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ASSUNTOS:
1. O NACIONALISMO NA EUROPA E AS UNIFICAÇÕES TARDIAS: ALEMANHA E ITÁLIA
- A Guerra Franco-Prussiana (1870-1871)
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Apresentar os fatores que levaram às unificações da Itália e da Alemanha e as consequências deste processo
para a nova configuração política da EUROPA.
UNIFICAÇÃO ITALIANA
- As unificações da Itália e da Alemanha ocorreram por influência da nova estrutura liberal burguesa, que rompeu
com o absolutismo e com o sentimento de pertencer a um rei. Os povos se uniram em torno da ideia de Estado-
nação.
- O objetivo era conseguir equipara-se às grandes potências, França e Inglaterra.
- A região norte da Península Itálica, principalmente o reino de Piemonte-Sardenha, era muito mais desenvolvida
do que o centro e o sul.
- Interessava à nobreza e, principalmente, à burguesia industrial que ocorresse a unificação, pois assim aumentaria
o mercado consumidor, além de facilitar o comércio com a unificação de padrões, impostos, moeda, etc.
- A unificação da Itália foi levado adiante por sentimento nacionalista, movimentos liberais e guerras.
- A industrialização na Itália e na Alemanha e busca por novos mercados levou ao crescimento de cidades.
- As unificações provocaram alterações no quadro político europeu, causado por conflitos e alianças,
rearticulando um equilíbrio de forças que resultaria na 1a GM.
- Vontade da Itália e da Alemanha de participarem da partilha colonial.
- ANTECEDENTES
- A Revolução Francesa 1789-1798, traz consigo o ideal de nacionalismo, a busca pela identidade.
- O Congresso de Viena, encerrado em 1815, teve como objetivo restabelecer o equilíbrio político no continente
com a restauração das antigas monarquias derrotadas por Bonaparte. Povos de mesma língua, cultura e costumes
estavam divididos pela nova configuração territorial europeia.
- Nesse acordo, o que hoje conhecemos como Itália foi dividido em vários estados. Dentre eles, o único
independente era o Piemonte-Sardenha, localizado ao norte da península italiana e governado pela dinastia de
Savoia.
O império austríaco: o bloco oriental do norte (Lombardia e Veneza); o central do norte (Módena e Toscana);
Dinastia de Bourbon (francesa) dominava: bloco central do norte (Parma) e no sul (Reino de Duas Sicílias).
Estados da Igreja: centro (Roma); e
Caso de Savóia: centro (Reino de Piemonte-Sardenha).
- A UNIFICAÇÃO
- O processo de unificação italiana passou por duas fases.
A primeira fase iniciou-se em 1848, porém não obteve sucesso. Resultou na expansão do ideário nacionalista
por toda a população italiana.
O sul da Itália, região basicamente agrária, passava por crises locais. Os camponeses estavam insatisfeitos com
os anos de servidão e opressão política.
No primeiro momento, o movimento pela unificação foi comandado por grupos radicais.
Já no segundo momento, a luta pela unificação ficou a cargo dos grupos moderados.
Os moderados eram liderados por Camilo Benso de Cavour, chefe de gabinete do Reino de Piemonte. Este
reino era o mais importante e o único capaz de liderar o processo de unificação italiana.
- Influência ideológica
- Os carbonários eram uma sociedade secreta, com uma organização interna parecida com a da Maçonaria e
revolucionária que esteve presente durante os séc XIX e XX na Itália, França, Portugal e Espanha.
- Defendiam a unificação como a maneira da Itália voltar posição de destaque no mundo, por meio de uma
revolução espontânea da classe trabalhadora, comandada por universitários e intelectuais, e implantar os ideais
liberais.
- Os carbonários participaram de várias revoltas, como o Levante de Maserata, em 1817.
- O carbonarismo foi um dos mais importantes movimentos nacionalistas de bases popular da Itália.
- Movimento de caráter liberal que reunia intelectuais e políticos em defesa da unificação da península.
- As primeiras tentativas de unificação dos territórios peninsulares italianos foi uma organização revolucionária
chamada de Jovem Itália. Mazzini. Suas palavras de ordem eram: direito dos homens, progresso, igualdade
jurídica e fraternidade.
- A sociedade organizou células revolucionárias em toda a Península Itálica. Revoluções promovidas
na Sicília, Abruzzi, Toscana, Reino Lombardo-Vêneto, Romagna (1841 e 1845) , Bolonha (1843) também
falharam.
- A Igreja Católica só reconheceu o Estado Italiano em 1929, através do Tratado de Latrão entre Benito Mussolini
(ditador italiano) e o Papa Pio XI.
- A Igreja Católica reconheceu o Estado da Itália em troca da criação do Estado do Vaticano e do recebimento de
indenizações por perdas territoriais relativas à anexação de regiões católicas no processo de unificação.
- Expressão Econômica
- Crescimento econômico: A alta burguesia do norte tinha interesse na unificação italiana, pois criaria um mercado interno
único e daria a essa classe condições de concorrer no mercado externo, garantindo o crescimento econômico da região.
- Indústria: O norte da península itálica apresentou crescente industrialização, impulsionando a economia e o comércio, além
de promover o crescimento das cidades da região. Destacou-se a siderurgia, as indústrias naval, ferroviária, têxteis e
automobilística.
- Agricultura: A agricultura na península itálica era pobre e atrasada, sendo dominada por senhores que mantinham seus
privilégios, concentrando-se na região sul.
