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# OBRIGAÇÕES DO EMPREGADO
1) Obrigação Principal: É a prestação do trabalho e suas características. Trata-
se de prestação personalíssima, daí a pessoalidade como um dos traços
típicos da relação de emprego, da qual resultam conseqüências bem definidas
na execução contratual: apenas o trabalhador pode ser o veículo de sua
própria energia e de sua capacidade técnica.
As obrigações de meio (em contraposição às obrigações de resultado)
levam o prestador a se comprometer ao emprego de todo o seu conhecimento
e de toda sua diligência no desempenho de determinada tarefa, sem se
obrigar, necessariamente, com a obtenção de resultado exitoso. Um exemplo
disso é o médico chamado a realizar determinada cirurgia, necessária para
salvar a vida do paciente. Não está ele obrigado a atingir o resultado “salvar a
vida”, mas a se empenhar ao máximo com toda a sua capacidade técnica,
aplicação e o seu cuidado para conseguí-lo.
Essa obrigação de fazer, num contrato de meio, pressupõe deveres com
ela compatíveis: perícia profissional, diligência, aplicação, assiduidade,
pontualidade, etc., inseridos no âmbito das obrigações acessórias do
empregado.
# OBRIGAÇÕES DO EMPREGADOR
1) Obrigação Principal: a contraprestação do trabalho. A identificação do salário
enquanto obrigação principal do empregador, na sua natureza e seus atributos.
A prestação salarial pode constituir um dos traços definidores da relação de
emprego, enquanto expressão da sua onerosidade, integrante do seu objeto,
ainda que, na maioria das vezes a ausência de salário expresse mera
inadimplência do empregador.
1.2) Salário: Constitui salário os seguintes requisitos:
a) continuidade: implica em atribuir natureza salarial a todo ganho auferido
continuamente pelo empregado, tornando-o credor permanente.
b) reciprocidade: empregado presta trabalho, empregador paga salário.
c) essencialidade: Integra seu objeto, tem natureza alimentar e é insuscetível
de renúncia eficaz pelo empregado.
d) periodicidade: A lei estabelece períodos em que o empregador pode
acumular débito salarial sem se constituir em atraso (dia, semana, quinzena,
mês, etc.). Tal periodicidade refere-se aos prazos de pagamento que, na
legislação brasileira, têm limite máximo preciso (até o quinto dia útil do mês
subseqüente ao da prestação, artigo 459, § 1°, da C LT). A inadimplência
salarial constitui falta grave do empregador, a mais séria espécie de
descumprimento do contrato (artigo 483, alínea d, da CLT). Autoriza o
empregado a pleitear a resolução judicial do contrato de trabalho.