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COMENTÁRIOS:
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta.
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas
principalmente entre o honesto e odesonesto, consoante as regras contidas no art.
37, caput,e § 4°, da Constituição Federal.
COMENTÁRIOS - INCISO II:
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou in-
diretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida,
que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável
de sua aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de
legalidade.
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la,
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da Adminis-
tração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corrup-
tivo do hábito do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo
a dignidade humana quanto mais a de uma Nação.
COMENTÁRIOS - INCISO X:
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus supe-
riores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta
negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho
da função pública.
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim ou pro-
curando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente di-
ante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário;
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter,
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais van-
tajosa para o bem comum;
f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se materiali-
zam na adequada prestação dos serviços públicos;
l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca danos
ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema;
t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuí-
das, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários
do serviço público e dos jurisdicionados administrativos;
O uso de cargo ou função para obter vantagens para si ou para outrem pode car-
acterizar o crime de Corrupção Passiva, prescrito pelo artigo 317, do Código Penal:
Corrupção passiva
Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda
que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, ou
aceitar promessa de tal vantagem: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e
multa.
Peculato
Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro
bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio:
Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa.
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honesti-
dade ou a dignidade da pessoa humana;
XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos
suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que con-
siderar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo
ainda conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o
servidor público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e
deliberação forem recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo
ou função pública, desde que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados
administrativos, qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades as-
sociativas regularmente constituídas. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007).
A Comissão de Ética não tem por finalidade aplicar sanções disciplinares contra os
servidores Civis. Muito pelo contrário: a sua atuação tem por principio evitar a in-
stauração desses processos, mediante trabalho de orientação e aconselhamento.
É de se ressaltar que esse código não foi instituído por lei em sentido estrito. Assim
o descumprimento desse código não acarreta nenhuma responsabilidade adminis-
trativa do agente público que violar os seus preceitos.
A penalidade prevista nele é a de censura. Por outro lado, o código serve para estim-
ular o comportamento ético do servidor público, já que o mesmo é de livre adesão.
O objetivo deste código é a divulgação ampla dos deveres e das vedações previstas,
através de um trabalho de cunho educativo com os servidores públicos federais.
OBSERVAÇÃO:Os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIII e XXV foram revogados pelo De-
creto n° 6.029/2007, que estabelece a forma de composição e as atribuições das
Comissões de Ética de que trata o Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal, instituindo o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo
Federal.
XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver
de tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a
respectiva Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e observância
das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos e
morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. (Revogado pelo Decreto
nº 6.029, de 2007).
Art. 3° A CEP será integrada por sete brasileiros que preencham os requisitos de
idoneidade moral, reputação ilibada e notória experiência em administração pública,
designados pelo Presidente da República, para mandatos de três anos, não coinci-
dentes, permitida uma única recondução.
§ 1° A atuação no âmbito da CEP não enseja qualquer remuneração para seus mem-
bros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de relevante
serviço público.
§ 3° Os mandatos dos primeiros membros serão de um, dois e três anos, estabeleci-
dos no decreto de designação.
VI - escolher o seu Presidente. Parágrafo único. A CEP contará com uma Secretaria-
Executiva, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá pre-
star o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão.
Art. 5° Cada Comissão de Ética de que trata o Decreto nº 1171, de 1994, será in-
tegrada por três membros titulares e três suplentes, escolhidos entre servidores
e empregados do seu quadro permanente, e designados pelo dirigente máximo da
respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de três anos.
COMENTÁRIOS - ARTIGO 5°: - COMPOSIÇÃO DAS COMISSÕES DE ÉTICA:
• 03 membros titulares
• 03 suplentes
• Serão servidores ou empregados permanentes, designados pelo dirigente máximo
da respectiva entidade ou órgão.
• MANDATOS NÃO COINCIDENTES DE 03 ANOS.
Art. 7° Compete às Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2°:
Art. 9° Fica constituída a Rede de Ética do Poder Executivo Federal, integrada pelos
representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos I, II e III do art. 2,
com o objetivo de promover a cooperação técnica e a avaliação em gestão da ética.
Art. 10. Os trabalhos da CEP e das demais Comissões de Ética devem ser desen-
volvidos com celeridade e observância dos seguintes princípios:
III - independência e imparcialidade dos seus membros na apuração dos fatos, com
as garantias asseguradas neste Decreto.
