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Cristófoli, empresa brasileira fabricante e importadora de produtos

para a saúde com as certificações ISO 9001- Sistema de Gestão de


Qualidade, ISO 13485 - Aparelhos Médicos - Sistema de Gestão de
Qualidade - Requisitos para Fins Regulamentares, ISO 14001 - Gestão
Ambiental e BPF - Boas Práticas de Fabricação - ANVISA.
S DE G E
MA ST
TE
SIS

13485 ÃO

Manual Técnico
Autoclave Vitale Class CD 12/21

MISSÃO DA CRISTÓFOLI
Desenvolver soluções inovadoras para proteger a vida e promover a saúde.

POLÍTICA AMBIENTAL E DA QUALIDADE CRISTÓFOLI


A Cristófoli Equipamentos de Biossegurança LTDA., estabelecida na Rodovia BR-158, 127, Jardim Curitiba em Campo
Mourão, Paraná, Brasil, fabrica equipamentos de biossegurança para atender a área de saúde, tendo como política:
“Desenvolver soluções inovadoras para a área da saúde utilizando-se de processos ágeis, robustos e enxutos, para atender
cada vez melhor seus clientes. Cumprir com os requisitos regulamentares das normas aplicáveis, promover a melhoria
contínua de seus sistemas da qualidade e ambiental, prevenir poluição, diminuir seus impactos ambientais e capacitar
constantemente seus colaboradores, para desta forma obter lucratividade sustentável e maximização do valor da empresa”.
Rev. 2.
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ÍNDICE
1. Introdução ...................................................................................................................................................................................... 4
O que é vapor ................................................................................................................................................................................ 5
Pressão ........................................................................................................................................................................................ 5
Ar em Sistemas de Vapor ............................................................................................................................................................. 5
Temperatura ................................................................................................................................................................................ 5
2. A Autoclave .....................................................................................................................................................................................
5
Fonte de Alimentação (Retificador) .............................................................................................................................................
Partida da Fonte ........................................................................................................................................................................... 6
Secundário da Fonte .................................................................................................................................................................... 6
Controle da Fonte (Feedback) ......................................................................................................................................................7
RZCD Clamp ................................................................................................................................................................................. 7
Proteções da Fonte ...................................................................................................................................................................... 7
Leitura da Rede Elétrica ................................................................................................................................................................7
Ref. Rede ...................................................................................................................................................................................... 8
DPZ (Detector de Passagem Por Zero) ........................................................................................................................................ 8
Acionamentos ..............................................................................................................................................................................9
Resistência 127 VAC ....................................................................................................................................................................
9
Acionamento da Válvula ..............................................................................................................................................................
Sensores de Temperatura ............................................................................................................................................................10
Sensor de Pressão ....................................................................................................................................................................... 11
PCB Painel Display ....................................................................................................................................................................... 11
Fonte da PCB Painel ..................................................................................................................................................................... 12
Teclado .........................................................................................................................................................................................12
Display LCD 16x2 ......................................................................................................................................................................... 12
Buzzer .......................................................................................................................................................................................... 12
Comunicação ...............................................................................................................................................................................13
3. Testes e Configurações ..................................................................................................................................................................13
Identificação dos Elementos do Painel ........................................................................................................................................
13
Testes E/S (Entrada e Saída) - Firmware V1.02 ...........................................................................................................................
Configuração de Capacidade .......................................................................................................................................................14
Ajuste de Setpoint de Pressão ..................................................................................................................................................... 14
Bloqueio ....................................................................................................................................................................................... 15
4. Mensagens e Avisos Sonoros ........................................................................................................................................................ 15
Mensagens de Funcionamento ................................................................................................................................................... 15
Mensagens de Falha .................................................................................................................................................................... 16

Manual Técnico Vitale Class CD Port. Rev.1-2016

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1. INTRODUÇÃO
O QUE É VAPOR
Pode-se considerar, de forma sintética, que vapor nada mais é que a união do elemento químico Água com o elemento
Físico energia ou calor.
Supõe-se que há um cilindro com a parte inferior vedada, envolvido com isolamento térmico com eficiência de 100 % (de
forma que não haja perda de calor para a atmosfera) e contendo 1 kg de água à temperatura de 0°C (ponto de fusão). Essa
condição será tomada, doravante, como ponto de referência, onde passa-se a considerar, que a quantidade de calor existente
nessa massa de água é igual a zero.
A temperatura da água aumentará até que se atinja o valor de 100°C. Nessas condições, qualquer aumento adicional de
calor fará com que a água não consiga se manter em estado líquido, sendo que uma parte dessa massa transformar-se-á em
vapor (Fonte: Spirax Sarco).
Quanto maior a quantidade de calor absorvida pelo sistema, maior será a massa de água transformada em vapor. O gráfico
abaixo pode ser dividido em três partes distintas:

