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O PAEFI NA EXECUÇÃO:

SUPERVISÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL


ESPECIAL DA MÉDIA COMPLEXIDADE
Serviço de Proteção e Atendimento Especializado
a Famílias e Indivíduos – PAEFI

Descrição: Serviço de apoio, orientação e


acompanhamento a famílias, com um ou mais de
seus membros, em situação de ameaça ou violação
de direitos.
Usuários: Famílias e indivíduos que vivenciam
violações de direitos por ocorrência de:

• Violência física, psicológica e negligência; Violência


sexual (abuso e/ou exploração sexual); Afastamento do
convívio familiar devido à aplicação de medida
socioeducativa ou medida de proteção; Tráfico de
pessoas; Situação de rua; Abandono; Trabalho infantil;
Discriminação em decorrência da orientação sexual, raça
e etnia; Outras formas de violação de direitos
decorrentes de discriminações/submissões a situações
que provocam danos e agravos à sua condição de vida e
os impedem de usufruir autonomia e bem-estar.
Como chegam essas famílias?
– Conselho Tutelar
– Poder Judiciário
– Ministério Público
– Escolas
– CRAS
– Saúde
– Delegacia da mulher e do
adolescente
– Demanda espontânea
– Etc
Quais os principais desafios do CREAS?
NO SEU MUNICIPIO, QUAIS SÃO AS
ETAPAS DE ACOMPANHAMENTO NO
PAEFI?
Principais Etapas do Serviço
• Realiza a acolhida, escuta
e acompanhamento sistemático das
famílias através de atendimentos
individuais e do grupo familiar.
• Visitas domiciliares.
• Construção do plano de
acompanhamento.
• Discussão de casos na equipe de
referência e participação em discussões
com a rede socioassistencial do território.
A importância do Plano de
Acompanhamento Familiar no SUAS e
sua Elaboração

• Pelo caráter continuado, os serviços delineados


pelo Sistema Único de Assistência Social, PAIF e
PAEFI, necessitam de registros dos atendimento
realizados com as famílias e/ou indivíduos.
O Prontuário SUAS é um dos instrumentos que
auxiliam as equipes para o registro e controle dos
atendimentos.
• Além deste, existe o Plano de Acompanhamento
Familiar que consiste no planejamento do
atendimento que será prestado no CRAS ou no
CREAS.
• Esse instrumento só pode ser construído a
partir de uma análise técnica, que mostre a
necessidade de um acompanhamento mais
próximo, com intervenções de curto,
médio e longo prazo, devido as situações
em que a família esteja exposta.
QUAL O MODELO DO PLANO DE
ACOMPANHAMENTO FAMILIAR?
Não existe um modelo padrão do plano, cada
equipamento vai elaborá-lo conforme suas
necessidades; mas, existem alguns itens que
são de suma importância estarem
registrados nele:
• Descreva, no plano, as demandas que a família leva e
as vulnerabilidades a serem superadas;
• Procure identificar as potencialidades do grupo
familiar, que servirão para ajudar na superação das
vulnerabilidades apesentadas;
• Identifique quais são os recursos que o território
oferece e mobilize-os, isso auxiliará na superação das
dificuldades enfrentadas;
• Levante as estratégias que serão utilizadas
pela equipe técnica, durante o
acompanhamento familiar;
• Mostre no instrumento os compromissos
assumidos: pela família e, também, pela
equipe técnica que representa o poder
público;
• Apresente como se darão as intervenções, as
ações, o prazo de execução do plano e os
resultados que se espera alcançar.
Lembre-se: no trabalho social com famílias, é
importante analisar as características e o
protagonismo de cada uma e de seus membros.

Durante o acompanhamento, é imprescindível


que as respostas das questões abaixo também
estejam registradas no Plano de
Acompanhamento Familiar:
• Em quais ações do PAIF ou PAEFI os membros
das famílias foram inseridos e quais seus
efeitos observados?
• Quais foram as respostas ofertadas pelo poder
público?
• As mediações realizadas trouxeram quais
resultados
• Foram necessárias modificações no processo de
acompanhamento? Quais?
• Quais aquisições e objetivos foram alcançados?
• Houve desligamento da família? Qual o motivo?
GRUPOS: QUAIS SÃO AS ATIVIDADES
SOCIOEDUCATIVAS QUE ACONTECEM
NO PAEFI?
Violência Sexual Contra Crianças e
Adolescentes
Temas abordados:

• Estatuto da Criança e do Adolescente.


• Vínculos, responsabilidade e papéis da família.
• Mitos sobre o abuso sexual
• Sexualidade
• Consequências do abuso sexual
-Para família
-Para criança
-Aspectos jurídicos
Articulação com a REDE:
• O que Não é atribuição do CREAS???
NOTA TÉCNICA N.º 02/2016/ SNAS/MDS
Assunto: Nota Técnica sobre a relação entre o
Sistema Único de Assistência Social- SUAS e os
órgãos do Sistema de Justiça.
21. Cumpre destacar que, diante das responsabilidades dos
profissionais do SUAS, há instrumentos e procedimentos que
extrapolam suas funções, na medida em que se caracterizam como
processos de responsabilização ou investigativos, tais como:

a) Realização de Perícia;
b) Inquirição de vitimas e acusados;
c) Oitiva para fins judiciais;
d) Produção de provas de acusação;
e) Guarda ou tutela de crianças e adolescentes de forma impositiva
aos profissionais do serviço de acolhimento ou ao órgão gestor da
assistência social, salvo nas previsões estabelecidas em lei;
f) Curatela de idosos, de pessoas com deficiência ou com transtorno
mental aos profissionais de serviços de acolhimento ou ao órgão
gestor da assistência social, salvo nas previsões estabelecidas em lei;
g) Adoção de crianças e adolescentes;
h) Averiguação de denúncia de maus-tratos contra crianças e
adolescentes, idosos ou pessoas com deficiência, de violência
doméstica contra a mulher.
25. Desse modo, quando órgãos do Sistema de
Justiça exigem dos profissionais do SUAS a
realização de atividades ou a elaboração de
documentos não condizentes com as suas
atribuições no serviço em que atua, bem como,
com a missão e objetivos da Política de
Assistência Social, enseja-se prejuízo do
exercício da função de proteção social e o
alcance dos objetivos da Assistência Social.
32. Portanto, tonar-se fundamental o diálogo
entre o SUAS e Sistema de Justiça, a fim de
serem construídos fluxos e protocolos que
assegurarem e fortaleçam a relação
interinstitucional, respeitando as competências
e os papéis dos profissionais nos respectivos
sistemas. Dessa forma, promovendo a proteção
social às famílias e indivíduos em situação de
vulnerabilidade e risco social e pessoal, por
violação de direitos.
Quando as famílias/indivíduos são
desligadas do PAEFI???
Processo de
Desligamento
• Tempo de acompanhamento

• Há violação de direitos?
– Violação de direitos X Conflito
familiar
“... existe a trajetória, e a trajetória não é apenas
um modo de ir. A trajetória somos nós mesmos.
Em matéria de viver, nunca se pode chegar
antes.” Clarice Lispector
OBRIGADA!
SUPERVISÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL
ESPECIAL DA MÉDIA COMPLEXIDADE:
Werllayne Amorim
Rodson Salazar
Marlina Carvalho
Iara Carvalhedo
PSE.SEDES@GMAIL.COM
(98) 2016-9223

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