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ESCOLA ESTADUAL DESEMBARGADOR MILTON ARMANDO

POMPEU DE BARROS

TÉCNICO EM INFORMÁTICA

VIVIANE ANSELMO MARIANO

JOSIANE CAVALCANTE DE OLIVEIRA

TRABALHO DE HISTÓRIA:
Estados Unidos: da Revolução Americana ao imperialismo.

Colíder

2010
INTRODUÇÃO

Neste trabalho falaremos da Revolução Americana ao Imperialismo, nele


será citado sobre a colonização e a industrialização e suas mudanças ,
guerras, conquistas e derrotas.
Características da colonização

A população colonial teve aumento nas vésperas da independência.


Apesar das diferenças que existem no plano socioeconômico nas treze
colônias todas procuraram manter uma relativa autonômica – preocupação
maior na nova Inglaterra – em relação a metrópole inglesa.

As colônias do Sul desenvolveram-se com base na plantation e mais


articuladas com o mercado externo, as colônias do norte – nova Inglaterra – e
as colônias do centro desenvolveram se a partir da pequena e da média
propriedade rural. A produção policultura, voltado essencialmente para o
abastecimento do mercado interno, foi realizada utilizando-se o trabalho livre e
a servidão temporária. Nova Inglaterra, a industria manufatureira e o comércio
marítimo teve crescimento.

A articulação da economia das colônias do norte com as Antilhas,


tornou-se cada vez mais intensa em função dos “triângulos comerciais”. Essa
articulação impulsionou a acumulação interna de capital.

Nas colônias do Sul, escravistas, latifundiários e monoculturas, a


dependência em relação ao mercado externo fez com que a aristocracia
solista, adotasse uma posição mais moderada em relação ao processo de
independência.

As contradições crescentes entre os interesses ingleses e os coloniais


foram bem observadas pelo historiador Leo Ruberman:

“O coloniza dores queriam se expandir, e em toda parte


havia o controle britânico, cujo objetivo era o bem da mãe-pátria e
do império. Já que estavam a três mil milhas da Inglaterra (cerca de
5 mil quilômetros); já que em muitos casos tinham vindo para a
América para fugir dos impostos ou leis européias que os
incomodavam, ou que os impediam de ganhar uma vida decente; já
que, uma vez aqui, tinham aprendido a cuidar de si mesmos, apesar
das freqüentes tentativas de intervenção por parte dos
governadores; já que tinham se acostumado a desobedecer às leis
do império que não lhes agradavam; por tudo isso os colonizadores
tinham tornado cada vez mais independentes. Enquanto a Inglaterra
achava que as colônias existiam para servi-las, as colônias achavam
que existiam para servir-se a si próprias.”

HUBERMAN, Leo. Nós o Povo: a Epopeia Norte-americana. São


Paulo: brasiliense, 1966. P. 48.
O inicio do processo de emancipação

A maturidade econômica das colônias atingiu um nível elevado no


século XVIII.

A Guerra dos Sete Anos (1756 -1763) teve um importante impacto nas
relações entre a metrópole e as treze colônias, os custos dessa guerra foram
enormes, apesar da vitória inglesa, o resultado do conflito beneficiou os
colonos, pois estes, com a derrota da França puderam expandir-se para oeste.

Mudanças na política colonial

Em função do quadro que se apresentava, a metrópole alterou a


tradicional “política de negligencia salutar” como intuito de reforçar os laços
coloniais e aumentar a carga política para combater o contrabando e ter uma
presença militar britânica maior. O colonos organizaram assembléia locais que,
em tese, sujeitavam-se que em nome da Coroa os governadores das colônias,
tenham o direito de vetar leis elaboradas pelas assembléias.

Essa questão do poder local e de sua maior autonomia foi um objeto de


análise do historiador Frances Alexis de Tocqueville, em sua obra A
Democracia na América: “Nas leis da Nova Inglaterra encontramos germe e o
desenvolvimento da independência local. Na América pode-se dizer que o
município foi organizado antes da comarca, a comarca antes do estado e o
estado antes da União”.

