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Elsa António Lenço


Gabriel Francisco Sigome
José Carlitos
Rosito Rozéculo Cordeiro

A Organização e sua Estrutura

Licenciatura em Administração e Gestão da Educação 1º anoTurma:Única

Universidade Pedagógica
Gurué, Março de 2018
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Elsa António Lenço

Gabriel Francisco Sigome

José Carlitos

Rosito Rozéculo Cordeiro

A organizacao e a sua Estrutura

Introdução a Administração,
Cadeira leccionada por:
Tutor de especialidade
Dr. Nelson Patia

Tutor local:
dr.Ângelo Tinente Trabão .

Este trabalho é de carácter avaliativo

Universidade Pedagógica
Gurué, Março de 2018
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Índice
Introdução ...........................................................................................................................................4
Organização ..........................................................................................................................................5
Conceito de Organização ......................................................................................................................5
Importância das Organização............................................................................................................6
A complexidade das organizações ....................................................................................................7
Características das organizações complexas .....................................................................................7
Objectivos das organizações .............................................................................................................8
As diferentes eras das organizações......................................................................................................8
Era da Industrialização Clássica (1900 -1950)..................................................................................8
Era da Industrialização Neoclássica (1950 – 1990) ..........................................................................8
Era da Informação (início de 1990 até aos nossos dias)....................................................................9
Tipos de Organizações..........................................................................................................................9
Classificação Categórica das Organizações ..........................................................................................9
Semelhanças e Diferenças entre as Organizações...............................................................................11
Semelhanças ...................................................................................................................................11
Diferenças .......................................................................................................................................12
Elementos Caracterizadores das Organizações ...................................................................................12
Os participantes das organizações.......................................................................................................13
A tecnologia das organizações........................................................................................................14
Estrutura das organizações..................................................................................................................15
Estrutura organizacional (organograma).........................................................................................16
Amplitude de controlo ........................................................................................................................17
Tipo de estrutura .................................................................................................................................17
Estrutura mecanicista ......................................................................................................................17
Estrutura orgânica ...........................................................................................................................17
Conclusão ...........................................................................................................................................18
Bibliografia .........................................................................................................................................19
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Introdução

O presente trabalho procurou identificar e explicar a origem das organizações, seu conceito
,a sua tipologia, estrutura bem como a sua importância para o individuo e para a sociedade
na qual esta inserido e os respectivos objectivos da ,estão ainda abordados, as organizações
formais e informais ,suas diferenças , semelhanças e as respectivas características. Para
além das consultas, foi criado um debate aberto entre os elementos do grupo onde cada um
apresentava a sua opinião em função das suas experiencias do dia-a-dia.

Objectivo geral

Conhecer a organização e sua estrutura

Objectivos específicos

Definir o conceito de organização;

Identificar os tipos de organização;

Distinguir os tipos de organização;

Identificar as semelhanças e diferenças existentes nos tipos de organização;

Identificar a estrutura de uma organização e seus tipos.


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Organização

Conceito de Organização
De certeza que no seu dia-a-dia você fala e já ouviu falar do termo organização. O que será,
então, uma organização?
Do grego ‘organon’ organização significa instrumento, utensílio. Santos (2008) definem
organização como o conjunto de duas ou mais pessoas trabalhando juntas e de modo
estruturado e coordenado para alcançar um objectivo específico ou um conjunto de
objectivos.
A organização segundo o Maximiano (1993),e uma combinação de esforços individuais que
tem por finalidade realizar propósitos colectivos. Por meio de uma organização torna-se
possível perseguir e alcançar objectivos que seriam inatingíveis para uma pessoa. Uma
grande empresa ou uma pequena oficina, um laboratório ou o corpo de bombeiros, um
hospital ou uma escola são todos exemplos de organizações ou mega-organizacoes.

