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ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA DOS ECOSSITEMAS

DINÂMICAS DE INTERAÇÃO ENTRE SERES VIVOS E AMBIENTE


DINÂMICAS DE INTERAÇÃO ENTRE SERES VIVOS
NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO BIOLÓGICA DOS ECOSSISTEMAS
COMO SE ORGANIZAM OS SERES VIVOS ENTRE SI?

ONDE VIVEM OS SERES VIVOS?

Cada ser vivo precisa de condições específicas para sobreviver. O local onde o ser vivo encontra
essas condições chama-se habitat.

Habitat

 local onde um determinado ser vivo habita por encontrar as condições necessárias à sua
sobrevivência.

NÍVEIS DE ORGANIZAÇÃO DOS SERES VIVOS NUM ECOSSISTEMA

Espécie

 conjunto de organismos geralmente semelhantes que, quando cruzados entre si, originam
descendência fértil.

População

 conjunto de indivíduos da mesma espécie que habitam um determinado local (habitat) e que
interagem entre si

Comunidade

 conjunto de populações que habitam um determinado local (habitat) e que interagem entre
si

Ecossistema

 conjunto dos seres vivos (comunidade), do meio onde habitam (habitat), das relações entre
si e com o meio.
COMPONENTE BIÓTICA E COMPONENTE ABIÓTICA

Podemos afirmar então que um ecossistema é constituído por:

 uma componente biótica


o seres vivos e as relações entre si e com o meio
 e por uma componente abiótica
o meio onde vivem os seres vivos e os fatores abióticos que os influenciam (água, luz,
temperatura, solo, vento, etc…)

BIOMAS

Biomas são conjuntos de ecossistemas em interação que são condicionados pelas condições
geográficas e pelo clima da região onde se situam e que são caracterizados por um tipo dominante
de vegetação e macroclima.

Principais tipos de biomas

Biomas terrestres:

 Tundra
 Taiga
 Floresta temperada
 Floresta tropical
 Savana
 Chaparral

Biomas aquáticos:

 Oceanos
 Mangais
 Pântanos
 Rios
INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS E O AMBIENTE
O QUE SÃO FATORES ABIÓTICOS

FATORES ABIÓTICOS

Os fatores abióticos são os fatores do meio que influenciam os seres vivos.

Os principais fatores abióticos são:

 a luz
 a temperatura
 a água
 o solo
 o vento

INFLUÊNCIA DA LUZ NAS PLANTAS

FOTOTROPISMO

As plantas necessitam de luz para sobreviver pois é a fonte de energia que utilizam para realizar o
processo de fotossíntese.

Por isso, as plantas têm tendência em se movimentar (lentamente) em direção à luz solar. A este
movimento dá-se o nome de fototropismo.

Fototropismo

 movimento lento das plantas em direção à luz solar

INFLUÊNCIA NO DESENVOLVIMENTO CONFORME A NECESSIDADE DE LUZ DIRETA E INTENSA


OU SOMBRA

No entanto, existem plantas que se desenvolvem melhor sob a ação de luz direta e intensa e outras
que necessitam de sombra:

Plantas heliófilas

 desenvolvem-se melhor sob a ação direta de luz direta e intensa


Plantas umbrófilas

 necessitam para o seu desenvolvimento de sombra (ex.: fetos e musgos)

INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO (NÚMERO DE HORAS DE LUZ DIÁRIAS)

As plantas são classificadas conforme a influência do número de horas diárias na sua floração:

Plantas de dia longo

 florescem quando o fotoperíodo é, em média, superior a 12 horas

Plantas de dia curto

 florescem quando o fotoperíodo é, em média, inferior a 8 horas

Plantas indiferentes

 não são influenciadas pelo fotoperíodo

ESTRATIFICAÇÃO VERTICAL

Nas zonas com muita vegetação a luz condiciona a distribuição das plantas:

Estrato herbáceo

 camada vegetal inferior

Estrato arbustivo

 camada vegetal intermédia

Estrato arbóreo

 camada vegetal superior.

As características de cada um destes estratos fornecem habitats específicos para diferentes seres
vivos.
INFLUÊNCIA DA LUZ NOS ANIMAIS

FOTOTAXIA

Existem animais que são atraídos pela luz e outros que não suportam a luz:

Animais lucífilos

 são atraídos pela luz – apresentam fototaxia positiva, ou seja, deslocam-se em direção a uma
fonte luminosa (ex.: traças e borboletas)

Animais lucífugos

 não suportam a luz – apresentam fototaxia negativa, ou seja, deslocam-se em direção oposta
a uma fonte luminosa (ex.: morcego e minhoca)

INFLUÊNCIA DA LUZ NA SUA ATIVIDADE

Os animais realizam as suas atividades diárias em função da presença ou ausência de luz:

Animais diurnos

 encontram-se ativos durante o dia (ex.: águia)

Animais notívagos (ou noturnos)

 encontram-se ativos durante a noite (ex.: morcego e coruja)

INFLUÊNCIA DA LUZ NA DISTRIBUIÇÃO DOS ANIMAIS NOS OCEANOS

No fundo dos oceanos, onde existe uma quase escuridão total, apenas existem animais com
adaptações próprias como os peixes abissais. A maior parte dos seres marinhos encontram-se junto
à superfície.

INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO NA REPRODUÇÃO

A reprodução de alguns animais é também condicionada pelo fotoperíodo. Isso faz com que
determinadas espécies tenham determinadas épocas de reprodução. (ex: o veado tem tipicamente
o seu período reprodutor em outubro)
INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO NA MORFOLOGIA

Alguns mamíferos (ex.: lebre-do-ártico) mudam a cor da sua pelagem e algumas aves mudam a cor
da sua penugem conforme o fotoperíodo. Esta característica facilita a camuflagem do animal,
fazendo com que se confunda mais facilmente com o meio ambiente, ficando assim mais protegido
contra predadores.

INFLUÊNCIA DO FOTOPERÍODO NO COMPORTAMENTO

Migrações

 Deslocações regulares de um ser vivo para locais que conferem melhores condições
de sobrevivência. (ex.: andorinha)

É o número de horas diárias que indica aos animais o momento para iniciarem a sua migração.

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NAS PLANTAS

Adaptações das plantas à variação da temperatura

Para sobreviver às condições desfavoráveis durante a estação fria algumas plantas:

 perdem as folhas – plantas de folha caduca ou caducifólias (ex.: castanheiro)


 ficam reduzidas à parte subterrânea (ex.: narciso)
 ficam reduzidas a sementes (ex.: milho)

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NOS ANIMAIS

INTERVALO DE TOLERÂNCIA, TEMPERATURA ÓTIMA E TEMPERATURA LETAL

A vida só é possível dentro de intervalos de temperatura que se designam por intervalos de


tolerância e que variam de espécie para espécie. Dentro desse intervalo existe uma temperatura
em que o ser vivo se desenvolve melhor – temperatura ótima. No entanto, se os limites desse
intervalo forem ultrapassados atinge-se uma temperatura letal que pode levar à morte do ser vivo.
De acordo com a sua amplitude térmica os seres vivos podem ser classificados como:

Seres euritérmicos:

 se têm uma grande amplitude térmica (ex.: lobo)

Seres estenotérmicos:

 se têm uma pequena amplitude térmica (ex.: serpente)

SERES HOMEOTÉRMICOS E SERES POIQUILOTÉRMICOS

Seres homeotérmicos (ex.: mamíferos e aves)

 conseguem manter a temperatura do corpo constante, independentemente da temperatura


ambiente

Seres poiquilotérmicos (ex.: peixes, répteis e anfíbios)

 a temperatura do corpo varia conforme a temperatura ambiente

ADAPTAÇÕES DOS ANIMAIS ÀS DIFERENTES TEMPERATURAS DO MEIO AMBIENTE

Adaptações comportamentais

Ambientes quentes:

 Estivação
o redução da atividade durante a estação quente (ex.: caracol e crocodilo)

Ambientes frios:

 Hibernação
o redução da atividade durante a estação fria (ex.: ouriço-cacheiro e urso)

Migração

 Deslocação regular de um ser vivo para locais que conferem melhores condições de
sobrevivência. (ex.: andorinha e baleia)
Adaptações corporais

Ambientes quentes:

 Orelhas grandes, o que permite aumentar a superfície de perda de calor para o ambiente
 Pelo curto, para mais facilmente perder calor corporal

Ambientes frios:

 Orelhas pequenas, o que permite diminuir a superfície de perda de calor para o ambiente
 Pelo longo, para mais dificilmente perder calor corporal
 Camada espessa de gordura, que impede a perda de calor

Adaptações fisiológicas

Ambientes quentes

 arfar, o que permite perder calor

Ambientes frios

 ereção dos pelos, o que permite criar uma camada de ar isolante junto à pele, diminuindo
assim as perdas de calor

INFLUÊNCIA DA ÁGUA NOS SERES VIVOS

IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA OS SERES VIVOS

Todos os seres vivos precisam de água para sobreviver pois é o seu principal constituinte e é
necessária para as suas funções vitais. Por isso existe maior vegetação e animais nos locais com
maior humidade e pluviosidade.

