Você está na página 1de 8

GNOS E

Arcanjo da Estação: Uriel Ano Rosa-Cruz - 639

Fevereiro

Rio de Janeiro - RJ - Brasil 2018


ORGÃO OFICIAL DA FRATERNITAS ROSICRUCIAN A ANTIQUA

S U M M U M S U PR E M U M SA N C TU A R I U M
Publicação Mensal
Copyright "©" I.N.P.I REG. Nº 007156405
Fundador: Joaquim Soares de Oliveira em 1936

Diretor Responsável: Dr. Alair Pereira de Carvalho


Redação e Diagramação: B a si l i de s

A Revista Gnose não é responsável pelos conceitos emitidos em


artigos devidamente assinados.

SUMARIO

O Rosa-Cruz ........................... Athanaton R+ 02

Chrestos, O Logos Solar ........................... Sac. MigueI R+ 04

Palavra – Poder ........................... Mestre Huiracocha R+ 05

O Caminho Perfeito ........................... K. H. R+ 06

O Rosa-Cruz nado viver e, não ob stan te, gab a m

Q
-se de po ssuir rique zas univer sais.
ue e spécie de sere s Recu sa m-se t oda e qu alquer
será essa, cu ja e xi s- espécie de afe to h u mano , ou ,
tência misteriosa e quando muito, utiliza m d ele co mo
lendária, aceit a por u ns, nega da si mples meio para atingir finalida-
por outro s, s o ment e nos é conh e- des de finidas. Apa renta m rela-
cida por fat os es pars os, f antá sti- ções a mor osa s, que assu me m e
cos e s urpree nden tes? aceita m por con veniên cia, o u pa ra
A nat ureza prepo ster a e i ma te- penetra r no s mu ndo s d os seu s
rial desse s fato s, se por u m la do iguais ou superiore s.
pode de spert ar a nos sa dúvida , Frequent a m co m elegância a
nos obriga, por ou tro, a refletir sociedad e das mulher es co m o s
profund a men te. corações inteira men te a cober to
A h u manidade é por ele s consi- de fraqu eza s, ao mesmo te mpo e m
derada co mo coloca da e m plano que as olha m co m pieda de ou p e-
infinita men te inf erior ao se u. Ap a- sar, qu ase co mo u ma espécie di-
renta hu mildade e discrição, p o- versa da do h o me m.
ré m seu orgulho ultr apas sa tu do o São na a parên cia, si mples e
que s e po ssa i maginar. Glorifica m- afáveis, ma s a consciência d o va-
se n a p obre za, declar a-se ser e s- lor pessoal que lhes enche o cor a-
se o es tado e m q ue lhes f oi orde- ção, so ment e e m co ntat o co m o s

