessidade de mercado gera uma cadeia de necessidades para sua
empresa, como por exemplo, recursos financeiros, tempo para implantação do projeto, uma pesquisa de
clientes e satisfações com base nesse possível projeto, etc.
Essas necessidades da empresa devem ser levadas em consideração, já que como estudamos
anteriormente, o custo, o tempo e a qualidade são fatores primordiais para um projeto de sucesso.
É importante que algumas metas sejam traçadas, se possível alguns testes de aceitação no
mercado, alguma pesquisa de viabilidade para então a execução definitiva do projeto, evitando assim
gastos desnecessários, perda de tempo com um projeto inviável ou até mesmo o lançamento de um
produto ou serviço que não agradem o cliente.
Respeitar os limites da empresa é importantíssimo nessa etapa do processo.
Devemos levar em consideração que tanto empresa e equipe como mercado e clientes são
providos de necessidades, e todos precisam ser atendidos.
A empresa e a equipe para respeitar seus limites e obterem êxito na execução do projeto, e o
mercado e os clientes para receberem aquilo que precisam e obter a satisfação.
Selecionar a melhor ideia que tivemos ou de uma equipe, por exemplo, não é uma tarefa tão
simples como parece.
31
Antes de decidirmos qual a melhor ideia para então transformá-la em um projeto, requer uma
visão muito mais ampla do que achar aquela ideia ou sugestão magnífica.
A vida real do gerente de projetos não se baseia em sexto sentido, adivinhação ou apostas.
O gerenciamento de um projeto, como estudamos anteriormente, inicia na sua concepção, isso
é, no momento em que a ideia foi gerada por si própria ou por outrem.
Ou seja, a responsabilidade de selecionar a melhor ideia e transformá-la em um projeto de
sucesso e competitivo é do gestor de projetos. Mas como selecionar a ideia certa? Existe uma técnica?
Digamos que não existe solução ou poção mágica para que todas as vezes que necessário, a
melhor ideia seja selecionada, principalmente quando o número de boas ideias é significativo.
O que o gestor de projetos deve levar em consideração no momento de fazer essa seleção, é a
análise rápida e precisa dos fatos. Obter uma visão ampla do que está acontecendo em relação ao que
irá acontecer após a aplicação prática dessa ideia.
Fazer uma análise rápida, quer dizer colocar a situação na balança, tentar observar quais os
benefícios que o possível projeto irá trazer à empresa de imediato, em curto e em longo prazo. Verificar
de modo geral se a empresa terá condições de executá-lo, se tem recursos financeiros para implantá-lo,
se pode dispor do tempo exigido pelo futuro projeto e se esse trará soluções benéficas para a empresa.
Caso essa análise seja feita e a maioria das repostas seja positiva, então existem grandes
possibilidades dessa ideia ser transformada em projeto. A partir daí, a etapa de planejamento pode ser
discutida.
Como vimos, planejar é criar condições eficientes para conquistar algo. Não é o momento da
execução, mas sim os passos que deverão ser seguidos para executar o projeto. Por isso, mesmo no
momento do planejamento é possível mudar de opinião e selecionar e analisar uma nova ideia.
Muitas vezes, somente no momento do planejamento é que o gestor consegue ter uma noção
mais clara do que realmente irá acontecer, o que torna essa fase importante e indispensável no processo.
Nenhum projeto é criado sem uma ótima ideia e nenhuma ideia é transformada em
projeto se não for analisada e planejada.
13 SELEÇÃO DE ALTERNATIVAS PARA O PROJETO
32
Para efetuar o cálculo e verificar qual a melhor alternativa, devemos obedecer à fórmula:
Total A = 6 x 2 + 8 x 3 + 4 x 3 + 5 x 3 + 6 x 2 + 4 x 1
14
Total A = 12 + 24 + 12 + 15 + 12 + 4
14
Total B = 7 x 2 + 5 x 3 + 3 x 3 + 8 x 3 + 3 x 2 + 6 x 1
14
Total B = 14 + 15 + 9 + 24 + 6 + 6
34
14
Portanto, nesse método de seleção, a alternativa A seria a escolhida, porque obteve maior
nota: 5,64.
Esse método, apesar de apoiar a escolha das alternativas de modo correto e justo, não deve
ser utilizado como fonte de apoio.
É importante que mais algum método seja utilizado em conjunto com a ponderação e
pontuação, para que a escolha seja realmente confiável.
Como por exemplo, a opinião de grupo.
Ouvir a equipe é um método prático, simples e que, em conjunto com a ponderação e
pontuação, podem auxiliar na escolha correta da alternativa de projeto.
Ouvindo a equipe de projetos, é possível compreender melhor a ideia proposta, os objetivos
reais e finais do processo e fazer uma análise mais clara do tempo e grau de dificuldade da execução.
A pesquisa também pode ser um método que em conjunto transmite segurança à seleção de
alternativas do projeto.
As qualidades e valores dados para cada alternativa poderão ser pesquisados no mercado, na
concorrência, entre os clientes e a própria empresa.
Essa pesquisa pode acontecer obedecendo ao segmento e até mesmo à categoria de cada
alternativa, procurando profissionais ligados a mesma área de atuação.
14 O QUE É MÉTODO PARAMÉTRICO E COMO FUNCIONA
A empresa XXX S/A cresceu significativamente nos últimos meses. Quando se deu conta,
estava com muitos projetos, mas sem um profissional para gerenciá-los.
Eduardo, diretor presidente da empresa, percebeu essa necessidade e resolveu reunir a
38
equipe de executivos para verificar qual o perfil desse profissional e quais requisitos deveriam ser
evidenciados nele.
A equipe de executivos pesquisou, analisou e decidiu o seguinte:
O profissional deverá:
ter experiência em gestão de projetos de no mínimo três anos;
conhecer técnicas de gerenciamento;
ter MBA em Gestão de Projetos;
ter conhecimento em informática avançada;
falar e escrever fluentemente o inglês;
possuir condução própria;
morar na mesma cidade da empresa;
estar disponível para exercer o cargo;
disponível para viagens;
salário de até R$ 4.600,00;
ter conhecimentos e habilidades administrativas.
Candidataram-se para a vaga três profissionais, que chamaremos Candidatos A, B e C,
sendo eles:
CANDIDATO A – experiência de quatro anos em administração de empresas. Fluente em
inglês e espanhol. Pós-graduado em Gestão de Projetos e conhecimentos de nível médio em informática.
Não possui veículo próprio e mora em uma cidade vizinha, a 23 km da empresa. E pode iniciar as
atividades imediatamente;
CANDIDATO B – experiência de dois anos como gestor de projetos e três anos como
administrador. Fluente em inglês. Formado em Administração de Empresas e com conhecimentos
avançados em informática. Precisa de 15 dias para se desligar da empresa onde trabalha atualmente.
Possui veículo próprio e mora a 6 km da empresa;
CANDIDATO C – experiência de cinco anos, sendo três em administração e dois como gerente
de projetos. Realizou alguns cursos sobre gerenciamento de projetos ampliando seus conhecimentos.
Formado em Administração de Empresas e pós-graduado em Marketing Internacional. Possui
conhecimentos de nível médio em informática, tem carro próprio e mora a 12 km da empresa. Poderá
iniciar as atividades dentro de dez dias e exige salário de, no mínimo, R$ 5.000,00.
Qual é o candidato que mais se aproxima dos desejos da empresa e que provavelmente será
contratado pela XXX S/A?
R: ____________________________________________________
16 DETALHAMENTO DOS PROCESSOS DE INICIAÇÃO DO PROJETO
Uma vez que a ideia foi aceita pela alta administração, os contratos foram assinados e os
recursos necessários para o projeto foram adquiridos, o termo de abertura deverá ser elaborado.
Esse documento deverá conter as principais informações sobre o projeto e consequentemente
41
autorizar o gerente de projetos a iniciar seus trabalhos.
A partir do termo de abertura do projeto, a definição do Escopo Preliminar do Projeto deverá
ser iniciada.
Veja o modelo do termo de abertura nos anexos.
18 CONTRATO
São artefatos importantes que influenciam no sucesso do projeto e que servem de entrada
para execução de processos e iniciação do projeto.