Com a mudança da política colonial, a reação foi imediata e mais intensa


nas colônias do Norte, e do Centro. Entre as principais medidas tomada pela
coroa inglesa destacam-se:

 O ato de proclamação (1763);


 O controle das regiões conquistadas com franceses na Guerra dos Sete
Anos;
 A decretação da Lei do Açúcar (1764);
 A decretação da Lei do Selo (1765);
 A aprovação dos Atos Townshend (1767)
 O monopólio do Comércio do Chá (1773)
A Reação Colonial

O Parlamento voltou a Leis Intoleráveis em 1774, que estabeleceram o


fechamento de Porto de Boston, essas leis determinaram a convocação do
Primeiro Congresso Continental da Filadélfia, com a participação de
representantes de todas as colônias que tomaram as seguintes decisões:

 Elaboração da Declaração dos Direitos dos Colonos;


 Reação contra as Leis Intoleráveis com base no principio de que se os
Colonos não eram representados no Parlamento;
 A criação de uma Associação Continental, cujo objetivo era o de evitar
qualquer tipo de relação continental com a Inglaterra.

As tensões aprofundaram-se com a chegada de tropas inglesas.

O Ideário Revolucionário

As pressões da Metrópole e a não aceitação das propostas dos colonos


radicalizaram o conflito. Nesse contexto “circulavam planfletos que defendiam o
“direito à rebelião”. Para muitos colonos o governo inglês colocava em risco a
liberdade e a vida. Essa reação encontrou legitimação no pensamento
Lockeano.

Em 10 de janeiro de 1776, meses antes da aceleração da


independência, foi publicado na Filadélfia um panfletos de autoria de Thomas
Paine, no qual ele justificava as razoes que deveriam levar os colonos a
ruptura com a Inglaterra, criticando aqueles que eram contrários.

A crise se aprofundou quando o rei de Inglaterra, Jorge III, declarou que


os atos dos colonos eram de rebeldia. Os panfletos de Paine,ajudou incentivar
os colonos a lutarem pela liberdade.

A emancipação e a guerra de independência

O II Congresso da Filadélfia decretou a separação das treze colônias e


aprovou a Declaração de Independência , redigida por Thomas Jeferson, a 4
de julhos de 1776. Os americanos tiveram o apoio da França e da Espanha,
esse conflito foi até 1781.

Durante a guerra de independência, em 1777, o congresso aprovou os


Artigos da Confederação que estabeleciam a ”união perpetua entre os
estados”.

Em 1783, foi reconhecida, pelo Tratado de Paris, a independência das


treze colônias, as quais iriam se tornar os treze primeiros estados dos EUA.
Foram estabelecidos os limites territoriais desses estados.

Com base no ideário lockeano e nas idéias de Montesquieu e foi


promulgado a constituição de 1787 que, em linhas gerais, apresentou a
seguintes características:

 Presidencialismo;
 Poder legislativo bicameral ( Câmara de Deputados e Senado);
 Judiciária independente;
 Divisão de poderes e harmonia entre eles,
 Federalismo, preservando-se a autonomia das ex- colônias em
assuntos locais.

Em 1789, George Woshigton, um rico fazendeiro da Virginia,


comandante das forças coloniais, tornou-se o primeiro presidente da
Republica.

O processo de industrialização e a expansão territorial

Dentre os aspectos mais significativos da história norte-americana ao


longo do século XIX, destacaram-se o processo de industrialização
concentrado na região leste e a expansão territorial para o Oeste.

Esses processos históricos não se dissociaram, uma vez que a


expansão industrial estimulou um expressivo movimento imigratório. Como
nesse país não havia um campesinato livre para ser expropriado e expulso das
zonas rurais, deu a um “exército de reserva de mão-de obra”, a solução
imigrantista foi o caminho mais natural.

Milhares desses imigrantes, atraídos pela possibilidade de empregos


nas fábricas do Leste, num segundo momento acabaram se dirigindo para o
Oeste, devido às facilidades de acesso à terra.
A industrialização se desenvolveu pioneiramente a partir das primeiras
décadas do século XIX em importantes cidades da costa leste. Nos primeiros
tempos, como era importante reter os imigrantes recém-chegados nessas
cidades industriais,o governo norte=americano dificultou o acesso às terras do
Oeste, vendendo-as por preços elevados.

A maioria desses imigrantes era formada por artesãos que haviam sido
arruinados em função do avanço da industrialização em vários países europeus
na segunda metade do século XIX, além de camponeses e pequenos
proprietários expropriados e expulsos de suas terras.