Segundo Robbins(1990),a organização e uma entidade social conscientemente coordenada


ou liderada, com uma fronteira relativamente indentificavel,que funciona numa base
relativamente continua para alcançar um objectivo e ou objectivos comuns. Por outras
palavras, a organização é um sistema de actividades conscientemente coordenadas de duas
ou mais pessoas. A cooperação entre as pessoas é essencial para a existência da organização.
Uma organização só pode existir se existem pessoas capazes de se comunicar e que estejam
dispostas a contribuir com acções conjuntas, a fim de alcançarem um objectivo comum ou
vários objectivos. Ou seja,Bilhim (1996, citado por Santos, 2008, p.12) define organização
como “uma entidade social, conscientemente coordenada, gozando de fronteiras
relativamente bem delineadas”, a qual funciona numa base relativamente contínua e
caracteriza essencialmente por:
 Ser composta por duas ou mais pessoas;
 Existir cooperação entre os membros da organização;
 Coordenar as acções da organização de maneira formal;
 Ter em vista o alcance de determinados objectivos;
 Existir diferenciação de funções;
 Ter uma estrutura hierárquica; e
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 Existirem fronteiras relativamente ao meio envolvente (Santos, 2008).

Razões de Surgimento das Organizações


Efeitos de Sinergia: o trabalho da organização é superior que a soma das tarefas executadas
individualmente. Entretanto, existe sinergia quando duas ou mais causas produzem,
actuando conjuntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produzem actuando
isoladamente.
Propósitos da Organização
Genericamente, uma Organização tem como propósitos a Produção de Bens e Prestação de
Serviços com vista a satisfação das necessidades individuais e da sociedade.

Importância das Organização


Todo o ser humano vive numa organização ou pertence a uma ou mais organizações. Pense
um pouco e aponte pelo menos duas importâncias das organizações na sua visão. O
surgimento das organizações está associado à necessidade que os indivíduos têm de se
unirem para atingir um determinado objectivo. De uma forma geral, elas são importantes
para a sociedade e para o indivíduo. A seguir, apresentamos pelo menos quatro aspectos que
denotam a importância das organizações para as pessoas e certamente para si também:
As organizações servem a sociedade – as organizações são importantes porque são
instituições que reflectem alguns valores e necessidades culturalmente aceites. Elas
permitem que vivamos juntos de modo civilizado, e que realizemos objectivos enquanto
sociedade, transformando o mundo num lugar melhor, mais seguro e mais agradável de se
viver;
As organizações geram sinergias – o esforço de uma pessoa é mais valioso combinado
com os esforços dos outros. Mesmo que um indivíduo sozinho pudesse fazer tudo o que as
organizações fazem para produzir um produto (o que é difícil acreditar), ele jamais poderia
fazê-lo tão rapidamente.
As organizações preservam o conhecimento – sabemos através da história que
dependemos dos registos das realizações passadas como uma base de conhecimento sobre a
qual possamos construir ou adquirir mais conhecimentos e chegar a melhores resultados.
Sem esses registos a ciência e outros campos de conhecimento ficariam imobilizados.
As organizações proporcionam carreiras – as organizações são importantes porque
proporcionam aos seus empregados uma fonte de sobrevivência e, dependendo do estilo e da
eficácia dos seus administradores, até mesmo a satisfação e auto-realização pessoal. A
maioria dos indivíduos tende a associar oportunidades de carreiras com corporações
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empresariais, mas na verdade, muitas organizações como igrejas, repartições públicas,


escolas e hospitais também oferecem carreiras compensadoras. Você sabe que para alguém
ser Director por exemplo, é preciso que ele/ela esteja integrado numa determinada
organização onde vai aprender a fazer coisas, realizar tarefas, revelar as suas
qualidades profissionais e depois ser destacado como chefe dos outros.

A complexidade das organizações


As organizações existem para cumprir objectivos que os indivíduos isoladamente não podem
alcançar em face de suas limitações individuais .Existem variedades de organizações:
industriais, económicas, comerciais, religiosas, militares, educacionais, sociais, políticas,
etc. As organizações influenciam na vida das pessoas, porque delas dependem (vivem,
vestem, compram, trabalham, alimentam-se). Também as organizações são influenciadas
pelos modos de pensar, sentir e agir das pessoas. Na medida que as organizações são bem
sucedidas elas tendem a crescer. O seu crescimento faz-se pelo aumento do número de
pessoas e de recursos. Para que esse volume possa ser administrado, há um acréscimo do
número de níveis hierárquicos. “À medida que o número de níveis hierárquicos aumenta,
ocorre um gradativo distanciamento entre as pessoas e os seus objectivos e a cúpula da
organização e os seus objectivos organizacionais. E esse distanciamento conduz à existência
de conflitos entre os objectivos organizacionais e individuais” (Chiavenato, 2006, p. 26).

