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Direito processual civil

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O Direito processual civil é o conjunto de princípios e normas jurídicas que regem a solução de
conflitos de interesses por meio do exercício da jurisdição, função de soberania de um Estado, por
isso se diz que é um ramo do Direito Público. O processo civil tem um caráter instrumental, e busca
a efetividade das leis materiais.

Também pode-se dizer que o processo civil designa o meio legal de acesso aos tribunais comuns
pelas partes, num determinado litígio de ordem privada. O processo civil é orientado pelo conjunto
de princípios e regras do direito processual civil, regulando a tramitação do acesso a jurisdição.
Este processo é regulado pelas regras comuns do direito civil, designadamente peloCódigo de
Processo Civil e supletivamente pelo Código Civil. Atualmente está em trâmite o Anteprojeto do
Novo Código de Processo Civil, que trará diversas mudanças no ordenamento jurídico brasileiro.

Jurisdição é a atuação estatal de dizer o direito, isto é, de fazer valer no caso concreto o respeito às
leis de forma definitiva e coativa.

Difere do Direito Processual Penal por não incidir sobre processos que envolvam pretensão punitiva
do Estado, ou seja, matéria criminal. O Direito Processual Civil é, por exclusão, a ciência que regula
todo e qualquer conflito de interesses que não se encaixe no âmbito criminal.

A finalidade do processo é a solução das lides, pacificando assim a sociedade. Lide é a pretensão
resistida, isto é, quando uma das partes exige o cumprimento de um direito subjetivo. São partes
integrantes do processo o autor (polo ativo), o réu (polo passivo), o juiz e os assistentes
processuais. Só há evidentemente lide em juízo por meio de ação judicial.

O exercício da jurisdição deve obedecer a um conjunto de normas que visam garantir a efetividade
da tutela jurisdicional, permitir a participação dos interessados e definir e delimitar a atuação
dos juízes e da elaboração das leis.

Índice
[esconder]

 1 Direito Processual Civil no Brasil

 2 Breve síntese da sequência de atos processuais

o 2.1 As exceções

o 2.2 Materialização

 3 Ver também

 4 Ligações externas
[editar]Direito Processual Civil no Brasil

No Brasil, a legislação processual civil regula a solução de conflitos fundadas em normas de Direito
privado (civil e comercial), de Direito social (trabalho e previdenciário) e Direito
público(constitucional, administrativo, econômico, financeiro, tributário, internacional, militar, eleitoral
), Direito Penal etc.

O sistema jurisdicional brasileiro é uno, significando que o Estado (União) também se submete aos
membros do Poder Judiciário, não existindo o contencioso administrativo característico de alguns
sistemas europeus e latino-americanos.

O direito processual civil brasileiro recebe, tradicionalmente, influência da doutrina, jurisprudência e


legislação estrangeira, em especial a italiana, a alemã, a portuguesa e a espanhola. Recentemente,
também o direito americano, sobretudo nas ações coletivas, tem sido referência para estudo de
certos temas. Tais contribuições têm sido importantes, porém não se pode esquecer que os
processualistas brasileiros têm desenvolvido ideias e técnicas processuais de grande originalidade e
importância.

No Brasil, formaram-se muitas escolas processuais. Hoje praticamente todas as universidades que
oferecem cursos de Mestrado e Doutorado possuem um grupo de pesquisadores na área do direito
processual.

O direito processual civil brasileiro é regido por diversas normas, sendo a principal o Código de
Processo Civil (Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973), também conhecido como CPC, que
apresenta grande influência do Direito Italiano. Alfredo Buzaid, Ministro da Justiça na época da
elaboração do anteprojeto da lei, foi aluno de Enrico Tullio Liebman.

Liebman, italiano, recém-chegado da Europa, vindo ao Brasil em virtude da Segunda Guerra,


ministrou Processo Civil na Faculdade de Direito em São Paulo, onde apresentou ideias avançadas
para a época, as quais influenciaram Buzaid e outros de sua geração. Desta forma, percebe-se na
legislação processual vigente, enorme influência dos ensinamentos de Liebman, e talvez os mais
importantes sejam sobre a teoria, os elementos e as condições da ação.

O CPC brasileiro, porém, ao longo de sua vigência, a despeito de ser um monumento jurídico-
científico, tem revelado descompasso com sua finalidade primeira, que é a instrumentalização da
obtenção do direito material. Não tem sido raro falar em crise do processo civil ou crise do judiciário.
A busca por aperfeiçoamentos tem gerado a edição de muitas leis federais com o objetivo de
modificar o CPC, o que, se por um lado é positivo em razão da evolução do sistema, de outro é
extremamente pernicioso, devido à quebra da "sistematicidade" que justifica a existência de um
Código.

É possível separar as modificações no CPC em três minirreformas:


I) A minirreforma de 1994—1995, que introduziu a antecipação de tutela (espécie de medida
urgente, que se distingue das ações cautelares pela satisfatividade), Lei 8952/94, e reformulou o
recurso de agravo (contra decisões interlocutórias), Lei 9139/1995.

II) A minirreforma de 2001—2002 foi mais ampla e modificou a regência de recursos como a
remessa ex officio, o agravo, a apelação e os embargos infringentes, reduzindo em muito o espectro
de cabimento deste último(Lei 10.352/2001). Ademais, houve preocupação em enrijecer as sanções
por descumprimento de ordens judiciais (Lei 10358/2001), e, por fim, aperfeiçaram-se as regras para
antecipação de tutela, trazendo do direito francês a Astreinte, com a finalidade de compelir o
devedor de obrigação de fazer ao adimplemento in natura, estabelecendo-se a fungibilidade entre os
provimentos cautelares e os antecipatórios de tutela, e modificando-se regras do processo de
execução (Lei 10444/2002).