Nessa fase, as políticas, procedimentos, planos e diretrizes da empresa devem ser levados em
45
consideração. Os históricos de riscos, cronogramas e valores do projeto também devem receber a devida
importância.
Os ativos de processos organizacionais podem ser agrupados em duas categorias:
processos e procedimentos para realização do trabalho;
conhecimentos da empresa para armazenar e recuperar informações.
Algumas bases de conhecimento servem para armazenar e recuperar informação, tais como:
banco de dados de medição;
arquivos de projeto;
informações históricas ou lições aprendidas;
banco de dados do gerenciamento de problemas e defeitos;
banco de dados de gerenciamento de configuração, baseadas em normas, políticas,
procedimentos oficiais e outros documentos;
banco de dados do financeiro – orçamento, estouros, custos, análises de viabilidade e
análises financeiras em geral, cronogramas, etc.
46
22 UTILIZANDO O QUE FOI “PLANEJADO INICIALMENTE”
É bem provável que se você chegou até aqui, já sabe onde buscar oportunidades, analisar
necessidades e selecionar a melhor alternativa para seu projeto, seja ela qual for.
A ideia, se já não gerou, precisa gerar um projeto.
47
O plano de ação até esse momento foi simples e curto.
A ideia foi identificada, analisada e selecionada, agora precisa dar ênfase ao projeto.
Para que um projeto saia do papel e passe a ter vida, é necessário que sigamos um caminho
não tão curto e simples.
Precisamos aprender algumas técnicas que farão com que iniciemos um planejamento.
Esse planejamento será os passos, para alcançarmos nossos objetivos e finalmente
implantarmos o projeto e colhermos os resultados.
Um projeto sem planejamento é como um projeto crítico, sem vida, que lá na frente irá colher
apenas resultados negativos.
Muitos profissionais acreditam que projetos podem dar certo sozinho, sem esforço, sem
equipe, sem acompanhamento, sem planejamento.
Com certeza, esses não são gerenciadores de projetos.
Um projeto gera muito trabalho, muito envolvimento e comprometimento e, principalmente
envolve uma equipe de profissionais com habilidades e conhecimentos na área.
Nessa etapa, que chamamos de “concepção”, o gestor de projetos é essencial.
Sem conhecimento e técnica, é praticamente impossível um projeto, por menor que seja,
viabilizar bons resultados.
Caso não se tome as devidas providências, e sejam dadas as devidas atenções a essa fase, o
projeto pode se tornar um fracasso e levar toda a empresa consigo.
Como diz o ditado, “levamos anos para construir, mas segundos para destruir”.
Quando temos uma empresa ou somos gerenciadores de projetos, precisamos estar atentos, a
todo instante, às mudanças e inovações do mundo. Respeitar os limites da equipe, da empresa e,
principalmente, elaborar projetos competitivos, que elevem o nome da empresa e tragam benefícios
claros e visíveis à organização.
Temos que construir sempre e nunca destruir.
A imagem é algo sagrado para uma empresa e até mesmo para uma pessoa ou um
profissional. Uma vez manchada ou queimada essa imagem, é como se aquela empresa ou pessoa
deixasse de existir.
Por isso, muito cuidado! Projetos são excelentes armas para alavancar uma empresa, mas
também podem ser destruidores, caso não sejam manuseados corretamente.
Como um excelente gestor de projetos, PLANEJE, obedeça a esse PLANEJAMENTO e
respeite os LIMITES.
Administrar um projeto requer confiança, habilidade, conhecimento e acima de tudo segurança
e comprometimento.
48
É colocar a empresa no ponto mais alto sem riscos de vê-la cair. Uma responsabilidade
gigantesca, que somente grandes e experientes profissionais são capazes de assumir.
Fica a dica!
Como vimos anteriormente, o projeto tem um ciclo de vida e um tempo de duração que
precisam ser respeitados.
Para que possamos compreender melhor essas fases e aprender a controlá-las e corrigi-las,
51
vamos estudar cada etapa:
concepção – como já estudamos, é a fase inicial, em que a ideia é germinada. É por
meio dela que o projeto nasce. É uma fase importante e precisa ser respeitada, pois é dela que
surgirão as primeiras características do projeto;
iniciação – como o nome já diz, é o início do projeto, a análise e transformação da ideia
em objetivos;
planejamento – é considerada a fase especial, onde toda operação do projeto será
estruturada e viabilizada. Nessa etapa a proposta de trabalho já foi aprovada e será detalhada
por meio de um plano de execução operacional, a equipe será formada, os gestores nomeados
e toda estrutura do projeto será criada;
execução – essa é a etapa que colocará em prática todo planejamento. É quando o
trabalho será executado. Na fase de execução alguns erros surgem e são corrigidos, mas o
foco principal do projeto precisa ser sempre obedecido, especialmente em relação aos prazos
e recursos;
conclusão – é o encerramento do projeto. Como todo fechamento, é onde o resultado
será visível, muitas vezes, necessitando de manutenção nas atividades, documentação ou até
mesmo na equipe. É onde ocorre também o desligamento de empresas ou especialistas
contratados para viabilização do projeto.
O controle do projeto deve ser considerado durante todo tempo, desde a concepção até o
encerramento.
Controlar significa acompanhar todo o processo, analisar e garantir que tudo saia conforme
planejado.
O controle é essencial para que falhas e riscos sejam identificados antes que se transformem
em resultados negativos e comprometam todo o projeto.
Quando identificado um erro, o processo deverá passar por uma manutenção, ou seja, a
correção imediata da falha.
A manutenção no processo é importante para que os erros sejam eliminados e novas soluções
sejam implantadas, sem desperdício de tempo e de recursos financeiros.
Dificilmente um projeto iniciará e terminará sem que no decorrer precise de manutenção.
Por se tratar de uma tarefa humana, é comum que algumas falhas venham a ocorrer, o
importante é que elas sejam identificadas o quanto antes e resolvidas imediatamente.
Por isso é fundamental que todo projeto seja controlado e quando necessário, seja corrigido.
52
25 SÍNTESE, OBJETIVO E ESTRATÉGIA INICIAL
54
Conhecemos no tópico anterior os três fatores mais importantes para elaboração de um projeto
e agora veremos quem são os responsáveis pela concepção, planejamento, controle, execução e
conclusão do processo de gerenciamento.
É bem provável, que diante de tanta informação e novos conhecimentos você tenha se
perguntado, tudo isso fica por conta do gestor de projetos?
Realmente, a vida de um profissional de gestão de projetos é cheia de responsabilidades e
dependente de muito conhecimento mercadológico, técnico e administrativo, de habilidades, criatividade
e inovação.
Mas é impossível que ele dê conta de todo trabalho sozinho.
Para que um projeto realmente dê certo, é imprescindível que uma equipe seja disponibilizada
em favor da sua execução.
Como vimos nos tópicos anteriores, um projeto é formado por inúmeros objetivos e esses
formados por um grupo de atividades.
Recapitulando, precisamos de algumas pessoas para exercer inúmeras atividades que visam
alcançar vários objetivos, os quais geram um projeto.
Uma única pessoa seria incapaz de concluir um projeto, pois muitas atividades precisam ser
executadas até que finalmente o processo chegue ao fim.
O grande desafio do gestor nesse princípio é estar apto para delegar tarefas. Reconhecer os
talentos e escolher a pessoa certa para exercer determinada função.
55
Muitos profissionais sentem dificuldade em delegar tarefas, não porque não são capazes de
fazê-lo, mas porque não se sentem seguros em confiar determinada atividade e preferem executá-la.
Nessa decisão, o gestor poderá estar colocando em risco todo planejamento, pois o correto é
que ele administre o projeto, mas não opte por exercer tarefas que podem e devem ser delegadas a
outros profissionais.
O ideal é que o gestor tenha uma equipe capacitada para ajudá-lo, disposta em fazer
acontecer, dividida e planejada de forma eficiente. Deve ser o responsável pelo planejamento e
monitoramento, pela análise, pela solução dos conflitos e quando necessário pelo replanejamento do
processo.
Coordenar o trabalho de várias pessoas em diferentes áreas, para que prazo, orçamento,
qualidade e lucratividade sejam alcançados, não é uma tarefa fácil.
