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Cromatografia gasosa

Separação for uma fase móvel gasosa


sobre uma fase estacionária sólida (CGS)
ou líquida (CGL)
Também pode ser dividida em GC
convencional (coluna recheada) e de alta
resolução (colunas capilares).
Equipamento
 Similar ao 3
2
CLAE , 4
somente usa
um gás de
arraste em
lugar da fase
móvel: hélio,
nitrogênio,
hidrogênio ou
argônio,
dependo do
detector, tipo 1
de coluna e
tipo de
amostra.
1. Gás de arraste
 Hélio e Hidrogênio mais usados em
detectores de condutividade térmica (DCT)
 Hidrogênio é o mais barato mas também o
mais perigoso!
 Detector ionização em chama (DIC) usa N2
ou H2. Detector por captura de elétrons
(DCE) usa N2 super-seco ou Ar + 5%CH4.
 Em CG convencional usa-se
frequentemente o Nitrogênio (fornece
menor altura de prato H)
 Mas em CG de alta resolução é mais
frequente o Hidrogênio ou Hélio, pois
permitem aumento de velocidade sem
perda de eficiência.
Curva de Van deemter
H=A + B/μ + C μ
A- Alargamento dos picos devido
a diferentes caminhos -
minimizado por partículas
pequenas ou colunas
capilares.
B- Difusão do soluto na fase
móvel – é diminuído pelo
aumento da vazão do gás ou
pelo aumento de sua
densidade (massa molar ou
pressão).
C- Difusão do soluto na fase
estacionária – diminui com
espessura menor da fase
liquida estacionária e
diminuição de sua
viscosidade.
Outros fatores que melhoram
a eficiência ( picos + finos)
 Fase estacionaria líquida de baixa
viscosidade e que dissolva bem os
componentes da amostra.
 Diminuição da temperatura.
 Coluna de diâmetro menor ou capilar.
 Volume mínimo nas ligações entre injetor e
coluna ou entre coluna e detector.
Controladores de vazão do
gás de arraste
 Quando a temperatura e pressão e constante
(isotérmica) pode ser usado um regulador de
pressão, que faz uma constrição manual na
entrada de fluxo de gás no sistema.

 Quando há gradiente de temperatura a


pressão de entrada é constante mas a vazão é
alterada, usa-se um controlador de fluxo.
2. Injetor

 A amostra é colocada usando uma microsseringa


(geralmente 1-10 µL) através de um septo de
borracha em uma câmara de vaporização que fica
no topo da coluna, com temperatura controlada.
 Pode dividir a amostra ou não (split/splitless). A
injeção sem divisão aumenta a sensibilidade para
traços mas também alarga os picos.
 Quantidade de amostra não deve ultrapassar
capacidade da coluna, levando a picos
assimétricos (frontal ou caudal) e diferença em
tempos de retenção. Para coluna empacotada
de 0,2-20 µL e colunas capilares de 0, 01 a 3
µL.
 Diminuição do volume injetado, aumenta
eficiência da coluna.
 Temperatura do injetor 50 oC acima da
temperatura de vaporização do composto
menos volátil da amostra e 20 oC acima da
coluna.
 Troca do septo (silicone ou PTFE) quando este
fica velho, para evitar vazamento e
instabilidade da linha base.
 Gases e líquidos injetados por micro-seringas.
Sólidos normalmente são dissolvidos mas há
dispositivos para sua vaporização direta ou
pirrolise (queima).
 Nas colunas capilares geralmente usar “split”
aberto durante a injeção, embora isto tende a
favorecer compostos com menor ponto de
ebulição.
 A largura da banda é afetada pelo tipo de solvente
e tipo de gás, pressão do gás, volume de amostra,
temperatura do injetor.
 Para diminuir a banda, a coluna é mantida 20
oC abaixo do ponto de ebulição do solvente,

assim é condensado no topo da coluna e observa-


se uma focalização.
 Depois aumenta-se gradualmente a temperatura
para eluir primeiro o solvente e gradativamente os
analitos.
 Existem injetores com temperatura programada,
que tem o mesmo efeito acima.
N,O-bis-(trimetylsilyl)trifluoroacetamide

3. Amostra
CG é aplicável para:
 Gases
 Substâncias termoestáveis com ponto de ebulição até 300 oC
 Para os não voláteis tem a derivatização por:

Sililação: o H é substituído por trimetilsilil (TMS) ou t-butildimetilsilil


(t-BDMS).

