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Octa-I é um robô capaz de desviar de obstáculos. o que sabemos é que se quisermos ter o controle
Ao se deparar com um, ele pára, dá um giro de 45º e da situação e um bom emprego no futuro, deve-
segue em frente, até encontrar um novo obstáculo. mos começar desde já a aprender como um robô
Isto permite que ele possa, por exemplo, sair de um funciona e como fazer para programá-lo. Nos Es-
labirinto. O melhor de tudo isto é que ele é um robô tados Unidos existem diversas competições de
que você mesmo pode construir. robôs e as escolas montam diversos times para
A Mecatrônica é um campo do conhecimento competir entre si e os melhores são mandados
humano que tende a crescer muito nos próximos para competições estaduais e nacionais. Infe-
anos. É possível constatar nos dias de hoje, por lizmente aqui no Brasil ainda não temos nada
exemplo, o nível de automação nas indústrias que que se compare a isto, mas se não começarmos
cada vez mais utilizam robôs na linha de produção logo, iremos ficando cada vez mais deslocados. O
de seus produtos. Estes robôs não se parecem com Octa-I, o robô descrito neste artigo, poderia servir
os que vemos nos filmes de ficção científica onde, de base para uma competição semelhante ao que
normalmente, se movimentam e, invariavelmente, vemos lá.
acabam por querer dominar o mundo. Se este tipo Este artigo permitirá construir um robô com as se-
de coisa acontecerá ou não nós não sabemos, mas guintes características:
PROJETO
Sistema motriz: Dois servo motores com veloci- vai se mover lentamente para frente e o outro lenta-
dade variável e inversão do sentido de giro. mente para trás.
Sensor: O sonar, permite determinar a distância Um aspecto importante a lembrar é que o motor
que o robô está de um objeto. Com este sensor o precisa receber um pulso a cada 10 ms para conti-
robô pode se movimentar desviando de obstáculos. nuar se movimentando, se pararmos de mandar pul-
Microcontrolador: É a parte principal do robô pois sos ele pára.
é onde as informações dos sensores serão avalia-
das e onde serão tomadas as decisões. SENSOR
Alimentação: Fornece energia para o robô se mo-
vimentar. O sonar é um dos sensores mais interessantes,
A seguir serão explicados com mais detalhes os pois faz com que o robô “saiba” a distância que está
itens acima: de um objeto, permitindo com isto que ele desvie e
não colida com o mesmo.
SISTEMA MOTRIZ
Sub Para()
Servo(1) = 30
Servo(2) = 30
End Sub
Faz o robô se mover para trás: Como a par te principal do robô é o seu
Sub Re(v As Byte) microcontrolador de controle, iremos descrever a
Servo(1) = 30 + V pinagem do mesmo, veja que nem todos os pinos
Servo(2) = 30 - V serão usados neste robô. O BASIC Step 2K é muito
End Sub potente com diversos periféricos tais como: comuni-
cação serial RS-232, etc, e diversos destes periféri-
Faz o robô virar para a direita: cos não serão usados neste projeto. A pinagem do
Sub Direita(v As Byte) Basic Step 2K é mostrada na tabela 1.
Servo(1) = 30 - V Como podemos ver temos disponível 15 linhas de
Servo(2) = 30 - V
End Sub
E para a esquerda:
Sub Esquerda(v As Byte)
Servo(1) = 30 + V
Servo(2) = 30 + V
End Sub
Call Frente(5)
Wait 2
Call Para()
Call direita(3)
Wait 1
Call Para()
Call Frente(5)
Wait 2
Call Para()
O nosso protótipo foi construído em um chassi de melhor “leitura” dos sensores com uma maior distân-
dois níveis; inferior com os dois redutores e a roda cia deles em relação ao solo.
livre e; superior com os circuitos eletrônicos e a cai- Com base nessas informações use sua
xa de pilhas. criatividade, você poderá usar muitos materiais dife-
Os materiais utilizados foram chapa de plástico rentes para a construção do chassi tais como: cha-
estireno de 2 mm e chapa de acrílico transparente de pas metálicas diversas, eucatex, madeira compen-
2 mm. A escolha de um chassi com essa configura- sada fina, etc...No site http://www.mecatronica
ção se deu com o intuito de obter uma melhor distri- atual.com.br você encontrará alguns desenhos com
buição de peso sobre uma base de três apoios (as as principais medidas do chassi do Octa-I, para aju-
duas rodas motrizes dos redutores e a roda livre). dar na elaboração do seu próprio modelo.
