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PLANO DE TRABALHO

TEORIAS DO SUJEITO NA FILOSOFIA E NO DIREITO: QUAL É O PAPEL


DOS AFETOS?

Professora: Mariana Pimentel Fischer Pacheco

EMENTA
O curso (8 horas/aula) tem como objetivo impulsionar uma discussão sobre teorias do
sujeito na filosofia e no direito. Em especial, debateremos a recepção no campo do
direito do modelo kantiano de sujeito abstrato (livre na medida em que é capaz de frear
paixões e afetos) e colocaremos em questão a possibilidade de pensarmos, hoje, sobre
outros modelos de subjetividade. O juiz pode levar em conta o papel de seus afetos?
Considerar os afetos daquele que decide impede que as decisões sejam tomadas de
maneira imparcial? O Estado deve intervir na vida afetiva dos cidadãos?

OBJETIVOS GERAIS
Impulsionar um debate sobre as teorias do sujeito na filosofia e no direito de maneira a
colocar em questão a produtividade dos afetos nos dois campos

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
- Discutir o modelo de sujeito kantiano (um sujeito racional e livre de afetos)
- Apresentar críticas de base hegeliana à concepção kantiana de sujeito
- Debater a recepção de Kant na história das ideias jurídicas
- Expor novas concepções de sujeito de direito
- Discutir o papel dos afetos na atividade do juiz

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
1) Teorias do sujeito na filosofia. O sujeito kantiano. Crítica hegeliana a Kant: qual é o
papel dos afetos? O debate atual entre kantianos e hegelianos. A psicanálise pode nos
ajudar a pensar a produtividade dos afetos? Hegel e a psicanálise na
contemporaneidade.
2) Teorias do sujeito de direito. Influencia kantiana na história das ideias jurídicas: de
Savigny a Habermas. É possível reconstruir, hoje, uma teoria do sujeito de direito? Qual
é o papel dos afetos na atividade do juiz? Neutralidade ou imparcialidade? Estado deve
intervir nos afetos?

BIBLIOGRAFIA
HABERMAS, Jürgen. Direito e Democracia: entre Facticidade e Validade. Entre
facticidade e validade, v. 1. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997
HESPANHA, Antonio Manuel. Cultura Jurídica Europeia: Síntese de um Milênio.
Coimbra: Almedina, 2017.
HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento – A gramática moral dos conflitos
sociais. São Paulo: Ed. 34, 2003a.
FISCHER, Mariana Pimentel. “Honneth e a pulsão: sobre as razões e as consequências
para a crítica social da rejeição honnethiana à pulsão de morte freudiana”. Psicologia
USP, V. 27, n 1, 2016, p 78-85. Disponível em:
http://www.scielo.br/pdf/pusp/v27n1/1678-5177-pusp-27-01-00078.pdf Data do
acesso: 12/06/17

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