Características das organizações complexas


Chiavenato (2003) apresenta as seguintes características:
Complexidade estrutural - “refere-se à diferenciação horizontal e vertical. À medida que
ocorre a divisão de trabalho, aumenta a complexidade horizontal da organização. À medida
que os níveis verticais surgem com a hierarquia para melhor controlo e regulação, aumenta a
complexidade vertical. Este alongamento e achatamento da estrutura, geralmente, torna a
interacção entre as pessoas indirecta” (Chiavenato, 2006, p.27);
Anonimato – A ênfase nas organizações complexas é colocado sobre as tarefas ou
operações e não sobre as pessoas. O importante é que a operação seja executada, não
importando por quem;
Rotina padronizada - para operar procedimentos e canais de comunicações;
Tendência de desenvolver grupos informais - que passam a funcionar em paralelo com a
estrutura formal;
Tendência à especialização e à proliferação de funções – separação das linhas de
autoridade formal das de competência profissional ou técnica; e
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Tamanho – têm um porte final que decorre do número de participantes e de órgãos que
formam a sua estrutura organizacional. As organizações, como você acabou de ver, são
complexas e diferentes. Não existem organizações iguais. As organizações de hoje são
diferentes das de ontem e, provavelmente, amanhã apresentarão diferenças bem maiores,
Chiavenato (2006, pp. 28-30), apresenta as seguintes eras das organizações: Era da
Industrialização Clássica, Era da Industrialização Neoclássica e era da Informação.

Objectivos das organizações


Os participantes de uma organização reúnem-se no sentido de obter determinados efeitos
com as suas acções conjuntas, que individualmente não seriam possíveis. Tais efeitos
constituem os fins desejados, isto é, os objectivos da organização. As organizações têm
vários objectivos destacando-se a lucratividade, boas relações com os empregados, e outros.

As diferentes eras das organizações

Era da Industrialização Clássica (1900 -1950)


Período da industrialização que teve início com a Revolução Industrial.
Neste período a estrutura organizacional caracterizou-se pelo seguinte:
 Formato piramidal e centralizador;
 Departamentalização funcional;
 Modelo burocrático;
 Centralização das decisões no topo;
 Estabelecimento de regras e regulamentos internos para disciplinar o
comportamento dos participantes;
 As pessoas eram consideradas recursos de produção juntamente com outros
recursos organizacionais e por essa razão a concepção administrativa era
denominada relações industriais; e cultura organizacional voltada para o passado e
para a preservação das tradições e valores ao longo dos tempos;
 O mundo estava a mudar, mas muito devagar (mudanças lentas, suaves, paulatinas,
previsíveis).

Era da Industrialização Neoclássica (1950 – 1990)


Iniciou com o final da 2ª Guerra Mundial e caracterizou-se pelo seguinte:
 As transacções comerciais passaram da amplitude local para regional, de regional
para internacional e tornaram-se gradativamente mais intensas;
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 Competição entre as empresas cada vez mais acentuadas;


 Codelo burocrático, centralizador e piramidal, tornou-se inflexível e vagaroso demais
para acompanhar as mudanças;
 Adopção de novos modelos de estrutura que pudessem proporcionar mais inovações
e ajustado as novas condições (departamentalização por produtos e serviços) o
conservadorismo cedeu lugar à inovação;
 A velha concepção de relações industriais foi substituída por uma nova visão de
administração de recursos humanos;
 As pessoas passam a ser vistas como recursos vivos e não como factores de
produção;
 A tecnologia passou por um intenso desenvolvimento e começou a influenciar a vida
das organizações e as pessoas que delas participam; e
 A cultura organizacional deixa de privilegiar as tradições dando lugar à inovação.

