Você está na página 1de 13

Aceita-se a figura mostrada como sendo uma elipse, lugar geométrico dos centros de

querena de um navio para diversas bandas; B e B1 ; B2 e B3; B4 e B5 são pares de


Centros de querena para bandas muito próximas sendo (B) para 00 o; B4para 900 e B2
para uma banda intermediária; os arcos B-B1, B2-B3,B4-B5 têm curvaturas
sensivelmente diferentes, correspondendo por tanto o diferentes arcos de
circunferências diferentes, cujos centros seriam respectivamente (M), (M 2) e (M1)
estes, satisfazem plenamente à definição de Metacentro e seriam realmente os
Metacentros desse navio em cada um dos 3 pares de bandas muito próximas (arco
infinitamente pequeno); nas bandas maiores, teriam varado não só a cota do
Metacentro (KM) como a posição de (M1) e (M2) em relação à (CL), da qual se teriam
afastado.

Embora a figura tenha exagerado propositadamente, em benefício de maior clareza,


assim ocorre em realidade com Metacentro.

MUDANÇA DE POSIÇÃO DO CENTRO DE GRAVIDADE

Consideremos uma balança em equilíbrio, figura acima. Se acrescentar-se um peso “p”


numa extremidade “A”, a mesma se deslocará para baixo devido ao momento
exercido. Consideremos a força G actuando nesta balança verticalmente para baixo.
Antes do peso ser acrescido, esta força actuava directamente sobre o bloco “CD”, e a
balança permaneceria em equilíbrio porque nenhum momento era exercido sobre a
mesma.

O centro de gravidade do corpo é o centro de todo peso acrescido à balança, G se


move para G1 em direcção à extremidade “A”. A força de gravidade agora actuará
verticalmente para baixo em G1, produzindo um momento inclinador. Este momento
terá o produto do peso total pela distância GG1.

Momento=P×GG1

Desde que se encontrava em equilíbrio antes de ser acrescentado no peso “p”, o efeito
de (P×GG1) deve-se inteiramente ao deslocamento do“p”.

Momento = pxGg

Desta forma teremos: PxGG1=p×Gg


p×d
GG1= P

Conclui-se então:

a) O centro de gravidade de um corpo se moverá directamente em direcção ao


centro de gravidade do peso acrescido a ele.
b) O centro de gravidade se moverá segundo o momento produzido pelo
deslocamento do peso acrescido segundo o centro de gravidade do corpo,
dividido pelo peso total do sistema.

Efeitos das remoções de peso sobre o centro de gravidade do navio.

Pode se aplicar a fórmula anterior quando forem embarcados ou removidos pesos a


bordo.
𝐩×𝐝
GG1= ∆

Quando acrescentamos peso ao navio, a fórmula passará a ser


𝐩×𝐝
GG1=∆+𝐩

Quando retiramos peso ao navio, a fórmula passará a ser


𝐩×𝐝
GG1=∆−𝐩

A finalidade do presente tópico é a de determinarmos a posição de GG do navio após


remoção a bordo uma determinada quantidade de carga.

Sempre que colocarmos o centro de gravidade de um ou mais corpos coincidindo


exactamente domo centro de gravidade de um determinado SISTEMA, o centro de
gravidade do sistema permanecerá na mesma posição.

Havendo coincidência nas posições do centro de gravidade do corpo e do centro de


gravidade do sistema, ao mudar-se da posição do corpo, constataremos que centro do
sistema deslocar-se-á na mesma direcção e no mesmo sentido da trajectória do centro
de gravidade do corpo removido.

Não havendo coincidência nas posições dos centros de gravidade do corpo edo
sistema, ao mudar-se a posição do corpo, o centro de gravidade do sistema deslocar-
se-á em direcção paralela á direcção da trajectória do centro de gravidade da carga e
com o mesmo sentido. A distância percorrida pelo centro de gravidade pode ser obtida
por intermédio da seguinte propriedade:

Produto do peso movido multiplicado pela distância percorrida por seu centro de
gravidade.