- Desequilíbrio econômico: Na Itália verificou-se um desequilíbrio econômico entre o Norte e o Sul. Enquanto o Norte
apresentava uma crescente industrialização, promovendo o crescimento das cidades, o Sul, agrário, não acompanhou o
desenvolvimento do Norte.
- Mercado: A produção italiana, tanto industrial, quanto agrária, atendia basicamente o mercado interno. Somente a indústria
têxtil tinha condições de atender às demandas do mercado externo.
- Circulação econômica: A Itália não implementou uma adequada circulação de pessoas e bens, dificultando a correção do
seu desequilíbrio econômico.
Figura 2 - Mapa da Unificação Italiana
UNIFICAÇÃO ALEMÃ
- A anexação da região de Alsácia-Lorena ao Segundo Reich Alemão gerou forte descontentamento entre os franceses, que
inconformados com a situação e com a humilhação provocada pelos alemães (utilização do Palácio de Versalhes para
coroar Guilherme I) mantiveram um sentimento de revanche, que foi decisivo na política de alianças dos países europeus.
- As unificações provocaram alterações no quadro político europeu, promovidas pelos conflitos e alianças, rearticulando
um equilíbrio de forças que resultaria na I GM.
- Aumento da concorrência comercial, principalmente na disputa pelos mercados consumidores, promovendo conflitos de
interesses entre as nações.
- Vontade da Itália e da Alemanha de participarem da partilha colonial.
- A UNIFICAÇÃO
- Causas
- Zollverein(1834) é o nome da aliança aduaneira que teve como meta a liberdade alfandegária para os 39 estados da
Confederação Germânica, o que favoreceu o comércio e a indústria, excluindo o Império Austríaco, que era rival.
- União aduaneira foi o primeiro passo para união dos Estados Germânicos.
- A Áustria coloca-se contra, face o aumento de poder político e econômico da Prússia, levando-a a modernização
militar e a busca do apoio burguês e dos grandes proprietários de terra.
Desenvolvimento
- Confederação Germânica:
- Estados Prussianos (mais industrializados e com maior poder econômico) e Estados Austríacos (dominava o
Parlamento da Confederação).
- Consequências
- Criação do II Reich na Alemanha (Império Alemão);
- Desenvolvimento econômico e militar da Alemanha;
- Crescimento do poder geopolítico da Alemanha na Europa;
- Entrada da Alemanha na disputa por território no processo de neocolonização da África e Ásia, aumentando a disputa
por territórios com o Reino Unido no final do século XIX.
- Este fato fez aumentar as tensões entre Alemanha e Reino Unido, um dos fatores desencadeantes da 1GM;
- Formação da Tríplice Aliança em 1882, bloco político-militar (Áustria, Itália e Alemanha).
Expressão Política
- Congresso de Viena: A Confederação Alemã foi criada pelo Congresso de Viena e era formada por trinta e oito Estados
independentes.
- Nacionalismo: Otto Von Bismarck promoveu o processo de unificação alemã e definia que a unidade dos povos germânicos
deveria ser obtida sob a liderança prussiana. Para tal, conquistou territórios, enfrentando países vizinhos.
- Alianças: O governo prussiano conseguiu uma aliança temporária com a Áustria e venceu uma rápida guerra contra a
Dinamarca. A Prússia, em 1866, aliou-se a Itália para combater a Áustria. E depois em 1870, contra FRA.
- Apoio popular: Bismarck utilizou a estratégia de exaltação do espírito nacionalista, conseguindo o apoio popular para formar
o seu exército.
- Conflitos: Em 1864 a Prússia juntou-se à Áustria em uma guerra contra a Dinamarca pelo domínio dos ducados de Schleswig
e Holstein. Em 1866, a Prússia, com o auxílio da Itália, entrou em guerra contra a Áustria. Em 1870, eclodiu a Guerra Franco-
Prussiana.
- Consolidação da unificação: A unificação da Alemanha foi completada com o fim da Guerra Franco-Prussiana, em 1871,
criando o Segundo Império Germânico).
- Emigração: A criação do Zollverein proporcionou à região um grande crescimento industrial e integração dos Estados,
principalmente com o desenvolvimento de uma rede ferroviária interligando as diversas regiões do território germânico,
contribuindo para a fixação da população na Alemanha unificada.
- Colonialismo: Os alemães, recém unificados e interessados em territórios na África e na Ásia, passaram a exigir uma nova
divisão colonial nos continentes.
Expressão Econômica
- Crescimento econômico: A Prússia via no processo de unificação política dos estados confederados um importante passo
para o desenvolvimento econômico da região. Para isso, criou uma zona aduaneira, chamada “Zollverein”, que aboliu as
taxas alfandegárias entre as monarquias envolvidas no acordo.
- Indústria: A partir de 1850, a Alemanha obteve notável crescimento industrial, particularmente no Vale do Ruhr. No norte
concentrou-se a indústria naval e na antiga Prússia a mecânica pesada.
- Agricultura: Na Alemanha, a agricultura do Sul era moderna e coexistiu com a industrialização do Norte, promovendo um
crescimento sustentável.
- Desequilíbrio econômico: Bismarck promoveu a aliança política entre os junkers (grandes proprietários e aristocratas) com
a alta burguesia, fortalecendo o Zollverein e intensificando a integração entre os Estados. Assim, foi possível promover o
equilíbrio econômico entre as regiões.
- Mercado: Os industriais alemães começaram a ganhar fatias do mercado alemão, em detrimento dos exportadores britânicos
e, por volta dos anos 1870, estes já percebiam a crescente competição da Alemanha e dos EUA na disputa por mercados.
