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BIOGRAFIAS

Este trabalho tem como objetivo apresentar as


biografias de uma pequena parcela de grandes
personagens da história, sendo eles:

- George Washington (EUA);


- Símon Bolívar (VENEZUELA);
- Dom Pedro I (PORTUGAL);
- José Bonifácio (BRASIL);
- Benjamin Franklin (EUA).

E alguns de seus aspectos, sendo os mesmos:

- Formação Acadêmica;
- Contexto Internacional;
- Contexto Nacional;
- Principais Feitos;
- Personagens Importantes.
George Washington

George Washington é um dos grandes nomes da história


norte-americana, sendo um dos heróis da Revolução
Americana, quando foi comandante das tropas dos
colonos. Ajudou na organização do novo país e foi eleito o
primeiro presidente dos Estados Unidos, cargo que
manteve por dois mandatos. A capital dos Estados
Unidos, Washington, leva esse nome em sua
homenagem.

Primeiros anos e Vida Acadêmica

George Washington nasceu no dia 22 de fevereiro de


1732, em uma propriedade chamada Popes Creek,
localizada em Westmoreland County, Virgínia. A família
Washington era rica e influente na colônia de Virgínia,
tendo enriquecido por meio da especulação imobiliária. O
pai de Washington, por exemplo, chamado Augustine
Washington, era dono de 10 mil acres de terra, além de
possuir um cargo público importante na colônia.
Washington foi o filho mais velho de Augustine com Mary
Ball, e, ao todo, o casal teve seis filhos. Washington,
ainda, tinha três meio-irmãos, frutos do primeiro
casamento de seu pai. Ao longo de sua infância,
Washington viveu nas diferentes propriedades que sua
família possuía na Virgínia.

Washington não teve uma educação formal e não


frequentou colégios, mas nem por isso deixou de ter
acesso aos estudos. Seu pai, enquanto um homem de
posses, pagou tutores para que seu filho estudasse em
casa, e assim ele fez durante toda a sua infância e
adolescência. Washington estudou matemática, inglês e
geografia, por exemplo.

Aos 11 anos de idade, seu pai faleceu, e o jovem George


Washington passou a residir em Mount Vernon,
propriedade que seu meio-irmão Lawrence herdou.
Washington também herdou terras e escravos, e essas
posses possibilitaram que ele tivesse uma vida estável.
Com o tempo, ele se tornou um dos homens mais ricos da
Virgínia.

Contexto Internacional e Nacional


(REVOLUÇÃO NORTE AMERICANA E PRESIDÊNCIA)

REVOLUÇÃO NORTE AMERICANA: A partir de 1759,


Washington dedicou-se às suas propriedades
produtoras de tabaco. Além disso, aproveitou de
sua reputação como militar e de sua posição como
um dos homens mais ricos da colônia e lançou-se na
política, sendo eleito para a House of Burgesses,
uma das casas que formavam a Virginia General
Assembly.

A carreira política de George Washington coincidiu


com o momento em que os interesses da Coroa
britânica começaram a chocar-se com os interesses
dos colonos das Treze Colônias. Nesse contexto, os
colonos começaram a lidar com uma pesada carga
de impostos para suprir a necessidade inglesa de
aumento da arrecadação.

Os colonos passaram a sustentar as tropas inglesas


que permaneceram na América do Norte depois da
Guerra dos Sete Anos. A partir daí, uma série de leis
foram decretadas ao longo das décadas de 1760 e
1770, e a relação entre as duas partes foi ficando
insustentável. O próprio George Washington
manifestou sua insatisfação com algumas das
medidas da Inglaterra sobre as Treze Colônias.
Por conta dos novos impostos criados pelos
ingleses, Washington usou sua posição política para
influenciar a população da Virgínia a boicotar os
produtos britânicos. Ele concordava com a opinião
vigente nas colônias de que o aumento de impostos
era injusto, uma vez que elas não tinham a devida
representação no Parlamento britânico.

Em 1774, George Washington foi enviado ao


Primeiro Congresso Continental da Filadélfia como
representante da Virgínia. Ele compartilhou da
decisão de manter-se leal aos ingleses e de que um
levante armado deveria ser cogitado apenas em
último caso. Ainda assim, Washington atuou no
treinamento de milícias para defesa dos interesses
colonos.

Em 1775, os primeiros conflitos armados entre


colonos e britânicos aconteceram, sendo a
independência dos Estados Unidos declarada em 4
de julho de 1776. As forças militares das Treze
Colônias foram lideradas pelo próprio George
Washington, escolhido por conta de sua experiência
como militar. Esse foi o início da Revolução
Americana, acontecimento que consolidou a
independência dos Estados Unidos.

A guerra contra os ingleses pela independência se


estendeu até o ano de 1781, quando Washington
participou de diversas ações militares, vencendo
algumas e sendo derrotado em outras. Ao final
desse conflito, os colonos derrotaram os ingleses, e
a independência dos Estados Unidos foi
reconhecida pela Inglaterra no ano de 1783.

Nesse mesmo ano, George Washington decidiu


aposentar-se do exército norte-americano, voltando
a residir em Mount Vernon. Entre 1783 a 1787, ele
manteve parcialmente afastado da vida pública.

Para os Estados Unidos, esse foi um período de


estruturação, uma vez que o país agora se
organizava enquanto território independente. A
maneira pensada para organizar o país foi pela
elaboração de uma Constituição, e essa saída foi
escolhida na Convenção Constitucional, que
aconteceu na Filadélfia. Washington foi o
representante da Virgínia nesse evento.
PRESIDÊNCIA: Na Convenção Constitucional, decidiu-se
elaborar um documento que pudesse unificar os Estados
Unidos e estabelecer um governo federal. A Constituição
ficou pronta ainda em 1787, mas todo o processo de
aceitação dela se estendeu até 1790, quando Rhode
Island, o último estado norte-americano, ratificou o
documento.