2
céus infinito s, ce ss a sua e xpa n- ção de R. C. torna -se u m ser iso-
são d e au toglorificaç ão. lado, se m la ços de mulher ou fi-
Não h á, a té certo pont o, criatu- lhos qu e e mbara ça m na realização
ra mais since ra e mais fr anca , do o b je tivo a que se pr opô s ou
ma s a d ureza da ro cha é nada , que p ossa m pertur bá -lo aco mp a-
co mpara da a sua i mpe netra bilida- nhando -o muito de perto e m sua
de. vida interior.
Sub me te m-se as co ntingen cias Esses sere s her mé ticos, so bre -
da vida mund ana, por é m a nin- hu mano s, qu ase d euses, q ue se m-
gué m, a não ser ao s seu s p ares , pre pri mara m e m o cultar cuidad o-
conce de m privilégios d a sua a mi- sa ment e do s pr ofan os os seu s se-
zade, a ning ué m re nde m ad mir a- gredos, faland o u ma linguag e m
ção o u at ende m. si mbólica, adot a m co mo le ma ;
Co mo único guia ad mit e a con s- “Pro cura co nhe cer de tu do, por é m
ciência su perior q ue n eles re side. conse rva -te d esconhe cido ”
Obede ce m a todo s o s código s, Ao invés d e apr egoar e m po de-
são e xcelente s cidado as, ma s res, age m discre ta men te, não lhe s
guarda m no silencio o mais abs o- interessando a bsolut a ment e a opi-
luto tudo o concernen te a sua s nião alheia. Afasta m -se pr e medi-
convic ções pe sso ais. tada men te a ideia da po sse de co-
Co mpar ados a os ade pto s her- nheci ment os e xtraordinário s ou
mé ticos, o s r eis s ão mendigo s, e supran or mais, consciente s do s
as maiores riqu eza s que p oss a m perigos a que estaria m e xpo sto s
acu mular n ada repre sent a m. si tal fato cheg asse ao con heci-
Os mais culto s, ao lad o de sse s me nto de pr ofan os.
sábios, são, pas sa m de ignor ante s Se mpr e dispo sto a praticar o
preten siosos . be m, ond e e quan do po ssí vel ou
Repug na m-lhes a fa ma e a s per mitido , pr ocur a m d esper tar e
honrarias, e eles as de sdenh a m atrair a si mpatia alheia p or meio
porque nenh u m pr azer lhe po deria das inú mera s fa ceta s do seu car á-
proporcion ar. ter multifor me, poré m se mpre coli-
Se po r aca so se tor na m fa mo- ma ndo ob jetivos eleva dos. São
sos é c ontra a sua vont ade. por outr o lado, capa zes d e isolar -
Seu maior pra zer consiste e m se co mplet a ment e e desviar a
podere m pa ssar , c o mo si mples atenção de ter ceiros, q uand o diri-
espec tado r e, des perc ebido pelo gida a assunt os , que nã o lhe s
mu ndo, d e que s e ser ve m co mo conve nha m.
u m cadinh o de e xperiências, p or- Qual o padrã o de me dida a
que se a cha m nele e o en contr a m adotar ou co mo apre ciar de vida-
ao se u red or. me nte caractere s e m q ue ao lado
Co m r elação à hu manida de de u ma inco men surá vel e xaltação
co mpor ta m-se co mo “neg ativo s”, e pesso al se alinha m as mais n o-
co mo “ positivo s” co m rela ção a bres e ele vada s qualidade s do co-
tudo o mai s. Bas tand o-se a si ração e da men te? ∆
próprios, ilu minad os, co mpleto s
e m tudo , te m a ideia p erfeita do At ha na t o n – G no se ja ne i ro
que s e ja a liberdad e. 1 9 39
Um ho me m no e stão ou condi-

3
CHREST OS, E s t e So l vi sí ve l é o Me d i a d o r
O L O G O S S O L AR d o S o l Ce n t r a l I n vi s í v e l Cr e st o s