- Circulação econômica: Expansão do modal ferroviário, passando de 2 mil quilômetros para 11 mil quilômetros, permitindo
o transporte de bens das fontes de produção para as fontes de consumo.
Figura 4 - Mapa mental - Unificação italiana e alemã
Do estudo do processo que conduziu à unificação dos povos germânicos, como Estado-Nação, sob a liderança
da Prússia, apresentar os principais eventos ocorridos a partir do Congresso de Viena de 1814 que
possibilitaram a formação da moderna Alemanha.
Introdução
- A “Nova Europa” decorrente do Congresso de Viena (1814-1815)
Retorno ao Antigo Regime (Monarquias Absolutistas)
Reorganização geopolítica do continente, sem considerar a origem dos povos, língua e costumes
Criação da Santa Aliança para combater ideias liberais
Várias novas correntes políticas que surgiam decididas a dar fim ao regime monárquico.
Existiram de fato três forças das revoluções:
o Liberalismo: antagonista às limitações determinadas pela Monarquia absoluta.
o Nacionalismo: pretende unir os povos de mesma origem e cultura.
o Socialismo: defende a igualdade social por meio de reformas radicais.
Más colheitas → aumento dos preços → queda no consumo dos produtos industrializados → demissão de operários
→ crise.
Publicação do Manifesto Comunista, obra de Karl Marx e Fredrich Engels que defendia a mobilização dos
trabalhadores;
Caráter liberal, democrático, nacionalista e
socialista;
Membros da Nobreza e da burguesia
exigiam governos constitucionais;
Camponeses e trabalhadores se
queixavam da exploração capitalista, exigiam
melhores condições de vida e de trabalho;
Crescimento do movimento operário pelo
mundo;
Movimentos com estas características
aconteceram: Prússia, França, Itália, Áustria,
Hungria, Brasil (Revolução Praieira),
Colômbia e México;
A “Primavera” não conseguiu transformar
definitivamente a Europa. Contudo,
demonstraram a nova articulação política que
estava sendo formada.
Na maior parte, as revoltas em toda Europa
foram controladas, e as mudanças sociais
que os movimentos revolucionários tanto
esperavam acabaram sufocadas pelo
surgimento da Segunda Revolução Industrial
e por uma continua calmaria econômica, que
seria acompanhada de uma calmaria
política.
Prússia: Área em plena fase de industrialização, as revoltas operárias e camponesas proliferam-se. Chegou-se a
elaborar uma nova constituição, mas esta termina por ser rejeitada pelo rei, e a situação termina com poucos
progressos em relação à realidade anterior.
França: O rei Luís Filipe abdica em 1848. A república é proclamada, porém, a instabilidade irá continuar até cerca de
1851, quando, através de um golpe palaciano, Carlos Luís Napoleão Bonaparte proclama o Segundo Império Francês,
com o título de Napoleão III.
Itália: Havia o projeto central de unificação do país, que ocorreria somente em 1861 e que eclipsou tais preocupações
socioeconômicas. A ordem acabou por ser reestabelecida pelas diversas potências que dominavam as diversas
regiões do território italiano à época, nomeadamente França e Áustria.
Hungria: Como na Itália, as ideias de afirmação e independência nacional acabavam por se igualar e até mesmo
superar as preocupações de ordem mais prática. Ocorrem rebeliões no início do ano, e o governo que surge das
eleições faz do país um território virtualmente livre do jugo austríaco. A Áustria invade o país, o governo eleito demite-
se e a repressão que se segue é duríssima, terminando com as revoltas.
Áustria: Setores da aristocracia rebelaram-se contra a monarquia. Várias revoltas ocorrem, com destaque para a
ocorrida em Praga. Em novembro de 1848, o imperador abdica, porém, tal situação será revertida em 1852, com a
restauração do regime.
Desenvolvimento
- Política de alianças político-militar entre as potências europeias
- A política das alianças entre os Estados europeus marcou todo o final do século XIX e início do século XX e foi um
dos fatores responsáveis pelo surgimento da Primeira Guerra Mundial. Esta política foi iniciada por Bismarck,
Chanceler da Prússia, que visava isolar a França na Europa, e para isso estabeleceu alianças com outras potências
europeias (Austro-Hungria e Itália).
- Decadência dos Impérios Multinacionais (Turquia e Áustria-Hungria)
- Império Turco-otomano: período se deu de 1699 até 1822, e foi marcado também por uma série de reformas
estruturais importantes, mas que em longo prazo, acabaram por se mostrar equivocadas.
As atividades econômicas dos povos conquistados eram conduzidas por iniciativa deles próprios, o que fez com que
a economia geral do império fosse se desfazendo lentamente. Passou o século XIX inteiro perdendo territórios.
- Ascensão de Napoleão III na França (1852)
- Ascensão de novos atores europeus (Itália e Rússia)
- Novo conflito europeu (Guerra da Criméia)
- Nomeação de Bismarck como Chanceler Prussiano (1862)
- Militarização da Prússia
- Incremento da Confederação Germânica
- Crescimento dos conflitos políticos entre Prússia e Áustria
- Guerra contra a Dinamarca
- Questão da autonomia de Schleswig e Holstein (regiões germânicos)
- Tentativa da Dinamarca de incorporar os estados germânicos
- União “improvável” entre Prússia e Áustria
- Guerra contra a Áustria
- Divergência na solução do destino de Schleswig e Holstein
- Acordos entre Áustria e França x Prússia e Itália
- Tentativa da Prússia de reorganizar a Confederação Germânica
- Com a vitória da Prússia, a Áustria é expulsa da Confederação
- Guerra contra a França
- Necessidade da França de deter o fortalecimento alemão
- Vitória em Sedan (01 Set 1870)
- Captura de Napoleão III (Queda do Império Francês)
- Cerimônia de unificação alemã em Versalhes (18 Jan 1871)
- Tratado de Frankfurt (anexação da Alsácia e Lorena)
Justificar a Guerra Franco-Prussiana (1870-1871) nas expressões econômica, política e militar.
