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CURITIBA
2018
ELINAEL OLIVEIRA DE ARAÚJO
CURITIBA
2018
Proporcionalismo e Consequêncialismo
O Objeto
Na dificuldade de identificar corretamente o objeto de qualquer ação humana, o
termo objeto (em relação à avaliação moral), refere-se primariamente a alguma coisa ou
processo físico, ou melhor, ao final de uma ação deste tipo, qualquer que seja o motivo
que o sujeito possa ter para tomar uma decisão deliberada de fazer a ação, motivo esse
que se classifica como liberdade.
É corretamente apontado que a liberdade não é apenas a escolha de uma ou outra
ação particular; é também, dentro dessa escolha, uma decisão sobre si mesmo e uma
configuração da própria vida a favor ou contra o Bem, a favor ou contra a Verdade e,
finalmente, a favor ou contra Deus. Logo, com razão, a importância de certas escolhas
que moldam toda a vida moral de uma pessoa, servem como limites dentro dos quais
outras escolhas cotidianas particulares podem ser situadas e permitidas se desenvolver.
A encíclica configura o Consequêncialismo e o Proporcionalismo como teorias
errôneas a respeito do objeto moral de uma ação. O primeiro afirma que os critérios da
exatidão de um determinado modo de agir são apenas o cálculo de consequências
previsíveis derivadas de uma determinada escolha. Este último, ponderando os vários
valores e bens procurados, concentra-se mais na proporção reconhecida entre os bons e
os maus efeitos dessa escolha, tendo em vista o "bem maior" ou "mal menor" realmente
possível em uma situação particular.
O Papa rejeita essas teorias, declarando que “elas não são fiéis aos
ensinamentos da Igreja, quando acreditam que podem justificar, como moralmente
boas, escolhas deliberadas de comportamento contrárias aos mandamentos da lei
divina e natural". Ele primeiro diz que esta maneira de avaliar os atos humanos, não é
um método adequado para determinar se a escolha desse tipo concreto de
comportamento é de acordo com sua espécie, ou em si boa ou má, lícita ou ilícita.
Porque todos reconhecem a dificuldade, ou melhor, a impossibilidade de avaliar todas
as consequências e efeitos bons e maus, definidos como pré-morais, dos próprios atos
O Efeito da Moral
As circunstâncias são, por definição, elementos secundários de um ato moral.
São os tipos de coisas que tornam um bom ato mais ou menos esplêndido e agravam ou
atenuam a maldade de um ato ruim. Mas por definição eles não podem mudar a
qualidade moral dos atos em si. Comprar uma casa que esteja ao meu alcance serve bem
as várias necessidades da minha família e contribui para a melhoria da cidade.
São as circunstâncias positivas, que tornam bondade o ato de comprar uma casa
ainda melhor. Se eu compro uma casa além de meus meios, ou escolho morar em um
condomínio fechado para evitar ter que lidar com outros diferente de mim, ou comprar
uma casa de troféus por vaidade, essas são circunstâncias negativas, que mitigam a
bondade do meu ato de comprar a casa para abrigar minha família. Se qualquer uma
dessas circunstâncias negativas, for uma motivação suficientemente significativa para
eu comprar a casa, ou uma circunstância negativa for suficientemente problemática, isso
poderia tornar minha decisão moralmente errada.
Bibliografia