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Helena Pinto

kant
 A moralidade, justifica-se quando
cumprimos as regras e normas morais,
segundo o que julgamos ser o nosso
dever.
 O valor moral de uma ação reside na
intenção, que lhe preside.
 A ação boa depende da intenção boa.
Mas nem todas as ações
decorrem de boas intenções!
 Há ações que se apresentam em
conformidade com as normas
mas
que podem derivar de más intenções.

O que faz da intenção


uma intenção boa?
Segundo Kant
 O único motivo que pode dar origem a
uma ação moralmente válida é:

 Sentimento de puro respeito pelo dever

 Só mediante uma intenção pura a ação


se torna legítima.
A intenção só é pura se derivar da vontade
boa que se segue a razão.

A vontade humana não é perfeita


Deixa-se influenciar pelos sentidos,
sensibilidade,
Só uma vontade santa estaria apta
a agir, guiada só pela razão.
Todo o ser humano dotado de razão e
liberdade, sabe como deve agir.
 Agir por dever
 Exige um conhecimento de regras e
normas a que se deve obedecer.

 Em termos morais
 Não roubar, apenas por receio da prisão
 Não são ações que nos dignifiquem.
 A boa vontade é uma vontade que age
por dever.
Kant distingue:

 ação por dever (moralidade)


 de ação conforme ao dever (legalidade)
 A ação por dever é a ação motivada
apenas pelo puro respeito à lei moral.

 A ação conforme ao dever é a ação


motivada pelos interesses particulares,
inclinações ou desejos.
 A moralidade das ações reside no
querer e não no propósito ou finalidade.
 A razão prática não é santa e,
 por isso, atua segundo imperativos.
 Os imperativos são leis que expressam
o dever ser.
O valor de uma ação reside na
intenção e que esta deve ser pura.
 Objetivo de Kant:
 Encontrar o fundamento universal de
todas as normas e regras morais.
 Encontrar a forma, segundo a qual todo
e qualquer ser racional deve agir.
Se só a razão pode ser a
origem da intenção pura…
 Então:

 É nela que devemos procurar esse


fundamento.
 A fórmula que nos indique o que
devemos fazer se quisermos agir
corretamente.
Qual é a forma dos nossos
deveres?
 Kant dá o nome de:
imperativo categórico

Princípio ou mandamento que ordena


determinada ação.
Kant distingue dois tipos de
imperativos: hipotéticos e categóricos

 Um imperativo hipotético-
 Ordena que se cumpra determinada ação
concreta para atingir determinado fim.
 - é aquele que representa a necessidade
prática da ação como um meio para atingir um
fim.
 -exprime condições e é, por isso, particular e
contingente.
 -é típico das éticas materiais e traduz uma
moralidade heterónoma.
O imperativo categórico
é aquele que representa a necessidade
prática da ação como um fim em si mesma.
0 imperativo categórico é apodítico, universal,
necessário e a priori.
Ao contrário das éticas materiais, a ética
kantiana é formal.
O imperativo categórico
 É um mandamento que nos indica
universalmente a forma como proceder.
 Como devemos agir
 Não indica os meios, não o que fazer (o modo
de ação)
 Mas a forma e os princípios de que ela própria
deriva (lei moral)
 É o principio ou lei moral fundamental
 Que indica que a ação é necessária e boa em
si mesma.
O que diz a lei moral?
 1ª exigência da lei moral

 Quando queremos saber se estamos a


agir bem
 Deve-se perguntar a si próprio se a
máxima ou principio que orienta a sua
ação poderia converter-se em lei
universal . Ou seja: se esse principio
seria desejável universalmente.(todos)
o imperativo categórico é uma única forma que diz

"Age apenas segundo uma máxima tal que possas ao


mesmo tempo querer que ela se torne lei universal".

o imperativo categórico é o único critério válido para


decidir se um ato é ou não permissível.
 A pessoa humana é um fim em si mesma, com
valor absoluto e cuja dignidade não pode ser
posta em causa.
 2ª formulação:
 Age de tal forma que trates a humanidade
tanto na tua pessoa como como na de
qualquer outro, sempre como um fim em si
mesmo e nunca como um meio.
 Cada individuo enquanto ser racional é:
 Autor das suas regras morais que impõe
a si mesmo.
 As normas morais de ação para serem
válidas, devem respeitar as exigências
da universalidade (1º) e do
reconhecimento do ser humano como
um fim em si mesmo.(2º)
Desta forma:
 Afirma a
 Liberdade e autonomia do agente:

 A moralidade das nossas ações não


depende de nada que nos seja dado do
exterior (Deus, sociedade…) mas do
interior.
 O homem é livre quando a sua vontade
se submete às leis da

 Razão.
 A dignidade do homem, enquanto ser
racional e moral, reside na autonomia.
 É absolutamente boa a vontade que
age segundo uma máxima que, ao
transformar-se em lei universal, não se
contradiz nem se derrota a si mesma.
 Será correcto matarmos outros animais
para nos alimentarmos?
 Será correcto matarmos em autodefesa?
 Estará certo condenar assassinos à
morte?
 Estará certo matar o inimigo em tempo de
guerra ?
 Estará certo matar fetos no ventre materno
?
 Estará certo uma pessoa suicidar - se?
 A ética utilitarista é uma ética
consequencialista.
 As éticas consequencialistas avaliam as
acções em função dos seus resultados.
 Para as éticas consequencialistas são
corretas as acções que maximizam o bom.
. Maximizar o bom significa gerar ou preservar
o melhor estado de coisas possível.
 O utilitarismo é hedonista: identifica o bom
com o prazer e o mau com a dor.
 O hedonismo é uma doutrina que
remonta, pelo menos, à Grécia Antiga.
 O fundamento da moralidade utilitarista
é o princípio da maior felicidade-
 A utilidade ou princípio da maior
felicidade é o critério a partir do qual se
avalia a correcção ou incorrecção das
acções.
 O princípio da maior felicidade postula
que apenas são corretas as acções que,
 previsivelmente, tendam a promover a
maior soma de felicidade global.
 A felicidade de cada pessoa é
contabilizada de igual modo.
 A felicidade que importa não é a
felicidade do próprio agente, mas a de
todos os envolvidos.
 Mill afirma que os prazeres variam
tanto
 em quantidade (intensidade, duração e
proximidade),
 como em qualidade (superiores e
inferiores).
 Os prazeres superiores (prazeres do
espírito) são sempre preferíveis aos
prazeres inferiores (prazeres do corpo ).
 Para Mill, os seres humanos são
capazes de renunciar à sua própria
felicidade, em nome do bem-estar dos
outros.
 o sacrifício individual não possui, por si
mesmo, qualquer valor.
 Qualquer sacrifício individual que não
maximize a quantidade total de
felicidade é inútil.
 fim

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