INTRODUÇÃO
- A Guerra Franco Prussiana.
- Progresso da democracia na Europa a partir de 1830.
- O Imperialismo com forte desenvolvimento do nacionalismo e a luta pelo poder entre as nações europeias.
- O nacionalismo, a partir de 1848, tornou-se movimento ativo, com base em laços culturais e étnicos únicos.
- Justificar a seguir os eventos que levaram à Guerra Franco Prussiana.
DESENVOLVIMENTO
Expressão Econômica
- Prioridade para os negócios no governo de Luís Felipe “Rei da Burguesia”.
Expressão Política
- Reinado de Luís Felipe, após a Revolução de 1830.
- Revolução Francesa de 1848, “Revolução de Fevereiro”, falta de democracia e grande corrupção no governo.
- Revolução alemã de 1848, busca de governo liberal e unificação num Estado Nacional.
- Disseminação do socialismo no seio do proletariado industrial francês.
- Promulgação da Constituição da Alemanha unificada.
- Revolta socialista debelada. Criação da 2ª República.
- Bismarck, 1º ministro em 1862, na Alemanha.
- Eleição de Luís Napoleão Bonaparte presidente da 2a República Francesa (1848-1852)
- Golpe de 1852, fim da 2ª República. Luís Napoleão torna-se Imperador Napoleão III.
- Forte oposição política a Napoleão III em 1869.
- Recusa de Guilherme I às imposições de Napoleão III.
- 2º Império Francês de 1852 a 1870. Política exterior agressiva de Napoleão III-Anexação da Argélia e Protetorado
da Indochina.
- Início da 3ª República na França.
Expressão Militar
- Ações de Bismarck para unificar a Alemanha, a partir de 1848.
- Revolta de 1848, abdicação de Luís Felipe, republicanos e socialistas numa nova Assembleia Constituinte.
- Guerra da Crimeia contra a Rússia em 1854.
- Intervenção na Itália em 1858 e no México em 1862.
- Guerra contra a Áustria, vitória prussiana em 1862.
- Vitória militar prussiana na campanha contra a Dinamarca em 1864.
- Contencioso com a Prússia em face da ascensão de príncipe prussiano ao trono espanhol.
- Ação de Bismarck, chanceler prussiano em 1870.
- Consecução da unificação da Alemanha. Guerra Franco Prussiana em 1870. Despertar do nacionalismo alemão.
- França derrotada na Batalha de Sedan em setembro de 1870. Prisão de Napoleão III.
- Cessão da região da Alsácia e da Lorena pela França e indenização de 1 bilhão de dólares (1871).
- Hegemonia da Alemanha na Europa continental com Bismarck.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
a. Comparar as principais características dos colonialismos nos séculos XVI e XIX.
b. Comparar a atuação das a diversas potências imperialistas no século XIX.
NEOCOLONIALISMO
Nova forma de dominação = Domínio econômico, político, social e cultural, sem necessariamente ter a posse do território
como no período colonial.
- Missão civilizadora: o literato inglês Rudyard Kipling (1865-1936) forneceu amplo material de apoio ao
imperialismo de seu país.
- Darwinismo social: Segundo Spencer, a Teoria da Evolução de Darwin, podia ser perfeitamente aplicada à
evolução da sociedade, assim como existia uma seleção natural entre as espécies, com o predomínio dos
animais e plantas mais capazes, ela existia também na sociedade.
A luta pela sobrevivência
entre os animais
correspondia à
concorrência capitalista;
A seleção natural não era
mais nada além da livre
troca dos produtos entre
os homens;
A sobrevivência do mais
capaz era demonstrada
pela forma criativa dos
gigantes da indústria, que
engoliam os competidores
mais fracos.
Concepção racista, considerada uma ciência. Eliminação dos impuros e inválidos (ciganos, deficientes físicos e
mentais).
A PARTILHA DA ÁFRICA
Ambientação
- No fim do século XIX e início do século XX, expansão do capitalismo industrial.
- Busca novos mercados de investimentos para o capital excedente gerado na Europa, garantindo o escoamento da
gigantesca produção industrial e o fornecimento de matéria-prima.
- Neocolonialismo teve início no continente africano.
- Surgimento de novas potências concorrentes, como a Alemanha, Bélgica e Itália.
- A partilha da África teve início, de fato, com a Conferência de Berlim (1884), que instituiu normas para ocupação de
regiões que ainda não havia sido colonizada.
- No início da I Guerra Mundial, 90% das terras africanas já estavam sob domínio europeu.
- A partilha foi feita de maneira arbitrária, não respeitando as características étnicas e culturais de cada povo, o que
contribuiu para o acirramento dos conflitos atuais no continente africano.
As fronteiras artificiais, construídas pelos europeus, dividiram grupos de mesma etnia e mesmos traços culturais e
linguísticos.
Os europeus, inclusive, se valeram das rivalidades étnicas entre grupos de uma mesma colônia para efetivar a
dominação, apoiando-se ora em um grupo, ora em outro, de acordo com a conveniência conjuntural.
As consequências decorrentes dessa nova configuração territorial foram muitas, e perduram até os dias atuais.
