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CURITIBA
2023
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
ESCOLA DE MEDICINA E CIÊNCIAS DA VIDA
CURITIBA
2023
SUMÁRIO
Caracterização Institucional--------------------------------------------------------------------------------- 4
Análise Institucional ------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Projeto de Intervenção -------------------------------------------------------------------------------------- 10
Objetivos----------------------------------------------------------------------------------------------------------14
Justificativa------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15
Etapas, Procedimentos e Instrumentos --------------------------------------------------------------- 17
Cronograma------------------------------------------------------------------------------------------------------19
Avaliação----------------------------------------------------------------------------------------------------------20
Referências------------------------------------------------------------------------------------------------------ 21
Apêndice---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 23
CARACTERIZAÇÃO INSTITUCIONAL
Histórico da Escola
A escola foi criada para atender um conjunto de casas populares localizado na Vila
Sofia, em dezesseis de setembro de um mil novecentos e cinquenta e nove, pelo Decreto nº
244800 com o nome de Grupo Escolar de “Vila Sofia”.Ela foi designada para responder pela
Direção a Professora Dorothéa Pizzato Vieira.Em 1960, a Escola passou a denominar-se
Grupo Escolar “Conselheiro Carrão” da Vila Sofia e em agosto de 1961, Grupo Escolar
“Conselheiro Carrão”.
A diretora, Dorothéa P. Vieira, que auxiliou em sua fundação, aposentou-se por
invalidez, em dezembro de um mil novecentos e setenta, sendo substituída pela Professora
Ubiramar Berenice Barcellos, através da Portaria nº 10.216/70, de 8712/70.
O colégio funcionou na 1ª fase do 1º grau, na condição de extensão do Colégio
“Professor Victor do Amaral”, sendo extintas a 5ª e 6ª séries no ano seguinte. Através do
4
Decreto nº 1596, de 11/02/76, o estabelecimento passou a ser Complexo Escolar do Colégio
“Professor Victor do Amaral”, com o nome de Escola Conselheiro Carrão – Ensino de 1º
grau.
A Professora Ubiramar Berenice Barcellos permaneceu na direção até 07/08/79,
quando foi designada para Inspetora Auxiliar de Ensino, sendo substituída pela Professora
Nina Maria Mehl Brandalize, através da Resolução nº 1293/79, de 07/08/79. Somente em um
mil novecentos e oitenta e um é que a escola obteve a autorização de funcionamento da 2ª
fase do 1º grau em caráter excepcional através da Resolução nº 219/81. Reconhecimento do
Curso completo de 1º Grau – Regular, Resolução nº 2723/82.
Em um mil novecentos e oitenta e três a Secretária do Estado da Educação, Gilda
Rocha Loures Polli, no governo de José Richa, assinou a legalização das direções através de
eleições. E em 17/06/83 houve a eleição, votaram professores, funcionários e todos os pais
que tivessem filhos no estabelecimento.No pleito constatou-se a vitória da professora Nina
Maria Brandalize que continuou na direção pela Resolução nº 2847/83 até 1988. As próximas
direções foram: Eliana F. da Silva Neves – 1989; Alda Bonfim Coelho – 1990-1992; Elaine
Halyzis S. Lopes – 1993-1995; Antoliana P. Tantos – 1996-2000; Elaine Halyzes S. Lopes –
2001-2005; Maria Divina de Godoi – 2006-2008; Dirceu Fonseca Filho- 2009-2015; Denise
Cristina Rocha até a presente data.
Em um mil novecentos e oitenta e cinco, foi autorizado o funcionamento do noturno
pela Portaria 913/85 de 8/04/85, com o intuito de atingir a população da região levando a
possibilidade de sonhar, ter o bem estar e a alimentação dentro da escola
Salas de Aula 14
Secretaria Escolar 1
Direção 1
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Equipe Pedagógica 1
Sala Professores 1
Laboratório de Informática 1
Biblioteca 1
Sala Arte 1
Cantina Comercial 1
Cozinha 1
Refeitório 1
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Depósito para merenda 1
Imóvel Residencial/permissionário 1
Diretores 2
Pedagogos 4
Professores 34
Inspetores 5
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ANÁLISE INSTITUCIONAL
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Ainda de acordo com o DSM V Revisado (2023), ambos os transtornos podem se
tornar geradores de comprometimentos sociais e de aprendizagem, além de possuírem relação
com a altas taxas de abandono escolar, diminuição no bem-estar, emprego, produtividade no
ambiente de trabalho, status socioeconômico e qualidade de vida dos portadores.
