Você está na página 1de 2

O livro Teoria do Ordenamento Jurídico, de Noberto Bobbio, é uma das

mais importantes obras do debate jurídico. Noberto que nasceu em 18 de


outubro de 1909, em Turim na Itália, morreu em 09 de janeiro de 2004, também
em Turim, é considerado um dos mais respeitados jusfilósofo da atualidade. O
livro é composto por 5 capítulos, o primeiro é intitulado Da Norma Jurídica ao
Ordenamento Jurídico, o segundo Unidade de Ordenamento Jurídico, o terceiro
A Coerência do Ordenamento Jurídico, o quarto Completude do Ordenamento
Jurídico e o último capítulo aborda Os Ordenamentos Jurídicos em Relação
entre si. Será abordado nessa resenha os capítulos 2 e 4.
O Capítulo 2 traz a Unidade de Ordenamento Jurídico e faz menção a
quantidade de normas existentes no ordenamento, fazendo comparação as
estrelas, que são incontáveis. A produção de normas não pode parar, pois
devem satisfazer todas as necessidades sociais, que aumentam e variam no
decorrer dos tempos. O autor procurou explicar sua norma pelo ordenamento
complexo e disse que existem grandes necessidades de regras de conduta, e o
legislador se encontra limitado em prever as regras possíveis, por conta disso o
poder supremo tem em mãos a delegação e a recepção, que ajudam na
satisfação da exigência.
Em relação as fontes, Bobbio as definiu como fatos ou atos que o
ordenamento faz defender a produção de normas, que induzem a produção de
normas que induzem o comportamento das pessoas, regulando a própria
produção. Afirma que a complexidade de um ordenamento continua a ser
unitário, ele usa Kelsen para falar sobre a construção escalonada com a
pirâmide do ordenamento jurídico, dizendo que não estão todos no mesmo
plano, pois as inferiores dependem das superiores e todas podem ser
remontadas a norma fundamental, inclusive as fontes, e por isso o
ordenamento passa a ser unitário. O autor ainda diz que as normas
pressupõem uma relação de poder e dever, olhando a pirâmide de cima para
baixo, a uma expressão de poder, e olhando de baixo para cima, o dever de
obediência a lei superior.
Bobbio deixa claro que a norma fundamental é o fundamento de
validade de todas as normas do sistema, e diz que se fora perguntado sobre o
que ela se funde, não terá uma resposta concreta, mas traz ilustração de
algumas famosas respostas sobre tal questão, que seria a verdadeira fonte
última do poder: a) O poder seria
derivado de Deus; b) O dever de
obedecer ao poder constituinte seria da lei natural; c) O dever
de obedecer ao constituinte seria de uma convenção ordinária da qual o poder
tiraria a própria justificação.
Entendido no sentido amplo como ordem jurídica sobre força, Bobbio
traz em poucas palavras que a força é um instrumento para a realização do
Direito.
No capítulo 4, o autor traz A Amplitude do Ordenamento Jurídico
explicando que uma vez que se nota a ausência de uma norma, depara-se com
uma lacuna, e por extensão depreende-se Completude com a ausência de
lacunas, diferenciando completude de coerência, ele diz que a primeira se
conduz a uma contradição, e a outra a uma lacuna. Sobre a teoria da
completude como um dogma, ele disse que retira do juiz a faculdade de
resolver segundo a equidade. E trouxe que as transformações sociais são
inúmeras e sucessivas e as leis aparentam-se insuficientes.
Segundo Bobbio há outros autores adeptos da teoria da norma geral que
regula o comportamento, não limita apenas a regulamentação, mas ao mesmo
tempo excluem daquela regulamentação todos os outros comportamentos.
Ele também traz no entendimento de lacuna enquanto solução
satisfatória da norma que são duas, a própria que é eliminada perante a lei
vigente pelo interprete ou juiz, e a imprópria, eliminada com a formação de
novas leis pelo legislador. As lacunas são divididas em objetivas, onde a norma
e o tempo se descompassaram, e a subjetiva, que dependem de algum motivo
imputável pelo legislador e essas ainda se desdobraram em voluntárias e
involuntárias. Outra distinção que o autor traz é entre as lacunas praeter legem
que são muito particulares e as regras devem ser criadas ao lado delas, e a
intra legem que existem quando a normas generalíssimas, e no interior delas
vazios que caberão ao intérprete colmatá-las.
Para finalizar a resenha, trago o que o autor fala sobre o tratamento das
duas formas para superar a incompletude do ordenamento, a heterointegração
que consiste na operação de integrar com recursos de ordenamento fontes
diversas da lei, e a auto-integração que se cumpre com o mesmo
ordenamento, com o mínimo de fontes fora da lei.

Nome: Izabella Sales


Turma: D2 AM

Você também pode gostar