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Líderes mundiais repercutem caso


Lula - Nacional
3-4 minutos

São Paulo/Genebra. Líderes políticos e chefes de Estado da


América Latina declararam apoio a Lula. O presidente venezuelano,
Nicolás Maduro, afirmou que "o mundo inteiro" abraça Lula e que a
"injustiça dói na alma". Evo Morales, presidente da Bolívia, declarou
que Lula foi condenado para "impedir que volte a ser presidente do
Brasil".

Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras que foi deposto em 2009


e se refugiou na embaixada do Brasil, disse que Lula é "inocente".
Zelaya afirma que "seu único pecado foi enfrentar os Estados
Unidos".

Cristina Kirchner, ex-presidente da Argentina, disse que "as elites


nunca se interessaram" por justiça ou democracia, além de utilizar o
"aparato judicial" em interesse próprio.

Já o partido Podemos, da Espanha, classificou a ordem de prisão


como mais um passo da "vergonhosa perseguição judicial" ao
petista. Segundo a sigla, o objetivo do encarceramento é evitar a
participação de Lula nas eleições deste ano. "O processo contra Lula
vem de longe e em todas as suas fases se baseou em
irregularidades", disse o partido.
Medida cautelar

Por sua vez, o Alto Comissariado da Organização das Nações


Unidas (ONU) para Direitos Humanos espera que o caso do ex-
presidente siga o "devido processo legal" e confirmou oficialmente
que está acompanhando a situação no Brasil. "O processo contra
Lula está tramitando no sistema legal. Claro, estamos
acompanhando os acontecimentos", disse Elizabeth Throssell,
porta-voz do Escritório de Direitos Humanos da ONU, durante uma
coletiva de imprensa, na sexta-feira.

A defesa de Lula chegou a protocolar, na sexta (6), no Comitê de


Direitos Humanos da ONU, em Genebra, uma medida cautelar com
pedido de liminar para impedir a prisão do petista até o exaurimento
de todos os recursos jurídicos.

Imprensa

Os principais veículos de imprensa do mundo destacam em suas


páginas na internet a decisão do ex-presidente de descumprir o
prazo para uma apresentação voluntária à Polícia Federal (PF).

O The New York Times, principal jornal dos EUA, ressalta que Lula
"desafiou" o prazo das 17h para se entregar voluntariamente e
acrescenta que a decisão do petista pode ser o prenúncio de uma
"disputa dramática" com autoridades de segurança.

No Reino Unido, o periódico Financial Times afirma em sua página


inicial que "o presidente que transformou o Brasil faz sua última
resistência". O espanhol El País noticia que Lula "negocia com a
Justiça sua entrega para ir ao cárcere".

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