O papel dos professores na saúde física e mental de adolescentes a longo prazo dos
alunos é notável. A conexão escolar, ou seja, a sensação de valorização dos alunos pelos
professores e colegas, tem impacto direto nas taxas de uso de substâncias, iniciação sexual
precoce, violência, lesões, sofrimento emocional, distúrbios alimentares e suicídio. Isso é
especialmente importante para crianças vulneráveis, que podem compensar a falta de conexão
em outras áreas da vida por meio da conexão escolar. A relação entre aluno e professor é o
canal pelo qual a conexão escolar afeta a saúde a longo prazo. Desse modo, a influência dos
professores na saúde mental dos alunos mostra-se tão significativa quanto sua influência nas
notas acadêmicas. (LOWRY, et al., 2022)
Assim, ao ter contato direto com alunos que sofrem de transtornos psicológicos, em
especial Transtornos de Ansiedade, surgem indagações sobre como o professor deve lidar
com essas situações, como agir diante de alunos que estejam passando por crises e como
esses alunos se relacionam com a escola, mesmo vivenciando constantes estados de alerta
causados por essas crises. (OLIVEIRA, 2011)
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PROJETO DE INTERVENÇÃO
Introdução
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sintomas físicos e os sintomas emocionais: impaciência, medo e sentimento de incapacidade,
sudorese e a insegurança (BATISTA e OLIVEIRA, 2005).
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- Respiração quadrada: Ajuda a focar a atenção e a relaxar a mente. O adolescente deve
inspirar pelo nariz contando até quatro, segurar a respiração contando até quatro,
expirar pela boca contando até quatro e segurar a respiração sem ar contando até
quatro. Esse processo pode ser repetido várias vezes.
- Respiração alternada: Ajuda a equilibrar os hemisférios cerebrais e a reduzir o
estresse. O adolescente deve fechar uma das narinas com o dedo e inspirar pelo nariz,
contando até quatro, depois fechar a outra narina com o dedo e expirar pela narina
oposta, contando até quatro. Em seguida, o adolescente deve inspirar pela narina
oposta, contando até quatro, e expirar pela narina original, contando até quatro.
4. Quando sua respiração entrar em um fluxo de normalidade, ajude-o a perceber o ambiente
ao redor para que sua atenção se fixe no aqui e agora. Para isso, o professor pode utilizar a
técnica do cubo de gelo . A técnica do gelo é uma estratégia de coping que pode ser útil para
lidar com a ansiedade. Ela envolve a utilização de um cubo de gelo para trazer a pessoa para
o momento presente e reduzir os sintomas de ansiedade. O processo da técnica do gelo é o
seguinte:
1. Pegue um cubo de gelo e segure-o na mão. Sinta a sensação de frio e umidade do gelo.
2. Foque toda a sua atenção na sensação do gelo em sua mão. Observe a textura, a
temperatura e as mudanças de sensação ao longo do tempo.
3. Conscientize-se da sua respiração e tente respirar lentamente e profundamente enquanto
continua segurando o gelo.
4. Caso você comece a se distrair, tente trazer o seu foco novamente para a sensação do gelo
em sua mão.
Essa técnica pode ajudar a reduzir a ansiedade ao redirecionar o foco para uma
sensação física presente e fornecer uma distração para os pensamentos ansiosos.
Outra estratégia que pode ser utilizada é a estratégia de apertar as mãos, que é uma
técnica simples que pode ajudar a reduzir a ansiedade em momentos de estresse. O passo a
passo desta é:
1. Comece estendendo os braços à sua frente, com as palmas das mãos voltadas uma para a
outra.
