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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação á Distancia

O Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da disciplina


de Geografia

Estalina Ernane Isaías Obra - código: 708202226

Licenciatura em Ensino de Geografia


Docente: Maculune Walicana
Didáctica de Geografia

2° Ano, Turma B.

Milange, Julho, 2021


Folha de feedback

Classificação
Categorias Indicadores Padrões Nota
Pontuação
do Subtotal
máxima
tutor
 Índice 0.5
 Introdução 0.5
Aspectos
organizacionais 
Estrutura Discussão 0.5
 Conclusão 0.5
 Bibliografia 0.5
 Contextualização
(Indicação clara 2.0
do problema)
 Descrição dos
1.0
Introdução objectivos
 Metodologia
adequada ao
2.0
objecto do
trabalho
 Articulação e
domínio do
discurso
académico
Conteúdo 3.0
(expressão
escrita cuidada,
coerência /
Análise e coesão textual)
discussão  Revisão
bibliográfica
nacional e
2.0
internacional
relevante na área
de estudo
 Exploração dos
2.5
dados
 Contributos
Conclusão 2.0
teóricos práticos
 Paginação, tipo e
tamanho de letra,
Aspectos
Formatação paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento
entre linhas
Normas APA  Rigor e
Referências 6ª edição em coerência das
2.0
Bibliográficas citações e citações/referênc
bibliografia ias bibliográficas
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Folha de recomendações

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Índice
1.Introdução ................................................................................................................................ 5

2. O Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da Disciplina de


Geografia .................................................................................................................................... 6

2.1. Excursões Geográficas ..................................................................................................... 6

2.2. Aspectos metodológicos da excursão geográfica ............................................................ 6

2.3. Visitas dirigidas ............................................................................................................... 7

2.4. Tipos de excursões geográficas ....................................................................................... 8

3.Importância da aula – excursão ........................................................................................... 9

4. O papel da excursão geográfica no ensino ........................................................................ 10

5. Conclusão ............................................................................................................................. 12

4.Referencia Bibliográfica ........................................................................................................ 13

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1.Introdução
Excursão, etimologicamente e passeio, sair do habitual para fora. Neste caso da disciplina de
geografia é sair da sala, mas com os conteúdos para a produção de conhecimentos científicos.
Dai que a observação deve ser orientada em função dos objectivos pedagógicos. Esta é uma
aula especial. Isso porque, vamos levar o meio geográfico para fora tendo como método a
observação directa e criteriosa do objecto geográfico.

O presente trabalho de Didáctica de Geografia tem como tema O Papel da Excursão


Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da Disciplina de Geografia e com
objectivos:

Geral:

 Conhecer o Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da


Disciplina de Geografia.

Objectivos específicos:

 Identificar o Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem


da Disciplina de Geografia;
 Descrever o Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da
Disciplina de Geografia;
 Mencionar o Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem
da Disciplina de Geografia.

O trabalho apresenta a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento, onde são


apresentados e discutidos os conceitos, a conclusão e a bibliografia respectivamente. A
metodologia usada para realização deste trabalho foi a pesquisa bibliográfica

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2. O Papel da Excursão Geográfica no Processo de Ensino e Aprendizagem da Disciplina
de Geografia

2.1. Excursões Geográficas


Refere-se a um conjunto de actividades práticas orientadas para a busca de um determinado
conhecimento, realizada de maneira sistemática através da realidade empírica e pela utilização
de métodos próprios e técnicas específicas de pesquisa e que os resultados obtidos venham a
ser apresentados de forma peculiar através de relatórios. (Goldsmith, 2011, p. 1-21).

Excursão, etimologicamente e passeio, sair do habitual para fora. Neste caso da disciplina de
geografia é sair da sala, mas com os conteúdos para a produção de conhecimentos científicos.
Dai que a observação deve ser orientada em função dos objectivos pedagógicos. Esta é uma
aula especial. Isso porque, vamos levar o meio geográfico para fora tendo como método a
observação directa e criteriosa do objecto geográfico.

Aula – excursão – é uma forma especial do ensino de geografia em que os alunos sob
orientação do professor observam e analisam os objectos geográficos no seu meio natural. Ex.
A rocha como objecto geográfico

A aula – excursão não é um simples passeio, e, deve ter sempre um plano de aula. O método
mais usado nesta caso é o de observação directa, o que ajuda a recolher dados suficientes para
a aula.