Apesar de essa responsabilidade ser estressante e trabalhosa, ela vai ainda mais longe, o
gerente de projetos precisa conseguir que as atividades previstas sejam realizadas de acordo com o
planejamento.
Ele deve estar atento aos erros, desvios de foco e até mesmo aos atrasos. Na verdade, esse
profissional precisa ter uma visão futura de tudo, prevendo falhas e riscos.
Apesar da pressão, o gerenciamento deve ser constante e mesmo que haja situações
errôneas, que provoquem atrasos, estouro de orçamentos ou problemas com a qualidade, o gerente de
projetos deve estar atento e proporcionar uma solução rápida e eficiente.
É por todos esses motivos, que as exigências de perfil em relação ao profissional de gestão de
projetos são tão rigorosas.
As empresas conhecem a responsabilidade que gira em torno dessa área e por isso buscam
profissionais quase que perfeitos, regados de muito conhecimento e experiência.
O profissional e sua equipe precisam estar alinhados às seguintes funções:
aptidão em estabelecer metas (objetivos prazos e valores);
aptidão em estabelecer o escopo do projeto (descrever o que realmente será produzido);
aptidão em dividir o projeto em etapas, executando os processos gerenciais (concepção,
inicialização, planejamento, execução, controle, conclusão);
aptidão nas nove áreas de conhecimentos (escopo, tempo, custo, qualidade, integração,
recursos humanos, suprimentos e/ou contratação, comunicação e riscos).
Gerenciar um projeto é executar processos gerenciais sobre essas nove áreas de
conhecimento, durante toda validez do projeto. Em muitas situações será necessário o envolvimento com
outras áreas, como produção ou operações rotineiras, além de conhecimento em planejamento
estratégico.
56
27 OS PAPÉIS EM UM PROJETO
57
TABELA 2 - PARTES ENVOLVIDAS EM UM PROJETO
Foi graças a esse integrante que o projeto ganhou vida. O principal envolvido do
Cliente projeto. É para obter a satisfação do cliente que todo trabalho será executado.
Gerente de projetos Como já estudamos no tópico anterior, é o responsável pelo sucesso do projeto. É
por meio da sua atuação que toda equipe conseguirá alcançar os objetivos
propostos.
Por certo, já conhecemos as técnicas que nos levam a elaborar um projeto de sucesso. Mas e
para empresa, o que poderá ser denominado “sucesso em um projeto”?
Podemos afirmar que quando o resultado é positivo, o cliente está satisfeito, os prazos, custos
58
e qualidades foram cumpridos, a equipe está motivada e os lucros aumentaram.
Mas até chegar a essa agradável conclusão, as organizações passam por processos penosos
e extremas modificações.
Na maioria das vezes, as empresas são autotreinadas para promover produtos ou gerar
serviços. Para cumprir essa tarefa, procuram organizar suas funções de modo que os resultados sejam
conquistados a todo custo, não avaliando perdas e danos.
Em algumas situações usam do “poder” e raramente do “conhecimento”.
As empresas são divididas em quatro grupos: alta administração, média gerência, supervisores
e demais trabalhadores.
Na maioria das vezes os “projetos”, que nem sempre são intitulados assim, ficam por conta dos
executivos, que devido ao grande número de atribuições diárias, não têm tempo suficiente para gerar
esses projetos, quem dirá para planejá-los e conclui-los e ainda, recusam-se em delegá-los a outras
pessoas.
O motivo? Pasmem! Na maioria das vezes é insegurança em relação ao seu posto na
empresa, medo de o outro se sobressair, demonstrar mais resultados e “tomar o seu lugar”.
O que a organização conquista com tal comportamento é uma lista de projetos atrasados,
causados pela falta de tempo, consequentemente geram-se mais gastos e menos clientes, e na maioria
das vezes, uma equipe desmotivada.
Muitas empresas nem sequer ouviram falar sobre gestão de projetos, outras já ouviram falar,
mas acreditam não ser importante para sua organização.
Essas empresas tendem a dar valor à gestão de projetos quando não há outra saída, quando
chegaram ao fundo do poço e precisam imediatamente que alguém as ajude a levantar.
Esse tipo de atitude dificulta o trabalho dos gerentes de projetos e torna mais difícil a conquista
de resultados prazerosos como os que mencionamos no início desse tópico.
As organizações precisam conhecer mais e melhor a administração de projetos, treinar suas
equipes para exercerem atividades planejadas em busca de resultados positivos que façam as empresas
crescerem e acompanharem as mudanças mundiais.
Projetos são fundamentais para o desenvolvimento da empresa.
Por meio de um projeto, toda empresa pode trabalhar unida, obedecendo à hierarquia, mas em
favor do crescimento constante.
Trabalhar os projetos e com processos estratégicos e planejados tornam a empresa viva,
inovadora, consciente e destacada no mercado.
A gestão de projetos deve ser levada em consideração, não apenas nas grandes
organizações, mas especialmente e, principalmente, nas pequenas e médias empresas que mais
59
precisam de novidade e destaque.
29 POSSÍVEIS PROBLEMAS
FIGURA 9 - PROBLEMA
60
Há alguns problemas que podem ser considerados comuns na fase de implantação dos
projetos. Por mais competente que seja o gestor do projeto, é provável que em algum momento ele se
depare com problemas e precise resolvê-los.
Citaremos alguns desses problemas comuns.
Objetivo confuso: é um problema que pode levar o projeto ao fracasso. É extremamente
importante que o objetivo do projeto seja claro, coerente e preciso, para que toda a equipe e o próprio
gestor do projeto saibam a direção que devem seguir.
O objetivo pode se tornar confuso por várias razões:
a) não foi estudado e compreendido corretamente – geralmente devido à pressa de iniciar o
projeto, as soluções são pouco estudadas e analisadas, o que gera incerteza na formulação
dos objetivos;
b) a equipe não compreende os objetivos – muitas vezes o objetivo foi colocado de uma
maneira sucinta demais para que a equipe de projeto compreenda o que faz com que ela faça
suas próprias suposições e tome outro rumo durante a execução do projeto;
c) o objetivo não é coerente com a situação que deverá ser resolvida – acontece quando a
solução buscada não tem nada a ver com o objetivo proposto, o que torna bastante confuso
todo o processo.
Execução confusa.
Os quesitos que tornam a execução de projeto confusa são:
a) regras de decisão imprecisas – quando não existe nenhum tipo de norma ou caminho
padrão para resolver os problemas e os conflitos. Fazendo com que cada integrante tome seu
próprio caminho, muitas vezes, afastando-se das metas de execução;
b) autoridades e responsabilidades indefinidas – quando as tarefas não são delegadas
61
corretamente ou a equipe não toma conhecimento de quem tem poder para tomar decisões e
quem realizará cada atividade no decorrer do projeto;
c) atividades não coerentes com os objetivos – podem fazer com que o projeto siga por outro
caminho e perca tempo e dinheiro durante a execução. Podem ocorrer mesmo quando o
objetivo e o problema são coerentes;
d) previsão de recursos incompatíveis com as atividades – quando as atividades exercidas
exigem um pouco mais de investimento ou disponibilidade financeira;
e) atividades a frente do planejamento – ocorre quando a execução do projeto não acompanha
fielmente o planejamento, pulando ou antecedendo etapas.
Falhas na execução: projetos muito bem planejados e organizados são projetos que
provavelmente chegarão ao sucesso, mas essas características não garantem o sucesso. Mesmo o
planejamento precisa ser controlado e acompanhado a todo instante para que falhas de responsabilidade
não venham a ocorrer. Por exemplo, Pedro acreditou que determinada atividade seria executada por
João, e no final acabou que ninguém a executou.
30 DESVENDANDO E SOLUCIONANDO CONFLITOS
Como um projeto na maioria das vezes é desenvolvido por um grupo de profissionais, é natural
que haja discordâncias. Solucionar conflitos exige conhecer as partes para então saber como conduzi-las
no processo.
