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Índice

Introdução.........................................................................................................................................4

1. Estruturalismo...............................................................................................................................5

1.1. Considerações gerais do estruturalismo....................................................................................5

1.2. Levis-Strauss.............................................................................................................................6

1.3. Estrutura e consciência..............................................................................................................7

1.4. Culturas frias e culturas quentes................................................................................................7

Conclusão.........................................................................................................................................9

Bibliografia.....................................................................................................................................10
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Introdução

O presente trabalho enquadra-se na cadeira de Antropologia e tem como tema Estruturalismo.


Este trabalho tem como objectivo compreender os ideais da teoria estruturalista e o seu
enquadramento na Antropologia.

Neste trabalho faz-se breves Considerações gerais do estruturalismo, fala-se do Levis-Strauss;


Estrutura e consciência e por fim faz-se menção e distinção entre Culturas frias e culturas quentes

Para a realização deste trabalho usou-se como método a pesquisa bibliográfica. A pesquisa
bibliográfica, foi feita recorrendo a várias fontes como livros e a internet, relacionadas com o
tema em questão
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1. Estruturalismo
1.1. Considerações gerais do estruturalismo

O termo estruturalismo deriva de estrutura. Esta palavra advém do latim structura, e significa
primeiramente, construção. Na linguagem filosófica, estrutura relaciona-se aos significados de
forma, configuração, complexidade, conexão. Em linhas gerais, pode-se definir uma estrutura
como um conjunto de elementos cujas partes actuam como funções uma das outras e que se auto-
regulam.

Assim, uma estrutura é um complexo de elementos que se inter-relacionam de maneira


indissolúvel; a alteração de um membro provoca, necessariamente, alterações no todo. Em
essência, uma estrutura é um conjunto de leis que definem um âmbito de objectos ou de entes
(matemáticos, psicológicos, jurídicos, físicos, económicos, sociais, biológicos, etc.),
estabelecendo relações entre eles e especificando os seus comportamentos e/ou as suas maneiras
típicas de se desenvolverem.

O estruturalismo é uma abordagem científica que pretende descobrir a estrutura do fenómeno,


penetrar em sua essência para determinar as suas ligações determinantes. O estruturalismo nasceu
nos primeiros anos do século XX e representou uma rejeição aos postulados positivistas e
evolucionistas. Uma das grandes figuras do estruturalismo, na disciplina psicológica, é a de
Piaget, célebre por suas investigações sobre a inteligência na criança.

O estruturalismo começou originalmente com Saussure com um método em linguística, tendo-se


alastrado à antropologia com Lévi-Strauss, e desde então nunca mais parou, pelo menos em
França e nos departamentos de literatura inglesa das universidades americana.

A ideia central do pensamento estruturalista de Lévi-Strauss afirma que o homem é formado por
estruturas, e estas são inconscientes. Dessa forma, pode-se pensar o estruturalismo como, mais
um método de análise, que consiste em construir modelos explicativos de realidade, chamados
estruturas. Por estrutura, entende-se um sistema abstracto em que seus elementos são
interdependentes e que permite, observando-se os fatos e relacionando diferenças, descrevê-las
em sua ordenação e dinamismo.
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1.2. Levis-Strauss

Por trás de todo esse movimento, que remonta aos anos 1940 e 1950, sobressai a figura ímpar de
Claude Levi-Straus, frances nascido em 1908, aos 30 anos. Em 1948 Levi-Strauss publica Les
structures elementaire de la parenté e, no ano seguinte, sua tese complementar La vie familiale et
sociale desNambikawara, ambas com enorme recepção. Seu tema central era o incesto, entendido
como uma invariante universal.

Para Lévi-Strauss, Toda cultura pode ser considerada como um conjunto de sistemas simbólicos.
No primeiro plano destes sistemas, colocam-se a linguagem, as regras matrimoniais, as relações
económicas, a arte, a ciência, a religião. Todos esses sistemas buscam exprimir certos aspectos da
realidade física e da realidade social, e mais ainda, as relações que esses dois tipos de realidade
estabeleceram entre si e que os próprios sistemas simbólicos estabeleceram uns com os outros

A partir de Levi-Strauss a interpretação do social seria o resultado de uma teoria da comunicação.


A linguística foi elevada a verdadeiro cânone dentro das ciências sociais e a Antropologia
Estrutural à condição de responsável por sua enorme difusão. Levi-Strauss afirmou os sistemas
de parentesco como uma espécie de língua, defendendo que as regras de casamento e os
sistemas de parentesco constituíam um sistema estruturado e adequado, já que formavam “um
conjunto de processos que permitem o estabelecimento de um certo tipo de comunicação entre os
indivíduos e grupos”.

Para Lévi-Strauss, a cultura tem sua origem quando surge a primeira regra, a primeira convenção,
que é o tabu do incesto (proibição da relação sexual de um homem com certas categoriais de
mulheres. A antropologia se apoia na ideia de que toda cultura é dos humanos, como por
exemplo, a capacidade de comunicação e a transmissão dos conhecimentos. Para o autor, o
conhecimento dos traços culturais de sociedades só pode ser analisado de forma conjunta, como
as práticas alimentares, os mitos.
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1.3. Estrutura e consciência

Enquanto o estrutural-funcionalismo de Radcliffe-Brown se preocupava acima de tudo com o


funcionamento do sistema social, o estruturalismo de Lévi-Strauss procurava descobrir a origem
desse mesmo sistema, assim como provar a universalidade dessa origem, a qual segundo ele se
ancorava na estrutura profunda da mente humana, que ele via como única e universal, ao
contrário de Lucien Lévi-Bruhl (1857-1939), que defendia a existência de uma “mentalidade
primitiva” diferente da mentalidade do “europeu civilizado”. (Lévi-Bruhl 1922).

