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Informa a Autora que não possui recursos financeiros suficientes para suportar
o pagamento das despesas processuais sem que isso prejudique seu próprio sustento e de
seus familiares, considerando que a mesma encontra-se no momento desempregada, em
razão de ser pessoa pobre, na acepção jurídica do termo.
Desta forma , nos termos do artigo 5º , LXXIV, da Constituição Federal, bem
como do artigo 4º da Lei 1.060/50 , a Autora requer que sejam a ela concedidos os
benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, e, para tanto, requer a juntada da anexa
declaração de pobreza e da CTPS.
Não basta o simples requerimento, onde apenas consta que a parte se diz
merecedora de tal benefício.
É necessária a comprovação, conforme art. 5º, LXXIV, da Constituição
Federal, que preceitua:
LXXIV -o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que
comprovarem insuficiência de recursos.
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Nesse contexto, anexa-se aos autos, copia do estrato bancário da Requerente,
declaração de imposto de renda, bem como cobranças de débitos em nome da
Requerente, afim de prova o estado de dificuldade financeira da autora ensejador do
deferimento da justiça gratuita.
II - OS FATOS
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No ano de 2002 a Autora registrou a Musica xxxxx, como Hino de Palmas, na
Fundação Biblioteca Nacional, do Ministério da Cultural, Escritório de Direitos
Autorais, conforme Certificado de Registro ou Averbação sob o Nº xxxx, Livro xxx,
folha xxx2, conforme documento acostado nos autos.
Conforme alhures, a Requerente e única compositora e detentora dos direitos
da referida obra, entretanto, foi surpreendida durante a campanha Eleitoral do ano 2012,
para a Prefeitura Municipal de xxxxx, quando se deparou com a noticia de que o xxxxxx
adotou a sua obra, como hit de campanha do então candidato a Prefeitura de Palmas
pelo partido, o candidato Marcelo Lelis. (doc. Anexo....).
Para melhor compreensão da violação perpetrada pelo Réu, que explorou a
obra da Autora sob diversas modalidades de utilização, a saber, televisão aberta, vídeo
on demand pela internet, comícios e reuniões politicas e carros de som, sem a sua
autorização, vejamos abaixo o lamentável exemplo:
Segue Videos em Cd a serem depositados no Cartório.
........................................................................................................................................................................... .................
.................................................................................................................. ..........................................................................
............................................................................................................................. ...............................................................
Não bastasse tal desproposito, com o referido uso indevido da música não
autorizada pela a Autora, o Requerido alterou o nome original da musica ”xxxxx” para
“xxxxxxxx”, uma grave afronta aos direitos de propriedade intelectual da Autora.
Na ocasião, a Autora procurou os representantes do partido Requerido
objetivando cessar o indevido, uma vez que sua musica estava sendo usada
indevidamente e sem a sua autorização pelo partido Requerido, tendo sido ouvida, uma
vez que tem a ótima relação profissional com a classe politica tocantinense.
Contudo, o Requerido optou por não discutir a questão e alegar
superficialmente que nada era devido a Autora, infelizmente talvez por acreditar que por
ela estar fora do mercado musical nada mais poderia fazer para ver seus direitos
respeitados.
Conforme narrado, a adoção não autorizada da musica da Autora pelo Réu
configura contrafação, em evidente infração às regras jurídicas de proteção ao Direito
Autoral. Contudo, não bastasse a contrafação do trabalho intelectual da Autora, o Réu o
adulterou a referida obra, fazendo inserir titulo inexistente no original, ferindo a
harmonia dos traços e do estilo da artista.
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Salienta-se que que o Réu adotou tal pratica com relação a obra produzida pela
Autora, sem que esta tenha dado qualquer autorização e sem que o Réu tenha a
procurado ou mesmo celebrado qualquer contrato com ela.
Neste contexto, apesar de não ser o caso da Autora (que JAMAIS transmitiu
seus direitos autorais para o Réu), cumpre salientar que a Lei de Direitos Autorais em
seu art. 49 impõe algumas limitações à transmissão dos direitos de autor:
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Além da indenização pelos danos materiais e morais provocados a Autora pelo
Réu esta deverá suportar as sanções civis pelos atos praticados.
VI - A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL
O Réu não providenciou qualquer tipo de reparo a Autora pelos danos que lhe
impingiu. Destarte, alternativa não lhe restou, senão socorrer-se ao Poder Judiciário, em
busca do remédio jurisdicional ao final requerido.