Citaremos alguns tipos de comportamento comuns em equipes de trabalho:
sabotador – pessoa que só pensa em problemas, fica o tempo todo procurando erros
alheios;
franco atirador – atira em tudo que vê e ouve, é destruidor por natureza;
contraditor – aquele que sempre vai contra as decisões do grupo, ideias ou soluções;
calado – só participa das ideias, opiniões e soluções caso seja chamado, age mediante
“empurrão”;
ansioso – aquele que nunca está satisfeito com nada. Sempre negativo e irrequieto;
dominador – acha ser o melhor do grupo e procura sempre levar vantagem em tudo;
sai pela tangente – não se compromete com nada em momento algum;
acomodado – concorda com tudo que foi dito, não contribui com novas ideias ou
soluções, tudo está bom sempre;
crítico – dá sua opinião mesmo sem ser solicitado, quer que tudo tenha seu “dedo”;
busca atenção – como o próprio nome diz, é aquele que chama atenção o tempo todo,
pelo comportamento, vestimenta, opiniões, etc.;
palhaço – aquele que sempre tem uma “piadinha” para contar no meio da reunião, muitas
vezes, coopera para que o grupo perca o foco do assunto.
Para ser um mediador de conflitos correto e justo, é necessário que o gestor siga algumas regras:
leve em consideração a conduta e não a pessoa;
não identifique a pessoa em público. Se necessário chamar atenção, detalhe os efeitos
mais aparentes, sem mencionar nomes;
sugira comportamentos diferentes, para que a pessoa continue cooperando e interagindo
com a equipe.
64
31 PROJECT CHARTNER
66
32 OUTROS DOCUMENTOS DO PROJETO
67
FIGURA 10 - CHECK LIST
Colocar em prática um projeto não é tarefa muito fácil. Exige muitas habilidades e
conhecimentos dos envolvidos.
Na teoria tudo parece muito simples, mas a verdade é que um projeto demanda muita
68
responsabilidade, comprometimento e técnicas.
O gerente de projetos precisa ter inúmeras habilidades, dentre elas um poder de comunicação
eficiente, capaz de direcionar uma equipe harmoniosamente.
Saber delegar tarefas e reconhecer talentos em um grupo é o segredo que assegura o bom
funcionamento e planejamento do processo.
Conhecer as nove áreas de conhecimento que envolve a gestão de projetos para o
PLANEJAMENTO é outro fator importante e que deverá ser levado a sério pelo gestor.
A partir de agora, trabalharemos um pouco os fatores práticos de um projeto, necessários para
o planejamento e gerenciamento, considerando todos os deveres e obrigações do profissional de
projetos.
Perceba que durante todo o curso, estamos falando muito sobre equipe, delegação de tarefas,
gerente de projetos.
São as pessoas que farão com que o projeto tenha ou não bons resultados.
70
Para que a equipe trabalhe unida, seguindo o mesmo caminho em busca do objetivo principal
do projeto, é preciso que todas as informações cheguem até ela de maneira simplificada, mas
compreensiva.
É necessário que os conflitos sejam mediados e que os problemas que surgirem sejam
resolvidos imediatamente.
Não pode haver na equipe um escolhido ou um rejeitado, todos devem ser tratados iguais,
apesar de terem importâncias diferentes no projeto.
Para que tudo isso se torne realidade, é imprescindível o uso de uma ferramenta muito popular
e bastante utilizada no mundo dos negócios, a comunicação.
Falhas na comunicação provocam conflitos, separação da equipe e perda de produtividade,
consequentemente garantem o fracasso de qualquer projeto.
Veja o gráfico a seguir.
Das exigências de habilidades do profissional de gestão de projetos, muitas têm a ver com a
comunicação, por exemplo, liderança, habilidades gerenciais, administrativas, organizacionais, relação
com RH, políticas e articulações.
Sem a comunicação é impossível realizar um projeto, é impossível trabalhar.
Podemos afirmar que a comunicação é a ferramenta mais importante utilizada por qualquer
gerente em qualquer área de atuação.
A interação da equipe e do gestor do projeto é dependente da comunicação, por isso é
essencial que essa habilidade também seja desenvolvida pelo gerenciador de projetos.
Há alguns métodos, tipos eficazes de comunicação que aproximam a equipe e tornam o
71
andamento do projeto mais objetivo e eficiente. Vejamos quais são:
certeira – a mensagem é endereçada apenas às pessoas certas;
direta – falar diretamente com o interessado, sem usar intermediários;
objetiva – explicar e detalhar o resultado esperado;
clara – saber o que está dizendo e transmitir a mensagem;
precisa – não utilizar duplo sentido na mensagem transmitida;
completa – falar tudo que é necessário, mesmo aquilo que parece ser óbvio, pois para a
outra parte poderá não ser;
redundante – repetir a mensagem de diferentes formas e quantas vezes forem
necessárias;
controlada – solicitar que o outro demonstre que compreendeu a mensagem;
ágil – transmitir a mensagem que precisa ser transmitida, sem rodeios.
Saber o que realmente quer e aonde quer chegar, pensar positivamente e antecipar os
problemas que podem acontecer, são fatores determinantes na interação da equipe.
O medo de magoar, parecer rude, perder o emprego, deixar de ser competente, de ser
humilhado e muitos outros que as pessoas tendem a enfrentar na comunicação, devem ser abolidos da
equipe, e cabe ao gerente de projetos transmitir essa mensagem aos integrantes, de modo que todos
compreendam a necessidade da comunicação, para o desenvolvimento satisfatório do projeto.
35 DISTRIBUIÇÃO DE TAREFAS E PROCESSOS GERÊNCIAIS
72
É necessário que as atividades da equipe sejam divididas e organizadas para atender a todos
os processos gerenciais do projeto, sendo eles:
processo de iniciação – onde o projeto é iniciado, o termo de abertura e a descrição
básica do escopo são elaborados;
processo de planejamento – onde o escopo será identificado, definido e amadurecido. Na
medida em que o planejamento for desenvolvido, os riscos, conflitos, premissas e falhas
deverão ser percebidos e solucionados;
processo de execução – onde os recursos e pessoas deverão ser coordenados e
integrados e as atividades realizadas;
processo de monitoramento e controle – onde a execução do projeto deverá ser
73
acompanhada, para que possíveis problemas sejam identificados e solucionados;
processo de encerramento – onde uma fase ou todo o projeto será finalizado formalmente.
Para saber ao certo qual pessoa deverá fazer parte de cada grupo de processo, suas
habilidades precisam ser analisadas.
Conhecendo as habilidades exigidas do gestor de projetos, é possível ter uma ideia de quais
conhecimentos e habilidades são necessários encontrar em cada grupo e em toda equipe de trabalho:
habilidades técnicas – conhecimento pleno na área de atuação;
habilidades da administração – o gestor precisa ter conhecimento das práticas de
gestão em geral e deve possuir habilidades interpessoais ou comportamentais como liderança,
comunicação, negociação e solução de problemas. Consequentemente é importante que
alguns integrantes da equipe, senão todos, tenham ao menos um pouco de conhecimento
nessas áreas;
habilidades de gerenciamento – muitos pensam que essa habilidade precisa ser
exclusivamente do gestor. Sim, o gestor precisa ser um bom gerente, ter conhecimentos e
práticas em gerência de projetos, saber realmente gerenciar um projeto e uma equipe. Mas é
importante que possa contar com o auxílio de algum de seus integrantes, para gerenciar cada
grupo de atividades;
habilidades de comunicação – saber se comunicar é imprescindível seja da parte do
gestor como de toda a equipe. Mas saber falar não significa ser um bom profissional, além de
se comunicar os integrantes precisam saber ouvir e persuadir;
habilidades organizacionais – o gerente de projetos precisa ser campeão em
planejamento e estabelecimento de objetivos e análises. E sua equipe deverá ser especialista
em respeitar o planejamento e cumprir todas as atividades estabelecidas e ser capaz de
identificar e buscar a solução das falhas que surgirem no decorrer do processo;
habilidades de relacionamento – humildade, empatia, ética, motivação são mais do que
habilidades exigidas da equipe de gestão de projetos. São características fundamentais para o
bom desempenho do projeto. O gerente deverá estar a todo tempo cooperando e interagindo
com a equipe, para que se respeitem e consigam manter a harmonia do grupo, trabalhando
sempre unidos em busca dos objetivos;
habilidades de liderança – muito exigida do gerente de projetos, a liderança torna o
processo agradável, sem que o rumo se perca, e tempo e dinheiro sejam desperdiçados. Se
possível, um ou mais dos integrantes da equipe, podem se destacar, caso tenham essa
habilidade, para auxiliar o gestor nesse processo;
74
habilidades internas – também é uma característica que todos os envolvidos no projeto
devem apresentar, principalmente aqueles que ficaram responsáveis pelo acompanhamento do
processo. São elas: flexibilidade, criatividade, paciência e persistência.