TEMPERATURA
VAPOR
SUPERAQUECIDO

VAPOR
SATURADO

LÍQUIDO

CALOR

CALOR CALOR CALOR


SENSÍVEL LATENTE SENSÍVEL

CALOR CALOR CALOR


+ = Fig.1
SENSÍVEL LATENTE TOTAL Fonte: Spirax Sarco

PRESSÃO
Utiliza-se pressão quando se abordam líquidos e gases, já que para sólidos se utiliza o termo tensão. Pressão é a razão da
força em uma área. É certamente uma das principais propriedades do vapor e é chamada de pressão estática. Como será visto
a seguir, com a pressão de vapor saturado, têm-se todas as demais propriedades.
Tipos:
Atmosférica - Pressão da camada de ar atmosférica. Esta é influenciada pela altitude. A consideraremos com um
valor igual a 1,0 kgf/cm2.
Manométrica ou Relativa – É a pressão estática que lemos nos Manômetros.
Absoluta – É a soma das pressões atmosférica e manométrica (Fonte: Spirax Sarco).
PRESSÃO ABSOLUTA
PRESSÃO RELATIVA

TÍPICA PRESSÃO
DIFERENCIAL
PRESSÃO ATMOSFÉRICA

MÁXIMO
VÁCUO

VÁCUO PERFEITO
Fig.2

Com um fluido em movimento passa a se ter a influencia do atrito do escoamento em uma tubulação. Isto provoca uma
redução na pressão estática e é chamada de Perda de Carga (Fonte: Spirax Sarco).

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LEI DE PASCAL
De acordo com a Lei de Pascal: “Em um Sistema fechado, a pressão exercida por um fluido é a mesma em todos os pontos”.
Ou seja, o vapor em um sistema apresenta uma pressão definida. A figura 3 mostra uma representação da pressão agindo em
todos os pontos de um sistema. Porém, como já mencionado, à medida que ocorra escoamento haverá uma perda de carga, o
que faz como que a pressão estática seja reduzida (Fonte: Spirax Sarco).

PRESSÃO AGINDO EM TODOS OS PONTOS


Fig.3
AR EM SISTEMAS DE VAPOR
Em diversas instalações existe uma diferença entre a temperatura do vapor saturado com a da
tabela de vapor saturado (temperatura de saturação) a uma dada pressão. Uma das possíveis
causas é a presença de ar.
O ar é um dos melhores isolantes térmicos. Ele se acumula nos pontos mais altos das
instalações e equipamentos (especialmente camisas).
Temos de considerar a Lei de Dalton das Pressões Parciais. “Em uma mistura de gases, a pressão
total é a soma da pressão parcial de cada um dos gases, sendo esta correspondente ao volume
ocupado por este gás” (Fonte: Spirax Sarco).
Pressão de vapor = (% volume ocupado pelo vapor) x Pressão total (4)
Exemplo:
Um equipamento onde se tem a pressão de 4,0 bar absoluto, e ao se medir a temperatura do vapor
encontra-se 133 C. O que pode estar ocorrendo?
Ao verificar a tabela de vapor saturado, encontra-se que para a temperatura de 133 C, a pressão
de saturação é de 3,0 bar absoluto. Realizando a operação conforme a fórmula: % volume ocupado
pelo vapor = 3/4 = 0,75. Ou seja, 75% vapor e 25% ar fazendo com que a mistura fique abaixo da
temperatura de saturação. (Fonte: Spirax Sarco).

TEMPERATURA Tabela 1 (Vapor Saturado)

Temperatura é o grau de agitação das moléculas de um corpo. Porém, devido a esta definição ser um tanto vaga, se define
que dois corpos estão a mesma temperatura quando estão em “Equilíbrio Térmico”.
A energia ou calor flui de uma temperatura mais alta para uma temperatura mais baixa. Daí, a sensação térmica que
sentimos de com altas e baixas temperaturas ambientes.
O nosso corpo cede calor para o ambiente, nas temperaturas mais baixas; e em altas temperaturas recebe calor (o corpo
regula a nossa temperatura com a transpiração).
Criaram-se as escalas de temperatura, sendo que a mais utilizada é a Celsius. A temperatura de 0° Celsius é a da fusão da
água (gelo) e para 100 ° Celsius é a da vaporização da água (vapor) ao nível do mar.
No caso do vapor saturado existe uma relação direta entre a pressão e a temperatura. Ou seja, quanto maior a pressão
maior será a temperatura do vapor. Caso haja queda na pressão (por vazamento, por exemplo) a temperatura também reduz
seu valor (Fonte: Spirax Sarco).