Chefes de família de 21 anos e que não haviam pegado em armas


contra a união.entra o Norte e o Sul, estava em curso.

Na mesma época o governo brasileiro aprovou a Lei de Terra (1850),


inversamente, a legislação do império, ao determinar que as terras devolutas
seriam objeto de compra e venda, inviabilizou o acesso a elas tanto por parte
de imigrantes recém-chegados quantos de ex-escravos,consolidando, assim,
uma estrutura fundiária cada vez mais concentradora.

Percebe-se que após a “Revolução Americana” houve uma aceleração


da conquista do Oeste. Essa expansão também foi enormemente facilita pelo
desenvolvimento de um expressivo sistema ferroviário que possibilitou, já na
década de 80 do século XIX.

A expansão territorial se fez também por meio de negociações


diplomáticas que resultaram na compra e incorporação aos Estados Unidos de
vastas regiões; em 1819 foi adquirida à Espanha, por 5 milhões de dólares, a
Flórida.

O Texas, território originalmente pertencente ao México. Começou a ser


ocupado por colonos norte-americanos com a permissão do governo mexicano,
problemas na definição de fronteiras contribuíram para que os Estados Unidos
entrassem em guerra contra o México,permitiu a anexação, não apenas do
Texas, com de vários outros territórios até então pertencentes ao México e que
vieram a se constituir nos atuais estados da Califórnia, Arizona, novo México,
utah, nevada e Colorado.

Segundo o Atlas Histórico Mundial:

“(...) entre 1820 e 1860 o número de estados


passou de 23 para 33 e a população aumentou de 9,6
milhões (226%). Entre 1830 e 1860 a imigração alcançou
4,6 milhões”.

ATLAS Histórico mundial: De La Revolución Francesa a


Nuestros Dias. 11. ed. Madrid: istmo, 1983. P. 105 .
A Guerra de Secessão

A guerra de sucessão ocorreu entre 1861 e 1865, na qual os estados do


Norte venceram os estados do Sul e deixou aproximadamente 600 mil mortos.
A origem da guerra se deu pelas diferenças, sociais e políticas entre eles,
diferenças essas que se tornaram mais evidentes no séc. XIX. E em 1860 já
estava dividido o Sul totalmente agrícola e o Norte totalmente industrializado.

Ambos defendiam seus ideais: o Sul era livre-cambista, defendia o livre


comércio com tarifas de importação reduzidas; e o Norte era protecionista
defendia as altas tarifas alfândega rias com o objetivo de defender suas
indústrias.

A questão da escravidão também era motivo de rivalidade entre eles. Os


nortistas defendiam a ocupação por trabalhadores livres e os sulistas eram
favoráveis ao trabalho escravo. E o governo no meio desse cabo de guerra, se
equilibrava para não favorecer nem um nem outro. O jeito foi fazer uma
conciliação na questão relativa à ocupação das terras do Oeste:

 Em 1820 por meio do Compromisso de Missouri, ficou decidido a


proibição da criação de estados escravistas ao norte paralelo 36°
30 e a criação de estados defensores de mão de obra livre.
 Em 1850, pelo Compromisso Clay ficou decidido que cada novo
estado que entrasse na união precisaria de pelo menos 60 mil
habitantes para poder optar se pretendia ou não utilizar o trabalho
escravo.

Outro tema que acirrou ainda mais o conflito Norte-Sul foi o


desenvolvimento da infra-estrutura que favorecia principalmente a economia
industrial do Norte. Porém, para que isso fosse possível seria necessário que
aumentasse as tarifas alfandegárias, e dessa forma prejudicaria a economia
agrária do Sul.

Por fim fica evidente o crescimento demográfico de lado Norte,


aumentando a representação deles no Congresso, causando maior
ressentimento por parte dos Sulistas.
O estopim desse conflito foi à eleição de Abraham Lincoln em novembro
de 1860, candidato do Norte, ele defendia a proibição do escravismo,
assumindo assim posição contrária às do Sulista. Com isso em 20 de
dezembro a Carolina do Sul declarou dissolvida sua união com outros estados.