76
77
É outra de conhecimento e seu objetivo é garantir que o projeto inclua todo trabalho necessário
para o sucesso do projeto. Permitindo que somente o necessário seja utilizado, sem reduções e sem
excessos. Essa área divide-se em:
78
iniciação – é o processo de reconhecimento do projeto, em que o termo de abertura ou
project chartner é emitido e atribui ao gerente de projeto a autoridade para utilizar os recursos
disponíveis no projeto;
planejamento – processo de elaboração do documento de declaração do escopo, onde
as entregas das fases do projeto são controladas e os limites de trabalho estabelecidos;
detalhamento – é feita a divisão dos subprodutos principais do projeto constantes na
declaração, para que haja obtenção precisa nos cálculos e controle de custo, recursos
humanos e tempo;
verificação – processo de aprovação do escopo por parte dos responsáveis envolvidos
no projeto;
controle de mudanças – processo que controla e avalia os fatores que geraram
mudanças, permitindo que as mudanças necessárias sejam efetuadas e benéficas ao projeto.
EAP significa Estrutura Analítica de Projetos ou em inglês Work Breakdown Structure (WBS) –
Estrutura Analítica do Trabalho.
A EAP é estruturada em árvore exaustiva, hierárquica e utilizada para evidenciar o que é
79
realmente necessário para a execução de um projeto, desmembrando as fases e facilitando a realização
das tarefas.
Para que a EAP seja elaborada é necessário que as informações relevantes do projeto sejam
consideradas, porém, o excesso de informações pode atrapalhar as análises.
Por meio da EAP serão programadas as atividades do projeto, a agenda, o gerenciamento de
riscos, a distribuição de tarefas, etc. Por isso, é um processo fundamental para o sucesso da execução
do projeto.
Para a construção da EAP é importante seguir uma regra de elaboração, denominada 8-80, em
que as etapas do projeto devem obedecer ao mínimo de 8 horas e máximo de 80.
Outra regra importante a ser obedecida é em relação aos elementos e aos níveis de
profundidade da EAP. Onde devem ser considerados de 100 a 200 elementos e de 3 a 4 níveis de
profundidade, ultrapassando esses números é necessário criar subprojetos.
Quanto mais itens possuir a EAP, menor será o tempo de análise, o que será benéfico ao
projeto que tem data preestabelecida para ser concluído.
Um dos princípios mais importantes na elaboração da EAP é a regra dos 100%.
O Practice Standard for Work Breakdown Structures (Second Edition), publicado pelo Project
Management Institute (PMI), define que a regra dos 100% estabelece que a WBS inclua 100% do
trabalho definido pelo escopo do projeto e capture todas as entregas – internas, externas,
intermediárias – de forma ao trabalho estar completo, incluído o gerenciamento do projeto. A regra dos
100% é um dos mais importantes princípios que guia o desenvolvimento, decomposição e avaliação da
WBS. A aplicação dessa regra vale para todos os níveis na hierarquia: a soma de todo o trabalho dos
níveis “filhos” deve ser igual a 100% do trabalho representado pelo “pai” e a WBS não deve incluir
qualquer trabalho que saia do escopo existente do projeto, isto é, ele não pode incluir mais do que
100% do trabalho. É importante se lembrar de que a regra dos 100% também se aplica ao nível de
atividades. O trabalho representado pelas atividades de cada pacote deve produzir 100% do trabalho
necessário para completar o trabalho do pacote.
Veja alguns passos para elaboração de uma EAP:
no primeiro nível da estrutura colocar o nome do projeto;
no segundo nível colocar as fases que definem o ciclo de vida do projeto;
no terceiro nível identificar os resultados que deverão ser entregues;
desmembrar cada elemento da EAP subdividindo os resultados em partes menores;
analisar e modificar a EAP até que todos os envolvidos concordem com o planejamento.
TABELA 9 - PRAZOS
Área de conhecimento em gestão de projetos que visa garantir que o projeto será concluído
obedecendo ao orçamento previsto.
Pode ser dividida em:
82
estimativa – visa estimar o custo dos recursos necessários para desenvolvimento do
projeto;
orçamentação – aloca os custos globais aos pacotes de trabalho, determinando uma
linha de custos para medição de performance do projeto;
controle – analisa e controla os fatores que podem gerar mudanças nos custos,
garantindo que essas sejam benéficas para o projeto.
Veja o modelo nos Anexos.
41 QUALIDADE
Essa área de conhecimento visa garantir que o projeto será concluindo obedecendo aos
parâmetros de qualidade definidos.
Podem ser divididos em:
83
planejamento – identifica os padrões de qualidade exigidos pelo projeto e os meios de
satisfazê-los;
realizar a garantia – estabelece meios para garantir que a qualidade exigida pelo projeto
seja obedecida;
realizar o controle – monitoram os recursos destinados a qualidade a fim de verificar se
atendem os requisitos definidos no projeto. trabalha com diferentes técnicas como: inspeção,
cartas de controle, diagramas, amostras, e outros.
42 RECURSOS HUMANOS NO PROJETO
Garante que os recursos humanos do projeto estão sendo utilizados com o maior nível de
aproveitamento possível.
Pode ser dividido em três processos:
84
planejamento – identifica e documenta a hierarquia dos envolvidos no projeto, bem como
suas responsabilidades. (plano de gerenciamento de equipe);
montagem da equipe – objetiva disponibilizar os recursos humanos necessários para a
execução das atividades do projeto;
desenvolvimento – visa utilizar e criar técnicas de aproveitamento de pessoal,
aumentando a capacidade das partes envolvidas e as contribuições individuais de cada um;
gerenciar – acompanha o desempenho da equipe, fornecendo feedback, resolvendo
problemas e coordenando mudanças.
TABELA 11 - COMUNICAÇÃO
Essa área do conhecimento tende a identificar, analisar e responder aos riscos do projeto.
Pode ser dividida em:
planejamento – visa planejar as atividades correspondentes ao gerenciamento de riscos
86
do projeto;
identificação – visa identificar os riscos que podem afetar as características ou o projeto;
análise – pode ser qualitativa (consiste na avaliação de probabilidades das ocorrências
de risco e suas consequências em relação ao projeto) e quantitativa (tem como objetivo a
análise numérica dos riscos e suas consequências);
planejamento de resposta – soluções em relação aos riscos encontrados nas análises
qualitativas e quantitativas;
controle – monitora o processo, com objetivo de rastrear riscos já identificados e
identificar novos riscos.
45 AQUISIÇÕES
Caminho crítico significa um conjunto de tarefas ligadas a outras tarefas, únicas ou não, que
não podem ter margem de atraso.
Matematicamente, uma tarefa é crítica quando o tempo da tarefa é igual ao tempo que a tarefa
88
pode ter sem alterar a data final do projeto.
O caminho crítico é a sequência de atividades que deverão ser concluídas nas datas
estabelecidas para que o projeto não atrase no final.
Quando o prazo do projeto é estendido, possivelmente isso aconteceu devido ao atraso de
uma dessas atividades do caminho crítico.
Compreender essa sequência é importante para que você saiba onde tem e onde não tem
flexibilidade.
Esse método está relacionado diretamente ao planejamento do tempo, visando minimizar o
tempo de duração total do projeto, estabelecendo novos requisitos de recursos.
Essa técnica conhecida como PERT ou as redes PERT/CPM, são técnicas de planejamento e
controle de projetos. Por meio de escalações de atividades é possível montar gráficos e analisar o
planejamento do projeto.
Conheça as principais vantagens dessa técnica:
facilidade de compreensão das fases do projeto e do projeto como um todo;
análise, acompanhamento e verificação das atividades;
mostra a coerência técnica do projeto;
compreensão da lógica interna do projeto;
auxilia na execução e controle do projeto.