Distribuímos as rodas de modo a formar com elas Tenha sempre em mente uma construção com-
um triângulo quase eqüilátero, isso facilita a mobili- pacta e firme, dê especial atenção ao alinhamento do
dade do robô e, os circuitos na parte elevada ficam sistema motriz e proteja os circuitos do pó com uma
com o acesso mais fácil além de se conseguir uma tampa ou cobertura, bom trabalho e divirta-se!
ELETRÔNICA BÁSICA
PARA MECATRÔNICA
1ª Par te
Newton C. Braga
MECATRÔNICA
MECATRÔNICA FÁCIL
FÁCIL Nº1/OUTUBRO-NOVEMBRO/2001
Nº1/OUTUBRO-NOVEMBRO/2001 99
ELETRÔNICA
Outro ponto importante de nosso Lembramos aos leitores que nos- ohms (W). Os resistores mais co-
curso é a abordagem de tópicos mui- sa experiência vem do fato de também muns são os de carbono e os de fio
to práticos que incluem a montagem termos elaborado o primeiro Curso de de nicromo ou simplesmente “de fio”
de alguns projetos experimentais e di- Eletrônica numa revista técnica há e que tem os aspectos mostrados na
dáticos que na sua maioria podem ser 25 anos utilizando na época o méto- figura 3.
elaborados com materiais reciclados do de “Instrução Programada”, e que
ou de fácil obtenção, inclusive os ele- foi acompanhado por milhares de lei-
trônicos. tores, muitos dos quais o utilizaram
Nossa finalidade com tudo isso como ponto de partida para uma vida
será: profissional de sucesso.
a) Possibilitar aos leitores que pre- Também elaboramos um Curso de
tendem estudar Mecatrônica num Manutenção Eletrônica, de Rádio, TV
grau mais profundo ter os fundamen- e Vídeo e de Instrumentação na mes-
tos necessários para o melhor enten- ma revista, que nos dá a necessária
dimento de sua Eletrônica em espe- habilitação para empreitar mais esta
cial os que tiveram uma formação na tarefa que certamente também fará
Mecânica e por isso pouco viram da sucesso entre os leitores desta nova
Eletrônica. revista.
b) Dar elementos para cursos de
nível médio e mesmo superior para OS COMPONENTES
Figura 1 - Resistores fixos comuns.
criar experimentos e aulas para seus ELETRÔNICOS
cursos usando material prático de fá-
cil obtenção e circuitos experimentais Começaremos o nosso curso com O tamanho do resistor está rela-
bastante didáticos. Até mesmo cursos a análise dos componentes eletrôni- cionado com sua capacidade de dis-
completos podem ser elaborados com cos usados nos projetos de Meca- sipar calor. Quanto mais intensa for
base no material deste curso. trônica. Diferentemente do que mui- a corrente num resistor mais calor ele
c) Dar idéias práticas e fundamen- tos leitores possam pensar, os com- gera e este calor precisa ser transferi-
tos teóricos para que muitos dos lei- ponentes eletrônicos básicos são do ao meio ambiente. Os resistores
tores que já possuam habilidades no todos iguais. O modo como eles são comuns podem ser encontrados com
setor ou mesmo professores que pre- usados e as configurações é que valores de resistência desde fração
tendam implementar as partes práti- determinam o que o circuito ou o de ohm até mais de 20 milhões de
cas de seus cursos, possam elabo- conjunto vai fazer. ohms e com dissipações de 1/8 W a
rar seus próprios projetos. Assim, os mesmos componentes mais de 100 W.
d) Dar elementos e idéias para que usados num robô podem ser encon- Para expressar os valores altos de
estudantes de todos os níveis pos- trados num televisor ou no sistema de resistência é costume usar os prefi-
sam elaborar projetos práticos como ignição eletrônica de seu carro. xos quilo (k) para milhares e mega (M)
base de trabalhos, para feiras e de- Podemos dividir os componentes para milhões. Assim, 2,2 k ohms sig-
monstrações ou mesmo para forma- eletrônicos em três categorias que nifica 2 200 ohms e 15 M ohms signi-
turas. serão o assunto desta nossa lição: fica 15 000 000 ohms.
