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Introdução ..................................................................................................................................... 2
Conceito de Estado Moderno ....................................................................................................... 3
Estado e administração pública .................................................................................................... 5
Modelos de administração pública ............................................................................................... 7
Modelo patrimonial ...................................................................................................................... 8
Modelo Burocrático .................................................................................................................... 10
Reforma do Estado ...................................................................................................................... 11
Conclusão .................................................................................................................................... 13
Bibliografia .................................................................................................................................. 14
Introdução
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Conceito de Estado Moderno
Em diferentes concepções teóricas, o Estado é encarado como uma instituição que pode
ser definida a partir da sua dimensão sociológica, política ou jurídica. A maior parte dos
conceitos apresentados baseia-se nas condições necessárias que compõem sua noção,
designadamente a população, território e poder político. Neste sentido, o Estado surge
como um termo usado para definir o conjunto de instituições adotadas como mecanismo
dearticulação entre a população e o poder político, dentro de uma superfície territorial
previamente delimitada. A presença de tais elementos constituintes está implícita na
definição apresentada por Azambuja, segundo a qual.
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No entanto, Weber (2004) adverte que, do ponto de vista sociológico, não se pode definir
o Estado em função dos seus fins, mas pelo uso da coação física. De forma semelhante
aos agrupamentos políticos que historicamente o precederam, o Estado consiste em uma
relação de dominação do homem sobre o homem, fundada no instrumento da violência
legítima (ou considerada legítima). Este autor considera o Estado como a instituição
social responsável pelo monopólio desse tipo de violência, baseada no uso da força
impregnada no aparato político-administrativo. É por esse motivo que, a uma associação
de dominação denominamos de associação política, quando e na medida em que sua
subsistência e a vigência de suas ordens, dentro de um determinado território geográfico,
estejam garantidos de modo contínuo mediante ameaça e a aplicação de coação física por
parte do quadro administrativo.
Portanto, as modificações que o aparato estatal tem apresentado revelam que, o Estado é
uma estrutura política que varia no decurso do processo histórico, daí que sempre se
buscou entendê-lo. Essa atenção que recai sobre o Estado pode estar associada ao fato
deste ter exercido, progressivamente, influência sobre a vida econômica e social. E com
a sua evolução, ganhou uma amplitude cada vez maior, tornando-se um sistema complexo
devido à necessidade de se rever critérios e processos de seu funcionamento.
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profundidade, de tal jeito que mesmo agora fornecem fundamentos indispensáveis à
formulação de princípios e de conclusões quanto aos complexos problemas atuais.”.
Na idade média, marcada pela supremacia da igreja católica, o trabalho intelectual era
feito pelos doutores católicos e, na idade moderna as reflexões eram feitas sobre o Estado
na senda de orientações ignoradas e até revolucionárias. Na idade contemporânea, onde
aparecem as Constituições escritas, um número significativo de estudiosos passou a
examinar o Estado, imprimindo-lhe uma verdadeira renovação, abrindo outras
perspectivas para os interessados em geral.
As relações entre o Estado e a administração pública estão cada vez mais revigoradas, por
meio da intrínseca complementaridade entre seus órgãos, o que contribui para intensificar
a confusão entre os dois aparatos. No contexto do Estado racional moderno, a
administração pública e a burocracia racional-legal caminham juntas (PRATES, 2007),
com o intuito de responder às demandas emanadas do ambiente social, por meio de suas
estruturas institucionais. Por conseguinte, o exercício das funções básicas e, ou sociais do
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Estado, com vista à efetivação de políticas públicas, é garantido através de órgãos de
administração pública que corporizam o aparelho burocrático.
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Entretanto, os processos evolutivos do Estado evidenciam a existência de modelos,
através dos quais a máquina estatal se estruturou para poder funcionar adequadamente e
garantir a realização de sua missão. Dentro do conceito mais amplo da reforma do aparato
estatal, os modelos patrimonial, burocrático e gerencial de administração pública são os
que mais se destacaram. Por ora, são apresentadas as particularidades de cada um deles e
os fatores que motivaram as tentativas de sucessão do patrimonialismo e da burocracia.
O que tem sido denominado de administração pública sofreu, ao longo da evolução das
organizações sociais, profundas e importantes mudanças no que concerne ao modelo que
estabelece as diretrizes do seu funcionamento. Caiden (1991), revela que existe uma
relação intrínseca entre os momentos político paradigmáticos e os modelos de gestão
pública. Neste sentido, as reformas, operadas no seio do aparato estatal, pressupõem a
reestruturação administrativa com base num determinado paradigma estatal, visto que a
administração pública é responsável pelo funcionamento das instituições do Estado na
sua globalidade. Assim, em estreita ligação com a modernização das instituições estatais,
a administração do Estado evoluiu baseando-se em três modelos: administração pública
patrimonial, burocrática e gerencial. Todavia, durante o processo de sucessão destes
modelos, nenhum deles foi inteiramente abandonado. Aliás, mesmo com a emergência da
administração burocrática, no início do século XX, algumas práticas patrimonialistas
mantiveram-se. A partir da segunda metade do século XX, emerge a concepção gerencial
da administração pública, mas certos aspectos peculiares à administração do tipo
patrimonialista e muitos referentes ao modelo burocrático prevalecem.