Era da Informação (início de 1990 até aos nossos dias)


 Rápidas mudanças, imprevisíveis e inesperadas;
 Transformação do mundo numa aldeia global;
 Internet, permite que a informação cruze o planeta em segundos;
 A economia internacional transformou-se em economia mundial e global;
 Competitividade tornou-se mais intensa entre as organizações;
 O mercado de capital passou a migrar de um continente para outro à procura de
novas oportunidades de investimento; e
 A cultura organizacional passou a privilegiar a mudança e inovação voltadas para o
futuro e para o destino da organização

Tipos de Organizações

Classificação Categórica das Organizações


Categoricamente, as organizações classificam-se da seguinte maneira: Quanto aos
Objectivos, Quanto à Forma de Regulamentação e Quanto ao Tamanho.
• Quanto aos Objectivos: Industriais, Religiosas, Militares, Políticas, Educacionais,
Sociais, Filantrópicas (sem fins lucrativos), Económicas.
• Quanto à Forma de Regulamentação: Formais e Informais.
• Quanto ao Tamanho: Pequenas, Médias e Grandes.
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Organizações Formais
As organizações formais são criadas explicitamente com fins determinados. Por exemplo, a
igreja ou mesquita trata especificamente da vida espiritual dos seus membros; a fábrica de
bolachas produz apenas bolachas e, finalmente, as instituições da educação produzem
professores, médicos, advogados, engenheiros, economistas, etc. A vida das organizações
formais é mais longa do que a dos seus actores, não interessando quem sai e quem entra. As
organizações formais regem-se por estatutos e regulamentos próprios. Elas têm também a
sua estrutura organizacional representada em organograma (Chiavenato, 2003).

As organizacoes formais podem ser dos seguintes tipos:

Funcional - é estruturada por função da empresa. Ex: Departamento de Produção,


Departamento Financeiro, Departamento de Marketing etc.

Territorial - é usada quando a empresa é dispersa. Ex: região norte, região sul etc.

Produtos/Serviços – quando a empresa tem várias linhas de produtos. Ex: têxtil,


farmacêutico, químico etc.

Clientes - por tipo de cliente. Ex: feminino, infantil etc.

Processos - etapas de um processo. Ex: em uma indústria, tem os setores de corte,


montagem, estamparia etc.

Projetos - a alocação de pessoas e recursos é temporária. Quando acaba um projeto, a


equipe muda para outro. Ex: uma construtora tem várias obras. Quando acaba uma
construção, o pessoal e os equipamentos vão para outra obra.

Matricial - a equipe trabalha para dois comandos simultaneamente. Ex: em uma fábrica, a
equipe de manutenção recebe ordens da gerência de manutenção e também da gerência de
produção.

Mista - mistura os vários tipos de estruturas para se adaptar à realidade.

Síntese: Vimos assim, o conceito de organização, seus principais tipos, a estrutura


organizacional e suas partes. Devido à competição de mercados, as estruturas
organizacionais tendem a ficar cada vez mais enxutas.

Por exemplo, as universidades têm estatutos e organogramas; os partidos políticos regem-se


por estatutos ou manifestos. Estes documentos facilitam o trabalho a todos os níveis, já que
cada um sabe o que fazer. As organizações formais providenciam recursos de informação
acerca dos êxitos e produzem dispositivos de controlo para prevenir lapsos humanos
normais.
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Organizações Informais
As organizações informais constituem-se desordenadamente, são mal estruturadas e
normalmente crescem espontaneamente. Os membros das organizações informais
incorporam-se tanto de forma consciente, como inconsciente, não sendo fácil determinar o
momento exacto em que alguém se torna seu membro. A natureza das relações entre os
membros destas organizações e os seus objectivos não estão especificados. São exemplos
disto os grupos de trabalhadores, assaltantes a mão armada, grupos de pressão, etc. As
organizações informais não são oficialmente reconhecidas, sendo, por isso, difícil
reconhecê-las. Elas podem converter-se em formais, quando definirem as suas relações e
seus objectivos. A organização informal resulta das relações sociais decorrentes de um
processo natural dos seres humanos em busca de uma associação espontânea com vista à
satisfação daquelas necessidades não atendidas pela organização formal. O conjunto das
relações informais cria condições extralegais de funcionamento do sistema, baseadas em
laços que se desenvolvem entre vários membros no desempenho de suas funções.