- A justificativa para a intervenção imperialista foi o avanço da civilização ocidental. O ocidente, representado pelos
fortes, levaria ao oriente (os atrasados e fracos) a civilidade, o avanço.
- Buscou-se na cientificidade da época justificativas para as ações de partilha da África.
- Os neocolonialistas e imperialistas fizeram emergir o conceito racial e de superioridade étnica dos brancos sobre os
negros, criando a necessidade de se colonizar o continente africano, considerando que ele estava fadado ao
desaparecimento em função da teoria da “seleção natural”.
- Após a partilha, ocorreram movimentos de resistência. Muitas manifestações foram reprimidas, com violência, pelos
colonizadores.
- A colonização representou a ocidentalização do mundo africano, suprimiu as estruturas tradicionais locais e deixou
um vazio cultural de difícil reversão.
O processo de independência das colônias europeias, do continente africano, só teve início a partir do final da II Guerra
Mundial.
- A nova configuração geopolítica
A DIVISÃO DA ÁSIA
- O continente asiático, desde a Idade Média, tem sido alvo de cobiça por parte dos comerciantes europeus. O
estabelecimento da Rota da Seda, aliado ao comércio das especiarias, incrementou essa relação.
- Com investimentos em ferrovias, as grandes potências abriram o mercado asiático para o ocidente e, no século XIX, os
países europeus passaram do simples comércio praticado nos portos à política de zonas de influência, dando início à partilha
do Oriente.
- Os ingleses conquistaram a Índia em 1757.
Evolução na colonização e exploração da região pela Companhia Inglesa das Índias Orientais.
Em 1849, a coroa britânica assumiu o controle político de quase todo o subcontinente indiano.
Em 1858, Revolta dos Cipaios, dos nativos que serviam nas tropas coloniais inglesas. Com o esmagamento da rebelião,
a Índia foi definitivamente integrada ao Império Britânico.
- Na China, a Guerra do Ópio (1840-1842) levou a conquista de Hong-Kong, Xangai e Nanquim, pela Inglaterra.
- Uma associação secreta, a Sociedade dos Boxers, com apoio do governo chinês, reagiu a tal invasão, promovendo
atentados contra os estrangeiros. As potências europeias organizaram uma expedição conjunta, dando início à Guerra dos
Boxers, que encerrou com domínio sobre o território da China.
- Dentro do processo de repartição do continente asiático, outras ações podem ser destacadas:
A posse francesa da Indochina (1884),
A conquista alemã da península chinesa de Shantung – atual Shandong (1897) e
A ocupação japonesa da Coreia (1910).
Em 1898, após a Guerra Hispano-Americana, os Estados Unidos estabeleceram um protetorado no Havaí e ocuparam
Pearl Harbour, e anexaram a ilha de Guam e as Filipinas.
- Em 1914, 60% das terras e 65 % da população do mundo dependia da Europa. Suas potências tinham anexado 90% da
África, 99% da Oceania e 56% da Ásia.
RESUMO
UD VII – IMPERIALISMO E NEOCOLONIALISMO NO SÉCULO XIX
ASSUNTOS:
3. A RESISTÊNCIA À DOMINAÇÃO
- A Guerra do Ópio (1840-1842),
- A Revolta dos Cipaios (Índia, 1857),
- A Rebelião dos Boxers (China, 1900) e
- A Guerra dos Bôers (1898-1902).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
c. Estudar os movimentos de resistência à ação imperialista na África e na Ásia.
AMBIENTAÇÃO
RESISTÊNCIA AO IMPERIALISMO
CHINA: Guerra do Ópio (1839- 1842)
Revolta dos Taiping (1851 – 1864)
Guerra dos Boxers (1900)
ÍNDIA: Guerra dos Cipaios (1857-58)
ÁFRICA DO SUL: Guerra dos Boêres (1898-1902)
CONSEQUÊNCIAS
- Desestruturação de sistemas produtivos locais.
- Fome endêmica, miséria crônica.
- Submissão econômica das regiões dominadas.
- Agravamento de conflitos regionais.
- Desenvolvimento de nações industrializadas.
- Disputas imperialistas.
- I Guerra Mundial
O forte crescimento econômico alemão e constante pressão por espaço geram um clima de tensão na Europa
conhecido como Paz Armada (1885-1914).
Paz Armada desde o fim da Guerra Franco-Prussiana até a eclosão da Primeira Guerra Mundial, é caracterizado pelo forte
desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências e a crescente tensão nas relações internacionais.
Os Estados os levaram a gastar grande parte de seu capital para investimentos na indústria do armamento (Corrida
armamentista) e da promoção do exército,
- Complexo sistema de alianças (Tríplice Aliança, formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália e da Tríplice
Entente, formada pela Rússia, França e Inglaterra).
A sentimento nacionalista (revanchismo) francês após a derrota na guerra Franco Prussiana (1870), abre
precedente para uma nova guerra entre a Alemanha e a França.
Liga dos Três Imperadores (1873) que faziam parte a Alemanha, Áustria e Rússia tem fim em 1878 devido a
divergências entre Áustria e Rússia.
- No princípio, a supremacia foi dos bôeres. Estes invadiram a colônia do Cabo, sitiaram cidades importantes e
anexaram territórios ingleses.
- Com um exército maior e com recursos bélicos mais avançados, os ingleses derrotaram os holandeses.
- Guerra convencional: Forma de guerra realizada dentro dos padrões clássicos e com o emprego de armas
convencionais, podendo ser total ou limitada, quer pela extensão da área conflagrada, quer pela amplitude dos
efeitos a obter.