e) Reciclar os conhecimentos da- Para os leitores que vão usar
queles que já estão no campo da a) Componentes passivos resistores é importante conhecer o
Mecatrônica mas que, por qualquer código de cores. As faixas coloridas
motivo tenham passado por uma for- Os componentes passivos são em torno do resistor dão seu valor
mação incompleta no campo da Ele- aqueles que não amplificam nem ge- conforme mostra a tabela 1.
trônica, principalmente os que sairam ram sinais sendo basicamente usados Para ler, o primeiro e segundo
das escolas há mais tempo e que por- na função de polarização, acoplamento anéis a partir da ponta dão os dois
tanto carecem de informações so- ou desacoplamento de circuitos. dígitos da resistência enquanto que o
bre componentes e tecnologias Nos projetos de Mecatrônica os terceiro o fator de multiplicação ou
mais modernas. principais componentes passivos que número de zeros.
f) Levar ao leitor uma imagem atu- vamos encontrar são: Um resistor vermelho-violeta-
al das Aplicações da Mecatrônica no amarelo terá 2 7 seguidos de 0000 ou
dia-a-dia, indo das aplicações recre- Resistores 270 000 ohms (270KW).
ativas e didáticas até as de uso em Existem resistores especiais que
aplicativos de consumo e industrial. Os resistores tem por finalidade podem ter sua resistência alterada e
Enfim, nossa meta é fornecer aos apresentar uma resistência elétrica ou por isso são usados em ajustes ou
leitores o primeiro curso fasciculado de seja, uma oposição à passagem de controles. Temos dois tipos principais
Mecatrônica que já foi dado em qual- uma corrente. A medida da resistên- de resistores variáveis que são mos-
quer publicação técnica de nosso país. cia é feita numa unidade denominada trados na figura 4.
Figura 8 - Transistores bipolares. Transistores de efeito de campo Figura 12 - Controlando um motor com um
Power MOSFET ou Power FET.
Circuitos Integrados
PARTE PRÁTICA
Na próxima edição: Os
Motores de Corrente Contí-
nua e Circuitos de Controle.
Figura 25 - Experiência prática: ligação série/paralelo.
AUTOMAÇÃO PNEUMÁTICA
1ª par te
parte
Na fundição da prata, do ferro, do forma, maiores conhecimentos físicos mais componentes desta mistura
chumbo e do estanho, são encontra- e alguns instrumentos de medição. gasosa que respiramos (figura 1).
das referências do ar comprimido Neste longo caminho, das máqui-
datadas no Velho Testamento. A his- nas impulsionadas por ar comprimi- Compressibilidade
tória conta que, há mais de 2.000 do, na Alexandria, até nos dias de
anos, técnicos da época construíram hoje, com o desenvolvimento da Ele- Um volume de ar, quando subme-
máquinas pneumáticas, utilizando trônica, o homem sempre tentou “apri- tido por uma força exterior, como por
para tal fim, um Cilindro de madeira sionar esta energia”, colocando-a aos exemplo, em um atuador pneumáti-
dotado de um êmbolo. Já o vento era seus serviços, controlando e trans- co (cilindro), seu volume inicial será
aproveitado pelo antigos, utilizando formando-a em trabalho. reduzido, revelando uma de suas
sua força gerada pela dilatação do ar O termo pneumática é derivado propriedades: a compressibilidade,
aquecido. do grego Pneumos ou Pneuma, que que é mostrada na figura 2.
Em Alexandria, centro cultural quer dizer: respiração, sopro, e é de-
do mundo helênico, foram cons- finido como o segmento da Física
truídas as primeiras máquinas, no que se ocupa da dinâmica e dos fe-
III século A C. nômenos físicos relacionados com
Neste período, Ctesibios fundou os gases e com o vácuo, bem como
a Escola de Mecânicos em Ale- com os estudos da conversão da
xandria, tornando-se o precursor da energia pneumática em energia me-
técnica para comprimir o ar. Na mes- cânica, através de seus elementos
ma época, um grego chamado Hero, de trabalho.
escreveu um artigo de dois volumes Voltaremos em outros capítulos
sobre as aplicações do ar comprimi- a contar um pouco mais sobre a “His-
do e do vácuo. tória do Ar Comprimido.