Aplicando esta formula a navios, pode se escrever:

P × d=Δ×GG’

Onde:

P=peso

d=distância percorrida pelo centro de gravidade do peso

Δ=deslocamento do navio

GG’=distancia percorrida pelo centro de gravidade do sistema

Donde conclui-se:
P×d
GG’= Δ
CONCEITOS PRELIMINARES

ESTABILIDADE LONGITUDINAL é a propriedade que todo o navio tem de voltar à


sua posição normal, quando tenha sido afastado, ou seja, é a tendência que o
navio possui de manter o mesmo calado.

Devido ao maior tamanho de comprimento em relação à boca, resulta que os


ângulos de inclinação em torno de eixo transversal (caturros) são muito menores
que os de balanço, e dada a grande dimensão do raio metacêntrico longitudinal,
sempre haverá altura metacêntrica longitudinal (GML) positiva.

Portanto, seu estudo carece de importância no que diz respeito à segurança do


navio. Porém, tem grande influência nos cálculos de calado e trim.

CENTRO DE FLUTUAÇÃO – Notação F- é o centróide da área de um plano de


flutuação.

TEOREMAS DA FÍSICAS BÁSICAS

1. Quando uma figura admite uma linha diametral, o centróide encontra-se


nessa linha.
2. Quando uma figura admite um plano diametral, seu centróide encontra-se
nesse plano.
3. Se a figura admitir um plano ou eixo de simetria, seu centróide encontra-se
sobre esse plano ou eixo.
Sendo o plano diametral o plano de simetria do navio, a linha do centro o
eixo da simetria, o Centro de Flutuação fica sobre essa linha.

É importante conhecer a posição do ”F”, isto é, sua distância em relação às


perpendiculares, pois todos os cálculos de Estabilidade Longitudinal serão
baseados nele. Os planos de bordo, normalmente, dão a sua posição em
relação à perpendicular de ré e a perpendicular de meio navio (plano
aranha) em função de calado médio ou do deslocamento.

GRAUS DE LIBERDADE DE UM NAVIO

São seis, a saber:

1. ARFAGEM-é um movimento vertical em torno de um eixo vertical que passa


pelo centro de flutuação.

2. BALANÇO- é um movimento oscilatório para EB e BB em torno de um eixo


longitudinal que passa pelo centro de flutuação.
3. Caturro- é um movimento vertical em torno de um eixo transversal que passa
pelo centro de flutuação.
4. AVANÇO E RECUO- e um movimento longitudinal em torno de um eixo
longitudinal que passa pelo centro de flutuação.
5. CAIMENTO-é um movimento transversal em torno de um eixo transversal que
passa pelo centro de flutuação.
6. CABECEIO- é um movimento horizontal para BB e EB em torno de um eixo
vertical que passa pelo centro de flutuação.

Disso pode-se deduzir, que as flutuações isocarenas, as inclinações longitudinais do


navio se fazem em torno de um eixo que passa pelo centro de flutuação; este pode ou
não coincidir com o plano transversal de meio navio (plano aranha).

Por convenção, o afastamento de “F” , a partir do aranha (¤) é possível se “F” estiver a
ré do aranha (¤) e negativo se estiver à vante.

Esta convenção também vale para o Centro de carena “B”. Alguns planos de Curvas
Hidrostáticas trazem a localização de “F”e “B” a partir da perpendicular de ré.
TPC-Tonelada Por Centímetro de Imersão
Af-área do plano de flutuação

1 cm = 1/100 m

Diga-se que foi retirado um determinado volume da área de flutuação e essa retirada
ocasionou uma diminuição de calado em 1 cm.

