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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE VILA VELHA DE RÓDÃO

ESCOLA BÁSICA DO 2º E 3º CICLOS DE V. V. RÓDÃO


Nome: _____________________________________________________ Nº.: ___

Ficha de Avaliação de História - 8º Ano [CORREÇÃO] Nov. 2012

Documento 1 Documento 2

(…) Tornaram-se os trigos e os cereais tão caros por


todas as partes do reino de França e de outros
lugares e países da Cristandade, que aquilo que
alguma vez se tinha dado por quatro soldos, vendia-
se por quarenta, ou mais. Por ocasião da qual
carestia houve uma tão grande fome universal que
grande multidão de pobres morreu (…).
La cronique d’Enguerram de Monsrelet, 1440-1444
(adaptado)

1.1. Enumera os três principais problemas que afectaram a Europa no século XIV.
1.2. Com base no Doc. 2, identifica o problema retratado e o grupo da população que mais afectado foi.
1.3. Explica as consequências da quebra demográfica resultante dos problemas que enumeraste
anteriormente.

1.3

2. Lê cuidadosamente o documento 3. Documento 3


2.1. Identifica o responsável pelas medidas descritas e localiza-as no tempo a acção.
D. Fernando; século XIV (1375)
2.2. Identifica no documento as medidas tomadas para aumentar a produção agrícola.

“Mandou que todos os que tivessem herdades suas fossem constrangidos para as lavrar e semear.” …
“se o senhor das herdades as não pudesse lavrar (…)que as lavrasse por si as que mai aprouvesse e as outras
fizesse lavrar por outrem ou desse a lavrador”
“E todos os que eram ou costumavam ser lavradores, e isso mesmo os filhos e netos dos lavradores (…) que
fossem constrangidos a lavrar.”

3. Examina o seguinte esquema.

B
3.1. Substitui as letras A e B do esquema anterior, pelos nomes das figuras históricas em falta.
3.2. Identifica as facções em confronto durante a crise política portuguesa de 1383-1385 e a respectiva
base social de apoio.
As fações em confronto durante a crise portuguesa de 1383-1385 foram a dos apoiantes de D. Beatriz,
filha do rei D. Fernando e sucessora ao trono de Portugal. Estra era apoiada pelas camadas mais poderosas
da nobreza e do clero que pretendiam reforçar o seu poder e influência mesmo que para isso Portugal se
unisse a Castela.
A outra fação era liderada por D. João Mestre de Avis filho de D. Pedro e que contava com o apoio de
elementos menos influentes da nobreza e do clero, com o apoio da burguesia e do povo. Estes apoiantes
consideravam D. João como aquele que melhor poderia defender Portugal e assegurar a nossa
independência.

4. Lê atentamente o documento 4

4.1. A partir da leitura do documento indica três das motivações, que estiveram na origem da expansão
marítima portuguesa.
O documento 4 refere-se às motivações que levaram o Infante D. Henrique a impulsionar a expansão
marítima portuguesa. Podemos identificar uma motivação económica: “Considerou que podia para estes
reinos trazer muitas mercadorias…”[novos mercados e novos produtos]; motivação religiosa: “acrescentar a
a Santa Fé de Nosso Senhor Jesus Cristo…” [converter novos povos ao cristianismo]; motivação militar:
“Conhecer até onde chegava o poder daqueles infiéis…” [conhecer o poder militar dos muçulmanos].

4.2. Explica as motivações na nobreza e da burguesia para apoiarem o movimento da Expansão.


No início do século XV quer a Coroa, quer os grupos sociais estavam interessados e empenhados na
expansão marítima. Com efeito, à nobreza interessava fazer novas conquistas e aumentar o seu prestígio
militar, aumentar as suas riquezas em terras e cargos e também participar nos bons negócios que a
expansão trazia.
A burguesia, grupo ligado à actividade comercial estava interessada em trazer muitas mercadorias
(documento 4), alargar os locais onde fazia comércio e ter acesso a produtos de outros locais que eram
muito valiosos no mercado europeu.
Documento 5

4.3. Refere quatro das condições favoráveis que justificam a


prioridade portuguesa no início da Expansão.
A prioridade portuguesa deveu-se a várias condições favoráveis
entre elas a longa costa marítima e os bons portos existentes, do
Minho ao Algarve e os marinheiros experientes. Também as
condições técnicas e científicas referidas no doc. 5, nomeadamente a
caravela que permitia navegar com ventos contrários devido á vela
latina, e o quadrante, a balestilha e astrolábio necessários para
efectuar a navegação astronómica, quando navegavam em alto mar
e á noite. Estas foram algumas das condições favoráveis que
facilitaram a expansão dos portugueses.
Portugal estava ainda em paz o que lhe possibilitava concentrar-se
neste objectivo.