CAVALCANTI (2006, pág 32) acrescenta que esta é destinada à obtenção de dados a respeito
de fenómenos que ocorrem no presente, onde as observações deverão servir para o exame
atento dos acontecimentos, fatos e costumes directamente no local de ocorrência,
acompanhando os detalhes dos objectos de estudo, sendo complementadas pelas entrevistas,
obtendo-se maiores subsídios no aprofundamento da análise.

2.2. Aspectos metodológicos da excursão geográfica


A excursão pode ser realizada tendo em conta vários aspectos como: quando estivermos para
iniciar uma unidade, ou no final da unidade, ou ainda durante a unidade no tratamento de um
assunto. A excursão é uma actividade didáctica dai que ela deve ser preparada com o mesmo
cuidado de uma aula. Deve se elaborar um plano e o mesmo deve reflectir a preparação, a
realização, o resumo e os resultados da mesma.

Para a realização de aula – excursão, deve-se obedecer as seguintes fases:


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1ª Fase: Planificação – que corresponde a previsão das actividades. Tem dois níveis:

a) No Pano Semestral, Trimestral ou Anual.

 Para preparar os meios necessários para suportar uma viagem ou evitar sobreposição
das disciplinas.
 Fazer o reconhecimento do local.
 Avisar com antecedência aos pais e encarregados de educação, a direcção da escola e
dentro do grupo de disciplina.
 Procurar patrocínio.

b) No Plano Quinzenal

O professor deve apresentar um plano de aula excursão com: Objectivos a atingir, meios
necessários, local, duração, conteúdos, número de participantes, etc. Seleccionar o material a
levar para a excursão pelos alunos e pelo professor.

Traçar o itinerário (programa de locais a visitar durante a excursão) com os alunos e definir
com clareza o que vão observar.

2ª Fase: Realização da aula – excursão

Concluídos os níveis de planificação começa com a aula excursão.

Os alunos e o professor devem:

Observar com atenção o fenómeno; Anotar e descrever o que estão observando; A seguir faz-
se uma sistematização tendo em conta as relações que são estabelecidas, porquê, como, com
que frequência, etc. A etapa final é a avaliação. Pede-se o relatório dos alunos para ver se
houve a consolidação dos conhecimentos, desenvolvimento de pressupostos e aquisição de
novos conhecimentos. Assim o professor testa o cumprimento dos objectivos da aula –
excursão.

2.3. Visitas dirigidas


As visitas dirigidas são muito importantes para o ensino de geografia, apesar de não ser uma
aula – excursão propriamente dita, também ocorrem fora da sala de aula, elas podem surgir da
necessidade concreta de explicar ou exemplificar um conteúdo de uma unidade e, dependendo

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das condições existentes ao redor da escola, pode-se realizar numa paisagem ou dentro de
uma instituição.

Tipos de aula – excursão

Aula – Excursão de Observação – É de motivação.

Realiza-se antes dos conteúdos programados serem apresentados na sala de aulas.

Aula – Excursão de Recolha de Informação: É realiza se durante o decurso de uma unidade.

Aula – Excursão de Consolidação: É realizada depois duma unidade ou aula na sala de aulas.

Dado o potencial educativo que a aula-excursão tem, o professor de geografia deve assumir a
aula-excursão como parte integrante das aulas de geografia dentro do Programa Nacional de
Ensino (PNE).

2.4. Tipos de excursões geográficas


1º As excursões geográficas consistem em exercícios simples de trabalho no meio quotidiano
do aluno, onde por exemplo, servindo-se de um roteiro pode observar e descrever no seu
diário os aspectos geográficos que caracterizam a paisagem ao longo do seu trajecto de casa
para escola e vice-versa (GRAVES, 1978:76-78).

A sistematização de dados obtidos durante este tipo de excursão que decorre no percurso casa
escola e vice-versa, deve acontecer no desenvolvimento das aulas das ciências sociais e
permitir o estabelecimento da relação entre os aspectos descritos e reproduzidos pelos alunos
no seu trajecto diário com os conteúdos das aulas das ciências sociais. Este tipo pode servir
tanto para o aprimoramento de pressupostos e motivação para novas aprendizagens, como
para consolidar e sistematizar conteúdos previamente discutidos na sala de aulas (MAPATSE,
2006, p.30).

