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Economia Financeira - Fichamento(Varian)

Camille Sousa
14 de Setembro de 2016

1 Capı́tulo 12 - Incerteza
A incerteza está presente em muitas situações, nas quais os indivı́duos devem
fazer uma escolha, neste capı́tulo o autor examina o comportamento individ-
ual com relação às escolhas que envolvem incerteza.
Varian inicia o capı́tulo tentando entender a escolha sob condições de in-
certeza e nos leva ao seguinte questionamento: Qual a ”coisa básica” que está
sendo escolhida? (p.229)
O consumidor enfrenta uma distribuição de probabilidades de obter cestas
de bens diferentes, ou seja, diferentes quantidades de consumo de cada bem
escolhido.

Exemplo: Compra de Seguro (p.230)


Ativos: 35.000,00
Possibilidade de perda (acidente, etc): 10.000,00
Probabilidade de ocorrer a perda: p = 0,01 (de ter 25.000.00)
Probabilidade de não ocorrer a perda: p = 0,99 (de ter 35.000,00)
Contrato de seguro (K): 10.000,00
Prêmio (yk): 100,00
2 Possibilidades:
0,001 de ter 34.900,00 (25.000,00 + K - yK)
0,99 de ter 34.900,00 (35.000,00 - yK)

O consumo que você perde no estado bom, dividido pelo consumo adi-
cional que você ganha no estado ruim, é:
∆Cg yK y
=− =−
∆Cb K − yK 1−y

Essa é a inclinação da reta orçamentária!

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Figure 1: seguro

Os diferentes resultados de um evento aleatório são apresentados como


sendo ”diferentes estados da natureza (ex. quando a perda ocorre e a perda
não ocorre)” (231).
O plano de consumo contingente é definido como ”uma especificação do que
seria consumido em cada diferente estado da natureza - cada resultado difer-
ente do processo aleatório” (p.231).
Do ponto de vista do economista, os ”tı́tulos de catástrofe” são uma forma
de tı́tulo de estado contingente, isto é, um tı́tulo que só paga se e somente se
um evento especı́fico ocorrer (p.234).
Em geral, o modo como uma pessoa avalia o consumo num estado em com-
paração a outro dependerá da probabilidade de que ocorra o estado em
questão [...] As preferências de consumo em diferentes estados da natureza
dependerão das crenças dos indivı́duos sobre a probabilidade de ocorrência
de cada estado (p.234).
No exemplo dado, considera-se que dois estados mutuamente excludentes,
chuva e sol, admite-se c1 e c2 como o consumo nos estados 1 e 2 e π1 e π2 as
probabilidades de ocorrência desses dois estados [...] dessa forma, podemos
escrever a função de utilidade do consumo nos estados 1 e 2 como U(c1 , c2 ,
π1 , π2 ), representando as preferencias individuais de consumo em cada estado
(p234).
Uma forma particularmente conveniente que a função de utilidade pode ado-
tar é a seguinte: U(c1 , c2 , π1 , π2 ) = , π1 υ(c1 ) + π2 υ(c2 ), diz que a utilidade
pode ser escrita como uma forma ponderada de alguma função do consumo

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em cada estado, υ(c1 ) e υ(c2 ), onde os pesos são dados pelas probabilidades
π1 e π2 (p.235).
Hipótese de independência - na escolha sob condições de incerteza há uma
espécie natural de ”independência” entre os diferentes resultados porque eles
têm de ser consumidos de maneira separada - em diferentes estados da na-
tureza (p.237).
Se a hipótese de independência for satisfeita, a função utilidade deverá ado-
tar a seguinte forma: U(c1 , c2 , c3 ) = π1 υ(c1 ) + π2 υ(c2 ) + π1 υ(c3 ), isso é o
que temos chamado de utilidade esperada (p.238).
O consumidor apresenta preferencias diferentes em relação ao risco [...] é
avesso ao risco, uma vez que ele prefere ter o valor esperado de sua riqueza
do que apostar e propenso ao risco, caso suas preferencias sejam tais que ele
prefira a distribuição aleatória da riqueza ao valor esperado dela (p.239).
Aplicando o modelo da ”utilidade esperada” a um problema de escolha sim-
ples:
Riqueza atual do consumidor = 10,00
Aposta: 0,5 de probabilidade de ganhar 5,00e 0,5 de probabilidade de perder
5,00
A riqueza será aleatória!

Figure 2: Aversão ao risco

O valor esperado da riqueza será de 10,00 e a utilidade esperada é:


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u(15, 00) + u(4, 00)
2 2
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Ao diversificar seu investimento entre duas empresas, você pode reduzir o
risco total, com o mesmo retorno esperado (p.243).
Distribuição de risco: cada consumidor distribui seu risco entre todos os
outros consumidores e, portanto, reduz a quantidade de risco em que está
incorrendo (p.244).
O mercado de ações desempenha papel semelhante ao do mercado de seguros,
no sentido de que permite distribuir o risco (p.244).
O mercado de ações oferece um meio de transferir os investimentos arriscados
das pessoas que não querem corrê-lo para aquelas dispostas a isso, contando
que recebam uma compensação suficiente (p.245).

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