Em 1789, foi realizada a primeira eleição presidencial dos


Estados Unidos, e seu resultado determinou George
Washington como o primeiro presidente dos Estados
Unidos, obtendo 69 votos no colégio eleitoral e sendo
eleito por unanimidade. O vice eleito foi John Adams.

Em 1792, Washington concorreu a um segundo mandato,


sendo novamente eleito como presidente. Seu governo
teve de lidar com as disputas políticas pelo rumo do novo
país e teve de garantir o respeito dos estados norte-
americanos em relação ao governo federal. A decisão de
Washington pelo segundo mandato se deu porque ele
temia que os problemas políticos fossem levar o país à
ruína. Durante seu governo, também foi construída a
nova capital do país, nomeada Washington em sua
homenagem.

Ele atuou contra aqueles que resistiram em obedecer às


ordens do governo e procurou manter os grupos políticos
satisfeitos. Ainda, teve de lidar com problemas
financeiros que afetaram o país na década de 1790 e
aprovou medidas favoráveis aos escravocratas. Em 1796,
Washington se recusou a concorrer a um terceiro
mandato, estabelecendo no país a prática de apenas dois
mandatos por presidente.

PRINCIPAIS FEITOS
Atuou na guerra contra os índios e depois lutou contra os
britânicos pela independência das 13 Colônias. Foi eleito
congressista, ajudou a redigir a Constituição americana e
escolhido por unanimidade presidente dos Estados
Unidos por duas vezes.

PESSOAS IMPORTANTES
Seu pai se chamava Augustine Washington, sendo dono
de muitas terras e propriedades naquela colônia.
Augustine, ainda, exercia cargos públicos e era uma figura
pública conhecida. A mãe de Washington se
chamava Mary Ball Washington, sendo a segundo esposa
de Augustine.

Ao todo, Augustine e Mary Ball tiveram seis filhos, sendo


que George Washington foi o mais velho deles. Como a
família tinha muitas propriedades, Washington residiu
nelas em diferentes fases da sua infância. Com 11 anos,
seu pai morreu, e então ele herdou uma propriedade
chamada Ferry Farm e 10 escravos.
SÍMON BOLÍVAR
Simón Bolívar foi um revolucionário venezuelano que
pertencia a uma família da aristocracia criolla(O crioulo era
a pessoa que havia sido criada em um território diferente do de
seus pais. O termo foi empregado na época da colonização para
chamar o descendente de espanhol nascido nas colônias da
América Latina.). Jurou defender a independência da
América do Sul quando esteve na Itália e dedicou sua vida
à luta contra os espanhóis. Auxiliou nos processos de
independência da Venezuela, Colômbia, Peru e Bolívia.

Tentou combater a pobreza da população sul-americana


e idealizou a união das nações da América do Sul na Grã-
Colômbia. Viu o seu projeto unificador fracassar e morreu
vítima de tuberculose e pobre, porque usou toda a sua
fortuna na luta pela independência.

Juventude e Formação Acadêmica


Simón José Antonio de la Santíssima Trinidad Bolívar
Palacios Ponte y Blanco nasceu em Caracas, atual capital
da Venezuela, no dia 24 de julho de 1783. Fazia parte de
uma família que integrava a aristocracia local, sendo seus
pais donos de muitas propriedades e escravos. Os pais de
Simón Bolívar pertenciam à aristocracia criolla, isto é,
eram parte de uma elite na Venezuela que era
descendente direta de espanhóis que se mudaram pra
América. Os pais de Simón Bolívar chamavam-se Juan
Vicente Bolívar e María de la Concepción Palacios y
Blanco — ambos faleceram quando Bolívar ainda era uma
criança.

O pai morreu em 1786, quando Símon tinha apenas dois


anos, e a mãe faleceu em 1792, quando ele estava quase
completando nove anos. Por isso, a guarda de Simón
Bolívar esteve nas mãos de parentes quando ele era
criança, e um dos mais importantes para a sua criação foi
Carlos Palacios y Blanco, seu tio por parte de sua mãe.

A educação de Bolívar contou com os ensinamentos de


Simón Rodríguez e Andrés Bello, ambos importantes
intelectuais venezuelanos no começo do século XIX.
Durante a sua formação, ele ainda teve suas primeiras
lições militares aos 14 anos e, quando tinha 16 anos, foi
enviado para a Espanha para que pudesse continuar os
seus estudos.

Na Espanha, Simón Bolívar conheceu María Teresa del


Toro Alayza, uma espanhola que era filha de criollos
venezuelanos. Eles foram noivos de 1800 a 1802 e, então,
casaram-se em maio de 1802 em Madrid, na Espanha. Em
junho ambos foram para Caracas para residir nas
propriedades de Bolívar. Infortunadamente, María Teresa
ficou doente e morreu em janeiro de 1803 de febre
amarela.

Com o falecimento de sua esposa, Bolívar decidiu realizar


uma viagem pela Europa e Estados Unidos. Essa viagem
foi fundamental para que a veia revolucionária em Bolívar
aflorasse. Ele passou pela Espanha, presenciou a
coroação de Napoleão Bonaparte como imperador
francês em 1804 e foi à Itália e aos Estados Unidos.