Guerra irregular: Conflito armado executado por forças não-regulares, ou por forças regulares fora dos padrões
normais da guerra regular, contra um governo estabelecido ou um poder de ocupação, com o emprego de ações
típicas da guerra de guerrilha.
Conflito executado por forças não regulares de um país, contra um governo estabelecido ou um poder de
ocupação, compreendendo ações interligadas de guerra de guerrilha e de subversão.
Em vez do conflito militar formal, assiste-se a série de guerras “irregulares”: terrorismo, guerrilha, insurreição,
movimentos de resistência, insurgência e conflitos assimétricos em geral. A guerra irregular é a forma mais antiga
de se combater.
Fim da Guerra:
- Em 1902, ocorreu a contraofensiva inglesa. A superioridade britânica em homens e armamentos derrotou os
bôeres. As tropas inglesas devastaram e queimaram as propriedades, ao longo da guerra.
- Os bôeres capturados (homens, mulheres e crianças) foram colocados em campos de confinamento, onde
morreram cerca de 20 mil pessoas.
Consequências:
- As repúblicas bôeres do Transvaal e Orange foram anexadas às colônias britânicas do Cabo e Natal. Em 1910,
formou-se a União Sul-Africana.
- Aumento do imperialismo britânico na região sul da África.
- Embora derrotados, os bôeres receberam uma indenização de três milhões de libras dos ingleses para
reconstruir as áreas arrasadas pela guerra. Além disso, pelo tratado de paz, conquistaram o direito de usar a
língua holandesa nas escolas, tribunais e órgãos públicos em geral.
Analisar as fases convencional (1898-1900) e irregular (1900-1902) da “Guerra dos Bôeres”, na região Sul do
continente africano, destacando sua importância estratégica para o Império Britânico.
INTRODUÇÃO
A identidade Boers, ao longo do século XVIII, foi definida em disputas com a Companhia Holandesa das Índias
Orientais, a emergência de uma burguesia comercial no CABO, as lutas territoriais com os africanos e o
calvinismo dos colonos.
Os ingleses, por possuírem recursos mais eficazes, ocuparam a região militarmente e se decidiram pela defesa
dos interesses britânicos no Sul da África, e isso incluiu o governo dos Boers.
O governo britânico tinha objeções à discriminação contra súditos britânicos na Constituição Boers. Proibiam a
concessão de cidadania aos não-boeres.
Os Boers ressentiam-se da interferência britânica em seus assuntos internos e recordavam que haviam derrotado
as forças regulares britânicas na Guerra de 1881.
Os Boers desconfiavam e odiavam o governo inglês. Especificamente o Alto Comissário da cidade do CABO,
Lorde Milner.
A seguir, serão analisadas as fases convencional (1898-1900) e irregular (19001902) da “Guerra dos Bôeres”,
na região Sul do continente africano, destacando sua importância estratégica para o Império Britânico.
DESENVOLVIMENTO
a. Fase convencional da “Guerra dos Boêres” (1898-1900).
Antes de adotar a guerra de guerrilhas, em setembro de 1900, os Boers optaram por uma guerra convencional.
Superaram os ingleses, no início e sitiaram as cidades de Ladysmith, Kimberley e Mafeking.
Quando se desencadeou a guerra, o Transvaal tinha cerca de 80 mil fuzis modernos, mas os Boers utilizavam-
se, frequentemente, das armas perdidas pelos britânicos em combate, ou deles capturadas.
Cada distrito Boers forneceu um Comando de 300 a 3.000 homens. As repúblicas Boers serviam de alicerces
para a organização militar, e todos os homens entre dezesseis e vinte anos foram recrutados para o Serviço
Militar.
Um traço característico do Sistema Militar Boers era o grande grau de independência de cada combatente. A
estratégia era decidida nos Conselhos de Guerra (Krijgiraad).
O combatente Boers aprendeu que sua sobrevivência dependia de sua habilidade pessoal e de um cavalo bem
adestrado. Evitava o combate corpo-acorpo, e, usava o terreno judiciosamente.
O Exército Boers usava uma formação estendida, flanqueava as posições inglesas. Tinha preferência pelas
posições defensivas.
O Exército Boers estava absolutamente familiarizado com o país, e mesmo quando severamente perseguido,
era capaz de empregar fintas e artimanhas, e com isso despistar o Exército Britânico.
- A organização típica dos Bôers: pequenos destacamentos denominados “Comandos”. Exímios cavaleiros,
conhecimento do terreno e táticas de emboscadas.
- Exército Britânico composto de soldados profissionais. Processos de combate usuais da época:
emassamento de tropa, formações regulares e método inadequado.
- Derrota dos ingleses em Spion Kop (23 e 24 de janeiro de 1900).
- Chegada dos reforços ingleses, sob o comando do marechal de campo Frederick Roberts, ao Sul da África.
- Adaptação inglesa ao novo tipo de combate, o uso maciço de cavalaria. Uma nova ofensiva.
- Derrota dos Bôers na batalha de Paardeberg.
- Roberts e os ingleses capturaram as cidades bôers de Joanesburgo, capital do Transvaal, e Pretória.
Levantaram o cerco às cidades de Ladysmith, Mafeking e Kimberley.
- Os Bôers passaram a usar táticas de guerrilha contra os ingleses.
- Os ingleses usaram colunas ligeiras de cavalaria, criaram “Campos de Concentração e queimaram as
fazendas Bôers.