Tais inventos, por falta de recur-
sos e de materiais adequados, não PRINCÍPIOS BÁSICOS
foram amplamente utilizados. Suas
técnicas eram depreciadas, a não ser Propriedades físicas do ar
que estivesse à serviço dos reis e
do exército, para aprimoramento de Sem a existência do ar, não ha-
Figura 2 - Compressibilidade do ar.
armas de guerra. veria vida em nosso planeta. Apesar
Durante um longo período, a ener- de não possuir uma forma física,
gia pneumática sofreu uma paralisa- podemos notar sua presença em to- Elasticidade
ção, renascendo somente nos sécu- dos os lugares. Por ser elástico e
los XVI e XVII, com as descobertas compressível ocupa todo o espaço Como já mencionado, o ar possui
de Galileu, Otto Von Guericke, Robert onde está contido. Sua composição a propriedade de elasticidade, que faz
Boyle, Bacon e outros, que passa- principal é constituída por Nitrogênio com que, uma vez desfeita a função
ram a observar as leis naturais so- (78,09%) e Oxigênio (20,95%). Os re- da compressibilidade, este volte ao
bre compressão e expansão dos síduos de Dióxido de Carbono, seu volume incial (figura 3).
gases. Leibiniz, Huyghnes, Papin e Argônio, Hidrogênio, Neônio, Hélio,
Newcomem são considerados os pais Criptônio e Xenônio formam os de-
da Física Experimental, sendo que
os dois últimos consideravam a pres-
são atmosférica como uma força
enorme contra o vácuo efetivo, que
era o objeto das Ciências Naturais,
Filosóficas e da Especulação Teoló-
gica desde Aristóteles até o final da
época Escolástica.
No final deste período, o Evange-
lista Torricelli, inventa o barômetro,
um tubo de mercúrio para medir a
pressão atmosférica.
Com a invenção da máquina de
vapor, por Watts, tem início a era da
“máquina” e, no decorrer dos sécu-
los, surgiram várias maneiras de uti- Figura 1 - Propriedades físicas do ar. Figura 3 - Elasticidade do ar.
lização do ar, proporcionando, desta
Difusibilidade
Expansibilidade
Como mencionado anteriormente, Figura 6 - O peso do ar. Na situação (a), os dois recipientes contém a mesma quantidade de ar
enquanto que na situação (b), somente o recipiente 2 contém ar ao passo que o 1 está sem ar (vácuo).
o ar ocupa o volume total de um reci-
piente. Sendo assim, é importante
ter em mente esta propriedade de demonstrado na figura 6(a). Em O ar atmosférico é aspirado pe-
expansibilidade quando formos pro- seguida, se retirarmos o ar de um las válvulas de admissão dos com-
jetar qualquer reservatório de ar com- dos recipientes, com o uso de uma pressores de ar e neste processo, o
primido, tubulações contendo tan- bomba de vácuo e os colocarmos ar comprimido atinge uma tempe-
ques, ou mesmo quando se for ins- novamente na balança, notaremos ratura de, aproximadamente, 200 º
talar uma rede de ar comprimido. Este que o recipiente “sem ar“ estará C, tornando-se mais leve. Além dis-
importante assunto será abordado mais leve que o outro, que ainda so, arrasta consigo, partículas de
mais tarde (figura 5). contém ar, conforme é mostrado na vapores de água para a rede de ar
figura 6(b). comprimido.
Peso do Ar Apenas como notação, um litro de Esta impor tante preocupação,
ar, a uma temperatura de 0ºC e ao será revista no capítulo: "Tratamento
Será que o ar tem peso? É pos- nível do mar, pesa 1,293 x 10-3 Kg. e Preparação do Ar Comprimido" que
sível verificar isso através de uma será publicado futuramente.
experiência. Se colocarmos, numa Podemos afirmar que ar quente Voltemos a nossa questão: no tex-
balança de precisão, dois recipien- é mais leve que o ar frio ? to acima, mencionamos que o ar
tes de mesmo formato e peso, her- quente torna-se mais leve quando
meticamente fechados, iremos no- Quando utilizado em processos submetido ao processo de compres-
tar, obviamente, que a balança irá de automação industrial, notamos são. Para comprovar isso, pode-se
registrar o mesmo peso, conforme esta propriedade do ar comprimido. fazer uma experiência, semelhante
APRESENTAÇÃO tarefas que você desejar. Legal? É Mas você pode estar se pergun-
muito legal. Você vai perceber como tando: Como eles vão fazer que eu
Este é o primeiro artigo de uma é interessante essa interação entre faça um programa se eu não sei nada
série que irá mostrar como a lingua- você e a máquina e, principalmente, de programação?