Esse método permite calcular o tempo de duração do projeto e também das atividades que
precisam de atenção especial, para que não atrasem o andamento do processo.
Como vimos no início desse tópico, esse conjunto de atividades capazes de atrasar todo
projeto é denominado caminho crítico.
47 BASELINE/LINHA DE BASE
A linha de base dá-se quando um projeto está pronto para ser iniciado ou a maioria dos seus
atributos já está estabelecida. Esses tributos deverão ser mantidos, para que haja a avaliação do
andamento do projeto, como pontualidade – se o projeto teve início na data estabelecida, se as atividades
89
estão sendo executadas dentro do tempo previsto, se houve avanço ou retardo na execução das tarefas.
Dessa forma, a manutenção do projeto pode ser mantida, procurando cumprir o que foi
estabelecido no planejamento.
A comparação entre o PREVISTO e o REALIZADO nos indicará resultados que poderão ser
avaliados tanto para o bom andamento do projeto quanto para serem utilizados em projetos semelhantes,
minimizando os desvios.
Essa comparação, objetivada pela BASELINE, favorece a criação de uma curva S, que
representada graficamente poderá ser utilizada como técnica de planejamento ou controle.
A curva S representa, em gráficos, o resultado de acumulações das distribuições percentuais,
parciais relativas a determinados fatores de produção, como mão de obra, equipamentos e materiais.
Essa análise possibilita uma verificação da aplicação dos recursos e orçamentos no projeto.
48 INTRODUÇÃO A NOVAS HABILIDADES
FIGURA 13 - ESTUDANDO
90
FIGURA 14 - PLANEJANDO
92
Nos tópicos anteriores, estudamos a parte prática do projeto e a parte principal antecedente à
execução, o planejamento.
Planejar é como permitir que as coisas se ajustem no decorrer do projeto, delegar as tarefas
para que todos tenham suas funções bem definidas, organizar as ideias e soluções, avaliar os riscos,
estabelecer metas, listar as atividades e definir o tempo de execução de cada uma.
As atividades normalmente executadas no processo de planejamento são:
documentar os papéis e responsabilidades de cada equipe;
estabelecer os métodos de comunicação entre os integrantes;
desenvolver a avaliação e análise dos riscos;
estabelecer métodos de controle e garantia de qualidade;
desenvolver o orçamento do projeto e o método de controle dos custos e recursos
empregados;
estabelecer procedimentos para o gerenciamento de mudanças;
estabelecer procedimento para gerenciamento do escopo, cronograma, custo, qualidade
e diferentes recursos do projeto;
definir mecanismos para monitoramento das mudanças organizacionais, como: utilizar
método de “não surpresas”, dizendo ao pessoal o que cada um deverá fazer, como fazer e até
quando fazer; fornecer treinamento contínuo para a equipe ou sempre que necessário; estar
preparado para fazer ajustes.
50 FATORES HUMANOS
As estruturas são importantes para o gerenciamento do fator humano no projeto, são elas:
estrutura funcional – são agrupadas no mesmo ambiente pessoas que executam
atividades referentes à mesma área técnica, por exemplo, departamento de marketing,
94
departamento financeiro, departamento jurídico, etc. Continuará existindo a necessidade de
que todos os integrantes tenham conhecimento na área e saibam utilizar os recursos com
eficiência;
estrutura geográfica – são agrupadas no mesmo ambiente pessoas que executam
atividades referentes à mesma área geográfica, por exemplo, Mato Grosso do Sul, Santa
Catarina, São Paulo, Brasília, etc.;
estrutura por processo – são agrupadas no mesmo ambiente pessoas que executam
atividades referentes a uma fase do processo produtivo, por exemplo, departamento de
recursos humanos, departamento de tecnologia, etc. A exigência principal é que todos os
integrantes sejam especialistas para que a interação e a troca de informações sejam
proveitosas, ou seja, para que todos falem a mesma língua técnica;
estrutura por clientes – são agrupadas no mesmo ambiente pessoas relacionadas com
o mesmo cliente, por exemplo, departamento de marketing;
estrutura por produtos – são agrupadas no mesmo ambiente pessoas relacionadas com
o mesmo produto ou serviço, por exemplo, departamento de desenvolvimento de produtos.
52 MATRIZES DE RESPONSABILIDADES
FIGURA 15 - PRAZOS
96
Já estudamos algumas técnicas de controle, mas controlar o projeto é tão importante que
devemos utilizar de diferentes meios de acompanhamento e análises para garantir o sucesso do projeto.
A atividade principal do gestor ou do responsável pelo controle é identificar o que deve ser
100
constantemente monitorado.
Todos aqueles documentos, cartas, diagramas e anotações elaborados na fase de
planejamento, passarão a ser importantes nessa fase. As informações obtidas nesses documentos é que
devem ser levadas em consideração no monitoramento do projeto.
Avalie o que de mais importante foi mencionado nesses documentos, podem aparecer mais
critérios dignos de observação, mas tente sintetizar ao máximo, para que o real objetivo seja atendido.
Mantenha em mãos a sua rede de atividades, Gantt, histograma de recursos, curvas de custos
e de progresso técnico. Observe cada um desses demonstrativos e com base nas informações
constantes procure identificar o que é importante para ser controlado em seu projeto.
Compreenda que será impossível controlar tudo. O controle em excesso pode tornar o projeto
confuso, transtornado e levar tudo ao fracasso. Por isso, a tarefa do gestor nessa fase é identificar
aquelas atividades que pertencem ao caminho crítico, os gargalos ou aquelas que demandam bastantes
recursos, ou seja, as atividades especiais do projeto.
Lembre-se que outros fatores precisam ser controlados durante a execução, a qualidade, o
escopo e os riscos.
Para que não fique tão complicado, o gestor poderá delegar tarefas de controle a outros
especialistas envolvidos na execução ou na supervisão das atividades.
O período de controle, os registros de identificações, as mudanças, análises e informações
relevantes da fase de controle, deverão ser avaliados e determinados pelo gestor, que planejou e
conhece bem todo projeto.
Sabemos que o controle é eficaz, quando conseguimos obter informações precisas e rápidas
sobre o andamento do projeto. Impedindo que o projeto tome rumos diferentes no decorrer da execução e
obedecendo as regras de qualidade, custo e tempo.
Porém é importante saber que o controle só é válido para projetos que foram corretamente
planejados. Projetos sem planejamento não necessitam de controle, até mesmo porque não têm como
efetuá-los.
58 DIAGRAMAS DE GANTT
O diagrama de Gantt, desenvolvido pelo engenheiro social Henry Gantt, é um gráfico utilizado
para demonstrar o avanço das fases do projeto. O intervalo de tempo que indica o início e o fim de cada
etapa é demonstrado por meio de barras coloridas sobre o eixo horizontal do gráfico.
101
Esse gráfico é utilizado como uma ferramenta de controle de produção. Por meio dele
podemos visualizar as tarefas de cada integrante da equipe e o tempo utilizado para que essas atividades
sejam cumpridas, podendo assim avaliar o empenho de cada um, desde que associados à tarefa como
uma necessidade de desempenho.
Esse gráfico pode ainda possibilitar a análise de recursos necessários para a conclusão de
cada atividade. O balanceamento (por meio da técnica EVM, por exemplo) de desempenho do projeto,
por meio da medição relativa de tempo utilizado e o tempo faltante para conclusão da atividade em
relação ao tempo previsto, por meio do diagrama de Gantt, permite saber o desempenho em relação a
custo e prazo.
O controle ideal deverá abranger todas as fases do projeto e dimensões como: tempo,
qualidade, características técnicas, integração, escopo, custos e receitas.
Nessa etapa é que devem ser utilizadas as ferramentas como Pert/CPM, Gantt, ferramentas de
102
controle de qualidade e diferentes gráficos de análise de mudanças, variações, orçamento, riscos, etc.
