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CURSO DE PEDAGOGIA

NOME DO ALUNO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR EM PEDAGOGIA I


– EDUCAÇÃO INFANTIL

Rio Negro - Paraná


2019
NOME DO ALUNO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR PEDAGOGIA I –


EDUCAÇÃO INFANTIL

Relatório de Estágio apresentado para a disciplina de


Estágio Curricular em Pedagogia – Educação Infantil no
curso de Pedagogia.
Orientador: profª. Ma. Lilian Amaral da Silvia Souza
Tutor Eletrônico:
Tutora de Sala: Leticia Ribas

Rio Negro - Paraná


2019
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO........................................................................................................................ 3
CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO..................................................................4
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO............................................................................5
ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE...................................................................6
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA..............................................................................................7
PLANOS DE AULA PARA REGÊNCIA.................................................................................8
DIÁRIOS DAS REGÊNCIAS..................................................................................................9
CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................10
REFERÊNCIAS .....................................................................................................................11

INTRODUÇÃO
O estágio curricular supervisionado viabiliza a verificação das teorias
estudadas, com a prática vivenciada no dia a dia escolar, visto que nesta ocasião
que o futuro professor, irá pensar a realidade do ensino e efetivamente examinar os
vínculos existentes entre a escola e os conhecimentos pedagógicos apreendidos
Desta forma, sendo o estágio, antecedente ao exercício do
magistério, torna possível a decisão sobre ele, a partir de um olhar irrestrito, do que
é ser professor conhecendo-se e modelando-se simultaneamente.
Enquanto acontece, o estágio permite ao futuro profissional, a
organização de novos conhecimentos teóricos e práticos, por meio das observações
da realidade, onde pode investigar os pontos positivos e negativos permitindo a
aproximação do que de fato existe no cotidiano escolar, que facilitam o saber do
meio, da rotina e das ações de todos os envolvidos com o espaço de ensinar e
aprender, com as situações educativas concretas que levam a compreensão do
entorno ao qual a educação está incluída promovendo então, o conhecimento
teórico, à prática da edificação da qualidade do futuro professor (OLIVEIRA,2018).
Ao mesmo tempo, destaca-se o valor da pesquisa, na constituição
da mentalidade, do caráter e das ações do profissional e da educação, no processo
de ensino e aprendizagem ligados com o meio social, cultural, profissional, político,
econômico e didático – pedagógico e na aquisição de medidas de suporte aos
obstáculos pertinentes às situações educacionais, pois conforme Freire (1996)
citado por Oliveira (2018):
Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses que fazeres se
encontram um no corpo do outro. Enquanto ensino contínuo buscando,
reprocurando. Ensino, busco, porque indaguei, porque indago e me indago.
Pesquiso para constatar, constatando e intervindo educo e me educo.
Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunico para
anunciar a novidade (freire, 1996, p.29).

Com base nesses conceitos é possível perceber a importância do


estágio na formação da identidade profissional do futuro docente, visto que esta
prática viabiliza a integração entre conhecimentos teóricos e práticos. Assim o
presente trabalho tem por finalidade relatar o Estágio Supervisionado aplicado no
Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues, na cidade de Rio
Negro PR, no período de ____/____/____ a ____/____/____.

Durante o estágio foi realizado observação nas turmas de Berçário I


e II, e Maternal I e II podendo a estagiária participar da rotina de cada turma e do
espaço educativo. A Regência foi aplicada na turma de Maternal I, o tema
desenvolvido durante a semana foi o Folclore e a lenda do Saci Pererê, com a
elaboração de atividades diversificadas como: contação de histórias das
personagens do folclore, roda de conversa, ilustração de desenhos, fazer bolinhas
de papel crepom, carimbar mãos e pés, brincadeiras e cantigas de roda; procurar
objeto escondido, montar quebra cabeça e assitir a lenda do Saci Pererê.

O estágio supervisionado proporcionou experiências enriquecedoras


que levarei para o meu futuro profissional. Ser, estar e realizar com os alunos, numa
atitude de reciprocidade, visto que ensinar e aprender, apresenta uma via de mão
dupla onde aquele que aprende ensina e quem ensina também aprende. E com
essa oprtunidade me faz refletir que sempre é tempo de aprender e de ensinar, que
somos eternos aprendizes sedentos de saberes, seremos nós, professores e alunos,
no doar e receber das interações, em uma relação dialógica de edificação que
perpetuará nossa mútua existência.

CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO


O Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues
está localizado no Bairro Bom Jesus, perímetro urbano da cidade de Rio Negro -
Paraná, e iniciou suas atividades em 27 de março de 2006. Leva o nome de uma
professora que teve papel de destaque com suas benfeitorias à comunidade local, e
em seus 12 anos de atendimento já passou por três ampliações de salas e
atualmente conta com mais um projeto de ampliação. Hoje ela atende a demanda de
crianças oriundas do bairro e de bairros próximos (Bom Jesus, Campo do Gado e
Passa Três), sendo crianças de classe média-baixa e fornecendo acesso
educacional às crianças na Educação Infantil de Berçário I até o Maternal II, sendo
então crianças entre 4 meses até 3 anos, 11 meses e 29 dias. Sua mantenedora é a
Prefeitura Municipal de Rio Negro, ministrada pela Secretaria Municipal de
Educação. Seu horário de funcionamento é a partir das 07:00 horas e saída às 18:00
horas, sendo o atendimento integral das crianças com opção de frequentar meio
período. Também as crianças podem adentrar no CMEI até as 8:15 horas, saída do
período matutino 11:45 e entrada vespertina até 13:15, tendo como horário de saída
vespertina a partir das 16:30 até 18:00. O espaço físico da instituição conta com
1.110,69m² de área construída e 544m 69cm² de área livre e parques. São 8 salas
com 34m 83cm² (2 berçário I, 2 maternais I e 2 maternais II), 2 salas com 34m
69cm² (2 Berçários II), 1 sala com 19 m 48 cm² (Cozinha), 1 sala com 13m 23cm²
(secretaria e direção), 1 sala com 12m 39cm² (refeitório), 1 sala com 8m 77cm²
(dispensa), 1 sala com 6m 96cm² (lactário), 1 sala com 15m 96cm² (trocador), 1 sala
com 8m 53cm² (almoxarifado), 1 sala com 11m² (lavanderia), 2 banheiros com 8m
77 cm² redondos, 2 banheiros com 18m² masculino e feminino adaptados para as
crianças, 1 banheiro com 8m 77cm² para adultos, 1 central de gás com 2m 25cm², 1
hall de entrada com 12m 87cm², 1 sala de coordenação com 11m 90cm², 1
almoxarifado com 11m 90cm², 2 salas (maternal I e II) com 40m 80cm², 1 banheiro
para adultos com 3m 40cm², 1 banheiro adaptado para deficientes com 3m 40cm², 2
banheiros (masculino e feminino adaptados para crianças) com 14m 30cm². O
restante do espaço é destinado aos jardins laterais, gramados e dois parques
distintos, com brinquedos adaptados à crianças de diferentes idades.
Durante o processo de observação percebeu-se que o espaço do
CMEI interno e externo é muito bem constituído e organizado, as salas ficam
distribuídas de modo que possam atender a demanda do bairro, e propiciam um
ambiente favorável ao aprendizado, a estrutura do CMEI está divida em 12 salas, e
subdividida entre os níveis de idade, de acordo com as necessidades de cada fase.
O CMEI atende um total de 232 crianças, distribuídas de acordo com sua idade e em
suas respectivas turmas. As crianças desta comunidade são ativas e interessadas,
de maioria católica e evangélica, e etnias variadas (Bucovinos, Alemães, Poloneses,
Ucranianos, etc.), todavia, como em várias comunidades do Brasil os pais precisam
se ausentar de suas residências para trabalharem, então a maioria deles passa a
maior parte do tempo de suas vidas com avós, irmãos mais velhos ou sendo
atendidas nos CMEI´s como este.
São 67 funcionários atuantes dentro do CMEI, dentre estes
estagiárias, equipe de limpeza e cozinha, coordenação e corpo docente. Este último
é composto por 12 professores que possuem Graduação no Ensino Superior, todos
devidamente lotados por Concurso Público Municipal (efetivos), parte dos
professores possui especialização em alguma área, e o município também dispõe de
capacitação ou formação continuada para os profissionais de educação durante todo
o ano letivo, com convenções, seminários, cursos de aperfeiçoamento. A maior parte
já é atuante na educação há vários anos, e possuem formação ou especialização
direcionada para a Educação Infantil (também magistério). Todos os professores
realizam suas horas atividades, nestes 45 minutos preparam seus planejamentos
pedagógicos, reveem ações dos planejamentos anteriores, fazem conferência e
preparação de material, etc. No ponto de vista pedagógico perante a lei o CMEI
possui Projeto Politico Pedagógico devidamente regulamentado junto aos órgãos
competentes, onde o mesmo passou no ano anterior por alterações e
melhoramentos, onde participaram e contribuíram toda a equipe pedagógica e
docente da instituição.
O Projeto Político Pedagógico da instituição é direcionado por uma
fundamentação teórica baseada em muitos autores, mas ressaltam-se as teorias
educacionais construtivistas de Piaget que são necessárias para o
acompanhamento dos estágios evolutivos das crianças, e as teorias de
desenvolvimento e aprendizagem de Vygotsky que estabelecem e direcionam as
formas do convívio social e interação por meio das zonas de conforto e
aproximação, e ainda fornecem bases para a construção e reconstrução de
conhecimento permanente.
Todos os conteúdos trabalhados com as crianças além de estarem
condizentes com a LDB, possuem embasamento teórico desde o início de sua
aplicação, no andamento até nos seus métodos avaliativos, pois, seguindo os
pressupostos teóricos do referido documento, torna-se palpável o alcance da
percepção dos resultados esperados, bem como torna possível à comparação de
resultados para realizar a devida intervenção pedagógica se necessária. O CMEI
segue o calendário escolar municipal, porém como atende uma demanda de filhos
de trabalhadores que não têm um horário flexível, abre plantão de atendimento em
recessos, nas férias e em demais dias específicos, porém nestes plantões as
crianças ficam sob os cuidados das estagiárias e direção, sendo as professoras
dispensadas.
DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data :

Hora de início/término da aula :

Professora regente:

Primeiro dia: Berçário I

Essa turma agrega 23 crianças sendo 11 meninos e 12 meninas,


cujo horário de chegada é de 7:00h à 8:15h, são acolhidos por duas estagiárias
que acomodam no tatame onde estão dispostos diversos brinquedos para que
intejam com os mesmos e entre eles e as estagiárias.
Com a chegada da professora realizam-se as rotinas habituais de:
horários de lanches, troca de fraldas, higienização e atividades pedagógicas de
praxe, a específica do dia, será o carimbo do pé no “chapéu do soldado”.
Preparam os devidos recursos para a aula: chapéus de papel sulfite, bacia com
água, toalha, pincéis, tinta guache verde e amarelo dispostos em mesinhas, expõe
ao grupo o que farão com os recursos expostos, designando uma estagiária para
atender os alunos que aguardam a vez brincando e a outra estagiária a auxilia nos
carimbos. Vai conduzindo um a um até a professora conforme o nome é citado e
vão deixando a carca na lateral do seu chapéu, um verde, outro amarelo até o
último aluno.
Ao finalizarem a atividade, destinam os recursos utilizados aos
seus locais de origem, convidam as crianças para guardarem juntamente com
elas, os brinquedos que utilizaram até então e se voltam para a rotina de cuidados
pessoais da turma.
Nas aulas em que, o conhecimento oferecido está enterlaçado à
emoçãpo, como na presente situação, permitir ao aluno sentir, no contato com a
pele, o mundo do exterior, este conhecimento tem um signioficado especial e
permanece por mais tempo na memória.