2º A excursão geográfica pode se realizar em redor da escola, na varanda e ou pátio escolar e


em lugares adjacentes num raio mínimo. Nesta, é importante que os formandos e o formador
já tenham experiência a partir daquela acima descrita.

Na visita em redor da escola pode-se começar com a construção de um esboço ou mapa da


escola, a ser utilizado para identificação e registo de elementos geográficos visíveis que
circundam a escola. Esta excursão pode decorrer num intervalo de 45 a 50 minutos ou seja
numa aula. A partir desta excursão em redor da escola os formandos aperceber-se-ão das
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condições da sua escola e seus espaços adjacentes, desenvolvendo competências de
participação no quotidiano da escola.

3º O outro tipo refere-se áquela que se pode lograr com uma viagem para a periferia da escola,
que pode durar entre meio-dia ou mais dias. Esta excursão é mais complexa, tanto de ponto de
ista de organização, como no da sua realização. Por esse facto, sugere-se que a mesma tenha
lugar no final do 2º trimestre ou mesmo ao longo do 3º trimestre lectivos.

Para que esta se efective, a preparação e planificação são indispensáveis e cruciais para
organizar as condições necessárias que levam os formandos a desenvolverem um trabalho
mais consistente e profundo, quanto complexo e completo. A preparação consiste na
orientação e explicação na sala de aulas, dos objectivos a alcançar na excursão, que se
relacionam com o PEA da disciplina.

Portanto, antes de efetuar qualquer observação é necessário desenvolver os conhecimentos


teóricos, pois são estes que nortearão no processo de observação, sendo necessário o
aprendizado anterior em sala de aula, através dos fundamentos teóricos para que os
procedimentos sejam corretos no ato da observação. Sobre a prática de campo, Cavalcanti
(2006, p.40) acrescenta que esta é destinada à obtenção de dados a respeito de fenômenos que
ocorrem no presente, onde as observações deverão servir para o exame atento dos
acontecimentos, fatos e costumes diretamente no local de ocorrência, acompanhando os detal
hes dos objetos de estudo, sendo complementadas pelas entrevistas, obtendo-se maiores
subsídios no aprofundamento da análise.

Faz parte da preparação o contacto prévio com as instituições, organismos e individualidades


a visitar, bem como o reconhecimento da região para certificar-se sobre os aspectos
fundamentais da excursão. É nesta fase de preparação onde se mantém um contacto directo
com os encarregados de educação dos formandos, á direcção da escola, aos colegas da
disciplina e de outras disciplinas, para delinear as estratégias de excursão e criação de um
conjunto de condições logísticas e administrativas.

3.Importância da aula – excursão


 Estimula aos alunos, criando interesse pela cadeira.
 Serve para consolidar e aprofundar os conhecimentos.
 Os alunos desenvolvem a sua abstracção (actividade mental).

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 Torna o ensino dinâmico porque saem da sala de aulas e confrontam-se com a
realidade.
 Há forte relação entre a teoria e a prática.
 Há aproximação Escola - Comunidade.
 Reforça a capacidade de observação e de abstracção no aluno, este foge memorização
indo a imaginação e criatividade científica.
 Ajuda o aluno a interpretar o mundo material a partir duma base científica e não
empírica.

Em fim, a aula – excursão permite a realização da transposição didáctica, permite um


melhor enquadramento e operacionalizacão do triângulo didáctico, torna o conhecimento
do aluno mais profundo e crítico e, também permite a concretização do Heimat princip.

Esta questão tem várias respostas e estas variam de professor para professor, de escola
para escola e de ano para ano. Mas, todos são unânimes em afirmar que se deve a falta de
dinheiro, o número elevado de alunos por turma, o tempo que é reduzido (45 minutos),
dificuldades de transporte, o medo de levar filhos do dono para sítios distantes da zona de
residência. Só que, muitos deles nunca planificaram uma aula – excursão limitando-se
apenas a justificar os motivos da não realização duma aula – excursão.

Algumas soluções das dificuldades para concretização duma aula -excursão

 Os programas de ensino devem ter recomendações explícitas sobre as aulas –


excursão.
 A escola e o grupo de disciplina devem contemplar nos seus planos a aula – excursão
e pode ser realizada por duas a três disciplinas em simultâneo; isso ajuda a evidenciar
a multidisciplinaridade e complementaridade existente entre as disciplinas.
 O professor ou grupo de disciplina pode optar por pequenas excursões perto da escola
ou dentro da comunidade onde a escola esta inserida.

