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Operação Mãos Limpas (Amapá) – Wikipédia, a enciclopédia livre https://pt.wikipedia.

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Operação Mãos Limpas (Amapá)


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Operação Mãos Limpas é uma operação da Polícia Federal Brasileira com o objetivo de prender uma
organização criminosa composta por servidores públicos, agentes políticos e empresários que desviavam verbas
públicas no estado do Amapá. Deflagrada no dia 10 de setembro de 2010, às vésperas das eleições estaduais, resultou
na prisão, determinada pelo Superior Tribunal de Justiça, de vários políticos, agentes públicos e empresários e na
apreensão de mais de R$ 1 milhão em dinheiro, carros luxuosos (entre eles um Maserati e uma Ferrari), imóveis e até
de um jato executivo Cessna - propriedade do, então, presidente do Tribunal de Contas Estadual, Júlio de Miranda
Coelho.[1]

O nome Mãos Limpas faz referência a uma operação que ocorreu na Itália no início dos anos 1990, na qual se
objetivava o combate à lavagem de dinheiro. Na operação italiana, foram presos mafiosos, empresários, funcionários Waldez Góes (à esquerda) e Pedro
públicos e políticos que faziam parte de um grande esquema de pagamentos de propinas, tráfico de influência e Paulo Dias (à direita) foram presos na
Operação Mãos Limpas em 2010.
financiamento ilegal de campanhas eleitorais dos Partido da Democracia Cristã e do Partido Socialista. A operação no
Amapá ganhou o mesmo nome pois, tanto no estado, quanto na Itália, descobriu-se atos de corrupção em diversos
níveis do governo.[2]

Durante as busca e apreensões, foram mobilizados 600 policiais federais, que cumpriram mandados no Amapá, no Pará, na Paraíba e no estado de São Paulo. Além
disso, participaram da ação cerca de 60 servidores da Receita Federal e 30 da Controladoria Geral da União. As investigações apontaram para desvios de verbas
estaduais e federais no Governo do Estado, na Prefeitura de Macapá, na Assembleia Legislativa, na Prefeitura de Macapá, no Tribunal de Contas do Estado do Amapá
e nas Secretarias de Estado da Saúde, de Inclusão e Mobilização Social, de Desporto e Lazer e de Justiça e Segurança Pública.[3]

Foram expedidos pelo Superior Tribunal de Justiça, 18 mandados de prisão temporária, 87 mandados de condução coercitiva e 94 mandados de busca e apreensão.
Entre os presos na operação estavam: o então governador Pedro Paulo Dias, o ex-governador Waldez Góes, a ex-primeira dama do estado Marília Góes, o presidente
do Tribunal de Contas Estadual Júlio de Miranda Coelho, o empresário Alexandre Albuquerque, os secretários estaduais Aldo Ferreira e Adauto Bittencourt, dentre

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outros. No dia 18 de dezembro do mesmo ano, o então prefeito de Macapá Roberto Góes foi preso em sua casa em desdobramento da Operação Mãos Limpas. Góes,
de acordo com a Polícia Federal, estava ocultando e destruindo provas, atrapalhando as investigações sobre desvios de recursos da União, licitações e contratações
fraudulentas.[4]

Referências
1. AE - Agência Estado. PF apreende jato do presidente do TCE do Amapá. Estadão, 23 de setembro de 2010 - 9h02 (http://www.estadao.com.br/noticias
/nacional,pf-apreende-jato-do-presidente-do-tce-do-amapa,614077,0.htm)
2. Conheça o país: Itália. Veja.com (http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/conheca_pais/italia/cronologia.html)
3. Em Operação Mãos Limpas, PF prende governador do Amapá. Terra (http://noticias.terra.com.br/brasil/policia/em-operacao-maos-limpas-pf-prende-governador-
do-amapa,ad7c63fc8940b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html)
4. PF cumpre busca e apreensão em órgão público do AP. Estadão (http://www.estadao.com.br/noticias/geral,pf-cumpre-busca-e-apreensao-em-orgao-publico-
do-ap,647122,0.htm)

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