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data :

Hora de início/término da aula

Professora regente:

Segundo dia: Berçário II

É uma turma composta por 21 crianças, elas 10 e eles11, sob os


cuidados da professora regente e duas estagiárias. A chegada acontece das 7:00h
às 8:15h, acompanhada por pais, familiares ou proprietários de Vans escolares.
Ao recebê-las, as estagiárias vão orientando quanto a colocação das mochilas nos
lugares e para que se apropriem dos brinquedos seus agrados dentre os
disponibilizados aos seu alcanses.
As rotinas costumeiras como lanche, higienização, trocas de
fraldas, atividades de acolhida e dirigida acontecem quando a professora chega na
sala.
A proposta do dia colocada para o grupo em roda, é a de colorirem
desenhos das personagens do folclore brasileiro, cuja leitura e socialização dos
livros correspondentes fizeram no dia anteriror. Ordena que se acomodem em
torno das mesinhas dispostas, com quatro cadeirinhas em cada, possibilta a
escolha do desenho e das cores dos gis de cera e enquanto acompanha com as
estagiárias o desenvolvimento da atividade vai escrevendo os nomes dos alunos.
No desenho escolhido. Ao término, seepara-os em dupla e pede que troquem o
desenho com o colega para observarem como o outro realizou o colorir, a escolha,
o capricho, etc, por fim a professora coloca fita adesiva na folha de todos para
fixarem no mural da sala. Ao final da exposição, a professora chama-os para a
organização do espaço e para a rotina precedente ao almoço.
A vida da criança é permeada pela arte que tem grande
importância no processo de aquisição do conhecimento. Cabr à escola promover
essas formas de expressão e informação e tornar possível a troca de
conhecimentos na socialização das produções dos alunos.

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data :

Hora de início/término da aula :

Professora regente:

Terceiro dia: Maternal I

O maternal I abarca onze meninas e dez meninos, uma estagiária


fixa, uma estagoária volante para cobrir as horas atividades da professora e a
então já citada professora regente. O horário estabelecido para a entrada das
crianças tem início as 7:00h e se estende até 8:15, as estagiárias as recebem dos
responsáveis que as acompanham, dão-lhes autonomia para tirarem a agenda da
mochila e a colocarem na mesa, e as acomodam na roda de brinquedos.
À entrada da professora na sala iniciam-se os costumes diários:
horários de lanches, uso do banheiro para ir ao vaso sanitário, trocador para os
fraldados, higienização, atividades permanentes e dirigidas...
Os alunos ouvem em roda de conversa a explicação da atividade
que consiste em representar o que é a música propõe ( era uma vez um pedaço
de pano encantado que fazia o que eu ia mandando) um barco, uma ponte, uma
casa, uma flor, um cavalo, um trio elétrico e uma cama. Formam duplas, cada
dupla recebe um quadrado de TNT, seguram nas quatro pontas e observando
como a professora e a estagiária fazem, também vão realizando uma, duas, três
vezes. Para registro da aula a professora sugere que os alunos sentem-se em
torno das mesinhas para desenhar e pintar em folhas sulfites, o objeto que consta
na música que mais lhe chamou a atenção. Depois de tudo pronto expuseram no
mural, auxiliaram na organização da sala e então, para a rotina que precede o
horário do almoço e soninho.
A ludicidade no contexto escolar não pode ser ignorada, sendo
esta um comportamento natural da criança. É pelo brincar que ela aprende,
reelabora o mundo e desenvolve-se.

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data :

Hora de início/término da aula :

Professora regente:

Quarto dia: Maternal II

A turma abrange onze meninas e nove meninos, uma estagiária e


a professora rgente. A chegada das crianças deve acontecer de 7:00h a 8:15h
cabe a estagiária fazer a recepção das mesmas quando chegam com seus
responsáveis, solicitar que coloquem a agenda no lugar combinado, bem como a
mochila e então podem sentar-se no tatame para assitir o desenho, que já está
passando (Tom e Jerry).
A professora entra na sala as 8:00h, inicia-se a rotina dos
cuidados corporais: uso do banheiro, higienização lanches, atividades de acolhida
(bom dia coleguinha comovai?) oração em ação de graças pelas mãos, pés, boca,
ouvido, olhos e coração. Contagem dos alunos, representam com desenhos, um
círculo para as meninas, um quadrado para os meninos, colocando a letra inicial
do nome de cada um nos desenhos.
Em seguida apressenta-lhes a aividade: roda de música com o
“dado musical”, que consiste em arremessar o dado a uma distancia pré
estabelecida e cantar a música, cujo o nome aparecer escrito no lado superior do
dado. Tendo todos participado do jogo e das músicas a professora ordena que se
sentem em torno das mesinhas para representarem com desenhos a música que
o dado indicou para si: para a pintura do desenho ela dispos tinta guache e pincel.
Após o término, colam no mural e se preparam para o almoço.
Jogo e música são brincadeiras de todos os tempos e culturas,
traz beneficios para o bem estar físico, mental e social e permite um conhecimento
mais aguçado de si e do mundo. É fundamental que o professor favoreça essas
práticas em suas aulas como elementos formadores dos seus alunos.

ENTREVISTA COM O PROFESSOR REGENTE

Neste item deve conter a entrevista que você realizou com o


professor regente para saber como ele organiza as práticas pedagógicas. Esta
entrevista deve ser apresentada em formato de texto, com base nas orientações do
Manual de Estágio.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O tema escolhido para a intervenção foi o Folclore e a lenda do Saci


Pererê, com o objetivo de repassar valores culturais; possibilitando que as crianças
vivenciem e explorem as cantigas e as brincadeiras populares; E conheçam as
personagens clássicas do folclore brasileiro.