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organizações de acordo com o consenso alcançado. A formação de instituições vinculadas
à administração pública e seu desenvolvimento obedecem a modelos “seqüenciais” que
sugerem variabilidade na forma de estruturação e funcionamento da administração
pública, fazendo com que certos padrões comportamentais da sociedade se sujeitem, com
maior intensidade, a avaliação crítica, a modificações e até a eliminação a favor de
outro(s). Ou seja, os modelos variam em termos de sua estabilidade e de seu poder de
determinar comportamentos. As forças ambientais são determinantes no estabelecimento
das estruturas que advém desse processo. Por isso, os modelos foram sendo modificados,
gradualmente, de acordo com o contexto social vivido.
Portanto, para administrar a coisa pública, as sociedades conheceram na sua trajetória três
grandes modelos. Na fase inicial, a gestão pública foi feita a partir de pressupostos
patrimonialistas que, no decorrer do tempo, foram suplantados pela burocracia. Nos dias
que correm, esta forma de administração está sendo questionada, daí a tentativa de sua
substituição pelo gerencialismo para responder às principais demandas da sociedade.
Enfim, a compreensão de cada uma das propostas teóricas sobre o processo administrativo
poderá ser facilitada com a descrição que se segue.
Modelo patrimonial
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princípios. Entretanto, no que tange à concentração do poder discricionário, o
patrimonialismo supera o feudalismo.
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Estado moderno possibilitou a separação nítida entre a esfera pública e privada. A
estruturação do aparato administrativo, em moldes atuais, desenvolveu-se paralelamente
ao processo de formação desse Estado, assentando-se no sistema burocrático.
Modelo Burocrático
Este padrão organizacional e funcional, cujos alicerces são a hierarquia rígida e normas
impessoais, onde prevalece o controle dos procedimentos em detrimento dos resultados,
constitui o modelo burocrático, comumente designado de Administração Burocrática.
Como alternativa, foi formulada e está sendo implementada, em vários lugares, a chamada
administração pública gerencial para tentar minimizar a incapacidade das instituições
públicas de se adaptarem às crescentes transformações sociais e econômicas.
No século XX, quando “o Estado ampliou seu papel social e econômico, a estratégia
básica adotada pela administração pública burocrática – o controle hierárquico e
formalista dos procedimentos – provou ser inadequada”. A atuação administrativa do
Estado tem sido lenta e insatisfatória para atender as demandas emergentes das
necessidades sociais, tal fato justifica a revisão e reformulação do aparato estatal e do seu
modelo administrativo . Por esta razão, a agenda atual procura transformar o modelo
burocrático de intervenção em um voltado para a performance, com mais liberdade de
ação por parte dos agentes públicos . A rigidez da burocracia afetou, significativamente,
o seu desempenho e trouxe problemas crônicos, ao setor administrativo, tais como:
“centralização, burocratização excessiva e a inexorável propensão dos governos e de sua
burocracia para expandir seu tamanho e aumentar gastos”.
Modelo Gerencial
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de se constatar o desgaste do modelo burocrático weberiano, foram levadas a efeito várias
discussões que buscavam identificar novas formas de administração para substituí-lo.
Neste sentido, as soluções para a crise de governabilidade, resultantes da burocracia, e
aos desafios criados pela globalização, deixaram de se concentrar na esfera econômica e
estenderam-se ao modelo político e administrativo.
Reforma do Estado
Estado quase sempre foi envolvido por alterações razoavelmente modestas, ao invés de
revisões maiores que acontecem para inovar e renovar o seu aparato governamental. E
em contraposição dos processos permanentes e incrementais que o aparelho de Estado
tem sofrido, há momentos históricos derivados de conjunturas específicas internacionais
ou nacionais, ou ambos, através dos quais decorrem rupturas de maior envergadura e que
podem ser denominadas de “Reforma do Estado”. Essas adaptações revelam que
“qualquer Estado e ambiente institucional, social e político, é sensível às idéias, à pressão
e ao ambiente interno e externo” . As reformas atingem todos os Estados, todavia
diferenciam-se “pela tradição histórica de cada país e pela forma de interdependência que
cada um deles tem na sua vinculação com os outros”.
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parceria muito mais efetiva entre a sociedade e o Estado, através de uma estrutura
administrativa voltada para o cidadão, no âmbito da democratização.
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Conclusão
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Bibliografia
www.google.com
www.wikepia.org.com
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