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Este artigo visa preservar a relação entre a formação e o cuidado com a inserção social, portanto
não devemos atender a qualquer demanda, e sempre responder em função de nossa prática,
propondo indicações de especialistas em assuntos que não estão no nosso foco de atividade. Não
devemos esquecer da natureza interdisciplinar e transdisciplinar do atendimento a população na
área de saúde, que é uma causa defendida pelos Psicólogos e Psicólogas do Brasil. Neste sentido
e no mesmo artigo, temos também:
Temos também neste campo de interface e ressonância com os direitos humanos, o Artigo 2º :
Ao psicólogo é vedado:
Precisamos criar e conquistar os parâmetros para uma sociedade mais justa, e que contemple os
direitos humanos. Estamos em momento de intensa campanha midiática contra os avanços do
Plano Nacional de Direitos Humanos 3 (PNDH3), e é da natureza do entendimento da
Psicologia, que a conquista de uma sociedade de direitos é fundamental para a saúde mental da
população. E que saúde mental e democracia têm uma ligação inequívoca, conforme a
proposição dos itens b, c e f do mesmo artigo:
4) Há quem veja, da parte dos Conselhos, um propósito de restringir essas falas. Isso
procede de alguma maneira?
O CFP, e o Sistema Conselhos não tem nenhuma função repressora ou restritiva. Nossa
função é a fiscalização e orientação do exercício profissional, e de forma bem mais
abrangente, cuidamos prioritariamente do compromisso com a sociedade. O vasto
material aqui indicado sobre as questões da comunicação foi produzido para a categoria,
objetivando divulgar, estimular e promover o debate sobre a Comunicação no Brasil.
5) Como o psicólogo pode usar sua presença na mídia de uma forma relevante? Ele
deve se preocupar em levar os conhecimentos da Psicologia à população? De que
maneira ele pode fazer isso?
A cultura ocidental contrapõe saber e poder. Se há o saber, é preciso que ele renuncie ao
poder. Onde se encontra saber e ciência em sua verdade pura, não pode mais haver
poder político. Foi esse mito que Nietzsche começou a demolir ao mostrar, que por trás
de todo saber, de todo conhecimento, o que está em jogo é uma luta de poder. O poder
político não está ausente do saber, ele é tramado com o saber1.
Roseli Goffman
Psicóloga Clínica, Conselheira do Conselho Federal de Psicologia,
Coordenadora de Mobilização e Organização do Fórum Nacional pela
Democratização da Comunicação, Titular da Comissão Organizadora da 1a
Conferencia Nacional de Comunicação, especialista em Gestão de
Empresas pelo COPPEAD – UFRJ. É consultora em Análise Institucional,
Desenvolvimento e Gestão de Projetos.
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Foucault, Michel, 1926-1984 A verdade e as formas jurídicas