Folclore é um gênero da cultura de origem popular, que representa a


identidade social de uma comunidade através de atividades culturais que nasceram,
individualmente ou coletivamente, e se desenvolveram com o povo transmitidos
entre gerações (Wikipédia).
De acordo com Frade (2018), o fato do interesse pela cultura popular
surgiu no momento em que ela tendia a desaparecer, impactada pela revolução
industrial. Historiadores apontam como cultura da maioria propagada informalmente,
nas praças, feiras, igrejas, livre para todos, nobres, aristocratas, clero e aqueles que
“não tinham títulos” participavam das festas alusivas ao fato. No final do século XVIII
e início do XIX ocorreu a descoberta da cultura popular, sendo determinada como
obstáculo à erudita.
Essa mobilização iniciou a partir de registros de Herder e dos irmãos
Grim, na Alemanha, estendendo-se para a Rússia, Suécia, Sérvia e Finlândia, e
mais tarde Inglaterra, França, Espanha e Itália. Inicialmente com a atenção voltada
para a poesia, que era considerada “da natureza” (os Grim) ou divina (Herder). Em
seguida esses pesquisadores abrigaram outras formas de literatura, como lendas,
contos, narrativas de fábulas, histórias dos antigos heróis e Deuses do mundo Grego
- Romano e coisas fantásticas, denominadas “antiguidades populares” ou “literatura
popular”. Três critérios demarcaram a cultura popular: o da verdade (conhecimento
falso X conhecimento verdadeiro); o da racionalidade (contraposição de práticas
aceitáveis e coerentes na sociedade estabelecida); o da convenção (código social
determinando o que era legítimo ou não). O objetivo era único, não obstante,
exposto com outras roupagens; que fosse; padronizar; de conformidade com os
moldes legais das sociedades civil e religiosa. Porém, outros fatos aconteciam ao
mesmo tempo e de forma paralela, referentes a limitação das fronteiras entre
conhecimento e ignorância (Id, 2018).
Com a chegada do movimento positivista no decorrer do século XIX,
as atenções pela cultura popular visavam redescobrir resíduos do passado
coerentes com o modo de vida e a história humanas, que deveria se compreender
para tornar compreensível a sociedade (Idib, 2018).
A sistematização da cultura popular principiou com o nome de
folclore e delimitou os marcos de suas fronteiras.
O reflexo desses estudos europeus e americanos chegaram ao
Brasil na segunda metade do século XIX, em primeira mão por Celso de Magalhães
(1849/1879) acompanharam-lhe Arthur Ramos (1903/1949), Amadeu Amaral
(1875/1929) Mario de Andrade (1893/1945), Renato Almeida (1895/1981) e Edison
Carneiro (1912/1972) dentre outros. No Brasil os primeiros estudos voltaram-se para
a poesia popular. As pesquisas seguiam as correntes filosóficas e científicas
vigentes na Europa e que marcaram época entre os intelectuais brasileiros (FRADE,
2018).
Renato Almeida aponta que no folclore deve-se considerar “o
comportamento do grupo social onde existe e as formas que revestem o fato”,
conforme escreveu no seu livro “A inteligência do Folclore” (1974) (Id, 2018).
O que se pode perceber muitas vezes, é que, mesmo na escola a
cultura brasileira é deixada de lado e se coloca em relevo os contextos de culturas
forasteiras. Perceber-se a necessidade de resguardar a cultura nacional
disseminando seu conhecimento, trazendo à tona o contexto de sua identidade
posto à parte do cotidiano popular dos vários cantos brasileiros.

O MITO DO SACI PERERÊ

Conforme Cascudo (2001) a aparição do Saci Pererê se deu em


meados do século XVIII, vindo do Sul, pelo Paraguai, zona indicada como tendo sido
o centro da dispersão dos Tupis – Guaranis. Outros afirmam que ele tenha surgido
no século XIX. Há concordância, ao dizerem, tratar-se de uma evolução de um mito
indígena ao qual foram acrescentadas contribuições de elementos africanos e
europeus.
A princípio YaciYaterê seria seu nome e era um índio de uma perna
só. Ele teria ganhado a cor negra como contribuição do africano e o nome de Saci. E
teria o português colocando-lhe um gorro vermelho. Contudo, para alguns, a
princípio o Saci possuía duas pernas perfeitas. Dependendo da região e do tempo
ele muda sua aparência. Há narrativas de Saci com calção ou mesmo nu, com duas
pernas, com uma só ou com uma perna atrofiada (CASCUDO, 2002).

O autor acima citado descreve o Saci Pererê como sendo:

Pequeno negrinho, com uma só perna, carapuça vermelha na cabeça, que


faz encantado, ágil, astuto, amigo de fumar cachimbo, de entrançar as
crinas dos animais, depois de cansá-los em correrias, durante a noite,
anuncia-se pelo assobio persistente e misterioso (CASCUDO, 2001 p.610).

Assim como em outras lendas, o Saci tem diversos nomes que varia
de acordo com cada região, Nunes (2009) descreve-os:

Como os outros mitos, o saci assume diversos nomes, podendo ser no sul,
Saci Pererê, no centro Kaipora, e Matintapereira ou Maty – Taperé ao norte,
e ainda Maty, Çaci, Saci, Pererê, Cererê, Saci Saperê, Saci – Trique, Saci
Seperê, Saci Taterê. O termo Saci resulta do tupi-guarani “çaacyperereg”.
Vem do verbo pererek, popular. Daí a origem do nome Saci, Pererê que, por
não ter uma perna, anda aos pulos (revista galileu, edição 89). As
traquinagens ocorridas, especialmente na zona rural, são sempre atribuídas
ao Saci. Apaga a luz do candeeiro, some a criança do berço, queima o
arroz, azeda o feijão, faz desandar a massa do bolo, coloca insetos na
comida, troca o sal pelo açúcar. À noite dá nó na crina dos cavalos, rouba
os ninhos das galinhas, deixa as porteiras abertas, assobia como o vento
nas janelas e portas. Invade casas, esconde objetos, assusta as crianças e
causa insônias (NUNES, 2009 p.1418).

Foi através das histórias de Monteiro Lobato que o mundo passou a


conhecer o Saci Pererê. De acordo com Nunes (2009)

Monteiro Lobato foi o responsável pela difusão do Saci Pererê por todo o
Brasil. Primeiro com a proposição de um debate sobre o personagem,
publicado no Jornal O Estado de São Paulo e compilado em forma de livro
sob o título “O Saci – Pererê resultado de um inquérito”, em 1918. Com o
livro “O Saci”, que descreve a captura de um Saci pelo Pedrinho, Lobato
resgata o mito para o mundo infantil e populariza essa personagem, como
uma entidade travessa. Conta que ele nascia em um local da floresta
conhecida como “Sacizeiros”, formada de bambuzais de onde só saia
quando completasse 7 anos e vivia até os 77. A partir da versão
televisionada do “Sítio do Pica – Pau Amarelo”, as travessuras do Saci
Pererê lhe garantiram popularidade em todo o país (NUNES, 2009 p.1418)
Com o passar dos anos sua história foi sendo transmitida e sofrendo
alterações, isto para se adequar aos novos contextos culturais e permanecer nos
contos infantis. Com isso é passado adiante um mito brasileiro carregado de
características de povo hegemônico formado por diversas culturas.
PLANOS DE AULA PARA REGÊNCIA

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues


Data :
Hora de início/término da aula : 07:00 às 13:00
Professora regente:
Tema da aula: Folclore – Saci Pererê

Primeiro dia - 28 de Agosto 2018

Tema: Folclore
Turma: Maternal I C
Duração: 07:00 às 13:00
Conteúdos: Linguagem Oral, Artes Visuais, Coordenação Motora Fina,
Objetivo Geral:
 Repassar Valores Culturais; possibilitando que as crianças vivenciem e
explorem as cantigas e as brincadeiras populares; E conheçam as
personagens clássicas do folclore brasileiro.