As dimensões principais do projeto que precisam ser controladas são:
desempenho:
a) surgimento de problemas técnicos;
b) recursos disponíveis insuficientes;
c) surgimento de problemas referentes à qualidade;
d) mudanças de especificações técnicas;
e) erros de execução de atividades;
f) outros problemas ou falhas encontradas no desempenho do projeto.
custo:
a) necessidades de mais recursos;
b) aumento do escopo do projeto;
c) falha na estimativa inicial;
d) aumento de preços de recursos físicos;
e) falhas no orçamento;
f) outros problemas ou falhas relacionadas ao custo do projeto.
tempo:
a) necessidade de aumento de tempo para execução do projeto;
b) falhas no sequenciamento de atividades;
c) atraso na execução das atividades;
d) atraso na entrega de recursos;
e) necessidade de trabalho duplo devido a falhas na qualidade ou mudanças
técnicas;
f) falha nas estimativas iniciais;
g) outros problemas e falhas relativas ao tempo/prazos do projeto.
É importante também que alguns riscos sejam analisados em relação às dimensões do projeto,
sendo:
riscos de conclusão – referem-se às possíveis situações que venham a ocorrer,
podendo impedir a conclusão do projeto, como aumento da taxa de inflação, custo maior do
que o planejado, etc.;
riscos tecnológicos – referem-se ao risco da tecnologia definida para o projeto não
atender as expectativas iniciais ou os equipamentos adquiridos para a execução não renderem
o solicitado inicialmente;
103
riscos econômicos – referem-se à demanda dos produtos e serviços não serem
suficientes para gerar o lucro necessário/esperado;
riscos políticos – referem-se às decisões políticas ou planos econômicos tornarem o
projeto inviável.
60 DISTRIBUIÇÕES DE RESPONSABILIDADES DE CONTROLE
A definição de responsabilidades dentro do projeto é quase que obrigatória, pois sem esse
procedimento, as tomadas de decisão tendem a ser lentas e burocráticas, além de prejudiciais ao
desempenho do projeto.
104
A definição e hierarquização das responsabilidades atribuindo ações e atividades a serem
executadas dentro do projeto proporcionam que o controle seja efetuado com eficiência e agilidade,
garantindo que os objetivos e resultados preestabelecidos sejam alcançados.
É necessário o emprego de técnicas de avaliação de pessoal, já estudadas nesse curso, para
que o gerente de projetos consiga nomear pessoas certas para determinada responsabilidade.
Ter profissionais de confiança, habilidosos, atenciosos e conhecedores da área de atuação é
extremamente importante, para que nenhuma etapa do projeto fique de lado, principalmente no momento
de monitoramento.
Vale lembrar que a empresa precisa ser monitorada tanto quanto o desempenho do projeto e
das atividades executadas e que em muitas situações o próprio gestor precisa se monitorar.
É válido que toda a equipe tenha consciência da importância do monitoramento ou controle da
execução, para que essa tarefa seja exercida por todos inconscientemente, ou seja, sem desvio do foco
principal e das atividades que está realizando.
61 GERENTES DE CONTROLE
105
O projeto chegou ao fim, e tudo que estava ligado a ele deverá ser encerrado, inclusive os
contratos.
Os documentos utilizados para encerrar os contratos são: o próprio contrato, mudanças
108
efetuadas no contrato, documentações técnicas, informações sobre o desempenho do trabalho –
entregas, relatórios de desempenho, documentos e comprovantes financeiros, resultados de inspeções,
garantias, plano de gerenciamento de contrato (utilizado desde o início do projeto para controlar e
acompanhar o desempenho dos produtos ou equipamentos ou serviços adquiridos) e outros.
Nessa etapa todos os contratos estabelecidos para o projeto deverão ser encerrados e as
atividades relacionadas que dão suporte ao encerramento formal administrativo do projeto devem ser
identificadas.
A verificação de que todo trabalho foi finalizado corretamente e satisfatoriamente é obrigatória
e a atualização dos registros de cada contrato deverá ser efetuada. As informações relevantes a cada um
devem ser arquivadas para auxiliar em projetos futuros.
Devem ser avaliados os termos e condições dos contratos, para que sejam especificados nos
documentos de finalização emitidos pela empresa.
Rescisões contratuais são situações especiais de encerramento que podem ter sido originadas
da incapacidade de entrega dos produtos, estouro de orçamento, falta de recursos, falta de qualidade,
falta ou atraso nos pagamentos ou outros. A rescisão pode ser emitida por qualquer das partes, que
esteja insatisfeita.
O encerramento é importante para que todos os passos, termos e condições dos contratos
sejam registrados. As atividades e responsabilidades respectivas a cada membro da equipe, clientes e
outros envolvidos no processo de encerramento, também devem ser especificadas nos documentos de
encerramento.
As execuções de todas as atividades encerram todos os contratos ligados ao projeto.
Depois de encerrado o contrato, toda documentação deverá ser arquivada junto com os
demais documentos referentes a esse projeto.
64 RELATÓRIOS DE CONCLUSÃO
Todo processo ou projeto que chega ao fim exige um relatório de conclusão, para que as
informações não se percam.
A documentação com os resultados tendem a ser verificados frequentemente, por isso
109
precisam ser bem estruturados e conter todas as informações relevantes ao projeto.
Os relatórios de conclusão devem originar as informações da:
documentação de medida de desempenho – é toda documentação elaborada para
analisar o desempenho do projeto;
documentação do produto – planos, especificações, documentação técnica, desenhos,
instruções, arquivos eletrônicos e outros que se refiram ao produto do projeto;
memória do projeto – demais documentos, anotações, desenhos, documentos eletrônicos
e outros que contenham informações referentes ao projeto em questão.
Devem considerar:
o relatório parcial do projeto, sendo fase e iteração;
relatório de status do projeto – tempo utilizado para execução, dificuldades em relação ao
111
tempo, em que estágio o projeto se encontra e outros referentes ao status;
relatório final do projeto – técnicas utilizadas, mudanças efetuadas, riscos enfrentados,
lucros e resultados obtidos, desempenho da equipe, lições aprendidas, etc.
66 RELATÓRIO FINAL DO PROJETO
Deve considerar:
introdução;
participantes;
113
cronograma;
validação das análises e atividades;
validação do produto;
problemas e soluções encontrados;
aceitação do produto, ambiente e parecer do cliente;
referências.
68 RELATÓRIO DE STATUS
Deve-se considerar:
escopo;
recursos de pessoal;
114
recursos financeiros;
riscos;
progresso técnico;
problemas técnicos;
marcos de referência;
avaliação completa do planejamento x execução.
69 ARQUIVOS DO PROJETO
Projeto planejado, executado, chegou a hora de finalmente terminá-lo. Mas terminar não
significa deixar de gerenciar.
A etapa final do projeto é tão importante, dependendo tanto do gerenciamento quanto das
119
demais etapas, já estudadas.
O gerente de projetos e a equipe tendem a estar exaustos nessa fase do processo, mas
devem ser coerentes e aceitar que a finalização do processo de execução é tão importante quanto à
própria execução.
Considere alguns dos procedimentos a seguir:
fornecedor externo – é importante que todas as entregas, inclusive as parciais, estejam
definidas desde o princípio, melhor ainda que essas definições encontrem-se relatadas no
contrato. Na finalização, certifique-se de que tudo foi atendido conforme negociado no início e
que nada ficou sem ser entregue e/ou cumprido. Essa regra também é válida para prestadores
de serviços. Quando o projeto chegar ao fim, certifique-se de que tudo que está definido no
contrato foi efetuado e que não existe pendência alguma, em relação a nenhuma cláusula do
contrato, por menor que seja;
aceite parcial – esse método é prático e evita o acúmulo de tarefas no final do projeto e
também a identificação de surpresas justo na conclusão do projeto. Busque os aceites dos
responsáveis ou cliente, de acordo com o término de cada atividade ou processo, logo que
termine, não sendo necessário aguardar até o fim da execução, para correr atrás dos aceites e
aprovações;
histórico – é a memória do projeto. A organização de toda documentação formando um
conjunto de informações e documentos relativos ao projeto, compondo uma espécie de
biblioteca para consultas futuras.
74 DICAS PARA CAPTAR INÚMERAS INFORMAÇÕES E CONSIDERAÇÕES FINAIS EM RELAÇÃO
AO PROJETO
Creio que você compreendeu a importância de registrar cada item do projeto, cada situação,
seja ela boa ou ruim.
120
Durante a execução de um projeto, muitas novidades surgem, novas ideias, soluções, bem
como novos problemas, riscos, conflitos, falhas, etc.