2. Feche as mãos em punho, mantendo os braços estendidos.
3. Aperte com força os punhos por 5 a 10 segundos, respirando profundamente pelo nariz.
4. Solte os punhos e relaxe os braços, soltando o ar pela boca lentamente.
5. Repita o processo algumas vezes, apertando e soltando os punhos lentamente, até sentir a
ansiedade diminuir.
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Essa técnica funciona como uma forma de liberar a tensão acumulada no corpo
durante momentos de ansiedade e estresse. (NATIONAL INSTITUTE OF MENTAL
HEALTH, 2021)
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OBJETIVOS:
Objetivo Geral
Estabelecer ferramentas que auxiliem os professores na aplicação de estratégias de
acolhimento e manejo de adolescentes do ensino médio em meio a crises de ansiedade.
Objetivos Específicos
a) Diagnóstico
Identificar as dificuldades apresentadas pelos professores acerca de como auxiliar os
alunos em meio a crises de ansiedade.
b) Intervenção:
Promover conhecimento acerca das crises de ansiedade e como identificá-las.
Auxiliar no desenvolvimento de estratégias para que os educadores estejam melhor
preparados para lidar com a situação.
c) Avaliação
Constatar se as medidas apresentadas e ensinadas aos professores foram eficazes para
o acolhimento e manejo de crises de ansiedade em alunos do Ensino Médio.
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JUSTIFICATIVA:
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Médio. Em estudo realizado em 2018 com 503 estudantes do ensino médio de uma escola
estadual em São Paulo, foi encontrada uma prevalência de 33,3% de sintomas de ansiedade
moderada a grave, avaliados pela Escala de Ansiedade de Beck (Beck Anxiety Inventory -
BAI) (referência: Oliveira et al., 2018). Em outro estudo realizado em 2019 com 187
estudantes do ensino médio de uma escola particular em Minas Gerais, foi encontrada uma
prevalência de 30,5% de sintomas de ansiedade moderada a grave, avaliados pela Escala de
Ansiedade Estado-Traço (State-Trait Anxiety Inventory - STAI) (referência: Lima et al.,
2019). Já em pesquisa realizada em 2020 com 578 estudantes do ensino médio de uma escola
pública em Pernambuco, foi encontrada uma prevalência de 25,1% de sintomas de ansiedade
moderada a grave, avaliados pela Escala de Ansiedade de Beck (BAI) (referência: Torres et
al., 2020). Os dados citados estão refletidos de forma evidente no relato dos professores da
instituição, que demonstraram preocupação acerca da frequência e abrangência dos casos de
crise de ansiedade por parte dos alunos do Ensino Médio.
A partir da contextualização sobre as características da crise de ansiedade e da
apresentação de estudos que demonstram a prevalência significativa desses eventos em
alunos de Ensino Médio, atrelados às queixas dos professores da instituição, a importância da
capacitação de profissionais da educação para o manejo correto e acolhimento fica evidente.
Segundo Feitosa, Ricou, Rego e Nunes, (2011), a compreensão e habilidade de detectar os
sintomas de transtornos, como a ansiedade, na adolescência é crucial, pois possibilita um
possível diagnóstico e tratamento precoce, o que pode levar a resultados mais favoráveis para
a saúde emocional e mental desses jovens futuramente. Nesse sentido, uma educação que
busque uma formação humana completa deve incluir o desenvolvimento integral dos
estudantes, visando formar indivíduos críticos e emocionalmente saudáveis, por meio da
realização de ações que proporcionem suporte emocional aos adolescentes e estudantes
durante todo o processo educacional e profissional, a fim de promover o bem-estar, a saúde
mental, a aprendizagem e a formação humana integral. (SOARES E ALMEIDA, 2020)
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ETAPAS, PROCEDIMENTOS E INSTRUMENTOS.
Instrumento/Técnica: A técnica utilizada para essa etapa será a apresentação oral dos temas
do treinamento de capacitação de professores, bem como o uso de material de apoio chamado
“ Respirando Fundo: estratégias para lidar com ansiedade em sala de aula”
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Encontro 2: Esse encontro terá como objetivo a apresentação teórica das estratégias que
podem ser utilizadas com os alunos ao longo de uma crise de ansiedade. Essa etapa será
exposta pela aluna Meg Emilly Borget aos 34 professores, com auxílio de slides e do
material de apoio e terá duração prevista de 20 minutos.