Em seguida Geórgia, Flórida, Alabama, Mississipi e Louisiana formaram,


em fevereiro de 1861, os Estados Confederados da América, presidido por
Jefferson Davis. Iniciando o conflito, os estados da Virgínia, Arkansas,
Tennessee e da Carolina do Norte aos confederados. Porém nem todos os
estados escravistas aderiram aos Estados Confederados da América.

É importante considerar que Lincoln no início do conflito não pretendia


abolir a escravidão. Conclui-se que não foi só uma questão do escravismo que
levou o país a uma guerra.

Em questão de superioridade entre ambos o Norte mantinha-se na frente


juntamente com a adesão dos estados do Oeste em sua maioria, em função da
aprovação do Homestead Act em 1862. Observe os dados abaixo:

 71% da população viviam no Norte; e, dos restantes 29% a


população Sul, 11%eram escravos;
 81% da população masculina (entre 18 e 45 anos) viviam no
Norte;
 A produção industrial do Norte representava 92% da produção
total.

Essa superioridade impôs-se a partir de 1862. E a Batalha de Gettysburg


e novembro de 1862 garantiram o êxito sobre os confederados e a vitória final
veio com a rendição das tropas Sulistas em 9 de abril de 1865.

Os Sulistas foram reintegrados a união e a escravidão foi abolida. Nesse


contexto Lincoln foi assassinado por um fanático Sulista. O lado Sul perdeu a
importância na economia do país, enquanto o Norte impôs uma política
industrializante que converteu os EUA a uma política industrial.

O Imperialismo
Na década de 80 do séc. XIX, o presidente James Monroe advertiu os
países que não interviessem nos países Latinos Americanos. Tal advertência
constituiu a Doutrina Monroe.

O crescimento dos Estados Unidos após a guerra foi vertiginoso em


alguns fatores que contribuíram para isso a ampla disponibilidade de recursos
naturais a ampliação dos mercados internos e externo, a expansão da rede de
transporte e a chegada de milhares de imigrantes europeus que supriram a
necessidade de mão de obra .

A concentração capitalista levou ao Imperialismo devido ao fato de que o


consumo não conseguia acompanhar o crescimento industrial e agrícola e a
necessidade de alocação dos capitais excedentes.

A dominação Norte Americana se expandiu para o pacífico e para América


Latina e esta era justificada pelos governantes por meio de doutrinas corolários

O significado da Revolução Americana para os escravos.

Para os escravos a Revolução Americana não passa de uma fraude; a


liberdade de que se vangloriam uma profanação da própria liberdade; sua
grandeza racional, pura vaidade; as comemorações vazias desprovidas de
sentimentos; suas denuncias de tiranos, simples descaramento; seus hinos,
orações e solenidades não passam de um fino véu que serve para dissimular
crimes que cobriram de vergonha uma nação tão culpada de práticas
chocantes e sangrentas.

Exame Conjunto da Revolução Francesa e da Revolução Americana

A Revolução Francesa foi um movimento contra a aristocracia no sentido


de uma elite que se auto perpetuava, privilegiava.

A Revolução America confirmava o sentido de progresso e de mudança


rápida.

Uma esplêndida pequena Guerra

O EUA, em 1898, deu o 1° passo para o Imperialismo. Perderam 2446


homens, a maioria vitima de doenças. Muito pouco sangrenta permitiu os
últimos belos frutos do Império Espanhol: Cuba, Porto Rico e Filipinas.

A guerra de 1898 marca o fim de um isolacionismo que sobreviveria ou


renascia sob diversas formas, devido às decepções provocadas pela política de
intervenção.

Fala Senado

O Senador Albert Beveridge, justifica o Imperialismo Norte Americano


sobre as Filipinas em seu discurso. Ele deseja que os EUA assegurem novas
rotas comerciais e se apoderassem de colônias.
Ku-Klux-Klan- Organização e Princípios

A KKK foi organizada logo após o término da Guerra de Secessão, em


1866, por Sulistas brancos.

Teve sua constituição adotada em 1867 revisada em 1868. Tinha como


objetivo preservar a “pureza social” e ideológica da América protestante, ela
perseguia negros, judeus e católicos.

Ku-Klux-Klan- Objetivos e Procedimentos

A KKK foi uma associação fundada em princípios racistas e recorria a


ameaças e a violência para consolidar o que chamava de “supremacia branca”.

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