Acilação : mais reativos ex. Heptafluorobutyric Anhydride /


Pentafluoropropionic anhydride / Trifluoroacetic Anhydride

Alquilação : reação de ácidos ou fenois na amostra com álcoois de


caia longa, formando ésteres – que são mais apolares.
recheada capilar
4. Colunas Volume 0,2-20 µL 0,01- 3µL.
amostra

 GC pode ser Diam int. 1-4 mm 0,15-0,17


mm
dividida: coluna
comprime 1-3 m 10-100 m
recheada ou capilar. nto
 As recheadas podem
ser analíticas ou Pratos / m 2400 3000
preparativas (muito Espessura 5 µm 0,5-2 µm
raro). do filme
 Hoje se usam Vazão do 20-60 1-5
gás mL/min mL/min
principalmente as
capilares.
 Coluna recheadas ou empacotadas-
Colunas de aço inox contendo grânulos
de malha 80-100. Mesmo assim tem
irregularidades no enchimento.
 Colunas capilares,- Colunas de sílica
fundida(flexíveis) em espiral para ocupar
menos espaço. Tem melhor resolução,
menor gasto de gás.
No seu interior a fase estacionária pode
ser sólida (adsorção ) ou líquida ligada
ou não (partição). Também existem
colunas quirais.
Colunas recheadas ou
empacotadas
Recheada
/ capilares

WCOT ( Wall Coated Open


Tubular – a fase estacionária
está sob a forma de um filme
líquido),

SCOT(Support Coated Open


Tubular – suporte recoberto
com fase estacionária líquida),

PLOT (Porous Layer Open


Tubular – a fase estacionária é
um sólido finamente dividido).
Colunas capilares
Tipos de capilares

WCOT PLOT SCOT


Fase estacionária sólida CGS
 Separação devido a adsorção
 Aplicabilidade reduzida: Separação de gases fixos, séries
homologas e compostos leves.
Problemas :Não linearidade das isotermas de adsorção
resultando em picos com caudas e até adsorção
irreversível.
Área superficial grande( partículas de 100-400µm), longos
tempos de retenção
 Vantagens: Estabilidade da fase estacionária a pressão e
temperatura
 Usados: Polimeros porosos (Porapak e Chromosorb;
carvão grafitizado , sílica e lumina.
Fase estacionária líquida –
dispersa ou imobilizada. CGL
 Pode estar diretamente no capilar
ou sobre um suporte inerte como
terras de diatomáceas
(Chromosorb A, P, W e G) e
PTFE.
 Deve ser um líquido pouco volátil,
e interage com amostra por forças
de orientação, dipolo induzido e
dispersão.
 A sua volatilidade determina a
temperatura máxima da coluna.
Tipos de FE líquida
 Poliglicois

 Aplicação em aminas alifáticas


Fe liquida- silicones – mais usadas
polisiloxanas
Fe liquida- silicones
Aplicações
Colunas quirais
 Aplicações

 exemplos
Colunas quirais

 Aplicação
Número grande de fases estacionárias
para colunas capilares- exemplos

 Dimetilsiloxanao – DB-1
 5% difenildimetil siloxano – DB-5
Apolares - 60 – 320 oC
 Polietilenoglicol (PEG) DB-WAX
Polar 20 – 250 oC
 Quiral
Detectores
3. Detectores
Características importantes:
 Seletividade – existem detectores “universais” e outros
seletivos a apenas classe de substâncias.
 Sensibilidade – mudança na resposta do detector à
quantidade detectada.
 Ruído – deflexões da linha base devido a instabilidade.
 Quantidade mínima detectável (3 x ruido) na faixa de
picogramas (10 -12) ou nanogramas (10 -8) g
 Faixa linear de concentração
 Quando possível, os detectores devem ser insensíveis a
alterações de vazão e temperatura.
Detector por condutividade
térmica (DCT – TCD)
 Detector universal, sensível à concentração do soluto no
gás de arraste mas pouco sensível.
 Gás de arraste é He ou H2, (condutividades térmicas
altas)
 Misturas gás de arraste mais o soluto sempre terão
condutividades térmicas menores que a do gás de arraste
puro.
 Não destrutivo
TCD

 Aplicações
Detector por ionização em
chama (DIC – FID)
 Bons níveis de detectabilidade e resposta quase universal para
compostos orgânicos, mais sensível que o DCT, 10 - 400 pg.
 Chama a 2500 oC.