No entanto, nem todos os seres vivos dependem da mesma quantidade de água:

Seres hidrófilos:

 vivem permanentemente na água (ex.: polvo e nenúfar)

Seres higrófilos:

 vivem em locais húmidos (ex.: minhoca e arrozal)


Seres mesófilos:

 necessitam de quantidades moderadas de água (ex.: cavalo e sobreiro)

Seres xerófilos:

 vivem em locais secos (ex.: dromedário e cato)

ADAPTAÇÕES DAS PLANTAS À ESCASSEZ DE ÁGUA

Plantas de climas secos (ex. cato) apresentam:

 raízes longas e pouco profundas, para captar a maior quantidade de água possível
 caules carnudos, para acumular água de reserva
 folhas de pequenas dimensões ou reduzidas a espinhos, para não perderem água por
transpiração

ADAPTAÇÕES DOS ANIMAIS À ESCASSEZ DE ÁGUA

Os animais de clima seco podem apresentar:

 reservas de gordura que utilizam para produzir água (ex.: dromedário e camelo)
 revestimento impermeável que evita a perda de água por transpiração (ex.: escorpião)

Existem ainda animais (ex.: gerbilo) que não transpiram, produzem pouca urina e são mais ativos
durante a noite de forma a evitar perdas de água.

INFLUÊNCIA DO SOLO NOS SERES VIVOS

O SUBSTRATO E A IMPORTÂNCIA DO SOLO PARA OS SERES VIVOS

A maioria dos seres vivos precisa de um substrato para realizarem as suas atividades vitais e
garantirem a sua sobrevivência. O substrato é o meio sólido que serve de suporte à maior parte
dos seres vivos.

Nos ambientes aquáticos encontramos:

 substratos moles, como os fundos arenosos que podem ser encontrados no leito dos rios e
nos oceanos
 substratos duros, como as rochas, sobre as quais vivem animais como as lapas e os
mexilhões.

Nos ambientes terrestres, os seres vivos desenvolvem as suas atividades em interação com os
solos.

O solo é a camada mais superficial da crusta terrestre, sendo constituído por matéria orgânica,
matéria mineral, água e ar. É bastante importante porque funciona como habitat para uma grande
diversidade de seres vivos (ex.: insetos, minhocas, toupeiras, fungos e bactérias) e porque serve
como meio de fixação para as plantas e de captação de água e minerais essenciais para o seu
crescimento e desenvolvimento.

INFLUÊNCIA DO TIPO DE SOLO NA DISTRIBUIÇÃO DOS SERES VIVOS

A porosidade do solo influencia a distribuição dos seres vivos, pois há seres vivos que povoam solos
arenosos e outros solos mais compactos.

No entanto, também a composição do solo, permeabilidade, humidade e textura influenciam a


distribuição dos seres vivos.

INFLUÊNCIA DO VENTO NOS SERES VIVOS

IMPORTÂNCIA DO VENTO

 Contribui para a dispersão de algumas sementes, de modo a que estas se possam dispersar
por uma maior área e de forma a encontrarem condições mais apropriadas à sobrevivências
das plantas após a germinação
 É responsável pelo transporte de bactérias e de fungos, bem como das suas
estruturas reprodutoras (esporos).
 Nos ambientes aquáticos, promove o arejamento das águas e dá origem à ondulação dos
oceanos

INFLUÊNCIA DO VENTO NA MORFOLOGIA DOS SERES VIVOS

Em regiões muito ventosas encontram-se, preferencialmente, plantas rasteiras e animais de


pequeno porte e achatados.
INFLUÊNCIA DO VENTO NO COMPORTAMENTO DOS ANIMAIS

 Os gafanhotos por vezes movimentam-se aproveitando a deslocação das massas de ar,


formando nuvens de gafanhotos
 As aves de rapina (ex: falcão) aproveitam as massas de ar quente para planar, gastando assim
menos energia
 As rotas de migração são influenciadas pelos ventos dominantes em determinadas regiões

RELAÇÃO ENTRE AS ALTERAÇÕES DO MEIO E A EVOLUÇÃO OU A EXTINÇÃO DE ESPÉCIES

Os fatores abióticos condicionam largamente a biodiversidade. No passado, extinções em massa,


provocadas por alterações súbitas do meio ambiente, levaram ao desaparecimento de algumas
espécies e criaram condições propícias à diversificação e à dispersão de outras.