III) A maior de todas: a minirreforma de 2005—2006 reduziu o âmbito de cabimento do agravo de


instrumento, fixando o agravo retido como regra geral (Lei 11187/2005), eliminou o processo de
execução fundado em título judicial, incorporando-o como parte do processo de conhecimento, sob
o título de "cumprimento de sentença" (Lei 11232/2005), criou a possibilidade de o tribunal, durante
a apreciação do recurso de apelação, sanear nulidades relativas, ao invés de simplesmente declarar
nula a sentença, e instituiu a súmula impeditiva de recursos (Lei 11276/2006). Por fim, a instituição
da possibilidade de o juiz, de plano, julgar improcedente um pedido formulado desde que trate de
matéria de direito e sobre a qual já haja, no juízo, sentença de total improcedência em caso
idêntico.(Lei 11277/2006).

[editar]Breve síntese da sequência de atos processuais

A jurisdição civil segue o princípio da inércia, ou seja, não toma iniciativas se não for "provocada"
pelos interessados.

Nesse sentido, inicia-se o processo com a petição inicial. É nela que o autor manifesta ao juízo os
fatos ocorridos, o direito que possui e o pedido, que deverá ser apreciado pelo juiz no decorrer do
processo.

Após isso, o juízo determina a citação do réu, abrindo-lhe prazo para que apresente a Contestação.
Essa é uma das possíveis respostas do réu, é o momento em que ele irá rebater todas as
acusações feitas pelo autor na exordial (inicial). Essa etapa merece muita atenção pois, segundo o
Código de Processo Civil, qualquer ponto não combatido será considerado verdadeiro. No prazo de
oferecimento da contestação, é também facultado ao réu que apresente sua Reconvenção. Com
ela, o réu poderá, ao invés de apenas defender-se, pleitear algo em face do autor, invertendo, no
particular, os polos da ação.

Tanto assim que faculta-se ao autor, quanto às matérias da reconvenção, apresentar sua própria
Contestação.

[editar]As exceções
Como já foi dito, duas possíveis respostas do Réu são Contestação e Reconvenção. Contudo, o
Processo Civil ainda prevê outra modalidade de Resposta: As exceções. Três são suas
modalidades:

1 - Exceção de Incompetência

A Exceção de Incompetência é o momento do Processo onde o Réu poderá arguir a competência do


juízo quanto ao valor e ao território, compreendidos pela incompetência relativa. Assim, pode ser ela
Exceção de Incompetência Relativa ou Exceção de Incompetência Absoluta. Incompetência Relativa
diz respeito ao território onde se processa a lide, também dito comarca. O artigo 94 do CPC institui
que em ações de direito pessoal ou de direito real sobre bem móvel o domicílio será o do réu.
Desobedecido esse preceito cabe, por exemplo, a exceção de incompetência relativa.

A Incompetência Absoluta poderá ser arguida a qualquer momento na lide. Ela diz respeito à
matéria do processo. No caso, uma ação civil impetrada na Justiça do Trabalho poderá ser alvo da
Exceção de Incompetência Absoluta.

2 - Impedimento*

Será considerado impedido o juiz que se enquadrar em uma das hipóteses do artigo 134 do CPC.
Esse quesitos são de ordem objetiva, dizem respeito a pessoa do juiz e o aproximam de forma
intensa da causa. Exemplo: o artigo prevê que será impedido de atuar o magistrado que for parte no
processo, que tiver o cônjuge como advogado de uma das partes ou quando for parente de uma das
partes. O impedimento poderá ser argüido de ofício, pelo juiz, ou por umas das partes, sujeito a
reconhecimento do juiz.

3 - Suspeição

Será suspeito o juiz que se enquadrar em uma das hipóteses do artigo 135 do Código de Processo
Civil. Entre elas, destacamos amizade íntima com uma das partes (ou inimizade capital), ser credor
ou devedor de uma delas, entre outras. São quesitos de ordem subjetiva, pois dizem respeito a um
possível interesse do juiz no andamento da causa. Essa exceção tem prazo de 15 dias a partir da
ciência do fato para ser argüida, e também poderá ser declarada de ofício pelo magistrado.

[editar]Materialização

Assim como contratos são materializados em instrumentos (ex.: a procuração é o instrumento


do mandato), o processo é materializado em autos, que podem ser em forma de sequência de
papéis, formando um caderno ou, mais modernamente, em autos eletrônicos.

Autores importantes em Direito Processual Civil:


Pontes de Miranda, José Carlos Barbosa Moreira, Cândido RanGel
Dinamarco, José Manuel de Arruda Alvim, Eduardo Arruda Alvim,
Luiz Rodrigues Wambier.
[editar]Ver também

 Recurso de apelação no processo civil

 Recurso de apelação no processo penal

 Direito processual penal

 Lista de processualistas civis do Brasil


[editar]Ligações externas

 Supremo Tribunal Federal - STF

 Superior Tribunal de Justiça - STJ

 Tribunal Superior do Trabalho - TST

 Tribunal Superior Eleitoral - TSE

 Código de Processo Civil Brasileiro

 Comentários ao Novo CPC

 Leis: Anteprojeto do Novo Código de Processo Civil


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2013.
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Mesmos Termos 3.0 não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar su

Dá-se o nome de jurisdição (do latim juris, "direito", e dicere, "dizer") ao poder que detém
o Estado para aplicar o direito ao caso concreto, com o objetivo de solucionar os conflitos de
interesses e, com isso, resguardar a ordem jurídica e a autoridade da lei.

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