Principais Características das Organizações Formais


São criadas propositadamente com fins determinados;
 A vida delas é mais longa do que à dos seus actores, não interessando quando e quem
entra;
 Elas regem-se por estatutos e regulamentos próprios;
 Providenciam recursos de informação acerca dos êxitos e produzem dispositivos de
controlo para prevenir lapsos humanos normais.
 A comunicação é face à face, com pouco recurso à utilização de documentos (para
evitar pistas sobre os seus objectivos) e têm, normalmente, linguagem específica
(códigos);
 A natureza das relações entre os membros destas organizações e os objectivos não
estão especificados.

Semelhanças e Diferenças entre as Organizações

Semelhanças
Todas as Organizações (Formais e Informais) são grupos sociais, culminando deste modo,
com a ideia de que todas são Organizações Sociais. Assim:
 De qualquer forma, ambas são Organizações;
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 As Organizações Formais e Informais são interdependentes, isto é, influenciam-se


mutuamente;
 Ambas incluem dimensões estruturais, normas e padrões comportamentais;
 As Organizações Formais e Informais desempenham igualmente papéis importantes
na dinâmica organizacional.

Diferenças
As diferenças entre as Organizações Formais e Informais, assentam-se nas suas principais
características.
.

Elementos Caracterizadores das Organizações


As organizações são diversificadas quanto à sua natureza. Algumas organizações dedicam-
se ao fabrico de produtos, como as fábricas de conservas, e outras dedicam-se ao
desenvolvimento do lazer ou zelam pela manutenção da ordem pública ou da educação.
Portanto, são elementos duma Organização: Objectivos, Recursos, Divisão de Trabalho e
Processos de Transformação.
Objectivos: as Organizações são grupos sociais deliberadamente orientados para a
realização de objectivos ou finalidades, que podem ser classificados em duas categorias
principais: Produtos e Serviços. Uma Organização, em particular, pode produzir diferentes
produtos e ao mesmo tempo prestar diferentes serviços. A eficácia é a palavra usada para
indicar que a organização realiza seus objectivos. Quanto mais alto o grau de realização dos
objectivos, mais a organização é eficaz.
Recursos: as pessoas são o principal recurso que as organizações utilizam para realizar seus
objectivos. Além de pessoas, as organizações empregam dinheiro, tempo, espaço e recursos
materiais, como instalações, máquinas, móveis e equipamentos. A eficiência é a palavra
usada para indicar que a organização utiliza correctamente seus recursos. Quanto mais alto o
grau de produtividade na utilização dos recursos, mais eficiente a organização é. Em muitos
casos, isso significa usar menor quantidade de recursos para produzir mais.

Divisão do Trabalho: numa organização, cada pessoa e cada grupo de pessoas têm
atribuições específicas que contribuem para a realização do objectivo. Assim como as
organizações são especializadas em determinados objectivos, as pessoas e os grupos que
nelas trabalham também são especializadas em determinadas tarefas. Portanto, a Divisão do
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Trabalho é um processo que permite superar as limitações individuais por meio da


especialização.
Processos de Transformação: por meio de processos, o sistema transforma os recursos
para produzir os resultados. Um processo é uma ordenação específica das actividades de
trabalho no tempo e no espaço, com início, fim, inputs (entradas ou recursos) e outputs
(saídas ou resultados) claramente identificados. Em suma, para que todos os elementos que
compõem a organização possam estar inter-relacionados de forma coerente e sob o alcance
da eficiência e eficácia da mesma, é necessário que se criem as condições pelas quais poder-
se-ão desenvolver todas as acções inerentes à obtenção dos resultados..
um modo geral, o que distingue as organizações são os beneficiários e os produtos.
Em relação aos beneficiários, podemos verificar que enquanto algumas organizações
beneficiam a sociedade em geral, outras canalizam os seus esforços para um grupo
particular. Os beneficiários de uma empresa são os cidadãos em geral, mas para uma igreja,
os seus contributos vão, em primeiro lugar, para os seus membros, enquanto para uma
família os beneficiários são os membros dessa família. No que se refere ao produto
resultante da actividade da organização é possível distinguir diferentes áreas de negócio.
Enquanto numa fábrica o seu produto consiste nos bens por ela fabricados, um hospital tem
como produto a prestação de serviços de saúde e a polícia tem como produto a prestação de
serviços de segurança. Apesar dessa diversidade, encontram-se características que são o
denominador comum dessa multiplicidade e que se podem considerar de elementos que
caracterizam uma organização, nomeadamente, os participantes, os objectivos, tecnologia,
estrutura e divisão funcional do trabalho ( Santos, 2008).