VII - DO DIREITO
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a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades
desportivas;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às
respectivas representações sindicais e associativas;
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais,
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento
tecnológico e econômico do País;
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DANO MORAL CONFIGURADO. VALOR MANTIDO. O direito autoral é o
conjunto de normas jurídicas que visam regular as relações oriundas da criação
e da utilização de obras intelectuais (artísticas, literárias ou científicas) -
entendida estas como as criações do espírito, sob qualquer forma exteriorizadas
- sendo disciplinado a nível nacional e internacional e compreendendo os
direitos de Autor e os direitos que lhes são conexos. AS NORMAS
AUTORAIS IMPÕEM A TODOS OS INTEGRANTES DA SOCIEDADE
RESPEITO A ESSAS CRIAÇÕES DO ESPÍRITO HUMANO AO PASSO
QUE OUTORGA AOS SEUS CRIADORES O EXERCÍCIO DE
PRERROGATIVAS EXCLUSIVAS. NO CASO DOS AUTOS, É
INCONTROVERSO QUE O TITULAR DO DIREITO AUTORAL DA
MÚSICA, ADOTADA PELO COMERCIAL FEITO PELA PRIMEIRA
RÉ, PARA A CAMPANHA DA SEGUNDA RÉ, É DO AUTOR. É
INCONTROVERSO, TAMBÉM, QUE HOUVE EFETIVA
UTILIZAÇÃO DA MÚSICA DE TITULARIDADE DO Autor NO
COMERCIAL, SEM A EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DO APELADO.
NESSE DIAPASÃO, RESTOU CONSTATADA A VIOLAÇÃO DO
DIREITO DE PROPRIEDADE INTELECTUAL DO AUTOR, SENDO A
CONSEQÜÊNCIA O DEVER DE INDENIZAR DAQUELE QUE
CAUSOU O DANO. DANO MORAL CONFIGURADO. O procedimento
das rés foi de inegável temeridade, já que fizeram uso de obra intelectual de
terceiro, sem a sua expressa autorização. Não é crível que as demandadas não
tenham conhecimento da lei especial, mormente ante sua atividade específica.
A responsabilidade, então, surge da utilização da música desacompanhada da
devida autorização. A OFENSA NASCE DO SIMPLES DESRESPEITO
AO DIREITO EXCLUSIVO À UTILIZAÇÃO DA OBRA, EXERCIDO
APENAS POR SEU TITULAR. A OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR
DECORRE DO USO NÃO AUTORIZADO DESSE DIREITO, SENDO
DESNECESSÁRIA A PROVA DA EXISTÊNCIA DO DANO. Valor
reparatório que obedeceu ao critério da razoabilidade, atendendo a sua dúplice
função compensatória dos sofrimentos infligidos à vítima e inibitória da
contumácia do agressor - sem descambar para o enriquecimento sem causa da
vítima. Desprovimento do recurso. (TJ RJ - 0269409-33.2007.8.19.0001 -
APELACAO - DES. RENATA COTTA Julgamento: 15/06/2011 - TERCEIRA
CAMARA CIVEL) . (grifos nossos)
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Comprovado nos autos que a operadora de telefonia disponibilizou em seu
site "Ringtone" de obra musical sem autorização expressa do compositor.
Inexistência de veiculação do nome do demandante como autor intelectual da
composição. Violação da integridade da obra sem a expressa anuência do
titular da canção. Infração ao que dispõe os arts. 24, II e IV e 29, I da Lei
9.610/98. Dano patrimonial ocorrente. Montante a ser arbitrado em liquidação
de sentença. O reconhecimento do abalo moral se dá pela ausência
de vinculação da obra ao nome do autor, bem como pela modificação da
composição sem expressa autorização. Precedentes. Ausente sistema de
tarifamento, a fixação do montante indenizatório ao dano extrapatrimonial está
adstrita ao prudente arbítrio do juiz. Valor majorado [R$ 20.000,00]. Mantida a
responsabilidade da empresa denunciada M4U SOLUÇÕES LTDA. ao
presente feito. NEGARAM PROVIMENTO AOS RECURSOS DAS RÉS.