Objetivos Específicos:
 Fazer roda de conversa para entender o que as criançasconhecem sobre o
assunto folclore;
 Ilustrar o desenho do Saci Perere para explorar criatividade;
 Fazer Bolinhas de papel crepom para desenvolver a coordenação motora
fina;
 Cantar músicas folclóricas a fim de ampliar o repertório musical;

Procedimentos:
Iniciar com a rotina da turma: lanche no refeitório, ida e volta em
filas: uma de meninas, outro de meninos; a formação de filas favorece a organização
tendo em vista que o refeitório fica numa ala próxima.
Ao retornarmos realizar troca de fraldas, levar ao vaso sanitário as
crianças que foram desfraldadas, meninas primeiro, depois os meninos. Todos
prontos? Então propor que se acomodem calmamente na roda para início das
atividades pedagógicas. Nesse primeiro dia, chamaremos pelo nome todos os que
se encontram na sala, cantando “bom dia coleguinha, como vai? E aquele que for
chamado, responderá legal fazendo o gesto de positivo com as duas mãos. Ao final
quando todos chamados? Cantaremos assim: Faremos o possível para sermos bons
amigos, bom dia coleguinha, como vai...? A seguir, hora da contagem, quantas
meninas? Quantos meninos? Quantas crianças no total? Para essa contagem
utilizaremos caixinhas de vários tamanhos, cheias de areia, bem encapadas,(para
que não se abram facilmente) com papel multicoloridos, para atrair a atenção deles
e que em outros momentos poderão utilizar em suas brincadeiras de “construção” de
muros, cercas, casas, trem, torres, etc...
Todos têm sua caixinha? Vamos contar juntos, levantem suas
caixinhas meninas e 1, 2, 3, 4, 5 etc... Meninas. E 1,2,3,4, etc. meninos. Agora
contar todas. Todos levantam a sua e chegaremos no número total de alunos.
Em seguida iniciar um diálogo perguntando: quem gosta da música,
o cravo brincou com a rosa? E do bicho papão e caranguejo não é peixe, não atire o
pau o gato? Quem sabe, agora ajude a cantá-las... E quem não conhece pode agora
aprender.
Ainda em roda e sentados, sondar o que eles conhecem sobre o
folclore brasileiro. Vocês já ouviram a palavra folclore? Sabiam que as cantigas que
acabamos de cantar pertencem ao nosso folclore? Deixar que compartilhem seus
conhecimentos de forma organizada. Cada um tem sua vez.
A seguir apresentar os livros das personagens clássicas e suas
lendas: Curupira, Saci Pererê, Boitatá, Lobisomem, Bicho Papão, Boto Cor de Rosa,
Bumba Meu Boi, Mula Sem Cabeça e explorar aspectos do material (forma, cores,
tamanho): quantos livrinhos temos aqui? Qual é a forma geométricas deles? E as
cores? São grandes ou pequenos? Quem é este animal na capa do livro? Porque
tem esse nome? É bonito? Assustador?...
Após, propor a atividade seguinte mostrando um desenho do Saci
Pererê: quem é este? Gostariam de ilustrar bem bonito seu gorro e calção? Então
temos que fazer bolinhas de papel crepom vermelho e também usar retalhinhos de
EVA para fazer a colagem.
Distribuir então, tiras de papel crepom vermelho, previamente
preparadas, para que transformem em bolinhas; os que tem maior habilidade de
movimento de pinça poderão, ao terminar, auxiliar os colegas que estão com
dificuldade na elaboração, para que estes não desanimem. Ao término desta
atividade recolher o material pronto para que não se perca e dispor duas mesinhas e
duas cadeirinhas, farão de dois em dois a ilustração, para serem melhor
acompanhados e obter-se um êxito maior. Enquanto os dois alunos realizam a
atividade proposta, os colegas que aguardam a vez, terão à sua disposição os livros
das personagens folclóricas referidas acima, para folhar e visualizar.
Aos das mesas, entregar um desenho do Saci Pererê, em folha
impressa, bolinhas de crepom e retalhos de EVA e acompanhá-los em “suas
produções” espalhando a cola e dando as devidas orientações. Focar atenção maior
nos alunos que demonstram insegurança, que dispersam facilmente ou que
demonstram apatia.
Concluídas as atividades pertinentes ao primeiro dia de intervenção
pedagógica, solicitar que auxiliem na organização do ambiente guardando os
materiais restantes nos seus devidos lugares, os livros depositar na caixa de onde
apanharam e após deixá-los livres para voltarem aos cuidados das necessidades
fisiológicas (tomar água, ir ao banheiro, trocar fraldas, higienizar as mãos) e
aguardar o momento do almoço e do soninho.
Se houver dispersão propor que cantemos as cantigas do início da
aula, as mais solicitadas.

Recursos: Papel crepom vermelho, retalhos de EVA, folhas com o desenho do Saci
Pererê, cola, livros das personagens do folclore.

Avaliação: Observar o interesse e a participação de cada aluno na execução das


atividades propostas, realizando as devidas mediações.

Segundo dia - 29 de Agosto 2018

Tema: Folclore
Turma: Maternal I C
Duração: 07:00 às 13:00
Conteúdos: Identidade e Autonomia; Cantigas; Corpo e Movimento; Conhecer seu
corpo, Coordenação Motora Ampla e fina

Objetivos:
 Cantar músicas folclóricas;
 Brincar de roda;
 Carimbar mãos e pés em um cartaz circular, trabalhar a percepção tátil;
 Identificar as cores primárias.