2. A AUTOCLAVE
FONTE DE ALIMENTAÇAO (RETIFICADOR)
A fonte de alimentação é universal com funcionamento de 85 à 264 VAC onde BR1 e C3 são responsáveis pelo circuito
retificador. Ao medir a tensão sobre o capacitor C3 a tensão obtida será: caso a rede esteja com valor AC de 220VAC temos
311VDC, ou seja a tensão sobre o capacitor C3 será DC.

Fig.4

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PARTIDA DA FONTE
O início do funcionamento se dá através do Pino 7 do U10 que, ao receber alimentação do circuito retificador, irá alimentar
o circuito de soft-start interno ao IC U10, onde o mesmo irá entrar em oscilação com uma frequência de 66 kHz, colocando o
transistor chaveador interno em comutação e fazendo com que o transformador armazene energia durante a saturação,
transferindo essa energia para o secundário. Assim, gera-se alimentação com a mesma frequência de comutação do primário.

Fig.5
SECUNDÁRIO DA FONTE
No secundário, após o primário entrar em oscilação e o transistor entra em comutação com frequência de 66 kHz, um nível
de tensão AC estará presente nos pinos 8 e 10 de TR1, conectado a esses pinos temos D1 e D4 que são os diodos retificadores,
logo após o capacitor temos o filtro formado pelo capacitor C7, sobre o capacitor C7 teremos um nível DC de tensão já filtrado
de 24VCC.

Fig.6
O L1 e C6 formam um filtro LPF para aumentar a filtragem de tensão, eliminando assim ruídos de alta frequência.

Fig.7

Após filtrada a tensão será aplicado nos reguladores monolíticos onde teremos os valores de 12VCC, 5VDD e 3.3 V
conforme circuito abaixo.

Fig.8

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CONTROLE DA FONTE (FEEDBACK)


O circuito de controle é responsável por manter a tensão de saída da fonte estável, ou seja, sem oscilações e estabilizada,
para que isso ocorra é necessário uma amostra da tensão do secundário para o circuito de controle.

Fig.9

Esse controle é feito com modulação por largura de Pulso PWM, caso a tensão de saída sofra variação ela será retificada
através de D6, e C11 onde através de R49 será aplicada no Pino 3 de U10, e o controle se dará da seguinte maneira: caso a
tensão de saída filtrada suba, essa tensão também sofrerá aumento no pino 3, dessa forma o circuito de controle irá reduzir o
Ton de comutação diminuindo assim a tensão de saída, e caso por algum motivo a tensão de saída caia o controle irá atuar de
maneira inversa, aumentando o Ton de comutação e fazendo que a aumente para o valor desejado. R50, C13 e C9 são filtros.

RZCD CLAMP
O circuito de RZDC Clamp é formado por: D14,C21,R10,R13,R46, D5 esse circuito atua no período em que o transistor
Chaveador interno ao IC U10 está em corte, evitando que a tensão gerada no pino de Dreno do IC ultrapasse a valores de tensão
que possa danificar o IC U10, pois nesse período a tensão gerada nesse pino tende a no mínimo 2x valor de VCC do retificador
entrada, com esse circuito atuando a tensão de VDSS do Mosfet interno não será ultrapassada e o CI U10 ficará protegido.

Fig.10
PROTEÇÕES DA FONTE
A fonte de alimentação oferece vários recursos de proteção mesmo com um número reduzido de componentes:
• Proteção contra sobretensão (OVP), com opcional de reset AC rápido;
• Proteção do lado primário contra sobrecarga, mesmo com uma única falha;
• Proteção de malha aberta;
• Auto-restart proteção de sobrecarga;
• Proteção de sobrecarga térmica com autorrecuperação utilizando histerese;

LEITURA DA REDE ELÉTRICA


A Class CD 12 e 21 litros são equipamentos Bivolt automático, funcionam tanto em 127 como em 220 VAC, o range de
funcionamento está entre 95VAC – 254VAC.
O circuito de leitura de rede é responsável por enviar duas informações da rede elétrica para o microcontrolador, uma é
referente ao nível de tensão e outra é um DPZ (detector de passagem por zero), ou seja, o microcontrolador é informado com
um pulso toda vez que a rede passa por zero.

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REF. REDE
A fase da rede elétrica e neutro são aplicados na ponte retificadora BR2 onde entre R58 e R54 teremos a rede retificada mas
não filtrada, gerando um sinal retificado de onda completa com frequência de 120 Hz.

Fig.11
O nível de tensão nesse ponto é igual ao valor de tensão de pico da rede elétrica, R54, R55 e R12 formam um divisor de
tensão com uma relação de 94/1, ou seja, o sinal de rede será atenuado em 94x.
O U1A é um buffer de corrente e casador de impedância, na sua saída teremos o sinal reforçado em corrente.

Fig.12
Esse sinal passará por um detector de pico formado por D10 e C22, a tensão sobre C22 será contínua. R60 e R56 atuam
como um divisor de tensão que limita a tensão para níveis que não ultrapassem 3.3 Volts, para não danificar o
microcontrolador.
A tensão REF REDE é diretamente proporcional à rede elétrica, ou seja, se a rede aumentar ela também aumenta e vice-
versa, dessa forma o microcontrolador por nível de tensão de REF REDE sabe se a tensão está em 127VAC ou 220VAC.
DPZ (DETECTOR DE PASSAGEM POR ZERO)
O Circuito DPZ é formado por U1B. No pino 6 do U1B é aplicado o sinal retificado em onda completa com frequência de
120Hz. No pino 5 temos um divisor de tensão formado por R15 e R14 onde teremos 250mV DC.

Fig.13
O sinal no pino 6 será comparado com a ref. de 250mv e toda vez que o sinal for menor que 250mv na saída teremos um
pulso com duração em média de 500uS, frequência de 120Hz.
Temos abaixo as entradas no microcontrolador onde REF REDE é aplicada no pino 22 e DPZ é aplicado pino 8.

Fig.14

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ACIONAMENTOS
Acionamentos são 3, sendo eles Válvula 110VAC, resistências (127 VAC ou 220 VAC) e bomba 24VAC (secagem). Serão
abordados agora os acionamentos que são idênticos na Class CD 12 e 21 Litros.

RESISTÊNCIA 127 VAC


O que difere da resistência da CLASS CD 12 e 21 é apenas sua potência. O funcionamento destas é idêntico.

Fig.14

No pino 24 do micro controlador teremos o pulso de acionamento do Triac Q8. O pino libera pulso de onda quadrada de
baixa frequência, esse pulso irá colocar o transistor Q9 em saturação, gerando assim uma corrente no diodo interno ao opto
acoplador U6 onde o acionamento do Triac interno ao opto é por luz.
O U6 MOC3063S é opto acoplador que efetua o acionamento do Triac Q8 com pulso aplicado em seu gate, ele trabalha no
modo de Zero Crossing, ou seja, toda vez que a rede passar por zero ele libara o pulso de disparo do triac, essa maneira de
trabalho diminui as perdas de comutação e também diminui THD.
Com pulso aplicado no gate de Q8 o mesmo irá entrar em condução, e a tensão entre MT1 e MT2 do Q8 ela é em torno de 1,5
V, dessa forma, podemos considerá-lo como uma chave fechada fazendo o acionamento da resistência ligada entre CN16 E
CN17.
A corrente que circula pelo Triac pode ser determinada pela lei de Ohm, e pode ser medido com amperímetro.
Obs: A descrição acima equivale para a comutação da Resistência de 220 VAC do circuito abaixo.

Fig.15

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ACIONAMENTO DA VÁLVULA
A tensão de acionamento da válvula é 110 Volts. Como estamos trabalhando com a Class CD 12 e 21 bivolt, ou seja, 127 e
220 VAC, o método de acionamento da válvula é por ângulo dessa forma teremos sempre 127 VRMS sobre a válvula mesmo em
127 ou 220 VAC.

Fig.16

O circuito acima é de acionamento da válvula, sendo assim podemos notar uma diferença no U7 onde para acionamentos
das resistências utiliza-se o MOC3063 que trabalha com Zero Crossing e no caso da válvula O U7 não é zero crossing, ou seja, o
MOC3021 e um opto triac para disparo com ângulo. Como sabemos a rede elétrica é uma senóide, e como nossa frequência de
rede é 60 Hz, o tempo de duração de um ciclo é de 16,66 ms e um semi-ciclo temos 8,33ms.
Valores Instantâneps de tensão

Tensão alternada de 220 Volts AC

260

160

60

-40

-140

-240
Senoide de 220 Volts

Tensão RMS de 220 Volts


Tensão de pico de 312 Volts
-340
Tempo

Fig.17

Temos uma variação de 0 a 180° com um tempo de 0 a 8,3ms para meio ciclo. Os Triacs conduzem tanto no semi ciclo
positivo como também nos semi ciclo negativo, isso quer dizer que para um ciclo completo da rede o Triac será disparado tanto
no semi ciclo positivo como no negativo.
Para que haja uma tensão media na válvula de 127 Volts, mesmo aplicado em 220 V, o ângulo de disparo deve ser em torno
de 112° e a forma de onda aplicada na válvula será em media de 127 V. A forma de onda pode ser vista abaixo:

Tensão Aplicada Operação em


a carga onda competa

Ângulo Ângulo
de disparo de condução

Fig.18

Para que o microcontrolador possa disparar em um ângulo que possa variar de 0 a 180°, é necessário que seja informado o
ponto da rede que seja zero, ou seja, onde se inicia cada semi ciclo. Sabendo onde fica o zero da rede, toda vez que o pulso é
aplicado no pino do microcontrolador, ele passa a disparar um timer, e quando chegar no tempo equivalente para o ângulo de
disparo desejado ele aplica um pulso de Q11 através do R43, dessa forma aciona o opto acoplador que irá aplicar um pulso do
gate do Triac Q10 colocando o em condução no ângulo de aproximadamente de 112° onde a tensão média resultante é de 127
V, mesmo estando em 220 V. R39 limita a corrente de gate do Triac.

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SENSORES DE TEMPERATURA
Os sensores de temperatura utilizado na Class CD 12 e 21 são do Tipo NTC (coeficiente negativo de temperatura). O NTC é o
30k, ou seja, para temperatura de 25°C a resistência desse sensor é de 30k, por ter um coeficiente negativo a medida que a
temperatura aumenta a resistência dele diminui, ou seja, resistência é inversamente proporcional a temperatura.

Fig.19 Fig.20

Na Class CD 12 e 21 tem-se dois sensores de temperatura: um para medir temperatura da cuba e outro para medir a
temperatura do suporte de fixação das resistências.
A tensão de alimentação do divisor de tensão formado com o NTC é de 3.3V, a medida que a temperatura no suporte
aumenta, a tensão que é aplicada no microcontrolador Temp_Res diminui, dessa forma o microcontrolador calcula a
temperatura atual do suporte de resistência.

SENSOR DE PRESSÃO
O Sensor de pressão que utilizado é o MPX5500DP da Frescale (sensor diferencial com célula piezo resistiva). Este sensor
já é linearizado e compensado internamente, com tensão de saída diretamente proporcional ao valor de pressão, ou seja, se a
pressão aumenta a tensão de saída Vout também aumenta e vice-versa conforme gráfico abaixo.

Fig.21

A tensão de alimentação do Sensor de pressão SP1 é aplicada no pino 3 5VDD. O pino 2 é GND, e a tensão de saída analógica
Vout do sensor sai do pino 1 indo para entrada no microcontrolador pino 19 (Pressão), com base nessa tensão por software
determina-se o valor de pressão.

Fig.22

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PCB PAINEL DISPLAY


A placa do Painel tem a função apenas de mostrar mensagens no display e receber os comandos do teclado. A
comunicação com a placa de potência é feita via serial. É na placa de potência onde está todo controle tanto hardware como
software.

Fig.22
FONTE DA PCB PAINEL
A tensão gerada de 5VDD na fonte de alimentação na placa de Potência é aplicada na placa do painel através do conector
CN8 pinos 1 e 2.
A alimentação do microcontrolador é de 3,3V por isso se faz necessário que tenhamos um regulador que abaixe essa
tensão de 5 V para 3,3 V.
O regulador U9 é um regulador monolítico de 3,3V, a tensão de 5VDD é aplicada no pino 2 e pino é aterrado SGND e a tensão
já regulada de 3,3 V é retirada no pino 3 VOUT e filtrada por C23.

Fig.23

TECLADO
O teclado de membrana é colocado no conector CN19. Quando a tecla 4 for acionada, o pino 15 TECLA4 a tensão será de
zero Volts (nível lógico baixo), dessa forma o microcontrolador sabe que a tecla foi acionada e executa esse comando enviando
informação via serial através dos pinos 1 e 44 TX e RX para placa de potência que execute esse comando. Essa informação se
aplica para as demais funções.

