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Introdução:

Nosso grupo falará sobre "A tecnologia utilizada como instrumento de assédio sexual".
Falaremos a respeito das diversas formas de assédios virtuais, como eles ocorrem, porque
ocorrem e as consequências tanto para a vítima quanto ao agressor.
Justificativa:
A escolha desse tema, foi mostrar que a violência sexual não é apenas física e sim, virtual
também. Mulheres estão expostas gradativamente em seu ambiente de trabalho, como
estão expostas no mundo virtual, onde sofrem por meios de mensagens indiretas e
indiretas, abuso sexual virtual.
Objetivo:
mostrar que eventualmente, as mulheres são vistas como algo público dentro de seu
ambiente de trabalho e dentro da tecnologia e seus meios de produção.

(Desenvolvimento:)
A Tecnologia utilizada como instrumento de assédio sexual:
Nas últimas décadas, várias mudanças foram inseridas nas sociedades de todo o mundo.
Devido ao avanço tecnológico dos meios de comunicação de última geração - internet, tv,
satélites, computadores, telefones celulares, tablets e outros-, assistimos a transformações
na forma de agir e pensar, no estilo de vida, nos desejos, na conduta e nas atitudes sociais,
políticas e econômicas.

Com o fenômeno da globalização, todos estão sendo desafiados a entender e participar


desta nova realidade, potencializadora dos meios de comunicação e de informação, da
notícia em tempo real, estimulando a mudança comportamental dos seres humanos que
vivem em nosso planeta, criando a necessidade de adaptação da vida e do mundo do
trabalho.
Tudo se movimenta com muita rapidez e para diversas direções. A internet movimenta o
mundo dos negócios e estabelece novas formas de gerenciamentos que visam o aumento
da capacidade produtiva com os menores custos e expansão dos negócios para além das
fronteiras nacionais, mostrando que, cada vez mais, se gera informação mais rápida,
exigindo maturidade intelectual e preparação para continuar no mundo do trabalho.
Muitos aspectos da vida social, profissional e pessoal foram afetados pelas novas
tecnologias. Desta forma, não há como pensar as relações entre as pessoas nas empresas
sem a mediação dos meios rápidos de informação, tais como e-mail, mensagens
instantâneas, torpedos, blogs, redes sociais, pastas com arquivos comuns, celulares,
câmeras fotográficas e outras ferramentas presentes na era digital.
Mas a tecnologia também é utilizada como meios de atribuições para o assédio virtual
contra as mulheres, isto ocorre devido a sensação de impunidade que as redes sociais
oferecem a estes criminosos, no qual as mulheres têm seus direitos feridos dentro do seu
ambiente de trabalho, até mesmo na sua casa e meios sociais que ela frequenta.
Legalmente falando, o assédio sexual acontece quando um superior hierárquico se vale de
seu poder para constranger um subordinado com finalidades sexuais. Esses assédios se dão
através de músicas, "piadinhas" e cantadas. A socióloga Juliana Oliveira, pesquisadora da
Funda centro, concedeu uma entrevista recentemente à agência de notícias Pró-
Trabalhador sobre o assédio sexual no trabalho. Para Juliana, o Brasil ainda precisa avançar
muito na legislação, porque só prevê o assédio com nível hierárquico. “O assédio sexual no
trabalho é sempre um ato de poder. O autor do assédio é quase sempre um superior
hierárquico da pessoa assediada”, diz. De acordo com a pesquisadora, raramente haverá
uma situação de assédio isolada. “É uma conduta repetida que é repelida, de ordem sexual,
e que torna a situação no ambiente de trabalho insuportável”, afirma. Além disso, ela
explica que o assédio é uma das formas mais humilhantes de constrangimento de
trabalhadores nos tempos modernos. “Ele acontece silenciosamente, sem testemunhas,
sistematicamente, prejudicando moral e psicologicamente suas vítimas”, diz Juliana.
Já o abuso, se dá na prática da violência física, como o estupro. Ao passo em que o assédio
pode não causar dor física, causa constrangimento equivalente e intimidação, podendo
levar a vítima a sofrer traumas e outros problemas psicológicos. E por exemplo, se um
homem mostrar o pênis para uma mulher na rua, isso é considerado crime; mas e quando
isso acontece no ambiente virtual?
A “cantada” invasiva pode ser considerada uma contravenção penal de importunação
ofensiva ao pudor. Nesse caso, a pena imposta é a de uma multa definida em processo
judicial, a recomendação é tirar prints das mensagens recebidas e procurar um advogado,
que dará toda a assistência necessária para que a vítima leve o caso adiante. Enquanto para
alguns a reação negativa por parte de mulheres abordadas virtualmente é considerada
exagero ou “mimimi” institutos de pesquisa de todo o mundo encaram o tema com mais
seriedade.
As mulheres jovens são mais vulneráveis para o assédio e a perseguição virtual (o velho
“stalk”). As redes sociais são o ambiente preferido dos agressores, mas um número
considerável de casos também foi relatado durante jogos online e sessões de comentários
em websites. Outros meios das abordagens agressivas acontecerem são e-mails e sites ou
aplicativos de encontros — como o Tinder, por exemplo.
Outro engano é pensar que somente homens psicologicamente doentes praticam
importunação ofensiva ao pudor ou assédio sexual pela internet. Esse tipo de atitude
violenta é uma consequência do machismo da nossa sociedade, uma vez que é naturalizada
a ideia de que mulheres estão sempre disponíveis e interessadas pelo ato sexual com
pessoas do sexo oposto. A garota que recebe um elogio invasivo ou uma foto sexualmente
explícita sem ter solicitado é comumente tida como “mal comid..” e costuma ler respostas
em tom agressivo após suas negativas. Por outro lado, a mulher sexualmente liberal que
aceita trocar mensagens e fotos sexuais constantemente acaba sendo considerada vulgar, e
também lida com respostas ofensivas. Levantar a voz contra o assédio sexual não tem
relação com moralismo: é uma questão de respeito e de cumprimento das leis que regem a
sociedade brasileira. Alguns homens podem não concordar, mas enquanto mulheres se
sentirem acuadas e intimidadas para recusar um avanço sexual — seja ele ao vivo ou pelas
redes sociais — é sinal de que a cultura do estupro ainda está enraizada na mentalidade
geral e que comportamentos potencialmente criminosos são cobertos por “panos quentes”
na nossa comunidade.

Bibliografia:
https://canaltech.com.br/redes-sociais/assedio-sexual-pelas-redes-sociais-tambem-pode-
ser-considerado-crime-54641/
https://juntos.org.br/2014/06/a-luta-das-mulheres-contra-o-assedio-sexual/
https://oglobo.globo.com/economia/assedio-no-trabalho-dificulta-ascensao-de-mulheres-
nas-empresas-22285265
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2017/12/1945636-42-das-mulheres-relatam-ja-
ter-sofrido-assedio-sexual-aponta-datafolha.shtml

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