Nem sempre o gerente de projetos fica sabendo de tudo que acontece, por isso, é fundamental
escolher bem a equipe com a qual irá trabalhar e capacitá-la para recolher essas informações.
Hoje, já existem treinamentos para que a equipe compreenda a importância de cada passo e
de cada desvio, durante a elaboração, planejamento, execução e conclusão do projeto.
Uma dica bastante interessante para que o gestor consiga reunir o maior número de
informações possíveis, é interagir com a equipe que se responsabilizou pelos diferentes processos do
projeto.
Podemos chamar essa “nova técnica” de feedback.
É a junção de opiniões, experiências, informações, soluções, métodos e outros respectivos ao
projeto em questão.
Essa coleta de “feedback” pode ser efetuada de diferentes modos:
por meio de uma reunião final com a equipe de projetos e os demais envolvidos;
por meio e documentos/formulários padronizados, em que todos os integrantes devem
preencher com as informações solicitadas pelo gestor;
por meio da elaboração de uma caixinha, em que todos os envolvidos devem depositar
suas opiniões, sugestões, experiências e outros;
por meio de entrevista individual com cada integrante da equipe e demais envolvidos.
Mensagem final:
Benchmarking: Processo que envolve a comparação das práticas e planejamento do projeto atual com as
de outros projetos. 121
Brainstorming: Técnica para encorajar pensamento criativo em uma equipe, visando à solução de
problemas.
Gantt charts (Gráfico de Gantt): Técnica popular de planejamento e programação, introduzido por Henry
Gantt. É usada em programas de pesquisa e desenvolvimento de produção e de tarefas simples.
Performance standard: Resultado que deve ser conquistado em cada área-chave em uma análise de
resultados-chave.
Pert: Ferramenta de estimativa que trabalha com o risco como um elemento da estimativa.
Work Breakdown Structure (WBS): Metodologia estabelecida para o desdobramento do projeto em ações,
atividades e tarefas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
DAYCHOUW, Merhi. 40 ferramentas técnicas de gerenciamento. São Paulo: Brasport, 2007, p. 272.
KERZNER, Harold. Gestão de Projetos, as melhores práticas. Porto Alegre: Bookman, 2007, p. 821
122
PRADO, Darci. Planejamento e Controle de Projetos. 6. ed. INDG-Tecs. Nova Lima, MG: 2006, p. 230.
PROIETTI, Anna Bárbara de Freitas Carmem et al. Disseminação da informação é o maior desafio para a
Gestão Estratégica. Revista Gestão Minas, Belo Horizonte, n. 2, dez. 2007.
PROJECT MANAGER INSTITUTE. A guide to project manager body of knowledge (PMBOK Guide).
3. ed. Pensilvânia, EUA: Newton Square, 2004.
TORRES, Cleber; LÉLIS, João Galdeia. Garantia de sucesso em gestão de projetos. São Paulo:
Brasport, 2007, p. 144.
VARGAS, Ricardo Viana. Gerenciamento de Projetos. 6. ed. São Paulo: Brasport, 2005, p. 276.
ANEXOS
5. Descrição do Projeto:
6. Data Início/Término
Início _____/____ (mm/aaaa)
Término _____/____ (mm/aaaa)
DESIGNAÇÃO
Nome do gerente de projetos (você) foi designado como Gerente de Projeto do Nome do Projeto.
Resumir as responsabilidades do gerente nesse projeto.
RESPONSABILIDADES
Descrever as responsabilidades do Gerente do Projeto.
AUTORIDADE
Descrever a autoridade do Gerente do Projeto
ANEXO C – Escopo
ESCOPO
RISCOS
Identifique e avalie os riscos envolvidos
PRAZO INVESTIMENTO
Forneça o prazo em dias e a data final do projeto
PRINCIPAIS ENVOLVIDOS:
Equipe de trabalho e outros envolvidos no projeto.
SUMÁRIO DE VERSÕES
Versão Data Status Responsável
1.1 16/04/2010 Alterações João
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Versão Data Modificado por Comentários
0.1 09/04/2010 Adriana Emissão do documento
1.0 13/04/2010 Eduardo Aprovação do documento
1.1 18/04/2010 Mauricio Alteração
Objetivo
Descrever os objetivos do documento.
Fluxo de Caixa
Mencionar custos e orçamentos e gastos com o projeto.
Avaliação do Desempenho
Controle de Mudanças
Mencionar o modo que as mudanças ocorrerão.
Anexos
E-mails, documentos, memorandos e outros utilizados para comprovar o que foi mencionado no
documento.
SUMÁRIO DE VERSÕES
Versão Data Status Responsável
1.1 16/04/2010 Alterações João
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
129
Versão Data Modificado por Comentários
0.1 09/04/2010 Adriana Emissão do documento
1.0 13/04/2010 Eduardo Aprovação do documento
1.1 18/04/2010 Mauricio Alteração
SUMÁRIO EXECUTIVO
Mencionar aqui informações que deverão ser utilizadas como critérios para tomadas de decisão.
Objetivo do projeto
Descrever os objetivos do projeto
Justificativa do Projeto
Descrever a justificativa do projeto.
Escopo de Fornecimento
Apresentar o trabalho a ser desenvolvido ao longo do projeto.
Equipe do Projeto
Vincular cada membro da equipe a sua função.
Metas de Projeto
Informar o plano de entrega das atividades do projeto, levando em consideração os fatores custo,
tempo e qualidade.
Alterações de Escopo
Citar as alterações efetuadas no escopo do projeto.
Restrições
Orçamento
Descrever o tipo de orçamento utilizado no projeto.
130
Prazo
Mencionar o prazo para conclusão do projeto, caso tenha multas contratuais por atraso, deverá ser
mencionado aqui.
Desenvolvimento Tecnológico
Mencionar utilização de recursos tecnológicos no projeto.
Jurídica e Normativa
Preencher caso haja necessidade de adequação a normas jurídicas
Sociocultural
Preencher caso haja implicação sociocultural com os resultados do projeto.
Premissas
Autonomia de Gestão
Descrever se o projeto tem autonomia de gestão como centro de custos, receitas e estruturas
gerenciais.
Câmbio
Preencher caso haja variação cambial relevante ao desenvolvimento do projeto.
Anexos
E-mails, documentos, memorandos e outros utilizados para comprovar o que foi mencionado no
documento.
SUMÁRIO DE VERSÕES
Versão Data Status Responsável
1.1 16/04/2010 Alterações João
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Versão Data Modificado por Comentários
0.1 09/04/2010 Adriana Emissão do documento
1.0 13/04/2010 Eduardo Aprovação do documento
1.1 18/04/2010 Mauricio Alteração
Objetivo
Descrever os objetivos do documento
Controle de Mudanças
Mencionar o modo que as mudanças ocorrerão.
Anexos
SUMÁRIO DE VERSÕES
Versão Data Status Responsável
1.1 16/04/2010 Alterações João
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Versão Data Modificado por Comentários
0.1 09/04/2010 Adriana Emissão do documento
1.0 13/04/2010 Eduardo Aprovação do documento
1.1 18/04/2010 Mauricio Alteração
133
Objetivo
Descrever os objetivos do documento
Controle de Mudanças
Mencionar o modo que as mudanças ocorrerão.
Anexos
E-mails, documentos, memorandos e outros utilizados para comprovar o que foi mencionado no
documento.
SUMÁRIO DE VERSÕES
Versão Data Status Responsável
1.1 16/04/2010 Alterações João
HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES
Versão Data Modificado por Comentários
0.1 09/04/2010 Adriana Emissão do documento
1.0 13/04/2010 Eduardo Aprovação do documento
1.1 18/04/2010 Mauricio Alteração
Objetivo
Descrever os objetivos do documento
Reservas Gerenciais
Preencher caso existam reservas gerenciais
Autonomia
Mencionar a autonomia de cada um para utilização das reservas gerenciais.
Anexos
135
Sumário de versões
Histórico de Alterações
Sumário Executivo
Método de Aferição
- Obtenção dos Dados
- Análise de Dados
- Avaliação do Desempenho do Projeto
Desempenho do Projeto
Frequência de Avaliação e Atualização do Relatório de Desempenho
136