gem LOGO pode ser utilizada para sendo você que tem o controle do A resposta é simples: Quem vai
programar o PC no controle de robôs processo. fazer todo o trabalho será você.
e outros dispositivos para automação. Como já dissemos, vamos ser os
Com a facilidade de se ter acesso a seus incentivadores.
um PC junto com a linguagem Nesa série de artigos, vamos fa-
LOGO, de fácil aprendizagem, con- lar de teoria, mostrar exemplos práti-
seguimos um ótimo resultado no de- cos e dar sugestões para alteração
senvolvimento de programas e dos programas.
interfaces para estes controles.
O PC atualmente está invadin-
do nossos lares. Com ele conse-
guimos verificar o nosso saldo ban-
cário, pagar as contas, jogar entre
inúmeras outras tarefas. Geralmen-
te lidamos com programas prontos,
que colocamos num PC e nos tor-
namos meros “operadores” deles.
Você já pensou em fazer um des-
ses programas? Difícil! Impossível!
Imaginável! Se estivermos falando
de um editor de texto complexo ou
um jogo simulador de Fórmula 1,
realmente será uma tarefa árdua
que necessitará de uma equipe com
vários programadores experien-
tes. Mas nem por isso você
deve desanimar, pois
se fosse assim
ninguém começa-
ria a programar
computadores.
Este é o papel
desta revista.
Vamos incentivar
você a descobrir os
caminhos para fazer o
PC realizar diversas
APRENDA QUADRADO
REPITA 4 [PF 100 PD 90]
FIM
O programa em Logo:
aprenda SABER
criejanela “main “d1 [Saber Eletronica] 10 10 150 50
criebotão “d1 “b1 “Quadrado 10 10 40 20 [quadrado]
criebotão “d1 “b3 “LIMPA 60 10 40 20[tat]
fim
PRÓXIMOS PASSOS
AUTOCAD APLICADO À
MECATRÔNICA
1ª par te
Sérgio Eduardo Macêdo Rezende
Departamento de Engenharia Mecatrônica e Sistemas Mecânicos
Escola Politécnica da USP
INTRODUÇÃO tre estes. O mesmo pode ser dito AutoCAD para que este possa ser
para um projeto mecânico envolven- animado em outro programa, como o
Com o avanço no uso de compu- do rolamentos, retentores e eixos. 3D Studio.
tadores, fazer desenhos técnicos e Outro motivo para o uso de pro- Há vários programas do tipo CAD,
ilustrativos se tornou uma tarefa bem gramas CAD é fazer ilustrações, prin- dentre eles o CATIA, Microstation,
mais fácil e de melhor qualidade com cipalmente em três dimensões. Isto Pro-Engineering e outros. Estamos
os programas de CAD. Por meio de- certamente facilita a compreensão de iniciando o curso sobre um progra-
les podemos construir, corrigir e uma peça ou da montagem de um ma de desenho bastante conhecido
agilizar nossos desenhos com bas- sistema. Por exemplo, um braço de na Engenharia, chamado de
tante facilidade. Além disto é possí- robô pode ser, inicialmente, desenha- AutoCAD, feito pela empresa
vel importar o que chamamos de bi- do em duas dimensões para se colo- Autodesk. Muitos, quando pensam
bliotecas de desenhos, poupando car as cotas ou a identificação de em CAD, o primeiro programa que
bastante tempo. Um exemplo na componentes. Posteriormente pode- lembram é o AutoCAD. Ele é popular
Mecatrônica é fazer o projeto de uma se fazer um modelo tridimensional no por vários motivos, um deles é sua
planta hidráulica ou pneumática. A praticidade. Por exemplo, muitas pes-
partir de componentes como vál- soas que usam computador estão
vulas, motores e bombas já pron- acostumadas a acionar comandos
tos, basta fazer a conexão en- por menus e botões utilizando o
mouse, outras pessoas se adap-
tam melhor acionando estes por
meio do teclado. O AutoCAD per-
mite este acesso de ambas as
formas. Além disso ele é usa-
do para os vários ramos da
Engenharia, com vastas
bibliotecas de dese-
nhos e programas
associados. O pro-
grama é dividido
basicamente em
AutoCAD 2D (bi-
dimensional) para
desenhos de plan-
tas, desenhos de
montagem e fabri-
cação e o Auto-
CAD 3D para dese-
nhos tridimen-
sionais. Inicialmen-
te será ensinado
o Auto-
28 MECATRÔNICA
MECATRÔNICAATUAL
FÁCIL Nº
Nº1/OUTUBRO-NOVEMBRO/2001
1 OUTUBRO/NOVEMBRO/2001
SOFTWARE
Figura 3– Draw
CAD 2D pois nesta parte é que serão abordados os co- – Toolbar.