 A quantidade de íons formada é muito maior do que quando somente


o gás (H2 ou N2)passa.
 A magnitude do sinal é proporcional ao número de C e H na molécula
e diminuída por compostos que capturam elétrons.
FID
Detector por captura de
elétrons (DCE – ECD)
 Seletivo, responde bem a compostos orgânicos
halogenados, aldeídos, nitratos, nitritos e
organometálicos.
 Quando o N2 passa por um detector, é ionizado por
partículas beta, produzindo elétrons.
 Quando substâncias que capturam eletrons passam
pelo detector, causam uma perturbação na corrente,
gerando um sinal proporcional à sua concentração.
 Gás + usado : nitrogênio ultra puro e seco, traços de
água afetam a resposta e linearidade.
Outros detectores

 Espectrômetro de massas. Um dos


detectores mais úteis para identificação de
compostos (bibliotecas). Para quantificação
requer curva de calibração.
 Infravermelho – comparação do espectro IR
com o de um padrão , útil para identificação.
 Detector termo iônico. São detectores por
ionização onde se usam sais de metais
alcalinos em plasma . Mais usado para
pesticidas e compostos contendo nitrogênio ou
fósforo. Também chamado de detector de
nitrogênio e fósforo (DNP).
Seleção das condições de
análise para colunas capilares.
 Fase estacionária – apesar da variedade disponível,
com colunas capilares geralmente se usa DB-1 ou DB-
5, separação por volatilidade.
 O número de pratos (N) é inversamente proporcional
ao diâmetro interno da coluna, coluna capilar, + usados
0,25- 0,30 mm.
 A resolução é proporcional à raiz quadrada da
eficiência então duplicar o comprimento da coluna
resulta em um ganho de 40%. Por isto não se usa mais
que 15 a 25 m.
Seleção das condições de
análise para colunas capilares.
 Quanto maior a espessura do filme mais
amostra pode ser injetada e maior a retenção
nesta fase (bom para muito voláteis). Por outro
lado diminui a eficiência da coluna (C).
Geralmente 0,25 µm.
 Vazão do gás ( B e C) geralmente 1 mL/min em
capilares ou até 50 mL/ min em recheadas.
 Temperatura depende da coluna e dos
compostos da amostra.
Análise qualitativa -identificação

 CG-EM e CG-IV
 Tempo de retenção ajustado em
comparação com o de um padrão
(CUIDADO !!!)
 Índice de Kovats – na separação
isotérmica de uma série de alcanos, o
tempo de retenção depende
logaritmicamente do no. de átomos na
cadeia.
Análise qualitativa

 GC-MS
Where;

I = Kovats retention index,


n = the number of carbon atoms in the
smaller alkane,
N = the number of carbon atoms in the larger
alkane,
tr' = the adjusted retention time.
Indice de Kovats
Índice de Kratz para variação
de temperatura
Análise quantitativa

 Manter em mente que os detectores não tem a


mesma intensidade de sinal para todos os
compostos.
Curva de calibração externa (padrão igual)
 Faixa de linearidade.
 Coeficiente de correlação R
Calibração interna (composto diferente concentração
conhecida)
 A área do padrão interno é usado para corrigir
erros do sistema, melhora a exatidão e precisão
de sua análise.
Análise quantitativa

 Altura do pico – não é utilizado pois


sofre muita influência de variações
instrumentais.
 Área do pico – mais usado, hoje
calculado por software.
 Pesagem do papel ( muito antigo!)
 Em amostras reais as vezes é preciso
fazer extrapolação linear por adição de
analito.
Quantificação

 Pode usar uma curva de padrão externo


ou adicionado à amostra.
 Pode se usar também padrão interno
adicionada a todas as amostras e à curva
Padrão externo
Padrao interno
Adição de padrão
Quantificação

 Muitos cromatógrafos (GC-MS)


permitem calcular a área do pico como
% da área total do picos.
 Esta é uma quantificação correta??
 Quando pode ser usada???

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