Os participantes das organizações

Como primeiro elemento presente em todas as organizações podemos considerar os seus


participantes, isto é, os indivíduos que dela fazem parte. Os participantes são os indivíduos
ou membros que constituem a organização ou nela trabalham permitindo o seu
funcionamento (Chiavenato, 2006). Por exemplo: numa escola, os participantes são os
professores, os alunos, funcionários e os directores. Para que os membros de uma
organização possam dar o seu contributo, a organização atribui a cada um dos seus
participantes um determinado papel ou cargo que inclui diferentes dimensões: funcional,
hierárquica e interpessoal.
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Dimensão funcional – a organização estipula o conjunto de tarefas e procedimentos de


trabalho, isto é, os modos de realização de tarefas para cada um dos participantes. Por
exemplo, a tarefa de um gestor é diferente da de um servente (Chambel et al., 1997).
Dimensão hierárquica – a organização estipula o nível de poder e autonomia de cada um
dos participantes organizacionais. Por exemplo, o director de uma empresa pode dar
orientações aos vários chefes dos departamentos da sua instituição e todos os seus
subordinados, enquanto que o chefe do departamento só pode dar orientações aos seus
subordinados e não ao director da empresa (Chambel et al., 1997). Assim, nas organizações
temos presentes as hierarquias.
Dimensão interpessoal – a organização estipula os contactos e comunicações que se
estabelecem entre os seus diferentes participantes. Por exemplo, numa escola os professores
de uma dada classe ou disciplina coordenam o trabalho entre si através de reuniões de
planificação. Uma classe ou disciplina pode ter um coordenador com o qual os professores
trocam informações sobre as avaliações, as notas e outros assuntos de interesse para o
trabalho (Chambel et al., 1997). Para uma organização existir é preciso:
a) Pessoas que dão vida a essa organização. Mesmo quando o processo de trabalho é
altamente automatizado, tem que haver alguém que liga as máquinas, que recolhe o produto,
que verifica se as máquinas trabalham bem ou não;
b) Essas pessoas sejam colocadas em cargos ou posições onde fazem o trabalho dado pela
organização;
c) Cada pessoa que ocupa uma posição ou cargo é lhe dito o que tem que fazer, quem é o seu
chefe e com quem troca informações para poder cumprir da melhor maneira o seu de

A tecnologia das organizações


Para atingir os seus objectivos, a organização utiliza a tecnologia. A tecnologia pode ser
considerada como um dos elementos caracterizadores de uma organização (Chambel et al.,
1997). Algumas organizações transformam matérias-primas e fabricam determinados
produtos e outras transformam pessoas, consistindo os seus produtos em indivíduos que
adquiriram mais conhecimentos, como é o caso das escolas. A tecnologia consiste no
equipamento técnico e nas máquinas utilizadas na organização, mas também inclui o
conhecimento e as competências dos participante. É um mecanismo comum às diferentes
organizações, mas pode apresentar diferentes formas.
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Estrutura das organizações