PROVERAM EM PARTE O APELO DO AUTOR. UNÂNIME. (Apelação
Cível Nº 70042112409, Décima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Jorge Alberto Schreiner Pestana, Julgado em 30/08/2012)
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APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO E MEDIDA CAUTELAR
- GRAVAÇÃO, REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DE MÚSICA -
IDENTIFICAÇÃO CLARA E LEGÍVEL DO COMPOSITOR DA MÚSICA
NO ENCARTE DO CD - INFRINGÊNCIA AO DISPOSTO NO ART. 24,
INC. I E II DA LEI Nº 9.610/98 NÃO VERIFICADA - DANO MORAL NÃO
CONFIGURADO - AUSÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO PARA
REPRODUÇÃO E DIVULGAÇÃO DA MÚSICA - DANO PATRIMONIAL -
DEVER DE INDENIZAR - PEDIDO DE SUSPENSÃO DA
COMERCIALIZAÇÃO - POSSIBILIDADE - SENTENÇA REFORMADA -
REDISTRIBUIÇÃO DAS VERBAS DE SUCUMBÊNCIA.RECURSO
CONHECIDO E PROVIDO.1 - Nos termos do art. 24, incisos I e II da Lei nº
9.610/98 constituem direitos morais do autor, reivindicar a autoria e ter seu
nome, como sendo o do autor, na utilização da obra. No caso concreto,
vislumbra-se que houve menção clara e legível da autoria da composição da
música, de tal sorte que inexiste violação do direito autoral, passível de
indenização por danos morais, nesse aspecto.2. Diante da ausência de
autorização prévia e expressa do autor para a utilização da obra em qualquer
modalidade, ou seja, reprodução, edição, adaptação ou distribuição, configura
ofensa ao direito patrimonial do autor, nos termos dos arts. 28 e 29 da Lei de
Direitos Autorais, exsurgindo o dever de indenizar.3. No caso, uma vez
demonstrada que a obra foi fraudulentamente reproduzida, por ausência de
autorização de um dos seus compositores, mostra-se perfeitamente cabível a
sanção prevista no art. 102 da Lei nº 9.610/98, que consiste na apreensão dos
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exemplares reproduzidos.(TJPR - 10ª C.Cível - AC - 1255272-6 - União da
Vitória - Rel.: Luiz Lopes - Unânime - J. 29.01.2015).
*
DIREITO AUTORAL - Dublagem – Direito autoral conexo - Inexistência de
autorização para comércio em mídia DVD e omissão do nome do dublador -
Violação manifesta de direito autoral, a ensejar reparação de natureza moral -
Situação que vai além de mero transtorno, configurando desrespeito e violação
contratual - Indenização por danos morais fixada em R$ 20.000,00, com juros
desde a citação e correção a partir do arbitramento, cifra que leva em conta a
agressão havida e o porte da agressora – Verba honorária mantida em 10% do
valor atualizado da condenação - Danos materiais a serem apurados em
liquidação de sentença - Recurso da Ré desprovido e provido parcialmente o do
autor”. (...) É necessária prévia e expressa autorização do Autor ou titular
do direito para que a obra seja levada ao público. Por autorização prévia
entende-se que ela antecede a exibição ou representação; e expressa,
requer a manifestação inequívoca. Sem tal providência não pode alguém
utilizar a voz ou desempenho profissional de dublador na divulgação do
filme por outras mídias, respondendo todos os que participaram da
contratação, encomenda e que usufruíram do resultado, pois afinal, fazem-no
com intuito de lucro direto ou indireto”. (TJ/SP, Apelação Cível nº 1022055-
65.2013.8.26.0100, 7ª Câmara de Direito Privado, Rel. Mendes Pereira,
j.14/05/2014).
(grifos nossos).
***
APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO CIVIL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR
VIOLAÇÃO A DIREITOS AUTORAIS. OBRA MUSICAL. EXECUÇÃO
PÚBLICA EM CARRO DE SOM. CAMPANHA ELEITORAL.
INEXISTÊNCIA DE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA E EXPRESSA DO AUTOR
E CESSÃO DE DIREITOS POR ESCRITO. VIOLAÇÃO AO DIREITO DO
AUTOR. MULTA DO ARTIGO 109 DA LEI N. 9.610/98. INCIDÊNCIA.