Encontro 3: Essa etapa terá por objetivo o treinamento prático dos professores às demandas
de ansiedade. Nessa, ocorrerá uma simulação de demanda: os 34 participantes serão divididos
entre dois grupos professores e alunos, no qual os alunos serão instruídos a relatarem
sintomas gerados pela ansiedade e demandas que podem estar atreladas a esses sintomas. Já a
turma dividida em professores aplicará as estratégias estudadas na turma de alunos, sob
supervisão das aplicadoras Ana Leme, Aynara Cristiana e Meg Borgert. Essa etapa terá
duração de 1 hora e ao final da simulação, a aluna Aynara Cristiana dará feedback aos
participantes.
ETAPA 3: Feedback
Objetivo específico: Receber retorno dos professores e das diretoras da instituição sobre a
intervenção aplicada.
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CRONOGRAMA
Data: Data: 05/06/ 2023 Data: 12/06/ 2023 Data: 19/06/ 2023 Data: 26/06/ 2023
02/06/2023 Hora:09:00- 09:20 Hora: 09:00- 09:20 Hora: 09:00- 10:00
Hora:14:00-14:
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AVALIAÇÃO Avaliar se os objetivos foram atingidos, os pontos positivos e negativos do
treinamento realizado como intervençaõ
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FEITOSA, H. N.; RICOU, M.; REGO, S.; NUNES, R. A saúde mental das crianças e dos
adolescentes: considerações epidemiológicas, assistenciais e bioéticas. Revista Bioética, v.
19, n. 1, p. 259-275, 2011.
LOWRY, Chloe et al. Teachers: the forgotten health workforce. Journal of the Royal
Society of Medicine, v. 115, n. 4, p. 133-137, 2022.
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SOUZA, C. M de. Ansiedade e Desempenho Escolar no Ensino Médio Integrado. Dissertação
(Mestrado em Educação) - Universidade do Vale do Sapucaí. Pouso Alegre, 2020.
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APÊNDICE
DIÁRIO DE CAMPO
No dia 17 de abril de 2023, as discentes de Psicologia entraram em contato via ligação com a
secretaria do Colégio Estadual Conselheiro Carrão, a fim de marcar uma visita na instituição.
No dia 22 de abril de 2023, as universitárias foram recebidas pela diretora geral e pela
diretora pedagógica para uma primeira coleta de dados que foi realizada por meio de
entrevista semi- estruturada, como roteiro a seguir:
1. Cargos Entrevistados:
Diretora geral e diretora pedagógica.
2. Objetivo da Entrevista:
Conhecer a história, o funcionamento e as dificuldades cotidianas vivenciadas pelos docentes
e discentes do local. Baseado nestes aspectos, identificar possíveis fragilidades que careçam
de intervenções psicológicas.
3. Demandas Apresentadas:
- Elevados casos de bullying na escola (violência verbal)
- Falta de motivação dos alunos e necessidade de melhorias no projeto de vida
- Necessidade de orientação aos professores da escola direcionada a compreensão das
demandas dos jovens nessa fase da vida, principalmente com relação a ansiedade.
- Mau uso das redes sociais.
4. Cargos
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b) Tem psicólogo nessa equipe profissional?
Não tem.
5. Alunos
6. Relacionamentos
7. Demandas
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Tudo, não existe nada que não possa ser melhorado, com isso, todos os programas da escola
podem ser melhorados. O que é mais perceptível é a dificuldade de alguns professores em
lidar com as demandas dos alunos, principalmente os adolescentes.
Obs: Existe uma matéria chamada Projeto de Vida que leva aos alunos experiências
como visitas a museus, cinemas e desperta o estímulo para sonhar e idealizar uma
vida no futuro.
8. Inclusão
*Drogas - não veem muito, pelo respeito que tem pela escola
*Violência - Intolerância dos alunos entre si tem, mas nada muito sério que envolva violência
física, verbal até tem, porém, nada altamente preocupante.
10. Acessibilidade
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