Contexto Internacional e Nacional


(TRAJETÓRIA REVOLUCIONÁRIA E LUTA PELA INDEPÊNDENCIA)

TRAJETÓRIA REVOLUCIONÁRIA: Um dos pontos mais


marcantes na formação de Simón Bolívar enquanto
revolucionário foram algumas das coisas que ele viu e fez
durante essa viagem. O contexto histórico e a influência
de ideais iluministas na formação intelectual de Bolívar
também foram fundamentais para que ele se tornasse
um ícone revolucionário.

Na Itália, por exemplo, ele prestou um juramento em que


dedicaria a sua vida para lutar pela libertação da América
do domínio dos espanhóis e disse que não descansaria
enquanto isso acontecesse. Esse foi o Juramento do
Monte Sacro.
Nesse juramento, Bolívar estava junto de Simón
Rodríguez no Monte Sacro, localizado em Roma. Esse
local foi escolhido porque recebeu uma revolta civil de
pobres em 494 a.C. A viagem pelos Estados Unidos, país
que recentemente tinha conquistado a sua
independência, também influenciou fortemente Bolívar.

Em 1807, ele retornou para a Venezuela e, quando


chegou em Caracas, encontrou a cidade em grande
agitação política. As colônias espanholas na América
estavam em grande alvoroço por conta da destituição do
rei espanhol Fernando VII pelas tropas da França. O
enfraquecimento do poderio espanhol, somado aos ideais
revolucionários que pipocavam, influenciados pelo
iluminismo e pelo exemplo da Revolução Americana,
gerou esse cenário de agitação nas colônias.

O resultado foi que Caracas deu início à luta pela


independência da Venezuela, que fazia parte da
Capitania-Geral da Venezuela, em 19 de abril de 1810,
quando uma junta revolucionária se formou na cidade.
Essa junta foi responsável por inaugurar a Primeira
República venezuelana em julho de 1811 com a
declaração de independência, mas a Venezuela ainda
enfrentaria um longo processo para se assegurar como
nação independente.
LUTA PELA INDEPÊNDENCIA: Nesses acontecimentos
que se passaram na Venezuela entre 1807 e 1810, Bolívar
não teve protagonismo algum. Isso começou a mudar
quando ele foi escalado para uma missão diplomática em
Londres. Ele foi enviado junto de Andrés Bello e Luis
López Méndez para conseguir apoio dos ingleses à
independência venezuelana. Ainda em 1811, Simón
Bolívar participou da sua primeira batalha militar contra
os espanhóis (chamados de realistas). Apesar de ter
participado de algumas campanhas vitoriosas, os
venezuelanos foram derrotados em 1812, e Simón Bolívar
precisou fugir da Venezuela. Ele foi para Curaçao e,
depois, para Cartagena, em Nova Granada.

Em Cartagena ele formou um novo exército e liderou uma


pequena tropa, que marchou pelo território venezuelano
em 1813. A marcha de Bolívar pela Venezuela partiu de
Cúcuta, cidade colombiana que fica na fronteira com o
território venezuelano. Ele conquistou Mérida, recebendo
lá o título de “libertador”.

Em agosto de 1813, as tropas de Bolívar chegaram a


Caracas e, com a nova derrota espanhola, foi inaugurada
a Segunda República venezuelana. No entanto, a guerra
contra as forças realistas seguiu, e as forças das tropas de
Bolívar enfraqueceram-se. Ele então partiu para Nova
Granada em busca de apoio, onde se envolveu com a luta
independentista local.
Em 1815, ele fugiu para a Jamaica, local onde redigiu a
Carta da Jamaica, documento em que ele reafirmou o seu
compromisso com a causa da independência sul-
americana do domínio espanhol. Por fim, ele foi para o
Haiti à procura de segurança, uma vez que na Jamaica
tinha sido alvo de tentativas de assassinato promovidas
pela Espanha.

No Haiti ele conseguiu o apoio de Alexandre Pétion,


presidente haitiano. Em 1816, ele chegou à Venezuela e
formou um governo em Angostura, no oeste
venezuelano. Em 1817 foi proclamada a Terceira
República, e Bolívar era o chefe dessa república e o líder
militar das tropas venezuelanas que ainda lutavam contra
os espanhóis.

Em 1819, ele levou suas tropas para Nova Granada e


lutou contra os espanhóis, consolidando a independência
da Colômbia e a formação de uma república lá em 1819.
Os espanhóis ainda resistiam em uma parte do território
venezuelano, mas, em 1821, Bolívar liderou um exército
que lutou na Batalha de Carabobo, derrotando as forças
realistas.

Só em 1823 os espanhóis foram definitivamente


derrotados, e a Venezuela pôde garantir a sua
independência de fato. Bolívar ainda se envolveu nos
processos revolucionários que garantiram a
independência do Peru e da Bolívia, fazendo dele um dos
grandes revolucionários da história sul-americana.

PRINCIPAIS FEITOS
Na Venezuela, Bolívar foi oficial do exército
revolucionário e participou de diversas batalhas de
libertação contra os espanhóis. Na Batalha de Boyacá,
que ocorreu em 1819, libertou a Colômbia do domínio
espanhol. E, na Batalha de Carabobo (1821) Bolívar
libertou a Venezuela.

PERSONAGENS IMPORTANTES
Um dos mais importantes para a sua criação foi Carlos
Palacios y Blanco, seu tio por parte de sua mãe.