POSSIBILIDADE. MÁ-FÉ. CONFIGURAÇÃO. FIXAÇÃO EM
MONTANTE ADEQUADO. DANOS MORAIS. QUANTUM
INDENIZATÓRIO. RAZOABILIDADE. MANUTENÇÃO. 1.A TUTELA
DO DIREITO AUTORAL ESTÁ CONSAGRADA NO ART. 5º, INCISOS
XXVII E XXVIII, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 E NA LEI Nº
9.610/98, ESTANDO SOB SUA PROTEÇÃO, DENTRE OUTRAS
PRODUÇÕES ARTÍSTICAS, LITERÁRIAS E CIENTÍFICAS, AS
COMPOSIÇÕES MUSICAIS. 2.PERTENCEM AO CRIADOR DA OBRA
LITERÁRIA, ARTÍSTICA OU CIENTÍFICA OS DIREITOS MORAIS E
PATRIMONIAIS SOBRE A OBRA QUE CRIOU (ARTIGO 22 DA LEI Nº
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9.610/98). 3.OS DIREITOS DO AUTOR PODEM SER TRANSFERIDOS A
TERCEIROS, MAS A CESSÃO TOTAL OU PARCIAL DESSES DIREITOS
SERÁ SEMPRE POR ESCRITO, PRESUMINDO-SE ONEROSA (ARTIGOS
49 E 50 DA LEI Nº 9.610/98). 4.A EXECUÇÃO PÚBLICA DE OBRA
MUSICAL DEPENDE DE PRÉVIA E EXPRESSA AUTORIZAÇÃO DO
AUTOR, CABENDO A IMPOSIÇÃO DE MULTA E INDENIZAÇÃO EM
CASO DE VIOLAÇÃO (ARTIGOS 68, 102 E 109 DA LEI Nº 9.610/98).
5.PARA A APLICAÇÃO DA MULTA PREVISTA NO ART. 109 DA LEI Nº
9.610/98 EXIGE-SE A COMPROVAÇÃO DA MÁ-FÉ DO INFRATOR OU
QUE A UTILIZAÇÃO INDEVIDA SE DÊ DE FORMA DELIBERADA A
INFRINGIR O DIREITO AUTORAL. PRECEDENTES. 6.A MULTA
PREVISTA NO ART. 109 DA LEI Nº 9.610/98 DEVE SER FIXADA EM
PATAMAR RAZOÁVEL E PROPORCIONAL AO CASO CONCRETO,
EVITANDO-SE O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO. PRECEDENTES. 7.EM
CASO DE VIOLAÇÃO AO DIREITO DO AUTOR, MEDIANTE A
EXECUÇÃO PÚBLICA INDEVIDA DE OBRA MUSICAL DE SUA
AUTORIA, É CABÍVEL A CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE
INDENIZAÇÃO A TÍTULO DE DANOS MORAIS. 8.O VALOR FIXADO A
TÍTULO DE COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS, EM QUE PESE A
FALTA DE CRITÉRIOS OBJETIVOS, DEVE SER PAUTADO PELA
PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE, ALÉM DE SERVIR
COMO FORMA DE COMPENSAÇÃO AO DANO SOFRIDO E DE
POSSUIR CARÁTER SANCIONATÓRIO E INIBIDOR DA CONDUTA
PRATICADA. 9.APELAÇÕES CÍVEIS CONHECIDAS E IMPROVIDAS.
(TJ-DF - APC: 20070111407972 DF 0053565-60.2007.8.07.0001, Relator:
SIMONE LUCINDO, Data de Julgamento: 02/04/2014, 1ª Turma Cível, Data
de Publicação: Publicado no DJE : 11/04/2014 . Pág.: 126)
Não bastasse todo o narrado até aqui, que comprova o completo desrespeito a
belíssima criação intelectual da Autora, bem como a própria pessoa da Autora que se
dedica a produzir obras artísticas para os seus ouvintes, o Réu ainda é capaz de
desrespeitar os direitos morais da Autora decorrentes da sua criação.
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Tais direitos ditos morais, emanam da própria personalidade do criador,
motivo pelo qual são absolutos, inalienáveis e imprescritíveis. O rol desses direitos está
devidamente relacionado no artigo 24 do mencionado diploma, estando dentre eles
justamente (i) o de reivindicar, a qualquer tempo a autoria da obra, (ii) o de ter seu
nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ou anunciado, como sendo o do
autor, na utilização de sua obra, (iii) o de assegurar a integridade da obra, opondo-
se a quaisquer modificações ou à prática de atos que, de qualquer forma, possam
prejudicá-la ou atingi-lo, como autor, em sua reputação ou honra e (iv) o de retirar
de circulação a obra ou de suspender qualquer forma de utilização já autorizada,
quando a circulação ou utilização implicarem afronta à sua reputação e imagem.
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material do acervo patrimonial lesado, que a aplicação da teoria da
responsabilidade civil possibilita.” (p. 201)
. A nossa Carta Magna, nos incisos V e X, de seu art. 5º., assegura o direito a
indenização por dano moral ou material decorrente de violação à intimidade, à vida
privada, à honra e à imagem das pessoas.