4. O papel da excursão geográfica no ensino


As Orientações Curriculares para o Ensino Médio (2006) recomendam o desenvolvimento de
práticas fora do espaço escolar, apontando os estudos do meio como actividade motivadora
para os alunos, já que deslocam o ambiente de aprendizagem para fora de sala de aula (Brasil,
2006).

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A excursão tem um papel preponderante no ensino das Ciências Sociais pois ela permite que
os formandos: estudem a sua região e adquiram noções gerais; desenvolvam a capacidade de
observação, a curiosidade, o interesse pela natureza, pelo passado histórico, pela vida da
sociedade e outros aspectos que os rodeiam.

O uso de ambientes não formais possibilita a contextualização, aplicação e associação de


conceitos e conhecimentos já aprendidos com as informações novas, do ambiente, reduzindo
as exigências de abstracção do aprendiz e permitindo uma compreensão mais eficiente dos
conhecimentos. Esse processo de associação de informações novas com outras já
incorporadas, de forma inter-relacionada, denomina-se aprendizagem significativa (Moreira &
Masini, 2001).

Para Rangel (2005, p.29), “é importante que o ensino-aprendizagem das ciências sociais
(sejam quais forem seus métodos e técnicas) inicie pelo conhecimento que seja mais próximo
possível da vida do aluno, partindo de fatos imediatos para os mais remotos, do fácil ao mais
difícil do concreto para o abstracto, do conhecido para o desconhecido”.

Neste contexto, as aulas excursivas têm sido apontadas como uma metodologia eficaz tanto
por envolverem e motivarem os estudantes nas actividades educativas, quanto por
constituírem um instrumento de superação da fragmentação do conhecimento (Seniciato &
Cavassan, 2004, p.42). A nossa posição acerca deste assunto é que a excursão desempenha
um papel preponderante no ensino e aprendizagem das ciências sociais porque reduz o nível
de abstracção na parte dos formandos, mostrando o concreto e tornando acessível o
conhecimento, não só, mas também oferece melhores condições para observação do real e do
vivo e, cria oportunidades para vivenciar com os outros, experiências e situações novas,
imprevisíveis, desconhecidas e únicas

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5. Conclusão

Excursão, etimologicamente e passeio, sair do habitual para fora. Neste caso da disciplina de
geografia é sair da sala, mas com os conteúdos para a produção de conhecimentos científicos.
Dai que a observação deve ser orientada em função dos objectivos pedagógicos. Esta é uma
aula especial. Isso porque, vamos levar o meio geográfico para fora tendo como método a
observação directa e criteriosa do objecto geográfico.

Aula – excursão – é uma forma especial do ensino de geografia em que os alunos sob
orientação do professor observam e analisam os objectos geográficos no seu meio natural. Ex.
A rocha como objecto geográfico

A aula – excursão não é um simples passeio, e, deve ter sempre um plano de aula. O método
mais usado nesta caso é o de observação directa, o que ajuda a recolher dados suficientes para
a aula.

As visitas dirigidas são muito importantes para o ensino de geografia, apesar de não ser uma
aula – excursão propriamente dita, também ocorrem fora da sala de aula, elas podem surgir da
necessidade concreta de explicar ou exemplificar um conteúdo de uma unidade e, dependendo
das condições existentes ao redor da escola, pode-se realizar numa paisagem ou dentro de
uma instituição.

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4. Referencia Bibliográfica

SANTOS, Milton. (1996). Por uma Geografia nova. 4 ed. São Paulo

PAPEL, A.C. (2015). O Papel da excursão geográfica no ensino das ciências sociais.
UP−Maputo

OLLERTON, Mike (2006). Relacionamentos positivos em sala de aula. edi o, SBS


(editora): São Paulo

MAPATSE, B.T. (2006). A excursão geográfica no processo de ensino e aprendizagem da


Geografia.

BUTT, Graham (2003). O planejamento das aulas bem-sucedidas. SBS (editora)

CAVALCANTI, L. (2006). A excursão geográfica no processo de ensino e aprendizagem da


Geografia. UEM

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