A educação de Bolívar contou com os ensinamentos de


Simón Rodríguez e Andrés Bello, ambos importantes
intelectuais venezuelanos no começo do século XIX.
Durante a sua formação, ele ainda teve suas primeiras
lições militares aos 14 anos e, quando tinha 16 anos, foi
enviado para a Espanha para que pudesse continuar os
seus estudos.
Na Espanha, Simón Bolívar conheceu María Teresa del
Toro Alayza, uma espanhola que era filha de criollos
venezuelanos. Eles foram noivos de 1800 a 1802 e, então,
casaram-se em maio de 1802 em Madrid, na Espanha. Em
junho ambos foram para Caracas para residir nas
propriedades de Bolívar. Infortunadamente, María Teresa
ficou doente e morreu em janeiro de 1803 de febre
amarela.

DOM PEDRO I
D. Pedro foi uma das figuras mais importantes da história
brasileira e esteve envolvido em acontecimentos
marcantes. Herdeiro da dinastia Bragança, abriu mão do
seu direito de ocupar o trono português para assumir o
trono brasileiro. Uma das maiores curiosidades que
envolvem d. Pedro I é o seu nome completo, que ficou
bastante famoso por ser um nome consideravelmente
longo: Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos
Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga
Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon.

JUVENTUDE E FORMAÇÃO ACADÊMICA


Pedro de Alcântara nasceu em Lisboa, no dia 12 de
outubro de 1798. Era filho de d. João VI e d. Carlota
Joaquina, príncipe e princesa de Portugal na ocasião do
nascimento de Pedro (d. João VI e Carlota Joaquina só se
tornaram rei e rainha em 1816). O menino era o quarto
filho do casal (o segundo filho homem), mas acabou
tornando-se o herdeiro do trono português quando d.
Antônio de Bragança, seu irmão mais velho, morreu.

Ainda na infância, d. Pedro veio para o Brasil em


decorrência da transferência da Corte portuguesa para
cá. Isso aconteceu porque Portugal seria invadido por
tropas francesas e, para evitar ser prisioneiro de
Napoleão, d. João VI decidiu por mudar-se para o Rio de
Janeiro. Quando isso aconteceu, d. Pedro tinha nove anos
de idade.

No Rio de Janeiro, d. Pedro ficou instalado no Palácio de


São Cristóvão, local que abrigava o Museu Nacional –
recentemente destruído por um incêndio. Teve uma
instrução de qualidade, como era de praxe para membros
da realeza, embora os biógrafos afirmem que d. Pedro
era pouco dedicado aos estudos. Um de seus mestres, d.
Antônio de Arábida, acompanhou-o durante sua vida.

Na passagem da infância para a adolescência, d. Pedro


demonstrava uma provável hiperatividade, uma vez que
não conseguia ficar sem ter algum tipo de ocupação. Os
biógrafos de d. Pedro também reportam que ele sofria
com eventuais ataques de convulsão, causados por
epilepsia. A historiadora Isabel Lustosa afirma que
existem registros de 1811 que detalham convulsões
sofridas por d. Pedro I.

CONTEXTO INTERNACIONAL E NACIONAL


(INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E PRIMEIRO REINADO)

INDEPENDÊNCIA DO BRASIL: A relação de d. João VI e


d. Pedro I enfrentava alguns problemas. D. Pedro
respeitava seu pai, mas como sabia que d. João VI era
advertido por seus conselheiros a manter seu filho
afastado do governo, acabava criticando o comentava de
seu pai. Essa situação acabou sendo radicalmente
modificada por acontecimentos que se iniciaram em
Portugal.

Em 1820, eclodiu em Portugal a Revolução Liberal do


Porto, uma revolução de caráter liberal, organizada pela
burguesia portuguesa, para recolocar Portugal como o
centro administrativo do reino. Uma das exigências das
Cortes portuguesas (instituição política surgida com essa
revolução) foi o retorno imediato do rei para Portugal.
Por causa da pressão dos portugueses sobre d. João VI, o
rei jurou lealdade à Constituição portuguesa em 26 de
fevereiro de 1821. Nesse dia, o rei também pôs fim ao
afastamento de d. Pedro dos assuntos do governo, e isso
marcou o envolvimento do príncipe, politicamente
falando, com a crise que levou à independência do Brasil.

Em 7 de março, um decreto determinou que d. Pedro


seria regente do Brasil. No dia 23 de abril de 1821, outro
decreto estipulou quais eram as suas atribuições nessa
função. Esse decreto determinou que:

Ficava o príncipe com o direito de conferir cargos, postos


e condecorações. Estava autorizado até, em caso urgente,
a fazer a guerra ou a admitir tréguas. D. Pedro deliberaria
com o auxílio de quatro ministérios, do Reino e
Estrangeiros, da Guerra, da Marinha e da Fazenda […]. Em
caso de morte do regente, governaria d. Leopoldina, com
um Conselho de Regência.

Desse momento em diante, d. Pedro foi uma peça-chave


no decorrer dos acontecimentos que levaram à
independência do Brasil. Em 1821, a ideia de
independência não estava muito consolidada ainda, mas
a intransigência das Cortes e as tentativas de recolonizar
o Brasil mudaram esse quadro.
O acontecimento decisivo que mobilizou o movimento de
independência aconteceu em 29 de setembro de 1821,
quando ordens de Portugal exigiam o retorno do regente
para Lisboa e revogavam uma série de medidas
implementadas por d. João VI. Pedro de Alcântara estava
convicto de seu retorno a Portugal, mas sua esposa, d.
Leopoldina, atuou consideravelmente para convencê-lo a
ficar.

Paralelamente à ação da princesa, um grupo de


brasileiros – defensores da independência – começou a se
organizar em um movimento que exigia a permanência
do regente. Esse grupo, chamado Clube da Resistência,
formulou um documento argumentando o porquê de o
regente permanecer no Brasil e entregou a d. Pedro em
1º de janeiro de 1822.