Procedimentos:
Iniciar as atividades diárias: lanche matinal no refeitório, troca de
fraldas, levar os desfraldados ao banheiro. Fazer uma roda para cantar bom dia
coleguinha como vai? Contagem de quantos alunos vieram: quantas meninas,
quantos meninos e a soma total, utilizando-se de sucata (embalagem vazia de
bebida láctea).
Em seguida abrir um diálogo sobre as atividades do dia anterior: o
que fizemos, como fizemos, se foi divertido, se lembram quem é o Saci Pererê, etc...
dialogar sobre as cantigas de roda, reforçar que são do repertório da cultura popular
brasileira e propor que brinquemos, agora rodando, visto que, no dia anterior
cantamos sentados. Daremos ênfase à cantiga caranguejo não é peixe, caranguejo
peixe é, por ser ela a base da atividade que será realizada posteriormente.
Ao perceber que estão cansados, fazer o convite para voltarem à
roda, e sentados conversarmos sobre a próxima atividade que faremos: carimbar
mão e pé num cartaz circular vermelho, escrito com a música palma, palma, palma,
pé, pé, pé, roda, roda, roda, caranguejo peixe é, em sulfite branco com letras azuis,
contendo ainda, uma gravura de caranguejo no centro.
Na referida cantiga quando cantam palma, pé, roda, devem soltar
suas mãos das mãos dos colegas para realizar o que se pede, bater palmas, bater
os pés e rodar individualmente e sem sair da roda. A intenção do cartaz circular é
justamente registrar esse momento da cantiga. Próximo do centro, do mesmo há
espaço para carimbar as mãos; nas bordas, espaço para carimbo dos pés.
Ao apresentar o cartaz aproveitar para explorar oralmente a
atividade: qual é a forma geométrica do cartaz? Quais cores estão nele? Que
gravura está no seu centro? Porque será que o cartaz está nessa forma? Quais as
utilidades das nossas mãos? São todas iguais? Do mesmo tamanho? Pedir que
observem as suas mãos e as dos colegas que estão ao seu lado. E os nossos pés
para que servem? Quem sente cócegas neles?
A seguir instruí-los sobre o procedimento para a “carimbagem”, será
realizada individualmente, disporemos três mesinhas, uma para as tintas: amarela e
azul, outra mesa para o cartaz e a terceira para a bacia com água morna e toalha,
tudo preparado previamente.
Enquanto a atividade acontece com cada aluno chamado, os
colegas que aguardam sua vez, terão à sua disposição, para observar gravuras que
retratam cenas do cotidiano de diversas culturas. A finalidade desta ação (observar
gravuras) é evitar aglomeração de crianças na execução do procedimento individual.
Durante a carimbagem assegurar confiança e enfatizar gestos de
afeto e ao mesmo tempo conversar sobre o que se passa no momento.
Quando terminar chamá-los à organização do espaço, guardar as
gravuras no lugar de onde pegaram, enquanto a professora estagiária recompõe o
ambiente utilizando para a realização da atividade.
Convidá-los para a rotina que antecede a ida para o almoço, troca
de fraldas, ida ao banheiro, higienização das mãos e então sentar no tatame para
tomar água, aguardando o momento de fazer o trem para irem ao refeitório almoçar.
Recursos: Papel cartão e sulfite A4, canetas coloridas, diversas gravuras, tinta
guache azul e amarelo, pincel pequeno, bacia com água morna, toalha e sucatas.

Avaliação: Observar o envolvimento e modo de participar nas atividades, auxiliando


nas dificuldades encontradas.

Terceiro dia - 30 de Agosto 2018

Tema: Folclore – Um dia de Saci


Turma: Maternal I C
Duração: 07:00 às 13:00
Conteúdos: Matemática, Identidade e Autonomia, Reconhecimento de cores,
Coordenação Motora Ampla e fina, percepções e expressões corporais, formas
geométricas.

Objetivos:
 Procurar Objeto escondido, criar um ambiente de interação;
 Contornar com gliter formas geométricas, aprimorar a coordenação motora fina;
 Pular num pé só, desenvolver a lateralidade através de estímulos, motivações e
atividades de coordenação.

Procedimentos:
Iniciando o dia na creche. Atenção para a rotina. Caminhar em fila
até o refeitório. Será que vamos tomar chá ou leite com chocolate? E o que vamos
comer? Bolacha salgada, bolacha doce ou pão com margarina? Vamos ver? Ao
voltar, ir ao banheiro fazer as necessidades orgânicas, trocar fralda dos mais novos
e.… fazer roda para cantar o bom dia coleguinha como vai? Ouvir seu nome
pronunciado pela turma e, cantar o nome dos colegas também. Usar peças de lego
azuis e amarelas para contagem dos presentes na sala. Meninas, peças azuis,
meninos peças amarelas. Depois cantar também alecrim, pombinha branca, o sapo
não lava o pé, indiozinhos.... Adiante...
Propor que sentem em círculo, para explicação da próxima ação:
encontrar gorros vermelhos parecidos com o do Saci Pererê, previamente
confeccionados, sendo que cada aluno receberá um, depois de encontra-lo e, se
quiser poderá levar para casa no final do dia. Esses gorros deverão ser escondidos
pela sala antes que as crianças cheguem.
Após o encontro de todos os gorros, cada aluno irá realizar a
colagem de glitter em formas geométricas desenhadas na parte frontal do adereço.
Essa atividade será individual, portanto, preparar uma mesinha e uma cadeirinha
para realizá-la, e a cola, também o glitter. Enquanto cada aluno desenvolve essa
atividade pedagógica, os colegas aguardarão a vez, explorando os livros das
personagens do folclore brasileiro os livros serão os mesmos utilizados no primeiro
dia da regência. Antes da colagem, perguntar para cada criança: qual figura
geométrica você quer? Pequena, média ou grande? Qual cor de glitter você
escolhe? Haverá desenhos geométricos maiores, médios e pequenos para que
visualizem e escolham falando o tamanho não só apontando e várias cores de
glitter, ao escolher terão que falar que cor é, caso não saibam a estagiária dará
dicas exemplificando, se for amarelo e ele ou ela não souber, dirá é da cor do sol, se
for vermelho, é da cor de sangue, etc. para que façam a associação.
Quando todos realizarem sua atividade individual, iremos: guardar
os livros e organizar a sala para a próxima proposta. Colocar cada um o seu gorro
parecido com o do Saci Pererê e decorado de acordo com o seu gosto, na cabeça
finalizar as atividades pedagógicas da manhã brincando de pular num pé só,
primeiramente sem regras e ajudando-se mutuamente. Após seguindo algumas
regras como: andar num pé só para o lado do tatame. Andar num pé só para o lado
da porta do banheiro. Andar num pé só para frente, andar num pé só para trás.
Auxiliar as crianças menores que, eventualmente, não estejam conseguindo
responder aos comandos, para não se sentirem excluídas ou incapazes.
Quando perceber cansaço, propor que troquem o seu gorro com um,
ou uma colega, de sua escolha e guardem na mochila. Então o que a criança levará
para casa como lembrança desse dia, será o gorro do ou da colega e não o seu
Ao término, ir ao banheiro, higienizar as mãos, os de fralda pegar
sua mochila e dirigir-se ao trocador para serem observados e atendidos. Sentar-se
encostados na parede para tomar água e aguardar com brincadeiras livres a hora de
fazer o trenzinho para ir ao refeitório almoçar e depois lavar a boca e dormir um
sono gostoso.