C
C ó s mi co - F o n t e d a Vi d a , Di st r i -
H R E ST O S , O L O G O S b u i d o r d a Vi d a n o Un i v e r s o I n f i n i -
S O L A R , i n d i vi d u a l i za - to.
d o e m J e s u s co mo A tr a n sfo r ma ç ã o d e s ta Su b s-
C R I ST O , f a l a n d o d a Eu ca r i s t i a , t â n ci a L u z, n o P ã o e n o Vi n h o
d i s se : q u e se t r a n sf o r ma m e m ca r n e e
“ E u so u o Pã o d a Vi d a , Eu s a n g u e p u r o s, é o Mi st é r i o d a
s o u o P ã o Vi vo . Q u e m co me r E u ca r i s t i a , s o me n t e d a d o a co -
d e s t e Pã o vi ve r á e t e r n a me n t e . n h e c e r e p a r t i ci p a r a o s p u r o s d e
Q u e m co me r mi n h a c a r n e e b e b e r c o r a çã o , se ja m sã o s o u d o e n t e s,
me u sa n g u e te r á Vi d a Et e r n a e s a n to s o u c r i mi n o s o s , ve r me s o u
E u o r e ssu sci t a r e i . Q u e m co me r h o me n s, se r e s d o r e i n o a n i ma l o u
mi n h a c a r n e e b e b e r me u s a n g u e v e g e t a l o u mi n e r a l . A L u z se
mo r a em mi m, e Eu ne- t r a n sf o r ma
le.............. e a t i n g e e st a d o s s u b l i me s d e
A s p a r t í cu l a s so l a r e s d o Pã o e sp i r i t u a l i d a d e , a ssi m co mo d e
s ã o se r e s vi vo s q u e , a o co n ta to ma t e r i a l i d a d e . O M e s tr e Hu i r a co -
c o m o “ Cr i s t o ” n o Sa ce r d o t e , b e m c h a d i z: « O s G n ó st i co s a p r e n -
c o mo n o “ Cr i s t o ” e m ca d a Se r d e m a ma n e ja r e st a F o r ça L u z,
q u a n d o ca d a Se r r e ve l a r o Sa c e r - e st e M e d i a d o r , T r a n sf o r ma d o r e
d o t e e m si , i s t o é , q u a n d o r e ve l a r R e d e n t o r . » O Pã o n ã o é t ã o so -
o “ Do m S a g r a d o , e o r i g i n a l ” , q u e me n t e ma t e r i a l ; n e l e e s t á a e n e r -
vi ve e m si d e s d e o PR I N CÍ P I O g i a e s o b r e t u d o a Co n s ci ê n ci a d o
D O S PR I N CÍ P I O S, e n t ã o e st a s C r e st o s C ó s mi c o , p e l a a çã o d o
p a r t í cu l a s so l a r e s n o p ã o , c o mo Sol no trigo.
e m q u a l q u e r o u t r o a l i me n t o e e l e - T a mb é m n o Vi n h o se o p e r a o
me n t o , se d e sp r e n d e m, e d e s- me s mo f e n ô me n o a l q u í mi c o . As
p r e n d i d a s , co mu n i ca m - se c o n o s- á g u a s d a s mo n t a n h a s se i n f i l t r a m
c o , c o m n o ssa c a r n e , co m n o s so n a t e r r a . No s s e r e s vi vo s q u e f o r -
s a n g u e , co m o fl u í d o d e n o ss a s ma m a s á g u a s e s tá o S o l d a Vi -
g l â n d u l a s o n d e e xi s t e o r i t mo d a d a . O s se r e s d a s á g u a s e n t r a m
vi d a , e n o s t o r n a mo s i mo r t a i s. n a s r a í z e s d a vi d e i r a ; n a s s u a
T a mb é m E L E d i sse : “ Eu s o u a f o l h a s e n o s se u s f r u t o s i n f i l t r a m -
L u z d o M u n d o . ” O s G n ó st i c o s s e o s r a i o s Di vi n o s d o So l . T u d o
s e n t e m e st a L UZ e m si me s mo s e i s t o é t r a n s mi t i d o a o Vi n h o q u e
t r a t a m d e se r e st a L UZ , p e l a G r a - fi ca e n tã o i mp r e g n a d o d a Su b s-
ç a Di vi n a . t â n ci a L u z F o r ça d o Cr e st o s Có s-
E s t a L UZ é su b st â n ci a vi v a – mi c o .
s e r e s vi v o s i n t e l i g e n t e s – q u e o s N a E u c a r i st i a , o S a ce r d o t e a o
G n ó st i co s a p l i ca m n o se u T r a b a - o p e r a r , d e sp e r t a a S u b st â n ci a
l h o ma t e r i a l e Es p i r i t u a l , p a r a L u z n o Pã o e n o Vi n h o , e o Cr e s-
d e s co b r i r e m a v e r d a d e e p r a t i cá - t o s n e l e s, a t r a v é s o Sa ce r d o t e ,
la. d i z a o s fi é i s : E ste é o me u co r p o ;
O t r i g o n ã o n a sce e a vi d e i r a e st e é o me u Sa n g u e . Ne l e s E U
n ã o p r o d u z, a n ã o se r p e l a r a d i a - S O U.
ç ã o d o So l q u e n e l e s s e i n f i l t r a . Q u e m a ssi mi l a r e st a L u z t e r á