Entre os dias 8 e 9 de janeiro, d. Pedro recebeu um


abaixo-assinado com 8 mil assinaturas de pessoas que
defendiam sua permanência no Brasil. Motivado por isso,
d. Pedro supostamente anunciou a frase que marcou o
Dia do Fico:

“Como é para bem de todos e felicidade geral da nação,


estou pronto; diga ao povo que fico.”
A relação com Portugal foi desgastando-se com o passar
dos meses. Entre agosto e setembro de 1822, existiam
três grupos com propostas diferentes para os rumos do
Brasil.

Os portugueses instalados aqui eram o primeiro grupo e


queriam que d. Pedro retornasse a Portugal e que as
decisões tomadas pelas Cortes fossem implantadas aqui.
O segundo grupo era liderado por Joaquim Gonçalves
Ledo e defendia a independência e a implantação de um
modelo republicano no país. O terceiro grupo era apoiado
por José Bonifácio de Andrada e Silva, pessoa de grande
influência sobre d. Pedro, e defendia a instalação de um
regime monárquico constitucional.

PRIMEIRO REINADO: Após a independência, seguiu-se


uma guerra interna contra aqueles que ainda eram leais a
Portugal. Dom Pedro foi aclamado como imperador do
Brasil, e sua coroação aconteceu em 1º de dezembro de
1822. Era necessário organizar o novo país, assegurar o
reconhecimento internacional e derrotar os que ainda se
recusavam a aceitar a independência.

O Primeiro Reinado ficou marcado pela vontade excessiva


do imperador de centralizar o poder. O autoritarismo de
d. Pedro I foi um problema que desgastou sua relação
com as elites do país, criou conflitos internos e levou-o a
renunciar ao trono em favor de seu filho em 7 de abril de
1831.

Os grandes acontecimentos que marcaram o Primeiro


Reinado foram:

Outorga da Constituição de 1824: d. Pedro não aceitou o


texto original da Constituição, que tinha ficado pronto em
1823. Ele queria ter poderes amplos e, por isso, ordenou
o cercamento e dissolução da Constituinte.

Confederação do Equador: revolta separatista e


republicana que eclodiu no Nordeste e foi duramente
reprimida a mando do imperador.

Guerra da Cisplatina: declarou guerra às Províncias


Unidas (atual Argentina) por conta da Revolta da
Cisplatina, que se iniciou em 1825. O envolvimento do
Brasil nessa guerra foi um erro, pois prejudicou a
economia, já bastante fraca do país, e aumentou o
número de insatisfeitos com o reinado de d. Pedro I.

O envolvimento de d. Pedro I com os assuntos a respeito


da sucessão do trono português e a sua vida privada
agitada reforçavam a insatisfação de muitos com seu
reinado. A situação ficou insustentável em 1831, quando,
durante uma viagem a Minas Gerais, espalhou-se um
boato de que o imperador planejava dissolver novamente
o Congresso.

Quando o imperador retornou ao Rio de Janeiro, os


ânimos estavam tão acirrados que uma briga generalizada
entre os defensores do imperador e seus opositores
iniciou-se e estendeu-se por dias, em março de 1831. O
imperador, pressionado, acabou renunciado ao trono no
dia 7 de abril de 1831 em favor de seu filho, Pedro de
Alcântara, futuro d. Pedro II.

PRINCIPAIS FEITOS
Foi ele quem declarou a Independência do Brasil em 7 de
setembro de 1822 e outorgou a primeira Constituição em
1824.

PERSONAGENS IMPORTANTES
Maria Leopoldina e José Bonifácio tiveram papel
fundamental nos acontecimentos de então. Quando as
Cortes portuguesas passaram a exigir o retorno de D.
Pedro a Portugal, José Bonifácio defendeu a autonomia
brasileira e convenceu os deputados brasileiros a apoiar a
permanência do príncipe no Brasil.
JOSÉ BONIFÁCIO
José Bonifácio foi um cientista e político brasileiro que
teve papel destacado no processo de independência do
Brasil. Nasceu em Santos, mas aos 20 anos de idade foi
para a Europa, tendo estudado em Coimbra e
desenvolvido uma carreira de cientista que durou mais de
30 anos. Atuou em importantes cargos do governo luso.

Retornou ao Brasil, aproximando-se de D. Pedro e sendo


figura importantíssima no processo de independência do
Brasil. Atuou como político no Primeiro Reinado, sendo
exilado em 1823 e retornando em 1829. Foi considerado
patrono da independência do Brasil pela sua importância
na independência brasileira.

JUVENTUDE E FORMAÇÃO ACADÊMICA


José Bonifácio de Andrada e Silva nasceu em Santos,
cidade no estado de São Paulo, no dia 13 de junho de
1763. O nome original dele era José Antônio, mas foi
alterado para José Bonifácio durante sua adolescência.
Pertencia a uma família de aristocratas de origem
portuguesa, sendo membro de uma das famílias mais
ricas da sua região. Os pais de José Bonifácio eram
Bonifácio José de Andrada e Maria Bárbara da Silva. Sabe-
se que o pai de José Bonifácio possuiu diversos empregos
públicos, além de possuir terras, negócios e escravos. Aos
14 anos de idade, José Bonifácio foi enviado por sua
família para São Paulo, cidade onde recebeu parte de sua
educação.