Recursos: Gorros vermelhos de TNT, cola, gliter, peças de lego nas cores amarelo
e azul, livro com personagens do folclore.

Avaliação: Será executada pela observação de: iniciativa, autonomia e


companheirismo diante das atividades propostas.

Quarto dia - 31 de Agosto 2018

Tema: Folclore – Exposição artística


Turma: Maternal I C
Duração: 07:00 às 13:00
Conteúdos: Identidade e Autonomia; Cantigas; Corpo e Movimento; Conhecer seu
corpo, Coordenação Motora Ampla e fina.

Objetivos:
 Conhecer e cantar diversas cantigas de roda;
 Montar quebra cabeça simples para desenvolver a concentração, atenção e o
pensamento lógico;
 Pintar desenho com lápis de cor e explorar a coordenação motora fina;
 Assitir a lenda do Saci Pererê a fim de contemplar o desenvolvimentoauditivo
e Visual.

Procedimentos:
Iniciar a rotina matutina, deslocando-se organizadamente para o
refeitório, no retorno já ir atraindo a atenção para o foco das ações pedagógicas
apresentando
“Saci Pererê de uma perna só,
conheço você das histórias da vovó,
cachimbo na boca soltando fumaça,
toca na cabeça você é uma graça.”

Ao chegar na sala acompanhá-los ao banheiro, trocar fraldas e


chamá-los à roda para a chamada pelo nome, utilizando-se da música, bom dia
coleguinha como vai? Contagem de meninos, meninas e total, usando o seu
brinquedo trazido de casa (sexta-feira é o dia que eles podem trazer um).
A seguir conversar sobre os procedimentos do dia: primeiro vamos
cantar, rodar fazer o que a música pede, para esse momento priorizar Ciranda
Cirandinha e Terezinha de Jesus, a primeira cantiga abre possibilidade para
recitação de “versinhos” como o acima citado e outos:

“Batatinha quando nasce


Espalha a rama pelo chão
Menininha quando dorme
Põe a mão no coração”
Tico, Tico no farelo
Tico, Tico no fubá
Tico, Tico pula, pula
Para lá e para cá

“Pulei na pedrinha
Pedrinha rolou
Pisquei pro mocinho
Mocinho gostou
Contei pro papai
Papai me surrou”.

Terezinha de Jesus: por meio desta, pode-se expressar e estreitar


os laços afetivos, ao realizar o comando, quero um beijo e um abraço.
Concluida essa parte, apresentar a proposta que segue: colorir o
desenho do Saci Pererê e montar quebra cabeças. Assim dispor mesinhas; e
cadeirinhas em número de quatro por mesa. Chamar os alunos para ocuparem seus
lugares e entregar o desenho e os lápis de cor para pintarem a seu modo e
escolhendo as cores conforme suas preferências.
Simultaneamente, em uma mesa separada, acontecerá a montagem
dos quebra cabeças, com acompanhamento individualizado. O aluno receberá um
desenho já colorido, do “Saci” cortado em três peças na posição horizontal, outro
desenho igual, cortado também em três partes, mas na posição vertical e um
terceiro igual aos dois primeiros mas sem cortes e que servirá de subisídio, para
observação se for necessário, na hora da montagem. Nesse momento a regente
apresentará as gravuras, explicará o modo como a atividade deverá ser realizada e
o aluno poderá tirar suas dúvidas e sentir-se a vontade.

Uma vez ajustadas as peças do quebra cabeça, o aluno deverá


voltar para a sua pintura, na outra mesa e cedendo o lugar para outro colega e
assim sucessivamente, até que todos realizem a atividade do quebra cabeça.
Ao término dessas atividades, vamos organizar a sala, recolhendo
os desenhos para expor no mural, guardar os quebra cabeças, as mesase as
cadeiras e realizar os procedimentos que precedem o horário do almoço: troca de
fraldas, ir ao banheiro, higienizar as mãos e tomar água.
Enquanto aguardam assistir o dvd “ a lenda do Saci Pererê”,
culminando assim as ações pedagógicas referentes ao meu estágio ou
supervisionado.

Recursos: Quebra Cabeça e desenhos do Saci Pererê, lápis de cor, DVD, TV,
brinquedos, mesas e cadeiras.

Avaliação: Acontecerá por meio da observação da participação, do interesse e


companheirismo das crianças, mediando nos momentos cabíveis.
DIÁRIOS DAS REGÊNCIAS
29

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data : 28 de Agosto de 2018

Hora de início/término da aula : 07:00 às 13:00

Primeiro dia:

Os alunos foram bem receptivos à proposta pédagógica do dia.


Conversaram, responderam, perguntaram, cantaram, demonstraram autonomia e
atitudes de companheirismo e amizade entre eles. Posso dizer que foi prazereso e
produtivo e ao final puderam adimirar seus trabalhos expostos na sala e trocar
idéias entre eles, buscando descobrir qual era o seu, e eles sempre sabem onde
está.