A indenização por danos morais decorrentes da violação de direitos de autor,
afora as consequências advindas da aplicação da legislação especial, será estabelecida
com base nas regras gerais do Direito Civil aplicáveis à espécie.
O Código Civil Brasileiro, em seu art. 159, prevê “in verbis” a reparação do
dano causado por ação ou omissão:
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moral e espiritual de valia inestimável. Qualquer atentado a esse
patrimônio deve ser ressarcido da melhor forma possível.”
. O juiz tem plena liberdade para fixar a indenização, em caso de dano moral,
pois a legislação não fixa parâmetros para tal estipulação, entretanto, “se pelas
circunstâncias fáticas se mostrar que o lesante se encontrava em condições em que a intensidade de
dolo é evidente, ou se aproveitou indevidamente da situação de inferioridade do lesado, ou, enfim,
procurou atingi-lo moralmente, cumpre seja exacerbado o sancionamento, para que sinta a força
da reação do ordenamento jurídico a seu comportamento antissocial.” (Bittar, ob. cit., p.
213/214, g.n).
Não há dúvidas que a atitude do Réu em adulterar o titulo da musica da
Autora, modificar-lhe a mensagem e publicá-la sem sua autorização, atingiu-lhe
moralmente, fazendo-a experimentar constrangimento de intensa gravidade, dadas as
circunstâncias.
A atitude do Réu permite ao juiz a fixação da indenização pelos danos
causados a Autora em percentual agravado, indo ao encontro da mais moderna teoria do
“desestímulo a novas agressões”, tão eficazmente adotada nos países de cultura anglo-
saxã, e que vem sendo a cada dia mais adotada pela doutrina e pelos tribunais
brasileiros.
Segundo Carlos Alberto Bittar (ob. cit., p. 220):
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“…a indenização por danos morais deve traduzir-se em montante que
represente advertência ao lesante e à sociedade de que não se aceita o
comportamento assumido, ou o evento lesivo advindo. … …deve, pois, ser
quantia economicamente significativa, em razão das potencialidades do
patrimônio do lesante.”
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RS; Rel. Des. Antônio Carlos Stangler Pereira; j. 10.10.1996; v.u.; ementa, in
Boletim AASP nº. 2018, ano XXXVIII, 01 a 07/09/97).
Dessa forma, o valor da indenização devida a Autora pelo Réu deverá ser
calculado com base no prejuízo ocasionado aos valores intangíveis que formam o nome
e a imagem do lesado perante a comunidade e no mercado, bem como, atendendo a
extensão da dor e do sofrimento experimentado pela lesada e também de forma a servir
como fator de desestímulo a novas violações aos direitos autorais.
.O jurista Carlos Alberto Bittar, em sua obra sobre os “Contornos Atuais do
Direito do Autor”, sustenta:
“Defende-se, ademais, a estipulação de valores a níveis desestimuladores
de novas práticas lesivas, a fim de, coerentemente com o espírito da
legislação especial e com a evolução jurisprudencial, conferir-se efetivo
amparo aos titulares de direitos sobre criações intelectuais estéticas. …”
(p.202)
Yussef Said Cahali (ob cit.) “in verbis”, esclarece que a reparação do dano não
pode ter caráter de venda do bem moral, servindo, apenas, para garantir a lisura do bem
danificado:
“Dizer-se que repugna à moral reparar-se a dor alheia com o dinheiro é
deslocar a questão, pois não está se pretendendo vender um bem moral,
mas simplesmente se sustentando que esse bem, como todos os outros, deve
ser respeitado” (p. 13); ressaltando-se que, “… por outro lado, mais imoral
seria ainda proclamar a total indenidade do causador do dano (p. 13) ”
(Ap. 1.137/86, 1º Gr. de Câms. – j 02/03/89 – rel. Juiz Trotta Telles – TJ –
Pr. – in. RT 641/230).
Destarte os danos causados a Autora não atingiram apenas a ela, mas à toda
sociedade, uma vez que colocam em risco todos os autores de obras intelectuais, que
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podem ser objeto de violações. Por isto, a indenização pleiteada, além de buscar a
reparação justa pelos danos causados, deve servir como reprimenda pelos atos
praticados pela Ré.
XI - DO PEDIDO
Nestes Termos,
Pede deferimento
ADVOGADO.
OAB/TO XXX.
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