Em São Paulo, José Bonifácio teve aulas de diferentes


áreas do conhecimento, como Gramática e Filosofia, em
um curso que era ministrado por frei Manuel da
Ressurreição. Era um passo da preparação para que ele
conseguisse se matricular em uma universidade em
Portugal, já que no Brasil não existia nenhuma. Aos 20
anos, José Bonifácio foi para Portugal, matriculando-se na
Universidade de Coimbra para cursar Direito. Ao longo do
seu período em Coimbra, José Bonifácio também estudou
Matemática e Filosofia Natural. Teve uma formação
muito sólida, estudando com professores de diferentes
partes da Europa. Apesar disso, José Bonifácio foi um
crítico da qualidade do ensino em Coimbra.

No final da década de 1780, José Bonifácio tomou os


primeiros passos para dar início a uma carreira enquanto
cientista. Nos últimos anos daquela década, conseguiu
finalizar seus estudos em Direito e em Filosofia Natural,
ingressando também na Academia de Ciências de Lisboa.
Em 1790, realizou uma excursão pela Europa com
objetivo de aprofundar os seus conhecimentos.
Essa excursão foi realizada com recursos da Coroa
portuguesa, e nela José Bonifácio pôde estudar diferentes
áreas do conhecimento, como Química, Mineralogia,
Filosofia e História Natural. As viagens de José Bonifácio
pela Europa se estenderam por mais de dez anos, e
quando ele retornou para Portugal, em 1800, já era
reconhecido como um grande cientista.

De volta a Portugal, José Bonifácio passou a trabalhar


para a Coroa portuguesa. Atuou na Universidade de
Coimbra, trabalhou como intendente-geral das Minas e
Metais do Reinos, foi membro do Tribunal de Minas,
diretor das Casas da Moeda, Minas e Bosques e até chefe
de força policial ele chegou a ser. A situação crítica de
Portugal após a expulsão dos franceses fez com que ele
decidisse retornar ao Brasil.

CONTEXTO INTERNACIONAL E NACIONAL


(A LUTA DE JOSÉ BONIFÁCIO PELA INDEPÊNDENCIA)
A Revolução Liberal do Porto foi o evento que contribuiu
diretamente para o processo de independência do Brasil,
pois a elite liberal portuguesa desejava “recolonizar” o
Brasil, revertendo todas as medidas promovidas por d.
João VI durante o período em que ele residiu no Rio de
Janeiro. José Bonifácio era um defensor da aproximação
luso-brasileira.
Ele desejava que o Brasil mantivesse os seus laços com
Portugal, embora defendesse maior autonomia para o
Brasil por meio de um governo encabeçado por Pedro de
Alcântara. A intransigência dos portugueses na sua
relação com o Brasil acabou levando José Bonifácio e,
consequentemente, D. Pedro para o caminho da
independência.

Isso porque José Bonifácio teve grande proximidade com


D. Pedro durante todo o processo de independência,
influenciando-o consideravelmente. O conselheiro de D.
Pedro ainda conseguiu impor algumas de suas visões para
um Brasil independente: ele era defensor de uma
monarquia constitucional, embora desejasse maior
centralização política.

O nível de tensão entre Portugal e Brasil chegou ao ápice


em setembro de 1822, quando uma carta chegou de
Portugal exigindo o retorno imediato de D. Pedro. José
Bonifácio identificou a urgência dessa situação e enviou
as notícias para D. Pedro, em viagem para São Paulo. As
cartas vindas de Portugal também ordenavam a prisão de
José Bonifácio, e ele aproveitou a situação para incentivar
D. Pedro a declarar a independência do Brasil, o que
aconteceu em 7 de setembro de 1822, dia em que o
regente recebeu as cartas enviadas por José Bonifácio.
PRINCIPAIS FEITOS
-Especializou-se em Mineralogia, realizando trabalho
como cientista durante décadas.

-Retornou ao Brasil, envolvendo-se com a política e sendo


uma importante figura do processo de independência do
Brasil.

-Era defensor da abolição da escravatura e da


transformação do Brasil em uma monarquia
constitucional com poder centralizado.

PERSONAGENS IMPORTANTES
Os pais de José Bonifácio eram Bonifácio José de Andrada
e Maria Bárbara da Silva. Sabe-se que o pai de José
Bonifácio possuiu diversos empregos públicos, além de
possuir terras, negócios e escravos. Aos 14 anos de idade,
José Bonifácio foi enviado por sua família para São Paulo,
cidade onde recebeu parte de sua educação.

Em São Paulo, José Bonifácio teve aulas de diferentes


áreas do conhecimento, como Gramática e Filosofia, em
um curso que era ministrado por frei Manuel da
Ressurreição.

BENJAMIN FRANKLIN
Benjamin Franklin foi um dos grandes personagens da
história dos Estados Unidos, conhecido por diversas
funções ao longo de sua vida, como as de editor,
jornalista, cientista e diplomata. A dedicação de Franklin à
ciência e ao conhecimento fez dele um dos maiores
representantes do iluminismo nos Estados Unidos.

Ele ficou muito conhecido por seu papel na luta contra os


abusos da administração colonial, posicionando-se contra
a Lei do Selo e a favor dos revolucionários durante a
Revolução Americana. Também ganhou notoriedade com
a realização de experimentos importantes com a
eletricidade.