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data : 29 de Agosto de 2018

Hora de início/término da aula : 07:00 às 13:00

Segundo dia:

Embora estivessem mais agitados que no dia anterior realizaram


a contento as propostas apresentadas. Exploraram as oportunidades de interação
na roda de conversa, respondendo, comentando, expressando suas opniões. Nas
cantigas de roda puderam extravassar cantando, o momento “mágico” da
brincadeira foi no Palma, palma, palma, pé, pé, pé, roda, roda, roda, uns até
fecharam os olhos para rodar com as mãos livres das mãos dos amigos.
Ainda mais especial foi carimbar mão e pé, pense, sentir o colo da
estagiária, cócegas no momento da aplicação da tinta e visualizar sua mão e seu
pé, num lindo cartaz exposto no mural da sala
30

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data : 30 de Agosto de 2018

Hora de início/término da aula : 07:00 às 13:00

Terceiro dia:

As atividades realizadas neste dia foram repletas de experiencias


prazerosas. Cada aluno contribuiu para que essas vivencias fossem reais no
espaço e nas interações. Na procura do gorro escondido passaram a impressão
de não terem o hábito de brincar de esconde-esconde, mas entraram no clima
rapidamente. Na colagem do gliter estavam todos, muito a vontade, queriam
desfrutar desse momento sem pressa alguma.
Por fim puderam locomover-se para lá e para cá de um modo
diferente pulando num pé só e obviamente se cansando bastante. Nem todos
conseguiram sozinhos, o importante é que todos participaram e aprovaram mais
um dia de aprendizagens no tempo de ser criança de desfrutar grandes
convivências.

Instituição: Centro Municipal de Educação Infantil Professora Lenir Rodrigues

Data : 31 de Agosto de 2018

Hora de início/término da aula : 07:00 às 13:00

Quarto dia:

Os resultados que buscamos dependem das possibilidades que


apresentamos. Encaminhadas ainda uma vez mais, aceitaram de bom grado as
propostas do último dia de intervenção pedagógica realizada com e para eles,
alunos do maternal IC, as brincadeiras de roda com suas cantigas foram sempre
bem vindas e agora que já estavam familiarizados com essa ação, a realizaram
com maior autonomia, a interação foi mais intensa e a vontade de gravar “os
versinhos” foi grande. A cantiga do abraço foi bem marcante, parecia que estavam
necessitando receber e dar esse carinho, o abraço rendeu muita alegria e sorrisos.
A atividade de pintura foi bem aceita, mas percebi que ao executá-
31

la coletivamente, alguns alunos não deram tudo de si e a negligenciaram.


A montagem do quebra cabeça, sendo realizada na presença da
estagiária, por ser assim, a criança automaticamente apresenta uma postura
diferenciada, já muda o foco e concentra-se melhor, de um modo geral, tudo
ocorreu bem, não só eles, mas eu, aprendemos, crescemos, socializamos,
brincamos e nos humanizamos. E a emoçãocontinuou com o cinema. Assistir a
lenda da personagem que foi o foco das atenções de quatro dias intenços de
atividades. Foi o coroamento perfeito, muita atenção na TV, largos sorriros e
silêncio para não perder nada do que o “moleque Saci” aprontava.
32

CONSIDERAÇÕES FINAIS

No preparar-me previamente, para o estágio curricular


supervisionado, percorri um longo e precioso tempo refletindo e pesquisando sobre
as metodologias e procedimentos que melhor se adequasem ao público infantil que
escolhera e que estivessem de acordo com a proposta do tema indicado pela
professora regente, o folclore. Ser, estar e realizar com os alunos, numa atitude de
reciprocidade, visto que ensinar e aprender, apresenta uma via de mão dupla onde
aquele que aprende ensina e quem ensina também aprende.
Os aspectos afetivos e o entrelaçamento das bagagens dos alunos
deveriam permear a prática para favorecer aprendizagens significativas contribuindo
de alguma forma em suas vivencias dentro e fora do espaço escolar e que está
dentro da proposta de trabalho prevista. Que construissemos em conjunto a ação
pedagógica e que ocorresse de forma prazeroza, lúdica e confiante em uma
resposta positiva por parte de todos os envolvidos.
Fazer diferente para acontecer a diferença, isso demanda tempo,
disposição e um planejamento que posssa produzir o efeito esperado na ação e na
vivência dos envolvidos nesse processo de ensino e aprendizagem, e que nos
permite assumir uma postura mais reponsável com aquilo que juntos construimos e
com aquelas e aqueles que conquistamos e integramos à nossa vivência, isso nos
promove humanamente.
Na partilha daquilo que nos é próprio e dos valores que cada um
possui e que pode e deve socializar para o engrandecimento próprio e do grupo do
qual faz parte ocorre o ensino aprendizagem sólido e efetivo.
Fiz-me então “criança com as crianças” no sentido de buscar
entender seus anseios, seus saberes prévios, suas dores e aspirações, vivemos
cada dia dos quatro dias de estágio, como se fosse único e exclusivo e cada um
pode participar com liberdade das atividades desenvolvidas, quer nas formações
individual, duplas, grupos e de forma efeitva num trabalho de parceria e ludicidade e
onde exploram bastante a oralidade e puderam perceber que o que é falado ou
cantado pode ser manifestado de outros modos.
33

Estou ciente que há muito a se fazer ainda e que uma grande


caminhada se faz apartir do primeiro passo. O que foi realizado pode ser a porta
aberta para entrada de novas vivências, novas reflexões, novas condutas tanto para
mim quanto para os alunos com quem tive a oprtunidade e o prazer de contribuir de
dividir uma partícula do meu tempo, tempo que não vivi na minha juventude, pois
permaneci muitos anos longe dos bancos escolares e hoje é como se sentisse
saudades daquilo que não vivi e das pessoas com quem não convivi. Essa
oprtunidade me faz refletir que sempre é tempo de aprender e de ensinar, que o
passado não verei jamais, mas há um futuro à minha espera, que ele seja de
edificações, interações e sedento de saber.
Eternos aprendizes sedentos de saberes, seremos nós, professores
e alunos, no doar e receber das interações, em uma relação dialógica de edificação
que perpetuará nossa mútua existência.
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REFERÊNCIAS

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Educional S.A. 2017.

BENJAMIN, Roberto. Conceito de folclore. Disponível em:


http://www.unicamp.br/folclore/Material/extra_conceito.pdf Acesso em 04 de
Setembro de 2018.

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Infantil. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017.

BRASIL. Lei De Diretrizes E Bases Da Educação. Lei n° 9.394/96 de 20 de


dezembro de 1996.

BRASIL. Ministério da Educação e do desporto. Secretaria de Educação


Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília:
MEC/SEF, vol. I, II, III, 1998

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35

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pererê. Leitura e análise lingüística: narrativa com o mito Saci-Pererê. Celli –
colóquio de estudos linguísticos e literários. 3, 2007, Maringá. Anais... Maringá,
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Educacional S.A., 2017.

WIKIPEDIA. Significado de Folclore. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore


Acesso em 04 de Setembr
36

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