4
Vi d a Et e r n a p o r q u e d e sp e r t o u e m h o me n s, o s e sp í r i t o s , o s a n i ma i s
si o Cr i s t o Co n s ci e n t e p e l a G r a ça e a s co i sa s, e o s o b r i g a a se r vi r -
d o Al t í ssi mo . ∆ l h e . O Sé sa mo , a b r e - s e e m b i p a r -
Sac. MigueI – (Texto ex- t e a s mo n t a n h a s d e g r a n i t o . A
traído da gnose nº 6). p a l a vr a s e r v e p a r a b e n d i z e r e
ma l d i ze r , p a r a l o u va r e co n d e n a r .
P a l a vr a – P o d e r A o I n i ci a d o b a s t a u ma p a l a vr a

L
para tornar feliz ou infeliz qual-
e mo s , e m S . J o ã o , q u e r cr i a t u r a .
que “no princípio era o Q u a n d o e sc u t a mo s u m o r a d o r ,
V e r b o ” . O L o g o s, i st o q u e , d a t r i b u n a l ê , d e u ma ma n e i -
é , a p a l a vr a . E e n co n t r a mo s, r a mo n ó t o n a , a ma i s i n t e r e s sa n t e
s e mp r e , n o G ê n e si s, q u e De u s d a s c o n f e r ê n ci a s , n ã o n o s co mo -
d i s se f a ça - s e i s t o e f a ça - s e a q u i - v e mo s, a b s o l u t a me n t e . Outro
l o , e c h a mo u d i a à l u z . C h a ma r , mu i t o me n o s e r u d i t o , ma i s, q u e
r e co r d a - n o s c h a ma r f o g o . P o r e s- s a b e a n i ma r a s s u a s p a l a vr a s,
s a s p a s sa g e n s p o d e mo s e n t r e ve r arrebata o auditório. Tudo isto
o p o d e r d a p a l a vr a . Co n t u d o , n o s a s se g u r a o p o d e r d o M a n t r a
n e m to d a s a s p a l a vr a s g o za m c u jo co n h e ci me n to o s d i s cíp u l o s
d e s t e p r i vi l e g i o . O s v o c á b u l o s, n ã o p o d e m p r e s ci n d i r , a f i m d e
q u e d i a r i a me n t e , p r o n u n ci a mo s d a r - l h e s a ch a ve , q u e l h e s p e r mi -
c a r e ce m d e s t e p o d e r , p o i s s ó , t i r á a e xt e r i o r i za çã o .
s e r ve m p a r a e xp r e ssa r a s n o ss a s M e u s d i sc í p u l o s a p r e n d e r a m a
i d e i a s, p o r é m o q u e o sa ce r d o t e , f a l a r n ã o só co m a b o ca , ma i s
o s á b i o e o p o e t a p r o fe r e m e xe r - c o m t o d o o c o r p o , f a ze n d o co m