INTERAÇÕES ENTRE OS SERES VIVOS


O QUE SÃO RELAÇÕES BIÓTICAS

RELAÇÕES BIÓTICAS – INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICAS E INTERAÇÕES INTERESPECÍFICAS

Relações bióticas

 interações entre os seres vivos que fazem parte de um ecossistema

Interações intraespecíficas

 interações entre seres vivos da mesma espécie

Interações interespecíficas

 interações entre seres vivos de espécies diferentes

INTERAÇÕES INTRAESPECÍFICAS

COOPERAÇÃO (+,+)

 Os indivíduos contribuem para o benefício comum do grupo


 Ex: As suricatas organizam-se na vigilância e na recolha de alimento

Este tipo de relação estabelece-se quando seres da mesma população se organizam em sociedades
(ex: abelhas) ou em colónias (ex: pinguins). Numa sociedade existe uma organização hierárquica e
uma divisão de tarefas, enquanto que numa colónia não existe uma hierarquia nem funções
diferenciadas.

COMPETIÇÃO (-,-)

 Prejudicial para os seres vivos envolvidos


 Ex: Hipopótamos competem pela atenção das fêmeas

Motivos: luta por água, luz, alimento, território e fêmea.

A expressão máxima de competição intraespecífica é o canibalismo, em que um indivíduo mata


outro da mesma espécie, alimentando-se deste. Tal pode acontecer pela necessidade de
nutrientes, estabelecimento de uma posição hierárquica, regulação do número de indivíduos e pela
eliminação de órfãos e crias que possuem menos hipóteses de sobreviver.

RELAÇÕES INTERESPECÍFICAS

MUTUALISMO FACULTATIVO (+,+)

 Benefício para ambas as espécies, embora a relação não seja fundamental para a
sobrevivência dos indivíduos
 Ex: O bodião-limpador limpa a moreia aproveitando-se dos seus restos alimentares

MUTUALISMO OBRIGATÓRIO (+,+)

 Benefício para ambas as espécies, sendo esta uma relação fundamental para a sobrevivência
dos intervenientes
 Ex: associação entre algas unicelulares e fungos (que originam líquenes) em que os fungos
fornecem água e minerais às algas e estas fornecem compostos orgânicos aos fungos
COMPETIÇÃO (-,-)

 Prejudicial para os seres vivos envolvidos


 Ex: Leões e hienas competem pelo território, água e alimento

Motivos: luta por água, luz, alimento, território e solo.

PREDAÇÃO (+,-)

 Benefício para o predador e prejuízo para a presa


 Ex: O urso preda o salmão

Características que favorecem a caça: garras desenvolvidas e bicos fortes e encurvados (ex: águia)
e dentes aguçados e mandíbulas fortes (ex: leão).

Tanto predadores como presas podem ter ainda a capacidade de camuflagem ou de mimetismo
de forma a passarem despercebidos. Na camuflagem adquirem aspetos semelhantes aos da
natureza (ex: bicho-pau), e no mimetismo adquirem aspetos semelhantes a outros seres vivos (ex:
falsa-cobra-coral).

PARASITISMO (+,-)

 Benefício para o parasita e prejuízo para o hospedeiro


 Ex: Uma ténia pode ser encontrada no intestino de vários animais como o porco ou até de
um ser humano e vive às custas dos seus nutrientes prejudicando-o causando doenças ou até
a morte

Os parasitas classificam-se quanto ao modo de vida:

 ectoparasitas, se vivem no exterior do corpo do hospedeiro (ex: pulga)


 endoparasitas, se vivem no interior do corpo do hospedeiro (ex: ténia)

Também se classificam quanto ao tamanho:

 microparasita, se forem pequenos e e com tempos de gestação muito curtos (ex: vírus e
bactérias)
 macroparasitas, se forem maiores e com tempos de gestação mais longos (pulgas, carraças,
ténias e lombrigas)
COMENSALISMO (+,0)

 Benefício para o comensal e indiferente para o outro indivíduo


 Ex: A rémora é transportada pelo tubarão, aproveita os seus restos alimentares e é protegida
por ele, e para o tubarão esta relação é indiferente

AMENSALISMO (-,0)

 Prejuízo para o amensal e indiferente para o inibidor


 Ex: O fungo penicillium produz substâncias que inibem o desenvolvimento de bactérias.

COMO PODEM AS RELAÇÕES BIÓTICAS CONDICIONAR A DINÂMICA DOS ECOSSISTEMAS

O número de indivíduos de uma população num ecossistema vária ao longo do tempo até atingir o
equilíbrio. Este equilíbrio depende das relações que se estabelecem entre o número de indivíduos,
do espaço ao seu dispor, da quantidade de alimento disponível e do número de predadores.

Por exemplo, se o número de predadores num determinado ecossistema diminuir, isso não
significará que será algo bom para a população das suas presas. Isto porque o número de indivíduos
dessa população vai aumentar e poderá deixar de haver alimento para tantos indivíduos.

Outro exemplo está relacionado com a introdução de espécies típicas de outras regiões num
ecossistema onde não encontram predadores, o que fará com que várias espécies desse
ecossistema possam se extinguir.

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