mandos básicos que também serão utilizados para 3D.
Com esta série de artigos você será capaz de aprender
passo-a-passo os comandos mais importantes, para fa-
zer qualquer tipo de desenho. Esta é baseada no AutoCAD
2000 (última versão) que apresenta algumas inovações
como a possibilidade de abrir vários desenhos
simultâneamente e fácil alteração da espessura das li-
nhas. No entanto, como serão vistos os comandos mais
importantes, esta série pode ser perfeitamente aplicada
para versões anteriores (R12, R13 e R14).
Command: line
lhe desejado. Este é chamado de clicar em Modify e posteriormente LINE Specify first point: 0,0
"zoom window". em Erase. Uma forma mais rápida é Specify next point or [Undo]: 10,5
Muitas vezes desejamos ter uma digitar no menu inferior a letra e ou (Dê Enter)
visão geral do desenho de forma que erase, em seguida tecle Enter. Nes- Command: zoom
todo ele se enquadre na tela. Para te menu aparecerá escrito Select [All/Center/Dynamic/Extents/
isto basta acionar o zoom, digitando Objetcs: Agora selecione as linhas Previous/Scale/Window] <real
a letra z na linha de comandos, e em que se deseja apagar, elas ficarão time>: all
seguida digitando all. É rápido e será tracejadas. Terminando a seleção Caso não tenha sido percebido,
bastante útil no futuro. Podemos per- basta teclar Enter novamente. uma reta foi traçada do ponto 0,0 do
ceber que há várias formas de utili- centro de coordenadas do AutoCAD
zarmos o zoom. Não fique preocupa- Formas de traçar linhas até o ponto 10,5. Se não for fácil de
do se não lembra de todos. O uso de ver a reta use o "zoom window" ex-
cada um deles depende da necessi- A primeira delas é a que chama- plicado anteriormente.
dade. Ao fazer projetos e exercícios mos de coordenadas absolutas ou A segunda forma de traçar linhas
mais longos, estes comandos ape- cartesianas. Por geometria simples é o que chamamos de coordenas
nas facilitarão a execução e serão sabe-se que por dois pontos é pos- polares, onde, serão utilizados o com-
lembrados com mais facilidade. sível traçar uma linha e este coman- primento e o ângulo da linha a ser
do segue o mesmo princípio. Inicial- traçada em relação ao eixo x. Apa-
Erase mente, para apagar todas as figuras gue a linha feita anteriormente e siga
da tela siga os comandos: estes comandos:
Muitas vezes é necessário apa- Command: erase Command: line
gar alguma parte do desenho. No Select Objects: all LINE Specify first point: 0,0
AutoCAD isto é fácil de ser feito. Pri- (Dê Enter) Specify next point or [Undo]:
meiro pode-se, no menu superior, Em seguida faça o seguinte: @100<30
(Dê Enter)
Neste caso foi especificado que
a linha parte do ponto 0,0, possui um
comprimento de 100 unidades e for-
ma um ângulo de 30º em relação ao
eixo x dos eixos coordenados.
O terceiro modo de traçar linhas
é o mais importante. Por ele pode-
mos traçar uma linha sem se impor-
tar sobre o ponto inicial. Esta forma
consiste em determinar um ponto de
início qualquer (não é necessário
saber as coordenadas iniciais) e em
seguida informar o quanto ela deslo-
Figura 11 – Zoom window. Figura 12 – Apagando linhas.
ca em relação ao eixo x e em rela-
ção ao eixo y. Veja este exemplo: