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Processamento da Energia Solar

Fotovoltaica

Professor: Marcello Mezaroba Dr.

Email: marcello.mezaroba@udesc.br

Maio de 2016
Sumário

I. Características dos Painéis Fotovoltaicos;

II. Associação de PVs

III. Técnicas de Rastreamento de Máxima Potência

IV. Sistemas Fotovoltaicos

V. Conversores para Geração Fotovoltaica

VI. Técnicas de controle de inversores

VII.Normas e Legislação
Modelo real de uma célula fotovoltaica
Rs I • If = Corrente de fóton
If Id Ip + • Id = Corrente do diodo
V • Ip = Corrente do resistor em
Rp
paralelo
D - • I = Corrente de saída
• I = I f - Id - Ip

Fonte de Fonte de
Fonte de

Potência (W)
tensão
Corrente (A)

(0, ISC) corrente tensão


PMP PMP
(VMP, IMP) (VMP, PMP)
Fonte de 0 )
(0 ,
corrente (VOC, 0) (VOC, 0)
Tensão (V) Tensão (V)
Associações de células fotovoltaicas
Associações de células fotovoltaicas
Associações de células fotovoltaicas
Efeito da Variação da Irradiação sobre os PVs
Curvas I x V e P x V e o IV
Curvas efeito
a 25°C da irradiação

1000 W/m² @ 25°C PMP


8 (17,5 ; 7,43)
Corrente (A)

800 W/m² @ 25°C


6
600 W/m² @ 25°C
4 400 W/m² @ 25°C
2 200 W/m² @ 25°C (16,0 ; 1,48)

0
150 (17,5 ; 130,3) PMP
Potência (W)

100 @ 25°C
W /m² 25°C
0 0 0 m ² @
1 0 W/ °C
80
W / m ² @ 25
50 600 ² @ 25°C
400 W/m
200 W/m² @ 25°C
(16,0 ; 23,7)
0
0 5 10 15 20
Tensão (V)
Efeito da variação de temperatura sobre os PVs
Curvas I x V e P x V e o efeito da temperatura
Curvas IV a 25°C

1000 W/m² (17,5 ; 7,43)


8
Corrente (A)

PMP
(13,5 ; 7,29)
6

25
46

°C
60
80
4

°C
°C
°C
2

0
150
(17,5 ; 130,3) PMP
Potência (W)

100

25
/m²

46

°C
W

60
80
000 (13,5 ; 98,43)

°C
1
50

°C
0
0 5 10 15 °C 20
Tensão (V)
Associações de painéis fotovoltaicos

I I
+
+
V
V
-
-
Associação em série Associação em paralelo com
com diodo de by-pass diodo de bloqueio
Associações de painéis fotovoltaicos

I I
+ +

V V

- -
Associação mista em Associação mista com
ramos redundância
Efeito do sombreamento parcial no MPP
Ia
10,0
+

Corrente (A)
D3 não ativo
I
1 I2 D ativo
7,5
3
Ia
5,0 I2
I1
D2 2,5
+ D1 + Ponto de inflexão
0,0
V1 V2 Va Múltiplos pontos de máxima potência
- - Pa

Potência (W)
100
P2
+ D3 + D4
V3 V4 50 P1
- - -
0
0 5 10 15 20
Tensão (V)
Associação mista com
módulo sombreado Curvas I-V e P-V
Técnicas de rastreamento de máxima potência (MPPT)

Principais métodos:

• Tensão Constante (CV)

• Perturba e Observa (P&O)

• Condutância Incremental
(IncCond)
TÉCNICAS DE MPPT
Tensão Constante (CV)

Início

Leitura de Vpv

Cálculo do erro
Erro=Vpv - Vpv(MPP)

D=D+k.Erro

Atualização de D
TÉCNICAS DE MPPT
Perturba e Observa (P&O)
Entradas: V(t), I(t)

P(t)=I(t)·V(t)

S N
P(t)>P(t-Δ)?

S N S N
V(t)>V(t-Δ)? V(t)>V(t-Δ)?

• Simples e ocupa poucos recursos Incrementa Decrementa Decrementa Incrementa


computacionais. Vref Vref Vref Vref
• Versátil e aplicável a maioria dos
sistemas
P(t-Δ)=P(t)
• Pode resultar em erros de rastreamento V(t-Δ)=V(t)
durante mudanças bruscas na
irradiação. Retorna
TÉCNICAS DE MPPT
Condutância Incremental (IncCond)

Entradas: V(t), I(t)

ΔI=I(t)-I(t-Δt)
ΔV=V(t)-V(t-Δt)

S
ΔV=0?

N
S S
ΔI/ΔV=-I/V? ΔI=0?

N N

S S
ΔI/ΔV>-I/V? ΔI>0?

N N
Incrementa Decrementa Decrementa Incrementa
Vref Vref Vref Vref

Retorna
Sistemas de Inversores Fotovoltaicos

Sistemas Isolados sem Armazenamento


Sistemas de Inversores Fotovoltaicos
Sistemas Isolados com Armazenamento
Sistemas de Inversores Fotovoltaicos
Sistemas Conectados à Rede Elétrica
Sistemas de Inversores Fotovoltaicos
Sistemas Híbridos
Conversores para Sistemas Conectados
Classificação dos sistemas
Configurações de sistemas fotovoltaicos

Inversor Centralizado

• Faixa de 100kW‐1MW
• Vários ramos de PVs em
paralelo
• Alta eficiência e baixo custo
• Baixa confiabilidade
• Pouca eficiência do MPPT
• Usado em grandes plantas
Configurações de sistemas fotovoltaicos
Configuração String

• Utilizado em aplicações
residenciais (1.5‐15 kW)
• Cada conjunto de painéis em
série (string) tem seu próprio
inversor
• Bom MPPT
• Os conjuntos PV podem operar
em diferentes orientações.
Configurações de sistemas fotovoltaicos
Configuração Multi-string

• Utilizado em aplicações
residenciais (1.5‐15 kW)
• Cada conjunto de painéis em
série (string) tem seu próprio
conversor cc-cc
• MPPT individual por string
• O Link CC pode ser
compartilhado com outras
fontes de energia ou
acumuladores.
Configurações de sistemas fotovoltaicos
Inversores modulares

• Cada modulo opera


independentemente
• Modularidade facilita a
expansão
• Redução do custo de instalação
(instalação CA)
• Permite obter MPPT individual,
melhorando o MPPT global
• Dispensa os diodos de bloqueio
• Custo elevado do inversor.
Conversores para sistemas fotovoltaicos

Controlador de carga
Conversores para sistemas fotovoltaicos
Inversores para sistemas isolados

S1 D1 S3 D3

E D1
Carga

S2 D2 S4 D4 S1

Inversor Ponte Completa Vcc Lp1

Ls Carga

Lp2
S2
C1 S1 D1

Carga D2
E

C2 S2 D2 Inversor Push-Pull (isolado)

Inversor Meia Ponte


Conversores para sistemas fotovoltaicos conectados
Conversor CC-CC Elevador + Inversor Ponte Completa isolado em Baixa Frequência
Conversores para sistemas fotovoltaicos conectados
Conversor CC-CC Elevador Isolado em alta frequência + Inversor Ponte Completa
Conversores para sistemas fotovoltaicos conectados
Conversor CC-CC Elevador + Inversor Ponte Completa (sem isolação)
Conversores para sistemas fotovoltaicos conectados
Capacitância parasita de módulos fotovoltaicos
• Módulos fotovoltaicos possuem grande superfície;
• Uma capacitância parasite se forma entre o quadro
aterrado e as células fotovoltaicas;
• O valor da capacitância depende:
• Da área da superfície do PV
• Da distância entre as células e o quadro
• De condições atmosféricas e da poeira.

Corrente parasita de módulos fotovoltaicos


• A carga e descarga da capacitância parasite cria a
circulação de correntes parasitas;
• A corrente põe em perigo a operação humana e
danifica os painéis.
• A amplitude da corrente depende de:
• Valor da capacitância parasita
• Amplitude e frequência da tensão imposta
• É necessário o monitoramento desta corrente por
questões de segurança.
Conversores para sistemas fotovoltaicos conectados
Comparação entre as topologias
Requisitos para o controle de Inversores
1 - Funções básicas – comuns a todos os inversores conectados:

Controle da corrente injetada na rede


• Limite da distorção harmônica da corrente (THD) de acordo com as normas vigentes
• Estabilidade para grandes variações de impedância de rede
• Capacidade de se manterem conectados durante distúrbios na rede elétrica

Controle do barramento CC
• Adaptação à variações da tensão da rede

Sincronização com a rede


• Operação com Fator de Potência Unitário

2 - Funções específicas – comuns a todos os inversores conectados

Rastreamento da máxima potência (MPPT)


• Alta eficiência do MPPT em regime permanente (tipicamente >99%)
• Rápido rastreamento após mudanças bruscas na irradiação
• Operação estável sob baixos índices de irradiação.
Requisitos para o controle de Inversores
Detecção de anti ilhamento (de acordo com as normas vigentes)

Monitoramento da rede
• Sincronização
• Rápida detecção de tensão e frequência

Monitoramento da planta
• Diagnóstico dos PVs
• Detecção de sombreamento parcial

3 - Funções auxiliaries

Suporte de rede
• Controle local da tensão
• Compensação de reativos
• Compensação de harmônicos
Requisitos para o controle de Inversores
Requisitos para o controle de Inversores
Diagrama típico de controle de inversores
Principais normas para geração fotovoltaica
RESOLUÇÃO NORMATIVA ANEEL Nº 482 - Estabelece as condições gerais para o
acesso de microgeração e minigeração distribuída aos sistemas de distribuição de energia
elétrica, o sistema de compensação de energia elétrica, e dá outras providências.

• ABNT NBR 16149:2013 – Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de


conexão com a rede elétrica de distribuição.

• ABNT NBR 16150:2013 – Sistemas fotovoltaicos (FV) – Características da interface de


conexão com a rede elétrica de distribuição – Procedimentos de ensaio de
conformidade.

• ABNT NBR IEC 62116:2012 - Procedimento de ensaio de anti-ilhamento para


inversores de sistemas fotovoltaicos conectados à rede elétrica.

• ABNT NBR 16274:2014 - Sistemas fotovoltaicos conectados à rede — Requisitos


mínimos para documentação, ensaios de comissionamento, inspeção e avaliação de
desempenho
Principais normas para geração fotovoltaica
A norma NBR 16149 caracteriza a corrente a ser injetada na rede elétrica:
Principais normas para geração fotovoltaica
A norma NBR IEC 62116 define como deve ser o teste de detecção de
ilhamento:
Referências:
1) Teodorescu, Remus, Marco Liserre, and Pedro Rodriguez. Grid converters for photovoltaic and wind
power systems. Vol. 29. John Wiley & Sons, 2011.
2) SISTEMAS DE GERAÇÃO FOTOVOLTAICO Prof.Dr. Eng. José Renes Pinheiro. Notas de aula
3) PhotoVoltaic Power Systems – PVPS Course, Aalborg University 14‐May‐12
4) Romero-Cadaval, Enrique, et al. "Grid-connected photovoltaic generation plants: Components and
operation." Industrial Electronics Magazine, IEEE7.3 (2013): 6-20.
5) Prof. Denizar Cruz Martins, Roberto Francisco Coelho, Walbermark Marques dos Santos. “Técnicas
de rastreamento de máxima potência para sistemas fotovoltaicos: revisão e novas propostas”
6) Lucas Vizzotto Bellinaso. Metodologia de projeto de inversores para redução do custo de sistemas
fotovoltaicos. 2014. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) - Universidade Federal de
Santa Maria
7) Levy Ferreira Costa. Sistema Fotovoltaico Autônomo com Três Estágios de Processamento de
Energia. 2010. Trabalho de Conclusão de Curso. (Graduação em Engenharia Elétrica) -
Universidade Federal do Ceará.
8) Lucas Lapolli Brighenti. inversores não autônomos associados a autotransformadores multipulsos
para geração fotovoltaica. 2014. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) - Universidade do
Estado de Santa Catarina
9) Farret, Felix A., and Marcelo G. Simõees. Integration of alternative sources of energy. John Wiley &
Sons, 2006.
10) ROGERS DEMONTI. Processamento da Energia Elétrica Proveniente de Módulos Fotovoltaicos.
2003. 150 f. Tese (Doutorado em Engenharia Elétrica) - Universidade Federal de Santa Catarina

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