c e r a ma r a vi l h a d e s t e g r a n d e p o - q u e a s vo g a i s vi b r e m d a c a b e ça
der. a o s p é s. E ss a v o c a l i za ç ã o co n s-
O mu n d o n ã o se f e z d a M e n t e , t i t u i u m d o s ma i o r e s se g r e d o s e
n e m d a Vo n t a d e d e De u s e si m o ma ço m a su sp e i t a n a s e g u i n t e
d a Pa l a vr a ; f o i o L o g o s q u e se f r a s e : “ e u n ã o se i l e r n e m e sc r e -
t r a n s mu t o u e m U n i ve r so . v e r , s e i , a p e n a s, so l e t r a r ” . O p i -
Q u a n d o me d i ta mo s s o b r e o fe - o r é q u e n o v e n t a p o r ce n to d o s
n ô me n o , q u e se d e n o mi n a “ De u s ma ç o n s i g n o r a o se g r e d o d a so -
c h a mo u c é u à a b o b a d a ce l e st e ” , l e t r a ç ã o e se a ssi m n ã o su c e d e s-
v e m a o n o s so p e n sa me n t o a p i a s e , co n h e c e r i a m t o d o s o s g r a u s
b a t i s ma l , o n d e d a mo s o n o me à s d a M a ço n a r i a , q u e sã o a b a se
c r i a n ç a s , i s t o é , a s ch a ma mo s d o s mi st é r i o s ma ç ô n i co s e d o s
p e l a p r i me i r a ve z. mi s té r i o s Ro sa - C r u z.
N o s c o n t o s d a s Mi l e u ma n o i - M u i t o s d o s me u s d i s cí p u l o s
t e s o Ma g o p r o n u n ci a u ma f ó r mu - c o mp r o v a r a m e s t a v e r d a d e , a o
l a e n o s Mi st é r i o s e n co n t r a mo s r e a l i za r e m o s p r i me i r o s e xe r cí -
q u e é p r e ci s o sa b e r p r o n u n ci a r a ci o s se cr e t o s d a vo ca l i za çã o e a
p a l a vr a sa g r a d a . p r o n ú n ci a e xa t a d o s p r i me i r o s
O Ro s a - C r u z e a ma ço n a r i a ma n t r a s , e e u d e se jo q u e t o d o s
p r o c u r a m a p a l a vr a p e r d i d a , p o i s, e ss e s d i scí p u l o s me f o r n e ça m o s
a q u e l e q u e c o n h e ce o M a n t r a , a d a d o s p o ssí ve i s d o s s e u s p r o -
p a l a vr a sa g r a d a , p e n e t r a o se - g r e s so s, so b r e t u d o , o s q u e f i ze -
g r e d o d a N a t u r e z a , co n ju r a o s r a m o G r a n d e Cu r so .