Calcule-se o volume da área em que decresceu:

V = Af.1/100 (volume = área x altura)

V =Af/100

Porém P= v x d, então P=Af/100 x d

P=Af/100 x 1,025 (água salgada)

P=Af x 1,025/100

Como TPC é peso, ou seja, toneladas por centímetro de imersão, pode se dizer que:

TPC = Af x d/100, que é o peso em toneladas necessário para fazer o calado variar em 1
cm.

TPC é obtido do Plano de Curvas Hidrostáticos, tendo como elemento de entrada o


calado médio.

IMERSÃO PARALELA- a imersão paralela provocada pelo acréscimo de carga é


determinada pela fórmula: i=P/TPC; da mesma forma se calcula a emersão paralela.
Obs: resultado em cm. Para que haja imersão ou emersão paralela, o peso tem que ser
embarcado ou desembarcado sobre “F”.
VARIAÇÃO DO CALADO DEVIDO A VARIAÇÃO DO TRIM
SIMBOLOGIA

V AV= variação do calado avante

V AR=variação do calado a ré

VT = variação do trim- é a diferença entre o trim inicial e o trim final

HMN= calado médio=HPV+HPR/2

HC=calado médio real- é o calado medido na altura do centro de flutuação. Também


chamado calado correspondente.

¤F-distancia entre o plano aranha e o centro de flutuação

⁰= ângulo formado entre a linha d’agua inicial e a linha d’agua final.

ʎ=distancia entre o “F” e a PAV

ʎ’=distancia entre o “F” e a PAR

ʎ=Lpp 1⁄2 ± ¤F (neste exemplo é mais)

ʎ’=Lpp 1⁄2 ± ¤F (neste exemplo é menos)

Tem-se na figura seguinte, três triângulos:


POSIÇÃO DO CENTRO DE FLUTUAÇÃO

MOMENTO PARA VARIAR O TRIM DE 1 Cm – MTC

É a medida da intensidade de retorno do navio ao calado primitivo. É também um


parâmetro que serve para medidas de comparação.

O seu valor é obtido nas curvas hidrostáticas, tendo como elemento de entrada o
calado médio.

G – centro de gravidade do navio

C – Centro de caren

ML- Metacentro longitudinal

O navio embicou, devido a remoção de um peso. O navio ficará em um novo equilíbrio


em G’B’. As alturas metacêntricas longitudinais, GML, são grandes.

O angulo em G é recto, e o ângulo em G’ pode ser considerado recto, pois são


semelhantes. E será um angulo muito pequeno, seu valor será de segundos.

GG’GML tg Θ
VT
Temosque Tg Θ=LPP

VT GML×VT
Então: GG’=GML × LPP;GG’= LPP

Porém VT=1cm (o que se quer é o momento para variar o Trim de 1 cm )


1m
1cm=100

1m GML×1
Logo VT=100 entãoGG’= 100×LPP

p×d p×d GML


Temos que GG’= ; logo: = 100×LPP
∆ ∆
MOMENTO PARA VARIAR O TRIM DE 1 CM-MTC

É a medida de intensidade de retorno do navio ao calado primitivo. É também um


parâmetro que serve para medidas de comparação’

Sei valor é obtido nas Curvas Hidrostáticas, tendo como elemento de entrada o calado
médio

G- centro de gravidade do navio

B- centro de carena

ML-metacentro longitudinal

o navio embicou, devido à remoção de um peso. O navio ficará em um novo equilíbrio


em G’B’

As alturas metacêntricas longitudinais, GML, são grandes.


O ângulo em G é recto, e o ângulo em G’ pode ser considerado recto, pois são
semelhantes.

E será um angulo muito pequeno, seu valor será de segundos.

Investigação individual (manuscrito e limpo) Estabilidade Transversal Estática Inicial,


sobre:

a. Estados de Equilíbrio de um Navio


b. Conceito de Estabilidade Transversal Estática
c. Momentos de Estabilidade
d. Estabilidade de Formas
e. Estabilidade de Pesos
f. Resolução de Questionário 204

Você também pode gostar