• Celeridade (caput)
• Proteção à honra e à imagem da pessoa investigada
• Proteção à identidade do denunciante (poderá ser mantida sob sigilo)
• Independência de seus membros
• Imparcialidade de seus membros
Art. 11. Qualquer cidadão, agente público, pessoa jurídica de direito privado, as-
sociação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou de Comissão
de Ética, visando à apuração de infração ética imputada a agente público, órgão ou
setor específico de ente estatal.
Parágrafo único. Entende-se por agente público, para os fins deste Decreto, todo
aquele que, por força de lei, contrato ou qualquer ato jurídico, preste serviços de na-
tureza permanente, temporária, excepcional ou eventual, ainda que sem retribuição
financeira, a órgão ou entidade da administração pública federal, direta e indireta.
§ 5° Se a conclusão for pela existência de falta ética, além das providências pre-
vistas no Código de Conduta da Alta Administração Federal e no Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, as Comissões de
Ética tomarão as seguintes providências, no que couber:
OU
Art. 13. Será mantido com a chancela de “reservado”, até que esteja concluído,
qualquer procedimento instaurado para apuração de prática em desrespeito às nor-
mas éticas.
Art. 14. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada é assegurado o direito de
saber o que lhe está sendo imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista
dos autos, no recinto das Comissões de Ética, mesmo que ainda não tenha sido no-
tificada da existência do procedimento investigatório.
Parágrafo único. O direito assegurado neste artigo inclui o de obter cópia dos autos
e de certidão do seu teor.
Art. 15. Todo ato de posse, investidura em função pública ou celebração de contrato
de trabalho, dos agentes públicos referidos no parágrafo único do art. 11, deverá
ser acompanhado da prestação de compromisso solene de acatamento e observân-
cia das regras estabelecidas pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal,
pelo Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Fed-
eral e pelo Código de Ética do órgão ou entidade,
conforme o caso.
Art. 16. As Comissões de Ética não poderão escusar-se de proferir decisão sobre
matéria de sua competência alegando omissão do Código de Conduta da Alta Admin-
istração Federal, do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder
Executivo Federal ou do Código de Ética do órgão ou entidade, que, se existente,
será suprida pela analogia e invocação aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
§ 2° Cumpre à CEP responder a consultas sobre aspectos éticos que lhe forem dirigi-
das pelas demais Comissões de Ética e pelos órgãos e entidades que integram o Ex-
ecutivo Federal, bem como pelos cidadãos e servidores que venham a ser indicados
para ocupar cargo ou função abrangida pelo Código de Conduta da Alta Adminis-
tração Federal.
• ILÍCITO PENAL =inquérito policial. Ex: peculato, art. 312, Código Penal.
• ILÍCITO CIVIL =reparação; indenização; ressarcimento do Erário Público.
• IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA =LEI N° 8.429/1992
• INFRAÇÃO DISCIPLINAR =LEI N° 8.112/1990:
- descumprimento de dever funcional
- inobservância das vedações
Art. 18. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato ou ato sub-
metido à sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com
a omissão dos nomes dos investigados, divulgadas no sítio do próprio órgão, bem
como remetidas à Comissão de Ética Pública.
Art. 19. Os trabalhos nas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2
são considerados relevantes e têm prioridade sobre as atribuições próprias dos car-
gos dos seus membros, quando estes não atuarem com exclusividade na Comissão.
Art. 21. A infração de natureza ética cometida por membro de Comissão de Ética de
que tratam os incisos II e III do art. 2 será apurada pela Comissão de Ética Pública.
Art. 22. A Comissão de Ética Pública manterá banco de dados de sanções aplicadas
pelas Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III do art. 2 e de suas próprias
sanções, para fins de consulta pelos órgãos ou entidades da administração pública
federal, em casos de nomeação para cargo em
comissão ou de alta relevância pública.
Parágrafo único. O banco de dados referido neste artigo engloba as sanções apli-
cadas a qualquer dos agentes públicos mencionados no parágrafo único do art. 11
deste Decreto.
Art. 23. Os representantes das Comissões de Ética de que tratam os incisos II e III
do art. 2 atuarão como elementos de ligação com a CEP, que disporá em Resolução
própria sobre as atividades que deverão desenvolver para o cumprimento desse
mister.
Art. 25. Ficam revogados os incisos XVII, XIX, XX, XXI, XXIIIe XXVdo Código de Ética
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, aprovado pelo De-
creto nº1.171, de 22 de junho de 1994, os arts. 2º e 3º do Decreto de 26 de maio de
1999, que cria a Comissão de Ética Pública, e os Decretos de 30 de agosto de 2000
e de 18 de maio de 2001,que dispõem sobre a Comissão de Ética Pública.