5
A sa í d a e m a st r a l é u m p r o d í - n ã o a c r e d i t a mo s q u e sa i b a m sa i r
g i o , ma s a o me s mo t e mp o , u m e m a st r a l o s q u e v e n d e m co i s a s
p e r i g o , Nã o p a r a q u e m a r e a l i za , s a g r a d a s, t o r n a m - s e mi l i o n á r i o s
p o r é m p a r a o s d e ma i s , p r i n ci p a l - e o f e r e ce m mi g a l h a s d a su a f o r -
me n t e , s e o d i scí p u l o n ã o a d q u i - t u n a p a r a a co n st r u ç ã o d e t e m-
r i u , a i n d a , o n e ce ss á r i o p r e p a r o p l o s Ro sa - C r u z. ∆
mo r a l e a b u sa d a s p o s si b i l i d a d e Gnose fevereiro 1938
q u e o f e n ô me n o p e r mi t e Mestre Huiracocha R+
C o m o c o r p o a s t r a l a me s t r a d o ,
p o d e r e mo s p e n e t r a r n o s r e ci n t o s
ma i s g u a r d a d o s o u f i sca l i z a d o s, O Caminho Perfeito

O
e xe r ce r mo s a n o s sa a b so l u t a
v o n ta d e , se m q u e p e s so a a l g u ma caminho Perfeito das Vi-
suspeite. das, obviamente, deve ter
P o d e r e mo s r e a l i za r a s f a ça - um amplo horizonte ético
n h a s e a s a ve n t u r a s a t r i b u í d a s e filosófico, sem situações sub-
a o s f a n t a s ma s, t ã o t e mi d o s e t ã o reptícias, e largas avenidas para a sa-
vulgarizados pelas narrações po- tisfação dos mais caros anelos que di-
p u l a r e s, d e to d o s o s t e mp o s . manam do recôndito do ser. Deve ser,
N ã o h á d i st â n ci a s, n e m b a r r e i - simultaneamente, fonte certa de ventu-
r a s, mu r a l h a s o u o b st á c u l o s q u e ra, propiciamento perene de satisfa-
t o l h a m a a çã o o u p a s sa g e m d o ções, no que seja acessível, e meio de
c o r p o a st r a l , a s si m e xt e r i o r i za d o . libertação dos desfiladeiros, das dificul-
H á , e n t r e t a n t o , u ma i me n sa r e s- dades e dos tormentos da vida. Tal é,
p o n s a b i l i d a d e q u e r e c a i so b r e o com efeito, a nosso ver, o supremo ide-
I n i ci a d o q u e f o r n e c e u a ch a ve . al da perfeição.
T e n h a mo s , p o i s , mu i t o cu i d a d o O Caminho Perfeito não é o que pro-
a o f o r n e ce r mo s e st e s c o n h e ci - porciona facilidades ao oportunismo, ou
me n t o s q u e s ó d e ve m s e r t r a n s- que serve para todas as emergências.
mi t i d o s a q u e m p o ss u a o n e ce s- É melhor do que isso, o que nos ilumi-
s á r i o p r e p a r o mo r a l . Nã o d e ve - na em nossos erros, guiando-nos nas
mo s , n e m p o d e mo s f o r n e ce r e s sa dificuldades e alentando-nos nos mo-
c h a ve a q u e m n ã o r e a l i zo u o s mentos de desânimo.
c u r so s a q u e t e mo s r e f e r i d o . O Caminho Perfeito é o que nos de-
N ã o é p a r a o a mb i ci o s o , n e m monstra que somos, a nós próprios, o
p a r a o e g o í s t a , n e m me s mo p a r a “determinador máximo” em todas as
o s i n co n st a n t e s , q u e s e g u e m h o - circunstâncias, o “elemento primordial”
je a s l i çõ e s d e u m M e s tr e e , em todas as aspirações, o “fator decisi-
a ma n h a o s co n s e l h o s d e o u t r o , vo” em todas as possibilidades e, final-
p r o c u r a m t ã o so me n t e a p r o p r i a r - mente, que reunimos em nós mesmos
s e d e s e g r e d o s, cu ja s l e i s n ã o todos os poderes indispensáveis para
p o d e m c o mp r e e n d e r . alcançar aquilo que buscamos. Assim,
Não se dá por dinheiro ne- se bem compreendemos nossas atitu-
n h u m, n e m a q u e m t e n h a a a mb i - des e nos decidimos a fazer um esforço
ção do dinheiro. conveniente, é certo que conseguire-
Q u e m p o d e s a i r e m c o r p o a s- mos converter-nos em “artífices do nos-
t r a l d e ve se n t i r o má xi mo d e sp r e - so próprio destino, em senhores de
z o p o r Ma mo n , mo t i vo p e l o q u a l nossa própria pessoa” , sobre tudo, em