Fig.24
DISPLAY LCD 16X2
O circuito de acionamento do display é executado pelo próprio microcontrolador conforme podemos ver abaixo pelo
PORTD, pinos 2,3,4,5,40 e 41 (D4, D5, D6, D7, RS e EN).
O acionamento do Back light se dá através do pino 27 BACK LCD onde essa tensão de 3.3V através do R44 polariza a base
de Q1 que entra em saturação aterrando o pino 15 BACK_LCD do display ligando assim o back light. R38 e R100 fazem controle
de contraste do LCD.

Fig.25

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BUZZER
O Buzzer LS1 trabalha com oscilador interno, toda vez que seja necessário acioná-lo, uma tensão DC é liberada no pino 39
(BUZZER) com 3,3 V, essa tensão é aplicada à base do Q12 através do resistor R45 que colocara Q12 em saturação, dessa
forma será aplicado sobre o Buzzer 5 V menos VCE de Q12 que emitirá o bip desejado.

Fig.25
COMUNICAÇÃO
A comunicação entre as Placas do Painel e de Potência e feita por serial, a vantagem deste método está na redução de
custo relacionados a chicotes de alimentação e diminuição de espaço. Utilizando esse tipo de comunicação serial necessita-
se apenas de dois pinos, ou dois fios, sendo assim tem-se:

Fig.26

Como na figura acima, temos CN9 PCB de potência e CN8 PCB Painel. Pode-se observar uma redução de fios para efetuar
acionamentos entre as duas placas.
A comunicação serial pode ser síncrona ou assíncrona, neste caso, utiliza-se comunicação assíncrona.

3. TESTES E CONFIGURAÇÕES
IDENTIFICAÇÃO DOS ELEMENTOS DO PAINEL

TECLAS MODO TECLA INÍCIO

SELECIONE UM
PROGRAMA

DISPLAY TECLA CANCELA Fig.27

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TESTES E/S (ENTRADA E SAÍDA) - FIRMWARE V1.02


ACESSO AO MENU DE TESTES E/S
Para iniciar o procedimento de testes de entrada e saída, pressione as teclas e simultaneamente e conecte a
autoclave na rede elétrica.
SOLTE AS
Será exibida então a mensagem TECLAS , nesse momento solte as teclas pressionadas (caso isso não tenha
ocorrido, repita o procedimento anterior).
Em seguida, o display mostrará TESTE E/S → , pressione para iniciar os testes.

REALIZAÇÃO DOS TESTES E/S


Seguindo corretamente os passos anteriores, iniciará os testes de entrada e saída.
O Primeiro deles é o de leitura de tensão da rede elétrica, será exibida a tela: TENSAO REDE
V: 125.7
. Após a verificação pressione
a tecla para dar continuação nos testes.
Em seguida virá o teste referente a chave de porta, a mensagem a ser exibida dependerá do status da chave, podendo
CHAVE PORTA CHAVE PORTA
alternar entre ABERTA e FECHADA . Levante e abaixe o fecho da porta para ver a troca das mensagens.
Pressione para dar continuidade.
A terceira etapa do teste, refere-se ao sensor de temperatura da cuba, será exibida a mensagem TEMPERATURA T: 86.4
CUBA
. Se o
teste for realizado com a cuba fria será exibido a temperatura próximo ou igual a do ambiente, estando a cuba quente o
valor poderá variar. Pressione para prosseguir.
Nesta etapa será aciona a respectiva resistência da faixa de tensão lida (resistência 127V para a rede 127V e
resistência 220V para a rede de 220V). A temperatura da resistência será exibida da seguinte forma: TEMPERATURA T: 107.4
RES
.
Alcançando a temperatura de 200°C, a mesma será desligada. Pressione para prosseguir.
No último teste, avalia-se o funcionamento da bomba de secagem, da válvula e do sensor de pressão. Para isso feche a
porta, a pressão começará a subir devido ao funcionamento da bomba de secagem, quando a pressão alcançar
0.20kgf/cm² (aproximadamente 2 minutos) a válvula será acionada, fazendo com que a pressão da câmara seja zerada,
após aproximadamente 15 segundos, a válvula fechará novamente fazendo com que a pressão volte a subir. O display
exibirá VALVULA/BOMB
P: 0.02
SEC
. Pressione para concluir os testes, o display desligará.