JUVENTUDE E FORMAÇÃO ACADÊMICA


Benjamin Franklin nasceu em Boston, no estado de
Massachusetts, nos Estados Unidos, no dia 17 de janeiro
de 1706. Ele era filho do inglês Josiah Franklin, um
fabricante e vendedor de velas que havia emigrado para
os Estados Unidos em 1682. Sua mãe chamava-se Abiah
Folger, a segunda esposa de Josiah.
Josiah Franklin teve, ao todo, 17 filhos em dois
casamentos, sendo Franklin o seu 15º filho. O casamento
de Josiah e Abiah resultou em 10 filhos, e nele Benjamin
foi o oitavo. Josiah fornecia uma vida simples a sua
família, mas tinha dinheiro suficiente para pagar por dois
anos de estudo para seus descedentes. Esse foi o tempo
de educação de Franklin, e seus estudos foram
financiados pela venda das velas na loja de seu pai.

Com 12 anos, Benjamin Franklin foi trabalhar como


aprendiz de tipógrafo, com seu irmão, James Franklin, em
um jornal de Boston, o New England Courant. Com o
tempo, ele começou a escrever pequenos artigos para o
jornal, chegando até a assumir a editoria durante um
período em que seu irmão esteve preso.

Com 17 anos, Benjamin mudou-se para a Filadélfia,


cidade localizada no estado da Pensilvânia. Lá ele
conseguiu um emprego como tipógrafo na empresa de
Samuel Keimer. Também conheceu o governador do
estado, sir William Keith, que o convenceu a ir a Londres
a fim de comprar uma impressora para inaugurar um
novo jornal no estado.
Sir William Keith havia prometido financiar as despesas
da viagem e da compra, e, então, Franklin partiu para a
capital inglesa em novembro de 1724. Em Londres,
Benjamin descobriu que as promessas do governador
eram vazias, fazendo com que ele precisasse trabalhar na
capital inglesa para sobreviver. Ele retornou aos Estados
Unidos em julho de 1726. A partir de 1728, Benjamin
Franklin abriu uma imprensa em parceria com Hugh
Meredith, e, no ano seguinte, os dois compraram o jornal
e a imprensa de Samuel Keimer, o antigo empregador de
Franklin. O jornal de Keimer chamava-se The Universal
Instructor in All Arts and Sciences and Pennsylvania
Gazette, e Franklin e Meredith renomearam-no como
Pennsylvania Gazette.

Nesse jornal, Franklin publicava uma série de notícias


obtidas de publicações inglesas, além de escrever artigos
com sátiras, opiniões políticas, piadas etc. Franklin,
geralmente, escrevia seus artigos por meio de
pseudônimos, e, com o tempo, o Pennsylvania Gazette
tornou-se em um dos principais jornais de toda a colônia.

Em 1731, Franklin abriu uma biblioteca na Filadélfia, na


qual as pessoas pagavam para pegar os livros
emprestados. Essa biblioteca ficou conhecida como
Library Company of Philadelphia, que ainda existe, sendo
uma das maiores dos Estados Unidos, contando com um
acervo de cerca de meio milhão de livros.

A biblioteca foi apenas uma das instituições criadas por


Franklin, ele ficou conhecido por ter um papel direto na
fundação do primeiro departamento de bombeiros da
Filadélfia, da Universidade da Pensilvânia, e de outras
instituições voltadas para ciência, política e mercado.

A partir de 1732, ele publicou um almanaque conhecido


como Poor Richard’s Almanack, uma publicação anual
que continha uma série de postagens, como notícias
sobre o clima, poemas, ensaios, previsões de astrologia, e
também uma série de provérbios que ficaram muito
conhecidos na cultura popular norte-americana.

Esse almanaque foi publicado até 1758 e melhorou


significativamente a condição financeira de Franklin. O
sucesso da publicação era tamanho que a quantidade de
vendas por ano era de aproximadamente dez mil cópias,
um número significativo para os Estados Unidos do século
XVIII. Outra publicação da autoria de Franklin foi o The
General Magazine and Historical Chronicle for all the
British Plantations in America, uma revista mensal. "Na
década de 1740, Benjamin Franklin tornou-se um
cientista. Em 1743, ele fundou a American Philosophical
Society, uma instituição voltada para o debate científico
com o intuito de promover a difusão das ideias e teorias
desenvolvidas por intelectuais. Em 1746, ele assistiu a um
experimento com eletricidade, em Boston, e tornou-se
aficionado no assunto.

O interesse de Franklin pela ciência fez com que ele


vendesse todos os seus negócios, e, em posse de uma
riqueza considerável, passou a dedicar mais tempo de sua
vida ao estudo científico, sobretudo na área da
eletricidade. Os estudos realizados por Franklin nessa
área levaram-no a concluir que a energia elétrica possui
uma carga negativa e positiva e também que os raios
eram um fenômeno elétrico.

Acredita-se que quanto a essa última conclusão, Franklin


obteve-a por meio de um experimento que ficou
mundialmente conhecido. Em 15 de junho de 1752, ele
conduziu um experimento com uma pipa durante uma
tempestade. Nisso, Franklin empinou a pipa com um fio
de metal e conectou esse fio a uma chave e a um
acumulador de carga elétrica. No fim, esse experimento
levou-o a concluir que os raios são um fenômeno elétrico
de grande intensidade.

Com base nisso, Franklin desenvolveu o para-raios. Ele


conseguiu demonstrar que duas barras de ferro ligadas ao
solo, e posicionadas do lado de alguma propriedade,
seriam condutoras de energia elétrica, caso fossem
atingidas por algum raio. O experimento de Franklin e a
comprovação de suas teorias garantiram-lhe prestígio
internacional.

Por isso, em 1753, ele foi eleito membro da The Royal


Society, uma instituição inglesa voltada para o
desenvolvimento científico. Essa mesma instituição
premiou-o com a Medalha Copley, dedicada àqueles que
realizam contribuições significativas para a ciência. Outras
de suas contribuições foi a invenção das lentes bifocais e
de um aquecedor muito comum nos Estados Unidos
(chamado de Franklin Stove).

