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Munidos deste novo conceito, podemos alongar o olhar sobre a história dos povos e
perceber a longa trajetória das nações que fizeram a transição do governo institucional para o
governo constitucional. A leitura revela que a monarquia absolutista foi obrigada a dar o lugar
para a república constitucional. Muitas lutas, muito sofrimento e muito sangue foram
necessários para converter o antigo estado legal para o Estado Democrático Constitucional. Há
quem diga que a democracia é um problema e que precisamos de governos fortes. Esquecem
que governo forte é um governo constitucional. Quem pensa o contrário, é por que ignora as
lições da história e não se dá conta de que mesmo a pior democracia é preferível, quando
comparada com o melhor regime autoritário. Quem tiver dúvidas, deve ler reportagens sobre
Cuba, sobre a Rússia Stalinista, sobre a China de Mao Tse Tung e outros regimes similares.
Quando voltamos o olhar para o aqui e agora, nos enche de preocupação, o que vem
ocorrendo em nosso País. (Não é "neste" País; mas em "nosso" País).
Quem pesquisar, descobrirá que o Executivo Federal editou um decreto para distribuir e
legalizar a propriedade dos quilombos para os quilombolas. Estudos antigos dão conta de que
havia uns 500 quilombos no Brasil. Pois já apareceram já mais de 5 mil. E quem é quilombola?
Segundo o decreto, é quilombola quem disser que é quilombola. Resultado: estão pretendendo
dar propriedade a quilombolas auto-declarados de áreas que perfazem extensão maior do que
o Estado de São Paulo.
Como ficam os seus direitos, se alguém chegar e disser que sua casa está em cima de um
terreno que era de um quilombo à 300 anos atrás?
Antes que seja tarde, precisamos sensibilizar nossos representantes a resistir à tentação
de vender seu apoio, sua consciência, sua alma, seu voto, sua liberdade.
Ainda somos livres para semear, mas dependendo do que estamos plantando, poderemos
ser obrigados a colher no futuro, as graves conseqüências das nossas ações e omissões do
presente.
Paulo H. Wedderhoff