CONFIGURAÇÃO DE CAPACIDADE
Para acessar o menu de configuração de capacidade, com a autoclave desconectada da rede elétrica, pressione
simultaneamente as teclas e , e conecte a autoclave na rede elétrica.
SOLTE AS
Será exibida então a mensagem TECLAS , nesse momento solte as teclas pressionadas.
O display agora mostrará TESTE E/S →
. Pressione a tecla para alternar ao menu → CONFIGURAR
CAPACIDADE

. Pressione para
prosseguir.
CAPACIDADE
O display exibirá 12L→ → 21L , escolha a capacidade através das teclas e . Ao selecionar, a tela de
CONFIRMA CAP. CONFIRMA CAP.
confirmação para as respectivas capacidades serão vistas no display: 12 L ou 21 L , pressione para
confirmar ou para retornar à tela anterior. Pressionando a tecla , será salva a respectiva capacidade, concluindo
assim este procedimento.
CRISTOFOLI
Após a conclusão da configuração, ao ligar a autoclave, serão exibidas as mensagens BIOSSEGURANCA e a capacidade
VITALE CLASS CD VITALE CLASS CD
selecionada 12 LITROS ou 21 LITROS , possibilitando assim uma última confirmação do ajuste.
AJUSTE DE SETPOINT DE PRESSÃO
Para acessar o menu de configuração de capacidade, com a autoclave desconectada da rede elétrica, pressione
simultaneamente as teclas e , e conecte a autoclave na rede elétrica.
SOLTE AS
Será exibida então a mensagem TECLAS , nesse momento solte as teclas pressionadas.
SETPOINT 121°C → SETPOINT 121 →
TESTE E/S →
O display agora mostrará . Pressione a tecla para alternar até o menu . Pressione
para prosseguir.
SETPOINT P 121
O display exibirá → 1.22 kgf/cm2 → , através das teclas e será possível incrementar ou decrementar o setpoint de
pressão para os ciclos de 121°C, dessa forma, a temperatura na câmara também diminuirá/elevará.
Pressionando a tecla , será salvo o setpoint escolhido, apagando o display, indicando a conclusão do ajuste. Se
for pressionada a tecla , o display se apagará, finalizando o ajuste sem salvar quaisquer alterações.
SETPOINT 134°C → SETPOINT 134 →
TESTE E/S →
O display agora mostrará . Pressione a tecla para alternar até o menu . Pressione
para prosseguir.
SETPOINT P 134
O display exibirá → 2.22 kgf/cm2 → , através das teclas e será possível incrementar ou decrementar o setpoint de
pressão para os ciclos de 134°C, dessa forma, a temperatura na câmara também diminuirá/elevará.
Pressionando a tecla , será salvo o setpoint escolhido, apagando o display, indicando a conclusão do ajuste. Se
for pressionada a tecla , o display se apagará, finalizando o ajuste sem salvar quaisquer alterações.

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CRISTÓFOLI
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BLOQUEIO
Para acessar o menu de bloqueio, com a autoclave desconectada da rede elétrica, pressione simultaneamente as
teclas e , e conecte a autoclave na rede elétrica.
SOLTE AS
Será exibida então a mensagem TECLAS , nesse momento solte as teclas pressionadas.
CAPACIDADE
No display, se exibirá 12L→ → 21L , escolha a capacidade através das teclas e . Ao selecionar, as telas de
CONFIRMA CAP.
confirmação para as respectivas capacidades serão vistas no display: CONFIRMA CAP.
12 L ou 21 L , pressione para
confirmar ou para retornar à tela anterior. Pressionando a tecla , será salva a respectiva capacidade, passando assim
para o menu de inserção de código de bloqueio, exibindo a tela INS. No BLOQUEIO
------ . Nesse momento, insira os seis símbolos,
representados pelas quatro teclas disponíveis no teclado (Fig. 27). Após digitar o sexto símbolo que forma o código de
CONF. No BLOQUEIO
bloqueio, ocorrerá a transição para a tela XXXXXX , onde será visível o código digitado para confirmação.
Confirmando através da tecla , será exibida a mensagem EQUIPAMENTO
BLOQUEADO! , retire então o equipamento da rede elétrica.
Se o código for digitado de forma incorreta, na tela CONF. XXXXXX
No BLOQUEIO
pressione , o display retornará à tela INS. No BLOQUEIO
------ ,
onde o código pode ser digitado novamente.
ATENÇÃO: Se um código incorreto for informado e confirmado, não será possível efetuar o bloqueio novamente.
Com o equipamento já bloqueado e desconectado da rede elétrica, ligue-o novamente para confirmar o bloqueio. A
mensagem EQUIPAMENTO
BLOQUEADO! deverá ser exibida no display.

4. MENSAGENS E AVISOS SONOROS


MENSAGENS DE FUNCIONAMENTO

CRISTOFOLI
Ao ligar o equipamento pressionando a tecla , será exibida a tela com a marca do equipamento,
BIOSSEGURANCA
seguida por 3 bips.