- O Comando de Kitchener. A centralização do comando, o planejamento detalhado e a execução
descentralizada e eficiente permitiu vencer as ações do exército bôer, a partir de 1901.
- A rendição bôer foi motivada pela falta de uma logística eficiente, a criação dos “Campos de Concentração” e
o elevado números de mortos, particularmente mulheres e crianças (1902).
Conclusão Parcial
- As ações iniciais do exército bôer causaram grandes baixas na tropa inglesa pelo desconhecimento do terreno, o
armamento e táticas inadequados e a rigidez das formações de combate.
- O comando de Kitchener foi caracterizado pela adoção de três ações combinadas para enfretar os Bôers:
construção de casamatas, expedições de colunas móveis e incursões noturnas de surpresa.
CONCLUSÃO
- A Guerra dos Bôers, ocorrida no Sul do continente africano colocou em lados opostos dois tipos de combate:
o convencional contra o não convencional, entre 1899 e 1902.
- O emprego judicioso do terreno pelo exército Bôer, no início do conflito, prejudicou o exército profissional
inglês. A restruturação feita no exército inglês por Lord Kitchener, além da criação de “Campos de
Concentração, permitiram a vitória inglesa no conflito.
- Na guerra dos Bôers, o império britânico conseguiu obter um dos raros sucessos, de uma potência
imperialista contra um movimento nacionalista.
DESTINO MANIFESTO
A doutrina do "Destino Manifesto" é uma filosofia que expressa a crença de que o povo dos Estados Unidos foi
eleito por Deus para comandar o mundo, sendo o expansionismo geopolítico norte-americano apenas uma
expressão desta vontade divina.
Em meio a esta ideia de predomínio mundial norte-americano estava também a ideia do destino norte-americano
de predominar sobre os povos da América Latina
PROVAS ANTERIROES
Fatores políticos e econômicos que contribuíram para transformar os Estados Unidos da América em
uma das maiores Nações do Mundo, no período do final da Guerra Civil (1865) até o final da 1ª Guerra
Mundial (1918)
Fatores Políticos
- A vitória do Norte na Guerra da Secessão, consagrou a hegemonia da União. A civilização saída da Nova
Inglaterra, puritana, igualitária, democrática, predominantemente, urbana e industrial, triunfou sobre a
civilização agrária, escravocrata, marcadamente rural e aristocrática do Sul.
- Doutrina Monroe e liderança no continente americano.
- Guerra contra Espanha, caracterizando a primeira ação dos EUA como nação livre em um conflito contra
um país europeu, com a intervenção em Cuba.
- Reorganização do estado Americano pelas reformas introduzidas por Roosevelt. Reformulação da política
nacional visando a levar o Estado a intervir nas questões econômicas, no início da década. Eficiência
administrativa do Estado. Fortalecimento do serviço público.
- Modernização do Exército e da Marinha (Teoria do Poder Marítimo)
- Diplomacia do dólar do presidente - William H Taft.
- Isolacionismo face aos problemas europeus no início do século XX.
- Política do presidente Wilson com a chamada proposta humanista.
- Doutrina reformista, de Wilson, de regeneração nacional, paz mundial e missão pedagógica entre os pobres
e países atrasados. Revisão das tarifas alfandegárias. Regulamentação do sistema bancário. Apoio aos
agricultores, facilitando o crédito.
Fatores econômicos
- Como consequência da Guerra da Secessão, a economia sulina, predominantemente agrária foi sendo
reconstruída e industrializada.
- Adoção, no final do século XIX, da Política do Open Door (Porta Aberta), que visava a abertura de portas
para o comércio e para os capitais americanos. Os excedentes de produção levaram a uma busca de mercados
externos. Assim, a política externa dos EUA passou a ser orientada para a expansão econômica do além-mar,
sustentada e sempre crescente.
- Desenvolvimento econômico/industrial, entrada na Revolução Industrial.
- Após a Guerra Civil (1861-1865), a era dos excedentes foi acompanhada por uma expansão do mercado
interno em detrimento do comércio externo, com o estabelecimento de tarifas protecionistas.
- Acumulação de capitais que serviram para alavancar o desenvolvimento.
- Desenvolvimento tecnológico.
- Aumento rápido e contínuo da população dos EUA, principalmente devido a migração, com a aceleração do
povoamento, o aumento da força de trabalho e do mercado consumidor interno.
- Formação de grandes concentrações urbanas em Nova Iorque e Chicago.
- Descoberta de ouro, prata e outros minerais no oeste.
- Entre 1860 e 1890, o PIB quadriplicou e a renda média duplicou. Entretanto, ocorreu a concentração de
riquezas e do poder econômico em poucas mãos, favorecendo o surgimento de grandes corporações.
- Desenvolvimento da concentração bancária, acompanhando e estimulando o processo de expansão
industrial.
- Reafirmação do ¨Destino manifesto¨ com a continuação da expansão territorial para oeste em busca de
terras férteis.
- Construção de ferrovias e rodovias, além da utilização de vias fluviais penetrantes que permitiram a
ocupação de novas fronteiras e escoamento da produção.
- Utilização de Cuba, Porto Rico e Filipinas como pontos de apoio para o comércio com a AC e Ásia.
- Empréstimos à França e Inglaterra para fazer face aos gastos na 1ª GM.
- Fornecimento de materiais, equipamentos, armamentos e alimentos aos aliados na 1ª GM, auferindo lucros
fabulosos durante o conflito.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
e. Analisar o processo de evolução institucional do Japão que proporcionou sua ascensão política e econômica
na Ásia.
