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Biografia
Henri Wallon nasceu em 15 de junho de 1879, em Paris, filho de Paul
Alexandre Joseph e neto de Henri-Alexandre Wallon. Tornou-se bem
conhecido por seu trabalho científico sobre Psicologia do
Desenvolvimento, devotado principalmente à infância, em que assume uma
postura notadamente interacionista, e por sua atuação política e
posicionamento marxista. Por sua formação, ocupou os postos mais altos
no mundo universitário francês, em que liderou uma intensa atividade de
pesquisa.
Vida acadêmica
Em 1899, Wallon é admitido na Escola Normal Superior. Ao longo de sua
vida foi sempre muito explícita sua aproximação com a educação. Aos 23
anos, em 1902 formou-se em Filosofia pela Escola Normal Superior, e em
1908 formou-se em Medicina, sendo que de 1908 a 1931 trabalhou com
crianças portadoras de deficiência mental. Seu primeiro trabalho, Délire de
persécution. Le délire chronique à base d'interprétation (“Delírio de
perseguição. O delírio crônico na base da interpretação”), foi publicado em
1909. Em 1914 serviu durante meses como médico no Exército francês, na
frente de combate. O contato com as lesões cerebrais sofridas por ex-
combatentes fez com que revise postulados neurológicos que havia
desenvolvido no atendimento a crianças com deficiência.
Em 1920, passou a lecionar na Sorbonne, Universidade de Paris. Entre
1920 e 1937, foi encarregado de conferências sobre a Psicologia da Criança
na Universidade de Sorbonne e em outras instituições de ensino superior.
Em 1925 publica sua tese de doutorado intitulada L'enfant turbulent (“A
Criança Turbulenta”), iniciando um período de intensa produção literária
na área de Psicologia da Criança. Em 1927, Wallon foi nomeado diretor de
estudos da École Pratique des Hautes Etudes (Escola Prática de Estudos
Avançados) e criou o Laboratório de Psicobiologia Pediátrica no Centro
Nacional de Pesquisa Científica. Até 1931 exerceu a função de médico de
instituições psiquiátricas, enquanto consolidava paralelamente seu interesse
pela Psicologia da Criança.
A afetividade, por sua vez, seria a primeira forma de interação com o meio
ambiente e a motivação primeira do movimento.
Mais ou menos a partir dos onze, doze anos, a criança começa a passar
pelas transformações físicas e psicológicas da adolescência. Este é um
estágio caracterizadamente afetivo, onde o indivíduo passa por uma série
de conflitos internos e externos. Os grandes marcos desse estágio são a
busca de auto-afirmação e o desenvolvimento da sexualidade.
Les origines de la pensée chez l'enfant, PUF, Paris, 1945, reed. 1963