Toda organização formal deve apresentar claramente uma estrutura hierárquica. Tal
estrutura aparece representada no Organograma da organização. A estrutura específica a
divisão das actividades mostrando como estão interligadas, apresenta o nível de
especialidade do trabalho e a disposição da hierarquia e da autoridade mostrando as relações
de subordinação (STONER). Divisão funcional do trabalho – cada membro das organizações
deve desempenhar a tarefa que lhe é incumbida. Segundo Hall a estrutura organizacional
fundamenta- se em 3 funções básicas:
 As estruturas têm a intenção de realizar Produtos organizacionais e atingir metas
organizacionais;
 As estruturas destinam-se a minimizar ou pelo menos regulamentar a influência das
variações individuais sobre a organização;
 As estruturas são os contextos em que o poder é exercido e em que níveis um poder
se e sobrepõe aos outros e onde as actividades são executadas na organização.
Assim uma estrutura organizacional deve ser vista, não como fim em si mesma, mas como
um meio para a obtenção dos objectivos da organização. Será primordial programar e
implementar uma estrutura que harmonize as principais funções organizacionais, culturais,
de procedimentos e estruturais de cada organização;
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Estrutura organizacional (organograma)

Sistema de responsabilidade

Este sistema e constituído por : departamentalização, linha/assessoria e a descrição de


actividades.

Departamentalização – é o agrupamento, de acordo com um critério específico de


homogeneidade, das actividades e correspondentes recursos (humanos, financeiros,
materiais e equipamentos) em unidades organizacionais.
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Amplitude de controlo
O número de funcionários que um executivo consegue dirigir com eficiência, isto é ,quanto
maior for a amplitude de controle, mais eficiente será a organização.

Desvantagens da amplitude pequena


 Onerosa por aumentar os escalões da administração;
 Torna a comunicação vertical na organização muito complicada;
 Promove uma supervisão muito rígida, dificultando a autonomia dos subordinados

Tipo de estrutura

Estrutura mecanicista
Estrutura rígida e estritamente controlada, caracterizada por especialização elevada,
departamentalização generalizada, amplitudes estreitas, alta formalização, rede de
informações limitada e extrema centralização. alta especialização, departamentalização
rígida, cadeias de comando clara, amplitudes estreitas, centralização, alta formalização

Estrutura orgânica
Forma altamente adaptativa, solta e flexível, caracterizada por níveis limitados, equipes,
pouca formalização, rede de informações abrangente descentralização, equipes
internacionais, equipes inter-hierárquicas, fluxo livre de informações, amplitudes largas,
descentralização, baixa formalização.
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Conclusão

Analisados os principais pontos relacionados com a organização e suas estrutura , confirma-


se que o termo organização vem do grego organon ,que significa instrumento ou utensílio,
que segundo alguns autores define a organização como o conjunto de duas ou mais pessoas
trabalhando juntas e de modo estruturado e coordenado para alcançar um objectivo
específico ou um conjunto de objectivos. Concluiu-se que as organizações formais são
criadas explicitamente com fins determinados e as organizações informais constituem-se
desordenadamente, são mal estruturadas e normalmente crescem espontaneamente. E quanto
a estrutura existem organizações com estrutura mecanicista que são rígidas e estritamente
controlada, caracterizada por especialização elevada, departamentalização generalizada,
amplitudes estreitas, alta formalização, ao passo que a estrutura orgânica tem forma
altamente adaptativa, solta e flexível, caracterizada por níveis limitados, equipes, pouca
formalização, rede de informações abrangente descentralização e sem formalização.
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Bibliografia

CHIAVENATO, I. Administração de Empresas: uma abordagem contingencial. 2. ed. São


Paulo: McGraw-Hill, 1987.

TAVARES. José da Cunha. Tópicos de administração aplicada à segurança do


trabalho. 10. ed. São Paulo: SENAC, 2011.
WERKEMA, M. C. C. As ferramentas da qualidade e o gerenciamento de processos.
2. ed. Belo Horizonte: Fundação Cristiano Ottoni, 1995. 128 p.

MARTINS, José do Prado. Administração Escolar – Uma Abordagem Crítica do Processo


Administrativo em Educação.. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 1999.
MAXIMIANO, António César Amaru. Teoria Geral da Administração. 2ª ed. São Paulo:
Atlas, 2000.
NUNES, Paulo. Gestão – Conceito de Organização. 2005. Capturado em
www.notapositiva.com, no dia 01/08/2010.
SANTOS, A. F. & PAIM, I. A informação nos modelos organizacionais. Perspectivas em
Ciência da Informação, Volume 5. Lisboa: Mc Graw-Hill, 2000

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