VITALE CLASS CD
12 LITROS

ou Após a exibição da marca do equipamento será exibido o modelo, seguido por 1 bip.
VITALE CLASS CD
21 LITROS

ABRA A PORTA!
A mensagem exibida será seguida por uma sequência de bips. Após o término do aviso sonoro, a
mensagem permanecerá até que a porta seja aberta.

FECHE A PORTA!
A mensagem exibida será seguida por uma sequência de bips. A mensagem permanecerá até que a
porta seja fechada.

A mensagem é exclusiva do ciclo INSTRUMENTAL DESEMBALADO. Até o momento de escolha pelo


→ NAO
SECAR
SIM →
usuário, ocorrerá o aviso sonoro, representado por uma sequência bips. Após o término do aviso, a
mensagem permanecerá até que uma opção seja escolhida.

CICLO CONCLUIDO
01:03:32
Ao término do ciclo, a mensagem de ciclo concluído será exibida, seguida por 5 bips.

FIM DO CICLO
Ao término do CICLO INICIAL, a mensagem ao lado será exibida, seguida por 5 bips.

Durante a execução do ciclo, para cada transição de fase, a autoclave emitirá 1 bip alertando sobre a
AQUECENDO 06:21
T: 94.6 transição ocorrida. O aviso sonoro ocorrerá nos seguintes momentos:

AQUECENDO 06:21
T: 94.6 P: 2.23
1º Fechamento da Válvula, dando inicio a pressurização;

ESTERILIZANDO 2º Alcance temperatura x pressão de esterilização e inicio da pressurização ;


T: 134.8 P: 2.23

3º Término da esterilização e inicio da despressurização;


DESPRESSURIZANDO
P: 1.92

4º Término da despressurização e inicio da secagem;


SECANDO
T: 105.1

5º Término da secagem e inicio do resfriamento da cuba;


ESFRIANDO
T: 88.4
6º Término do processo de resfriamento da cuba.

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MENSAGENS DE FALHA
Abaixo estarão exibidas as falhas que poderão ocorrer durante um ciclo e a ação cabível neste momento.

TEMPO LIMITE DE
AQUECIMENTO
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Falta de água ;
· Excesso de material;
· Sensor de temperatura da resistência;
· Sensor de temperatura da cuba;
· Termostato;
· Resistência;
· Aperto do suporte das resistências e cintas de fixação;
· Vazamentos (Anel, mangueiras, conexões);
· Circuito eletrônico de potência.

CICLO CANCELADO
SUBPRESSAO
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Falta de água ;
· Excesso de material;
· Sensor de temperatura da resistência;
· Resistência;
· Aperto do suporte das resistências e cintas de fixação;
· Vazamentos (Anel, mangueiras, conexões);
· Circuito eletrônico de potência.

CICLO CANCELADO A mensagem exibida será seguida por 2 bips.


SOBREPRESSAO
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Sensor de temperatura da resistência;
· Obstrução dos orifícios de saída de vapor;
· Circuito eletrônico de potência.

CICLO CANCELADO
SUBTENSAO
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Variação da rede elétrica;
· Circuito eletrônico de potência.

CICLO CANCELADO
SOBRETENSAO
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Variação da rede elétrica;
· Circuito eletrônico de potência.

CICLO CANCELADO
PORTA ABERTA
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Porta aberta;
· Chave de porta;
· Circuito eletrônico de IHM.

CICLO CANCELADO
PELO USUARIO
A mensagem exibida será seguida por 2 bips.
Pressione a tecla para retornar ao menu de seleção de programas.
Causas:
· Tecla pressionada.

NIVEL DE TENSAO
INCOMPATIVEL
Aguardar a normalização da rede elétrica.
Causas:
· Variação da rede elétrica;
· Circuito eletrônico de potência.

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NIVEL DE TENSAO
INCOMPATIVEL
Alternará entre as mensagens ao lado. Aguardar a normalização da rede elétrica, para ocorrer a
despressurização.
PRESSAO
Causas:
DETECTADA · Variação da rede elétrica;
· Circuito eletrônico de potência.

ABRA A PORTA!
Se após a abertura da porta, a mensagem persistir.
Causas:
· Chave de porta;
· Circuito eletrônico de IHM.

SERVIÇO DE ATENDIMENTO AO TÉCNICO


Em caso de dúvidas, contate a Cristófoli através do Serviço de Atendimento ao Técnico - SAT pelo telefone 0300 313 6400.

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