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5. Princípios
Importância e relevância: o direito administrativo não é codificado
a) Supremacia do interesse público sobre o particular: conflito de interesses entre o público e o
particular, prevalecerá o interesse público. Importante: prevalecerá o interesse público primário
(verdadeiro interesse da coletividade) e não secundário (interesse da administração, ou as vezes do
administrador). Exceções: direitos e garantias fundamentais constitucionais e o princípio da legalidade;
b) Indisponibilidade do interesse público primário: ele é indisponível e irrenunciável;
Estes 2 princípios são os basilares do direito administrativo;
Não estão previstos explicitamente na CF, aparecem no art. 2º da Lei nº. 9.784/99;
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OAB 140º - 1ª Fase – Extensivo Semanal
Disciplina: Direito Administrativo
Professor Alexandre Mazza
Data: 19/08/2009
* Publicidade ≠ publicação. Publicar é uma das formas de dar publicidade, mas não é a única;
e) Eficiência: além da atuação legal/moral tem que ser eficiente, que é fazer o melhor com os recursos
disponíveis;
7. Outros Princípios
a) Razoabilidade/proporcionalidade (art. 5º, LXXVIII, CF). Podem ser apreciadas pelo poder judiciário,
pois estão relacionados com legalidade;
b) Autotutela: a administração pública deve controlar/tomar conta de seus próprios atos. A administração
vai: revogar atos inconvenientes e inoportunos (efeito “ex nunc”); e anular ou invalidar atos ilegais (efeito
“ex tunc”).
Ler Súmula: 473 STF
Lei 9784/99: artigos 53,54 e 55
Controle externo sobre a administração (art. 71, CF):
O poder judiciário vai anular e invalidar (efeitos “ex tunc”). O judiciário no controle externo não pode
entrar no mérito administrativo (razões de conveniência e oportunidade), ele só pode anular quando
estiver exercendo controle externo. O judiciário pode anular tanto os atos vinculados, quanto os
discricionários, sempre em relação a legalidade;
8. Elementos
São necessários para que o ato exista (plano de existência).
b) motivo: razões de fato e de direito que autorizam a prática do ato -> Teoria dos Motivos
Determinantes.
d) finalidade: bem tutelado (o que eu quero proteger); amplo (interesse público) / restrito.
c) auto-executoriedade: permite que atos administrativos sejam executados sem necessitar da anuência
do Judiciário.
Obs: o motivo dado a um ato vincula a validade deste ato; se o motivo é falso ou inexistente, o ato é
inválido.
Objeto:
lícito
moral
possível
determinado
Ato jurídico deve ter: competência (ex.: eu), forma (ex.: contrato) e objeto (ex.: carro).
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OAB 140º - 1ª Fase – Extensivo Semanal
Disciplina: Direito Administrativo
Professor Alexandre Mazza
Data: 19/08/2009
LEGISLAÇÃO:
1. CF – artigos 37 a 41
2. Lei 8666/93 – Licitação e Contrato
3. Lei 9704/99 – Processo Administrativo Federal
4. Lei 8987/95 – Concurso e Permissões
5. Lei 8112/90 – Servidor Público
6. Lei 8429/92 – Improbidade Administrativa
2. (OAB/CE. 1999) Com relação aos princípios constitucionais da Administração Pública é correto
afirmar que:
a) o princípio da legalidade comporta exceção, no caso de ato discricionário.
b) são aplicáveis aos três níveis de governo da Federação,
c) o desvio de finalidade implica em ofensa ao princípio da publicidade.
d) são aplicáveis apenas ao Poder Executivo da União.
3. (OAB/SP 126º) A expressão não se abatem pardais disparando canhões pode ser aplicada para
sustentar que a atuação do administrador público deve observância ao princípio da:
a) razoabilidade, visto que o mérito dos atos discricionários do Poder Executivo nunca são controlados
pelo Poder Judiciário.
b) proporcionalidade, como uma das medidas de legitimidade do exercício do poder de polícia.
c) proporcionalidade, que, no devido processo legal, enseja relação de inadequação entre a sanção
aplicada e o fim público visado.
d) proporcionalidade ou da razoabilidade, ambos os critérios de ponderação para permitir a competência
discricionária ilimitada do Estado.
Gabarito: 1. A; 2. B; 3. B; 4. D.
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