A RESTAURAÇÃO MEIJI
- A Restauração Meiji foi resultado da insatisfação das elites japonesas com a abertura do país para nações
estrangeiras e ocasionou a ampliação das transformações em curso no Japão.
– Ruptura com o XOGUNATO – Sistema Feudal Arcaico
– Mudanças Sociais e Políticas – Modernização do Japão sob o Comando do Imperador
– Início da Industrialização Japonesa – Aprendizado Ocidental durante a humilhante subordinação às Nações
Ocidentais – “Diplomacia das Canhoneiras”
– Diplomacia das Canhoneiras (1853-1854)
Refere-se à busca de resultados em política externa com a ajuda de exibições conspícuas de poderio militar —
implicando ou constituindo numa ameaça direta de guerra, se os termos não forem do agrado da força superior.
- Políticas de busca de Matéria-Prima a baixo custo Nec ao Funcionamento dos Parques Industriais das
Potências Ocidentais
- Oferta de Capitais Excedentes e Mão-de-Obra disponíveis na Europa
- Ofensas e Agressões à Soberania
– Causas
– Crise Financeira e Fiscal
– Decadência do XOGUNATO
– Pressões Americanas para a abertura dos Portos e do Mercado
– Disputas políticas entre os Senhores Feudais
– Conseqüências
– Política de Reformas
– Aboliu o Feudalismo – Tornou os trabalhadores mais produtivos
– Criação de um Exército de Trabalhadores – Política de Preços Baixos – Dumping - (favorável a competição
Externa)
– Modernização e Industrialização do Japão
– Acumulação de Capital Nacional (Forte atuação do Estado)
– Potência Econômica e Militar não Ocidental
– Corrida Imperialista japonesa – Nec Matéria-Prima e Mercado Consumidor – Guerras com seus Vizinhos (China
e Rússia)
– Prioridade à Industrialização – Alcançar Poder Militar que garantisse a Independência do País
- Mudanças ocorridas no período:
O Imperador Meiji nomeou uma série de pessoas especializadas, chamadas de burocratas, para
implantar as mudanças que desejava. Além disso, muitos estrangeiros foram contratados para auxiliar nas
reformas.
Fim da estrutura feudal e eliminação da casta dos samurais e de seus direitos de pensão e de espada;
Padronização do idioma japonês para eliminar as diferenças de dialeto e promover maior integração da
população com o projeto de modernização,
Fim de determinados privilégios de classe. Entre esses privilégios de classe que deixaram de existir,
destacam-se o fim da exploração dos senhores de terra sobre o feudo e sobre os camponeses e a abolição da
classe guerreira dos samurais, que vivia à custa de pagamentos do governo.
Aprovação de uma Constituição, em 1889, que estabeleceu a divisão de poderes (Legislativo, Executivo e
Judiciário) e designou o imperador como chefe supremo
Obrigatoriedade do ensino primário (1886);
Implantação do serviço militar e reestruturação das forças armadas segundo modelos prussiano e francês;
Transferência da capital do país, de Kioto para Edo, que recebeu posteriormente o nome de Tóquio;
Instituição da imprensa e dos serviços postais;
Construção de infraestrutura ferroviária;
Fundação do Banco do Japão; do país.
Reformulação do ensino, que visava:
o Implantar a obediência e disciplina na população.
o Transmissão de princípios nacionalistas.
o Implantação do culto à personalidade do Imperador, o que ficou conhecido como Xintoísmo
de Estado.
o O Imperador era visto como encarnação da deusa Amaterasu, deusa do sol do Xintoísmo,
religião japonesa.
– Independência Japonesa
– Revisão dos Tratados Desiguais ocorreu em 1886 – Conferência de Berlim
– Japão Insatisfeito – Assinatura de Tratado Bilateral com a Inglaterra em 1894
– Fim da Extraterritorialidade em 1889
– Restauração da Autonomia Alfandegária para as autoridades Japonesas
– Vitória Japonesa contra a China – Demonstração de Força do Japão que angariou o Respeito das Grandes
Potências Ocidentais (Manutenção de Relações Diplomáticas Cordiais com o Japão)
– 1902 – O Japão estava livre da desastratada aliança feita com a Inglaterra e consagrou-se como Grande
Potência Mundial
O IMPERIALISMO
– GUERRA SINO-JAPONESA (1894-1895)
– Causa:
– Controle da Coréia (mercado consumidor do Japão)
– Interesse Japonês na Coréia – Posição estratégica e grandes reservas de carvão e ferro (matéria-
prima para a indústria japonesa)
– 1894 – Tropas Chinesas bombardearam navios Japoneses
– 1895 – Japão invade a Mandchúria e toma do Porto Arthur, controlando o acesso à Pequim
– 1895 – Paz é selada (Tratado de Shimonoseki)
– China é obrigada a reconhecer a Independência da Coréia, que torna-se protetorado japonês
- Pagar indenização ao Japão
– Cessão de Territórios (Taiwan, Península de Liaodong e as ilhas dos Pescadores) e
- Abertura de Portos ao comércio
– GUERRA RUSSO-JAPONESA (1904-1905)
– Causa:
– Disputa dos Territórios da Coréia e da Mandchúria
– Regime Czarista Russo estava abalado por Revoltas (1905)
– Japão – País de Tradição Militar (apesar da Crise Econômica)
– Navios Menores – Mobilidade e poder de fogo superior aos Russos – Marinha Japonesa
derrotou a Marinha Russa
– Conseqüências
– Japão materializa - se como potência imperialista (reconhecimento das Nações do Ocidente)
– Rússia – Início da Queda do Regime Czarista – Revolução de 1917