4.4. Completa, com base na observação do documento 5, o seguinte texto, utilizando as palavras do quadro
abaixo.
O Início da expansão portuguesa só foi possível pela conjugação de vários factores, entre os quais o domínio de
conhecimentos científicos e de técnicas de navegação. Os navegadores portugueses utilizaram instrumentos
como, por exemplo, balestilhas e astrolábios, visíveis na gravura. Estes possibilitaram a navegação
astronómica, viabilizando as viagens realizadas em caravelas ou em embarcações com maior tonelagem, as
naus, como a representada no documento 5. Ambas permitiam navegar com ventos contrários, isto é, bolinar.
barcas astronómica costeira portulanos
astrolábios quadrantes bolinar naus
bússolas cartas de marear caravelas marear

4.5. Refere os motivos que levaram os Portugueses à conquista de Ceuta e compara com os resultados
obtidos.
Os portugueses saídos da crise do século XIV precisavam de encontrar recursos para ultrapassar as
dificuldades. Como Portugal é um país pobre e sem recursos, a opção pela conquista de Ceuta foi defendida
por todos os grupos sociais devido ás seguintes razões: Ceuta situava-se perto de Portugal e era um local
onde existiam importantes riquezas: especiarias e outros produtos orientais vindas das rotas que do Oriente
chegavam ao Mediterrâneo, e ouro com origem nas rotas caravaneiras vindas do interior de África. Ceuta
também possuía reservas de cereais produzidos nos campos em redor da cidade.
Por outro lado a posição geográfica da cidade, à entrada do Mediterrâneo controlava a passagem dos
navios e a sua conquista era uma forma de combater a pirataria muçulmana que afectava as costas
algarvias.
Deste modo a conquista de Ceuta pareceu uma boa opção aos portugueses e a sua conquista no reinado de
D. João I foi um sucesso.
Mas após a conquista depressa se verificou que no aspecto económico de tratava de um fracasso pois os
muçulmanos deslocaram as rotas para outras cidades do N. de África e Ceuta passou a ter um custo
elevado para os portugueses devido aos ataques de que foi alvo.

Lê o documento 6

4.6. Compara a política expansionista de D. Afonso V com o objectivo definido pelo seu filho D. João II.
D. Afonso V, após a morte do seu tio o Infante D. Henrique, teve que decidir o rumo a dar á expansão. Ele era
mais adepto das conquistas no Norte de África, seguindo as opiniões da nobreza. Mas por outro lado não podia
abandonar as descobertas e o comércio nas novas terras descobertas que lhe davam importantes lucros; para
isso arrendou durante 5 anos o comércio e a exploração da Costa Africana a um mercador de Lisboa Fernão
Gomes a troco do pagamento de uma renda anual de 200 000 reais e da obrigação de descobrir 100 léguas ao
ano.
O seu filho, o futuro D. João II alimentava outras ideias e tinha como grande objectivo reunir as condições para
chegar á India por mar. Para isso tomou conta da expansão antes de ser rei, concentrou o comércio e as
descobertas nas mãos da Coroa e tomou medidas para procurar descobrir a passagem que daria acesso ao
índico.

5. Analisa o documento 7

5.1. Na tua folha de teste, identifica os locais assinalados no mapa com os números 1 a 8;
1 – Porto Seguro (Brasil); 2 – Cabo Bojador; 3 – Mina; 4 – Cabo da Boa Esperança; 5 – Moçambique; 6 –
Calecute (Índia); 7 – Malaca; 8 – Macau (China)
5.2. Identifica a letra A pelo nome do correspondente tratado celebrado entre Portugal e Castela.
Tratado de Alcáçovas
5.3. Explica, a partir do documento 7, as razões que levaram à substituição do primeiro dos tratados pelo de
Tordesilhas. Refere a importância deste tratado para a expansão portuguesa.
A viagem de Cristóvão Colombo para Ocidente descobriu novas terras (Antilhas) localizadas a sul das ilhas
Canárias. D. João II enviou imediatamente uma embaixada aos reis católicos e mandou preparar uma
esquadra para ir tomar posse das novas ilhas que pelo tratado de Alcáçovas lhe pertenceriam. Para evitar a
guerra, os reis de Castela pediram apoio papal para as suas pretensões. O Papa Alexandre VI, fez elaborar
um novo tratado (Tordesilhas, dividindo o mundo desconhecido em duas partes, a oriental para Portugal e a
ocidental para Castela, segundo um meridiano passando a 100 léguas (320 milhas) a oeste das ilhas de Cabo
Verde. Negociações diretas entre os dois países conduziram a um acordo melhor: pelo Tratado de
Tordesilhas (1494), a Terra era dividida em duas áreas de descobrimento e conquista, segundo um
meridiano passando a 370 léguas (1184 milhas) a oeste de Cabo Verde. A parte ocidental caberia a Castela,
a oriental a Portugal. O Tratado impediu uma guerra entre as duas nações e entregou a cada uma delas a
sua área livre de descoberta e expansão.
Para Portugal este tratado garantiu a zona do oriente que D. João II desejava e ainda um território na América
que veio a ser conhecido por Brasil.
5.4. Identifica a viagem assinalada coma letra B, refere o ano e o navegador responsável.

6. Preenche o quadro seguinte:


Territórios Exploração dos recursos Principal
Sistema de Administração
descobertos (Actividade económica e produtos) responsável
Divisão em Capitanias Aproveitamento dos recursos naturais: Infante D.
Henrique
Ilhas (capitães donatários) Agricultura (cereais, cana-de-açúcar, (monopólio)
Atlânticas plantas tintureiras – urzela e pastel)
(Madeira e Colonizar: povoamento, Criação de gado e pesca.
Açores) exploração, defesa e
administração da justiça.
Comércio: troca de ouro, prata, tecidos D. Manuel I
Império Governadores (vice-reis) finos, vindos da Europa, por especiarias
português Francisco de Almeida, Afonso (pimenta, canela, noz moscada,
do Oriente Albuquerque e outros. cravinho…), seda, porcelanas, pedras
preciosas, perfumes.
- Domínio dos mares (Índico);

- Construção de fortalezas e
feitorias,

- Estabelecimento de alianças
com senhores locais, para
assegurar o domínio do
comércio das especiarias

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