6
“reitores de nossa própria existência”. mais transcendente e integral, vencen-
Não se trata, aqui de uma filosofia do as fases inferiores e complexas do
acomodatícia, nem de uma fé cega em viver humano.
forças sobrenaturais desconhecidas, Desenganem-se os iludidos, pois a
mas de uma ampla compreensão do felicidade, o poder, as aspirações supe-
funcionamento de nossos poderes ina- riores não se alcançam por encanta-
tos, desde que os cultivemos e determi- mentos, por obras de magia maravilho-
nemos sua aplicação na vida diária. sa, e sim meio de esforços determina-
O Caminho Perfeito é o que propor- dos e indispensáveis. Nada, no meca-
ciona essa sensação rara, mas decisi- nismo magistral da Natureza, se altera
va, de “plenitude”, “serenidade”, ou se modifica sem uma certa adapta-
“segurança” e “firmeza” no curso da ção as suas próprias necessidades.
existência. É ao mesmo tempo, orien- Daí, deve ser a sua conquista invaria-
tação, iluminação e alento. Nele não velmente da resultante de merecimen-
existe o “acaso” ou a eterna vítima das tos ou de certos, encadeamentos nem
circunstâncias, por isso que somos de- sempre compreendidos ou conhecidos.
vidamente assistidos por princípios que Quem quiser, porém tirar a prova do
nos permitem transitar, com delibera- que afirmamos nada tem a fazer senão
ção, em plena consciência e em com- experimentar, e há de verificar que nos-
pleta comunhão mística com as forças sas proposições são mais do que as-
superiores reguladoras da Natureza serções, são a expressão de Verdades
Universal. É saber sentir em êxtase irretorquíveis.
inefável, o fluir sutil da vida e estar Toda a comunhão mística Rosa-
sempre em Harmonia com o Infinito, Cruz repousa sobre postulados dessa
espécie de certeza elegíaca que, além firmeza; toda Cultura preconizada pela
de infundir um supremo respeito pela Rosa-Cruz se enraíza nos princípios
vida, nos proporciona dignificante alti- vitais, de tal ordem que, além de inegá-
vez, ufania transcendente, sublimidade veis, podem ser praticamente demons-
e ânsia inefável de íntima refulgência trados por quem quer que se empenhe
com desígnios alentadores da eternida- em não sofrer resignadamente a sorte
de. O Caminho Perfeito não pressupõe dos iluminados, valetudinários, pobres
uma fuga das dificuldades da vida; ao de espírito, e que padecem da pior da
contrário, importa em enfrentar a reali- todas as enfermidades, a ignorância
dade em toda a sua significação e pro- do que é a vida, e como ou para que, é
ceder em conformidade com os objeti- a verdade fundamental da natureza.
vos da Natureza em seu sentido super- A contínua superação com a conse-
lativo. Eleva-se, aperfeiçoa-se, sublima quente elevação de nossos objetivos, e
-se, sem vacilações, nem tibieza, por- o controle cada vez mais perfeito do
que se alicerça na cultura de todas as ser, que conduz ao domínio das cir-
forças e possibilidades do ser, alheio cunstâncias, sentindo a euforia do rit-
por completo, as suposições doutriná- mo transcendente da vida, em trance
rias e as fantasias dogmáticas das orto- da Perfeição e a impressão de ufania
doxias metafísicas e tradições teocráti- sublime de estarmos absorvidos pela
cas. verdade absoluta, tal é o legítimo Cami-
Nele havemos de encontrar a Ventu- nho de Perfeição! .∆
ra e a Paz, pois só por ele chegamos
as realizações cósmicas, ou seja a Re- K. H. (In “Revista Rosa-Cruz”) –
aleza da Consciência em seu sentido Gnose setembro 1938

7
A Fraternidade Rosicruciana Antiga é uma instituição que tem por obje-
tivo a felicidade dos seres humanos, sem distinção, investigando todos os pro-
blemas que se relacionam com a sua origem, evolução e destino.

Para atingir essa finalidade, utiliza-se dos métodos preconizados pelo


Rosicrucianismo antigo e medieval a atualiza os seus conhecimentos de
caráter filosófico, científico e espiritual, utilizando-se das experiências
adquiridas através das Escolas Iniciáticas ou Herméticas.

As suas portas estão sempre abertas para todos os investigadores since-


ros e bem-intencionados que queiram assumir seriamente, para tal fim, os
imprescindíveis compromissos de honra e que estejam dispostos a trabalhar
pelo próprio desenvolvimento e aperfeiçoamento material e espiritual.

Gnose fevereiro de 1944 (J. Soares de Oliveira)

ATIVIDADES PÚBLICAS
Segunda-feira:
- Aula Fundamental às 20:00hs (palestras, meditação, harmonização e
cura - Reiki e Rituais) (exceto nos dias 27 de cada mês), consulte a
nossa programação em nosso site no link “Aula Fundamental”.
Domingo:
- Missa Gnóstica às 09:00hs

Fraternitas Rosicruciana Antiqua


Rua Saboia Lima, 77 Tijuca Tel.: 21- 2254-7350 - RJ - CEP:20521-250
http://www.fra.org.br E-mail: fraternitas@fra.org.br

Você também pode gostar