CONTEXTO INTERNACIONAL E NACIONAL


(FRANKLIN COMO POLÍTICO
E
A
REVOLUÇÃO AMERICANA)

FRANKLIN COMO POLÍTICO: Na década de 1750,


enquanto realizava seus estudos científicos, Franklin
ingressou na carreira política, tornando-se membro eleito
da Assembleia da Pensilvânia. Seu primeiro evento de
grande destaque nesse cenário foi liderar uma delegação
enviada para o Congresso de Albany. Esse congresso
reuniu representantes das colônias inglesas para que
pudessem discutir meios de melhorar as relações com os
indígenas e de defenderem-se dos franceses, por conta
da Guerra Franco-Índia.

Essa conferência foi organizada em junho, e, nela,


Benjamin Franklin propôs a união de todas as colônias
inglesas, sob o governo de um presidente nomeado pelo
rei inglês, como forma de agregar forças contra os
franceses. A ideia de Franklin não foi bem-vista pelo
governo da Inglaterra, que a entendia como um
precedente perigoso para a independência.
Representantes de outras colônias também a rejeitaram,
temendo que ela pudesse transformar-se em menos
autonomia.

Em 1757, Benjamin Franklin foi enviado para Londres


como representante de uma missão da Assembleia da
Pensilvânia, visando resolver desentendimentos dos
membros da Assembleia com a família Penn, herdeira do
fundador da Pensilvânia. Ele retornou aos Estados Unidos
em 1764, mas, no mesmo ano, foi novamente enviado
para Londres.
A segunda estadia de Franklin em Londres estendeu-se
por nove anos, e, nesse período, ele presenciou o
afastamento entre colônia e metrópole a partir da década
de 1760. Em 1765, ele foi contra a Lei do Selo, que
determinava que, nas Treze Colônias, os documentos em
papel, como contratos, jornais, documentos públicos etc.,
deveriam conter um selo que seria pago às autoridades
inglesas. Essa lei teve tanta rejeição nas colônias na
América do Norte que, em março de 1766, ela foi
revogada.

À medida que as relações dos colonos com a Inglaterra


pioravam, Franklin atuou como porta-voz deles, alegando
que já pagavam muitos impostos para a metrópole e que
não era justo que mais cobranças fossem criadas. Como
seus esforços para conciliar a situação não estavam sendo
suficientes, decidiu retornar para a Pensilvânia em 1775.

REVOLUÇÃO AMERICANA: Na década de 1770, a


relação entre colonos e a Inglaterra estava bem ruim,
principalmente por conta dos altos impostos que o
Parlamento inglês impunha sobre as Treze Colônias. Logo
após chegar aos Estados Unidos, a Assembleia da
Filadélfia elegeu Franklin para ser o representante da
colônia no Segundo Congresso Continental da Filadélfia.
Nesse congresso ficou decidido pela independência dos
Estados Unidos, e Franklin fez parte de um comitê
formado por cinco pessoas que teve participação na
elaboração da Declaração de Independência dos Estados
Unidos. A Declaração de Independência norte-americana
foi redigida por Thomas Jefferson, mas Benjamin Franklin
foi um dos que propuseram modificações antes da versão
final do documento.

O papel de Franklin nesse documento fez com que ele


ficasse reconhecido como um dos pais fundadores dos
Estados Unidos. Para saber mais sobre esse importante
movimento da história estadunidense, leia: Revolução
Americana.

PRINCIPAIS FEITOS
Franklin não apenas teve uma importante participação na
revolução americana, mas, também teve grandes feitos
no seu conhecimentos científico fazendo grandes
invenções, sendo as mesmas:
 Dentre as criações está o para-raios.
 Aquecedor.
 Cartum.
 Cateter flexível.
 Corrente do Golfo (Gulfstream)
 Lentes bifocais.
 Pés de pato.
 Invenção do para-raios.
PESSOAS IMPORTATES
Benjamin Franklin era filho de Josiah Franklin, um inglês
que emigrou para os Estados Unidos em 1683. O pai de
Franklin trabalhava como fabricante de velas, vendendo-
as em sua pequena loja. Sua mãe se
chamava Abiah Franklin e foi a segunda esposa de Josiah.
Desse casamento, nasceram dez filhos, sendo Benjamin o
oitavo de Abiah e o décimo quinto de Josiah. Um de seus
irmãos mais velhos, James Franklin, era impressor e tinha
trabalhado no The Boston Gazette, tornando-se depois
proprietário de seu próprio jornal, o New England
Courant. No Courant, Benjamin chegou a assumir a
editoria do jornal em um período em que seu irmão
esteve preso e escreveu alguns artigos.
Problemas de relacionamento com seu irmão James
fizeram Benjamin Franklin abandonar o Courant e mudar-
se para a Filadélfia, cidade localizada na Pensilvânia. Lá
ele conseguiu emprego como impressor na loja
de Samuel Keimer. Na Filadélfia, Franklin conheceu o
governador da colônia, sir William Keith.
Franklin e Keith aproximaram-se e o governador da
Pensilvânia incentivou Franklin a abrir o seu próprio
negócio. Franklin recebeu promessas de uma carta de
crédito para que comprasse equipamentos em Londres
para abrir sua própria gráfica. Baseado nessa promessa,
Franklin foi a Londres, mas, chegando lá, descobriu que as
promessas do governador eram falsas.
A preguiça anda tão devagar que a pobreza
facilmente a alcança.
-BENJAMIN FRANKLIN

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