Segundo Lévi-Strauss, a cultura, expressa através dos rituais, da arte e do quotidiano, não é mais
do que a manifestação de uma estrutura mental profunda inerente à espécie humana. Por
exemplo, o facto de as populações “primitivas” organizarem os casamentos através de um
sistema de moitiés (metades), que trocam entre si os indivíduos para fugir à endogamia, é um
exemplo de organização binária. A estrutura binária da mente humana reflectir-se-ia assim na
linguagem e nas instituições culturais humanas.

O caso das metades (moieties, como são designadas na literatura antropológica de língua inglesa)
e do sistema de casamentos nas estruturas de parentesco é um exemplo de organização e estrutura
binárias. A sociedade estabelece regras de troca que obrigam os indivíduos a circular entre
metades através do sistema de casamento.

De acordo com a teoria estruturalista, toda a construção cultural do mundo se faz com base num
sistema de oposições. Segundo Lévi-Strauss, esta organização do mundo em categorias opostas
não decorre somente de uma necessidade prática, mas essencialmente de uma necessidade
intrínseca da mente humana. A cultura é uma manifestação da nossa estrutura mental. A natureza
profunda da mente força-nos a organizar o mundo à nossa volta através de um sistema de
contrastes binários que obedece aos mesmos princípios que a linguagem falada humana, o
produto cultural por excelência.

1.4. Culturas frias e culturas quentes

O teórico da antropologia estrutural (nos ateremos ao seu nome em vista da expressão da sua obra
e referência no campo antropológico estrutural e, também, por delimitação didáctica), cuja
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atenção destacou a sabedoria dos povos simples. Claude Lévi-Strauss chamou os povos simples
de culturas frias e as sociedades complexas, de culturas quentes.

Inspirado no conceito de entropia (que toma de empréstimo à termo-dinâmica) Lévi- Strauss diz
que as sociedades frias são aquelas que produzem pouquíssima desordem (entropia) e cuja
estrutura pode ser comparada a uma "máquina mecânica", tal como um relógio. O funcionamento
desta "máquina mecânica" opera ciclos de forma regular, só quebrados por contingências que lhe
são alheias (invasões, conquistas, fenómenos naturais, etc.). As sociedades quentes, ao contrário,
são aquelas cuja estrutura pode ser mais bem comparada à da máquina a vapor: depende de
diferenças grandes de temperatura interna para funcionar e, ao produzir trabalho, produz uma
quantidade grande de desordem que Lévi- Strauss compara à energia perdida ou entropia.

Por outro lado, a diferença entre sociedades frias e quentes deve levar em conta a relação entre
tempo e mudança tal como as sociedades a concebem. As sociedades frias têm uma estrutura que
tende à reprodução (através de regras de casamento preferencial com o primo cruzado) e
vivenciam e acalentam a "ilusão do imobilismo." O tempo não é concebido como linear, a
mudança é vista como produtora de desagregação e catástrofe.

Daí Lévi-Strauss usar a expressão sociedades sem história para as sociedades frias: não
concebem a mudança relacionada ao tempo. Ao contrário, a estrutura social das sociedades
quentes contém em si os mecanismos de mudança, portanto de uma dinâmica interna à própria
estrutura. Além disto, a mudança é concebida como produtora da ordem e não como
desagregadora.
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Conclusão

Apos o estudo deste tema conclui-se que o estruturalismo começou originalmente com Saussure
com um método em linguística, tendo-se alastrado à antropologia com Lévi-Strauss, e desde
então nunca mais parou, pelo menos em França e nos departamentos de literatura inglesa das
universidades americana. A ideia central do pensamento estruturalista de Lévi-Strauss afirma que
o homem é formado por estruturas, e estas são inconscientes. Dessa forma, pode-se pensar o
estruturalismo como, mais um método de análise, que consiste em construir modelos explicativos
de realidade, chamados estruturas.

A partir de Levi-Strauss a interpretação do social seria o resultado de uma teoria da comunicação.


A linguística foi elevada a verdadeiro cânone dentro das ciências sociais e a Antropologia
Estrutural à condição de responsável por sua enorme difusão. Levi-Strauss afirmou os sistemas
de parentesco como uma espécie de língua, defendendo que as regras de casamento e os sistemas
de parentesco constituíam um sistema estruturado e adequado, já que formavam “um conjunto de
processos que permitem o estabelecimento de um certo tipo de comunicação entre os indivíduos e
grupos”.
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Bibliografia

BATALHA, Luís. Antropologia: Uma Perspectiva Holística. Universidade Técnica de Lisboa,


Lisboa,2004

OLIVEIRA, Marilisa do Rocio e OLIVEIRA, Giovanni Araújo de . O Estruturalismo e a


construção formal: estudo dos elementos. constitutivos de uma totalidade, suas relações,
significados e significantes que formam uma estrutura. Ponta Grossa, 2007.

SALATIEL, J. R. Estruturalismo: quais as origens desse método de análise? VOL Educação.


Disponível em <http://educacao.uol.com.br/filosofia/estruturalismo. jhtm>. Acesso em: 03 de
Janeiro de 2021.

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